Mensuração e análise dos níveis de orientação à

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_____Psicologia &m foco
Vol. 1 (1). Jul./Dez 2008
Mensuração e análise dos níveis de orientação à
dominância social
_____________________________________________________________________
Sheyla C. S. Fernandes1
Saulo Santos Menezes de Almeida2
Faculdade Pio Décimo – Sergipe/Brasil
Resumo: O presente estudo teve a finalidade de mensurar e analisar os níveis de preconceito a partir
da teoria de orientação à dominância social. Para tanto foram aplicados 205 questionários a estudantes
universitários do Estado de Sergipe, sendo a maioria de estudantes do sexo feminino (62,9%) e solteiros
(85,9%), com uma média de idade de 23,87 (DP = 5,83). Estes responderam à escala de orientação à
dominância social e a um conjunto de perguntas sócio-demográficas. Os resultados indicaram ser o
instrumento utilizado apto a mensurar o proposto pelos objetivos, apresentando índices psicométricos
satisfatórios. As análises se deram em função da extração de um fator denominado de dominância social.
Foi evidenciada uma certa ambigüidade nas visões dos participantes referentes a adesão ou rejeição as
hierarquias sociais. A discussão discorreu em termos das normas sociais como determinantes das formas
de se perceber as relações assimétricas de poder na sociedade.
Palavras-chave: preconceito; orientação à dominância social; hierarquias sociais e normas sociais.
Measuring and analysis social dominance orientation levels
Abstract: The present study has the purpose to measure and analyze the prejudice levels in terms of
social dominance theory. Questionnaires were used with 205 academic students in Sergipe state, the most
students were the female sex (62,9%) and singles (8,9), with as average age of 23,87 (SD = 5, 83). They
answered a social dominance orientation scale and a set of social-demographic questions. The results
indicate that the questionnaire was adequate to measure the purpose the objectives, presenting satisfactory
measuring conditions. The analysis was realized in terms of the factor extract named social dominance.
Was evidenced the hesitant feeling about to adhesion or refusal to a social hierarchy. The discussion
followed about the social norms like a determinant relationship asymmetric of power in society.
Keywords: prejudice; social dominance orientation; socials hierarchies and social norms.
1
Doutoranda em Psicologia Social pela UFBA, professora da Faculdade Pio Décimo e da UFS; Coordenadora do Grupo de
Estudos e Pesquisas em Psicologia Social (GEPPS). Endereço eletrônico: [email protected]
2
Estudante de Psicologia da Faculdade Pio Décimo e membro do GEPPS.
Psicologia &m foco, Aracaju, Faculdade Pio Décimo, v. 1, n. 1, jul./dez. 2008
1
Introdução
A mídia nos apresenta diariamente notícias
estarrecedoras acerca das relações intergrupais. Por
exemplo, encontramos nas estatísticas de 2007 que
o Brasil chegou ao topo do ranking de assassinatos
a homossexuais. Em relação ao ano de 2006, o ano
de 2007 apresentou uma triste e alarmante
realidade, houve um aumento em 30% de crimes
desta ordem. Na mesma direção, há pouco tempo,
o mundo parou abismado com mais uma
demonstração de terrorismo no metrô de Londres,
onde uma série de bombas explodiram matando
dezenas de pessoas. No mesmo ano em que a
humanidade lembra, com pesar, os 60 anos do
lançamento das bombas atômicas em Hiroshima e
Nagasaki. São episódios como estes, dentre
diversos outros, que nos fazem indagar: atitudes
discriminatórias ou de dominação expressas entre
grupos é algo que vem se tornando sutil?
É certo que todos os dados parecem indicar
que o preconceito contra grupos minoritários está
em declínio na atualidade, e esse fato pode ser
percebido levando-se em conta as normas de
alguns países que coíbem (em alguns casos com
rigor) qualquer tipo de discriminação (LIMA,
2003). Entretanto, a realidade dos fatos não se
mostra tão clara quanto as ditas normas antipreconceituosas. A exemplo disto, em 2005, foi
decretada a prisão de um jogador argentino depois
de expressar, durante um jogo de futebol no Brasil,
insultos discriminatórios racistas contra um
jogador brasileiro. De fato o jogador foi detido,
mas através de outras alegações foi,
posteriormente, posto em liberdade, causando
indignação e protestos por parte daqueles que
lutam por justiça social. Alguns meses depois, em
março de 2006, caso semelhante se repete, desta
vez com um jogador brasileiro, com desfecho
análogo, acrescentando-se que o racismo no Brasil
é um crime inafiançável. Os casos precedentes
resultam em multas aos clubes, suspensão de
jogadores, mas concretamente as penalidades não
vêm acontecendo como o previsto pela legislação.
Com efeito, além das notícias passadas pela
mídia, as pesquisas também revelam a inquietude
dos sistemas que lutam a favor da igualdade e
justiça social, e constatam que algo vem
paulatinamente se modificando no quadro das
relações hierárquicas de poder entre os grupos,
mas afirmar categoricamente que a sociedade está
se tornando cada vez mais suscetível às normas
igualitárias é deveras impertinente. Uma pesquisa
realizada no Brasil indicou que quase 90% dos
entrevistados não se consideram racistas, ao passo
que o mesmo percentual defende a existência de
racismo no Brasil (TURRA & VENTURI, 1995).
Observa-se assim que o preconceito e a
discriminação
continuam
presentes,
mas,
aparentemente
longe
das
representações
ideológicas pessoais, de forma que se crê na
ausência de sentimentos preconceituosos nas autopercepções, contudo, nas avaliações dos outros,
curiosamente o preconceito aparece: você é
preconceituoso, não eu!
Sabe-se que até os anos 20, o preconceito não
era estudado como um fenômeno injustificado
(RODRIGUES, ASSMAR & JABLONSKI, 1999),
mas afirmava-se que realmente existiam diferenças
entre raças. Logo, a cor da pele, o tamanho da
cabeça e outras características físicas explicavam a
superioridade ou inferioridade dos grupos sociais.
Nas últimas décadas uma série de estudos
vem se desenvolvendo tendo o preconceito como
tema principal, partindo do entendimento de que
“são pré-julgamentos negativos sobre os membros
de qualquer grupo social” (JONES, 1972). Em
1954, Gordon Allport, na obra “The Nature of
Prejudice” definiu preconceito como “uma
antipatia que se apóia em uma generalização
errada e inflexível, que pode ser sentida ou
expressa, e que pode ser dirigida a um grupo em
geral ou a um indivíduo por ser membro do
grupo”. Nesta mesma obra, Allport justifica o ato
de estereotipar como fruto da “lei do menor
esforço”, uma forma de desenvolver opiniões,
atitudes ou crenças baseadas em conhecimento que
nos satisfaçam na tentativa de entender o mundo.
Desta forma, o preconceito é visto como uma
atitude, revelada através de um componente
afetivo ou de um comportamento negativo, mas
que continua partindo de uma generalização errada
e inflexível (erro cognitivo). Surgiram também
explicações que compreendiam o preconceito a
partir de um problema de personalidade individual
(PETTIGREW, 1958).
Já entre os anos 1960 e 1970, as explicações
do preconceito são desenvolvidas em função das
influências culturais, das relações intergrupais e
das normas sociais (DUCKITT,1992). Tajfel
Psicologia &m foco, Aracaju, Faculdade Pio Décimo, v. 1, n. 1, jul./dez. 2008
2
(1978), com a Teoria da Identidade Social, definiu
o preconceito como resultado da inserção do
indivíduo numa categoria social. Assim, na
seqüência, essas tendências são postas em relevo
enfatizando as relações de poder entre os grupos
sociais como fonte do preconceito (CAMINO,
1996). Surge, então, uma busca pela compreensão
deste fenômeno como injustificado, proveniente
das relações sociais.
Tem se tornado lugar comum discutir o
preconceito a partir de sua natureza basicamente
social, minimizando o poder explicativo dos
processos psicológicos subjacentes, percebendo
sua fonte então na luta ideológica pelo poder entre
os grupos, no interior dos processos de exclusão
social e dos processos políticos (TAJFEL, 1981;
BILLIG, 1985; BROWN, 1995; CAMINO, DA
SILVA, MACHADO & PEREIRA, 2001),
resultando em distanciar dos estudos científicos a
visão do preconceito como uma propensão
individual
de
personalidade
(ADORNO,
FRENKEL-BRUNSWIK,
LEVINSON
&
SANFORD, 1950), ou de estilo cognitivo
(GAERTNER & MCLAUGHILIN, 1983), sendo
inquestionável a idéia de que tal construto é
responsável por influenciar diretamente tanto os
julgamentos sociais como as ações dos indivíduos,
consistindo nisto sua incomensurável relevância
para as ciências políticas e sociais.
Numa tentativa de abordar o preconceito de
forma ampla, vem se desenvolvendo desde a
década de 90, através de diversos estudos
transculturais, uma teoria que simultaneamente
analisa aspectos psicológicos e sociais vinculados
às formas de predisposição ao preconceito – a
Teoria de Orientação à Dominância Social
(SIDANIUS & PRATTO, 1999). Tal teoria tem
como pressuposto fundamental, a concepção de
que todas as sociedades humanas tendem a se
estruturar em sistemas de grupos baseados em
hierarquias sociais, consistindo em um pequeno
número de grupos dominantes e hegemônicos no
topo e grupos subordinados na parte inferior,
cabendo aos pesquisadores desta área identificar
que mecanismos são responsáveis por desenvolver
e manter tais sistemas hierárquicos de poder. É
notório o fato de que esses sistemas são de difícil
resolução, pois possuem um alto grau de
estabilidade e são fortemente propagados através
das gerações e da cultura, estando associados a
bases sociais de hierarquias, que podem ser
individuais ou grupais, as primeiras são ancoradas
no prestigio de valor individual, já as segundas se
fortificam no poder social advindo da pertença
grupal. Uma sociedade organizada nas hierarquias
grupais não classifica tanto os indivíduos por suas
aptidões individuais, mas por suas pertenças
sociais. Neste sentido, três processos são
responsáveis por estruturar as hierarquias sociais,
os quais vão se acumulando, interagindo e se
complementando: 1) a discriminação individual,
referente aos atos individuais de aceitação ou
rejeição de indivíduos isolados com a justificativa
de pertencerem a grupos minoritários; 2) a
discriminação institucional, concernente às regras
e ações de instituições sociais que promovem,
implícita
ou
explicitamente,
distribuições
assimétricas e desproporcionais de valores
negativos e positivos a partir da hierarquia social
instituída; e 3) a assimetria comportamental
proveniente das assimetrias grupais e pertinentes
às formas de comportamentos sociais como
dominância e submissão, desprezo e estima, dentre
outros (SIDANIUS & PRATTO, 1999).
Interessados em avaliar tais mecanismos,
Sidanius e Pratto (1999) desenvolveram uma
escala composta por 16 itens, 8 referentes a
igualdade (Ex.: “Seria bom que todos os grupos
pudessem ser iguais”) e 8 referentes a dominância
(Ex.: “Os grupos superiores devem dominar os
grupos inferiores”). Esta escala foi amplamente
testada sendo aplicada a 45 amostras de 11 nações
distintas e, sempre que preciso, sofrendo
refinamentos. Suas análises apresentam uma
estrutura unidimensional, testada através de
análises fatoriais confirmatórias. Em duas de suas
amostras Sidanius e Pratto (1999) encontraram
uma estrutura com duas dimensões, contudo, pelo
fato de essas dimensões serem altamente
correlacionadas, os autores defendem a
estruturação unidimensional de sua escala,
alegando que até o momento nenhuma evidência
empírica foi encontrada para poder se considerar
as duas dimensões da escala de Orientação à
Dominância Social como independentes.
Visando contribuir com a perspectiva e
conseqüente debate acima suscitados, o presente
trabalho teve como objetivo central analisar
empiricamente os níveis de orientação à
dominância social em uma amostra de estudantes
Psicologia &m foco, Aracaju, Faculdade Pio Décimo, v. 1, n. 1, jul./dez. 2008
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universitários de uma cidade do nordeste
brasileiro, trazendo à tona o exame do instrumento
elaborado pelos autores - Escala de Orientação à
Dominância Social - e uma discussão acerca da
magnitude deste fenômeno.
Método
Participaram deste estudo 205 estudantes
universitários de uma universidade pública da
cidade de Aracaju, Sergipe, sendo 62,9 % de
mulheres e 36,6 % de homens, com idade média de
23,87 e desvio-padrão de 5,83. Destes 85,9% eram
solteiros e 13,7% eram casados. Os estudantes
foram solicitados a responder individualmente à
Escala de Orientação à Dominância Social
(Sidanius & Pratto, 1999) e sua participação foi
assegurada pela presença nas salas de aula no
momento da coleta de dados.
Resultados e Discussão
Para a validação do instrumento utilizado,
inicialmente foi realizada uma análise fatorial dos
componentes principais com rotação varimax; esta
análise permite encontrar identificações de fatores
num conjunto de medidas realizadas, acoplando
itens semelhantes e criando indicadores objetivos
do construto observado (PEREIRA, 2001). Em
seguida, no sentido de avaliar a consistência
interna do indicador extraído da análise fatorial, foi
calculado o alfa de Cronbach (1951). Por fim, as
médias foram analisadas a fim de se verificar o
grau de favorabilidade da amostra à dominância
social. Todas as análises foram realizadas no SPSS
– 10 (Statistical Package for the Social Sciences).
igualitarismo, objetivando gerar consonância entre
os mesmos. Tal resultado indica ser o instrumento
utilizado apto a mensuração de níveis individuais
de orientação à dominância social para as
especificações da qualidade da amostra em tela.
Num segundo momento foi realizada a análise das
médias dos respondentes, tal procedimento
resultou em constatar o já esperado: a norma social
vigente impede que os níveis individuais de
preconceito sejam deliberadamente explicitados,
evidenciando uma certa ambigüidade nas visões de
mundo referentes a adesão ou o distanciamento da
crença na dominação de grupos inferiores por
grupos superiores (ver Tabela 1), podendo esses
resultados serem comprovados em função da
magnitude dos escores médios e dos desviospadrão acerca de determinadas sentenças.
A comparação entre os resultados ora
obtidos e os alcançados por Sidanius e Pratto
(1999) em análises transculturais merece uma
cuidadosa reflexão. Pode realmente a tendência às
hierarquias sociais ser um fenômeno inerente à
natureza humana?
Em alguns estudos realizados por
Fernandes (2004), Fernandes et al. (2007) em
amostras de estudantes universitários, os
resultados encontrados através da utilização da
escala de orientação à dominância social
suscitaram efeitos semelhantes. De fato, em ambos
os estudos a adesão ao igualitarismo não foi
observada por completo em virtude das respostas
se darem em torno do ponto médio da escala
(próximo a 3,5), já que as respostas variam de 1 a
7 em termos do nível de concordância; e, seu
inverso complemento corresponde a uma aceitação
mediana da dominância social, pois quando
estimulados pelos itens relacionados a uma forma
de estagnação das hierarquias entre os grupos
sociais, os jovens universitários apresentam
respostas na mesma direção. Num outro estudo
com amostra de universitários paraibanos,
Lacerda, Pereira e Camino (2002), demonstraram
que, através de indicadores de rejeição à
intimidade e expressão de emoções positivas e
negativas dirigidas a homossexuais, mais de três
quartos dos participantes da pesquisa foram
classificados como preconceituosos, sendo metade
flagrante e metade sutil. Os autores assumem tal
dado como indicativo de uma não normatização
socialOs
de resultados
preceitos igualitários,
menos uma
pertinentes ou
ao pelo
instrumento
apontaram u
não atenuação de sentimentos preconceituosos,
tendo em vista a configuração de preconceituosos
sutis e flagrantes estarem em pé de igualdade e em
maioria comparados aos não preconceituosos. Tais
achados se coadunam com uma grande quantidade
de estudos realizados desde o período pós 2ª
Guerra, os quais comprovam que o preconceito
não está se tornando aversivo e se dirimindo do
mundo, mas as pessoas estão se utilizando de
formas mais veladas e sutis para exibir seus
sentimentos hostis contra os grupos minoritários
(LIMA, 2003). As normas libertárias e igualitárias
pregadas pelas sociedades contemporâneas podem
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ser apontadas como responsáveis por esse
fenômeno (LIMA & VALA, 2004).
Pode-se sugerir, através desse debate que
existem sistemas sociais naturais que são
responsáveis por gerar e manter a estratificação
social (SIDANIUS & PRATTO, 1999), entretanto,
esses sistemas não estariam necessariamente
ligados a propensões cognitivas consideradas
inatas, mas sim ancorados nas representações
sociais desenvolvidas no curso da história e do
processo civilizatório. Considere-se a idéia central
de se justificar essa maneira desigual de se
observar as relações intergrupais mediante a visão
social que explica as relações de poder na
sociedade: Pereira, Torres e Almeida (2003), a
respeito dessa perspectiva, acrescentam que é com
base no discurso justificador criado socialmente
que se estabelecem e se ancoram os preconceitos e
a discriminação, pois a luta ideológica pelo poder
social acaba por refletir tais conteúdos
representacionais (CAMINO, DA SILVA &
MACHADO, 2004; LACERDA ET AL, 2002;
CAMINO ET AL, 2001; CAMINO, 1996),
enfatizando, sobretudo, que as informações
processadas pelos indivíduos e grupos não se
constituem a partir de uma cópia fiel da realidade,
mas numa construção de repertórios e
interpretações fundamentadas nos processos
políticos de exclusão e inclusão social (TAJFEL,
1981; BILLIG, 1985; BROWN, 1995; CAMINO
ET AL, 2001).
Embora não se possa negar a existência das
assimetrias grupais e dos sistemas sociais que as
justificam, deve-se considerar que sistemas
paralelos que lutam contra as desigualdades sociais
também se fazem presentes na sociedade, como é
de conhecimento de todos, e, em alguns casos,
resultados positivos podem ser observados
(PRATTO ET AL., 1994), contudo, muito trabalho
ainda precisa ser realizado no sentido de abarcar
com maior compreensão esta complexa
problemática, haja vista ser esta a pedra
fundamental que atua como causa e conseqüência
dos conflitos sociais.
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Psicologia &m foco, Aracaju, Faculdade Pio Décimo, v. 1, n. 1, jul./dez. 2008
Submetido em Dezembro de 2007
Versão revisada em Fevereiro de 2008
Aceite final em Outubro de 2008
6
Tabela 1: Estrutura Fatorial, Escores Médios e Desvios-padrão da Escala de Orientação à Dominância
Social
Itens
Carga
Fatorial
,313
Escore
Médio
3,1066
Desvio
Padrão
2,1294
2. Ao fazer o que o grupo quer, às vezes é necessário usar a força contra
outros grupos.
3. Os grupos superiores devem dominar os grupos inferiores.
,481
3,1850
1,8677
,466
1,9706
1,4449
4. Para progredir na vida, às vezes, é necessário pisar os outros grupos.
,424
1,7286
1,3245
5. Se certos grupos permanecessem em seu devido lugar, teríamos menos
problemas.
6. Provavelmente é bom que alguns grupos fiquem em cima e outros em
baixo.
7. Os grupos inferiores devem permanecer em seu lugar.
,322
3,2663
1,9552
,615
2,2161
1,5004
,553
1,8358
1,1480
8. Em certas ocasiões outros grupos devem ser mantidos em seu lugar.
,355
3,7687
1,8592
9. Seria bom que todos os grupos pudessem ser iguais. INVERTIDO
,624
3,1500
2,0685
10. A igualdade entre os grupos deve ser o nosso Ideal. INVERTIDO
,718
3,0198
1,9569
11. Todos os grupos devem ter as mesmas oportunidades na vida.
INVERTIDO
12. Teríamos menos problemas se tratássemos os grupos diferentes de
forma igualitária. INVERTIDO
13. Deveríamos aumentar a igualdade social. INVERTIDO
,599
2,0149
1,5144
,611
2,5075
1,7121
,763
1,7750
1,1753
14. Devemos fazer o que for possível para igualar as condições dos
distintos grupos sociais. INVERTIDO
15. Devemo-nos esforçar para tornar os rendimentos mais iguais.
INVERTIDO
16. Nenhum grupo deve dominar na sociedade. INVERTIDO
,761
2,1200
1,3619
,726
2,0441
1,3764
,663
2,6814
1,8387
1. Alguns grupos têm, simplesmente, mais valor do que outros.
Nota: a escala de respostas variou de 1 a 7, sendo 1 totalmente em desacordo e 7 totalmente de acordo. Alfa de
Cronbach = 0,85.
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