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03/06/2016
Número de surtos de caxumba dispara na capital | VEJA São Paulo
Número de surtos de caxumba dispara na capital |
VEJA São Paulo
A doença pode ganhar ainda mais força no inverno
Por: Mariana Oliveira13/05/2016 às 23:00
O professor Pedro Rodrigues: uma semana longe dos alunos após se contaminar (Foto: Léo Martins)
Os últimos quarenta dias foram de alerta no Colégio Neolatino, na Vila Maria. O local contabilizou
catorze registros de caxumba, doença conhecida por sintomas como febre alta e inchaço na região
do pescoço. “Antes, as ocorrências eram isoladas”, diz o coordenador Fábio Almeida, que orientou
os estudantes a não dividir garrafa de água e a evitar conversas próximos uns dos outros. A situação
se repete em maisestabelecimentos de ensino. Em março, por exemplo, o Dante Alighieri, nos
Jardins,pediu aos pais que enviassem a carteirinha de vacinação dos filhos e promoveu uma
campanha de imunização entre os que não estavam com a vacina em dia.
Esse tipo de atitude é um reflexo do avanço expressivo desse mal na cidade: entre janeiro e abril, ao
menos 274 pessoas contraíram a infecção. É um aumento de 568% em relação aos 41 casos no
mesmo período do ano passado (foram 275 no total). Os dados podem ser piores, pois a Secretaria
Municipal da Saúde é notificada apenas dos surtos institucionais (a partir de dois casos simultâneos
na mesma época e local).
http://vejasp.abril.com.br/materia/caxumba-crescimento-inverno
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Transmitida pelo contato com secreções do nariz e da boca, com pico no inverno, a caxumba
incomoda, mas não é considerada grave. Mortes são raras (houve duas em todo o estado em 2015).
Sem os devidos cuidados, no entanto, ela pode causar complicações como a inflamação dos ovários
ou dos testículos, resultando até em esterilidade. “Isso acontece em 5% dos casos no mundo”, diz
Sérgio Cimerman, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia. Não há cura. Recomenda-se
repouso e medicamentos para tratar os sintomas.
A alta da doença na capital repete algo visto em outros países, mas não há consenso sobre o
motivo. Por aqui, a vacinação é um obstáculo extra: boa parte da população deixade ingerir as duas
doses recomendadas (preferencialmente aos 12 e 15 meses do bebê, mas possível no SUS até 49
anos, ou em qualquer idade na rede particular).
“Muitas mães relaxam com as aplicações depois que as crianças crescem”, relata Rosa Nakazaki,
doutora do Centro de Controle de Doenças da Coordenação de Vigilância em Saúde. Para piorar,
nenhuma imunização é 100% eficaz. “Eu não esperava pegar caxumba a essa altura da vida, pois
minha carteirinha está em dia”, afirma o professor de física Pedro Henrique Silva Rodrigues, de 26
anos, que ficou uma semana afastado do trabalho no Neolatino.
Sintomas: glândulas salivares podem ficar inchadas e doloridas (Foto: Shutterstock)
O VÍRUS DA VEZ
Segundo tendência mundial, o número de registros multiplica-se na cidade de São Paulo*
http://vejasp.abril.com.br/materia/caxumba-crescimento-inverno
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Número de casos
2012: 30
2013: 19
2014: 44
2015: 275
2016 (até 30 de abril): 274
Possíveis sintomas: glândulas salivares inchadas e doloridas, febre alta, dor de cabeça, fadiga,
dificuldade para ingerir alimentos e falta de apetite.
*A prefeitura contabiliza apenas os surtos (quando há ao menos dois casos na mesma instituição)
Pela Web
http://vejasp.abril.com.br/materia/caxumba-crescimento-inverno
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