Profilaxia de Tromboembolismo Venoso no Paciente Cirúrgico com Câncer do Aparelho Digestivo WANDERLEY Hewlett-Packard [Data] Diretrizes AMB Profilaxia de Tromboembolismo Venoso no Paciente Cirúrgico com Câncer do Aparelho Digestivo Autoria: Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva Elaboração Final: 26 de junho de 2013 Participantes: Malafaia O, Montagnini AL, Luchese A, Accetta AC, Zilbertein B, Malheiros CA, Jacob CE, Quireze-Junior C, Cláudio Bresciani JC, Kruel CDP, Cecconello I, Sad EF, Ohana JAL, AguilarNascimento JE, Manso JEF, Ribas-Filho JM, Santo MA, Andreollo NA, Torres OJM, Herman P, Cuenca RM, Sallum RAA, Bernardo WM Diagramaçao: Ana Paula Trevisan 1 Diretrizes AMB O Projeto Diretrizes, iniciativa da Associação Médica Brasileira, tem por objetivo conciliar informações da área médica a fim de padronizar condutas que auxiliem o raciocínio e a tomada de decisão do médico. As informações contidas neste projeto devem ser submetidas à avaliação e à crítica do médico, Responsável pela conduta a ser seguida, frente à realidade e ao estado clínico de cada paciente. 2 Diretrizes AMB DESCRIÇÃO DO MÉTODO DE COLETA DE EVIDÊNCIA: A Diretriz foi escrita a partir da elaboração de 15 questões clínicas relevantes e relacionadas ao risco, tratamento e prognóstico do paciente submetido a tratamento cirúrgico do Câncer do Aparelho Digestivo, quanto aos eventos tromboembólicos associados e a tromboprofilaxia. As questões foram estruturadas por meio do P.I.C.O. (Paciente, Intervenção ou Indicador, Comparação e Outcome), permitindo gerar estratégias de busca da evidência nas principais bases primárias de informação científica (Medline/Pubmed, Embase, Lilacs/Scielo, Cochrane Library, Premedline via OVID). Também foi realizada busca manual da evidência e de teses (BDTD e IBICT). A evidência recuperada foi selecionada a partir da avaliação critica utilizando instrumentos (escores) discriminatórios de acordo com a categoria da questão: risco, terapêutica e prognóstico (JADAD para Ensaios Clínicos Randomizados e New Castle Otawa scale para estudos não randômicos). Após definir os estudos potenciais para sustento das recomendações, estes foram selecionados pela força da evidência e grau de recomendação segundo a classificação de Oxford (disponível em www.cebm.net), incluindo a evidência disponível de maior força. 3 Diretrizes AMB GRAU DE RECOMENDAÇÃO E FORÇA DE EVIDÊNCIA: A: Estudos experimentais ou observacionais de melhor consistência. B: Estudos experimentais ou observacionais de menor consistência. C: Relatos de casos (estudos não controlados). D: Opinião desprovida de avaliação crítica, baseada em consensos, estudos fisiológicos ou modelos animais. Os critérios de inclusão dos estudos utilizados para sustentar as recomendações, quanto ao P.I.C.O. (Paciente, Intervenção, Comparação e Outcome), variou de acordo com a pergunta, mas genericamente foram: pacientes de câncer do aparelho digestivo submetidos a operações curativas ou paliativas, e/ou evidência extrapolada a partir de populações com câncer e/ou submetidas a procedimentos cirúrgicos abdominais; intervenções de tromboprofilaxia farmacológica ou não farmacológica, na prevenção primária de eventos tromboembólicos venosos; desfechos relacionados à trombose venosa profunda, embolia pulmonar, eventos hemorrágicos, mortalidade e complicações no peri-operatório. Foram avaliados 53.555 trabalhos pelo título e/ou resumo; selecionados (1ª seleção) 478 4 Diretrizes AMB trabalhos avaliados pelo texto completo; e incluídos 133 trabalhos utilizados no sustento das recomendações. OBJETIVO: Oferecer aos cirurgiões que atuam na cirurgia digestiva e geral orientação segura sobre como efetuar a tromboprofilaxia dos pacientes que necessitam de operações no tratamento de doenças malignas digestivas. CONFLITO DE INTERESSE: Os conflitos de interesse declarados pelos participantes da elaboração desta diretiz estão detalhados na página 35. 5 Diretrizes AMB INTRODUÇÃO Tromboembolismo venoso é a complicação frequente após tratamento cirúrgico em geral e, de um modo especial, na condução terapêutica do câncer. A cirurgia do aparelho digestivo tem sido referida como potencialmente indutora desta complicação. Ela tem maior representatividade em determinados segmentos anatômicos e nas condições em que se associam fatores de risco dos pacientes. A prevenção do tromboembolismo é tema de grande importância na prática diária dos cirurgiões. Várias são as formas físicas e medicamentosas que podem ser utilizadas. Nos últimos anos abordagens novas, tanto em relação às manobras físicas como em posologia medicamentosa, têm sido estudadas com boa metodologia. Estes novos enfoques ainda são pouco divulgados e talvez pouco conhecidos pela maioria dos cirurgiões. No câncer a importância desse tema é ainda maior que nas doenças benignas. A Medicina Baseada em Evidência incorpora dados obtidos com base nas mais recentes revisões sistemáticas disponíveis na literatura originando várias formas de contribuições científicas. As mais frequentes são o Projeto Diretrizes e o consenso. 6 Diretrizes AMB O primeiro, no Brasil, é efetuado pelas associações de especialidades acreditadas pela Associação Médica Brasileira - AMB e divulgados por este órgão oficial da classe médica. Pretendem ser guias das boas práticas assistenciais respondendo às perguntas que se tem no dia-a-dia do exercício profissional. Eles não substituem a vivência médica e a expertise que a assistência e o trato com os pacientes demonstram ser válidos na vida de cada um. Além disso, as Diretrizes podem não ser completas ou de recente atualização, uma vez que publicações muito novas podem não ter sido incorporadas na última edição delas sobre o tema. Os usuários devem ser estimulados a procurarem atualização, a partir da data de publicação do guia, os estudos que possam impactar no diagnóstico e tratamento de seus pacientes no período de tempo que separa a divulgação oficial e a data do atendimento. O segundo tem por objetivo sugerir recomendações aos pontos em que as evidências não são de elevado grau ou que não existam. As melhores, por seu elevado grau, são inquestionáveis e passam normalmente somente por homologação do grupo do consenso. A reunião de experientes e renomados especialistas da área para discutir os pontos controversos é de fundamental importância 7 Diretrizes AMB na orientação das atitudes médicas em temas de difícil abordagem. Normalmente esses consensos substanciam a posterior criação das Diretrizes emanadas pelos órgãos oficiais da classe. Eles, para terem maior validade, devem ser por sua vez o quanto possível validados por estudos impressos em periódicos com conteúdo revisto cegamente e por pares. Os indicadores maiores da qualidade desses periódicos são o fator de impacto que eles apresentam, sua indexação e acesso internacional. Fatores genéticos e circunstanciais aumentam o risco de tromboembolismo venoso (TEV). O reconhecimento deles é fundamental para poder-se atuar com maior precisão e eficiência. Várias classificações de risco têm sido propostas ao longo do tempo e algumas realizadas com base em pesquisas com elevado grau de evidência. Contudo, orientação atualizada e segura é sempre necessária. Ela deve somar as evidências existentes com as condições do local de sua aplicação, além, é lógico, das condições individuais de cada paciente. O Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva, em sua abrangência, colabora com a AMB na formulação das Diretrizes. O tema ora divulgado foi motivado pela importância que a prevenção do tromboembolismo possui no pré e pós-operatório 8 Diretrizes AMB das operações abdominais por câncer. Em recentes anos, devido a que novos e interessantes aspectos foram agregados a este assunto, as atitudes médicas em vigência merecem um repensar. Por conseguinte, o objetivo desta Diretriz é recomendar aos cirurgiões que atuam no câncer do aparelho digestivo (CAD) as mais recentes possibilidades no manuseio e prevenção do tromboembolismo com base na Medicina Baseada em Evidências. 1. O DOENTE CIRÚRGICO COM CÂNCER DO APARELHO DIGESTIVO (CAD) APRESENTA RISCO AUMENTADO DE 9 Diretrizes AMB TROMBOEMBOLISMO VENOSO NOS PERÍODOS DE PRÉ E OPERATÓRIOS? (TEV) PÓS- A associação entre TEV e câncer está bem estabelecida. Estima-se que 10% a 20% dos pacientes oncológicos terão o diagnóstico de evento trombótico durante a evolução da doença. Por outro lado em até 10% dos doentes com TEV idiopático será diagnosticado uma neoplasia oculta ou 1-2 desenvolverão um câncer sintomático (B). Em uma população de 20.762 pacientes com neoplasia em diferentes regiões anatômicas e submetidos a procedimento cirúrgico, a taxa de TEV, durante um período de até 30 dias após a admissão hospitalar (incluindo pré e pós-operatório), foi de 13.2% (IC95%, 8,8% a 18,9%) para esofagectomia; 7.5 (IC95%, 5 a 10,7%) para pancreatectomia; 5,2% (IC95%, 3,5% a 7,2%) para gastrectomia e 4,7 (IC95%, 4,6 a 4,9) para colectomia. O intervalo de confiança foi calculado de acordo com o tamanho de cada subgrupo3(B). Em uma análise de até 30 dias de pós-operatório, com 44.656 pacientes submetidos a cirurgia por neoplasia em diferentes sítios anatômicos, o TEV 10 Diretrizes AMB ocorreu em 1.6%, sendo que foi mais frequente após cirurgia esofagogástrica (4.2%) e hepato-pancreaticobiliar (3.6%). Dos pacientes com TEV, em cirurgias do aparelho digestivo (esôfago, hepato-pancreáticobiliar, cólon e reto) 29.5% ocorrem após alta hospitalar. Os fatores associados com TEV foram: idade ≥ 65 anos, tipo de procedimento cirúrgico, doença metastática, insuficiência cardíaca congestiva, índice de massa corpórea (IMC; ≥25 kg/m2), ascite, trombocitose (>400.000 cells/mm3), albumina (<3.0 g/dL), tempo de cirurgia (>2h); todos com p < 0.001. Pacientes com TEV tiveram uma mortalidade seis vezes maior (8.0% vs 1.3%, p < 0.001)4(B). A taxa de recorrência de TEV de acordo com o estadiamento do tumor sugere um risco aumentado (36%) para pacientes com neoplasia maligna metastática em comparação com pacientes com doença localizada (RR = 1,36; IC95% = 1,06 a 1,74; p = 0,01). Não foi possível reunir dados para avaliar a recorrência de TEV de acordo com a localização do tumor e histologia5(B). Há um aumento de TEV em pacientes com doença avançada que recebem quimioterapia em comparação com pacientes com doença avançada 11 Diretrizes AMB mas que não receberam quimioterapia [(OR 3,5, IC 95% 0,99-12,35, p = 0,041)]6,7(B). A maior incidência de TEV em pacientes internados com câncer está naqueles com carcinoma de pâncreas8(B). Estes pacientes submetidos a cirurgia, curativa ou paliativa, têm um risco 4,5 vezes maior de TEV (HRadj 4,5 - IC95% 0,5 a 40,9 - ajustado para idade, sexo, cirurgia e quimio ou radioterapia), até 30 dias pós procedimento. Este risco é 1,9 vezes maior na presença de metástases à distância (HRadj 1,9 - IC95% 0,7 a 5,1). A quimioterapia aumenta o risco em 4,8 vezes (HRadj 4,8 - IC95% 1,1 a 20,8), porém a radioterapia não9(B). Em uma análise de 3.645 pacientes com câncer colorretal e submetidos a cirurgia, com tromboprofilaxia primaria farmacológica (> 60 anos, doença cardiovascular ou história de TEV) e mecânica, a incidência de TEV (trombose venosa profunda [TVP] e/ou tromboembolismo pulmonar [TEP]) sintomática, até 6 meses da cirurgia, foi de 0,85% (TVP = 74,25%; TEP = 51,6%; TVP e TEP = 25,8%); 45,2% em cirurgia do reto. Os fatores de risco para TEV foram: história de TEV, doença cardiovascular pré-existente, complicações pósoperatórias, estadiamento avançado da doença e 12 Diretrizes AMB imobilização todos)10(B). pós-operatória (p < 0,05 para Há um aumento de TVP em paciente com câncer colorretal ASA (American Society of Anesthesiologists) III ou IV versus ASA I ou II (ORadj 6,8; IC95% 1,6 a 28,7)11(B). A transfusão perioperatória aumenta o TEV em 50%, nos pacientes do sexo feminino e submetidos a cirurgia por câncer colorretal (OR 1.5; IC95% 1.04 a 2.1)12(B). Em pacientes com adenocarcinoma de esôfago localmente avançado, sem metástase à distância e submetidos a terapia neoadjuvante (quimio e radioterapia), a incidência de TEV foi de 14%. Nos pacientes que receberam 5-fluoruracil a TEV aumentou 2 vezes (OR 2.12; IC955 1.09 a 4.26), enquanto que não houve diferença para os que receberam cisplatina (OR 1.10; IC95% 0.65 a 1.88). A TEV aumentou o tempo entre a quimio ou radioterapia e a esofagectomia na comparação com pacientes sem TEV (média - dias p = 0.0004), porém não houve diferença no número de complicações pós-operatórias (p>0.05) e mortalidade (30º PO e 36 meses) [p=0.90]13,14(B). 13 Diretrizes AMB Em 5651 pacientes submetidos a hepatectomia (esquerda, direita, segmentectomia ou ampliada) a TEP ocorreu em 2.88% até 30 dias de pós-operatório (93% de TVP e 1.31% de TEP). Os fatores associados com a TEP foram: extensão da ressecção, aspartato aminotransferase (AST) ≥ 27, ASA ≥ 3, tempo de cirurgia > 3.5hs, A mortalidade foi maior no grupo com TEV (p=0.001). A taxa de TEV excede em muito a taxa de complicações por hemorragia15(B). A incidência de TEV varia de acordo com o local da neoplasia maligna (de 0,0 a 52,7 eventos por 1.000 casos), em pacientes operados. Há aumento no risco de TEV de 8,7% e de 11,4% em pacientes com câncer de intestino grosso e reto, respectivamente, em comparação a neoplasias benignas de mesma localização. Mas, não há diferença de TEV no câncer de esôfago, estômago, hepatobiliar e de pâncreas, em comparação às neoplasias benignas de mesma localização16(B). Recomendação Existe um risco aumentado de TEV em pacientes com neoplasia maligna do aparelho digestivo com 14 Diretrizes AMB indicação de procedimento cirúrgico tanto no pré como no pós-operatório, inclusive após a alta hospitalar. Fatores de risco (sítio do tumor, estadiamento, quimioterapia, idade entre outros) devem ser considerados na tomada de decisão para tromboprofilaxia. 2. EXISTEM DIFERENÇAS ENTRE OS LOCAIS DOS CAD E O RISCO DE TEV NO PÓSOPERATÓRIO? (ESÔFAGO, ESTÔMAGO, FÍGADO, PÂNCREAS, CÓLON, RETO) A incidência de TEV dentro de um ano após o diagnóstico de câncer do aparelho digestivo, para todos os estadios, varia de acordo com a sua localização, sendo para neoplasia de pâncreas, estômago, esôfago e cólon respectivamente 14%, 7.45%, 5.8% e 2.7% (/100 pts ano). Estas taxas dobram na presença de metástase até um ano17(B). Quando se avalia o risco de TEV (TVP e/ou TEP), as neoplasias gastrointestinais, como um todo, são as que apresentam maior risco durante o período que vai da cirurgia até o 30º pós-operatório. Durante este período a incidência de TEV para esofagectomia, cirurgia hepato-pacreatico-biliar, reto e cólon são respectivamente: 5.5%, 3.6%, 2.3% e 2.0%. Do número total de TEV, a taxa de evento após a alta hospitalar, 15 Diretrizes AMB para cada tipo de procedimento foi: 33.9% para cólon, 32.5% hepato-pancreático-biliar, 23.2% reto e 17.9% para esôfago4(B). Recomendação Após operação por câncer gastrointestinal, os dados mostram que a TEV está associada com a localização do tumor, possibilitando cuidados pósoperatórios específicos. 3. A VIA DE ACESSO POR LAPAROTOMIA OU LAPAROSCOPIA NA CIRURGIA DO CAD MODIFICA O RISCO DE TEV? Em pacientes com câncer de esôfago ou da junção esôfago gástrica; ressecável (cT1-3, N0-1, M0); do tipo histológico adenocarcinoma, carcinoma de células escamosas ou carcinoma indiferenciado; com ou sem quimioterapia neoadjuvante; a esofagectomia minimamente invasiva (toracoscopia e/ou laparoscopia) comparada com esfagectomia transtorácica aberta, não aumenta o risco de tromboembolismo pulmonar (TEP), até duas semanas após a cirurgia (ARR -0.017; IC95% -0.050 a 0.016; NNH = NS)18(A). Em um coorte histórico, que avaliou 7.502 esofagectomias por câncer, incluindo pacientes que 16 Diretrizes AMB tiveram tromboembolismo venoso (TEV) antes da cirurgia (2.6% do total) e que comparou a esofagectomia minimamente invasiva com a esofagectomia aberta, não houve diferença no número de TEV (OR 1.62; IC95% 0.68 a 1.05), até 30 dias após a cirurgia. Não houve diferença também na análise de trombose venosa profunda (TVP) e TEP como eventos separados (p = 0,701 e p = 0,613 respectivamente [χ2 test]). Pacientes que tiveram tromboembolismo venoso antes da cirurgia apresentaram um aumento de 12 vezes no risco de tromboembolismo no pós-operatório (OR 12.63; IC95% 8,26 a 19,32)19(B). Comparando a gastrectomia distal assistida e a gastrectomia aberta, em pacientes submetidos a cirurgia curativa por adenocarcinoma gástrico, não houve diferença no número de TVP (OR 0,31; IC95% 0,01 – 9,3)20(B). Em pacientes com câncer de cólon, sem metástase á distância, a colectomia laparoscópica assistida (cólon exteriorizado para ressecção e anastomose) quando comparada com a colectomia aberta, não mostra diferença no número de TVP (OR 0,45; IC95% 0,18 – 1,18) e TEP (OR 0,59 IC955 0,20 – 1,74)21,22(B). 17 Diretrizes AMB Em pacientes com câncer ressecável de cólon ou reto (ressecção anterior ou abdominoperineal); classificados como Dukes A, B, C ou D; com ou sem terapia neoadjuvante; a cirurgia laparoscópica para câncer de cólon diminuiu em 88% a TVP (OR 0,12 IC95% 0,006 – 0,74) e em 93% a TEP (OR 0,007 IC955 0.003 - 0.40); para a cirurgia do reto não houve diferença entre as duas técnicas em relação ao número de TVP (OR 0,49; IC95% 0,02 – 3,5) e TEP (OR 0,82; IC95% 0,11 – 3,92)23-25B). Em uma meta-análise que comparou ressecção de reto por câncer por meio da via laparoscópica e aberta (anterior e/ou abdominoperineal), dois estudos, dos nove ensaios clínicos randomizados (ECR) incluídos, apresentaram resultados de trombose venosa profunda e não houve diferença na redução do risco (NNT = NS)26(A). Um ECR, com pacientes chineses, portadores de câncer de reto; sem metástase à distância (M0); com IMC < 30 e sem quimioterapia neoadjuvante; submetidos a ressecção do reto (anterior e/ou abdominoperineal) com excisão do mesorreto, também não mostrou diferença no risco de TVP (RRA 0,006; IC95% -0,005 a 0,017; NNT = NS)27(A). 18 Diretrizes AMB A pancreatectomia distal laparoscópica comparada com a aberta em pacientes com câncer ou doença benigna, não mostra diferença no número de TEV (TVP + TEP), (OR 0,74; IC95% 0,16 – 3,40), até 30 dias após a cirurgia28(B). Nenhum estudo recuperado, incluindo três revisões sistemáticas29-31(B) e um coorte histórico32(B), apresentou dados comparativos para TEV em ressecção hepática laparoscópica e aberta. Recomendação A operação laparoscópica, como variável independente, não modifica o risco de tromboembolismo (TVP e/ou TEP) em pacientes com câncer do aparelho digestivo, devendo a indicação e a estratégia de tromboprofilaxia perioperatória serem semelhantes às utilizadas nas operações abertas 4. DEVE-SE EMPREGAR INSTRUMENTOS DE ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO DE TEV NA AVALIAÇÃO PRÉ OPERATÓRIA DO 19 Diretrizes AMB PACIENTE COM CAD? QUAIS OS INSTRUMENTOS MAIS FREQUENTES? QUAIS OS INSTRUMENTOS VALIDADOS? Antigos índices procuravam predizer eventos tromboembólicos em pacientes hospitalizados (cirúrgicos), como o Índice de Clayton, baseado na lise de globulina, idade, presença de varizes, produtos de degradação da fibrina e no peso, ou o de Lowe, baseado no peso e idade, ou o de Sue Ling, que se baseava na idade, lise da globulina, cirurgia abdominal prévia, varizes de membros inferiores, antitrombina III, plaquetas e tabagismo. E apesar de seu rudimento, eram mais baseados em evidência do que atuais recomendações que estabelecem padrões de risco (baixo, médio e alto) baseados em consensos, antes mesmo de serem validados na prática diária. Muitos fatores, incluindo agentes pró-coagulantes secretados pelas células tumorais, imobilização, cirurgia, catéteres, e tratamento sistêmico (incluindo quimioterapia e biológicos), contribuem para aumentar o risco de trombose venosa em pacientes com câncer. O tratamento da trombose em pacientes com câncer pode ser modificado quando houver risco elevado de recorrência ou de sangramento, apesar de que isso pode variar de acordo com o tipo e localização da neoplasia. Provavelmente a tromboprofilaxia perioperatória em pacientes com 20 Diretrizes AMB câncer ativo é baseada nas recomendações do American College of Chest Physicians, American Society of Clinical Oncology, ou National Comprehensive Cancer Network, onde é recomendada durante a hospitalização para pacientes que tem um mínimo risco de eventos. Exemplo de modelo de risco para pacientes cirúrgicos é ilustrado na tabela 1, e demonstra que já vem de muito tempo o hábito de utilizar o consenso para elaborar modelos de predição e 33-35 recomendação (D). Nivel de risco Trombose venosa profunda (%) Embolia Conduta pulmonar (%) 21 Diretrizes AMB Baixo Cirurgia menor, idade < 40 anos, sem fatores adicionais Médio Cirurgia em pacientes com > 60 anos de idade, ou idade entre 40 e 60 anos, com fatores adicionais Alto Múltiplos fatores de risco (idade, antecedente de TEV, artroplastia de femur ou quadril, fratura femur, trauma) 0,4 0,2 4a8 2a4 10 a 20 4 a 10 Sem profilaxia específica; mobilização precoce Heparina ou compressão pneumática Heparina associada a compressão pneumática ou meia elástica Tabela 1: Escore de risco de Tromboembolismo Venoso (TEV) em pacientes cirúrgicos Vários fatores gerais relacionados às características dos pacientes aumentam o risco (expresso por odds ratio, risco relativo ou hazard ratio) de eventos tromboembólicos, como: idade 22 Diretrizes AMB (Risco de 1,8 a 14,8), história pessoal de tromboembolismo (Risco de 1,7 a 4,7), obesidade (Risco de 1,0 a 4,5), história familiar de tromboembolismo (Risco de 3,3 a 3,4), tabagismo (Risco de 1,0 a 3,3), e sexo masculino (Risco de 0,6 a 1,4). Também, fatores relacionados à diferentes situações clínicas aumentam o risco de eventos tromboembólicos, como: cirurgia recente (Risco de 3,7 a 21,7), hospitalização não cirúrgica ou imobilização (Risco de 5,7 a 11,1), câncer e quimioterapia (Risco de 6,5), câncer (Risco de 2,4 a 5,6), e insuficiência venosa (Risco de 0,9 a 4,2)36(B). Em pacientes submetidos a cirurgia para tratamento de câncer (40% abdominal), em tromboprofilaxia (75% com heparina de baixo peso), a incidência de eventos tromboembólicos, no pósoperatório imediato, é de 2,1%. Os fatores envolvidos no aumento da chance são: idade superior a 60 anos (OR: 2,6), história prévia de tromboembolismo (OR: 6,0), duração do procedimento > 2 horas (OR: 4,5), internação > 4 dias (OR: 2,7) e tumor avançado (OR: 4,4)37(B). A presença de tumor pancreático (com ou sem metástases) tratado com cirurgia paliativa ou curativa (50% dos casos), confere aumento no risco 23 Diretrizes AMB de evento tromboembólico de 58,6 (hazard ratio), em relação à população sem câncer9(B). Avaliando-se população geral de câncer, a incidência de eventos tromboembólicos é maior em pacientes: com metástases, com mortalidade elevada no 1º ano (como tumores pancreáticos), com tumor sólido não susceptíveis ao tratamento cirúrgico, em pacientes com associação de comorbidades (obesidade, anemia, insuficiência renal), e mais de 3 meses de diagnóstico17(B). A identificação de variáveis independentes de risco pós-operatório de eventos tromboembólicos, em pacientes submetidos a cirurgia geral ou vascular, como: dependência de ventilador, albumina < 3,5, cirurgia gástrica ou intestinal comparada com endócrina, câncer disseminado, escore ASA, hematócrito < 38, quimioterapia pré-operatória, escore de parede (limpa, contaminada e infectada), e presença de dispneia, permite a elaboração de índice pré-operatório, que estratifica o risco dos pacientes em baixo (1 a 6 pontos), médio (7 a 10) e alto (> 10), com índice de validação de 0,7038(B). Modelo de risco validado para identificar pacientes sob alto risco de TEV é desenvolvido em pacientes com câncer sob quimioterapia, 24 Diretrizes AMB identificando cinco fatores: tipo do câncer, contagem plaquetária > 350.000/L, hemoglobina menor de 10 g/dL e/ou uso de agente estimulante de eritropoiese, contagem leucocitária maior de 11.000/L, e IMC > 35 kg/m2. Índices de TEV são de 0,3% na categoria de baixo risco (escore = 0), 2% no risco intermediário (escore de 1 a 2), e 6,7% no alto risco (score > 3). O valor preditivo negativo, com ponto de corte no alto risco, é de 98,5%. Os fatores de risco clínicos para TEV associado ao câncer incluem o tipo do câncer primário, estadio, período após o diagnóstico, comorbidades, e modalidades de tratamento (incluindo quimioterapia, terapia antiangiogênica e hospitalização). Biomarcadores incluem contagem de plaquetas ou leucócitos elevadas, fator tecidual, e D-dímero39,40(B). Em pacientes com câncer coloretal recémdiagnosticado e ausência de trombose venosa prévia, tendo seus níveis de D-dímero plasmático e a ultrassonografia de compressão realizados no préoperatório e no pós-operatório até um ano de seguimento, demonstram que há aumento no risco de trombose venosa profunda de 15% nos pacientes com D-dímero positivo comparado aos pacientes Ddímero negativo41(B). Investigando-se o D-dímero e os fragmentos de protrombina em pacientes com câncer (30% gastrointestinal) recém-diagnosticados e 25 Diretrizes AMB ainda sem tratamento (cirurgia, quimioterapia ou radioterapia), e seguidos por 18 meses, demonstrase que há ocorrência de 7,6% eventos tromboembólicos, os quais podem ser preditos (hazard ratio – HR) em pacientes com D-dímero (HR: 1,8) e Fragmentos de protrombina elevados (HR: 2,0), sendo o aumento de risco de 10,2% (NNH: 10) nos pacientes com os dois marcadores elevados em comparação aos pacientes com os níveis normais42(B). A probabilidade de TEV após um ano de seguimento de pacientes com câncer recémdiagnosticado aumenta em 28,4% (NNH: 4) naqueles cuja contagem plaquetária está acima do percentil 95º (443.000/L) comparado com os pacientes em níveis menores. São fatores de risco (HR) para TEV a contagem plaquetária elevada (HR: 3,5), P-selectina elevada (HR: 2,66) e cirurgia (HR: 4,05)43(B). A avaliação de pacientes com câncer recémdiagnosticado utilizando escore preditor de risco de TEV, que inclui critérios clínicos (tipo de tumor e IMC) e laboratoriais (hemoglobina, plaquetas e leucócitos) pode ou não incorporar os biomarcadores P-selectina e D-Dímero. Durante o seguimento desses pacientes, após 6 meses, o acréscimo da Pselectina e D-dímero ao modelo original de predição, 26 Diretrizes AMB aumenta a probabilidade de TEV em 17,3% para os pacientes classificados como alto risco44(B). A presença de pico elevado de trombina (> 611 nM) aumenta o risco de eventos tromboembólicos (TEV) em pacientes com câncer recém-diagnosticado (HR: 2,1) em relação à população sem câncer, e aumenta o risco em 7% em relação aos pacientes com valores < 611 nM45(B). O uso de programa de computador preditor do risco de trombose venosa profunda ou embolia pulmonar em pacientes hospitalizados, no qual cada fator de risco é ponderado de acordo com a escala: os fatores maior risco no câncer, como tromboembolismo prévio e hipercoaglabilidade é pontuado com escore 3; o risco intermediário de cirurgia de maior porte é pontuado com escore 2; e os fatores de menor risco, como idade avançada, obesidade, restrição na cama, e uso de terapia de reposição hormonal, é pontuado com escore 1, permite, com ponto de corte para risco no valor de escore acima de 4, definir: aumento no uso de tromboprofilaxia mecânica de 8,5% ou farmacológica de 10,6%, com redução absoluta em eventos tromboembólicos de 3,3%, ou hazard ratio de 41%. Além disso, o programa permite estimar a probabilidade de ausência de trombose venosa 27 Diretrizes AMB profunda ou de embolia pulmonar, em 94,1% e 90,6% dos casos, respectivamente46(B). Modelo de análise de risco de TEV em pacientes hospitalizados permite orientar tromboprofilaxia nos pacientes de alto risco (39,7%). Há redução no risco de trombose de 8,8% (NNT: 12) nos pacientes submetidos a tromboprofilaxia em comparação com os não medicados, com evento hemorrágico de 1,6%, e ocorrência de TEV de 0,3% em pacientes definidos como baixo risco47(B). Em pacientes hospitalizados, o risco de eventos tromboembólicos analisados por quatro itens (TVE prévio, restrição ao leito, catéter central e diagnóstico de câncer), demonstra acurácia na predição de eventos tromboembólicos (área abaixo da curva de 0,874), superior à obtida pelo escore Kucher46,48(B). O Khorana escore preditor de risco de TEV assinala 2 pontos para tipos de câncer de alto risco (pancreáticos ou gástricos). Em adição, 1 ponto para cada um dos seguintes critérios: contagem plaquetária > 350.000/L, Hemoglobina < 10 g/dL, ou uso agentes estimulantes de eritropoiese, contagem leucocitária > 11.000/L e IMC > 35 kg/m2. No Protecht escore, tratamento com cisplatina ou carboplatina ou gemcitabina adiciona 1 ponto e a 28 Diretrizes AMB associação 2 pontos ao escore Khorana. Pacientes com escore > 3 são de alto risco, e entre 0 e 2 de baixointermediário risco para TEV. Nos pacientes analisados, o Protecht escore aumenta a proporção de alto risco em 20,9% em comparação ao escore Khorana, e há aumento na ocorrência de eventos tromboembólicos de 33,4% nos pacientes de alto risco pelo escore Protecht comparado com o escore Khorana. Portanto, o uso de heparina de baixo peso nos pacientes classificados como de alto risco pelo escore Protecht permite a redução significativa de eventos de 5,9% (NNT: 17), o que não acontece com a decisão baseada no escore Khorana49(B). Riscos independentes envolvidos no desenvolvimento de tromboembolismo venoso em pacientes após a alta hospitalar podem ser: câncer (OR = 3,66), idade entre 41 a 59 anos (OR = 1,72), idade > de 60 anos (OR = 2,48), IMC > 40 kg/m2 (OR = 1,81), tempo cirúrgico > 120 minutos (OR = 1,69), cirurgias artroscópica (OR = 5,16) ou de safena (OR = 13,20), e cirurgia não envolvendo cirurgia venosa (OR = 15,61). A ponderação do índice de risco identifica variação em 30 dias de TEV entre baixo risco (0,06%) e alto risco (1,18%)50(B). Pacientes submetidos à cirurgia eletiva oncológica abdominal utilizando algum método de 29 Diretrizes AMB tromboprofilaxia (mecância ou farmacológica), investigados por ultrassonografia no 7º dia de pósoperatório, definem grupos de pacientes sob elevado risco de trombose venosa profunda: sexo feminino (aumento no risco – ARA de 18,5%), IMC menor nos pacientes com trombose (< 22 kg/m2), aumento no risco em cirurgia gastrointestinal em comparação a cirurgia hepatobiliopancreática, e aumento do risco com D-dímero > 3 mg/mL51(B). Recomendação Os instrumentos de predição de risco de eventos tromboembólicos em pacientes hospitalizados (clínicos ou cirúrgicos), e/ou com câncer (em tratamento curativo ou paliativo) sofrem a influência de inúmeros fatores (vieses). Não há instrumentos que permitam estimar, com precisão, o risco de TEV nesses pacientes. Entretanto, existem fatores de risco independentes (clínicos e laboratoriais), que, quando presentes, justificam a tromboprofilaxia, em qualquer dos níveis de risco (baixo, intermediário ou alto). 5. A PROFILAXIA FARMACOLÓGICA COM HEPARINA DE BAIXO PESO MOLÉCULA (HBPM) PODE DIMINUIR O RISCO DE TEV NO PÓS-OPERATÓRIO DO DOENTE COM CAD? 30 Diretrizes AMB Em pacientes submetidos à cirurgia geral, não específica abdominal e/ou de câncer, a profilaxia perioperatória com heparina de baixo peso molecular comparado com ausência de profilaxia, produz redução nos eventos tromboembólicos detectados clinicamente em 8,3% (NNT: 12)52(B). O tratamento tromboprofilático de pacientes submetidos à cirurgia abdominal (independente de por neoplasias) com enoxaparina (dose variando de 20 mg a 40 mg ao dia) ou dalteparina (dose variando de 2.500 a 5.000 UI 1x/dia), geralmente 2 horas antes da cirurgia, 8 horas após e depois por 10 dias ou após a alta, demonstra, em sua comparação indireta (com heparina não fracionada) resultados semelhantes quanto à eficácia (redução no risco de trombose venosa) ou quanto à segurança (sangramento)53(B). A ressecção de quatro ou mais segmentos hepáticos no tratamento de metástases de câncer coloretal ou de carcinoma hepatocelular pode ser acompanhada de deambulação precoce e meias de compressão gradativa de membros inferiores, mas também de tromboprofilaxia medicamentosa, procurando reduzir o número de eventos tromboembólicos no pós-operatório. Em pacientes recebendo profilaxia perioperatória (com heparina 31 Diretrizes AMB não fracionada e/ou de baixo peso molecular), a presença de perda sanguínea no intra-operatório é menor no grupo submetido ao tratamento profilático, apesar de não haver diferença nas transfusões, quando comparado com pacientes que não recebem profilaxia. Semelhantemente, não há diferença na mortalidade ou na morbidade pósoperatórias quando se compara com ou sem profilaxia. Entretanto, há uma redução no risco de trombose venosa profunda (2,1% - NNT: 50) e de embolia pulmonar (4,1% - NNT: 25) com o uso de tromboprofilaxia perioperatória54(B). O uso de tromboprofilaxia (nadroparina 0,3 mL ou enoxaparina 0,4 mL subcutânea, iniciando no dia da cirurgia até 7 dias de pós-operatório ou na alta) em pacientes com cirrose e hepatocarcinoma, submetidos à ressecção cirúrgica, não aumenta o risco de eventos tromboembólicos ou de eventos hemorrágicos, quando comparado com pacientes sem tromboprofilaxia55(B). A profilaxia secundária, em pacientes com câncer (operados ou não) que já experimentaram eventos tromboembólicos, utilizando heparina de baixo peso molecular, em comparação com antagonistas da vitamina K, revela redução na recorrência de eventos tromboembólicos de 5% (NNT: 20), sendo que o benefício é maior com o uso de heparina de baixo 32 Diretrizes AMB peso molecular por 3 meses, mas a diferença em relação aos antagonistas de vitamina K desaparece quando o tratamento se prolonga a 6 meses5(B). Pacientes submetidos à cirurgia por câncer gástrico (gastrectomia distal ou total com dissecção de linfonodos regionais), recebendo heparina de baixo peso molecular (parnaparina 3.200 UI SC, 2 a 6 horas antes da cirurgia e uma vez ao dia até a alta hospitalar), comparado com grupo histórico recebendo meias de compressão de membros inferiores, com seguimento de 6 meses, não apresentam diferença nos episódios de trombose venosa, entretanto têm aumento nas complicações cirúrgicas em 12% (NNH: 8), com aumento na incidência de sangramento pós-operatório de 7,9% (NNH: 12) e complicações de parede de 3,4% (NNH: 30)56(B). A cirurgia eletiva, curativa ou paliativa para tratamento de câncer gastrointestinal (excluindo esôfago) (80% dos casos), genitourinário ou de órgãos reprodutores femininos, pode ser associada ao uso de injeções subcutâneas de bemiparina, 3.500 UI por 10 dias iniciais, sendo a primeira dose iniciada 6 horas após o término da operação, seguido de 20 dias adicionais, com seguimento de 3 meses. Avaliando a incidência combinada de trombose 33 Diretrizes AMB venosa profunda (com ou sem sintomas), embolia pulmonar e todas as causas de mortalidade, não há diferença entre receber ou não profilaxia. Entretanto, tromboembolismos graves e trombose venosa profunda têm seu risco relativo reduzido em 82,4% e 87,9%, respectivamente57(A). Pacientes submetidos à laparotomia curativa por câncer (cólon descendente, cólon sigmoide, reto, bexiga, próstata, útero, tuba de falópio, ovário, estômago, duodeno, jejuno, cólon ascendente, cólon transverso, fígado, vesícula, duto biliar, pâncreas, rim, ureter, e adrenal), quando recebem compressão pneumática e enoxaparina 20 mg SC, duas vezes ao dia, iniciado 24–36 horas após a cirurgia e por 14 dias, quando comparado ao uso isolado de compressão pneumática, apresentam redução no risco de eventos tromboembólicos venosos de 18,2% (NNT: 6), e não há diferença no risco de eventos de sangramento ou de trombocitopenia58(A). A ressecção do adenocarcinoma coloretal, independente do estadio, pode ser acompanhada de injeções SC de 2.850 UI de nadroparina, ou enoxaparina 4.000 UI (40 mg) SC, 2–4 horas antes da cirurgia, seguido de uma vez ao dia, por 7 a 11 dias, e seguimento de 2 meses, apresentam o mesmo resultado com relação a eventos tromboembólicos. 34 Diretrizes AMB No entanto, o uso de nadroparina reduz o risco de eventos hemorrágicos em 4,2% (NNT: 23), mas os eventos adversos, incluindo trombocitopenia, são semelhantes em ambas formas de tratamento59(A). A cirurgia abdominal (67,9% de câncer e 56,2% de cirurgia coloretal), com um ou mais riscos adicionais de complicações tromboembólicas (obesidade, história de tromboembolismo venoso, insuficiência cardíaca, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença inflamatória intestinal, ou cirurgia para câncer), pode ser associada à injeção SC 2 horas antes da indução anestésica de fondaparinux 2,5 mg ou dalteparina 5.000 UI uma vez ao dia durante 5 a 9 dias. Não há diferença nos eventos tromboembólicos com as duas formas de tratamento profilático anticoagulante na cirurgia abdominal geral, sendo a cirurgia para câncer, a duração da cirurgia e o IMC fatores que favorecem o risco de tromboembolismo independente do tratamento. Quando avalia-se apenas os pacientes operados de câncer abdominal há redução significativa com o uso de fondaparinux em comparação com a dalteparina de 3% (NNT: 33), mas não há diferença nos eventos de sangramento entre as duas formas de profilaxia60(A). por Pacientes operados por doenças de colon (95% câncer), após serem submetidos à 35 Diretrizes AMB tromboprofilaxia com enoxaparina 20 mg SC, 12 horas antes da cirurgia, e depois 40 mg SC por 4 dias, tem redução de 3% no risco de trombose venosa profunda (NNT: 33), entretanto com aumento de complicações hemorrágicas em 4,9% (NNH: 20), em comparação a pacientes sem profilaxia61(A). Pacientes com CAD operados, submetidos à tromboprofilaxia com heparina de baixo peso molecular (seleparina SC, 3.825 UI) 12 horas após a cirurgia, até o 7º dia pós-operatório, levam a redução de 28% (NNT: 4) no risco de trombose venosa profunda, sem diferença no risco de complicações hemorrágicas, quando comparado a pacientes não submetidos à profilaxia62(B). O uso de tromboprofilaxia com dalteparina (2.500 UI SC) ou com nadroparina (3.075 UI SC), iniciando 2 horas antes da cirurgia, até o 10º dia pósoperatório, em pacientes operados por laparotomia (50% com neoplasia), revela por meio de flebografia de membros inferiores, trombose venosa profunda em 24,3% dos casos, sendo esse índice menor em 16% (NNT: 6) nos pacientes tratados com 63 nadroparina (A). Em pacientes submetidos a tromboprofilaxia com enoxaparina SC nas doses de 20 mg, 40 mg ou 60 36 Diretrizes AMB mg, 2 horas antes da cirurgia geral (30% de câncer), durante 7 dias, não demonstra diferenças no índice de eventos tromboembólicos ou hemorrágicos quando comparado com a heparina não fracionada (5.000 UI SC, 3x/dia)64(B). Em cirurgia abdominal de grande porte, os pacientes submetidos à tromboprofilaxia com heparina de baixo peso molecular (2.500 UI SC, 2 horas antes da cirurgia e depois por 5 a 10 dias), tem o risco de trombose venosa profunda reduzido em 11,7% (NNT: 8), e nos casos de câncer (30% dos casos), apresentam redução no risco de trombose de 19,9% (NNT: 5)65(B). Quando a dose de 5.000 UI SC, duas vezes ao dia é comparada com 7.500 UI SC uma vez ao dia, não há diferença nos resultados em relação à trombose venosa profunda ou eventos hemorrágicos66(B). Recomendação A profilaxia com heparina de baixo peso molecular reduz o risco de eventos tromboembólicos em pacientes com operação abdominal por câncer, em comparação aos que não recebem tromboprofilaxia. Não há diferença estatisticamente significativa entre os diversos tipos de heparinas de baixo peso molecular quanto à eficácia. 37 Diretrizes AMB 6. A PROFILAXIA FARMACOLÓGICA COM HEPARINA NÃO FRACIONADA PODE DIMINUIR O RISCO DE TEV NO PÓSOPERATÓRIO DO DOENTE COM CAD? Uma dose padrão de profilaxia pré-operatória (5.000 unidades de heparina subcutânea, 3 vezes ao dia), pode ser utilizada em pacientes submetidos à excisão de lesão do pâncreas por pancreatectomia, com diagnóstico de adenocarcinoma (50%), neoplasia endócrina pancreática (6%) ou neoplasia indeterminada (38%). A porcentagem de pacientes que experimentam eventos de tromboembolismo é reduzida com a profilaxia em 15% (NNT: 7). Não há diferença no tipo histológico quanto aos eventos tromboembólicos, e não há diferença entre os pacientes que recebem ou não profilaxia, quanto à necessidade de transfusão sanguínea, sangramento ou reoperação por sangramento67(B). A profilaxia por meio de 5.000 unidades subcutâneas de heparina, duas vezes ao dia, 24 horas após o procedimento cirúrgico, tendo como indicação principal tumor coloretal (25%), e outras indicações, como doença de Crohn, colite ulcerativa, diverticulite, obstrução de intestino delgado, ou tumor apendicular, pode aumentar a incidência de infecção no sítio cirúrgico em 14% (NNH: 7), sem a 38 Diretrizes AMB presença de hematoma ou sangramento de parede abdominal, apesar desses pacientes terem IMC superior aos não submetidos à profilaxia. Pode ainda aumentar os tempos de cirurgia e hospitalização68(B). Em pacientes submetidos à cirurgia geral, não específica abdominal e/ou de câncer, a profilaxia perioperatória com heparina não fracionada comparado com ausência de profilaxia, produz redução nos eventos tromboembólicos detectados clinicamente em 7,9% (NNT: 12)52(B). Nesses pacientes as complicações que podem ocorrer são: hematoma de parede, sangramento no dreno, hematúria, sangramento gastrointestinal ou retroperitoneal, sendo que a descontinuidade pode ocorrer em 2% dos pacientes, e é significativamente menor na profilaxia com baixas doses de heparina não fracionada69(B). A profilaxia pré-operatória com heparina não fracionada reduz o risco de embolia pulmonar fatal, de trombose venosa profunda e sem diferença significativa nos episódios de sangramento, em relação aos pacientes não submetidos à profilaxia70(B). Em pacientes submetidos à cirurgia geral, independente do tipo de cirurgia, o uso de heparina 39 Diretrizes AMB não fracionada subcutânea no peri-operatório reduz o risco de trombose venosa profunda em 13,4% (NNT: 7), em comparação com pacientes não submetidos à profilaxia. Há redução de embolia pulmonar fatal e não fatal, em 18,2% (NNT: 6) e 55,2% (NNT: 2), respectivamente. Não há aumento significativo de eventos hemorrágicos71(B). Pacientes submetidos a cirurgia eletiva, incluindo abdominal, recebendo injeções subcutâneas de heparina sódica 5.000 unidades antes da cirurgia e a cada 12 horas, depois por 7 dias, em comparação com pacientes não recebendo profilaxia, reduz a porcentagem de eventos tromboembólicos nos pacientes que recebem profilaxia antes do 7º dia de pós operatório, mas não ocorre o mesmo após o 7º dia. Os episódios hemorrágicos são semelhantes nos dois grupos72(B). A profilaxia perioperatória de pacientes a serem submetidos a operações intra-abdominais, com dois ou mais riscos de trombose venosa profunda, com duração superior a 45 minutos, sob anestesia geral, com 5.000 UI de Heparina não fracionada 2 horas antes da cirurgia, e depois a cada 12 horas por 5 a 7 dias, comparada com nenhuma profilaxia, reduz o risco de trombose venosa profunda pós- 40 Diretrizes AMB operatória73(B). Essa redução pode ser de 42% (NNT: 2)74(B). O uso de heparina na dose de 5.000 UI/ml, dada a cada 12 horas subcutânea, a pacientes submetidos à cirurgia abdominal (80% com câncer), comparado com heparina concentrada de 25.000 UI/ml, ou nenhuma profilaxia, demonstra trombose venosa pós-operatória em 16% dos pacientes recebendo heparina diluída (5.000/ml), em 23% com heparina concentrada e 33% nos pacientes sem profilaxia. Há redução significativa dos episódios de trombose venosa profunda em 17% (NNT: 6), com o uso de heparina diluída a cada 12 horas por 6 a 8 dias, sem eventos adversos importantes75(B). A incidência de trombose venosa profunda, em pacientes submetidos a cirurgias eletivas, é reduzida significativamente, com a prescrição de heparina de baixa dose, em 11,8% (NNT: 9), apesar do aumento não significativo de hematomas de parede, transfusão de sangue, e queda no hematócrito76(B). Há evidência, entretanto de ausência de diferença de episódios de trombose venosa profunda em pacientes submetidos à profilaxia perioperatória (5.000 UI de heparina não fracionada 1 hora antes da cirurgia e depois a cada 12 horas por 8 dias), em 41 Diretrizes AMB comparação com pacientes não submetidos à profilaxia (7,5% versus 9,6%, respectivamente)77(B). Recomendação O uso de heparina não fracionada antes de operações abdominais (com e sem câncer), na dose de 5.000 UI SC, e depois a cada oito horas por cinco a oito dias, reduz o risco de eventos tromboembólicos pós-operatórios, sem aumentar significativamente os riscos de eventos hemorrágicos. 7. EXISTE DIFERENÇA DE EFICÁCIA ENTRE A HEPARINA DE BAIXO PESO MOLECULAR (HBPM) E AS HEPARINAS NÃO FRACIONADAS NA PROFILAXIA DE TEV NO DOENTE COM CAD? Extrapolando o resultado obtido na comparação entre o uso de heparina de baixo peso molecular e heparina não fracionada, em pacientes submetidos à cirurgia de grande porte (ortopédica e de trauma), com relação ao desfecho trombocitopenia (redução na contagem plaquetária > a 50% em até 14 dias de pós-operatório, com ou sem evento trombótico), podemos concluir que há redução no risco relativo de trombocitopenia com o uso de heparina de baixo peso molecular de 76%78(B). 42 Diretrizes AMB Comparando-se a profilaxia pré-operatória de eventos tromboembólicos, em pacientes com câncer submetidos a diversos tipos de procedimentos cirúrgicos (ginecológicos, abdominais, torácico e prostáticos), utilizando-se vários tipos de heparina de baixo peso molecular (enoxaparina, dalteparina, nadroxiparina, fraxiparina, certoparina e outros), ou heparina não fracionada. Os resultados da comparação demonstram: redução no risco (relativo) de mortalidade, de trombose venosa profunda assintomática ou de hematoma de parede, com o uso de heparina de baixo peso molecular, em 10% e 20%, respectivamente. Há ausência na diferença de ocorrência de embolia pulmonar, trombose venosa profunda sintomática, de ocorrência de sangramento ou de trombocitopenia entre as duas formas de tratamento79(B). A profilaxia de tromboembolismo em pacientes hospitalizados, com mais de 70 anos de idade, e uma redução de mobilidade ao menos de 4 dias, sendo 10% de pacientes com câncer, não cirúrgicos, não demonstra diferença entre o uso de certoparina 3.000 U ao dia versus heparina não fracionada 5.000 UI duas vezes ao dia80,81(B). Em pacientes adultos (> 40 anos de idade) submetidos à cirurgia curativa de câncer abdominal 43 Diretrizes AMB ou pélvico [gastrointestinal (ressecção de sigmoide, hemicolectomia e ressecção abdomino perineal), urológico, ginecológico], a profilaxia de eventos tromboembólicos pode ser realizada com heparina não fracionada, 5.000 UI SC, 2 horas antes da cirurgia e três vezes ao dia por 10 dias de pós-operatório, ou enoxaparina 40 mg SC, 2 horas antes da cirurgia e uma vez ao dia por 10 dias de pós-operatório. Alguns pacientes apresentam eventos tromboembólicos venosos (16,5%), sem diferença entre as duas formas de tratamento. Não há diferença ainda em relação aos eventos hemorrágicos82(B). O uso de heparina de baixo peso molecular (1.750 UI SC, 1x/dia, com início 2 horas antes da cirurgia, 8 horas após a cirurgia, durante 5 dias, ou durante o confinamento do paciente ao leito), comparado com a utilização de heparina não fracionada (5.000 UI, 2x/dia, com regime semelhante ao da heparina não fracionada), na profilaxia de eventos trombóticos venosos em pacientes submetidos à cirurgia geral (40,5% por câncer), demonstra que: não há diferença na ocorrência de trombose venosa profunda ou embolia pulmonar pós-operatórias; há redução no risco de sangramento pós-operatório e hematoma de parede, com o uso de heparina de baixo peso molecular, em 3,5% e 3,3%, respectivamente83(A). . 44 Diretrizes AMB Em pacientes submetidos à cirurgia geral, não específica abdominal e/ou de câncer, de risco moderado de trombose venosa profunda, a profilaxia perioperatória com heparina de baixo peso molecular comparado com heparina não fracionada em baixa dose, não demonstra diferença nos eventos tromboembólicos pós-operatórios54(B). Pacientes (35% com câncer) operados com cirurgias de grande porte, e mais de 45 minutos de anestesia geral (gástrica, colecistectomia, cólon/retal, herniorrafia e histerectomia), submetidos a tromboprofilaxia com heparina de baixo peso molecular (20 mg SC) ou heparina não fracionada (5.000 UI), administradas 2 horas antes da cirurgia, e por 10 dias, uma vez ao dia, e duas vezes ao dia, respectivamente, apresentam aumento no risco de trombose venosa profunda em 32% (NNH: 3) com o uso de heparina de baixo peso. Os fatores de risco envolvidos nos eventos são câncer, peso, varizes de membros inferiores e duração da cirurgia. Quando analisamos a incidência de tromboembolismo em pacientes com câncer, não há diferença em ambas as formas de tromboprofilaxia. Não há diferença ainda com relação aos eventos hemorrágicos que ocorrem em ambas formas de profilaxia, apesar de aumento no risco de reoperação de 1,2% nos pacientes medicados com heparina não fracionada84(B). 45 Diretrizes AMB Pacientes submetidos a procedimento cirúrgico de ao menos 30 minutos de duração, sendo em média 50% de pacientes com câncer, recebendo 5.000 UI de heparina não fracionada, 3x ao dia, no dia antes da cirurgia e no dia da cirurgia, ou 2.500 UI ao dia de heparina de baixo peso molecular, não apresentam diferença entre eventos trombóticos ou complicações hemorrágicas entre as duas formas de profilaxia85(B). Pacientes com CAD ou de pulmão submetidos a procedimento cirúrgico, recebem 7.500 UI de heparina de baixo peso molecular ou 5.000 UI de heparina não fracionada, 2 horas antes da cirurgia e por 6 dias de 12 em 12 horas, e não há diferença nos episódios pós-operatórios de sangramento ou trombose venosa86(B). Pacientes submetidos à cirurgia abdominal com duração maior de 30 minutos, requerendo hospitalização maior de 6 dias, por doença neoplásica em 37,6% dos casos (colectomia, cirurgias gastroesofágicas, ressecções abdominoperineais, colecistectomia e ginecológica), recebendo tromboprofilaxia com 2.500 UI de heparina de baixo peso molecular uma vez ao dia, ou heparina não fracionada duas vezes ao dia, demonstram 1,1% de trombose venosa profunda no perioperatório, 0,7% 46 Diretrizes AMB de embolia pulmonar sem diferença entre os dois regimes de tromboprofilaxia. A profilaxia com heparina não fracionada aumenta o risco de hematoma de parede, de reoperação por sangramento, de sangramento grave, de sangramento leve, sobretudo nos pacientes operados por câncer (aumento no risco de 8,7% - NNH: 12)87(B). Pacientes submetidos a cirurgia abdominal de duração maior do que 30 minutos e pós operatório esperado maior de 5 dias, tendo como indicação o tratamento do câncer em 63,6%, são medicados com 5.000 U de heparina de baixo peso molecular, duas vezes antes da cirurgia e depois de 12 em 12 horas por 5 a 8 dias, ou 5.000 UI de heparina não fracionada antes da cirurgia e depois de 12 em 12 horas por 5 a 8 dias. Nos pacientes que receberam a profilaxia correta há uma redução de episódios de trombose venosa profunda de 4,2% (NNT: 24) naqueles medicados com heparina de baixo peso molecular. Especificamente nos pacientes operados por câncer não há diferença nos episódios de trombose venosa profunda88(B). A tromboprofilaxia com heparina de baixo peso molecular (2.500 UI SC, 2 horas antes da cirurgia, 12 horas após a primeira injeção e depois 5.000 UI ao 47 Diretrizes AMB dia, por 10 dias) comparado com a heparina não fracionada, 2 horas antes da cirurgia e depois de 8 em 8 horas por 10 dias, não demonstra diferença na incidência de eventos tromboembólicos (2,5%, respectivamente). Entretanto há aumento no risco de sangramento nos pacientes medicados com heparina não fracionada89(B). Em pacientes submetidos à cirurgia abdominal de mais de 30 minutos de duração e tempo de hospitalização mínimo de 7 dias, o uso comparado de heparina de baixo peso molecular de 7.500 UI, 2 horas antes da cirurgia, 8 horas após a cirurgia e depois uma vez ao dia por 7 dias, ou o uso de Heparina não fracionada, 5.000 UI (3x/dia) no mesmo esquema posológico, determina aumento no risco de trombose venosa profunda de 1,7% (NNH: 60) nos pacientes que recebem heparina não fracionada, sem diferença nos episódios de embolia pulmonar ou de sangramento90(B). Pacientes submetidos à cirurgia abdominal geral (60% por neoplasias) de mais de 30 minutos de duração e expectativa de hospitalização maior de 5 dias, recebem 5.000 UI, 2 horas antes da cirurgia, no dia seguinte, e depois de 12 em 12 horas por 5 a 8 dias, ou heparina não fracionada 5.000 ao dia no mesmo regime. Nos pacientes que recebem a 48 Diretrizes AMB profilaxia correta há redução de 4,2% (NNT: 24) nos episódios de trombose venosa profunda, com o uso de heparina de baixo peso molecular91(B). Pacientes submetidos à cirurgia geral, com um dos seguintes fatores presentes: tromboembolismo prévio, obesidade, varizes, doença maligna, hospitalização prévia, terapia estrogênica, doença cardíaca ou bronquite, e submetidos a três doses diferentes de heparina de baixo peso molecular (60 mg, 40 mg ou 20 mg) comparadas com heparina não fracionada 5.000 UI antes da cirurgia e uma vez ao dia por 7 dias, demonstra que não há diferença entre os eventos de trombose venosa e de 92 sangramento (B). Recomendação Não há diferença na ocorrência de eventos tromboembólicos (trombose venosa profunda ou embolia pulmonar), com o uso de heparina de baixo peso molecular ou heparina não fracionada na maior parte da evidência extrapolada de pacientes submetidos à cirurgia geral ou abdominal por neoplasia (35% a 63% dos casos). Entretanto, em pequena parte da evidência também extrapolada, onde há diferença entre as duas formas de tromboprofilaxia, ela favorece o uso de heparina de baixo peso molecular, inclusive com redução em 49 Diretrizes AMB eventos hemorrágicos, no hematoma de parede e na reoperação por sangramento. 8. OS MÉTODOS FÍSICOS SÃO EFICAZES NA PROFILAXIA DE TEV? PODEM SUBSTITUIR AS HEPARINAS NA PROFILAXIA DE TEV NO DOENTE COM CAD? Em pacientes submetidos à cirurgia abdominal por doença maligna, o uso de meias compressivas no pós-operatório reduz em 19,6% (NNT = 5) o risco de desenvolvimento de TVP, comparado a não usar meias compressivas93(B). Em pacientes submetidos à cirurgia colorretal, a combinação de meias compressivas e heparina mostra-se mais eficaz na profilaxia da TVP e/ou TEP com um Odds ratio de 4,17 (95% CI 1,37–12,70) e Risco Relativo de 4,14 (95% CI 1,22–14,04)94(A). A combinação de meias de compressão gradual e baixas doses de heparina é superior à heparina isolada na prevenção de trombose venosa profunda e/ou embolia pulmonar (OR de 4,17)95(A). Em pacientes submetidos à cirurgia abdominal e que apresentam ao menos dois dos seguintes fatores 50 Diretrizes AMB de risco: idade > 39, doença maligna, doença varicosa, doença cardíaca ou hipertensão, diabetes mellitus, obesidade ou eventos tromboembólicos prévios, o uso de meias compressivas em um dos membros inferiores, dos pacientes que receberam heparina, reduz em 11% o risco de trombose venosa profunda, comparado com os membros inferiores que não usaram meias compressivas96(B). Em pacientes submetidos à cirurgia abdominal (colorretal, biliar, gástrica, pancreática, urológica, ginecológica e outras causas), a tromboprofilaxia com o uso de meias compressivas até o joelho, ou Heparina sódica 5.000 UI subcutânea de 12/12 horas, com início 12 horas antes da cirurgia, ou a associação de meias compressivas com heparina, não demonstra diferença significativa na incidência de trombose no pós operatório, 29.7%, 29.4% e 25.8% 97 respectivamente (B). Pacientes submetidos à cirurgia abdominal e que apresentam ao menos um dos seguintes fatores de risco: idade > 39 anos, suspeita de doença maligna, peso 19% acima do normal, doença varicosa, diabetes mellitus, hipertensão, tromboembolismo prévio ou insuficiência cardíaca o uso de heparina sódica subcutânea 5.000 UI, duas vezes ao dia, começando 1 hora antes da cirurgia, e mantendo o uso por 7 dias, 51 Diretrizes AMB ou até a alta hospitalar, combinado com o uso de meias elásticas compressivas até a coxa em ambos os membros inferiores e mantidas durante todo o período de observação, reduz significativamente o risco de trombose venosa profunda em 7% (NNT = 14) e de tromboembolismo em 10% (NNT = 10), comparado com o uso de isolado de heparina98(B). Em comparação à compressão isolada, o uso de modalidades combinadas, em pacientes sob alto risco de eventos tromboembólicos, significantemente reduz a incidência de embolia pulmonar (em 2% NNT: 50) e de trombose venosa profunda (em 3% NNT: 33). Quando comparado com a profilaxia farmacológica isolada, o uso de modalidades combinadas, reduzem a incidência de trombose venosa profunda (em 3,56% - NNT: 33)99(B). A tromboprofilaxia em pacientes submetidos a cirurgias abdominais maiores com meias elásticas de compressão gradual comparado a doses baixas de heparina demonstra incidência de trombose venosa profunda semelhante entre as duas formas de tratamento100(B). O uso de dose baixa de heparina (5.000 UI de 12 em 12 horas por 5 a 7 dias) associado a meias de compressão gradual, em pacientes submetidos à 52 Diretrizes AMB cirurgia abdominal (50% por neoplasias), produz redução no risco (8% - NNT: 12) de trombose venosa profunda quando comparado com as formas de tratamento isoladas101(B). O tratamento de pacientes submetidos a cirurgias abdominais agudas (com fatores como: idade > 39 anos, doenças malignas, varizes, doença cardíaca, hipertensão, diabetes mellitus, obesidade ou eventos tromboembólicos recentes) por meio de doses baixas de heparina (5.000 UI 12/12 horas) combinado à compressão gradual de meias elásticas em comparação com o uso isolado de meias elásticas, revela melhores resultados quanto à incidência de trombose venosa profunda com o tratamento combinado102(B). O uso de meias de compressão gradual associado a doses baixas de heparina em pacientes submetidos a cirurgias eletivas abdominais reduzem o risco de tromboembolismo em 11% (NNT: 9) quando comparado com a prescrição de heparina isolada como medida perioperativa tromboprofilática103(B). A ocorrência de embolia pulmonar após esofagectomia (2,5%) pode ser previnida por medidas tromboprofiláticas. O uso combinado de compressão pneumática associado a heparina pode 53 Diretrizes AMB reduzir o risco de embolia pulmonar em 2,5% (NNT: 40)104(B). Recomendação Os métodos físicos, quando corretamente empregados são eficazes na redução do risco de evento(s) tromboembólico(s). Contudo, eles não devem substituir a profilaxia farmacológica devendo esta ser retomada assim que cessarem as contraindicações. O uso associado de métodos físicos, sobretudo meias elásticas de compressão gradual, com baixas doses de heparina na tromboprofilaxia perioperatória, aumenta o benefício com relação à redução do risco de eventos tromboembólicos. 9. QUAL É O REGIME POSOLÓGICO DE HEPARINAS RECOMENDADO NA PROFILAXIA DE TEV NO DOENTE CIRÚRGICO COM CAD? Na profilaxia pós-operatória de eventos tromboembólicos de pacientes portadores de câncer abdominal ou pélvico, sem diferenças significantes quanto aos fatores de risco pré-operatórios, o uso de heparina não fracionada 5000 UI a cada 8 horas por 10 dias, comparado ao uso de dalteparina 5000 UI uma vez ao dia por 10 dias, evidencia TEP em 5% dos 54 Diretrizes AMB pacientes do grupo da heparina não fracionada e em nenhum no grupo da dalteparina (p>0,05). Quanto à ocorrência de TVP, não há relato em nenhum dos grupos. Desta forma, há eficácia nas dosagens utilizadas na prevenção de fenômenos tromboembólicos, sem diferenças significativas entre os grupos de comparação89(B). Pacientes submetidos a cirurgias gerais (abdominais, ginecológicas, urológicas e torácicas), com um dos fatores presentes: tromboembolismo prévio, obesidade, varizes, doença maligna, hospitalização prévia, terapia estrogênica, doença cardíaca ou bronquite, utilizando três doses diferentes de heparina de baixo peso molecular (enoxaparina de 60 mg, 40 mg ou 20 mg) uma vez ao dia por 7 dias, comparadas com heparina não fracionada 5.000 U, a cada 8 horas, por 7 dias, sendo ambas iniciadas duas horas antes do procedimento cirúrgico, não apresentam diferença significativa entre os dois grupos de heparina, independente da dose utilizada quanto aos eventos de trombose venosa e de sangramento64(B). Na profilaxia de fenômenos tromboembólicos de pacientes submetidos à colectomia total ou parcial, o uso da heparina não fracionada 5000 UI a cada 8 horas comparado com enoxaparina 40 mg (4000 UI) 55 Diretrizes AMB ao dia, ambas iniciadas 2 horas antes do procedimento cirúrgico e mantidas por 10 dias, não apresentam diferença nas taxas de tromboembolismo venoso nos dois grupos (IC 95%, 0,6 a 3,7%). Não ocorreu óbito por tromboembolismo pulmonar ou complicações de sangramento nos dois grupos de comparação105(A). Na avaliação de pacientes em tratamento preventivo para eventos tromboembólicos póscirurgia colorretal devido a adenocarcinomas, com nadroparina 2.850 UI (0,3ml) comparado com enoxaparina 40 mg, iniciados 2 a 4 horas antes do procedimento cirúrgico e mantidos por 7 a 11 dias, e seguimento por 2 meses, apresentam o mesmo resultado nos dois grupos em relação a fenômenos tromboembólicos59(A). Comparada a eficácia do uso da dalteparina 2.500 UI com 5.000 UI, uma vez ao dia, por 7 dias, na profilaxia de fenômenos tromboembólicos, em pacientes submetidos à cirurgia geral por doenças abdominais malignas (66,4%) ou benignas, há redução do risco de 6,3% (NNT: 16) com o uso da nadroparina 2.500 UI quanto à ocorrência de TVP106(A). 56 Diretrizes AMB Em cirurgias colorretais, extrapolando para outras patologias intestinais além do câncer de intestino e reto (95% de câncer), com duração de mais de 30 minutos, na avaliação de 303 pacientes, houve diferença significativa na redução da incidência de trombose venosa profunda, após tromboprofilaxia com enoxaparina 20 mg SC, 12 horas antes da cirurgia, e depois 40 mg SC por 4 dias (NNT:34)61(A). Pacientes submetidos à cirurgia pancreática foram avaliados quanto à tromboprofilaxia com heparina não fracionada 5.000 UI uma vez ao dia, iniciada antes ou após o procedimento cirúrgico. Os dois grupos comparativos eram estatisticamente equivalentes quanto aos fatores de risco para tromboembolismo venoso (TEV). A porcentagem de TEV reduziu significativamente após iniciado a tromboprofilaxia pré-operatória (17,6% x 2,6%, p=0,035, NNT:7)67(B). Em cirurgia abdominal de grande porte, com duração de mais de 30 minutos, os pacientes submetidos à tromboprofilaxia com heparina de baixo peso molecular, 2.500 UI SC, 2 horas antes da cirurgia e após por 5 a 10 dias, têm o risco de trombose venosa profunda reduzido em 11,7% (NNT: 8), e nos casos de câncer (30% dos casos), 57 Diretrizes AMB apresentam redução no risco de trombose de 19,9% (NNT: 5)65(B). Quando heparina de baixo peso molecular, na dose de 5.000 UI SC, duas vezes ao dia é comparada com 7.500 UI SC uma vez ao dia, não há diferença nos resultados em relação à trombose venosa profunda ou eventos hemorrágicos66(B). Pacientes submetidos à cirurgia eletiva, curativa ou paliativa, para câncer gastrointestinal, urológico ou ginecológico, quando em uso de heparina não fracionada, 5000 UI SC, iniciada 2 horas antes da cirurgia e 3 vezes ao dia por 8 a 12 dias, comparado ao uso de enoxaparina 40 mg SC, uma vez ao dia, iniciada 2 horas antes do procedimento cirúrgico e após 10 dias, não apresentou diferença significativa na redução da incidência de fenômenos tromboembólicos e no aumento do risco de sangramentos nos dois grupos comparativos da tromboprofilaxia82(A). O uso de tromboprofilaxia com dalteparina, 2.500 UI SC ou com nadroparina, 3.075 UI SC, iniciando 2 horas antes da cirurgia, até o décimo dia pós-operatório, em pacientes operados por laparotomia (50% com neoplasia), revela, por meio de flebografia de membros inferiores, trombose 58 Diretrizes AMB venosa profunda em 24,3% dos casos, sendo esse índice menor em 16% (NNT:6) nos pacientes tratados com nadroparina63(A). O tratamento tromboprofilático de pacientes submetidos à cirurgia abdominal (independente de por neoplasias) com enoxaparina (dose variando de 20 mg a 40 mg ao dia) ou dalteparina (dose variando de 2.500 a 5.000 UI 1x/dia), geralmente 2 horas antes da cirurgia, 8 horas após e depois por 10 dias ou após a alta, demonstra, em sua comparação indireta (com heparina não fracionada) resultados semelhantes quanto à eficácia (redução no risco de trombose venosa) ou quanto à segurança (sangramento)53(B). Recomendação Na avaliação da profilaxia para tromboembolismo venoso em pacientes submetidos à cirurgia abdominal por neoplasia, não há diferença entre os diversos esquemas de tratamento com vários tipos de heparina quanto à ocorrência de desfechos tromboembólicos. Apesar disso, a evidência consistente disponível suporta a recomendação da dose de 5.000 UI a cada oito horas para heparina não fracionada; para as heparinas de baixo peso molecular – enoxaparina, dalteparina e nadroparina – as doses são as recomendadas pelos fabricantes. 59 Diretrizes AMB 10. EM QUE MOMENTO DEVE SER INICIADA A PROFILAXIA FARMACOLÓGICA DE TEV? Em revisão de 278 trabalhos, extrapolando para pacientes cirúrgicos de câncer ginecológico, não foi encontrado diferença significativa entre a administração de enoxaparina 12 horas antes do procedimento ou no pós-operatório, quanto à evidência de tromboembolismo venoso ou episódios de sangramentos79,107(B). Pacientes submetidos a cirurgia pancreática foram avaliados quanto à tromboprofilaxia com heparina não fracionada 5.000 UI uma vez ao dia, iniciada antes ou após o procedimento cirúrgico. Os dois grupos comparativos eram estatisticamente equivalentes quanto à idade, índice de massa corpórea, duração do procedimento e fatores de riscos prévios para tromboembolismo venoso (TEV). A porcentagem de TEV reduziu significativamente após iniciado a tromboprofilaxia pré-operatória (17,6% x 2,6%, p=0,035, NNT: 7) e não houve diferença significativa na necessidade transfusional entre os grupos67(B). Foram avaliados cirurgias gerais e pacientes submetidos a do aparelho digestivo, 60 Diretrizes AMB extrapolando para cirurgias traumáticas, com ou sem câncer, quanto a administração de tromboprofilaxia com heparina não fracionada 5.000 UI, 1, 10 e 24 horas antes ou depois do procedimento cirúrgico, e seguidos por 6 meses, sendo que 66,6% destes pacientes iniciaram tromboprofilaxia antes da cirurgia (45 pacientes 0-1 hora antes, 17 pacientes 1-5 horas antes, 5-10 pacientes 10 horas antes e 4 pacientes 10-24h antes). Houve significativo benefício ao uso de heparina no pré-operatório, em comparação com heparina no pós-operatório (Odds ratio (OR): 0,37, p=0,047). Também foi observado que o aumento do tempo (horas) a partir do tempo da terapia com heparina para o tempo da incisão aumenta o risco de tromboembolismo (OR:1,1, p=0,028). Naqueles que receberam heparina dentro de 10 a 24 horas da incisão (antes ou depois) apresentaram um aumento no risco de TEV de 7 vezes, em comparação com aqueles que receberam dentro de 1 hora da incisão (OR: 7,09, P=0,03)108(B). Na profilaxia de fenômenos tromboembólicos de pacientes submetidos à colectomia total ou parcial, o uso da heparina não fracionada 5000 UI a cada 8 horas comparado com enoxaparina 40 mg (4000 UI) ao dia, ambas iniciadas 2 horas antes do procedimento cirúrgico e mantidas por 10 dias, não apresentam diferença nas taxas de tromboembolismo 61 Diretrizes AMB venoso nos dois grupos (IC 95%, 0,6 a 3,7%). Não houve óbito por tromboembolismo pulmonar ou complicações de sangramento nos dois grupos de comparação105(A). Em cirurgias colorretais, extrapolando para outras patologias intestinais além do câncer de intestino e reto (95% de câncer), com duração de mais de 30 minutos, na avaliação de 303 pacientes, houve diferença significativa na redução da incidência de trombose venosa profunda, após tromboprofilaxia com enoxaparina 20mg SC, iniciada 12 horas antes do procedimento cirúrgico, e mantida com 40mg SC até que o paciente inicie a deambulação (em torno de 4 dias) (NNT:34). No entanto, houve aumento das complicações hemorrágicas em 4,9% (NNH:21) em comparação com os pacientes sem profilaxia61(A). Pacientes submetidos à cirurgia de câncer gástrico que receberam heparina de baixo peso molecular, parnaparina 3.200 UI SC, 2 a 6 horas antes da cirurgia e uma vez ao dia até a alta hospitalar, comparado com grupo histórico que receberam meias de compressão de membros inferiores, com seguimento de 6 meses, não apresentam diferença nos episódios de trombose venosa. No entanto, houve aumento nas complicações cirúrgicas em 12% (NNH: 8), com aumento na incidência de 62 Diretrizes AMB sangramento pós-operatório de 7,9% (NNH: 12) e complicações de parede de 3,4% (NNH: 30)56(B). Pacientes submetidos à laparotomia curativa por câncer (cólon descendente, cólon sigmoide, reto, bexiga, próstata, útero, tuba de falópio, ovário, estômago, duodeno, jejuno, cólon ascendente, cólon transverso, fígado, vesícula, duto biliar, pâncreas, rim, ureter, e adrenal), quando recebem compressão pneumática e enoxaparina 20 mg SC, duas vezes ao dia, iniciado 24 a 36 horas após a cirurgia e por 14 dias, comparado ao uso isolado de compressão pneumática, apresentam redução no risco de eventos tromboembólicos venosos de 18,2% (NNT: 6), e não há diferença no risco de eventos de sangramento ou de trombocitopenia58(A). Pacientes operados, com câncer do aparelho digestivo, submetidos à tromboprofilaxia com heparina de baixo peso molecular, seleparina SC, 3.825 UI, iniciada 12 horas após a cirurgia, até o sétimo dia de pós-operatório, apresentam redução de 28% (NNT: 4) no risco de trombose venosa profunda, sem diferença no risco de complicações hemorrágicas, quando comparado a pacientes não submetidos à profilaxia62(B). 63 Diretrizes AMB Pacientes submetidos à cirurgia eletiva, curativa ou paliativa, para câncer gastrointestinal, urológico ou ginecológico, quando em uso de heparina não fracionada, 5000 UI SC, iniciada 2 horas antes da cirurgia e 3 vezes ao dia por 8 a 12 dias, comparado ao uso de enoxaparina 40 mg SC, uma vez ao dia, iniciada 2 horas antes do procedimento cirúrgico e após 10 dias, não apresentou diferença significativa na redução da incidência de fenômenos tromboembólicos e no aumento do risco de sangramentos nos dois grupos comparativos da tromboprofilaxia63(A). Em pacientes operados por doenças abdominais malignas (66,4%) ou benignas, a tromboprofilaxia pré-operatória com a heparina de baixo peso molecular, dalteparina SC, uma vez ao dia, na dose de 5000 UI comparada com 2500 UI, produz uma redução do risco para trombose venosa profunda de 5,3% (NNT:19) e um aumento do risco de sangramento em 2% (NNH:50), no grupo em uso de 5000 UI ao dia106(A). O tratamento tromboprofilático de pacientes submetidos à cirurgia abdominal (independente de por neoplasias) com enoxaparina (dose variando de 20 mg a 40 mg ao dia) ou dalteparina (dose variando de 2.500 a 5.000 UI 1x/dia), geralmente 2 horas antes 64 Diretrizes AMB da cirurgia, 8 horas após e depois por 10 dias ou após a alta, demonstra, em sua comparação indireta, com heparina não fracionada, resultados semelhantes quanto à eficácia (redução no risco de trombose venosa) ou quanto à segurança (sangramento)53(B). Recomendação O início do uso da heparina não fracionada no pré-operatório reduz o risco de evento tromboembólico em comparação ao seu uso exclusivo no pós-operatório. A heparina de baixo peso molecular no pré-operatório pode ser recomendada a partir da extrapolação da comparação com a heparina não fracionada préoperatória. A heparina não fracionada pode ser iniciada de uma a duas horas antes do procedimento cirúrgico. O uso da heparina de baixo peso molecular deverá ser feito preferencialmente 12 horas antes do procedimento; contudo, o início duas horas antes parece ser seguro desde que não interfira com o procedimento anestésico. 11. A RETOMADA DA DEAMBULAÇÃO NO PERÍODO PÓS-OPERATÓRIO PERMITE A SUSPENSÃO DA PROFILAXIA FARMACOLÓGICA DE TEV OU A OBTENÇÃO DE MELHORES RESULTADOS NA PROFILAXIA? 65 Diretrizes AMB Sabe-se que, no tratamento de pacientes com trombose venosa profunda ou embolia pulmonar aguda, sintomáticos, clínicos ou cirúrgicos, e em anticoagulação, a utilização do repouso no leito não reduz a ocorrência de novos eventos trombóticos, quando comparado à deambulação precoce (nas primeiras 24 horas de evento), sobretudo no câncer109(B). Sabe-se, ainda, que a incidência de trombose venosa e embolia pulmonar, em pacientes submetidos à cirurgia ortopédica, pode ser reduzida em 50%, com a mobilização precoce desses pacientes (sentar na cama ou andar por 15 a 30 minutos duas vezes ao dia) no 1º dia de pós-operatório, em comparação ao repouso no leito110(B). Entretanto, não há evidência consistente comparando a deambulação precoce isolada, e a tromboprofilaxia por heparinas, associada ou não à deambulação precoce. A comparação entre a deambulação precoce associada a meias elásticas em pacientes de baixo risco de trombose, e a tromboprofilaxia com dalteparin em pacientes de alto risco de trombose, submetidos à cirurgia laparoscópica (10% neoplasia), demonstra risco de trombose venosa profunda de 0,95% e 0%, respectivamente111(B). 66 Diretrizes AMB Além disso, por exemplo, em pacientes submetidos à cirurgia abdominal para o tratamento do câncer colorretal, o uso frequentemente combinado de enoxaparina, meia de compressão e mobilização precoce, demonstrando baixa incidência de eventos tromboembólicos (0,6%), dificulta estimar o nível de importância do componente mobilização nessa frequência de eventos112(C). Também, em protocolo pós-operatório de pacientes submetidos à ressecção colorretal (incluindo câncer), que além da mobilização precoce, envolve medidas nutricionais, analgésicas, educacionais, e outras, há redução nas complicações pós-operatórias, mas sem ocorrência ou diferença em eventos tromboembólicos, quando comparado com os cuidados pós-operatórios sem deambulação precoce113-115(B). Há evidência de que a hepatectomia, no tratamento de metástases de câncer colorretal ou de carcinoma hepatocelular, associada somente à deambulação precoce e ao uso de meias de compressão gradativa de membros inferiores, tem aumento no risco de trombose venosa profunda (2,1% - NNH: 50) e de embolia pulmonar (4,1% NNH: 25), quando comparado à associação com 67 Diretrizes AMB heparina não fracionada e/ou de baixo peso molecular54(B). Recomendação A deambulação precoce (1º dia do pósoperatório) deve ser estimulada, mas não há como estimar a magnitude de seu benefício na tromboprofilaxia e, muito menos ainda, se permite substituir esta última, mesmo em pacientes de baixo risco de trombose. 12. POR QUANTO TEMPO DEVE SER MANTIDA A PROFILAXIA FARMACOLÓGICA DE TEV NO PÓSOPERATÓRIO DE DOENTE COM CAD? EXISTE BENEFÍCIO NA PROFILAXIA 68 Diretrizes AMB ESTENDIDA SEMANAS)? (ATÉ QUATRO Em cirurgias coloretais, extrapolando para outras doenças intestinais além do câncer de intestino e reto (95% de câncer), com duração de mais de 30 minutos, na avaliação de pacientes, há diferença significativa na redução da incidência de trombose venosa profunda (NNT:34), após tromboprofilaxia com enoxaparina 20mg SC, iniciada 12 horas antes da cirurgia, e mantida com 40 mg SC até o paciente voltar a deambular, o que pode acontecer em torno de 4 dias do pós operatório61(A). Em pacientes portadores de câncer abdominal, submetidos à cirurgia curativa, a tromboprofilaxia realizada com enoxaparina 20mg SC duas vezes ao dia, iniciada 24 a 36 horas após o procedimento cirúrgico até o 14º dia do pós-operatório, comparada com a compressão pneumática intermitente, apresenta redução do risco para tromboembolismo pulmonar de 18,2% (NNT:6) para o grupo medicado com enoxaparina58(A). Na comparação do uso de nadroparina 2.850 UI SC 1vez ao dia, com enoxaparina 4.000 UI SC 1 vez ao dia, iniciado 2 a 4 horas antes da cirurgia de ressecção de adenocarcinoma colorretal, e mantida 69 Diretrizes AMB por 7 a 11 dias, com seguimento de 2 meses, verificase o mesmo resultado com relação a eventos tromboembólicos nas duas formas de 59 tratamento (A). O uso de heparina de baixo peso molecular na dose de 1.750 UI SC, 1 vez ao dia, com início 2 horas antes da cirurgia, e reiniciada 8 horas após a cirurgia, mantida por 5 dias, ou durante o confinamento do paciente ao leito, comparado com a utilização de heparina não fracionada 5.000 UI, 2 vezes ao dia, com regime semelhante ao da heparina não fracionada, na profilaxia de eventos trombóticos venosos em pacientes submetidos à cirurgia geral (40,5% por câncer), demonstra que não há diferença na ocorrência de trombose venosa profunda ou embolia pulmonar pós-operatória83(A). A tromboprofilaxia com heparina de baixo peso molecular fragmina, 2.500 UI SC, 2 horas antes da cirurgia, 12 horas após a primeira injeção e depois 5.000 UI ao dia, por 10 dias, comparado com a heparina não fracionada, 2 horas antes da cirurgia e depois de 8 em 8 horas por 10 dias, não demonstra diferença na incidência de eventos tromboembólicos (2,5%, respectivamente)89(B). 70 Diretrizes AMB Pacientes com CAD operados, submetidos à tromboprofilaxia com heparina de baixo peso molecular, seleparina 3.825 UI SC, 12 horas após a cirurgia, até o 7º dia pós-operatório, levam a redução de 28% (NNT: 4) no risco de trombose venosa profunda, sem diferença no risco de complicações hemorrágicas, quando comparado a pacientes não submetidos a profilaxia62(B). Pacientes submetidos à cirurgia geral, com um dos seguintes fatores presentes: tromboembolismo prévio, obesidade, varizes, doença maligna, hospitalização prévia, terapia estrogênica, doença cardíaca ou bronquite, e submetidos a três doses diferentes de heparina de baixo peso molecular (60 mg, 40 mg ou 20 mg) comparadas com heparina não fracionada 5.000 UI antes da cirurgia e uma vez ao dia, por 7 dias, demonstra que não há diferença entre os eventos de trombose venosa e de sangramento92(B). Em cirurgia abdominal de grande porte, os pacientes submetidos à tromboprofilaxia com heparina de baixo peso molecular 2.500 UI SC, 2 horas antes da cirurgia, e depois por 5 a 10 dias, tem o risco de trombose venosa profunda reduzido em 11,7% (NNT: 8), e nos casos de câncer (30% dos 71 Diretrizes AMB casos), apresentam redução no risco de trombose de 19,9% (NNT: 5)65(B). Na avaliação de pacientes portadores de câncer do trato gastrointestinal, trato geniturinário ou de órgãos reprodutivos femininos, submetidos a cirurgias eletivas e curativas, a tromboprofilaxia com enoxaparina 40mg SC uma vez ao dia, iniciada 10 a 14 dias do pré-operatório e mantida por 6 a 10 dias, ou 19 a 21 dias do pós-operatório, há redução do risco de tromboembolismo venoso em 7,2% (NNT:14, p=0,02) naqueles que realizam a tromboprofilaxia por 4 semanas, em comparação com os que realizam apenas por uma semana após o procedimento cirúrgico116(B). Em pacientes submetidos a cirurgias de grande porte, abdominal ou pélvica, por câncer, a tromboprofilaxia realizada com bemiparina 3.500 UI SC uma vez ao dia, iniciada 6 horas antes da cirurgia, e estendida por 6 a 10 dias, ou por 24 a 32 dias do pósoperatório, a incidência combinada de trombose venosa profunda (com ou sem sintomas), embolia pulmonar e todas as causas de mortalidade, é a mesma entre receber ou não a profilaxia estendida57(A). 72 Diretrizes AMB Pacientes submetidos à cirurgia abdominal, submetidos à tromboprofilaxia com 3.500 UI de heparina de baixo peso molecular, uma vez ao dia, com início no pré-operatório e nos demais 7 dias de pós-operatório, podem ter a profilaxia prolongada por mais 3 semanas. Com a extensão para 4 semanas de profilaxia não há diferença no risco de trombose venosa profunda quando comparado com os pacientes submetidos a apenas 7 dias de profilaxia pós-operatória117(B). Após a alta hospitalar de pacientes submetidos à cirurgia laparoscópica (10% câncer), e em profilaxia com heparina de baixo peso molecular (dose variando entre 2.500 UI e 5.000 UI ao dia), o esquema profilático pode ser prolongado por mais uma semana, não determinando diferença na trombose venosa profunda em comparação com pacientes que recebem profilaxia durante a hospitalização111(B). A tromboprofilaxia após cirurgia abdominal (60% colorretal), com 5.000 UI de heparina de baixo peso molecular, prolongada por 4 semanas, em comparação a uma semana, reduz o risco de trombose venosa profunda em 9,0% (NNT: 11), sem aumento no risco de sangramento118(B). 73 Diretrizes AMB Em pacientes com diagnóstico de câncer de cólon ressecável (adenocarcinoma), podem receber 4.500 UI de heparina de baixo peso molecular SC iniciando 2 dias antes da cirurgia, e se prolongando a 4 semanas de pós-operatório, ou a apenas no período de hospitalização, demonstrando, quanto à incidência de eventos tromboembólicos, resultados semelhantes119(B). Recomendação Deve-se manter a tromboprofilaxia farmacológica em pós-operatório de pacientes com operações para CAD- extrapolando para outros cânceres abdominais - por sete a dez dias de pósoperatório. Embora ainda em estudo, a tendência atual sugere a extensão da tromboprofilaxia por até quatro semanas após o procedimento cirúrgico. 13. HÁ NECESSIDADE DE AJUSTE DE DOSES DAS HEPARINAS NA PROFILAXIA DE TEV DOS DOENTES OBESOS COM CAD? SE SIM, A PARTIR DE QUAL IMC? 74 Diretrizes AMB A orientação da prescrição de heparina, para pacientes com trombose venosa profunda, por exemplo, no pós-operatório de artroplastia, orientada por nomograma baseado em peso corpóreo, atinge os níveis terapêuticos 24 horas antes da prescrição baseada em nomograma 120,121 padrão (B). A tromboprofilaxia, com heparina de baixo peso molecular na dose de 5.000 UI ao dia, em pacientes obesos hospitalizados (clínicos ou cirúrgicos), só reduz o risco de eventos, em comparação a pacientes não tratados, na faixa de IMC entre 30 e 34,9122(B). A tromboprofilaxia em pacientes obesos (IMC = 48,8±8), submetidos à cirurgia bariátrica, com dois tipos de doses de heparina de baixo peso molecular: 5.700 UI ou 9.500 UI, iniciadas no dia anterior à cirurgia, e continuada no pós-operatório até a alta hospitalar, pode demonstrar ausência de diferença na frequência de eventos tromboembólicos no pós-operatório123(B). Entretanto, a comparação entre duas doses de enoxaparina (30 mg ou 40 mg a cada 12 horas), na tromboprofilaxia em pacientes obesos (IMC = 51) submetidos à cirurgia bariátrica, pode demonstrar redução no risco de trombose venosa profunda de 4,8% (NNT: 20) nos pacientes que recebem 40 mg124(B). A orientação pode ter como alvo o IMC, fazendo uso de enoxaparina 40 mg em pacientes com IMC < 50 kg/m2 e de 60 mg em pacientes acima de 50 75 Diretrizes AMB kg/m2, demonstrando resultados semelhantes de segurança e eficácia125(B). Outra variação de regime pode ser utilizada nesses pacientes, com enoxaparina administrada 1 hora antes da incisão, seguida de duas vezes ao dia no pós-operatório, correlacionando a dose com o IMC: <40 mg/kg2 (30 mg), 41 a 49 mg/kg2 (40 mg), 50 a 59 mg/kg2 (50 mg), e >59 mg/kg2 (60 mg), com frequência semelhante de eventos tromboembólicos entre as diversas doses126(B). Apesar da controvérsia, a tromboprofilaxia com enoxaparina pré-operatória (30 mg), ou pós-operatória (40 mg) a cada 12 ou 24 horas, ou após a alta hospitalar (30 mg a cada 24 horas por 10 dias), em pacientes obesos (IMC = 49,6±8.4), submetidos à cirurgia bariátrica, determina redução no risco de eventos tromboembólicos com todas as formas de tratamento, em comparação à ausência de seu uso127(B). A combinação de idade e peso (19% acima do peso para a idade e altura) pode ser preditora da ocorrência de trombose venosa profunda em pacientes de cirurgia eletiva gastrointestinal, definindo o grupo de pacientes de alto risco, os quais sendo medicado, baseado nesse parâmetro, com heparina não fracionada (5.000 UI a cada 12 horas, iniciando 2 horas antes da cirurgia, por 6 dias) tem 76 Diretrizes AMB redução no risco de trombose em 27,5% (NNT: 4)128(B). Em pacientes submetidos à cirurgia geral (90% abdominal sem especificação de câncer), com peso 19% acima da média esperada para a idade e altura, medicados com heparina não fracionada, 5.000 UI a cada 12 horas, iniciando 1 hora antes da cirurgia, ainda há a ocorrência de tromboembolismo em 12% a 16% dos casos. A falha da profilaxia com essas doses de heparina pode ser predita utilizando-se índice que inclui o IMC, idade, cirurgia colorretal e hemoglobina129(B). Em pacientes operados de cirurgia geral (50% abdominal e/ou 25% por câncer) pode-se orientar a dose de tromboprofilaxia com heparina de baixo peso molecular de acordo com o peso, assim: < 50 kg (2.050 UI), 51 a 81 kg (3.075 UI), 81 a 100 kg (4.100 UI), e > 100 kg (6.150 UI), ou em dose padrão de 3.000 UI, iniciando 24 horas antes da cirurgia, e depois uma vez ao dia, até a alta hospitalar. Verifica-se que não há diferença na incidência de eventos tromboembólicos entre as diferentes formas de tromboprofilaxia130(B). Recomendação 77 Diretrizes AMB Apesar de evidência disponível de que a estratificação da dose de heparina, baseada no IMC ou no peso, na tromboprofilaxia de pacientes obesos submetidos à cirurgia bariátrica pode ser eficaz e segura, esta evidência não deve ser extrapolada para pacientes submetidos às operações de câncer do aparelho digestivo; nestes quadros essa estratificação não foi adequadamente estudada. 14. A PROFILAXIA FARMACOLÓGICA AUMENTA O RISCO DE SANGRAMENTO INTRA E PÓSOPERATÓRIO NAS OPERAÇÕES DO PACIENTE COM CAD? No uso de profilaxia pré-operatória de eventos tromboembólicos, em pacientes com câncer submetidos a diversos tipos de procedimentos cirúrgicos (ginecológicos, abdominais, torácico e prostáticos), utilizando-se vários tipos de heparina de baixo peso molecular (enoxaparina, dalteparina, nadroxiparina, fraxiparina, certoparina e outros), ou heparina não fracionada, os resultados da comparação demonstram redução no risco relativo de hematoma de parede em 40% com o uso de heparina de baixo peso molecular, e ausência na diferença de ocorrência de sangramentos, ou de 78 Diretrizes AMB trombocitopenia tratamento79(B). entre as duas formas de Na profilaxia de fenômenos tromboembólicos de pacientes submetidos à colectomia total ou parcial, o uso da heparina não fracionada 5000 UI a cada 8 horas comparado com enoxaparina 40 mg (4000 UI) ao dia, ambas iniciadas 2 horas antes do procedimento cirúrgico e mantidas por 10 dias, não apresentam complicações de sangramentos nos dois grupos de comparação105(A). Na ressecção do adenocarcinoma colorretal, com o uso de nadroparina 2.850 UI ou enoxaparina 40 mg, iniciado 2 a 4 horas antes da cirurgia, uma vez ao dia, por 7 a 11 dias, com seguimento de 2 meses, a nadroparina mostra redução do risco de eventos hemorrágicos em 4,2% (NNT: 24). No entanto, os eventos adversos, incluindo trombocitopenia são semelhantes em ambas as formas de tratamento40(B). O uso de heparina de baixo peso molecular (HBPM) na dose de 2.500 UI, uma vez ao dia, comparado com a heparina não fracionada 5.000 UI, duas vezes ao dia, iniciadas 1 a 4 horas antes do procedimento cirúrgico em pacientes com câncer abdominal, e continuada até 5 dias de pósoperatório, apresenta uma taxa de 6,5% de 79 Diretrizes AMB sangramento no pós-operatório do grupo em uso de HBPM, sendo necessário descontinuar a tromboprofilaxia em 1,4% e 3%, que necessitaram de transfusão de concentrado de hemácias. Não há diferença significativa entre os dois grupos quanto à presença de sangramento maior. Há uma redução do risco (relativo) de 48% (IC: 95% 0,33 a 0,83, p=0,007) no desenvolvimento de hematoma de parede83(A). Na avaliação de pacientes submetidos à cirurgia abdominal, com duração de mais de 30 minutos e pós-operatório esperado maior de 5 dias, como indicação de tratamento do câncer em 63,6%, medicados com heparina de baixo peso molecular duas vezes antes da cirurgia e depois de 12 em 12 horas por 5 a 8 dias, ou 5.000 UI de heparina não fracionada antes da cirurgia e depois de 12 em 12 horas por 5 a 8 dias, não há diferença significativa entre os grupos de comparação quanto à presença de sangramento no intraoperatório, na necessidade de transfusão ou da formação de hematoma de parede88(B). Pacientes submetidos a procedimento cirúrgico de ao menos 30 minutos de duração, sendo em média 50% de pacientes com câncer, recebendo 5.000 UI de heparina não fracionada, 3x ao dia, no dia antes da cirurgia e no dia da cirurgia, ou 2.500 UI ao dia de 80 Diretrizes AMB heparina de baixo peso molecular, não apresentam diferença quanto às complicações hemorrágicas entre as duas formas de profilaxia85(B). Pacientes com CAD ou de pulmão submetidos a procedimento cirúrgico, recebendo 7.500 UI de heparina de baixo peso molecular ou 5.000 UI de heparina não fracionada, 2 horas antes da cirurgia e por 6 dias a cada 12 horas, não mostram diferenças nos episódios pós-operatórios de sangramento86(B). Pacientes com CAD operados, submetidos a tromboprofilaxia com heparina de baixo peso molecular (seleparina SC, 3.825 UI) 12 horas após a cirurgia, até o 7º dia pós-operatório, não produzem diferença no risco de complicações hemorrágicas, quando comparado a pacientes não submetidos a profilaxia62(B). Pacientes operados por doenças de colon (95% por câncer), após serem submetidos à tromboprofilaxia com enoxaparina 20mg SC, 12 horas antes da cirurgia, e depois 40 mg SC por 4 dias, tem aumento de complicações hemorrágicas em 4,9% (NNH: 20), em comparação a pacientes sem profilaxia61(A). 81 Diretrizes AMB Pacientes submetidos à laparotomia curativa por câncer (cólon descendente, cólon sigmoide, reto, bexiga, próstata, utero, tuba de falópio, ovário, estômago, duodeno, jejuno, cólon ascendente, cólon transverso, fígado, vesícula, duto biliar, pâncreas, rim, ureter, e adrenal), quando recebem compressão pneumática e enoxaparina 20mg SC, duas vezes ao dia, iniciado 24–36 horas após a cirurgia e por 14 dias, quando comparado ao uso isolado de compressão pneumática, não apresentam diferença no risco de eventos de sangramento ou de trombocitopenia58(A). Pacientes submetidos à cirurgia por câncer gástrico (gastrectomia distal ou total com dissecção de linfonodos regionais), recebendo heparina de baixo peso molecular (parnaparina 3.200 UI SC, 2 a 6 horas antes da cirurgia e uma vez ao dia até a alta hospitalar), comparado com grupo histórico recebendo meias de compressão de membros inferiores, com seguimento de 6 meses, têm aumento nas complicações cirúrgicas em 12% (NNH: 8), com aumento na incidência de sangramento pósoperatório de 7,9% (NNH: 12) e complicações de parede de 3,4% (NNH: 30)56(B). A ressecção de quatro ou mais segmentos hepáticos no tratamento de metástases de câncer 82 Diretrizes AMB colorretal ou de carcinoma hepatocelular pode ser acompanhada de deambulação precoce e meias de compressão gradativa de membros inferiores, mas também de tromboprofilaxia medicamentosa, procurando reduzir o número de eventos tromboembólicos no pós-operatório. Em pacientes recebendo profilaxia perioperatória (com heparina não fracionada e/ou de baixo peso molecular), a presença de perda sanguínea no intraoperatório é menor no grupo submetido ao tratamento profilático, apesar de não haver diferença nas transfusões, quando comparado com pacientes que não recebem profilaxia. Semelhantemente, não há diferença na mortalidade ou na morbidade pósoperatórias quando se compara com ou sem profilaxia54(B). O uso de tromboprofilaxia (nadroparina 0,3 mL ou enoxaparina 0,4 mL subcutânea, iniciando no dia da cirurgia até 7 dias de pós-operatório ou na alta) em pacientes com cirrose e hepatocarcinoma, submetidos à ressecção cirúrgica, não aumenta o risco de eventos tromboembólicos ou de eventos hemorrágicos, quando comparado com pacientes sem tromboprofilaxia55(B). Uma dose padrão de profilaxia pré-operatória (5.000 unidades de heparina subcutânea, 3 vezes ao dia), pode ser utilizada em pacientes submetidos à pancreatectomia, por diagnóstico de 83 Diretrizes AMB adenocarcinoma (50%), neoplasia endócrina pancreática (6%) ou neoplasia indeterminada (38%). Não há diferença entre os pacientes que recebem ou não profilaxia, quanto à necessidade de transfusão sanguínea, sangramento ou reoperação por sangramento67(B). A profilaxia por meio de 5.000 unidades subcutâneas de heparina, duas vezes ao dia, 24 horas após o procedimento cirúrgico, tendo como indicação principal o câncer colorretal (25%), e outras indicações, como doença de Crohn, colite ulcerativa, diverticulite, obstrução de intestino delgado, ou tumor apendicular, pode aumentar a incidência de infecção no sítio cirúrgico em 14% (NNH: 7), sem a presença de hematoma ou sangramento de parede abdominal, apesar desses pacientes terem IMC superior aos não submetidos à profilaxia. Pode ainda aumentar os tempos de cirurgia e hospitalização68(B). Recomendação Não há também diferença na ocorrência de sangramento e no aumento do risco de sangramento no intra ou no pós-operatório quanto ao uso de heparina de baixo peso molecular ou heparina não fracionada na maior parte das evidências extrapoladas de pacientes submetidos à cirurgia geral ou abdominal por neoplasia maligna. Apesar 84 Diretrizes AMB disso, a utilização de No entanto tromboprofilaxia quando comparada com não usar heparina no perioperatório, pode aumentar os eventos hemorrágicos pós-operatórios. 15. EXISTEM CONDIÇÕES CLÍNICAS QUE CONTRAINDIQUEM O USO DE HEPARINAS NA PROFILAXIA DE TEV EM OPERAÇÕES DO CAD? Os fatores de risco que contraindicam a farmacoprofilaxia do tromboembolismo venoso em pacientes que serão submetidos a procedimento cirúrgico devido a câncer de pâncreas são: história de sangramento em atividade, história pregressa de trombocitopenia induzida pelo uso de heparina, plaquetopenia (menor que 100.000/mm3), pacientes em uso de anticoagulante oral ou antiagregantes plaquetários, e clearence de creatinina 67 diminuído (B). Na avaliação de pacientes maiores de 40 anos com patologias que requerem cirurgia abdominal geral com mais de 30 minutos de duração, os critérios de exclusão ou de contraindicação para realização de tromboprofilaxia são: hipersensibilidade à heparina, endocardite séptica, acidente vascular cerebral, 85 Diretrizes AMB diátese hemorrágica, tratamento com anticoagulante ou dextran nos últimos 14 dias, disfunção renal (creatinina > 200mol/L) e gestação63(A)52,65(B). Na comparação do uso de enoxaparina 40mg (dois laboratórios diferentes), iniciada no préoperatório ou 6 horas após o procedimento cirúrgico abdominal, os critérios de exclusão para os dois grupos foram: gestação, sangramento ativo clinicamente significativo, sangramento gastrointestinal recente, desordens de sangramento congênitas documentadas, trombocitopenia (plaquetas < 100.000/mm³), disfunção renal ou hepática, hipertensão não controlada, endocardite bacteriana aguda, história de acidente vascular cerebral hemorrágico, cirurgia oftalmológica, cerebral ou espinhal recente (menos de 2 meses da randomização), hipersensibilidade à heparina fracionada ou à heparina de baixo peso molecular conhecida131(B). A tromboprofilaxia de pacientes submetidos à cirurgia colorretal não é realizada em pacientes com infecções pré-existentes, coagulopatias documentadas ou presença de fístula ou anastomose enterocutânea61(A)68(B). 86 Diretrizes AMB Em pacientes não cirúrgicos, com idade superior a 70 anos e câncer, não foram incluídos na realização da tromboprofilaxia com heparina não fracionada comparada à heparina de baixo peso molecular os pacientes com imobilização por mais do que três dias antes, imobilização por fratura, pacientes com sepse grave ou necessidade de ventilação mecânica, realização de HBPM ou HNF por mais de 48 horas durante os primeiros cinco dias antes, indicação para anticoagulação ou trombólise, expectativa de vida menor do que seis meses ou doença aguda com mortalidade elevada (> 30%), TVP aguda sintomática ou tromboembolismo pulmonar, quadro agudo ou história de trombocitopenia induzida pela heparina tipo II (HIT-II), acidente vascular cerebral não hemorrágico em menos de 3 meses, acidente vascular cerebral hemorrágico ou hemorragia intracraniana em menos de 12 meses, alto risco de sangramento gastrointestinal, anestesia raquidiana ou peridural, punção lombar nas últimos 12 horas, hipertensão não controlada, doença hepática grave ou doença renal, endocardite aguda, retinopatia ativa, intraocular intravítrea ou outro sangramento62(B). Na avaliação da tromboprofilaxia com heparina de baixo peso molecular de pacientes com idade superior a 40 anos, que serão submetidos à cirurgia abdominal eletiva por câncer gastrointestinal, foram 87 Diretrizes AMB excluídos aqueles com disfunção renal ou hepática graves, icterícia, anormalidades da hemostasia, úlcera péptica em atividade e acidente vascular cerebral prévio81(B). Na avaliação da eficácia e da segurança da tromboprofilaxia com enoxaparina, comparado com heparina de baixo peso molecular, em pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos gastrointestinal, urológico ou ginecológico devido a neoplasias, foram excluídos os pacientes com insuficiência renal e hepática, hipersensibilidade a contraste, à heparina não fracionada ou à heparina de baixo peso molecular, trombose cerebrovascular recente, hemorragia, neurocirurgias ou metástases cerebrais recentes, desordens de sangramentos, endocardite, úlcera péptica em atividade, hipertensão arterial não tratada, trombose venosa profunda e/ou tromboembolismo pulmonar nos últimos três meses, gestação ou amamentação82(B). Na comparação da heparina de baixo peso molecular, dalteparina, nas doses de 2500 UI ou 5000 UI, SC, uma vez ao dia, no pós-operatório de pacientes com câncer e cirurgia abdominal são critérios de exclusão: hipersensibilidade ao iodo ou à heparina, nível de creatinina sérica acima de 200mol/L, endocardite séptica, acidente vascular 88 Diretrizes AMB cerebral hemorrágico, gestação88,91(B)106(A). diátese hemorrágica 89 e Recomendação As contraindicações de tromboprofilaxia em pacientes que realizarão cirurgias do aparelho digestivo - extrapolando para idosos com câncer sem necessidade cirúrgica - podem ser principalmente: hipersensibilidade à heparina, endocardite séptica, acidente vascular cerebral hemorrágico, diátese hemorrágica documentada, tratamento com anticoagulante ou antiagregante plaquetário e disfunção renal ou hepática. CONFLITO DE INTERESSE Montagnini AL: Ministrou palestra de Educação Médica Coninuada patrocinada pela empresa SanofiAventis. Sad EF: Recebeu honorários para apresentação e palestras patrocinadas pela empresa Sanofi; recebeu honorários por consultoria patrocinado pela empresa Sanofi. Diretrizes AMB ANEXO 1 - ESTRATÉGIAS DE BUSCA Questão 1 e 2 ESTRATÉGIA: ((((Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis OR Postoperative complications OR Perioperative Period OR Intraoperative Period OR Postoperative Period OR Preoperative Period) AND (Risk))) AND (((Esophageal Neoplasms OR Stomach Neoplasms OR Liver Neoplasms OR Pancreatic Neoplasms OR Colonic Neoplasms OR Rectal Neoplasms OR digestive system neoplasms) OR ((neoplasm* OR cancer) AND (Esophageal OR Stomach OR Liver OR Pancreatic OR Colonic OR Rectal OR digestive system))))) AND (Therapy/broad[filter] OR Etiology/broad[filter] OR Prognosis/broad[filter] OR Comparative study OR Comparative studies) Recuperados = 6241 1a Seleção = 61 Incluídos = 17 Questão 3 ESTRATÉGIA 1: (Laparoscopy* OR Surgical Procedures, Minimally Invasive) AND (Esophageal Neoplasms OR Stomach Neoplasms OR Liver 90 Diretrizes AMB Neoplasms OR Pancreatic Neoplasms OR Colonic Neoplasms OR Rectal Neoplasms OR digestive system neoplasms OR ((neoplasm* OR cancer) AND (Esophagus OR Stomach OR Liver OR Pancreas OR Colon OR Rectum OR digestive system)) AND (Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis OR Postoperative complications) AND (Therapy/broad[filter] OR Etiology/broad[filter] OR Prognosis/broad[filter] OR Comparative study OR Comparative studies OR Prognosis OR Risk OR Risk Factors OR Risk Assessment) ESTRATÉGIA 2: (Laparoscopy* OR Surgical Procedures, Minimally Invasive) AND (Esophageal Neoplasms OR Stomach Neoplasms OR Liver Neoplasms OR Pancreatic Neoplasms OR Colonic Neoplasms OR Rectal Neoplasms OR digestive system neoplasms OR ((neoplasm* OR cancer) AND (Esophagus OR Stomach OR Liver OR Pancreas OR Colon OR Rectum OR digestive system)) AND (Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis) AND (Prognosis OR Risk OR Risk Factors OR Risk Assessment) Recuperados = 23.012 1a Seleção = 55 Incluídos = 16 91 Diretrizes AMB Questão 4 ESTRATÉGIA 1: ((Esophageal Neoplasms OR Stomach Neoplasms OR Liver Neoplasms OR Pancreatic Neoplasms OR Colonic Neoplasms OR Rectal Neoplasms OR digestive system neoplasms) OR (Laparoscopy* OR Abdominal Surgery OR Hepatectomy* OR Esophagectomy* OR Gastrectomy* OR Colorectal Surgery OR Colectomy OR Digestive System Surgical Procedures OR Laparotomy OR Pancreatectomy)) AND (Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis) AND (Prognosis OR Risk OR Risk Factors OR Risk Assessment OR Instrumentation OR scores OR diagnosis) ESTRATÉGIA 2: ((((((((Esophageal Neoplasms OR Stomach Neoplasms OR Liver Neoplasms OR Pancreatic Neoplasms OR Colonic Neoplasms OR Rectal Neoplasms OR digestive system neoplasms) AND (Surgery OR Operative Surgical Procedures)) OR ((Laparoscopy* OR Abdominal Surgery OR Hepatectomy* OR Esophagectomy* OR Gastrectomy* OR Colorectal Surgery OR Colectomy OR Digestive System Surgical Procedures OR Laparotomy OR Pancreatectomy) AND (Cancer OR Neoplasm*))) AND (Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* 92 Diretrizes AMB OR Venous Thrombosis))) AND (Risk Assessment OR Instrument* OR tool OR score*))) OR (((Cancer AND (Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis))) AND (Risk Assessment OR Instrument* OR tool OR score*))) OR ((((Esophageal Neoplasms OR Stomach Neoplasms OR Liver Neoplasms OR Pancreatic Neoplasms OR Colonic Neoplasms OR Rectal Neoplasms OR digestive system neoplasms) AND (Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis))) AND (Risk Assessment OR Instrument* OR tool OR score*)) = 1460 Recuperados = 9.982 1a Seleção = 117 Incluídos = 21 Questão 5 ESTRATÉGIA 1: (Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis OR Postoperative complications OR Perioperative Period OR Postoperative Period) AND (Heparin OR Unfractionated heparin OR Liquaemin OR Heparin Sodium OR Heparin, Low-Molecular-Weight OR LMWH OR Dalteparin OR Enoxaparin OR Nadroparin OR Low Molecular Weight Heparin) AND ((Esophageal Neoplasms OR Stomach Neoplasms OR Liver Neoplasms OR Pancreatic 93 Diretrizes AMB Neoplasms OR Colonic Neoplasms OR Rectal Neoplasms OR digestive system neoplasms) OR ((neoplasm* OR cancer) AND (Esophageal OR Stomach OR Liver OR Pancreatic OR Colonic OR Rectal OR digestive system))) ESTRATÉGIA 2: (((((Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis OR Postoperative complications OR Perioperative Period OR Postoperative Period) AND (Heparin OR Unfractionated heparin OR Liquaemin OR Heparin Sodium OR Heparin, Low-Molecular-Weight OR LMWH OR Dalteparin OR Enoxaparin OR Nadroparin OR Low Molecular Weight Heparin))) AND (Laparoscopy* OR Abdominal Surgery OR Hepatectomy* OR Esophagectomy* OR Gastrectomy* OR Colorectal Surgery OR Colectomy OR Digestive System Surgical Procedures OR Laparotomy OR Pancreatectomy))) NOT ((((Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis OR Postoperative complications OR Perioperative Period OR Postoperative Period) AND (Heparin OR Unfractionated heparin OR Liquaemin OR Heparin Sodium OR Heparin, Low-Molecular-Weight OR LMWH OR Dalteparin OR Enoxaparin OR Nadroparin OR Low Molecular Weight Heparin) AND ((Esophageal Neoplasms OR Stomach 94 Diretrizes AMB Neoplasms OR Liver Neoplasms OR Pancreatic Neoplasms OR Colonic Neoplasms OR Rectal Neoplasms OR digestive system neoplasms) OR ((neoplasm* OR cancer) AND (Esophageal OR Stomach OR Liver OR Pancreatic OR Colonic OR Rectal OR digestive system))))) AND ((((Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis OR Postoperative complications OR Perioperative Period OR Postoperative Period) AND (Heparin OR Unfractionated heparin OR Liquaemin OR Heparin Sodium OR Heparin, Low-Molecular-Weight OR LMWH OR Dalteparin OR Enoxaparin OR Nadroparin OR Low Molecular Weight Heparin))) AND (Laparoscopy* OR Abdominal Surgery OR Hepatectomy* OR Esophagectomy* OR Gastrectomy* OR Colorectal Surgery OR Colectomy OR Digestive System Surgical Procedures OR Laparotomy OR Pancreatectomy))) AND (Therapy/broad OR Comparative study OR Comparative studies OR Random*) ESTRATÉGIA 3: ((((Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis)) AND (Heparin OR Unfractionated heparin OR Liquaemin OR Heparin Sodium OR Heparin, Low-Molecular-Weight OR LMWH OR Dalteparin OR Enoxaparin OR 95 Diretrizes AMB Nadroparin OR Low Molecular Weight Heparin)) AND (Therapy/broad OR Prognosis/broad [filter] OR Comparative study OR Comparative studies OR Random* OR Epidemiologic Methods)) AND (Cancer OR Neoplasm* OR Surgery OR Operative Surgical Procedures) Recuperados = 5.806 1a Seleção = 142 Incluídos = 16 Questão 6 ESTRATÉGIA 1: (Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis OR Postoperative complications OR Perioperative Period OR Postoperative Period) AND (Heparin OR Unfractionated heparin OR Liquaemin OR Heparin Sodium OR Heparin, Low-Molecular-Weight OR LMWH OR Dalteparin OR Enoxaparin OR Nadroparin OR Low Molecular Weight Heparin) AND ((Esophageal Neoplasms OR Stomach Neoplasms OR Liver Neoplasms OR Pancreatic Neoplasms OR Colonic Neoplasms OR Rectal Neoplasms OR digestive system neoplasms) OR ((neoplasm* OR cancer) AND (Esophageal OR Stomach OR Liver OR Pancreatic OR Colonic OR Rectal OR digestive system))) 96 Diretrizes AMB ESTRATÉGIA 2: (((((Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis OR Postoperative complications OR Perioperative Period OR Postoperative Period) AND (Heparin OR Unfractionated heparin OR Liquaemin OR Heparin Sodium OR Heparin, Low-Molecular-Weight OR LMWH OR Dalteparin OR Enoxaparin OR Nadroparin OR Low Molecular Weight Heparin))) AND (Laparoscopy* OR Abdominal Surgery OR Hepatectomy* OR Esophagectomy* OR Gastrectomy* OR Colorectal Surgery OR Colectomy OR Digestive System Surgical Procedures OR Laparotomy OR Pancreatectomy))) NOT ((((Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis OR Postoperative complications OR Perioperative Period OR Postoperative Period) AND (Heparin OR Unfractionated heparin OR Liquaemin OR Heparin Sodium OR Heparin, Low-Molecular-Weight OR LMWH OR Dalteparin OR Enoxaparin OR Nadroparin OR Low Molecular Weight Heparin) AND ((Esophageal Neoplasms OR Stomach Neoplasms OR Liver Neoplasms OR Pancreatic Neoplasms OR Colonic Neoplasms OR Rectal Neoplasms OR digestive system neoplasms) OR ((neoplasm* OR cancer) AND (Esophageal OR Stomach OR Liver OR Pancreatic OR Colonic OR 97 Diretrizes AMB Rectal OR digestive system))))) AND ((((Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis OR Postoperative complications OR Perioperative Period OR Postoperative Period) AND (Heparin OR Unfractionated heparin OR Liquaemin OR Heparin Sodium OR Heparin, Low-Molecular-Weight OR LMWH OR Dalteparin OR Enoxaparin OR Nadroparin OR Low Molecular Weight Heparin))) AND (Laparoscopy* OR Abdominal Surgery OR Hepatectomy* OR Esophagectomy* OR Gastrectomy* OR Colorectal Surgery OR Colectomy OR Digestive System Surgical Procedures OR Laparotomy OR Pancreatectomy))) AND (Therapy/broad OR Comparative study OR Comparative studies OR Random*) ESTRATÉGIA 3: ((((Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis)) AND (Heparin OR Unfractionated heparin OR Liquaemin OR Heparin Sodium OR Heparin, Low-Molecular-Weight OR LMWH OR Dalteparin OR Enoxaparin OR Nadroparin OR Low Molecular Weight Heparin)) AND (Therapy/broad OR Prognosis/broad [filter] OR Comparative study OR Comparative studies OR Random* OR Epidemiologic Methods)) AND 98 Diretrizes AMB (Cancer OR Neoplasm* OR Surgery OR Operative Surgical Procedures) Recuperados = 5.806 1a Seleção = 142 Incluídos = 12 Questão 7 ESTRATÉGIA 1: (Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis OR Postoperativ e complications OR Perioperative Period OR Postoperative Period) AND (Heparin OR Unfractionated heparin OR Liquaemin OR Heparin Sodium OR Heparin, Low-Molecular-Weight OR LMWH OR Dalteparin OR Enoxaparin OR Nadroparin OR Low Molecular Weight Heparin) AND ((Esophageal Neoplasms OR Stomach Neoplasms OR Liver Neoplasms OR Pancreatic Neoplasms OR Colonic Neoplasms OR Rectal Neoplasms OR digestive system neoplasms) OR ((neoplasm* OR cancer) AND (Esophageal OR Stomach OR Liver OR Pancreatic OR Colonic OR Rectal OR digestive system))) ESTRATÉGIA 2: (((((Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis OR Postoperative complications OR Perioperative Period OR 99 Diretrizes AMB Postoperative Period) AND (Heparin OR Unfractionated heparin OR Liquaemin OR Heparin Sodium OR Heparin, Low-Molecular-Weight OR LMWH OR Dalteparin OR Enoxaparin OR Nadroparin OR Low Molecular Weight Heparin))) AND (Laparoscopy* OR Abdominal Surgery OR Hepatectomy* OR Esophagectomy* OR Gastrectomy* OR Colorectal Surgery OR Colectomy OR Digestive System Surgical Procedures OR Laparotomy OR Pancreatectomy))) NOT ((((Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis OR Postoperative complications OR Perioperative Period OR Postoperative Period) AND (Heparin OR Unfractionated heparin OR Liquaemin OR Heparin Sodium OR Heparin, Low-Molecular-Weight OR LMWH OR Dalteparin OR Enoxaparin OR Nadroparin OR Low Molecular Weight Heparin) AND ((Esophageal Neoplasms OR Stomach Neoplasms OR Liver Neoplasms OR Pancreatic Neoplasms OR Colonic Neoplasms OR Rectal Neoplasms OR digestive system neoplasms) OR ((neoplasm* OR cancer) AND (Esophageal OR Stomach OR Liver OR Pancreatic OR Colonic OR Rectal OR digestive system))))) AND ((((Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis OR Postoperative complications OR Perioperative 100 Diretrizes AMB Period OR Postoperative Period) AND (Heparin OR Unfractionated heparin OR Liquaemin OR Heparin Sodium OR Heparin, Low-Molecular-Weight OR LMWH OR Dalteparin OR Enoxaparin OR Nadroparin OR Low Molecular Weight Heparin))) AND (Laparoscopy* OR Abdominal Surgery OR Hepatectomy* OR Esophagectomy* OR Gastrectomy* OR Colorectal Surgery OR Colectomy OR Digestive System Surgical Procedures OR Laparotomy OR Pancreatectomy))) AND (Therapy/broad OR Comparative study OR Comparative studies OR Random*) ESTRATÉGIA 3: ((((Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis)) AND (Heparin OR Unfractionated heparin OR Liquaemin OR Heparin Sodium OR Heparin, Low-Molecular-Weight OR LMWH OR Dalteparin OR Enoxaparin OR Nadroparin OR Low Molecular Weight Heparin)) AND (Therapy/broad OR Prognosis/broad [filter] OR Comparative study OR Comparative studies OR Random* OR Epidemiologic Methods)) AND (Cancer OR Neoplasm* OR Surgery OR Operative Surgical Procedures) Recuperados = 5.806 1a Seleção = 142 Incluídos = 17 Questão 8 101 Diretrizes AMB ESTRATÉGIA 1: (Pneumatic Intermittent Impulse Device OR Compression Devices, Intermittent Pneumatic OR Pneumatic Compression Stockings OR Pneumatic Compression Hose OR Stockings, Compression OR Intermittent Pneumatic Compression Devices) AND (((Cancer OR Neoplasm* OR Surgery OR Operative Surgical Procedures)) OR ((Laparoscopy* OR Abdominal Surgery OR Hepatectomy* OR Esophagectomy* OR Gastrectomy* OR Colorectal Surgery OR Colectomy OR Digestive System Surgical Procedures OR Laparotomy OR Pancreatectomy)) OR (((Esophageal Neoplasms OR Stomach Neoplasms OR Liver Neoplasms OR Pancreatic Neoplasms OR Colonic Neoplasms OR Rectal Neoplasms OR digestive system neoplasms) OR ((neoplasm* OR cancer) AND (Esophageal OR Stomach OR Liver OR Pancreatic OR Colonic OR Rectal OR digestive system))))) ESTRATÉGIA 2: ((Laparoscopy* OR Abdominal Surgery OR Hepatectomy* OR Esophagectomy* OR Gastrectomy* OR Colorectal Surgery OR Colectomy OR Digestive System Surgical Procedures OR Laparotomy OR Pancreatectomy OR Esophageal Neoplasms OR Stomach Neoplasms OR Liver Neoplasms OR Pancreatic Neoplasms OR Colonic Neoplasms OR Rectal Neoplasms OR digestive system neoplasms) OR ((neoplasm* OR cancer) AND 102 Diretrizes AMB (Esophagus OR Stomach OR Liver OR Pancreas OR Colon OR Rectum OR digestive system))) AND (Pneumatic Intermittent Impulse Device OR Compression Devices, Intermittent Pneumatic OR Pneumatic Compression Stockings OR Pneumatic Compression Hose OR Stockings, Compression OR Intermittent Pneumatic Compression Devices OR Mechanic* OR Physical Therapy Modalities OR Exercise) AND (Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis OR Postoperative complications OR Perioperative Period OR Postoperative Period OR Preoperative Period OR Postoperative Care) AND (Therapy/broad [filter] OR Prognosis/broad [filter] OR Random* OR Comparative study OR Comparative studies) ESTRATÉGIA 3: ((Laparoscopy* OR Abdominal Surgery OR Hepatectomy* OR Esophagectomy* OR Gastrectomy* OR Colorectal Surgery OR Colectomy OR Digestive System Surgical Procedures OR Laparotomy OR Pancreatectomy OR Esophageal Neoplasms OR Stomach Neoplasms OR Liver Neoplasms OR Pancreatic Neoplasms OR Colonic Neoplasms OR Rectal Neoplasms OR digestive system neoplasms) OR ((neoplasm* OR cancer) AND (Esophagus OR Stomach OR Liver OR Pancreas OR Colon OR Rectum OR digestive system))) AND 103 Diretrizes AMB (Pneumatic Intermittent Impulse Device OR Compression Devices, Intermittent Pneumatic OR Pneumatic Compression Stockings OR Pneumatic Compression Hose OR Stockings, Compression OR Intermittent Pneumatic Compression Devices OR Mechanic* OR Physical Therapy Modalities OR Exercise) AND (Heparin OR Unfractionated heparin OR Liquaemin OR Heparin Sodium OR Heparin, Low-Molecular-Weight OR LMWH OR Dalteparin OR Enoxaparin OR Nadroparin OR Low Molecular Weight Heparin) AND (Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis OR Postoperative complications OR Perioperative Period OR Postoperative Period OR Preoperative Period OR Postoperative Care) AND (Therapy/broad [filter] OR Prognosis/broad [filter] OR Random* OR Comparative study OR Comparative studies) Recuperados = 3.377 1a Seleção = 52 Incluídos = 12 Questão 9 ESTRATÉGIA 1: (Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis OR Postoperative complications OR Perioperative Period OR Postoperative Period) AND (Heparin OR Unfractionated heparin OR Liquaemin OR Heparin 104 Diretrizes AMB Sodium OR Heparin, Low-Molecular-Weight OR LMWH OR Dalteparin OR Enoxaparin OR Nadroparin OR Low Molecular Weight Heparin) AND ((Esophageal Neoplasms OR Stomach Neoplasms OR Liver Neoplasms OR Pancreatic Neoplasms OR Colonic Neoplasms OR Rectal Neoplasms OR digestive system neoplasms) OR ((neoplasm* OR cancer) AND (Esophageal OR Stomach OR Liver OR Pancreatic OR Colonic OR Rectal OR digestive system))) ESTRATÉGIA 2: (((((Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis OR Postoperative complications OR Perioperative Period OR Postoperative Period) AND (Heparin OR Unfractionated heparin OR Liquaemin OR Heparin Sodium OR Heparin, Low-Molecular-Weight OR LMWH OR Dalteparin OR Enoxaparin OR Nadroparin OR Low Molecular Weight Heparin))) AND (Laparoscopy* OR Abdominal Surgery OR Hepatectomy* OR Esophagectomy* OR Gastrectomy* OR Colorectal Surgery OR Colectomy OR Digestive System Surgical Procedures OR Laparotomy OR Pancreatectomy))) NOT ((((Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis OR Postoperative complications OR Perioperative 105 Diretrizes AMB Period OR Postoperative Period) AND (Heparin OR Unfractionated heparin OR Liquaemin OR Heparin Sodium OR Heparin, Low-Molecular-Weight OR LMWH OR Dalteparin OR Enoxaparin OR Nadroparin OR Low Molecular Weight Heparin) AND ((Esophageal Neoplasms OR Stomach Neoplasms OR Liver Neoplasms OR Pancreatic Neoplasms OR Colonic Neoplasms OR Rectal Neoplasms OR digestive system neoplasms) OR ((neoplasm* OR cancer) AND (Esophageal OR Stomach OR Liver OR Pancreatic OR Colonic OR Rectal OR digestive system))))) AND ((((Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis OR Postoperative complications OR Perioperative Period OR Postoperative Period) AND (Heparin OR Unfractionated heparin OR Liquaemin OR Heparin Sodium OR Heparin, Low-Molecular-Weight OR LMWH OR Dalteparin OR Enoxaparin OR Nadroparin OR Low Molecular Weight Heparin))) AND (Laparoscopy* OR Abdominal Surgery OR Hepatectomy* OR Esophagectomy* OR Gastrectomy* OR Colorectal Surgery OR Colectomy OR Digestive System Surgical Procedures OR Laparotomy OR Pancreatectomy))) AND (Therapy/broad OR Comparative study OR Comparative studies OR Random*) 106 Diretrizes AMB ESTRATÉGIA 3: ((((Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis)) AND (Heparin OR Unfractionated heparin OR Liquaemin OR Heparin Sodium OR Heparin, Low-Molecular-Weight OR LMWH OR Dalteparin OR Enoxaparin OR Nadroparin OR Low Molecular Weight Heparin)) AND (Therapy/broad OR Prognosis/broad [filter] OR Comparative study OR Comparative studies OR Random* OR Epidemiologic Methods)) AND (Cancer OR Neoplasm* OR Surgery OR Operative Surgical Procedures) Recuperados = 5.806 1a Seleção = 142 Incluídos = 12 Questão 10 ESTRATÉGIA 1: (Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis OR Postoperative complications OR Perioperative Period OR Postoperative Period) AND (Heparin OR Unfractionated heparin OR Liquaemin OR Heparin Sodium OR Heparin, Low-Molecular-Weight OR LMWH OR Dalteparin OR Enoxaparin OR Nadroparin OR Low Molecular Weight Heparin) AND ((Esophageal Neoplasms OR Stomach Neoplasms OR Liver Neoplasms OR Pancreatic Neoplasms OR Colonic Neoplasms OR Rectal 107 Diretrizes AMB Neoplasms OR digestive system neoplasms) OR ((neoplasm* OR cancer) AND (Esophageal OR Stomach OR Liver OR Pancreatic OR Colonic OR Rectal OR digestive system))) ESTRATÉGIA 2: (((((Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis OR Postoperative complications OR Perioperative Period OR Postoperative Period) AND (Heparin OR Unfractionated heparin OR Liquaemin OR Heparin Sodium OR Heparin, Low-Molecular-Weight OR LMWH OR Dalteparin OR Enoxaparin OR Nadroparin OR Low Molecular Weight Heparin))) AND (Laparoscopy* OR Abdominal Surgery OR Hepatectomy* OR Esophagectomy* OR Gastrectomy* OR Colorectal Surgery OR Colectomy OR Digestive System Surgical Procedures OR Laparotomy OR Pancreatectomy))) NOT ((((Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis OR Postoperative complications OR Perioperative Period OR Postoperative Period) AND (Heparin OR Unfractionated heparin OR Liquaemin OR Heparin Sodium OR Heparin, Low-Molecular-Weight OR LMWH OR Dalteparin OR Enoxaparin OR Nadroparin OR Low Molecular Weight Heparin) AND ((Esophageal Neoplasms OR Stomach 108 Diretrizes AMB Neoplasms OR Liver Neoplasms OR Pancreatic Neoplasms OR Colonic Neoplasms OR Rectal Neoplasms OR digestive system neoplasms) OR ((neoplasm* OR cancer) AND (Esophageal OR Stomach OR Liver OR Pancreatic OR Colonic OR Rectal OR digestive system))))) AND ((((Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis OR Postoperative complications OR Perioperative Period OR Postoperative Period) AND (Heparin OR Unfractionated heparin OR Liquaemin OR Heparin Sodium OR Heparin, Low-Molecular-Weight OR LMWH OR Dalteparin OR Enoxaparin OR Nadroparin OR Low Molecular Weight Heparin))) AND (Laparoscopy* OR Abdominal Surgery OR Hepatectomy* OR Esophagectomy* OR Gastrectomy* OR Colorectal Surgery OR Colectomy OR Digestive System Surgical Procedures OR Laparotomy OR Pancreatectomy))) AND (Therapy/broad OR Comparative study OR Comparative studies OR Random*) ESTRATÉGIA 3: ((((Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis)) AND (Heparin OR Unfractionated heparin OR Liquaemin OR Heparin Sodium OR Heparin, Low-Molecular-Weight OR LMWH OR Dalteparin OR Enoxaparin OR 109 Diretrizes AMB Nadroparin OR Low Molecular Weight Heparin)) AND (Therapy/broad OR Prognosis/broad [filter] OR Comparative study OR Comparative studies OR Random* OR Epidemiologic Methods)) AND (Cancer OR Neoplasm* OR Surgery OR Operative Surgical Procedures) Recuperados = 5.806 1a Seleção = 142 Incluídos = 12 Questão 11 ESTRATÉGIA 1: ((Laparoscopy* OR Abdominal Surgery OR Hepatectomy* OR Esophagectomy* OR Gastrectomy* OR Colorectal Surgery OR Colectomy OR Digestive System Surgical Procedures OR Laparotomy OR Pancreatectomy OR Esophageal Neoplasms OR Stomach Neoplasms OR Liver Neoplasms OR Pancreatic Neoplasms OR Colonic Neoplasms OR Rectal Neoplasms OR digestive system neoplasms OR ((neoplasm* OR cancer) AND (Esophagus OR Stomach OR Liver OR Pancreas OR Colon OR Rectum OR digestive system))) AND (Exercise OR Walking)) AND (Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis OR Postoperative complications OR Perioperative Period OR Postoperative Period OR Preoperative Period OR Postoperative Care) 110 Diretrizes AMB ESTRATÉGIA 2: (((((((cancer OR neoplasm*)) AND ((surgery OR surgical operative procedures))) AND (((Mobilization OR Ambulation OR Early Ambulation OR Accelerated Ambulation OR Early Mobilization OR walk*)))) AND ((((Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis)))))) OR (((((((((surgery OR surgical operative procedures))) OR (cancer OR neoplasm*))) AND (((Mobilization OR Ambulation OR Early Ambulation OR Accelerated Ambulation OR Early Mobilization OR walk*)))) AND ((((Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis)))))) AND (Prophylaxis))) Recuperados = 3.576 1a Seleção = 26 Incluídos = 8 Questão 12 ESTRATÉGIA 1: (Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis OR Postoperative complications OR Perioperative Period OR Postoperative Period) AND (Heparin OR Unfractionated heparin OR Liquaemin OR Heparin Sodium OR Heparin, Low-Molecular-Weight OR LMWH OR Dalteparin OR Enoxaparin OR Nadroparin OR Low Molecular Weight Heparin) AND ((Esophageal Neoplasms OR Stomach 111 Diretrizes AMB Neoplasms OR Liver Neoplasms OR Pancreatic Neoplasms OR Colonic Neoplasms OR Rectal Neoplasms OR digestive system neoplasms) OR ((neoplasm* OR cancer) AND (Esophageal OR Stomach OR Liver OR Pancreatic OR Colonic OR Rectal OR digestive system))) ESTRATÉGIA 2: (((((Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis OR Postoperative complications OR Perioperative Period OR Postoperative Period) AND (Heparin OR Unfractionated heparin OR Liquaemin OR Heparin Sodium OR Heparin, Low-Molecular-Weight OR LMWH OR Dalteparin OR Enoxaparin OR Nadroparin OR Low Molecular Weight Heparin))) AND (Laparoscopy* OR Abdominal Surgery OR Hepatectomy* OR Esophagectomy* OR Gastrectomy* OR Colorectal Surgery OR Colectomy OR Digestive System Surgical Procedures OR Laparotomy OR Pancreatectomy))) NOT ((((Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis OR Postoperative complications OR Perioperative Period OR Postoperative Period) AND (Heparin OR Unfractionated heparin OR Liquaemin OR Heparin Sodium OR Heparin, Low-Molecular-Weight OR LMWH OR Dalteparin OR Enoxaparin OR 112 Diretrizes AMB Nadroparin OR Low Molecular Weight Heparin) AND ((Esophageal Neoplasms OR Stomach Neoplasms OR Liver Neoplasms OR Pancreatic Neoplasms OR Colonic Neoplasms OR Rectal Neoplasms OR digestive system neoplasms) OR ((neoplasm* OR cancer) AND (Esophageal OR Stomach OR Liver OR Pancreatic OR Colonic OR Rectal OR digestive system))))) AND ((((Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis OR Postoperative complications OR Perioperative Period OR Postoperative Period) AND (Heparin OR Unfractionated heparin OR Liquaemin OR Heparin Sodium OR Heparin, Low-Molecular-Weight OR LMWH OR Dalteparin OR Enoxaparin OR Nadroparin OR Low Molecular Weight Heparin))) AND (Laparoscopy* OR Abdominal Surgery OR Hepatectomy* OR Esophagectomy* OR Gastrectomy* OR Colorectal Surgery OR Colectomy OR Digestive System Surgical Procedures OR Laparotomy OR Pancreatectomy))) AND (Therapy/broad OR Comparative study OR Comparative studies OR Random*) ESTRATÉGIA 3: ((((Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis)) AND (Heparin OR Unfractionated heparin OR Liquaemin OR Heparin 113 Diretrizes AMB Sodium OR Heparin, Low-Molecular-Weight OR LMWH OR Dalteparin OR Enoxaparin OR Nadroparin OR Low Molecular Weight Heparin)) AND (Therapy/broad OR Prognosis/broad [filter] OR Comparative study OR Comparative studies OR Random* OR Epidemiologic Methods)) AND (Cancer OR Neoplasm* OR Surgery OR Operative Surgical Procedures) Recuperados = 5.806 1a Seleção = 142 Incluídos = 14 Questão 13 ESTRATÉGIA 1: (Body weight OR Overweight OR Obesity) AND ((((Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis)) AND (Heparin OR Unfractionated heparin OR Liquaemin OR Heparin Sodium OR Heparin, Low-Molecular-Weight OR LMWH OR Dalteparin OR Enoxaparin OR Nadroparin OR Low Molecular Weight Heparin)) AND (Therapy/broad OR Prognosis/broad[filter] OR Comparative study OR Comparative studies OR Random* OR Epidemiologic Methods)) AND (Cancer OR Neoplasm* OR Surgery OR Operative Surgical Procedures) ESTRATÉGIA 2: ((Surgery OR Operative Surgical Procedures OR Laparoscopy* OR Abdominal 114 Diretrizes AMB Surgery OR Hepatectomy* OR Esophagectomy* OR Gastrectomy* OR Colorectal Surgery OR Colectomy OR Digestive System Surgical Procedures OR Laparotomy OR Pancreatectomy OR Esophageal Neoplasms OR Stomach Neoplasms OR Liver Neoplasms OR Pancreatic Neoplasms OR Colonic Neoplasms OR Rectal Neoplasms OR digestive system neoplasms OR ((neoplasm* OR cancer) AND (Esophagus OR Stomach OR Liver OR Pancreas OR Colon OR Rectum OR digestive system))) AND (Body Weight OR Obesity OR Overweight)) AND (Heparin OR Unfractionated heparin OR Liquaemin OR Heparin Sodium OR Heparin, Low-MolecularWeight OR LMWH OR Dalteparin OR Enoxaparin OR Nadroparin OR Low Molecular Weight Heparin) ESTRATÉGIA 3: ((Laparoscopy* OR Abdominal Surgery OR Hepatectomy* OR Esophagectomy* OR Gastrectomy* OR Colorectal Surgery OR Colectomy OR Digestive System Surgical Procedures OR Laparotomy OR Pancreatectomy OR Esophageal Neoplasms OR Stomach Neoplasms OR Liver Neoplasms OR Pancreatic Neoplasms OR Colonic Neoplasms OR Rectal Neoplasms OR digestive system neoplasms) OR ((neoplasm* OR cancer) AND (Esophagus OR Stomach OR Liver OR Pancreas OR Colon OR Rectum OR digestive system))) AND (Dose-Response Relationship, Drug OR Body Mass 115 Diretrizes AMB OR Time Factors OR Time OR Timing OR Body weight OR Overweight OR Obesity) AND (Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis OR Postoperative complications OR Perioperative Period OR Postoperative Period OR Preoperative Period OR Postoperative Care) AND (Heparin OR Unfractionated heparin OR Liquaemin OR Heparin Sodium OR Heparin, Low-Molecular-Weight OR LMWH OR Dalteparin OR Enoxaparin OR Nadroparin OR Low Molecular Weight Heparin OR Anticoagulants) Recuperados = 1.561 1a Seleção = 25 Incluídos = 11 Questão 14 ESTRATÉGIA 1: (Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis OR Postoperative complications OR Perioperative Period OR Postoperative Period) AND (Heparin OR Unfractionated heparin OR Liquaemin OR Heparin Sodium OR Heparin, Low-Molecular-Weight OR LMWH OR Dalteparin OR Enoxaparin OR Nadroparin OR Low Molecular Weight Heparin) AND ((Esophageal Neoplasms OR Stomach Neoplasms OR Liver Neoplasms OR Pancreatic Neoplasms OR Colonic Neoplasms OR Rectal 116 Diretrizes AMB Neoplasms OR digestive system neoplasms) OR ((neoplasm* OR cancer) AND (Esophageal OR Stomach OR Liver OR Pancreatic OR Colonic OR Rectal OR digestive system))) ESTRATÉGIA 2: (((((Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis OR Postoperative complications OR Perioperative Period OR Postoperative Period) AND (Heparin OR Unfractionated heparin OR Liquaemin OR Heparin Sodium OR Heparin, Low-Molecular-Weight OR LMWH OR Dalteparin OR Enoxaparin OR Nadroparin OR Low Molecular Weight Heparin))) AND (Laparoscopy* OR Abdominal Surgery OR Hepatectomy* OR Esophagectomy* OR Gastrectomy* OR Colorectal Surgery OR Colectomy OR Digestive System Surgical Procedures OR Laparotomy OR Pancreatectomy))) NOT ((((Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis OR Postoperative complications OR Perioperative Period OR Postoperative Period) AND (Heparin OR Unfractionated heparin OR Liquaemin OR Heparin Sodium OR Heparin, Low-Molecular-Weight OR LMWH OR Dalteparin OR Enoxaparin OR Nadroparin OR Low Molecular Weight Heparin) AND ((Esophageal Neoplasms OR Stomach 117 Diretrizes AMB Neoplasms OR Liver Neoplasms OR Pancreatic Neoplasms OR Colonic Neoplasms OR Rectal Neoplasms OR digestive system neoplasms) OR ((neoplasm* OR cancer) AND (Esophageal OR Stomach OR Liver OR Pancreatic OR Colonic OR Rectal OR digestive system))))) AND ((((Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis OR Postoperative complications OR Perioperative Period OR Postoperative Period) AND (Heparin OR Unfractionated heparin OR Liquaemin OR Heparin Sodium OR Heparin, Low-Molecular-Weight OR LMWH OR Dalteparin OR Enoxaparin OR Nadroparin OR Low Molecular Weight Heparin))) AND (Laparoscopy* OR Abdominal Surgery OR Hepatectomy* OR Esophagectomy* OR Gastrectomy* OR Colorectal Surgery OR Colectomy OR Digestive System Surgical Procedures OR Laparotomy OR Pancreatectomy))) AND (Therapy/broad OR Comparative study OR Comparative studies OR Random*) ESTRATÉGIA 3: ((((Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis)) AND (Heparin OR Unfractionated heparin OR Liquaemin OR Heparin Sodium OR Heparin, Low-Molecular-Weight OR LMWH OR Dalteparin OR Enoxaparin OR 118 Diretrizes AMB Nadroparin OR Low Molecular Weight Heparin)) AND (Therapy/broad OR Prognosis/broad [filter] OR Comparative study OR Comparative studies OR Random* OR Epidemiologic Methods)) AND (Cancer OR Neoplasm* OR Surgery OR Operative Surgical Procedures) Recuperados = 5.806 1a Seleção = 142 Incluídos = 15 Questão 15 ESTRATÉGIA 1: (Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis OR Postoperative complications OR Perioperative Period OR Postoperative Period) AND (Heparin OR Unfractionated heparin OR Liquaemin OR Heparin Sodium OR Heparin, Low-Molecular-Weight OR LMWH OR Dalteparin OR Enoxaparin OR Nadroparin OR Low Molecular Weight Heparin) AND ((Esophageal Neoplasms OR Stomach Neoplasms OR Liver Neoplasms OR Pancreatic Neoplasms OR Colonic Neoplasms OR Rectal Neoplasms OR digestive system neoplasms) OR ((neoplasm* OR cancer) AND (Esophageal OR Stomach OR Liver OR Pancreatic OR Colonic OR Rectal OR digestive system))) 119 Diretrizes AMB ESTRATÉGIA 2: (((((Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis OR Postoperative complications OR Perioperative Period OR Postoperative Period) AND (Heparin OR Unfractionated heparin OR Liquaemin OR Heparin Sodium OR Heparin, Low-Molecular-Weight OR LMWH OR Dalteparin OR Enoxaparin OR Nadroparin OR Low Molecular Weight Heparin))) AND (Laparoscopy* OR Abdominal Surgery OR Hepatectomy* OR Esophagectomy* OR Gastrectomy* OR Colorectal Surgery OR Colectomy OR Digestive System Surgical Procedures OR Laparotomy OR Pancreatectomy))) NOT ((((Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis OR Postoperative complications OR Perioperative Period OR Postoperative Period) AND (Heparin OR Unfractionated heparin OR Liquaemin OR Heparin Sodium OR Heparin, Low-Molecular-Weight OR LMWH OR Dalteparin OR Enoxaparin OR Nadroparin OR Low Molecular Weight Heparin) AND ((Esophageal Neoplasms OR Stomach Neoplasms OR Liver Neoplasms OR Pancreatic Neoplasms OR Colonic Neoplasms OR Rectal Neoplasms OR digestive system neoplasms) OR ((neoplasm* OR cancer) AND (Esophageal OR Stomach OR Liver OR Pancreatic OR Colonic OR 120 Diretrizes AMB Rectal OR digestive system))))) AND ((((Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis OR Postoperative complications OR Perioperative Period OR Postoperative Period) AND (Heparin OR Unfractionated heparin OR Liquaemin OR Heparin Sodium OR Heparin, Low-Molecular-Weight OR LMWH OR Dalteparin OR Enoxaparin OR Nadroparin OR Low Molecular Weight Heparin))) AND (Laparoscopy* OR Abdominal Surgery OR Hepatectomy* OR Esophagectomy* OR Gastrectomy* OR Colorectal Surgery OR Colectomy OR Digestive System Surgical Procedures OR Laparotomy OR Pancreatectomy))) AND (Therapy/broad OR Comparative study OR Comparative studies OR Random*) ESTRATÉGIA 3: ((((Thrombosis OR Thromboembolism* OR Venous Thromboembolism* OR Venous Thrombosis)) AND (Heparin OR Unfractionated heparin OR Liquaemin OR Heparin Sodium OR Heparin, Low-Molecular-Weight OR LMWH OR Dalteparin OR Enoxaparin OR Nadroparin OR Low Molecular Weight Heparin)) AND (Therapy/broad OR Prognosis/broad [filter] OR Comparative study OR Comparative studies OR Random* OR Epidemiologic Methods)) AND 121 Diretrizes AMB (Cancer OR Neoplasm* OR Surgery OR Operative Surgical Procedures) Recuperados = 5.806 1a Seleção = 142 Incluídos = 13 REFERÊNCIAS 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 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