centro de ensino faculdade são lucas curso de enfermagem cintia

Propaganda
CENTRO DE ENSINO FACULDADE SÃO LUCAS
CURSO DE ENFERMAGEM
CINTIA CRISTINA FERREIRA DIANA
MARCELO MENDONÇA DA SILVA
O ENFERMEIRO E A INSERÇÃO DO CATETER CENTRAL PERIFÉRICO
(PICC) EM NEONATOS: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO
PORTO VELHO – RO
2015
CINTIA CRISTINA FERREIRA DIANA
MARCELO MENDONÇA DA SILVA
O ENFERMEIRO E A INSERÇÃO DO CATETER CENTRAL PERIFÉRICO
(PICC) EM NEONATOS: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO
Monografia apresentada ao Curso de Enfermagem
da Faculdade São Lucas, como requisito para
obtenção do título de Bacharelado e Licenciatura.
Orientador (a): Enfª. Esp. Letícia Auxiliadora Fragoso da Silva.
PORTO VELHO – RO
2015
CINTIA CRISTINA FERREIRA DIANA
MARCELO MENDONÇA DA SILVA
O ENFERMEIRO E A INSERÇÃO DO CATETER CENTRAL PERIFÉRICO
(PICC) EM NEONATOS: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO
Monografia apresentada ao Curso de Enfermagem
da Faculdade São Lucas, como requisito para
obtenção do título de Bacharelado e Licenciatura.
APROVADA ________/_________/____________
__________________________________________________________
Orientador (a): Enf. Esp. Letícia Auxiliadora Fragoso da Silva.
(Orientadora)
__________________________________________________________
Professor:
(Membro da banca examinadora)
__________________________________________________________
Professor:
(Membro da banca examinadora)
Dedico este trabalho primeiramente а Deus,
por ser essencial em minha vida, autor de meu
destino, meu guia, socorro presente na hora
da angústia, ao meu pai Carlos, minha mãe
Jane е aos meus irmãos Carla e Caio: vocês
são minha fortaleza meu porto seguro.
Cintia Cristina...
Ao Deus criador de todas as coisas, pois a sua
palavra diz: Busque em Primeiro Lugar o
Reino de Deus e a Sua Justiça e Todas as
Coisas vos Serão Acrescentadas.
Marcelo Mendonça...
AGRADECIMENTOS: CINTIA CRISTINA
Agradeço primeiramente a Deus, por me iluminar e abençoar minha trajetória.
Aos meus pais, Carlos Lajes e Jane Honorato e irmãos Caio Eduardo e Carla
Beatriz, me apoiando nos momentos mais precisos, pelo amor e exemplo de vida que
representam para mim.
Durante estes cinco últimos anos muitas pessoas participaram da minha vida.
Amizades de longas datas, outras recentemente. Algumas se tornaram especiais e seria difícil
não mencioná-las e não lembrá-las neste momento especial em minha vida.
À minha orientadora Letícia Fragoso que dedicou muito do seu tempo me orientando,
embora tivesse outros interesses a resolver. Obrigada pelos ensinamentos, atenção, amizade e
dedicação ao longo deste período.
À minha amiga Claudia Godoy que sempre me incentivou e esteve ao meu lado nas
horas mais difíceis. Você faz grande parte de tudo. Obrigada pela confiança, amizade e
dedicação. Você e sua família estarão sempre no meu coração.
À minha amiga Claudia Uchoa que jamais esquecerei. Você foi minha luz no fim do
túnel.
A todos os meus professores, os maiores responsáveis pela conclusão desta etapa na
minha vida. Compartilharam a cada dia os seus conhecimentos.
Aos meus colegas de turma que, além de se tornarem amigos, me ensinaram a
conviver com pessoas diferentes.
Aos meus tios Alex e Heberson, quantas vezes deixaram o seus afazeres para me
levar na faculdade ou estágios, não foi uma, nem duas, foram tantas vezes.
A minha avó Maria Helena que sempre me apoiou, mesmo de longe, torcendo e
orando pelo meu caminhar e minha vitória.
As minhas amigas Marilaque e Lucimar, vocês são demais, somos as mosqueteiras,
essenciais nesta jornada.
Aos colegas de estágio pela ajuda nos momentos difíceis de aprendizado, pelas
gargalhadas, provas, trabalhos, seminários e o melhor, quanto fomos fortes para chegar até
aqui.
A todos que de alguma forma ajudaram, agradeço por acreditarem no meu
potencial, nas minhas ideias, nos meus devaneios, principalmente quando nem eu mesma
acreditava.
E por último, ao meu amigo, Marcelo Mendonça, concluímos a primeira de muitas
caminhadas juntos. Valeu!
AGRADECIMENTOS: MARCELO MENDONÇA
Agradeço primeiramente a Deus por ter permitido chegar até aqui, pois tenho certeza
que foi pela sua graça e misericórdia infinita que conseguimos vencer.
A minha esposa Neiva Teixeira de Miranda, pelo apoio moral em todos os dias, pela
compreensão, carinho e amor, e que, até aqui batalhamos juntos por objetivos que
partilharmos, temos os mesmos pensamentos e os mesmos sonhos, constituímos uma família
abençoada por Deus e sou grato por isso.
Aos meus filhos, Otávio Guilherme e Gustavo Máximos, que são minhas bênçãos,
herança do Senhor.
Aos meus pais, Antônio Fernandes e Raimunda Mendonça, responsáveis pela
minha existência. Muito obrigado pela educação, ensinamento, encorajamento, apoio, enfim
são muitos os méritos a vocês, que me ensinaram a ser essa pessoa que sou hoje, e parte dessa
realização, porque não dizer sonho, o qual vocês fazem parte dele.
Aos meus amigos que fiz ao longo desses cinco anos, alguns já não vemos mais,
outros, já concluíram, e aos que ainda estão na batalha para concluir mais uma etapa de suas
vidas.
Especialmente a Maria Marilaque e Cintia Cristina, que me encorajaram quando
tive dificuldade e pensei que não conseguiria, e não me deixaram sozinho na caminhada.
A minha orientadora atual Profª. Enf. Esp. Letícia Auxiliadora Fragoso da Silva,
pela compreensão e disponibilidade do seu tempo para nos ajudar nesta última fase, tão
importante em nossas vidas, e que abraçou essa causa. Muito obrigado.
A minha primeira orientadora, a Profª. Jandra Cibele pela força, compreensão,
carinho e afeto, tenho a agradecer.
A toda a equipe de Professores da Faculdade São Lucas, que não mediram esforços
para transmitir o conhecimento.
E a minha amiga e colega Cintia Cristina, pois sem sua parceria nada disso seria
possível...
“O valor das coisas não está no tempo que elas duram,
mas na intensidade com que acontecem. Por isso, existem
momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas
incomparáveis.”
Fernando Pessoa
RESUMO
A inserção do cateter central periférico (PICC) é uma prática comum nas Unidades de Terapia
Intensiva Neonatal. É um dispositivo vascular de inserção periférica com localização central,
indicados para todo recém-nascido que necessite de terapia intravenosa por um período superior a seis
dias, que permite infundir medicamentos, soluções hipertônicas e nutrição parenteral total em veias
centrais de forma segura. Sua importância está relacionada a uma correta manutenção e manuseio do
cateter que evita infecções e perdas dos mesmos. No Brasil, a atribuição da competência técnica e
legal do Enfermeiro para exercer a prática de manipulação do cateter PICC foi definida na Resolução
nº 258/2001 do Conselho Federal de Enfermagem. Este estudo descritivo de natureza bibliográfica tem
como objetivo verificar a importância do Enfermeiro na inserção do cateter central periférico em
neonatos, recorrendo a meios eletrônicos como Biblioteca Regional de Medicina (BIREME), cujas
bases de dados pesquisadas são a Literatura Latino-Americana em Ciências da Saúde (LILACS) e
Scientific Eletronic Librany Online (SCIELO). Neste estudo ficou evidente que é o Enfermeiro quem
deve realizar a avaliação quanto à preservação da rede venosa para passagem do PICC e apenas os
Enfermeiros que atuam em UTI pediátrica e neonatal são os que têm conhecimento e domínio deste
recurso. Percebeu-se o valor da adoção de protocolos que direcionam a prática de enfermagem no
emprego desse cateter. Foi reconhecida a importância do enfermeiro nos cuidados para inserção,
manutenção e remoção do cateter, além da promoção, segurança e manutenção de relacionamento com
os familiares do RN. O Enfermeiro atua como fonte de apoio para os pais, previne complicações e
utiliza o julgamento clínico para avaliar a necessidade de cada paciente, através de competência
técnica e científica para o desenvolvimento da prática da punção de veias periféricas e administração
de medicamentos, considerando-se que a responsabilidade da decisão sobre a escolha de locais, tipos
de dispositivos, calibres, documentação da instalação, manutenção de curativo e prevenção de
complicações, é dele.
Palavras-chave: Cateter Central Periférico, Neonatos, Enfermeiro.
ABSTRACT
The insertion of peripheral central catheter (PICC) is a common practice in Neonatal Intensive Care
Units. It is a vascular device of peripherally inserted centrally located, suitable for all newborn
requiring intravenous therapy for a period of six days, allowing infuse drugs, hypertonic solutions and
total parenteral nutrition in central veins safely. Its importance is related to proper maintenance and
handling of the catheter that prevents infections and loss of the same. In Brazil, the allocation of
technical and legal competence of the nurse to exercise the practice of manipulation of the PICC
catheter was defined in Resolution No. 258/2001 of the Federal Nursing Council. This descriptive
study of bibliographical aims to determine the importance of the nurse in the insertion of peripheral
central catheter in newborns, using electronic media as Regional Library of Medicine (BIREME),
whose databases searched are the Latin American Literature in Sciences Health (LILACS) and
Scientific Electronic Online Librany (SCIELO). In this study it became evident that it is the nurse who
should conduct the evaluation as to the preservation of venous network for passage of PICC and only
nurses working in pediatric and neonatal ICU are those who have knowledge and mastery of this
resource. He saw the value of adopting protocols that guide nursing practice in employment of this
catheter. The importance of the nurse was recognized in caring for insertion, maintenance and removal
of the catheter, and promotion, relationship safety and maintenance to the family of the newborn. The
nurse acts as a source of support for parents, prevents complications and use clinical judgment to
assess the needs of each patient, through technical and scientific expertise to the development of the
practice of puncturing peripheral veins and medication administration, considering that the
responsibility for the decision on the choice of locations, device types, gauges, installation
documentation, curative maintenance and prevention of complications, is his.
Keywords: Peripheral Catheter Central. Neonates. Nurse.
LISTA DE QUADROS
QUADRO 1 -
Referência para Medida do Comprimento do Cateter
26
QUADRO 2 -
Complicações, Incidências e Manifestações Clínicas
28
LISTA DE ABREVIATURAS
ABESE
Academia Brasileira de Especialistas
ANVISA
Agencia Nacional de Vigilância Sanitária
BIREME
Biblioteca Regional de Medicina
CCIP
Cateter Central Inserção Periférica
CCIH
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar
COFEN
Conselho Federal de Enfermagem
ACQPICC
Apostila Curso de Qualificação em Cateter Central de Inserção Periférica
INS
Intravenous Nurses Society
LILACS
Literatura Latino
NPT
Nutrição Parenteral Total
pH
Potencial de Hidrogênio
PICC
Cateter Central de Inserção Periférica
PVC
Pressão Venosa Central
RN
Recém Nascido
RDC
Resolução de Diretoria Colegiada
SCIELO
Scientific Eletronic Librany Online
SOBETI
Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva
SP
Soluções Parenterais
PICC
Cateter Central de Inserção Periférica
UTIN
Unidade de Terapia Intensiva Neonatal
SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO..................................................................................................... 14
2
OBJETIVOS.........................................................................................................
18
2.1
OBJETIVO GERAL............................................................................................
18
3
METODOLOGIA................................................................................................. 19
3.1
TIPO DE ESTUDO............................................................................................... 19
3.2
CONSIDERAÇÕES ÉTICAS.............................................................................. 19
4
REFERÊNCIAL TEÓRICO...............................................................................
20
4.1
O CATETER CENTRAL DE INSERÇÃO PERIFÉRICA (PICC)................
20
4.2
CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS E FISIOLÓGICAS..............................
21
4.3
A ESCOLHA DO CATETER.............................................................................
22
4.4
LOCAL DE INSERÇÃO.....................................................................................
22
4.5
INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES.......................................................
24
4.5.1
Indicações..............................................................................................................
24
4.5.2
Contraindicações...................................................................................................
24
4.6
A TÉCNICA DE INSERÇÃO DO PICC............................................................ 25
4.7
VANTAGENS E DESVANTAGENS DO PICC EM NEONATOS.................
27
4.7.1
Vantagens..............................................................................................................
27
4.7.2
Desvantagens.........................................................................................................
27
4.9
COMPLICAÇÕES...............................................................................................
28
4.10
O ENFERMEIRO E A INSERÇÃO DO CATETER PICC............................
29
4.11
A AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM PARA O PICC...................................
30
4.12
O CUIDADO DE ENFERMAGEM COM O PICC.........................................
31
4.13
A REMOÇÃO DO PICC....................................................................................
32
4.14
O CONTROLE DE QUALIDADE.....................................................................
34
5
ANÁLISE E DISCUSSÃO...................................................................................
35
CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................... 41
REFERÊNCIAS.................................................................................................... 44
14
1 INTRODUÇÃO
O cateter central de inserção periférica - PICC (Peripherally Inserted Central
Venousé) é um dispositivo intravenoso (NUNES; OLIVEIRA, 2007), foi descrito na literatura
pela primeira vez em 1929, como uma alternativa de acesso venoso central por via periférica,
quando um médico alemão chamado Forssman se autocateterizou com uma sonda uretral
através de uma veia da fossa cubital (JESUS; SECOLI, 2007).
Na década de 1970 foi desenvolvido o cateter de silicone, utilizado inicialmente nas
unidades de terapia intensiva neonatal; mas foi a partir de 1980 que se observou a expansão
de seu uso, pela facilidade de inserção à beira do leito por enfermeiros e pelo surgimento de
programas de capacitação profissional (JESUS; SECOLI, 2007).
No Brasil, o PICC começou a ser utilizado na década de 1990 e tem sido usado em
neonatologia, pediatria, terapia intensiva, oncologia e cuidados domiciliares (JESUS;
SECOLI, 2007).
No período de 1980 a 2000, intensificaram-se os avanços tecnológicos em terapia
intravenosa na Neonatologia, beneficiando os recém-nascidos (RN) de alto risco que
necessitam de um acesso venoso seguro, por um tempo prolongado, visando à administração
de drogas vasoativas e irritantes, soluções hidroeletrolíticas, nutrição parenteral e antibióticos
(RODRIGUES et al. 2006).
Foi a partir dos anos 80, que a enfermagem começou a implantar o processo de
humanização no cuidado da criança considerando os aspectos emocionais, sociais, familiares
e não traumáticos com o uso de novas tecnologias (HOCKENBERRY, 2011). Neste mesmo
período a evolução da enfermagem relacionada aos procedimentos endovenosos se
intensificou e se aperfeiçoou (MOTA et al. 2011).
O procedimento da punção venosa é uma das práticas mais difíceis de realizar no
neonato. Além disso, a perda do acesso venoso frequentemente causa interrupções na infusão
de líquidos e eletrólitos, comprometendo a eficácia da terapêutica (LOURENÇO;
KAKEHASHI, 2003).
A hospitalização em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) introduz o bebê
em um ambiente inóspito, onde a exposição intensa a estímulos nociceptivos como o estresse
e a dor é frequente (LAMEGO et al. 2005). As repetidas venopunções comprometem os vasos
periféricos levando a complicações, que podem ser locais ou sistêmicas, culminando muitas
vezes com a necessidade de uma dissecção venosa (LOURENÇO; KAKEHASHI, 2003). Em
15
se tratando de crianças, especialmente neonatos, é essencial dispor de um acesso venoso
seguro e funcional para a sobrevivência desses pacientes (MONTES et al. 2011).
O PICC é um dispositivo vascular de inserção periférica com localização central,
com lúmen único ou duplo, constituído de poliuretano ou de silicone (BAGGIO et al. 2010),
ambos
são biocompatíveis e menos trombogênicos, o que dificulta a colonização de
microrganismos (MOTA et al. 2011). Progride por meio de uma agulha introdutora, até a
porção final da veia cava, adquirindo características de cateter central (NUNES; OLIVEIRA,
2007).
Este cateter pode ser empregado em terapias de médio até longo prazo (MOTA et al.
2011). Sendo indicado para todo recém-nascido (RN) que necessite de terapia intravenosa por
um período superior a seis dias, sendo que o tempo de permanência é oito semanas, em média
(RODRIGUES et al. 2006).
A administração de medicações endovenosas faz parte da Assistência de
Enfermagem e é necessário o desenvolvimento de habilidades e conhecimentos que garantam
a eficácia da terapia, incluindo a utilização de estratégias de cuidado, entre elas, os cateteres
endovenosos como o PICC (STOCCO et al. 2011).
Segundo Camargo et al. (2008) o sucesso na inserção do PICC é obtido quando a
ponta do cateter posiciona-se centralmente, isto é, em veia cava superior. Se a ponta progredir
para além da veia cava superior, manobras de tração serão aplicadas no cateter para seu
reposicionamento.
O PICC apresenta inúmeras vantagens para recém-nascidos, crianças, equipe e
instituição. Dentre as vantagens pode-se citar a maior facilidade de inserção/manuseio quando
comparado com outros dispositivos vasculares; diminuição do estresse da equipe pelas
punções repetitivas e maior relação custo/benefício (FEITOSA et al. 2002), além da redução
de custos e atraso nas medicações, preservação da rede venosa, menor risco de infecções,
menor restrição da mobilidade, diminuição da dor e desconforto (CHAVES et al. 2008).
No Brasil, a atribuição da competência técnica e legal do Enfermeiro para exercer a
prática de manipulação do cateter PICC foi definida na Resolução n° 258/2001 do Conselho
Federal de Enfermagem (CAMARGO et al. 2008).
Além do respaldo legal para a execução do procedimento, são requeridos do
enfermeiro o embasamento teórico e a habilidade técnica que suportem a tomada de decisão
clínica e a promoção de resultados assistenciais efetivos e positivos na inserção do PICC, de
acordo com a especificidade da terapia medicamentosa (BAGGIO et al. 2010).
16
O Enfermeiro, ao selecionar o tipo de dispositivo intravenoso que será usado, deverá
considerar o tratamento que necessita ser realizada, a condição clínica do recém-nascido e a
disponibilidade do material e pessoal (PHILLIPS, 2001).
O cuidado de crianças e recém-nascidos que precisam de terapia intravenosa exige
dos enfermeiros habilidades e conhecimentos específicos, tais como as características
anatômicas e fisiológicas, padrões de crescimento e desenvolvimento, bem como desenvolver
diretrizes assistenciais que embasem a prática (OLIVEIRA et al. 2014). O cuidado de
enfermagem implica em uma avaliação contínua, em todas as etapas do processo (PHILLIPS,
2001).
Considerando o Enfermeiro como um dos principais responsáveis pela indicação,
inserção, manutenção e retirada do cateter central de inserção periférica, este estudo tem como
objetivo verificar a importância do Enfermeiro na inserção do cateter periférico central em
neonatos.
O interesse a respeito da problemática surgiu devido ao estágio curricular
desenvolvido numa unidade de terapia intensiva neonatal, onde se observou recém-nascido
que necessitava de um acesso venoso seguro, nesse caso foi escolhido o cateter central de
inserção periférica, inserido por Enfermeiro.
Justifica-se o presente estudo, ao considerar o Enfermeiro, por meio de treinamento
especializado e experiência, adquire habilidades necessárias para um tratamento de qualidade
(COELHO; NAMBA, 2009). Nesse sentido, o PICC veio somar, sendo incorporado à
assistência de enfermagem, para contribuir na melhoria da qualidade de vida do paciente
pediátrico (CHAVES et al. 2008).
Em neonatologia a terapêutica intravenosa tem despertado o interesse dos
enfermeiros pelos constantes avanços na área médica e tecnológica. A importância do
Enfermeiro nesta área faz com que o mesmo sinta a necessidade de buscar conhecimento e
capacitação nesta área com o objetivo de prestar uma assistência de melhor qualidade e com
menos trauma aos recém-nascidos.
A passagem do PICC é um processo de alta complexidade técnica, de grande
habilidade, que exige do profissional conhecimento específico que vão além da formação
acadêmica.
Diante destas questões o presente estudo poderá contribuir para a realização de
medidas educativas, assistência de enfermagem com qualidade e, consequente, melhora da
atuação dos profissionais frente a esse tema.
17
2 OBJETIVOS
2.1 GERAL
 Verificar a importância do Enfermeiro na inserção do cateter central periférico (PICC)
em neonatos.
18
3 METODOLOGIA
3.1 TIPO DE ESTUDO
Trata-se de um estudo bibliográfico realizado através de levantamento de dados de
livros e artigos científicos para verificar a importância do enfermeiro na inserção do cateter
periférico central em neonatos, recorrendo a meios eletrônicos como Biblioteca Regional de
Medicina (BIREME), cujas bases de dados pesquisadas são a Literatura Latino-Americana em
Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Eletronic Librany Online (SCIELO).
A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências teóricas já
analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos,
páginas de web sites. Qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica,
que permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto Método de Pesquisa
(apud FONSECA, 2002, p. 32).
Existem, porém pesquisas científicas que se baseiam unicamente na pesquisa
bibliográfica, procurando referências teóricas publicadas com o objetivo de recolher
informações ou conhecimentos prévios sobre o problema a respeito do qual se procura a
resposta Método de Pesquisa (apud FONSECA, 2002, p. 32).
Para Gil (2002, p. 44), os exemplos mais característicos desse tipo de pesquisa são
sobre investigações sobre ideologias ou aquelas que se propõem à análise das diversas
posições acerca de um problema.
Foi realizado leitura dos artigos que contemplavam os objetivos do estudo. A partir
daí, foram organizados através de fichamento, dando início a elaboração desse estudo.
O período da Pesquisa iniciou em abril de 2014, com o início do projeto do trabalho
de conclusão de curso (TCC), e finaliza com a entrega do (TCC), corrigido e catalogado na
biblioteca da Faculdade São Lucas em junho de 2015.
19
4 REFERENCIAL TEÓRICO
4.1 O CATETER CENTRAL DE INSERÇÃO PERIFÉRICA (PICC)
A utilização do cateter central de inserção periférica, conhecida pela sigla PICC
(Peripherally Inserted Central Catheters) é uma opção cada vez mais adotada em nosso meio
para a manutenção de acesso venoso central prolongado nos recém-nascidos de alto risco
(RODRIGUES; MAURÍCIO, 2008).
Na literatura, foi descrito pela primeira vez em 1929, como uma alternativa de acesso
venoso central por via periférica (JESUS; SECOLI, 2007). Este primeiro relato de utilização
de um cateter de forma semelhante ao PICC foi realizado por um médico alemão, Dr.
Forssmann, que anestesiou o próprio braço e puncionou uma veia da fossa cubital com uma
agulha de grande calibre e passou através desta um cateter ureteral de 4 French, progredindo a
ponta do mesmo até o coração (ACQPICC, 2006).
Foi no início da década de 70 que vieram às pesquisas e a primeira utilização de
PICC para administração de nutrição parenteral, para antibioticoterapia em casos de fibrose
cística de pâncreas e primeira utilização de PICC para administração de drogas
antineoplásicas (ACQPICC, 2006). No Final da década de 70, início da década de 80, o
conceito e a popularidade do PICC se espalham com o desenvolvimento da terapia
intravenosa como especialidade (ACQPICC, 2006).
A partir dos anos 80, a enfermagem começou a implantar o processo de humanização
no cuidado da criança considerando os aspectos emocionais, sociais, familiares e não
traumáticos com o uso de novas tecnologias (HOCKENBERRY, 2011).
O PICC começou a ser comercializado no Brasil na década de 90, a princípio para
uso em neonatologia, devido ao pequeno diâmetro do cateter e à flexibilidade do material de
silicone (ACQPICC, 2006).
De acordo com Collet et al. (2010), o cateter venoso de inserção periférica
(CCIP/PICC), vem sendo utilizado com maior frequência, pois é um dispositivo com tempo
de permanência prolongado e de fácil instalação, associado a um menor risco de complicações
mecânicas e infecciosas.
Os dispositivos são constituídos de poliuretano ou silicone, sendo esse último mais
flexível e em sua maioria inerte (causando menos irritação à parede dos vasos e interações
medicamentosas). Possuem parâmetros como calibre, comprimento, diâmetro interno/externo
e volume interno, com lúmen único ou duplo (COLLET et al. 2010). Já grande maioria dos
20
poliuretanos não é compatível com soluções antissépticas de base alcoólica. O cateter é
mantido em posição através de curativo (ACQPICC, 2006).
Segundo Petry et al. (2012), o PICC é uma tecnologia inovadora, e propicia
benefícios para os pacientes e para as equipes que fazem uso desse recursos tecnológico.
Pode-se assegurar que a utilização do PICC, é extremamente importante,
principalmente na UTIN, pois propicia melhor qualidade de vida do recém-nascido, e a
enfermagem apresenta papel fundamental nos cuidados para inserção, manutenção e remoção
do cateter (GONÇALVES et al. 2013).
4.2CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS E FISIOLÓGICAS
Segundo Rodrigues; Maurício, (2008), para realizar com eficácia uma terapia
intravenosa utilizando como método o PICC, o profissional necessita não somente ter
habilidade e experiência em punções venosas periféricas, mas também ter conhecimento de
anatomia e histofisiologia da rede vascular, bem como das possíveis complicações do
procedimento.
A pele é constituída de duas camadas: a epiderme e derme, a epiderme é a camada
mais superficial da pele, já a derme e a que está localizada abaixo (DANGELO E FATTINI,
2011). Suas principais funções são a regulação da temperatura do corpo, proteção contra a
desidratação, proteção contra a infecção e coleta de informações sensitivas (ACQPICC,
2006).
Normalmente a pele humana é colonizada por bactérias, sendo que algumas regiões
do corpo são mais colonizadas que outras, e isso dependem da umidade, calor local e
proximidade com locais de produção de secreção. A microbiota da pele é classificada em
residente e transitória (AQPICC, 2006).
O Sistema Vascular é responsável pelo transporte do sangue para todas as partes do
corpo humano e destas para o coração. Os vasos sanguíneos que compões o sistema vascular
são classificados em: artérias, veias e capilares (AQPICC, 2006). As artérias e a veias são
classificadas como grande e médio e pequeno calibre (TORTORA, 2000).
Veias são tubos nos quais o sangue circula aproximadamente em relação ao coração.
Fazem continuidade aos capilares e transporta sangue que já passou por trocas com tecidos, da
periferia para o meio do sistema circulatório que é o coração. Nos seres vivos as veias
21
superficiais tem a cor azul- escura por que suas finas paredes deixam transluzir o sangue que
nela circula (TORTORA, 2000, p. 363).
As veias são de modo estrutural, semelhantes às artérias, mas suas túnicas média e
íntima são mais finas. A túnica externa das veias é a camada mais espessa. A túnica intima
pode dobrar-se para dentro para formar válvulas. Apesar destas dessemelhanças as veias ainda
são suficientemente flexíveis para adaptar variações no volume e na pressão do sangue que
passa através delas (TORTORA, 2000, p.363).
4.3 A ESCOLHA DO CATETER
A escolha e indicação de um cateter central de inserção periférica logo de início é
uma opção racional e viável, para que se possa utilizá-lo desde o início até o final do
tratamento.
A escolha se baseia nas características básicas de um “dispositivo venoso
adequado” (ACQPICC, 2006 p.16) e deve:
Possuir a maior chance de permanecer durante todo o tempo previsto para o
tratamento; Prestar-se aos requerimentos do tratamento; Ser o menos invasivo
possível; Apresentar o menor calibre em relação à veia; Utilização do menor número
de cateteres para programar o tratamento prescrito; Apresentar uma relação custo x
risco x benefício viável; Além disso, deve-se também levar em consideração as
indicações, limitações para uso, contraindicações, vantagens, desvantagens e
escolha/preferência do paciente.
A literatura estabelece que crianças com menos de dois quilos deva receber cateter
1.9 French (24G); crianças com peso entre dois e seis quilos, cateter 2.8 French (22G); com
peso entre seis e vinte quilos, cateter 3.0 French (20G), e em crianças com mais de 20 Kg,
cateter 4.0 French (18G). O tamanho do cateter reflete na permanência do mesmo e no
sucesso do tratamento (BAGGIO et al. 2010).
4.4 LOCAL DE INSERÇÃO
Para a escolha do local de inserção do PICC, descreve algumas características como
veias palpáveis, calibrosas e retas (COELHO; NAMBA, 2009), A pele subjacente à veia
escolhida deverá estar íntegra e não apresentar alterações anatômicas e ainda livres de sinais
de hematomas, infecção (flebites, celulites e abscessos).
22
Segundo Rodrigues; Maurício, (2008, p. 339) a escolha preferencial das veias do
recém-nascido é um passo importante e preferencialmente as que estão localizadas:
1. Basílica: primeira escolha, larga em região cubital, mais lateralizada no
antebraço e com 04 a 06 válvulas.
2. Cefálica: menor que a basílica, curso variável, de 06 a 10 válvulas, lado radial do
antebraço, potencial risco para flebite e mau posicionamento.
3. Axilar para grandes volumes: veia larga, união da basílica com a braquial;
Atenção adicional deve-se ter para não puncionar a artéria braquial.
4. Temporal: tamanho variável, adjacente à artéria temporal, não muito segura.
5. Posterior auricular: tamanho variável, mais frágil.
6. Jugular externa: mais visível, pode aceitar um cateter de maior calibre, além de
apresentar pouca distância para o sistema venoso central pela inserção do lado
direito.
7. Grande safena: região mediana da perna, veia longa de 7 a 15 válvulas, pode
desenvolver edema de membros inferiores (MMII).
8. Pequena safena: região lateral da perna, diâmetro pequeno, tortuosa.
9. Femoral: abaixo do acesso do ligamento inguinal, de difícil posicionamento.
Segundo Jantsch et al. (2014), o Enfermeiro é quem deve realizar a avaliação quanto
à preservação da rede venosa para passagem do PICC, o que deve ocorrer nas primeiras horas
de vida. A passagem do PICC no primeiro dia de vida pode reduzir a quantidade de punções
venosas para o sucesso da cateterização.
As principais veias para acesso venoso pediátrico incluem as veias das regiões
cefálicas, dorso da mão, antebraço e pé. Preferencialmente deve-se optar por
puncionar as veias localizadas nos membros superiores, considerando como primeira
opção as veias basílicas e as veias cefálicas, pois apresentam menores
irregularidades em seu trajeto e como segunda opção a veia intermédia do cotovelo.
As veias da região cefálica utilizadas para punção venosa são: veia temporal, veia
frontal e veia auricular posterior. A punção das veias da região cefálica pode ser
realizada até 18 meses, a partir de quando a epiderme torna-se endurecida e os
folículos dos cabelos maduros. As veias localizadas na região cefálica e pescoço
devem ser a última escolha de inserção do PICC em recém-nascidos pela dificuldade
de fixação e risco de migração do cateter. A punção da veia jugular externa ainda
apresenta um risco adicional, de punção acidental da artéria carótida. Nos membros
inferiores as opções são a veia poplítea, a veia safena e a veia femoral, porém devido
à presença de muitas válvulas nessas veias pode ocorrer dificuldade de migração do
cateter (ACQPICC, 2006, p. 39).
De acordo com Jantsch et al. (2014), a mais frequente associação de indicações foi à
hidratação intravenosa, nutrição parenteral e antibioticoterapia. Essa condição demonstra a
diversidade de soluções e drogas indicadas e administradas pelo PICC, reforçando a
importância de sua indicação, inserção e manutenção para a terapia intravenosa no cotidiano
de tratamento do neonato.
23
4.5 INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES
4.5.1 Indicações
O uso do PICC é particularmente útil em RN prematuros extremos e bebês em uso de
hidratação venosa e nutrição parenteral por mais que sete dias e com manuseio restrito. Ele
evita a prática da dissecção venosa e punções periféricas de repetição e tricotomia do couro
cabeludo (BRASIL, 2011). Sendo também indicados para tratamento com drogas vesicantes e
irritantes, quimioterapia, tratamento ambulatorial e domiciliar (COLLET et al. 2010).
Segundo Rodrigues (2008), a antibioticoterapia, infusão de concentração de glicose
acima de 12,5%, infusão de hemoderivados, monitoração de pressão venosa central (PVC) são
indicações para o uso do PICC.
Crianças necessitando de terapia IV por mais de 7 dias; prematuros com peso
<1.500g; crianças que irão receber terapia antimicrobiana para meningite; aquelas
que irão receber nutrição parenteral; crianças que irão receber medicamentos
antivirais IV; com acesso vascular pobre (com aumento de gordura no subcutâneo,
tornando difícil achar as veias ou com carência de veias adequadas; presença de
anomalias em membros); com desordens gastrintestinais (enterocolite necrotizante,
onfalocele, gastrosquise); com doenças cardíacas congênitas (infusão pré-operatória
de prostaglandina EV, administração de fluidos ou medicamentos no trans e pós
operatório) (ACQPICC, 2006, p.17).
4.5.2 Contraindicações
As contraindicações e limitações na inserção do cateter são plaquetopenia severa,
instabilidade hemodinâmica, edema, veias esclerosadas, infecção da pele ou tecido
subcutâneo próximo ao local planejado para inserção, flebites/tromboflebites, necessidade de
infusão em Bólus (COLLET et al. 2010).
Outras contraindicações encontradas são as complicações relacionadas a indicações
clinicas de urgência, administração de hemoconcentrados, quando houver incapacidade para
se identificar uma veia de calibre adequado, venopunções ou dissecção venosa prévia,
problemas ortopédicos, resposta negativa da veia ao procedimento e recusa dos pais
(RODRIGUES; MAURÍCIO, 2008).
Devem ser levadas em conta ainda algumas situações especiais que podem limitar a
escolha e utilização do PICC, exigem monitoramento e discussão prévia com a equipe para
tomada de decisão e escolha do PICC (ACQPICC, 2006).
24
4.6 A TÉCNICA DE INSERÇÃO DO PICC
Os cuidados especiais antes da inserção são importantes e devem estar relacionados
com a avaliação do estado geral do paciente e aferição de sinais vitais e presença de um
membro da equipe para auxiliar no procedimento.
Para neonatos, o melhor local é o berço aquecido. Com relação ao preparo do
paciente, deve-se propiciar conforto e posicioná-lo em decúbito dorsal com o membro
superior escolhido estendido a um ângulo de 90º com o corpo (ACQPICC, 2006).
As crianças devem ser sedadas conforme prescrição médica e ou medidas de controle
da dor como a sucção não nutritiva com sacarose ou glicose (ACQPICC, 2006).
Coelho; Namba, (2009, p.02-03), orienta que a inserção do cateter periférico segue a
seguinte ordem:
1. Identificação da veia apropriada; 2. Posicionamento do paciente; 3. Verificação da
medida do cateter; 4. Paramentação; 5. Abertura completa do material; 6. Abertura
do campo estéril sob o local de punção escolhido; 7. Antissepsia; 8. Lubrificação do
cateter com solução salina; 9. Preparação do comprimento do cateter; 10. Aplicação
do torniquete; 11. Preparo do conjunto introdutor; 12. Execução da venopunção; 13.
Retirada da agulha da bainha protetora; 14. Introdução completa do cateter
periférico; 15. Remoção da bainha protetora; 16. Teste de permeabilidade; 17.
Retirada do campo fenestrado; 18. Limpeza do local da inserção; 19. Fixação do
disco oval; 20. Fixação do cateter; 21. Fechamento do sistema; 22. Confirmação
radiológica para confirmação da ponta do cateter.
Para o procedimento de mensuração do cateter deve-se medir com uma fita métrica a
partir do ponto escolhido, até a ponta da clavícula direita, seguindo até o terceiro espaço
intercostal direito. O mesmo procedimento deve ser executado tanto para inserção à direita,
quanto à esquerda (ACQPICC, 2006).
25
Quadro 1 – Referência para a medida do comprimento do cateter.
3 – Jugular;
4 – Subclávia;
7 – Basílica;
8 – Cefálica;
9 – Mediana do antebraço;
10 – Braquiocefálica;
11 – Cava superior.
A – Ponto de inserção;
B – Ponto final da clavícula direita;
C – Segundo espaço intercostal direito.
Fonte: ACQPICC, 2006, p. 80
Se a veia escolhida, for à cabeça ou pescoço: partindo do local de punção, seguindo
pela região cervical lateral, até a cabeça da clavícula direita e daí até o 3º espaço
intercostal direito; Quando o local da punção for do lado esquerdo, mensurar do
local escolhido até a junção manúbrio esternal com a cabeça da clavícula direita,
após descer até o terceiro espaço intercostal; mensurar diâmetro do membro, acima e
abaixo do local escolhido para a punção como parâmetro para detecção de qualquer
anormalidade posterior a inserção (ACQPICC, 2006, p. 81).
É de suma importância que o enfermeiro se certifique da posição do cateter por meio
de radiografias do tórax, o trajeto mal localizado pode trazer complicações aos RNs como
arritmia cardíaca. Os motivos para a falha ou o não sucesso do PICC podem estar entre
anatomia e fisiologia do RN como também a má aplicabilidade do Enfermeiro (CAMARGO,
et al. 2008).
Após a inserção do cateter e antes de desfazer o arsenal estéril (retirar campos
estéreis) e antes de fazer o curativo, caso seja utilizado um aparelho de ultrassom,
podemos avaliar o pescoço do paciente para identificar se o cateter encontra-se na
jugular. Caso isso ocorra, tracionar o cateter, em torno de 70% do comprimento
inserido, e reintroduzi-lo, assegurando que o paciente esteja com o pescoço virado
para o lado do membro que está sendo posicionado. (ACQPICC, 2006, p.85).
Salientamos que esse procedimento deve ser realizado somente quando a rigorosa
técnica asséptica esteja respeitada (ACQPICC, 2006).
26
4.7 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO PICC EM NEONATOS
4.7.1 Vantagens
A utilização do acesso venoso central de inserção periférica possibilita que o
paciente tenha uma via de acesso segura por um período de tempo maior, o que evita
venopunções excessivas, constituindo-se em uma ação significativa para a humanização do
cuidado ao recém- nascido, sua família e equipe que os assiste (LIENEMANN, et al. 2014).
As vantagens relativas à terapia com a utilização do PICC são: o beneficio de
inserção do cateter sob anestesia local; redução do desconforto do paciente, que não
passará pelo estresse das múltiplas punções venosas; a possibilidade de ser inserido
por enfermeiros e à beira do leito; o fato de ser uma via confiável para administração
de antibióticos, nutrição parenteral e quimioterápica; maior tempo de permanência;
menor risco de contaminação; e preservação do sistema venoso periférico; Além
disso, devido à inserção periférica, elimina complicações potenciais como
pneumotórax e hemotórax, menores custos, se comparado com cateteres centrais
inseridos cirurgicamente (JESUS; SECOLI, 2007 p.02).
De acordo Collet et al. (2010), o cateter possui algumas vantagens em relação a
outros acessos venosos, pois oferece a oportunidade para o paciente aderir ao tratamento,
mantendo a imagem corporal preservada, isso inclui a integridade do couro cabeludo e dos
demais vasos, evita punções de repetição, diminuindo o estresse da equipe pelas sucessivas
punções e ainda maior relação custo/benefício, são mais fáceis de inserção e manuseio quando
comparados a outros dispositivos vasculares.
Feitosa et al. (2002, p.08), indica as vantagens relacionadas aos pacientes que são:
Manter preservados demais acessos venosos; menor risco de infecção em relação a
outros dispositivos vasculares centrais, melhor hemodiluição das drogas, diminuindo
a agressão ao sistema vascular; não há risco de trombose de sistema porta;
menor desconforto e dor para o paciente; menor restrição da mobilidade;
diminuição do estresse do paciente.
4.7.2 Desvantagens
As desvantagens com relação ao PICC podem estar relacionadas aos cateteres abaixo
de 3,8 French, não podem ser utilizados para a infusão de sangue e hemoderivados, não deve
ser utilizado para a coleta de sangue, deve ser inserido por profissional capacitado,
Enfermeiro ou Médico (RODRIGUES; MAURÍCIO, 2008).
27
Necessita de um protocolo institucional para sua implantação, manutenção e retirada,
não pode ser usada se a rede venosa periférica não estiver íntegra ou quando houver presença
de lesões no membro cateterizado, não indicado em situação de urgência e também não
indicado quando necessitar de infusão de grandes volumes (RODRIGUES; MAURÍCIO,
2008).
4.9 COMPLICAÇÕES
As complicações podem ocorrer durante a inserção, imediatamente após o implante e
durante todo tempo em que o cateter estiver sendo utilizado. O paciente deve ser monitorado
constantemente, e as devidas medidas para prevenção e intervenções de enfermagem
adequadas para cada situação devem ser conhecidas e adotadas (ACQPICC, 2006).
O quadro abaixo relaciona os tipos de complicações associadas ao PICC, incidência e
manifestações clínicas (COELHO; NATIELE, 2011 p. 15).
Quadro2 – Complicação, Incidências e Manifestações Clínicas.
Complicação
Incidência %
Manifestações clínicas
Mau posicionamento
5 a 62
Oclusão 2 a 44%
2 a 44
Trombose
4 a 38
Flebite
5 a 26
Sepse
2 a 21
Palpitação, arritmia, dor torácica, taquicardia,
hipotensão, aumento da pressão venosa central e
perda de consciência.
Dificuldade ou impossibilidade em aspirar sangue
ou infundir soluções.
Dor torácica, no pescoço ou ouvido e aumento da
circunferência do braço.
Eritema, edema, dor local, cordão venoso
palpável e drenagem de secreção purulenta.
Febre, calafrios, hipotensão, cefaléia, náusea,
vômito e fraqueza.
Dificuldade de remoção
1 a 12
Resistência na retirada do cateter.
Ruptura
4a5
Infecção local
2a3
Embolia por cateter
0,6
Cianose, hipotensão, taquicardia e perda de
consciência.
% Eritema, dor, enrijecimento e drenagem de
secreção purulenta no sítio de inserção.
Embolia
pulmonar,
disritmia
cardíaca,
septicemia, endocardite e trombose.
Fonte: COELHO; NATIELE, 2011 P. 15
28
Mingorance et al. (2014), salientam haver a necessidade de avaliação contínua da via
de acesso, do cateter e das soluções infundidas, com objetivo de evitar complicações, bem
como treinamentos e atualizações constantes dos profissionais ligados ao cuidado do neonato.
As complicações relacionadas ao PICC podem ser locais, sistêmicas ou
circunstanciais, e algumas dessas complicações se apresentam com maior incidência sendo
importante reconhecer as manifestações clínicas (JESUS; SECOLI, 2007).
Os procedimentos invasivos exercem papel fundamental nos mecanismos de
infecção, sendo considerado como portas de entrada dos microrganismos, pois bloqueiam, em
muitos casos, os mecanismos de defesa do organismo contra a invasão destes patógenos
(SILVA et al. 2011).
4.10 O ENFERMEIRO E A INSERÇÃO DO CATETER PICC
A inserção do cateter PICC é um procedimento de alta complexidade, exige do
enfermeiro perícia técnica e capacidade de julgamento clínico com tomada de decisão
consciente, segura e eficaz, por isso o enfermeiro deve receber qualificação e/ou capacitação
teórico-prático nos cursos de qualificação (LOURENÇO; OHARA, 2010).
O Enfermeiro possui respaldo legal para realização deste procedimento, portanto é
necessário que o mesmo possua conhecimentos científicos que sustentem a tomada de
decisões clínicas e favoreça bons resultados assistenciais, aperfeiçoando continuamente a
qualidade do cuidado de enfermagem (VENDRAMIM; PETERLINE, 2007).
Torna-se importante que os profissionais de enfermagem tenham conhecimentos
sobre todos os aspectos que envolvem o uso do PICC, os riscos do que envolvem o
procedimento, a fim de utilizarem medidas de prevenção, controle e detecção das possíveis
complicações (BRETAS et al. 2013).
No Brasil, a atribuição de competência técnica e legal para inserção e manipulação
do PICC pelo profissional enfermeiro encontra-se amparada pela Resolução n° 258 de 2001
do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), e ressalva que este deverá submeter-se a um
curso de qualificação e/ou capacitação profissional (BRASIL, 2001).
Em 1999 realizou-se o primeiro curso de capacitação de PICC ministrado no Brasil
pela SOBETI (Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva).
De acordo com a RDC/ANVISA n.º 45, de 12 de março de 2003, que dispõe sobre o
regulamento técnico de boas práticas de utilização das soluções parenterais (SP) em serviços
29
de saúde, é responsabilidade do enfermeiro estabelecer o cateter central de inserção periférica
(PICC), devendo ser realizados respeitando aos procedimentos estabelecidos em consonância
com comissão de controle de infecção em serviços de saúde (BRASIL, 2003).
Com relação ao procedimento de anestesia local por Enfermeiros na inserção do
PICC, o Parecer nº 15/2014 do Conselho Federal de Enfermagem entende que:
O Enfermeiro com curso de Capacitação/Qualificação para Inserção do PICC, em
instituição que possua protocolo que normatize a aplicação de anestésico local pelo
Enfermeiro, e treinamento do profissional para esta atividade, poderá realizar o
procedimento de anestesia local, com a lidocaína 1% e 2% sem vasoconstritor, no
tecido subcutâneo, com a finalidade de inserção do PICC (CONSELHO FEDERAL
DE ENFERMAGEM, 2014, p. 03).
A escolha do PICC como acesso venoso no período neonatal exige-se a adoção de
técnicas assépticas e de critérios rigorosos para sua indicação, manutenção e retirada, para
isso os profissionais devem estar capacitados para a passagem e para o uso do PICC
(RODRIGUES; MAURÍCIO, 2008).
É fundamental o conhecimento da enfermagem a respeito das características clínicas
do paciente, bem como soluções intravenosas e dos medicamentos, os quais devem ser
considerados nos seguintes aspectos: indicação de uso, seleção apropriada do diluente e
envase, checagem da dose prescrita, osmolaridade, pH, reações adversas, toxidade,
incompatibilidade e estocagem (ACQPICC, 2006).
4.11 A AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM PARA O PICC
O PICC deve sempre ser considerado como um acesso de primeira escolha, e não
como uma última opção. Sua utilização deve ser vista como um processo e não apenas como
um procedimento isolado (ACQPICC, 2006).
O sucesso deste processo depende: da existência de uma equipe unida e treinada com
conhecimento de todas as etapas do processo; da existência de um Protocolo claro e acessível
a todos; da capacidade da equipe em detectar, prevenir e atuar de forma adequada nas
complicações.
30
A capacitação da equipe envolve treinamento e atualização constante e sistemática
(ACQPICC, 2006).
Para implementação de uma terapia intravenosa, uma avaliação clínica completa
deve ser feita e alguns fatores devem ser considerados: Identificação do tipo de
terapia prescrita; Duração prevista da terapia prescrita; Adequação da rede venosa
do paciente; Capacidade do paciente em tolerar a posição supina do braço por
aproximadamente uma hora, com o mesmo em extensão e imobilizado, para a
inserção (ACQPICC, 2006, p. 76).
Além da avaliação clínica, é importante a identificação de uma pessoa para realizar
os cuidados com o cateter; A boa vontade e habilidade física a pessoa que vai cuidar do
cateter; Capacidade de observação e identificação de sinais e sintomas relacionada às
complicações e tomada de decisão (ACQPICC, 2006).
4.12 O CUIDADO DE ENFERMAGEM COM O PICC
Segundo Camargo (2007), a preservação do cateter PICC deve ser feita por pessoal
treinado e capacitado e os curativos apenas pelo enfermeiro que recebeu qualificação e/ou
capacitação para a inserção, manutenção e remoção do cateter.
O Enfermeiro é indispensável na realização do curativo do PICC, o qual fica
responsável pela escolha do tipo a ser utilizado dentro da unidade, bem como pela realização
do procedimento técnico e observação da integridade do óstio de inserção para a detecção
precoce de complicações (TEIXEIRA et al. 2009).
De acordo com Coelho; Namba (2009), para assegurar maior permanecia do cateter
durante o tratamento, requer do enfermeiro a manutenção adequada sem complicações
futuras.
O manejo deste dispositivo requer conhecimento, destreza e habilidade por parte dos
enfermeiros e membros da equipe de saúde (RODRIGUES et al. 2006).
O Enfermeiro é responsável pela tomada de decisão sobre a terapia intravenosa,
envolvendo conhecimentos teórico-científicos de anatomia e fisiologia, posicionamento
adequado do recém-nascido durante a inserção do cateter, possíveis complicações durante e
após o procedimento, cuidados de enfermagem na manutenção do cateter, para que o PICC
não tenha sua remoção antes do término do tratamento (VIEIRA et al. 2013).
31
Para Collet et al. (2010), a inserção do cateter não é meramente um procedimento
técnico, vai além deste momento, cada membro da equipe é indispensável para atuar na
manutenção deste, favorecendo ao recém-nato/criança a melhor qualidade na terapia
intravenosa proposta. Com isso identifica-se a importância do papel do enfermeiro na
execução desse procedimento que exige capacidade e olhar clínico para detectar alterações
durante a permanência do PICC no RN (CAMARGO et al. 2008).
Os principais cuidados estão relacionados com a manutenção, lavagem e
heparinização, troca de curativos e cuidados com o sítio de inserção, coleta de sangue,
substituição das tampas e extensões, desobstrução e retirada do cateter, envio da ponta do
cateter para cultura (ACQPICC, 2006).
4.13 A REMOÇÃO DO PICC
A remoção do PICC é indicada quanto há o término do tratamento de terapia
intravenosa, sinais flogísticos de infecção, febre, trombose e oclusão (COELHO; NAMBA,
2009). Deve ser feita de forma asséptica e delicadamente a cada centímetro. Em caso de
resistência, aplicar uma compressa úmida e morna na área acima do trajeto do cateter por 20 a
30 minutos para favorecer a vasodilatação e tentar a remoção novamente (NUNES;
OLIVEIRA, 2007).
De acordo com a Intravenous Nurses Society (INS) - Brasil cabe privativamente aos
enfermeiros e médicos a realização de tal procedimento, desde que tenham realizado
a capacitação através de curso e treinamento que inclua os conteúdos teóricopráticos relativos à inserção, manutenção e retirada do cateter, indicações e
contraindicações da utilização do dispositivo e métodos de verificação da inserção, a
fim de garantir a qualidade do procedimento e o bem-estar do paciente (COELHO;
NATIELE, 2011 p. 10).
Segundo Teixeira et al. (2009 p.36), o PICC deve ser retirado usando técnica asséptica
da seguinte maneira:
 Higienização das mãos;
 Deve-se parar a infusão;
 Calçar luvas de procedimento;
 Posicionar o braço do paciente abaixo do nível do coração;
32
 Aplicar compressa quente e úmida na área acima do cateter por 1 minuto
prevenindo a resistência durante a retirada do cateter;
 Remover a fixação e o curativo, utilizando solução salina 0,9% atentando para
não ferir a pele do RN, pode-se utilizar óleo vegetal;
 Observar o aspecto local;
 Firmar o cateter próximo ao sítio de inserção;
 Tracionar o cateter, exteriorizando-o lentamente usando uma tração controlada.
Se prender, pare e procure ajuda do médico-assistente devido ao risco de rotura
do cateter;
 Fazer compressão utilizando gaze, no sítio de inserção;
 Medir o comprimento do cateter retirado, comparar com a medida de inserção
inicial e registrar na ficha de protocolo;
 O PICC não é rotineiramente enviado para cultura, em caso de dúvida, discuta
com o médico-assistente;
 Cobrir o sítio com um curativo pequeno e remova após 24 horas;
 Observar o sítio para ocorrência de sangramentos ou sinais de infecção; 36
horas;
 Retirar a Paramentação;
 Higienização das mãos;
 Efetuar os registros nas fichas de controle do PICC.
Segundo Rodrigues; Maurício (2008 p.344), durante este procedimento poderá
ocorrer vaso espasmo. Caso ocorra tal fato, o enfermeiro deverá Interromper o procedimento e
tentar nova remoção.
No caso de encaminhar a ponta para cultura, deve-se usar luva estéril, fazer
antissepsia do sítio de inserção do cateter com clorexidina aquosa ou álcool a 70%. Retirar o
cateter e cortar a ponta (5 cm) em recipiente estéril e encaminhar ao laboratório solicitando
cultura (Coelho; Namba, 2011 p.30).
33
4.14 O CONTROLE DE QUALIDADE
Uma das preocupações da equipe de enfermagem que assistem aos pacientes com
PICC deve ser o controle de qualidade.
Este controle, além das atividades relacionadas à prevenção e educação da equipe,
deve prever e estar baseado na elaboração de um protocolo institucional. O
protocolo deve ser aprovado pelas diretorias competentes (clinica, técnica, de
enfermagem, CCIH) e Comissão de Ética. Deve conter informações detalhadas
sobre indicações de uso, técnica de inserção, recomendações e orientações gerais,
responsabilidades, indicações clínicas para sua remoção, intervenções de
enfermagem na ocorrência de complicações. Deve também estar baseado em
preceitos éticos e legais (ACQPICC, 2006 p. 130).
O Enfermeiro deve ter além do conhecimento técnico e científico, o conhecimento
dos diversos aspectos relacionados aos dispositivos venosos centrais, participar de programas
de Educação Continuada que incluam teoria e prática para adquirir habilidade em realizar
inserções seguras e eficientes e conhecer os cuidados a serem realizados durante o uso do
cateter, de acordo com as normas de controle de infecção e rotinas institucionais (ACQPICC,
2006).
34
5 ANÁLISE E DISCUSSÃO
Trata-se de um estudo bibliográfico que buscou verificar a importância do
Enfermeiro na inserção do cateter central periférico em neonatos.
Os estudos de Modes et al. (2011), norteiam que em cuidados intensivos neonatais,
um tratamento muito utilizado é a administração de soluções por via intravenosa, requerendo
a realização de punções venosas, que em recém-nascidos possuem particularidades
relacionadas às características cutâneas e à fragilidade da rede venosa.
De acordo com Phillips (2001), a terapia intravenosa iniciou-se no renascimento com
a descoberta da circulação, da agulha hipodérmica e da primeira transfusão sanguínea.
Entretanto Gomes et al. (2010), refere que a obtenção de um acesso venoso seguro é
um dos maiores desafios da equipe para programar a terapia medicamentosa, e assegurar o
tratamento e a qualidade da assistência e Teixeira et al. (2009), afirma que uma das práticas
mais difíceis de realizar no neonato é o procedimento da punção venosa. Já Lourenço; Ohara,
(2010), informa que é essencial para a manutenção da vida no período neonatal e um dos
fatores dificultadores na prestação dessa assistência em RNs é a limitação de sua rede venosa.
Para Rodrigues et al. (2006), há no mercado diferentes tipos de dispositivos
periféricos, e os mais utilizados são os Cateteres Agulhados tipo Scalp, Cateteres Flexíveis
tipo Abocath e os Cateteres Centrais de Inserção Periférica (PICC).
Teixeira et al. (2009), menciona em seus estudos que é um desafio constante o
trabalho do enfermeiro dentro de uma UTIN, pois requer vigilância, habilidade, respeito e
sensibilidade, devido o paciente que vai ser atendido não falar, ser extremamente vulnerável
e altamente dependente da equipe que lhe está prestando cuidados.
Concordamos com a autora que se faz necessária em neonatologia a conscientização
de que quanto mais cedo os fatores de risco para o RN forem identificados, melhores serão as
condições para serem ajudados.
Para Brasil (2001), o termo PICC faz alusão ao termo Peripherally Inserted Central
Catheters (Cateter Central de Inserção Periférica) e Rodrigues et al. (2006), ressalta que a sua
utilização nos serviços de Neonatologia está se tornando mais continuo apesar do pouco
tempo de uso desta tecnologia dentro das unidades de alto risco.
Camargo et al. (2008), reconheceu em seus estudos que os recém-nascidos
submetidos à inserção do dispositivo PICC são, na grande maioria, compostos por pré-termos
de baixo peso que requerem esse dispositivo para assegurar seu crescimento e
35
desenvolvimento, já que os órgãos associados à sucção e nutrição ainda não estão totalmente
desenvolvidos e Baggio et al. (2010), complementa a população neonatal que mais utiliza o
PICC inclui prematuros cardiopatas, RNs com desconforto respiratório e/ou infecções
respiratórias e aqueles submetidos a procedimentos cirúrgicos em geral.
O mesmo autor menciona que a utilização do PICC possui algumas peculiaridades
que vão desde a escolha do vaso até a manutenção do mesmo e Hockenberry (2011), conclui
que a veia basílica é a mais utilizada, pelas características anatômicas favoráveis. Freitas
(2004), acrescenta, é larga em região cubital, mais lateralizada no antebraço, com menor
número de válvulas em relação às demais. Seguida da veia cefálica (BAGGIO et al. 2010).
Teixeira et al. (2009), comenta que o PICC substitui as flebotomias com grande
sucesso, e por ter a disponibilidade de diâmetros muito reduzidos, é possível utilizar essa
técnica em lactentes e recém-nascidos de baixo peso que necessitam de acesso venoso
prolongado ou com fragilidade venosa durante o período de internação hospitalar.
Nos estudos de Rodrigues et al. (2006), há referência de que o seu uso é
contraindicado em recém-nascido com lesões cutâneas no local de inserção, na administração
de grandes volumes em bólos ou sob pressão, quando o retorno venoso estiver prejudicado,
em caso de emergência e quando os familiares se recusarem a aceitar o procedimento.
Foi possível evidenciar nos estudos de Câmara et al. (2007), que geralmente apenas
os enfermeiros que atuam em UTI pediátrica e neonatal são os que têm conhecimento e
domínio deste recurso. Para Kamada; Barbeira (2003), essas unidades são consideradas de
alta complexidade assistencial, pela gravidade das condições de vitalidade dos recém-nascidos
e pelo uso da tecnologia de ponta, além de constituírem importante campo de trabalho para a
enfermagem.
Lourenço; Kakehashi (2003), corrobora com esse grande avanço tecnológico que
ampliou consideravelmente as ações de assistência médica e de enfermagem, levando os
profissionais que atuam nessa área a adquirirem melhor capacitação técnico-científica para
prestar uma assistência qualificada aos neonatos.
Vendramim; Peterline (2007), descreve que a existência e utilização de protocolos
que direcionam a prática de enfermagem no emprego desse cateter, e visa padronizar condutas
e melhorar a qualidade na assistência, o que se torna fundamental para o êxito da prática com
o PICC.
Concordamos com Lourenço; Kakehashi (2003), que a passagem do cateter é um
procedimento invasivo e que pode acarretar danos ao paciente, assim se faz necessário estar
amparado por lei para realização de tal procedimento. Brasil (2001), complementa e afirma
36
que no Brasil, somente no fim da década de 1990 foi introduzido esse procedimento por meio
da Resolução nº 258/2001, do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), em cujo art. 1º
considera-se lícito ao enfermeiro à inserção do cateter periférico central e de acordo com o
art. 2º dessa resolução, o enfermeiro, para o desempenho de tal atividade, deverá ter se
submetido à qualificação ou capacitação profissional.
ACQPICC (2006), lembra que, a Resolução COFEN 240/2000, diz que o Enfermeiro
exerce a profissão com autonomia, respeitando os preceitos legais da enfermagem e deve
assegurar ao cliente uma assistência de enfermagem livre de danos decorrente de imperícia,
negligência ou imprudência, para tanto deve avaliar criteriosamente sua competência técnica e
legal e somente aceitar encargos ou atribuições, quando capaz de desempenho seguro para si e
para a clientela.
Freitas (2004), indica que a Sociedade Brasileira de Enfermeiros em Terapia
Intensiva (SOBETI), instituída em 1986, foi a primeira a certificar e qualificar os enfermeiros
brasileiros quanto ao procedimento de inserção de cateter periférico central. Em parceria com
Academia Brasileira de Especialistas em Enfermagem (ABESE), os enfermeiros são
ensinados quanto à assistência prestada em UTI durante a passagem, manutenção e retirada do
PICC.
Para Gonçalves et al. (2013), o enfermeiro exibe papel fundamental nos cuidados
para inserção, manutenção e remoção do cateter. Outro desempenho complementa Teixeira
(2009) é promover segurança ao RN.
Todavia Teixeira et al. (apud ALMEIDA, 2009), complementa que o enfermeiro
deve manter um relacionamento com os familiares do RN. Concordamos com o autor de que é
preciso explicar os procedimentos realizados, o tratamento e reforçar as informações passadas
pelo médico do RN em relação à sua condição e prognóstico. O Enfermeiro atua como
uma fonte de apoio para os pais.
A mesma autora destaca que outra atividade atribuída ao enfermeiro é a promoção
de um acesso venoso duradouro aos RN’s que precisarão de um período maior de terapia
intravenosa. Concordamos com a autora que o enfermeiro tem participação fundamental na
prevenção das complicações, fator essencial para a reabilitação do paciente e o sucesso no
tratamento.
Acordamos com Teixeira et al. (2009), quando afirma que cabe ao enfermeiro não só
a assistência ao RN, mas também o controle do uso e conservação dos materiais e
instrumental, registro de todas as ocorrências importantes referentes ao RN, bem como
ao pessoal e as mudanças de procedimento.
37
Mota et al. (2011), afirma que o manuseio excessivo da criança, pelo número de
punções repetitivas causam mudanças físicas, comportamentais e emocionais. Um acesso
central pode diminuir significativamente essas complicações, além de ser um acesso seguro,
confiável e que permite a utilização de soluções hipertônicas com mais segurança.
Rodrigues et al. (2006), assegura que o procedimento pode ser realizado a beira leito,
com anestesia local sem a necessidade de um procedimento cirúrgico; devendo ser inserido
precocemente quando a rede venosa ainda está preservada, uma vez que a presença de edema,
eritema, hematoma, ou lesão cutânea, causados por punções venosas anteriores, dificultam a
progressão do cateter.
Encontrou-se nos estudos de Rodrigues et al. (2006), que o PICC deve ser inserido
nas primeiras 48 horas de vida, quando possível, visto que a rede venosa encontra-se
preservada, e não há, ou há poucas, lesões venosas causadas por punções periféricas
anteriores.
Freitas (2004), informa que o PICC tem vários calibres que comportam o volume a
ser infundido e o mais usado em neonatos é o 1.9 French de uma via.
Nos estudos de Baggio et al. (2010), percebeu-se a importância do enfermeiro saber
escolher corretamente o número do cateter que será utilizado em cada paciente.
Malagutti; Roehrs (2012), lembra que para ser considerada adequada à inserção do
PICC, a veia deve ser macia, retilínea, de calibre adequado, apresentar pele intacta e de boa
visualização e Freitas (2004), recomenda que a escolha da veia deva ser analisada pelas suas
características, sendo necessário observar se é palpável, calibrosas e com menos curvaturas.
Concordamos com o autor quando refere que a pele sobrejacente à veia de escolha
deve estar íntegra, sem hematomas, edemas, sinais de infecção e desvio anatômico e Oliveira
et al. (2014), complementa que assim, torna-se imprescindível a construção, implementação e
avaliação de diretrizes clínicas que norteiem a escolha do melhor dispositivo intravenoso
tendo por base as necessidades da clientela.
Lourenço; Ohara (2010), corrobora que a utilização do PICC em neonatologia
consiste em uma prática avançada, especializada e de alta complexidade. Para Oliveira et al.
(2014), o Enfermeiro, ao indicar o tipo de dispositivo intravenoso, utiliza o julgamento clínico
para avaliar a necessidade de cada paciente.
Para Alencar (2005), o processo de inserção deve contar com técnica de barreira
máxima, dentre os cuidados fundamentais prévios na implantação do PICC em neonato estão
a monitorização cardiorrespiratória, a sedação e analgesia para prevenção da dor.
38
Nos estudos do mesmo autor há relato de que a posição do RN deve ser decúbito
dorsal, mantendo preferencialmente, o membro superior direito em ângulo de 90º em relação
ao tórax, mensurar com fita métrica o local de inserção do cateter até a altura da clavícula, e
desse ponto até o 3º espaço intercostal direito onde a ponta do cateter deve ter sua
visualização radiográfica no terço distal da veia cava superior.
Margotto (2006), retrata em seus estudos que a evolução da tecnologia modificou o
prognóstico e a sobrevida dos recém-nascidos, no entanto, eles sofrem em decorrência do
nascimento prematuro, de patologias congênitas e infecções adquiridas. Sua pele frágil e a
presença de tubos e sondas também são causas de sofrimento, pois eles não estão preparados
para tantos estímulos.
As principais indicações para utilização do PICC, segundo Phillips (2001), são a
hidratação intravenosa e nutrição parenteral por tempo prolongado, antibioticoterapia, infusão
de concentração de glicose acima de 12,5% e infusão de aminas vasoativas.
Rodrigues; Maurício (2008), descrevem que o procedimento do PICC é considerado
invasivo e deve-se ter o cuidado de informar a família sobre o procedimento e entregar o
termo de consentimento livre e esclarecido ao responsável, orientando sobre a importância, os
riscos que este oferece, esclarecendo possíveis dúvidas.
Concordamos com o autor que com a entrega e assinatura do documento livre e
esclarecido o enfermeiro da UTIN estará respaldando a si mesmo e à sua equipe, assim sendo
exercerá a função de orientação e humanização para com os familiares.
Nos estudos de Jesus; Secoli (2007), foi possível observar que a infecção pelo PICC
pode estar relacionada à contaminação microbiana da infusão ou do cateter, sendo esta a fonte
mais comum das infecções locais.
Um estudo de Margotto (2006), revelou que (100%), dos profissionais sabem que a
importância do uso deste cateter está diretamente relacionada com a prevenção de punções
venosas periféricas sucessivas e dolorosas sendo que o conhecimento dos profissionais é um
fator relevante nos cuidados prestados aos RN`s com o PICC, pois com a presença de dor e o
estresse dos RN`s, por punções repetitivas podem trazer à longo prazo alterações noceptivas,
talvez cognitivas, comportamentais e até psiquiátricas, gerando assim juntamente com a dor
um maior período de internação.
Dentre as complicações citadas por Baggio et al. (2010), para a remoção dos
cateteres antes do término da indicação, estão a obstrução, infiltração, suspeita de
contaminação, tração, ruptura, retirada acidental (associada ao banho, amamentação e contato
com a mãe), flebite, cianose de extremidade e migração.
39
Lourenço; Ohara (2010), corrobora os autores acima, citando como as complicações
mais frequentes as flebites, deslocamento do cateter; tromboses, oclusão do cateter, infecção
relacionada ao cateter e quebra ou o seu rompimento.
Flint et al. (2009), em seu estudo aborda a importância da infusão contínua
intermitente para lavagem dos cateteres com a finalidade de evitar perda da funcionalidade
dos mesmos que são utilizados para a infusão medicamentosa em recém-nascidos, assa
atividade exigem mais tempo da enfermagem.
Rodrigues et al. (2006), cita que o manuseio do PICC requer conhecimento,
habilidade e destreza por parte dos enfermeiros e membros da equipe de saúde.
40
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo de natureza bibliográfica buscou verificar a importância do Enfermeiro
na inserção do cateter central periférico em neonatos.
Ficou evidente que é o Enfermeiro quem deve realizar a avaliação quanto à
preservação da rede venosa para passagem do PICC, o que deve ocorrer nas primeiras horas
de vida, já que os recém-nascidos possuem particularidades relacionadas às características
cutâneas e à fragilidade da rede venosa.
Estudos mostraram que a obtenção de um acesso venoso seguro é um dos maiores
desafios da equipe de saúde para programar a terapia medicamentosa, e assegurar o
tratamento e a qualidade da assistência e que uma das práticas mais difíceis de realizar no
neonato é o procedimento da punção venosa.
Outros estudos demonstraram o desafio constante no trabalho do Enfermeiro em uma
UTIN, que requer vigilância, habilidade, respeito e sensibilidade e quanto mais cedo os
fatores de risco para o recém-nascido forem identificados, melhores serão as condições para
serem ajudados.
O termo PICC faz alusão ao termo Peripherally Inserted Central Catheters (Cateter
Central de Inserção Periférica) e os recém-nascidos submetidos à inserção deste dispositivo
são, na grande maioria, os pré-termos de baixo peso que requerem esse acessório para
assegurar seu crescimento e desenvolvimento e a população neonatal que mais utiliza o PICC
inclui prematuros cardiopatas, recém-nascidos com desconforto respiratório e/ou infecções
respiratórias e aqueles submetidos a procedimentos cirúrgicos em geral.
Mencionou-se que a utilização do PICC possui algumas peculiaridades que vão
desde a escolha do vaso até a manutenção do mesmo e a veia basílica é a mais utilizada, pelas
características anatômicas favoráveis, seguida da veia cefálica.
Foi possível evidenciar neste estudo que geralmente apenas os Enfermeiros que
atuam em Unidade de Terapia Intensiva pediátrica e neonatal são os que têm conhecimento e
domínio deste recurso, além de constituírem importante campo de trabalho para a
enfermagem.
Percebeu-se o valor da adoção de protocolos que direcionam a prática de
enfermagem no emprego desse cateter, que tem como objetivo padronizar condutas e
melhorar a qualidade na assistência, o que se torna fundamental para o êxito da prática com o
PICC.
41
Ficou evidente que a passagem do cateter é um procedimento invasivo e que pode
acarretar danos ao paciente, assim se faz necessário estar amparado por lei para realização de
tal procedimento e que no Brasil, esse método foi introduzido por meio da Resolução nº
258/2001, do Conselho Federal de Enfermagem, que considera lícito ao enfermeiro a inserção
do cateter periférico central e, para o desempenho de tal atividade, deverá ter se submetido à
qualificação ou capacitação profissional.
Foi reconhecida a importância do Enfermeiro nos cuidados para inserção,
manutenção e remoção do cateter, além da promoção, segurança e manutenção de
relacionamento com os familiares do RN. O Enfermeiro atua como uma fonte de apoio para
os pais.
Outro destaque atribuído ao Enfermeiro foi à promoção de um acesso venoso
duradouro, além da prevenção das complicações, fator essencial para a reabilitação do
paciente e o sucesso no tratamento.
Cabe ao Enfermeiro não só a assistência ao RN, mas também o controle do uso e
conservação dos materiais e instrumental, registro de todas as ocorrências importantes
referentes ao RN, bem como ao pessoal e as mudanças de procedimento.
Estudos apontaram a necessidade para o Enfermeiro saber escolher corretamente o
número do cateter que será utilizado em cada paciente e que a escolha da veia deva ser
analisada pelas suas características, sendo necessário observar se é palpável, calibrosas e com
menos curvaturas, assim, torna-se imprescindível a construção, implementação e avaliação de
diretrizes clínicas que norteiem a escolha do melhor dispositivo intravenoso tendo por base as
necessidades da clientela.
Foi possível verificar que o Enfermeiro, ao indicar o tipo de dispositivo intravenoso,
utiliza o julgamento clínico para avaliar a necessidade de cada paciente. O processo de
inserção deve contar com técnica de barreira máxima e dentre os cuidados fundamentais
prévios na implantação do PICC em neonato estão a monitorização cardiorrespiratória, a
sedação e analgesia para prevenção da dor.
Estudos descreveram que o procedimento do PICC por ser considerado invasivo
deve-se ter o cuidado de informar a família sobre o procedimento e entregar o termo de
consentimento livre e esclarecido ao responsável. Na entrega e assinatura do documento o
Enfermeiro da UTIN estará respaldando a si mesmo e à sua equipe, assim sendo, exercerá a
função de orientação e humanização para com os familiares.
Um estudo revelou que enfermeiros reconhecem a importância do uso do PICC e está
diretamente relacionada com a prevenção de punções venosas periféricas sucessivas e
42
dolorosas. Outros estudos mostraram que o manuseio deste cateter requer conhecimento,
habilidade e destreza por parte dos Enfermeiros e membros da equipe de saúde.
Diante dos resultados obtidos recomenda-se a inclusão do PICC no cuidado ao RN
em terapia intensiva como tecnologia de humanização da assistência e o Enfermeiro deve
mostrar sua importância através de competência técnica e científica para o desenvolvimento
da prática da punção de veias periféricas e administração de medicamentos, considerando-se
que a responsabilidade da decisão sobre a escolha de locais, tipos de dispositivos, calibres,
documentação da instalação, manutenção de curativo e prevenção de complicações, é dele.
Finalmente espera-se com este estudo promover a disseminação do conhecimento
cientifico, envolvidos direta e indiretamente na inserção, manipulação e retirada do
dispositivo, fornecendo subsídios que favoreça ao desenvolvimento dessa prática,
contribuindo dessa forma, para a melhor assistência prestada ao neonato.
43
REFERÊNCIAS
ACQPICC - Curso De Qualificação Em Utilização, Inserção, Manutenção E Cuidados
Com PICC – Adulto E Neonatal Do Hospital Mãe De Deus. 2006. Porto Alegre. Apostila
do curso de certificação. Porto Alegre: UC, 2006. 134p. Disponível em:
<http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=3&ved=0CCkQFj
AC&url=http%3A%2F%2Fwww.maededeus.com.br%2F2010%2FUn>.
Acessado
em:
16/05/2015.
ALENCAR, L.F.A. Acesso Venoso Central Em Recém-Nascidos: Inserção Periférica
Versus Dissecção Venosa. 2005. Dissertação. (Mestrado em Saúde da Criança e do
Adolescente) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2005.
BAGGIO, M.A. et al. Cateter central de inserção periférica: Descrição Da Utilização Em
UTI Neonatal E Pediátrica. Revista Gaúcha Enfermagem, Porto Alegre (RS); 31(1): 70-6.
Março 2010.
BRASIL, M.S. DECRETO N 94.406/87 - Regulamenta a Lei nº 7.498, de 25 de junho de
1986, que dispõe sobre o exercício da Enfermagem, e dá outras providências.
<http://www.cofen.gov.br/decreto-n-9440687_4173.html>.
BRASIL, M.S. Inserção de cateter periférico central pelos enfermeiros. Conselho Federal
De Enfermagem. Resolução nº. 258 de 12 de julho de 2001. Rio de Janeiro; 2001.
BRASIL, M.S. RESOLUÇÃO RDC/ANVISA n.º 45, de 12 de março de 2003. Dispõe
sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas de Utilização das Soluções Parenterais (SP)
em Serviços de Saúde. Brasília: ANVISA; 2003.
BRASIL, M.S. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Orientações para prevenção de
infecção primária de corrente sanguínea. Brasília: ANVISA; 2010.
BRASIL, M.S. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e
Estratégicas. Atenção á saúde do recém-nascido: Guia para os profissionais de saúde/
Ministério da Saúde. Secretaria de atenção à saúde. Departamento de ações programáticas e
estratégicas. Brasília: Ministério da Saúde, 2011. 4 v. Il.– (Série A. Normas e Manuais
Técnicas).
BRASIL, M.S. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de Prevenção de
Infecção
Relacionada
à
Assistência
à
Saúde.
2013.
Disponível
em:
<http://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/images/documentos/livros/Livro4MedidasPrevencaoIRASaude.pdf>.
BRETAS, S. et al. Conhecimento da equipe de enfermagem sobre inserção e manutenção do
cateter central de inserção periférica em recém nascidos. Enfermería Global, n. 32, 2013.
44
CAMARGO, P.P. Procedimento de inserção, manutenção e remoção do cateter central
de inserção periférica em neonatos. 2007. (Tese de Doutorado) - Universidade de São
Paulo, São Paulo, 2007.
CAMARGO, P.P. et al. Localização inicial da ponta de cateter central de inserção periférica
(PICC) em recém-nascidos. Rev Esc. Enferm. USP, v.42, n.4, dez., 2008.
CÂMARA, S.M.C. et al. Cateter venoso de inserção periférica: Análise do uso em recém
nascidos de uma unidade neonatal pública em Fortaleza. Rev. Rene. 2007; 8(1): 32-37.
CHAVES, E.M.C. et al. Cateter central de inserção periférica: Protocolo para recém-nascidos.
Rev. Nursing. 2008; 11(120): 230-4.
COELHO, G.T.N.; NATIELE, A. Ação da enfermagem na introdução e manutenção do
acesso central de inserção periférica. 48 páginas. Monografia. Enfermagem. Universidade
Católica de Brasília. Brasília DF 2011.
COELHO, N.A.; NAMBA, M. Cateter Central De Inserção Periférica: Cuidados De
Enfermagem Em Neonatologia. Rev. Enferm. UNISA 2009; 10(2): 167-71.
COLLET, N. et al. Manual De Enfermagem Em Pediatria: AB, 2010. 560 p. ISBN 978-857498-184-0.
CONSELHO
FEDERAL
DE
ENFERMAGEM
COFEN.
Parecer
nº
15/2014/COFEN/CTLN.
Disponível
em:
<http://www.cofen.gov.br/wpcontent/uploads/2014/10/PARECER-CTLN-N-15-2014.pdf>.
DANGELO E FATTINI. Anatomia Humana Básica. 2o edição. Editora Atheneu, 2001.
FEITOSA, J.L. et al. A Rotina para Cateter Venoso Central de Inserção Periférica em
Neonatos. Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro. Maio, 2002.
FLINT, A. et al. Continuous Infusion versus Intermittent Flushing to Prevent Loss of
Function of Peripheral Intravenous Catheters Used For Drug Administration In
Newborn Infants. Cochrane Database of Systematic Reviews, London, v. 1, n. 1, p. 225-9,
2009.
FREITAS, L.C.M. Curso De Qualificação Em Inserção, utilização e cuidados com
Cateter Venoso Central de Inserção Periférica - Neonatologia/ Pediatria. São Paulo:
SOBETI; 2004. Brasil. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução COFEN nº 258/01:
Inserção de Cateter Periférico Central. Brasília: COFEN; 2001.
GOMES, A.V.O. et al. O Cateter percutâneo na unidade de Terapia Intensiva Neonatal: Uma
tecnologia do cuidado de enfermagem. Enfermería Global, n. 19, 2010.
GONÇALVES, B.S. et al. Utilização do Cateter Venoso Central Periférico: Visão da Equipe
de Enfermagem de uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Rev. Ciênc. Saúde Nova
Esperança – Jun. 2013; 11(1): 6-18.
45
GIL, A.C. 1946- Como elaborar projetos de pesquisa/Antônio Carlos Gil. - 4. ed. - São
Paulo : Atlas, 2002.
HOCKENBERRY, M.W. Fundamentos de Enfermagem Pediátrica. 8ª ed. Rio de Janeiro:
Elsevier; 2011.
JANTSCH, L.B. et al. "UTILIZAÇÃO DO CATETER CENTRAL DE INSERÇÃO
PERIFÉRICA EM NEONATOLOGIA." Revista Baiana de Enfermagem 28.3 (2014).
JESUS, V.C; SECOLI, S.R. Complicações acerca do cateter venoso central de inserção
periférica (PICC). Ciência, Cuidado e Saúde. V. 06, n. 2, abr./jun. 2007.
KAMADA, I; BARBEIRA, C.B.S. Internações em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal
no Brasil - 1998-2001. Rev Latino-am. Enferm. 2003 jul/ago; 11(4): 436-43.
LAMEGO, D.T.C. et al. "Desafios para a humanização do cuidado em uma unidade de
terapia intensiva neonatal cirúrgica." Ciênc Saúde Coletiva 10.3 (2005): 669-75.
LIENEMANN, M. et al. Acesso Vascular em Neonatologia: Cateter Central De Inserção
Periférica E Cateter Venoso Periférico. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba, v. 16, n. 1, p. 1 - 3,
2014.
LOURENÇO, S.A.; KAKEHASHI, T.Y. Avaliação Da Implantação do Cateter Venoso
Central de Inserção Periférica em Neonatologia. Acta Paul Enf. São Paulo 2003. Disponível
em: <http://www.unifesp.br/denf/acta/2003/16_2/pdf/art3.pdf>. acessado em13/04/2015.
LOURENÇO, A.S.; OHARA, C.V.S. Conhecimento dos Enfermeiros sobre a Técnica de
Inserção do Cateter Central de Inserção Periférica em Recém-Nascidos. Rev. latino-am.
Enfermagem
[online].
2010
mar/abr;
18(2):
49-56.
Disponível
em:
<http://www.scielo.br/pdf/rlae/v18n2/pt_08.pdf>.
LOURENÇO, S.A.; KAKEHASHI, T.Y. Assistência de Enfermagem pré e pós-inserção
imediata do cateter venoso central de inserção periférica em pacientes neonatal. Nursing
2003; 63: 24.
MARGOTTO, P.R. Assistência ao Recém-Nascido de Alto Risco. 2. Ed. Brasília: Quick
Printer, 2006.
MÉTODOS DE PESQUISA. [organizado por] Tatiana Engel Gerhardt e Denise Tolfo
Silveira; coordenado pela Universidade Aberta do Brasil – UAB/UFRGS e pelo Curso de
Graduação Tecnológica – Planejamento e Gestão para o Desenvolvimento Rural da
SEAD/UFRGS. – Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009.
MALAGUTTI, W.; ROEHRS, H. Terapia Intravenosa: Atualidades. São Paulo: Mortinari,
2012.
MINGORANCE P. et al. Complicações do cateter central de inserção periférica (PICC) em
neonatos. Cienc. Cuid. Saúde 2014 Jul/Set; 13(3): 433-438.
46
MODES, P.S.S.A. et al. Cuidados de enfermagem nas complicações da punção venosa
periférica em recém-nascidos. Rev. RENE, Fortaleza, v. 12, n. 2, p. 324-332, abr./jun. 2011.
Disponível em:<http://www.revistarene.ufc.br/vol12n2_html_site/a14v12n2.htm>. Acesso
em: 13 mai. 2015.
MONTES, S.F. et al. “Ocorrência de complicações relacionadas ao uso de Cateter Venoso
Central de Inserção Periférica (PICC) em recém-nascidos”. Enfermería global 24.4 (2011):
10-18.
MOTTA, P.N. et al. Cateter central de inserção periférica: O papel da enfermagem na sua
utilização em neonatologia. Hu. Rev 2011; 37 (2):163-168.
NUNES, S.A.S; OLIVEIRA, L.N. Atuação do enfermeiro na inserção, manutenção e remoção
do Cateter Central de Inserção Periférica. Rev Enferm UNISA 2007; 8: 67-71.
OLIVEIRA, C.R. et al. Cateter Central De Inserção Periférica Em Pediatria E Neonatologia:
Possibilidades de sistematização em hospital universitário. Esc. Anna Nery. 2014; 18 (3):
379-385.
PETRY, J. et al. (2012). Cateter Venoso Central De Inserção Periférica: Limites E
Possibilidades. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2012 oct/dec;14(4):937-43. Disponível:
<http://www.fen.ufg.br/revista/v14/n4/v14n4a23.htm>.
PHILLIPS, L.D. Manual de Terapia Intravenosa. Porto Alegre: Artmed; 2001.
RODRIGUES, Z.S. et al. Atuação do enfermeiro no cuidado com o cateter central de
inserção periférica no recém-nascido. Revista Brasileira de Enfermagem. Brasília,
v.
59, n. 5, set./out. 2006. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/reben/v59n5/v59n5a06.pdf>. Acesso: 01 de mai. 2015
RODRIGUES, F.P.; MAURICIO, M. Normas e condutas em neonatologia: Serviço de
neonatologia do departamento de pediatria da Santa Casa de São Paulo. Faculdade de
Ciências Médicas de Santa Casa de São Paulo. São Paulo: Atheneu, 2008.
SANTOS, S.A. et al. Cateter venoso central de inserção periférica (PICC): Uma tecnologia de
cuidado de enfermagem. Revista Ciência Cuidado e Saúde. Mar/2011 p.3.
SECOLI, S.R.; KISHI, H.M.C. Inserção e manutenção do PICC: Aspectos da prática
clínica de enfermagem em oncologia. Prática Hospitalar. São Paulo, v. 7, n. 47, p. 155-62,
2006.
SILVA, R.C.L. et al. FERIDAS: Fundamentos e atualizações em enfermagem. 3ed. Rev e
ampl. - São Caetano do Sul, SP: Yendis Editora, 2011.
STOCCO, J.G. et al. Cateter central de inserção periférica: Percepções da equipe de
Enfermagem. Cogitare Enferm. 2011; 16 (1): 56-62.
47
TEIXEIRA, A.C. et al. O Conhecimento da equipe de enfermagem sobre o manuseio do
cateter central de inserção periférica- PICC em uma UTIN de um Hospital do Sul de
Minas. Varginha 2009. Universidade José do Rosário Vellano. Disponível em:
<http://www.paulomargotto.com.br/documentos/picc-2009.pdf>. Acesso em: 29 abr. 2015
TORTORA, G.J. Fundamentos de Anatomia e Fisiologia: Corpo Humano. 4o edição.
Editora Artmed, 2000.
VENDRAMIM, P.; PETERLINI, M.A.S. Cateteres centrais de inserção periférica em crianças
de hospitais do município de São Paulo. Rev Gaúch. Enferm 2007; 28 (3): 331-39.
VIEIRA, A.O. et al. Cuidados de enfermagem em pacientes neonatos com cateter central de
inserção periférica. Revista Eletrônica Gestão & Saúde Vol.04, Nº. 02, Ano 2013 p.188-99.
Download