Academia Nacional de Medicina Arboviroses. Situação do Dengue no Brasil e Riscos de Urbanização da febre amarela Pedro Fernando da C. Vasconcelos Department of Arbovirology and Hemorrhagic Fevers INSTITUTO EVANDRO CHAGAS, MINISTÉRIO DA SAÚDE WHO CC for Research, Diagnostic Reference and Training in Arbovirus National Institute for Viral Hemorrhagic Fevers 1 [email protected] Atividades de Pesquisa em Arbovírus na Amazônia Brazileira 1954/2010: • Mais de 13,000 isolados virais de 197 tipos diferentes de arbovírus • 165 isolados pela primeira vez no Brasil • Pelo menos 110 vírus novos para a ciência • 34 associados com doença em humanos • Cinco associados com epidemias or surtos: dengue, Mayaro, Oropouche, Rocio e febre amarela 2 Distribuição de 197 tipos diferentes de arbovírus isolados na região Amazônica Brasileira de acordo com a família viral Family B unyaviridae Reo viridae Rhabdo viridae To gaviridae ( nº ) (71) (66) (17) Flaviviridae (10) (11) A renaviridae (03) P ico rnaviridae Herpesviridae (03) (02) P o xviridae (01) Ortho myxo viridae (01) P aramyxo viridae (01) Co ro naviridae (01) Unclassified (10) 3 Local aproximado de isolamento de 197 Arbovirus na Amazônia Brasileira, 1954-2010. DEN1 e 4; Cantá Akto Alegre 0º 177 different arboviruses: DENV 2/3, YFV, ILHV, SLEV, OROV, Group C, MAYV, UNAV, EEEV, WEEV, VEEV, CATUV, etc. Serra do Navio, Araguari, Amapari, Ieri, Cupixi AP RR Rio Preto, Balbina e Uatuma AM PA 10º S TO AC RO Iaco, Moriche, Purus, Sena Madureira, Xiburema 70º W Ariquemes MT Atlantic Ocean Cuiabá GO North Region South America Minaçu 60º W Brazil 4 50º W 0 500 Kilometers 1,000 Fatores associados à emergência de arbovírus na Amazônia Brasileira • • • • • • Crescimento da população Amazônica; Urbanização não planejada; Exploração de riquezas minerais Construção de rodovias na floresta; Construção de usinas hidroelétricas; Derrubada da floresta para diversos propósitos. 5 Table 3. Arboviruses and serogroups emergents in Brazilian Amazon region, their probable factor(s) of emergence, and association with human disease. Virus/groups Viruses Dengue Gamboa Guaroa Mayaro Oropouche Triniti Yellow fever Probable factors for(s) emergence Disease in man Poor mosquito control; increased urbanization in tropics. Yes, epidemic Flooding of dam *, Migrating birds. Flooding of dam * Not yet Deforestation Deforestation; increased of colonization and urbanization in Amazon. Flooding of dam * Urbanization in tropics; deforestation; Yes, limited outbreak Yes, epidemic Yes, sporadic cases Not yet Yes, epidemic lack of widespread immunization. Serogroups Anopheles A 1 Changuinola 2 Flooding of dam * Not yet Flooding of dam *, deforestation, use of subsoil. Not yet * During construction of dam in Tucurui, Pará State, millions of hematophagous insects were obtained in a few days, from which several strains of knwon and new viruses were obtained; 1 In this serogroup of family Bunyaviridae, the new virus species Arumateua, Caraipé and Tucurui were isolated, and occurred increase in circulation of Lukuni, Tacaiuma and Trombetas viruses. 2 In this serogroup of family Reoviridae 27 new virus species were isolated in Tucurui, 4 in Carajas (use of subsoil) and 8 in Altamira (deforestation for several purposes) from phlebotominae sandflies. Vasconcelos et al., 2001 6 Dengue 7 •Epidemiologia Importância epidemiológica Região tropical e subtropical •Países / Área de risco de transmissão, 2006 • Extensão geográfica, 2000-2006 • Risco de transmissão Evolução da FHD nas Américas 1968 - 1980 5 países: 60 Casos 1981 - 2005 28 países: >139,000 Casos Fuente: reporte de los países a OPS/OMS 9 Países com transmissão ativa BRASIL 1995 - 2008 900,000 800,000 700,000 600,000 500,000 400,000 300,000 200,000 100,000 0 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 COLOMBIA 1995 - 2008 7,000 6,000 5,000 4,000 3,000 2,000 1,000 0 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2008 •Brasil •Colombia •El Salvador •Guatemala •Honduras •México •Perú •Venezuela •90% •Casos de Dengue grave (DH, SCH, DCC), taxas de letalidade e tendência 1995-2009 45000 2 38627 40000 35000 30000 26413 1,8 32140 1,6 1,4 25000 1,2 1 20000 12.426 10.309 15000 10000 8202 5000 15.50014374 14.55814.958 10.994 9810 0,6 0,4 5216 5667 4439 0,8 0,2 0 0 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 DHF Letalidad Linear (DHF) Linear (Letalidad) •*2009 datos preliminares. •Organización •Panamericana •De la Salud •Fuente: Reporte de los países a OPS/OMS •Evolução da situação histórica do dengue e FHD nas Américas. 1980-2007 •Década de 70 •Década de 80 •Década de 90 até 2007 • 1.200.000 • 1.000.000 • 800.000 • 600.000 • 400.000 • 200.000 • 0 •2006 •Fonte: Reporte de los países a OPS/OMS •12 Average annual number of DF/DHF cases reported to WHO & of countries reporting dengue 1000000 70 925,896 Global public health concern Rapid increase of disease burden Number of cases 800000 700000 600000 60 50 40 479,848 500000 30 400000 295,554 300000 20 Number of countries 900000 200000 122,174 10 100000 908 15,497 0 0 1955-1959 1960-1969 1970-1979 1980-1989 1990-1999 2000-2005 13 População de países casos de dengue notificados à OPAS,2007 População (559* Milhões) 188M (34%) 40M (7%) Casos de FD+FHD Notificados à OPAS Jan 2008 81K 10% (806,000) 42K (5%) 41K (5%) 44M (8%) 107M (19%) • • • • • • • • • • • Brasil México Colômbia Argentina Peru Venezuela Chile Equador Guatemala Cuba Outros 481K** (60%) *não incluído EUA ** até semana 39 14 •Casos graves de dengue e porcentagem de casos de DCC, Brasil, 2001 a 2008* Casos graves de dengue (x 1.000) BRASIL % de DCC 20 90 18 80 16 70 14 60 12 50 10 40 8 30 6 4 20 2 10 0 FHD+SCD+DCC % DCC 0 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008* 1.502 7.382 3474 798 1.878 2.916 5.616 17.888 45 65 74 80 72 70 67 82 •Fonte: Sinan (2008*: Semana Epidemiológica 41 – 11/10); CGPNCD/SVS/MS •Número de Casos de Encéfalo-Mielite Aguda e Notificações de Dengue em Rondônia, 2004--2005 3000 35 •N Casos Mielite Aguda 2500 30 2000 25 20 1500 15 1000 10 •N Notif. dengue 40 500 5 0 0 FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR •Mês – 2004/2005 •Fonte: SINAN / MAR / 2005 •Mielite Aguda •Notificação de Dengue •Número de Casos de Mielite Aguda por Município, Rondônia, 2004--2005 Jaru •* •(n=11) Ouro Preto do Oeste •*Cacoal •(n=28) São Francisco do Guaporé •Total •*Investigação sistemática •(n=01) •(n=0 1) •(n=41) Sorotipos Isolados em 2008* •RR •AP •AM •PA •MA •CE •PI •AC •AC •TO •RO •MT •BA •RN •PB •PE •AL •SE •GO •MG •ES •MS •SP •PR •RJ •DEN 2 •DEN 3 •DEN 1 e 2 •DEN 1 e 3 •DEN 2 e 3 •SC** •RS •Fonte: LRN/LRR/LRE •*Atualizado em 30.09.2008. •** No Estado de SC e RS não h•á•registro de casos aut•ó•ctones de dengue. •DEN 1, 2 e 3 •Sem Informa•ç•ão / sem positividade •Sorotipos Isolados em 2009* •Características da dengue no Brasil Taxa de hospitalização* por dengue / FHD por faixa etária, Brasil, 1998, 2002 e 2008** Faixa Etária (anos) 1998 2002 2008 <1 1.2 8.0 53.0 1a4 5a9 10 a 14 1.1 1.6 2.6 10.8 15.9 23.1 33.7 65.1 57.4 15 a 19 20 a 39 40 a 59 >=60 Total 3.7 4.8 5.3 7.0 2.7 32.8 37.7 38.3 44.7 20.9 38.0 32.9 30.7 31.1 38.2 •*Hospitalizações por 100 mil habitantes **Dados preliminares em 2008 •Características clínicas dos pacientes classificados como dengue com complicações de acordo com a faixa etária, Brasil, 2007 - 2009 Características clínicas 2007 2008 2009 < 15% ≥ 15 % < 15 % ≥ 15 % < 15 % ≥ 15 % Manifest. neurológicas 7,5 10,5 1,9 3,0 2,5 3,4 Disf. cardiorrespiratória 1,9 1,9 0,5 1,0 1,3 1,0 Insuficiência hepática 0,6 1,4 0,1 0,3 0,8 0,6 Plaquetas <50,000 mm3 42,9 34,1 48,8 57,0 59,6 59,8 Hemorragia digestiva 1,0 2,0 3,2 6,0 5,7 7,3 Derrames cavitários 14,3 2,7 8,9 2,3 7,7 1,9 Leucometria < 1000/mm3 0,4 0,2 0,1 0,1 0,3 0,1 Falta critérios FHD 25,8 33,5 33,8 27,3 19,1 23,2 Ignorado 5,7 13,6 2,7 2,9 3,2 2,7 1449 2841 6887 9477 1984 3953 Total (número absoluto) •Dengue no Brasil •Casos de dengue e hospitalizações, Brasil, 1982 a 2008* Casos notificados Hospitalizações 80000 800000 70000 700000 60000 600000 50000 500000 40000 400000 DENV3 300000 200000 30000 Hospitalizações Casos notificados 900000 20000 DENV1 DENV2 100000 0 10000 0 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 08 •Ondas epidêmicas em •Endêmico/Epidêmico - Circulação •Aumento de Casos áreas localizadas do vírus em todas regiões •Graves em crianças •*Dados de Hospitalizações de Janeiro a Setembro em 2008 •Características clínicas dos pacientes classificados como dengue com complicações de acordo com a faixa etária, Brasil, 2007 - 2009 Características clínicas 2007 2008 2009 < 15% ≥ 15 % < 15 % ≥ 15 % < 15 % ≥ 15 % Manifest. neurológicas 7,5 10,5 1,9 3,0 2,5 3,4 Disf. cardiorrespiratória 1,9 1,9 0,5 1,0 1,3 1,0 Insuficiência hepática 0,6 1,4 0,1 0,3 0,8 0,6 Plaquetas <50,000 mm3 42,9 34,1 48,8 57,0 59,6 59,8 Hemorragia digestiva 1,0 2,0 3,2 6,0 5,7 7,3 Derrames cavitários 14,3 2,7 8,9 2,3 7,7 1,9 Leucometria < 1000/mm3 0,4 0,2 0,1 0,1 0,3 0,1 Falta critérios FHD 25,8 33,5 33,8 27,3 19,1 23,2 Ignorado 5,7 13,6 2,7 2,9 3,2 2,7 1449 2841 6887 9477 1984 3953 Total (número absoluto) 900000 Casos notificados 800000 Hospitalizações •Epidemia •DENV3 •Epidemia •DENV2 90000 80000 •Epidemia •DENV1 700000 600000 70000 60000 500000 50000 400000 40000 300000 30000 200000 20000 100000 10000 0 0 86 88 90 92 •Ondas epidêmicas em áreas localizadas 94 96 98 00 02 04 06 08 •Endêmico/Epidêmico •Casos •Circulação do vírus Graves •em todas regiões •em crianças Hospitalizações Casos notificados •Casos notificados e internações por dengue/FHD, Brasil, 1986-2009 Transmissão do Vírus do Dengue pelo Aedes aegypti •Mosquito pica / •Adquire vírus •Mosquito pica/ •Transmite vírus •Período •de incubação •extrínseco •Viremia •0 •5 •Doença •Ser humano 1 •8 •Período •de incubação •intrínseco •12 •16 •DIAS •Viremia •20 •Ser humano 2 •24 •Doença •28 Dengue: incidence (1) Brasil, 1986-2006* Incidência Incidence 500 400 300 200 100 0 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 BR 35 65 1 4 27 71 1 5 37 88 117 156 327 128 144 254 455 196 66 135 185 (1) Cases x 100,000 inhabitants *Provisional figure for December 2006 26 Casos de DHF confirmados, mortes e taxa de letalidade (CFR) no Brasil, 1990 – 2008* 5000 DHF Óbitos CFR 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 CFR 4000 3000 2000 1000 0 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 DHF Deaths CFR 274 188 8 0 0 0 25 114 69 46 105 72 62 682 2714 727 103 463 682 1586 3848 0 0 11 2 1 9 10 3 5 29 150 38 8 45 76 159 213 2,92 0,00 0,00 0,00 44,00 1,75 1,45 19,57 9,52 4,17 8,06 4,25 5,53 5,23 7,77 9,72 11,14 10,03 5,54 *Dados até SE 39 27 Casos notificados e Hospitalização por Dengue Brasil, 1986-2006* 900000 800000 60000 Casos notificados Hospitalização 50000 600000 40000 500000 30000 400000 DENV3 300000 20000 200000 DENV1 DENV2 Hospitalização Casos notificados 700000 10000 100000 0 0 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 Onda epidêmica em áreas localizadas Co-circulação Endemc/Epidêmica de sorotipos de vírus dengue em todas as regiões do país *Informação de pacientes hospitalizados por dengue. Dados parciais, Outubro/2006 28 CENÁRIO NACIONAL SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA COMPARAÇÃO ENTRE AS REGIÕES 2009-2010 Semanas 1 a 33 REGIÕES Norte Nordeste Sudeste Sul Centro Oeste Total Brasil Casos 2009 Casos 2010 37.572 117.603 97.842 1.403 64.283 318.703 Fonte: Sinan Excluídos os casos descartados 73.316 119.654 437.809 42.119 196.908 869.806 % 95,13 1,74 347,47 2902,07 206,31 172,92 Incidência 2010 477,3 223,3 541,1 151,9 1417,1 454,3 Estrato Alta Média Alta Média Alta Alta CENÁRIO NACIONAL SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA COMPARAÇÃO ENTRE ESTADOS 2009-2010 REGIÃO NORTE Semanas 1 a 33 UF Norte RO AC AM RR PA AP TO Total Brasil Casos 2009 Casos 2010 37.572 6.581 16.479 1.106 2.679 6.494 1.546 2.687 318.703 Fonte: Sinan Excluídos os casos descartados 73.316 18.333 26.033 4.033 7.364 7.224 1.677 8.652 869.806 % 95,13 178,57 57,98 264,65 174,88 11,24 8,47 221,99 172,92 Incidência 2010 477,3 1219,0 3766,5 118,8 1747,1 97,2 267,6 669,6 454,3 Estrato Alta Alta Alta Média Alta Baixa Média Alta Alta CENÁRIO NACIONAL SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA COMPARAÇÃO ENTRE OS ESTADOS 2009-2010 REGIÃO SUDESTE Semanas 1 a 33 UF Sudeste MG ES RJ SP Total Brasil Casos 2009 Casos 2010 97.842 50.767 31.745 5.947 9.383 318.703 Fonte: Sinan Excluídos os casos descartados 437.809 197.905 19.271 17.411 201.295 869.806 % 347,47 289,83 -39,29 192,77 2045,32 172,92 Incidência 2010 541,1 987,8 552,6 108,7 486,4 454,3 Estrato Alta Alta Alta Média Alta Alta CENÁRIO NACIONAL SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA COMPARAÇÃO ENTRE OS ESTADOS 2009-2010 REGIÃO CENTRO OESTE Semanas 1 a 33 UF Centro Oeste MS MT GO DF Total Brasil Casos 2009 Casos 2010 64.283 8.771 29.856 25.021 635 318.703 Fonte: Sinan Excluídos os casos descartados 196.908 61.391 32.996 87.571 14.950 869.806 % 206,31 599,93 10,52 249,99 2254,33 172,92 Incidência 2010 1417,1 2600,7 1099,2 1477,7 573,5 454,3 Estrato Alta Alta Alta Alta Alta Alta CENÁRIO NACIONAL SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA COMPARAÇÃO ENTRE OS ESTADOS 2009-2010 REGIÃO SUL Semanas 1 a 33 UF Casos 2009 Casos 2010 % Incidência 2010 Estrato Sul 1.403 42.119 2902,07 151,9 Média PR 1.306 38.064 2814,55 356,2 Alta 41 196 378,05 3,2 Baixa 56 318.703 3.859 869.806 6791,07 172,92 35,4 454,3 Baixa Alta SC (1) RS Total Brasil Fonte: Sinan Excluídos os casos descartados (1) - Casos importados CENÁRIO NACIONAL SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA COMPARAÇÃO ENTRE OS ESTADOS 2009-2010 REGIÃO NORDESTE Semanas 1 a 33 UF Nordeste MA PI CE RN PB PE AL SE BA Total Brasil Casos 2009 Casos 2010 117.603 2.148 3.394 7.031 1.984 663 2.252 2.888 1.358 95.885 318.703 Fonte: Sinan Excluídos os casos descartados 119.654 1.804 2.154 10.117 3.628 4.233 29.397 28.739 612 38.970 869.806 % 1,74 -16,01 -36,54 43,89 82,86 538,46 1205,37 895,12 -54,93 -59,36 172,92 Incidência 2010 223,3 28,3 68,5 118,4 115,6 112,3 333,7 910,6 30,3 266,2 454,3 Estrato Média Baixa Baixa Média Média Média Alta Alta Baixa Média Alta CENÁRIO NACIONAL Cinco estados brasileiros concentraram 72% dos casos de dengue: ESTADO NÚMERO ABSOLUTO DE CASOS INCIDÊNCIA (casos por 100 mil hab) SP 201.295 486,4 MG 197.905 987,8 GO 87.571 1.477,7 MS 61.391 2.600,7 BA 38.970 266,2 PR 38.064 356,2 BA GO MG MS SP *Fonte: Sinan Excluídos os casos descartados Parâmetros do Ministério da Saúde para Incidência de dengue: Baixa – até 100 casos/100 mil hab. Média – de 101 a 300 casos/100 mil hab. Alta – acima de 300 casos/100 mil hab. PR CENÁRIO NACIONAL Sorotipos Predominantes – 2010 RR AP AM PA CE MA RN PB PI PE AL AC RO TO SE BA MT GO Denv 1 Denv 2 Denv 1 e 2 Sem Positividade Sem Circulação Viral Confirmação DENV 4 MG ES MS SP PR SC RS 1. A recirculação do DENV 1 alerta para a possibilidade de ocorrência de epidemias, em virtude de um grande contingente populacional não possuir imunidade para este sorotipo. 2. Com a circulação do DENV 2, já vinha sendo observado um aumento da proporção de formas graves, particularmente em crianças e adolescentes, inclusive com uma maior demanda por internações hospitalares. RJ A reintrodução do DENV 4 em Roraima sinaliza para risco elevado de disseminação desse sorotipo no Brasil devido a suscetibilidade de toda população ao mesmo. CENÁRIO NACIONAL ÓBITOS ANO ÓBITOS 2008 467 2009 264 2010 * 505 Aumento de 8,1% Fonte: SES / UF * Dados sujeitos á alteração AUMENTO DE CASOS GRAVES FHD –– 2.541 casos -234 óbitos DCC – 9.274 casos – 261 óbitos Letalidade - 4,2% IMPORTANTE: PNCD estabeleceu entre as suas metas no Pacto pela Saúde para o biênio 2010 – 2011, reduzir a letalidade dos casos graves de dengue gradativamente para ≤ 2% CENÁRIO NACIONAL Seis estados brasileiros concentraram 78% dos óbitos de dengue em 2010: Unidade Federada Número de óbitos* SÃO PAULO 130 MINAS GERAIS 82 GOIAS 50 MATO G. DO SUL 47 MATO GROSSO 45 RONDÔNIA 32 Fonte: SES / UF * Dados sujeitos á alteração DENGUE - MODELO EVOLUTIVO REINVASÃO DO VETOR 1976 (BA, RJ) 2010 - FHD/SCD COMO GRAVE PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA DEN-4 Óbitos 505 Estamos aqui 1.200.000 SURTOS INICIAIS DE DENGUE 1982, 1986-1990 DEN-1 DEN-2 FHD: 9274 CASOS ESPORÁDICOS DE FHD/SCD 1990-2009 HIPERENDEMICIDADE DO DENGUE: 2 OU MAIS SOROTIPOS CIRCULANDO SIMULTANEAMENTE Após 1991-2006 FD: ~4 milhões DEN-3 Dengue e Vacina • • • • Previsão para uso em saúde pública: 5 anos. Dificuldades: ausência de modelo animal Vacina tetravalente Tipos em estudo: Vírus vivo atenuado, subunidades; quimeras e DNA • Mais promissora no momento: Franco-americana que usa vírus vivo quimérico e que tem mostrado bons resultados (fase II). Atualmente em fase III. • Reforço: provavelmente vai precisar (cada 10 anos) Conclusões – Introdução e circulação autóctone de DENV-4 e risco de disseminação pelo país. – Co-circulação de sorotipos de DENV no Brasil. – Aproximadamente 80% de todos os casos notificados de dengue nas Américas, são procedentes do Brasil. – Aumento contínuo ano a ano do número de casos notificados, de casos graves de FHD de DCC e de óbitos. – Previsão de 1,2 milhão de casos de dengue no Brasil em 2010. – Aumento da taxa de hospitalização por dengue, FHD e DCC. – Hiperendemcidade de dengue no Brasil com risco aumentado de ocorrência de epidemias de FHD. – Mudança do perfil da ocorrência de FHD no Brasil, com elevada ocorrência das formas graves e de óbitos em crianças. A 41 tendência é de agravamento da situação da doença Febre Amarela 42 Marcos históricos na febre amarela 1900 Reed - usou voluntários humanos para provar a transmissão de um agente filtrável; FA foi erradicada de Cuba em 12 semanas 1905 New Orleans, última epidemia de FA na América do Norte 1927 Stokes et al – 1o isolado de virus FA – cepa Asibi – obtido de paciente de Gana 1929 1930 1937 1954 Rio de Janeiro, última epidemide FA no Brasil Soper – Descreve o ciclo silvestre no Vale do Canãa, ES, Brasil 1985 1995 1996 Rice et al – Sequenciamento completo do virus FA – cepa 17D Rey et al – Descrição da estrutura da proteína E dos flavivírus 2001 Theiler & Smith – Vacina 17D de vírus vírus atenuado Port of Spain, Trinidad, último caso urbano de FA nas Américas Wang et al - Diferentes linhagens genéticas para África and América do Sul Vasconcelos et al – Primeira descrição de casos severos de visceralização associada à vacina de febre amarela (Brasil e EUA) 43 • Main vectors are Haemagogus mosquitoes. Sabethes are secondary vectors; • Monkeys are vertebrate (primary) hosts; • Complex jungle cycles that are not well understood. Haemagogus Haemagogus Jungle Yellow Fever Aedes aegypti Aedes aegypti Urban Yellow Fever 44 Yellow fever epidemiologic cycles in Brazil J u n g l e c y c l e U r b a n Man C yc l e * Last report in 1942 (Sena Madureira, AC) 45 Mosquito Haemagogus janthinomys principal vetor da febre amarela silvestre nas Américas. Photo: Nicolas Dégallier, © IRD, 2001 Vasconcelos, RSBMT, 2003 46 Platyrrhines (Macaco do Novo Mundo) Cebidae Callithrichidae Leontopithecus (tamarins) Callithrix (marmosets) Aotus (night monkeys) Cebinae (spider and woolly monkeys) Alouatta Pithecinae (howlers) (squirrel monkeys, bald uakari) 47 Países sob risco de febre amarela na África e Américas, 1985-2008. Sob risco Notificação de epidemias 48 The designation employed and the presentation of material on this map do not imply the expression of any opinion whatsoever on the part of the secretariat of the World Health Organization concerning the legal status of any country, territory, city or area or of its authorities, or concerning the delimitation of its frontiers or boundaries. Dotted lines on maps represent approximate border lines for which there may not yet be full agreement. Yellow fever cases reported to the WHO, 1965-2005 Yellow fever cases No. of cases (thousands) 6 5 4 3 2 1 0 196566 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 9920001 2 3 4 5 Source:WHO Year 49 Fatores de risco • • • • • • • Imigração; Turismo ecológico; Mineração; Derrubada da floresta; Caçar e pescar na área endêmica; Atividades agropecuárias Alterações ambientais vinculadas ao aquecimento global 50 Jungle yellow fever in the Americas: monthly distribution of cases. • More than 90% of cases occurring between December and April (rainy season); 60.0 50.0 40.0 30.0 20.0 10.0 0.0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 51 Bolivia Brazil Peru Venezuela • More than 80% of cases occurring among young males occupational disease; • Disease report is increasing among female and children under 15 years; Bolivia Peru 14% 26% Brazil 74% 86% 19% 81% Masculino Feminino Yellow fever in the Americas: Cases X Gender •Source: PAHO/WHO 52 Distribuição dos casos de FA no Brasil por faixa etária, 1980 a 2002 300 200 100 0 3 25 Ignorado < 5 anos 272 278 15 a 29 anos > 30 anos 77 5 a 14 anos N= 655 casos 53 Política de Vacinação contra Febre Amarela no Brasil: Um desafio constante... Distribuição de casos de FA em viajantes, por ano. Brasil, 1999-2009* N = 392 Viajantes = 73 (18,6%) 54 Fonte: SINAN * Dados até 30/06/2009 Política de Vacinação contra Febre Amarela no Brasil: Áreas com recomendação evoluindo no tempo... • Vacinar 100% da população residente a partir dos 9 meses de idade • Monitorar coberturas vacinais em todos os municípios • Investigar 100% dos EAPVs notificados • Vacinar os viajantes que se deslocam para ACRV 55 Areas of main occurrence of sylvatic yellow fever in Brazil Up to 1990’s From 1999 to present 56 Proportion and distribution of sylvatic yellow fever cases*, 1999-2009, Brazil 26% 74% * n = 394 confirmed cases 57 Source: SVS/MS Situação Epidemiológica 2008/2009 2008 2008 2008 - Áreas YFV com Areas Areas with with YFV recomendação de vaccine vaccine vacinação para FA recommendation recommendation Areawith withrecommendation recommendationfor forvaccination vaccination Area Areawithout withoutrecommendation recommendationfor forvaccination vaccination Area 58 Source: SVS/MS Febre amarela: aspectos clínicos, diagnósticos específico e diferencial 59 Yellow Fever Clinical Manifestation 5-10% 10-20% 20-30% F+J Bleeding Death Fever and Jaundice Fever 40-65% Asymptomatic Infections Vasconcelos, RSBMT, 2003 “The Iceberg” 60 Aspecto clínico da Febre Amarela O vômito negro (“borra de café”) Peters, CJ, 2002 61 Patient with severe form of wild-type yellow fever. Death occurred at 9th day. 62 Vasconcelos, RSBMT, 2003 Same patient: Details of bleeding. 63 Vasconcelos , RSBMT, 2003 Yellow fever patient. Observe the intense icterus ALS, 43 anos, forest worker working in a farm at Rio Preto da Eva/AM. DoO: 20/12/02 DoD: 03JAN2003 Maria Paula Mourão/FMTAM, 2003 Yellow fever hemorrhage June 14, 1999 23-year-old male forest worker Had YF symptoms for 8 days Refused vaccine in February (during outbreak) as he does not trust needles bruising Peters CJ, 2002 65 Differential Diagnosis of YF (syndromic vigilance) Malaria (P.falciparum) Typhoid fever Leptospirosis DHF Yellow fever Virus Hepatitis Sepsis Other VHF H. Delta Vasconcelos, Vasconcelos, RSBMT, RSBMT, 2003 2003 Arenaviruses 66 Diagnóstico específico da febre amarela • Isolamento viral • Sorologia • Histopatologia • Imunohistoquímica • RT-PCR • RT-PCR em tempo real (qRT-PCR) 67 HE 68 •Quaresma et al., Virology, 2006 •Liver Vasconcelos et al., Lancet, 258:91-97, 2001. •RT-PCR 2.0 1.2 0.8 0.4 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 kb 11 Figure2. Electrophoretic analysis of cDNAs synthesized from viral RNA in tissues. Approximately 1 µg of total RNA was used for reverse transcription/amplification and one tenth of the amplification reaction was loaded onto a 0.8 % agarose gel. Lanes 4 e 11 are molecular weight markers of 2.0, 1.2, 0.8, 0.4 and 0.2 kb, from top to bottom. Lanes 1-3 represent amplicons of the structural region of the viral genome with 1064, 848 e 1024 nucleotides, respectively, from a liver suspension of case 1; lanes 5-10 represent amplification with primers at the 3' UTR (Wang et al, 1996). Lane 5-6, spleen samples negative and positive (case 1) for YF, respectively; lane 7 heart sample negative for YF, lane 8 amplicon derived from C6/36 cell culture infected with heart suspension (case 1); lanes 9-10 represent amplification from negative and positive (case 1) liver samples. These amplicons were purified and used directly for nucleotide sequencing. Vasconcelos et al., Lancet, 258:91-97, 2001. 70 YFV prM/E gene tree 88 97 BOLIVIA99A BOLIVIA99C BOLIVIA99E BOLIVIA99B PERU77A PERU77C PERU78 PERU79 PERU81A PERU81B PERU98C PERU98A PERU98B PERU95E PERU95F PERU77B BRAZIL83 PERU95A PERU95H PERU95B PERU95G PERU99 BOLIVIA99D ECUADOR95 PERU95C PERU95D BRAZIL35 BRAZIL71 BRAZIL78 BRAZIL94A BRAZIL94B BRAZIL91A BRAZIL73A PANAMA74A PANAMA74B VENEZUELA61 ECUADOR79 BRAZIL73B VENEZUELA98B VENEZUELA98A TRINIDAD95 BRAZIL84 TRINIDAD79C TRINIDAD88 TRINIDAD89A TRINIDAD89C TRINIDAD89B TRINIDAD54 BRAZIL91B BRAZIL92A VENEZUELA59 BRAZIL92B BRAZIL92C BRAZIL96 COLOMBIA79 COLOMBIA85 BRAZIL54 BRAZIL68A BRAZIL55 BRAZIL62A BRAZIL62B BRAZIL60 Genotype II Genotype I GHANA27 71 5 nucleotide changes Wang et al., Virology, 1996 PAUP_1 93 99 venezuela98a.yf brazil73b.yf venezuela98b trinidad95 brazil84 trinidad89a trinidad89c trinidad88 trinidad89b trinidad79c trinidad54 brazil78 brazil94a brazil91a brazil71 brazil73a panama74a panama74b venezuela61 ecuador79 ecuador81 brazil92a venezuela59 brazil92b brazil92c brazil96 brazil91b colombia79 colombia85 brazil35 brazil54 brazil68a brazil55 brazil62a brazil62b brazil60 peru81b peru81a.yf peru98a peru98b peru98c peru77c peru78 peru77a peru79.yf bolivia99c bolivia99e bolivia99a bolivia99b peru95f peru98d peru95e trinidad79b peru95i peru95k peru95j peru95c peru95d peru95a peru95h peru95g peru99 peru77b bolivia99d ecuador97 bfaso83b sudan40a.yf senegal65d senegal65e senegal65b senegal65a senegal65c bfaso83a portguin65 ghana27.yf senegal27.yf 17D Rice trinidad79a nigeria91 ivorycoast82 nigeria87c nigeria69 nigeria87a nigeria87b senegal53 nigeria70a nigeria70d nigeria70c nigeria70b nigeria46 uganda64 uganda72 sudan40b.yf car80 ethoipia61a zaire58 car85 carr77b.yf carr77a.yf uganda48a uganda48b kenya93 angola71 The YFV prM/E gene tree SA genotype I SA genotype II 100 100 100 10 West Africa East Africa DEN2 72 Wang et al., Virology, 1996 1 Amazon region NS5/3’NCR AC – Acre AM – Amazonas AP – Amapá AL – Alagoas PA – Pará RO – Rondônia RR – Roraima TO – Tocantins 2 Northeastern BA – Bahia CE – Ceará MA – Maranhão PB – Paraíba PE – Pernambuco PI – Piauí RN – Rio G. do 3 Central-west DF – Distrito Federal GO – Goiás MT – Mato Grosso MS – Mato G. do Sul brazil87 brazil88a brazil89 brazil88b brazil80a brazil91a brazil94d brazil80c brazil84c brazil84g brazil82a brazil71 brazil78a brazil84b brazil91c brazil93b 91 brazil94f brazil95 brazil94b brazil94c brazil94a brazil98a brazil92c brazil96a brazil92d brazil93a brazil92b brazil92e brazil92a brazil84h 71 brazil91b brazil84d brazil84f brazil94e brazil85a brazil85b brazil99d braz2001b brazil2000b brazil2000d brazil2001a 81 brazil2000c brazil2001d brazil2000a brazil98e brazil99b 62 brazil99e brazil98d brazil98b brazil98c brazil73d brazil84e 99 brazil73a brazil73b brazil73c brazil79a brazil80b brazil82b brazil76b brazil77 brazil81 brazil76a brazil78b brazil78c brazil84a brazil69 brazil35 brazil55b brazil55c brazil62a brazil62b brazil68a brazil68d brazil68b 100 brazil68c brazil54 brazil60 brazil83 1C 1B 4 Southeastern ES – Espírito Santo MG – Minas Gerais RJ – Rio de Janeiro SP – São Paulo 5 1D 1A Southern PR – Paraná RS – Rio G. do Sul SC – Santa Catarina 100 Old Pará 100 100 1 17dd brazil75 ghana27 Figure 2. Brazilian NS5/3’NCR phylogeny (576 nts) based on yellow fever isolates (neighbor joining tree, Kimura2-P distance correction, midpoint rooted). Geographic origin of isolates is indicated on map figure. Colors correspond to genetic clade structure. Black dots refer to isolates with unresolved phylogenetic position. Vasconcelos et al., EID, 10:1578-84, 2004. 73 • •89 •0,01 • BeAr754954–RS-2009(Hg.) • BeAr754955–RS-2009(Hg.) •95 • BeAr754956–RS-2009(Hg.) • BeAr754984-RS-2009(Hg.) •63 • BeAr754957–RS-2009(Ae.) • BeAr754993-RS-2009(Hg.) • BeAr646536-RS-2001(Hg.) •67 • BeAr628124-TO-2000(Hg.) •25 • BeAr424083-MA-1984(Hg.) • BeAr513060-MA-1992(Hg.) •84 •64 • BeAr513292-MS-1992(Sab.) • BeH425381-AP-1984 • BeAr233164-GO-1973(Hg.) •37 •86 • BeAr233436-GO-1973(Hg.) •69 • BeH233393-GO-1973 • BeAr527785-MG-1994(Sab.) •81 • BeAr527198-MG-1994(Hg.) •74 •35 • BeH535010-MA-1995 •93 • BeH379501-MA-1980 • BeAr46299-PA-1962(Hg.) • BeH111-PA-1954 •79 • BeAn23536-PA-1960 • BeAr189-PA-1955(Sab.) • Bolivia-1999 • BeH413820-Brazil-83 •43 •94 • Bolivia-1999 •47 • Peru 1995 •98 • Peru 1995 • Peru 1995 • ASIBI • Uganda - 1972 •Clade I •South America I •Clade II •South America II •African Strain •Cardoso e tal., 2010, Emerg Infect Dis 16 (12) In press Febre amarela: Riscos de reurbanização 75 Vacinação contra Febre Amarela no Brasil: uma história de sucesso... 300 Nº casos 25 Doses de vacina (Milhões) 250 20 200 15 150 10 100 5 50 2007 2005 2003 2001 1999 1997 1995 1993 1991 1989 1987 1985 1983 1981 1979 1977 1975 1973 1970 1968 1966 1964 1962 1960 1958 1956 1954 1952 1950 1948 1946 1944 1942 1940 1938 1936 1934 1932 0 1930 0 Anos Nº casos Fonte: SVS/MS * Dados até 30/06/2009 Doses de vacina 76 ANOS 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 CASOS DE FEBRE AMARELA URBANA SILVESTRE TOTAL ÓBITOS CASOS ÓBITOS CASOS ÓBITOS DVA 1 2 0 8 15 0 8 12 0 19 83 0 6 19 0 2 4 0 13 15 0 3 3 0 15 34 0 28 76 2 40 85 1 17 34 2 7 16 0 23 64 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 1 2 0 0 2 3 2 10 27 12 246 0 0 0 2 6 13 28 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Total 5 3 2 13 46 40 571 0 0 0 1 3 12 21 DOSES DE VACINA APLICADAS* ANO ACUMULADAS 3.393.995 115.100.320 3.624.564 118.724.884 5.957.566 124.682.450 5.692.604 130.375.054 4.231.139 134.606.193 4.451.454 139.057.647 2.587.788 141.645.435 3.523.269 145.168.704 11.998.566 157.167.270 16.123.233 173.290.503 22.371.481 195.661.984 13.693.626 209.355.610 4.435.823 213.791.433 5.227.862 219.019.295 4.308.851 4.712.897 4.257.667 5.359.894 17.057.565 223.328.146 228.041.043 232.298.710 237.658.604 254.716.169 *Dados do API até 31/12/08 •Quantos casos/mortes por FA foram evitados com a vacinação? 77 Yellow fever 2008: SUMMARY YF cases and Case-fatality rate (CFR) reported in Brazil, 1982-2008* Cases CFR (%) •Cases Source: SVS/MS *Data by 30/ AUG/08 Years •Case-fatality rate (%) 78 Óbitos 35 DVA 28 30 Mortes 700 Casos FA 571 600 25 21 20 400 12 13 15 500 246 300 10 5 204 6 2 3 1 1 2 2 0 1 132 131 200 3 1 2 61 44 100 87 104 54 0 1999 2000 2001 2003 2007 2008 2009 No período de 1990 a 1997 não foram notificados casos de DVA Total 0 1990-1994 1995-1999 2000-2004 2005-2009 •Letalidade:75% •Letalidade:43,1% •Óbitos por DVA: 21 •Óbitos por FA: 246 •Casos de DVA: 28 •Então… Total •Casos de FA: 571 •Proporção de óbitos DVA/FA = 1:11,7 79 Destino de viajantes que se infectaram com febre amarela USA Taiwan (China) • GO: 60% (44/73) • MS: 11% (8/73) • PA 7% (5/73) • TO: 5,5% (4/73) • AM: 5,5% (4/73) • MG: 5,5% (4/73) • MT: 4% (3/73) Paraguay • RS: 1% (1/73) 80 Fonte: SINAN Casos de febre amarela em viajantes segundo atividade no momento da exposição. Brasil, 1999 – 2009* 81 Fonte: SINAN * Dados provisórios • •2000 •Casos •Casos •Taxa de Letalidade •Mortes •Taxa de letalidade ' •80 ' •1500 ' •60 ' •1000 ' ' ' •500 •0 •Casos •Mortes •Taxa de letalidade •100 •40 •20 •Brasil •Bolívia •459 •209 •45,5 •665 •456 •68,6 •Colômbia •Equador •81 •64 •79 •93 •48 •51,6 •Peru •Venezuela •1831 •1077 •58,8 •18 •6 •33,3 •0 •Country •Figure . Casos de febre amarela, mortes e taxa de letalidade por país na América do Sul, • •1985-2002 •(dados até março). •Fonte: PAHO/WHO. 82 350 Cases 300 70 Deaths ' CFR 60 ' 250 ' ' ' ' ' 200 40 ' 150 100 50 30 ' 20 50 10 0 0 Argentina Cases 5 Deaths 1 CFR 20 Boliv ia 84 50 59,5 Brasil 259 124 47,9 Colombia 200 100 50 Ecuador 2 1 50 Paraguay 26 8 30,8 Peru 330 173 52,4 Venezuela 63 33 52,4 Figura. Casos de febre amarela, mortes e taxa de letalidade (CFR) 83 por país na América do Sul, 2000 a 2008. Fonte: PAHO/WHO Afua C. Araguaia Altamira Altamira 84 Conclusões – Reemergência de febre amarela na América do Sul com expansão da circulação do genótipo I para Argentina e Paraguai, bem como para as regiões Sul e Sudeste do Brasil. – Alta letalidade da doença com acometimento de adultos jovens. – Importante dispersão e variabilidade genética do vírus da febre amarela na América do Sul. – A ocorrência de visceralização após a vacinação anti-amarílica impõe que detalhados estudos genéticos e imunológicos sejam desenvolvidos. – A elevada ocorrência de dengue no país indica altos índices de infestação de Aedes aegypti no Brasil, o que aumenta os riscos de reurbanização da febre amarela. – O melhor caminho seria a vacinação ampla, geral e irrestrita da população brasileira. 85 Utmb – Department of Pathology: • Juliet E. Bryant • Alan Barrett • Amelia P. A. Travassos • Bob Tesh Ministry of Health • Eduardo Hage Carmo • Alessandro Romano • Giovanini Coelho • Zouraide Guerra Costa PAHO • Otávio Oliva CNPq – Financial support • • Several Grants INCT-FHV NIH • Epidemiology of Yellow fever in SA European Community • DENFRAME project WHO • Joachim Hombach Instituto Evandro Chagas: • Everyone in the Department of Arbovirology and Hemorrhagic fevers - Sueli G. Rodrigues, Elizabeth Salbé, Ana Cecília Cruz, Márcio Nunes, Eliana Pinto, Lívia C. Martins, Jannifer Chiang, Daniele Medeiros, Nazaré Segura, Hamilton Monteiro, Helena Baldez INSTITUTO EVANDRO CHAGAS 1936-2010 New Campus of Instituto Evandro Chagas in Ananindeua/Pará. • OBRIGADO [email protected] Department of Arbovirology and Hemorrhagic Fevers 1954-2010 www.iec.pa.gov.br 87