Sanofi-aventis reforça seu compromisso com a Organização Mundial da Saúde (OMS) no combate às doenças tropicais negligenciadas Genebra, 10 de Outubro, 2006 – A Sanofi-aventis acaba de reforçar o seu compromisso com a Organização Mundial da Saúde (OMS) no combate a algumas doenças tropicais negligenciadas que afectam as populações mais pobres do mundo. Um novo acordo foi assinado hoje em Genebra, por Jean-François Dehecq, Presidente e Director-Geral da sanofi-aventis, e Anders Nordström, Director-Geral em exercício da OMS. O acordo prevê a doação de 25 milhões de dólares no período de cinco anos. Este acordo estende e amplia uma primeira convenção assinada em 2001, por um período de cinco anos, relativa à doença do sono. O objectivo é expandir o escopo de acção no combate a outras doenças tropicais negligenciadas como a leishmaniose, úlcera de Buruli e doença de Chagas, aplicando-se a estratégia de combate dessas doenças, com base na inovação, recentemente definida pela OMS. Em Maio de 2001, a sanofi-aventis assumiu um compromisso, de cinco anos, de contribuir nos esforços da OMS no combate à doença do sono. Durante estes cinco anos (2001-2006), uma contribuição de 25 milhões de dólares tornou possível a distribuição gratuita de três medicamentos produzidos pelo Grupo (pentamidina 200mg, melasorprol e eflornitina) e ampliou a capacidade da OMS para identificar as populações de risco, oferecendo atendimento aos indivíduos portadores do parasita e treinando profissionais de saúde locais. Cerca de 14 milhões de pessoas foram examinadas para despistagem da doença e 1 milhão de ampolas injectáveis foram distribuídas graças à logística montada pela organização Médicos sem Fronteiras, salvando, desta forma, quase 110.000 vidas. Estas iniciativas permitiram à União Africana declarar, em 2005, que a eliminação da doença do sono da lista dos principais problemas de saúde pública no continente, tornara-se agora um objectivo mais realista. O novo acordo ratifica o compromisso de longo prazo da sanofi-aventis na luta contra as doenças tropicais negligenciadas e insere-se na lógica de sua política de acesso aos medicamentos, cujo objectivo é permitir aos doentes dos países emergentes o acesso aos medicamentos de qualidade em cinco grandes áreas terapêuticas - malária, tuberculose, leishmaniose, doença do sono ou tripanossomíase africana humana e epilepsia – bem como no campo das vacinas. Tripanossomíase africana humana ou doença do sono A tripanossomíase africana humana, ou doença do sono, é uma das doenças tropicais endémicas mais complexas - e a mais negligenciada. Disseminada pela picada da mosca 1/3 tsé-tsé, a doença aflora nas partes rurais empobrecidas da África. Em 2006, a OMS estima que a doença afecte cerca de 70.000 pessoas. A doença do sono é uma das poucas doenças em que o tratamento efectivo depende do exame activo para uma detecção precoce dos casos. Os sintomas na fase inicial da doença, quando o tratamento apresenta maiores hipóteses de sucesso, são geralmente leves ou pouco específicos. Por este motivo, os pacientes procuram frequentemente tratamento quando a doença já está muito avançada, um tratamento mais complexo é necessário, e as hipóteses de sucesso são prejudicadas. Se não tratada, a doença do sono é invariavelmente fatal. A morte ocorre depois de uma agonia prolongada. Leishmaniose A leishmaniose é uma doença parasitária transmitida pela picada do mosquito flebótomo. Esta doença, extremamente complexa, apresenta-se em seis formas. A leishmaniose visceral, que ataca os órgãos internos, é a forma mais grave. Se não for tratada, é geralmente fatal nos dois anos seguintes à infecção. Além disso, uma percentagem dos casos pode evoluir para uma disseminação cutânea de parasitas (leishmaniose dérmica pós-calazar). A forma cutânea é a mais comum. Geralmente, a doença causa úlceras no rosto, nos braços e nas pernas. Embora as úlceras se curem espontaneamente, causam sérias debilidades e deixam cicatrizes graves, permanentes e desfigurantes. Muito mais devastadora é a forma mucocutânea, que invade as membranas mucosas do trato respiratório superior, causando uma grave mutilação, uma vez que destrói os tecidos moles do nariz, da boca e garganta. A leishmaniose cutânea difusa produz lesões cutâneas crónicas, que nunca se curam espontaneamente. Por último, a leishmaniose cutânea recidivans que é uma forma recidiva que aparece após o tratamento. A OMS estima que 350 milhões de pessoas apresentam risco de leishmaniose, 12 milhões estejam actualmente infectadas e cerca de 1,5 milhão a 2 milhões de novas infecções ocorrem a cada ano. Úlcera de Buruli A úlcera de Buruli é um distúrbio cutâneo grave, causado por uma bactéria, que permanece encoberto em mistério. A doença é pouco conhecida e a forma exacta de transmissão é desconhecida, prejudicando o desenvolvimento de estratégias preventivas. Quando não tratada, a doença progride para uma destruição massiva da pele e, em alguns casos, dos ossos, olhos e outros tecidos. Segundo as estimativas, sequelas permanentes ocorrem em 25% dos casos. Amputações de membro podem ser necessárias para salvar a vida do paciente. Mesmo quando as lesões cutâneas são curadas, a cicatrização pode restringir de maneira irreversível o movimento dos membros. Estes problemas foram bastante ampliados em função do recente ressurgimento dramático da doença, principalmente na África Ocidental. Até há pouco tempo, intervenções cirúrgicas caras, que exigiam longos períodos de hospitalização, eram a única hipótese de uma vida normal para as pessoas gravemente afectadas. Como a doença ocorre, normalmente, nas áreas rurais empobrecidas de África, estas cirurgias são inacessíveis para a maioria dos pacientes. Novas perspectivas para o combate desta doença surgiram em Março de 2006, quando estudos preliminares apontaram taxas de cura impressionantes, após um simples tratamento médico, baseado numa combinação de antibióticos. Se estes resultados forem confirmados, esta nova abordagem poderá revolucionar as perspectivas de controlo dessa terrível doença. 2/3 Doença de Chagas A doença de Chagas é uma doença parasitária transmitida pela picada do insecto triatomíneo, ou “barbeiro”, que reside nas fendas das paredes das casas precariamente construídas, geralmente em áreas rurais e favelas semi-urbanas em toda a América Latina. A transfusão do sangue infectado é a segunda forma mais significativa de transmissão da doença. Com o tempo, a infecção crónica, que geralmente começa na infância, causa danos irreversíveis ao coração, esófago, cólon e sistema nervoso periférico. Os pacientes com doença crónica severa adoecem progressivamente e, normalmente, morrem devido a insuficiência cardíaca no início da idade adulta. Embora o controlo do vector tenha reduzido dramaticamente a incidência de novos casos na América Latina, ainda resta muito a ser feito para melhorar o tratamento das pessoas recentemente infectadas, principalmente por meio de transfusões. Acerca da sanofi-aventis A sanofi-aventis é a terceira maior empresa farmacêutica do mundo, sendo a maior empresa europeia da sua área. Contando com o apoio de uma organização de investigação e desenvolvimento da mais alta qualidade, a sanofi-aventis tem vindo a assumir posições de liderança em sete áreas terapêuticas principais: cardiovascular, trombose, oncologia, doenças metabólicas, sistema nervoso central, medicina interna e vacinas. A sanofi-aventis está cotada tanto na bolsa de Paris (EURONEXT: SAN) como na bolsa de Nova Iorque (NYSE: SNY). Declarações Prospectivas Este comunicado à imprensa contém declarações prospectivas, conforme a respectiva definição na lei norte-americana de 1995 Private Securities Litigation Reform Act. As declarações prospectivas são declarações que não são factos históricos. Estas declarações incluem previsões e estimativas financeiras e os pressupostos em que as mesmas se baseiam, declarações relativas a planos, objectivos e expectativas respeitantes a eventos, operações, produtos e serviços futuros, e ainda declarações relativas a um desempenho futuro. Regra geral, as declarações prospectivas podem ser identificadas pela utilização de termos como “esperamos”, “prevemos, “estamos convictos”, “pretendemos”, “estimamos”, “planeamos” e de termos e expressões similares. Apesar de a direcção da sanofi-aventis estar convicta de que as expectativas inerentes a estas declarações prospectivas são razoáveis, chama-se a atenção dos investidores para o facto de as informações e as declarações prospectivas estarem sujeitas a vários riscos e incertezas, muitos deles difíceis de prever e que, regra geral, escapam ao controlo da sanofi-aventis, que podem fazer com que os resultados e desenvolvimentos reais venham a ser diferentes daqueles que foram declarados nas informações e declarações prospectivas, que nelas estavam implícitos ou que elas preconizavam. Estes riscos e incertezas incluem os enumerados ou identificados nos documentos públicos submetidos pela sanofi-aventis à SEC (instituição que nos Estados Unidos cumpre as mesmas funções que a CNMV) e à AMF (idem, em França), incluindo os indicados nas rubricas “Risk Factors” e “Cautionary Statement Regarding ForwardLooking Statements” do formulário 20-F do relatório anual da sanofi-aventis relativo ao ano terminado no dia 31.12.05. Salvo nos termos do disposto na legislação aplicável, a sanofi-aventis não assume qualquer obrigação pela actualização ou revisão de qualquer informação ou declaração prospectiva. 3/3