BCI – BanCo ComerCIal e de InvestImentos, s.a.

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BCI – Banco Comercial e de Investimentos, S.A.
Relatório e Contas Intercalares
30 de Junho de 2011
Relatório e Contas Intercalares
Balanço em 30 de Junho de 2011 e 31 de dezembro de 2010
Notas
30-Jun-11
31-Dez-10
ACTI VO
Caixa e Disponibilidades em bancos centrais
3.1
4.110.983.222
4.223.871.279
Disponibilidades sobre instituições de crédito
3.2
251.485.988
70.502.223
Activos financeiros ao justo valor através dos resultados
3.3
-
Activos financeiros disponíveis para venda
3.4
2.904.363.494
2.064.359.766
Aplicações em instituições de crédito
3.5
3.339.778.376
7.211.889.440
Crédito a clientes
3.6
Investimentos financeiros
3.7
235.403.699
406.153.699
Activos não correntes detidos para venda
3.8
43.191.710
43.191.710
Propriedades de Investimentos
3.9
20.940.641
21.193.290
-
30.519.180.476 30.133.854.214
Outros activos tangíveis
3.10
2.370.425.804
1.998.695.533
Activos intangíveis
3.11
163.085.893
132.963.223
Activos por impostos diferidos
3.12
4.673.032
2.659.124
Activos por impostos correntes
3.12
59.891.131
Outros activos
3.13
1.589.297.012
TOTAL DO ACTI VO
778.887.618
45.612.700.477 47.088.221.116
PASSI VO
Recursos de bancos centrais
3.14
1.024.042.459
286.903.478
Recursos de instituições de crédito
3.15
4.530.217.108
7.452.336.181
Recursos de clientes
3.16
Recursos consignados
3.17
161.317.942
151.870.822
Empréstimos Subordinados
3.18
529.789.169
605.040.895
Títulos de dívida
3.19
207.291.667
205.963.542
33.661.522.689 33.931.577.360
Passivos por impostos diferidos
3.31
57.149.031
57.149.031
Passivos por impostos correntes
3.31
140.216.580
32.744.423
Outros passivos
3.20
1.479.296.751
747.588.252
Provisões
3.21
107.930.035
152.934.803
TOTAL DO PASSI VO
41.898.773.431 43.624.108.788
FUNDOS PRÓPRI OS
Capital social
3.22
1.900.000.000
1.900.000.000
Reservas
3.23
1.330.393.630
656.931.980
(9.666.440)
(9.666.440)
493.199.856
916.846.788
3.713.927.046
3.464.112.328
Acções próprias
Resultado do exercício
TOTAL DOS FUNDOS PRÓPRI OS
TOTAL DO PASSI VO E FUNDOS PRÓPRI OS
As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações.
2
45.612.700.477 47.088.221.116
Relatório e Contas Intercalares
Demonstração compreensiva de resultados em 30 de Junho de
2011 e 30 de Junho de 2010
Notas
30-Jun-11
30-Jun-10
Juros e rendimentos similares
3.24
2.468.745.527
1.613.836.220
Juros e encargos similares
3.24
(1.155.901.139)
(707.658.672)
1.312.844.388
906.177.547
Margem Financeira
3.25
377.882.988
257.861.156
Gastos com taxas e comissões
3.25
(77.732.899)
(63.072.771)
Resultados em operações financeiras
3.26
223.358.226
434.384.563
Outros rendimentos operacionais
3.27
172.759.432
77.620.246
Outros gastos operacionais
3.27
(43.603.086)
(46.068.111)
1.965.509.050
1.566.902.630
Rendimento de taxas e comissões
Resultados operacionais
Gastos com pessoal
3.28
(561.039.091)
(427.733.824)
Outros gastos administrativos
3.29
(581.997.851)
(459.921.690)
Outros rendimentos
3.30
8.960.052
20.696.528
Imparidade de crédito
3.6
(167.872.618)
(80.793.850)
Imparidade de outros activos
3.12
0
(14.367.645)
Amortizações
Provisões líquidas
3.9/ 3.10 / 3.11
(92.796.104)
(67.523.967)
3.21
29.908.574
(11.039.471)
600.672.013
526.218.710
(107.472.157)
(87.945.056)
493.199.856
438.273.653
Resultados antes de impostos
Gasto de imposto
3.31
Lucro do exercício
Outros resultados compreensivos, líquidos de imposto:
Resultados de justo valor sobre activos financeiros disponíveis para venda
67.591.000
Resultados compreensivos do exercício (total)
560.790.855
438.273.653
2,60
2,31
Resultado por acção
3.32
As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações.
3
Relatório e Contas Intercalares
Demonstração das alterações dos fundos próprios em 30 de
Junho de 2011 e 31 de Dezembro de 2010
Capital
Saldo a 31 Dezembro 2009
Reserva Legal
Acções
Proprias
Reservas de
Justo valor
Outras Reservas
Resultados do
Total
exercício
321.428.570
352.586.970
(1.635.300)
1.147.842.484
(4.068.080)
716.464.152
2.532.618.797
-
-
-
-
-
438.273.653
438.273.653
-
-
-
-
(59.922.497)
438.273.653
378.351.157
-
-
-
-
-
(179.116.038)
(179.116.038)
-
-
-
-
-
-179.116.038
-179.116.038
Resultado compreensiv o do 1º semestre
Lucros
Reserv as de justo v alor (disponív el para v enda)
(59.922.497)
Resultado compreensiv o ( total)
(59.922.497)
Transacções com Accionistas registados em F.P
-
Div idendos aos accionistas
Outras transacções
Reforço de reserv as atrav és de resultados
537.348.113
Outras transacções (total)
Saldo a 30 Junho 2010
0
(1.635.300)
(537.348.113)
537.348.113
321.428.570
352.586.970
1.685.190.597
Lucros
-
-
-
-
Ganhos de Justo v alor sobre AFDV
-
-
-
-
(63.990.577)
(537.348.113)
-
438.273.653
2.731.853.914
-
478.573.136
478.573.136
67.591.000
-
67.591.000
Resultado compreensiv o do 2º semestre
Estudo Actuarial Ganhos/Perdas
-
Outros ganhos
-
-
-
Resultado compreensivo ( total)
-
-
-
-
-
-
-
67.591.000
478.573.136
546.164.136
Outras transacções
Reforço de reserv as atrav és de resultados
Aumento do capital por incorporação das reserv as
-
-
1.578.571.430
-
(8.031.140)
-
Reav aliação de Imóv eis
215.003.270
Impostos diferidos (reav aliação de imóv eis)
(34.400.523)
5.491.532
215.003.270
-
Outras transacções (total)
1.578.571.430
-
(8.031.140)
(1.384.446.011)
-
Saldo a 31 Dezembro 2010
1.900.000.000
352.586.970
(9.666.440)
300.744.586
3.600.423
As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações.
4
-
(1.565.048.758)
34.400.523
186.094.278
916.846.789
3.464.112.328
Relatório e Contas Intercalares
Demonstração das alterações dos fundos próprios em 30 de
Junho de 2011 e 31 de Dezembro de 2010
Capital
Reserva Legal
Acções
Outras Reservas
Proprias
Reservas de
Resultados do
Justo valor
exercício
Total
Resultado compreensivo do 1º semestre
Lucros
-
-
-
-
Reservas de justo valor (disponível para venda)
-
-
-
-
Ganhos de Justo valor sobre AFDV
-
-
-
-
Outros ganhos
-
-
-
Resultado compreensivo ( total)
-
-
-
-
493.199.856
493.199.856
Outros resultados compreensivos
Estudo Actuarial Ganhos/Perdas
(14.173.440)
-
-
(14.173.440)
-
-
(14.173.440) 493.199.856
479.026.415
Transacções com Accionistas registados em F.P
Dividendos aos accionistas
-
-
-
-
-
(229.211.697)
(229.211.697)
Transacções com Accionistas registados em F.P (total)
-
-
-
-
-
(229.211.697)
(229.211.697)
Reforço de reservas através de resultados
-
137.527.018
-
550.108.073
-
(687.635.091)
Outras transacções (total)
-
137.527.018
-
-
(687.635.091)
Saldo a 30 Junho 2011
1.900.000.000
490.113.989
Outras transacções
(9.666.440)
550.108.073
850.852.659
(10.573.017) 493.199.856
3.713.927.046
As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações.
5
Relatório e Contas Intercalares
Demonstração de fluxos de caixa em 30 de Junho de 2011 e 31 de
Dezembro de 2010
30-Jun-11
31-Dez-10
Actividades operacionais
Juros, comissões, trading de moeda e outros rendimentos recebidos
2.895.456.732
4.984.411.486
Juros, comissões e outros gastos pagos
(1.074.295.068)
(1.711.582.714)
Pagamento a empregados e fornecedores
(1.165.032.549)
(1.952.669.848)
Juros recebidos de Títulos
140.026.908
420.543.750
796.156.023
1.740.702.673
Aplicações em instituições de crédito
3.878.860.137
(5.057.264.458)
Créditos a clientes
(326.898.367)
(6.427.641.641)
Fluxo líquido proveniente de rendim entos e gastos
Diminuições (aumentos) em:
Aumentos (diminuições) de títulos
Outros activ os
Fluxo líquido proveniente de activos operacionais
(80.058.248)
569.471.873
15.912.543
(301.124.095)
3.487.816.065
(11.216.558.321)
Aumentos em:
Recursos de Bancos Centrais e outras instituições de crédito
Recursos de clientes
Outros passiv os
(2.747.645.827)
986.868.519
(445.011.993)
8.570.216.008
(370.038.556)
1.430.173.912
(3.562.696.376)
10.987.258.439
721.275.711
1.511.402.791
(477.592.118)
(888.165.271)
27.757.945
-
(449.834.173)
(888.165.271)
(229.211.697)
(179.116.038)
(229.211.697)
(179.116.038)
Efeitos de alteração da tax a de câmbio em caix a e seus equiv alentes
12.408.867
(202.470.564)
Aumento de caix a e seus equiv alentes
54.638.707
241.650.918
Caix a e seus equiv alentes no início do período
4.276.774.006
4.035.123.088
Caixa e seus equivalentes no fim do período
4.331.412.713
4.276.774.006
Fluxo líquido proveniente de passivos operacionais
Fluxo líquido das actividades operacionais
Actividades de investim ento
Aquisições de activ os tangív eis e activ os intangív eis
Alienação de activ os tangív eis e activ os intangív eis
Fluxo líquido das actividades de investim ento
Actividades de financiam ento
Div idendos distribuídos
Fluxo líquido das actividades de financiam ento
Conciliação com os saldos constantes do balanço:
Notas
Caixa e equivalentes
(-) Cheques a cobrar sobre Instituições de Crédito no estrangeiro
3.2
(-) Cheques a cobrar sobre Instituições de Crédito no país
3.2
Total
31-Dez-10
4.276.774.006
14.044.768
22.606.407
3.554.728
4.294.373.502
4.223.871.279
70.502.223
Caix a e Disponibilidades em Bancos Centrais
3.1
4.362.469.210
4.110.983.222
Disponibilidades sobre instituições de crédito
3.2
251.485.988
As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações.
6
30-Jun-11
4.331.412.713
8.450.090
Relatório e Contas Intercalares
Notas às demonstrações financeiras
1. Nota introdutória
O BCI é uma sociedade anónima de responsabilidade limitada, constituída em 17 de Janeiro de 1996 por tempo indeterminado. A
actividade operacional iniciou-se a 19 de Abril de 1997. Nessa altura, a CGD detinha uma participação de 60% no capital repartindo-se os restantes 40% pela SCI – Sociedade de Controlo e Gestão de Participações (38,63%) e por pequenos accionistas (1,37%).
Em Dezembro de 2003 o BCI fundiu-se com o Banco de Fomento (BF) através da integração de todos os activos do BF no BCI e
da extinção do BF. Esta operação tornou possível a entrada de um novo grande accionista, o Grupo BPI, com 30% das acções. Em
Novembro de 2007 registou-se a saída do Grupo SCI e a entrada do Grupo INSITEC com 18,12% das acções. A participação da CGD
passou para 51%, a do Grupo BPI passou para 30% das acções. Os restantes 0,88% encontram-se dispersos por diversos pequenos accionistas. O BCI tem a sua Sede em Maputo e rege-se pelos seus estatutos e demais legislação aplicável ao sector.
As demonstrações financeiras do exercício com referência 30 de Junho de 2010 foram aprovadas pelo Conselho de Administração
em XX de XXXXX de 2011.
2.Políticas contabilísticas
2.1. Bases de apresentação
2.1.1 Declaração de cumprimento
As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), emitidas
pelo Comité Internacional de Normas de Contabilidade.
As demonstrações financeiras foram autorizadas pelo Conselho de Administração em XX de XXXXX de 2011
No seguimento do disposto no Aviso N.º 4/GBM/2007, de 30 de Março de 2007, do Banco de Moçambique, as demonstrações
financeiras do exercício com referência a 30 de Junho de 2011 foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato
Financeiro (“IFRS”). As IFRS incluem as normas emitidas pelo International Accounting Standards Board (“IASB”) bem como as
interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (“IFRIC”) e pelos respectivos órgãos
antecessores.
As demonstrações financeiras foram preparadas com base no princípio do custo histórico, modificada pela aplicação do justo valor para os activos e passivos financeiros disponíveis para venda, excepto aqueles para os quais o justo valor não está disponível.
Na preparação das suas demonstrações financeiras referentes a 30 de Junho de 2011, o BCI adopta a IFRS 7 – Instrumentos Financeiros: Divulgações, bem como a IAS 1 – Apresentação das Demonstrações Financeiras – Requisitos de divulgação de capital
regulamentar.
A preparação das demonstrações financeiras em conformidade com as IFRS exige a formulação de julgamentos, estimativas e
pressupostos de aplicação das políticas contabilísticas, estando as principais estimativas e incertezas associadas à aplicação das
políticas contabilísticas descritas na nota 2.2 (t).
As demonstrações financeiras anexas estão expressas em Meticais e são idênticas às que foram preparadas pelo Banco a partir
dos seus registos contabilísticos e que irão ser submetidas à aprovação da Assembleia-geral de accionistas.
2.2.2 Base de mensuração
As políticas contabilísticas que se seguem são aplicáveis às demonstrações financeiras individuais do Banco BCI.
7
Relatório e Contas Intercalares
(a) Normas, emendas e interpretações eficazes em ou depois de 1 de Janeiro de 2011
No final de Junho de 2011 haviam sido emitidas pelo IASB as seguintes Normas Internacionais de Relato Financeiro cuja eficácia
ocorrerá para períodos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2011, não tendo sido até ao momento adoptadas pelo Banco.
Normas/
Interpretação
Conteúdo
Aplicável aos anos financeiros
com ínicio em/depois
IAS 1
Apresentação das Demonstrações financeiras
1 de Janeiro de 2011
IFRS 9
Instrumentos Financeiros, parte 1: Classificação e Valorimetria
1 de Janeiro de 2013
IFRS7
Instrumentos financeiros - Divulgações
1 de Julho de 2011
IAS 24
Divulgações relativas a partes relacionadas
1 de Janeiro de 2011
IAS 1 – Apresentação das Demonstrações financeiras
Esta norma teve uma emenda cuja adopção será obrigatória a partir de 1 de Janeiro de 2011. A mesma esclarece que a desagregação das variações em cada componente do capital próprio resultante de transacções reconhecidas em outros rendimentos globais
também devem ser apresentados, mas a mesma pode ser feita na demonstração das variações de capitais próprios ou nas notas.
IFRS 9 – Instrumentos Financeiros, parte 1: Classificação e Valorimetria
A IFRS 9, substitui partes da IAS 39 relacionadas com classificações e valorimetria de activos financeiros e a sua adopção será
obrigatória a partir de 1 de Janeiro de 2013. Alguns elementos chave incluem:
• A obrigatoriedade de classificação dos activos financeiros em 2 grandes grupos de custeio: justo valor e custo amortizado. A
decisão deverá ser tomada no reconhecimento inicial do activo, sendo a mesma dependente, por um lado, do modelo de negócio
da entidade na gestão de instrumentos financeiros e, por outro, nas características do activo no concernente à libertação de cash
flow.
• A valorização do activo financeiro ao custo amortizado somente se for um instrumento de dívida e se os objectivos do modelo
de negócio da entidade forem a manutenção do activo para a obtenção de cash flows (contratados), representando estes apenas
pagamentos de capital e de juros. Todos os restantes instrumentos de dívida devem ser valorizados ao justo valor através de lucros ou perdas.
• A contabilização de instrumentos de capital ao justo valor e de instrumentos de capital mantidos para negociação ao justo valor através de resultados. Para todos os restantes instrumentos deve ser efectuada uma escolha irreversível no reconhecimento
inicial por forma a reconhecer ganhos ou perdas de justo valor realizados ou não realizados através de outros resultados que não
sejam os lucros ou perdas. A escolha poderá ser efectuada caso a caso e os dividendos devem ser apresentados em lucros ou
perdas desde que representem retorno sobre o investimento.
IFRS7 – Instrumentos financeiros - Divulgações
As alterações adicionam uma declaração explícita de que a divulgação qualitativa deve ser feita em contacto com a divulgação
quantitativa para melhor habilitar os usuários a avaliar a exposição de riscos de uma entidade resultantes de instrumentos financeiros. Além disso, o IASB alterou e removeu os requisitos de divulgação existentes. Esta norma, que entrou em vigor no dia 01 de
Julho de 2011 não representa qualquer impacto para o BCI no presente exercício.
8
Relatório e Contas Intercalares
IAS 24 – Divulgações relativas a partes relacionadas
A revisão da IAS 24 Divulgações de Partes Relacionadas altera a definição de partes relacionadas e modifica determinados requisitos de divulgação para o controlo de entidades relacionadas. Esta norma, entra em vigor no dia 1 de Janeiro de 2011 e não representa qualquer impacto para o BCI no presente exercício.
As seguintes normas, alterações e interpretações tornaram-se efectivas em 2011, mas não eram relevantes para as operações do
Banco:
Normas/
Interpretação
Conteúdo
Aplicável aos anos financeiros
com ínicio em/depois
IAS 1
Apresentação das Demonstrações financeiras
1 de Janeiro de 2011
IFRS 9
Instrumentos Financeiros, parte 1: Classificação e Valorimetria
1 de Janeiro de 2013
IFRS7
Instrumentos financeiros - Divulgações
1 de Julho de 2011
IAS 24
Divulgações relativas a partes relacionadas
1 de Janeiro de 2011
(b) Normas, emendas e interpretações emitidas mas ainda não efectivas
Várias das novas normas, alterações e interpretações ainda não haviam sido efectivadas de modo a poderem ser aplicadas no em
30 de Junho de 2011, não tendo, consequentemente, sido aplicadas na preparação destas demonstrações financeiras. Nenhuma
das mesmas afectará as demonstrações financeiras, excepto:
Normas/
Interpretação
IFRS 9
•
Conteúdo
Instrumentos Financeiros, parte 1: Classificação e Valorimetria
Aplicável aos anos financeiros
com ínicio em/depois
1 de Janeiro de 2013
IFRS 9, Instrumentos financeiros parte 1: Classificação e mensuração
A IFRS 9 foi emitida em Novembro de 2009 e substitui partes da IAS 39 no que diz respeito à classificação e mensuração de activos
financeiros. As principais características são as seguintes:
•
Exige-se que os activos financeiros sejam classificados em duas categorias de mensuração: os que devem ser medidos
posteriormente pelo seu justo valor, e os que devem ser medidos, subsequentemente, pelo custo amortizado. A decisão deve
ser tomada no momento do reconhecimento inicial. A classificação depende do modelo de negócio da entidade para gerir os seus
instrumentos financeiros e das características do fluxo de caixa contratual do instrumento.
•
Um instrumento é subsequentemente medido pelo custo amortizado somente se o mesmo for um instrumento de dívida e,
sempre que o objectivo do modelo de negócio da entidade for manter o activo para recolher os fluxos de caixa contratuais, e os
fluxos de caixa contratuais do activo representarem apenas os pagamentos do capital e juros (ou seja, se o mesmo tiver somente
“características básicas de empréstimo”). Todos os outros instrumentos de dívida devem ser medidos pelo seu justo valor através
de lucros ou perdas.
•
Todos os instrumentos de capital próprio devem ser, posteriormente, medidos pelo justo valor. Os instrumentos de capital
que sejam mantidos para comercialização serão medidos pelo justo valor através de lucros ou perdas. Para todos os outros investimentos de capital, uma eleição irrevogável pode ser feita no momento do reconhecimento inicial, de modo a reconhecer os ganhos,
realizados e não realizados, do justo valor a reciclar dos ganhos e perdas do justo valor para lucros ou perdas. Esta eleição pode ser
feita numa base de instrumento-por-instrumento. Os dividendos devem ser apresentados como lucros ou perdas, contanto que
os mesmos representem um retorno sobre o investimento.
9
Relatório e Contas Intercalares
•
Embora a obrigatoriedade de adopção da IFRS 9 só terá efeito a partir de 1 de Janeiro de 2013, a mesma poderá ser adoptada
mais cedo.
• Melhorias nas IFRS
“Melhorias nas IFRS” foram emitidos em Maio de 2008 (endossadas pela UE em 23 de Janeiro de 2009), sendo que até Abril de
2009 ainda não haviam sido aprovadas. Essas melhorias contêm várias alterações às IFRS que o IASB considera não-urgentes,
porém necessárias. “Melhorias nas IFRS” compreendem as alterações que resultam em mudanças nas práticas contabilísticas, no
que respeita à apresentação, reconhecimento ou mensuração, bem como na terminologia ou alterações editoriais respeitantes a
uma variedade de normas de IFRS individuais. A maioria das alterações é eficaz para os exercícios financeiros que tenham início
em/ou após 1 de Janeiro de 2009 e 1 de janeiro de 2010, respectivamente, com aplicação antecipada permitida. Não se esperam
alterações significativas nas políticas contabilísticas como resultado das alterações.
(c) Adopção antecipada das normas
O banco não adoptou antepadamente as novas normas alteradas em 2010.
1.1.3 Principais Políticas Contabilísticas
(a) Operações em moeda estrangeira (IAS 21)
As demonstrações financeiras estão apresentadas em Meticais que constitui a moeda funcional e de apresentação utilizada pelo
BCI nas suas operações e demonstrações financeiras.
As operações em moeda estrangeira são inicialmente convertidas para a moeda funcional à taxa de câmbio em vigor à data da
transacção. À data do balanço os activos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são convertidos para Meticais à taxa média divulgada pelo Banco de Moçambique, sendo as diferenças cambiais não realizadas reconhecidas na demonstração de resultados no período a que dizem respeito. Em 30 de Junho de 2011 e 31 de Dezembro de 2010 as taxas de câmbio aplicadas
são:
30-Jun-11
31-Dez-10
USD
28,53
32,58
EUR
41,31
42,08
ZAR
4,20
3,96
Moeda
Os activos não monetários em moeda estrangeira valorizados ao custo histórico são convertidos à taxa de câmbio em vigor à data
em que a transacção ocorreu. Os activos não monetários em moeda estrangeira valorizados pelo justo valor são convertidos à
taxa de câmbio em vigor na data de determinação do justo valor.
(b) Empresas filiais e associadas (IAS 27 e IAS 28)
O BCI detém, directa e indirectamente, participações financeiras em empresas filiais e associadas. Consideram-se empresas filiais
aquelas entidades em que o Banco detém o controlo ou o poder para gerir as políticas financeiras e operacionais da empresa. Empresas associadas são aquelas entidades em que o BCI exerce, directa ou indirectamente, uma influência significativa sobre a sua
gestão e a sua política financeira mas não detém o controlo da empresa. Regra geral, presume-se que existe influência significativa
quando a participação de capital é superior a 20% e inferior a 50%.
Nas demonstrações financeiras individuais do BCI, as empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo histórico.
Os dividendos de empresas filiais e associadas são reconhecidos nos resultados individuais do BCI na data em que são atribuídos
ou recebidos.
10
Relatório e Contas Intercalares
Em caso de evidência objectiva de imparidade, a perda por imparidade é reconhecida em resultados.
(d) Transacções eliminadas na consolidação
Os lucros não realizados que resultem de transacções com as associadas são eliminados na medida dos interesses do Banco nessa entidade. Os lucros não realizados são eliminados por contrapartida dos Investimentos nas associadas. As perdas não realizadas são eliminadas da mesma forma mas apenas na medida em que não haja evidência de qualquer redução do respectivo valor
recuperável.
(e) Activos e passivos financeiros (IAS 32 e IAS 39)
A classificação de instrumentos financeiros no reconhecimento inicial depende do objectivo para o qual o instrumento foi adquirido
bem como das suas características.
Os activos e passivos financeiros são reconhecidos no balanço do BCI na data de contratação pelo respectivo justo valor acrescido
de custos de transacção directamente atribuíveis, excepto para activos e passivos ao justo valor através dos resultados em que
os custos de transacção são imediatamente reconhecidos em resultados.
Entende-se por justo valor o montante pelo qual um activo ou passivo pode ser transferido ou liquidado, entre partes independentes, informadas e interessadas na concretização da transacção em condições normais de mercado. O justo valor de um instrumento financeiro no reconhecimento inicial é geralmente o preço da transacção.
O justo valor é determinado com base em preços de um mercado activo ou em métodos de avaliação no caso de inexistência de tal
mercado activo. Um mercado é considerado activo se ocorrerem transacções de forma regular.
O BCI avalia, à data de cada balanço, se existe evidência objectiva de que um activo financeiro ou grupo de activos financeiros está
em imparidade. Considera-se que um activo financeiro está em imparidade se, e apenas se, existir evidência objectiva de perda
de valor em resultado de um ou mais acontecimentos que tenham ocorrido após o reconhecimento inicial do activo e desde que
tais acontecimentos tenham um impacto sobre os fluxos de caixa futuros estimados dos activos financeiros. A evidência de imparidade pode incluir indicações de que o devedor ou um grupo de devedores está em dificuldades financeiras, incumprimento ou
mora na liquidação de capital ou juros, a probabilidade de entrarem em falência ou em reorganização financeira e sempre que esteja
disponível informação que indica um decréscimo de valor dos fluxos de caixa futuros.
i. Activos financeiros pelo justo valor através dos resultados
Esta categoria inclui activos financeiros classificados de forma irrevogável no seu reconhecimento inicial como sendo activos financeiros ao justo valor através de resultados.
Os activos financeiros classificados nesta categoria são registados no balanço pelo justo valor, sendo os ganhos e perdas gerados
pela valorização subsequente reflectidos em resultados do exercício.
A 30 de Junho de 2011, esta rubrica apresentava saldo nulo.
ii.Investimentos detidos até à maturidade
Nesta categoria são classificados títulos de rendimento fixo de risco reduzido que o Banco tem intenção e capacidade de deter até
ao seu vencimento.
Estes activos financeiros encontram-se registados pelo custo amortizado. De acordo com este método, o valor do instrumento
financeiro em cada data de balanço corresponde ao seu custo inicial, tomando em consideração qualquer desconto ou prémio de
aquisição e comissões que são uma parte integrante da taxa de juro efectiva, deduzido de reembolsos de capital efectuados e
perdas por imparidade e ajustado pela amortização, com base no método da taxa efectiva.
Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, o qual permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao
longo do período da operação financeira. A taxa efectiva é aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros
estimados associados ao instrumento financeiro, permite igualar o seu valor actual ao valor do instrumento financeiro na data do
reconhecimento inicial.
11
Relatório e Contas Intercalares
O BCI avalia, individualmente, se existe evidência de imparidade para os activos financeiros detidos até à maturidade. Caso exista evidência objectiva de que foi incorrida uma perda por imparidade, o montante da perda é determinado pela diferença entre a
quantia escriturada do activo e o valor presente dos fluxos de caixa futuros do activo. A quantia escriturada do activo é reduzida e
a perda é reconhecida na demonstração de resultados.
Se, em períodos subsequentes, o montante da perda por imparidade reduzir em virtude de um evento após o reconhecimento da
perda, quaisquer montantes anteriormente registados devem ser ajustados.
Em 30 de Junho de 2011 e 31 de Dezembro de 2010, esta rubrica apresenta saldo nulo.
iii.
Empréstimos e contas a receber
Os empréstimos e contas a receber são activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, e maturidade fixa, não cotados em mercados activos.
Os empréstimos e contas a receber abrangem os créditos concedidos pelo Banco a clientes e a instituições de crédito que não
sejam transaccionados num mercado activo e para os quais não haja intenção de venda.
No reconhecimento inicial os empréstimos e contas a receber são registados pelo seu justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção. Subsequentemente, estes activos são valorizados ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro efectiva e sujeitos a testes de
imparidade. Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva.
Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis
As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em contas extra patrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em contas de resultados ao longo da vida das
operações. Estas operações são sujeitas a testes de imparidade.
Imparidade
O BCI efectua regularmente análises de imparidade dos créditos e valores a receber. A identificação de indícios de imparidade é
efectuada numa base individual, para os créditos em que o montante de exposição é significativo, e numa base colectiva, quanto
aos activos homogéneos cujos saldos não sejam individualmente significativos.
De acordo com a IAS 39, um activo financeiro encontra-se em situação de imparidade quando existe evidência de que tenham
ocorrido um ou mais eventos de perda após o reconhecimento inicial do activo, e esses eventos tenham impacto na estimativa do
valor recuperável dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro considerado.
Segundo o estabelecido na IAS 39, os seguintes eventos são considerados como constituindo indícios de imparidade em activos
financeiros:
−Incumprimento de cláusulas contratuais, como atrasos no pagamento dos juros ou capital;
−Registo de situações de incumprimento no sistema financeiro;
−Existência de operações em vigor resultantes de reestruturações de créditos ou de negociações em curso para reestruturações
de crédito;
−Dificuldades ao nível da capacidade dos sócios e da gestão, nomeadamente no que se refere à saída de sócios de referência ou
dos principais quadros e divergências entre os sócios;
−Dificuldades financeiras significativas do devedor ou do emissor da dívida;
−Existência de uma elevada probabilidade de declaração de falência do devedor ou do emissor da dívida;
−Diminuição da posição competitiva do devedor;
−Comportamento histórico das cobranças que permita deduzir que o valor nominal não será recuperado na totalidade.
12
Relatório e Contas Intercalares
Análise individual
Para os activos relativamente aos quais existe evidência objectiva de imparidade numa base individual, o cálculo da imparidade é
efectuado mutuário a mutuário, tendo como referência a informação que consta da análise de risco de crédito do Banco os quais
consideram, entre outros, os seguintes factores:
−Exposição global do Cliente e natureza das responsabilidades contraídas junto do Banco: operações financeiras ou não - financeiras (nomeadamente, responsabilidades de natureza comercial ou garantias de boa execução);
−Análise de risco do Cliente determinada através do acompanhamento regular do Banco a qual incorpora, entre outras, as seguintes características:

Situação económico-financeira do Cliente;

Risco do sector de actividade em que opera;

Qualidade de gestão do Cliente, medida pela experiência no relacionamento com o BCI e pela existência de incidentes;

Qualidade da informação contabilística apresentada;

Natureza e montante das garantias associadas às responsabilidades contraídas junto do Banco;

Crédito em situação de incumprimento.
Sempre que sejam identificados indícios de imparidade em activos analisados individualmente, a eventual perda por imparidade
corresponde à diferença entre o valor actual dos fluxos de caixa futuros que se espera receber (valor recuperável), descontado
com base na taxa de juro efectiva original do activo, e o valor inscrito no balanço no momento da análise.
De salientar que o valor expectável de recuperação do crédito reflecte os fluxos de caixa que poderão resultar da execução das
garantias ou colaterais associados ao crédito concedido, deduzido dos custos inerentes ao respectivo processo de recuperação.
Os activos avaliados individualmente e para os quais não foram identificados indícios objectivos de imparidade, são igualmente
objecto de avaliação colectiva de imparidade. Os activos avaliados individualmente e para os quais foi reconhecida uma perda por
imparidade são excluídos das análises colectivas.
Análise colectiva
Para os activos sujeitos a análise colectiva o cálculo da imparidade é feito com recurso a um modelo definido para o efeito, no qual
os activos são agrupados em grupos homogéneos de risco para se apurar as probabilidades destes apresentarem indícios de default, assim como a percentagem de perda caso o mesmo se verifique.
Os grupos homogéneos de risco são constituídos com base no:

Segmento do cliente ou produto;

Tipo de garantias associadas à operação de crédito;

Comportamento actual da operação de crédito;

Comportamento histórico da operação de crédito; e

Duração dos diferentes comportamentos da operação de crédito.
Os fluxos de caixa futuros dos créditos sujeitos a análise colectiva de imparidade são estimados com base nos dados históricos
disponíveis acerca das perdas para activos com características de risco de crédito semelhante e o montante de imparidade apurado é reconhecido nos resultados.
13
Relatório e Contas Intercalares
iv.
Activos financeiros disponíveis para venda
Esta categoria inclui nomeadamente:
−Títulos de rendimento variável não classificados como activos ao justo valor através de resultados;
−Obrigações e outros instrumentos de dívida aqui classificados no reconhecimento inicial.
Os activos financeiros disponíveis para venda são avaliados ao justo valor, com excepção de instrumentos de capital não cotados
num mercado activo e cujo justo valor não possa ser estimado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos ou perdas resultantes da alteração no justo valor são reconhecidos directamente nos fundos próprios. No momento da alienação, ou caso seja determinada imparidade, as variações acumuladas no justo valor são transferidas para resultados do período.
Os juros relativos a instrumentos de dívida classificados nesta categoria são determinados com base no método da taxa efectiva.
Os dividendos de instrumentos de capital classificados nesta categoria são registados como rendimentos aquando do seu recebimento.
v.Depósitos e outros recursos
Após o reconhecimento inicial os depósitos e outros recursos financeiros de clientes e instituições de crédito são valorizados ao
custo amortizado, com base no método da taxa de juro efectiva.
O BCI deixa de reconhecer activos financeiros quando:
−Os direitos contratuais aos fluxos de caixa associados ao activo tenham expirado;
−O Banco tenha transferido os direitos contratuais aos fluxos de caixa decorrentes do activo bem como tenha transferido substancialmente todos os riscos e vantagens do activo, ou o controlo do activo não tendo, no entanto, transferido todos os riscos e
vantagens associados ao activo.
Um passivo financeiro deixa de ser reconhecido quando a respectiva obrigação for satisfeita, cancelada ou expirar. Quando o passivo é substituído por outro do mesmo mutuário em condições substancialmente distintas, ou as condições de um passivo existente são substancialmente modificadas, tal modificação ou troca é tratada como o reconhecimento de um novo passivo, e consequente não reconhecimento do passivo original, sendo a diferença entre os respectivos montantes reconhecida nos resultados
do período.
Os títulos comprados com acordo de revenda não são registados na carteira de títulos. Os fundos entregues são registados, na
data de liquidação, como um crédito, sendo periodificado o valor de juros.
Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na carteira onde estavam originalmente registados. Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação, em conta própria do passivo, sendo periodificado o valor de juros.
Os activos e passivos financeiros apenas são compensados, e o seu valor líquido apresentado no balanço, quando o BCI tem o
direito de proceder à sua compensação e pretende liquidar numa base líquida ou realizar o activo e liquidar simultaneamente o
passivo.
(f) Activos não correntes detidos para venda (IFRS 5)
Os activos não correntes, ou grupos de activos e passivos a alienar são classificados como detidos para venda sempre que seja
expectável que o seu valor de balanço seja essencialmente recuperado através da venda, e não de uso continuado. Para que um
activo (ou grupo de activos e passivos) seja classificado nesta rubrica é necessário o cumprimento dos seguintes requisitos:
−A probabilidade de ocorrência da venda seja elevada;
−O activo esteja disponível para venda imediata no seu estado actual;
−Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar até um ano após a classificação do activo nesta rubrica.
14
Relatório e Contas Intercalares
Os activos registados nesta rubrica não são amortizados, sendo valorizados ao menor valor entre o custo de aquisição e o seu
justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes activos é determinado com base em avaliações efectuadas pelas entidades especializadas.
Caso o valor registado em balanço seja inferior ao justo valor, deduzido dos custos de venda, são registadas perdas por imparidade
na rubrica adequada.
Os imóveis e outros bens arrematados obtidos por recuperação de créditos vencidos são registados pelo valor de arrematação,
sendo o passivo regularizado quando os respectivos processos judiciais se encontram concluídos, por contrapartida dos créditos
vencidos.
(g) Propriedades de investimento (IAS 40)
As propriedades de investimento correspondem a imóveis detidos pelo BCI com o objectivo de obtenção de rendimentos através
do arrendamento ou da sua valorização.
Após o reconhecimento inicial, as propriedades de investimento são mensuradas pelo modelo do custo deduzido de amortizações
acumuladas e perdas por imparidade acumuladas.
(h) Outros activos tangíveis (IAS 16)
Os activos tangíveis utilizados pelo BCI no decurso da sua actividade são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. Os custos subsequentes são reconhecidos como um activo separado apenas se for
provável que deles resultarão benefícios económicos futuros para o BCI. As despesas de manutenção e reparação e outras despesas associadas ao seu uso são reconhecidas nos resultados do período em que foram incorridas.
A depreciação dos activos tangíveis é calculada numa base sistemática ao longo da vida útil estimada do bem, a qual corresponde
ao período em que se espera que o activo esteja disponível para uso:
Anos de vida útil
Imóveis
30 a 45
Obras em edifícios
25
Equipamento
7
O Banco efectua regularmente a análise de adequação da vida útil estimada dos seus activos tangíveis. Alterações na vida útil
esperada dos activos são registadas através da alteração do período ou método de depreciação, conforme apropriado, sendo
tratadas como alterações em estimativas contabilísticas.
As despesas em edifícios alheios são depreciadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento.
Periodicamente são efectuadas análises no sentido de identificar evidências de imparidade em activos tangíveis. Sempre que
o valor líquido contabilístico dos activos tangíveis exceda o seu valor recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade com
reflexo nos resultados do exercício. O BCI procede à reversão das perdas por imparidade nos resultados do período caso, subsequentemente, se verifique um aumento no valor recuperável do activo.
Conforme previsto na IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 (data de transição) foram registados pelo
justo valor a essa data e usado o valor daí resultante como custo considerado.
Um item do activo tangível deixa de ser reconhecido aquando da sua alienação ou quando não se esperam benefícios económicos
futuros decorrentes da sua utilização ou alienação. Qualquer ganho ou perda decorrente do desreconhecimento do activo (calculado como a diferença entre o rendimento da venda e a quantia escriturada do activo) é reconhecido em resultados no período do
seu desreconhecimento.
15
Relatório e Contas Intercalares
(i) Locações (IAS 17)
A determinação se um acordo contém uma locação é baseada na substância do acordo e requer uma avaliação sobre se o seu
cumprimento está dependente da utilização de um bem específico e se o acordo dá o direito de uso desse bem.
BCI como locatário
A locação financeira, a qual transfere substancialmente para o Banco todos os riscos e vantagens inerentes à propriedade de um
activo, é capitalizada no momento inicial do contrato ao mais baixo entre o justo valor do activo e o valor actual dos pagamentos
mínimos de locação, e incluído em activos tangíveis, registando a correspondente responsabilidade para com o locador em outros
passivos.
Os activos tangíveis adquiridos através de operações de locação financeira são depreciados durante o prazo da locação ou da sua
vida útil, o que for mais curto. As rendas relativas a contratos de locação financeira são desdobradas de acordo com o respectivo
plano financeiro, reduzindo-se o passivo pela parte correspondente à amortização do capital. Os juros suportados são reconhecidos no resultado do período.
Os pagamentos associados a locações operacionais não são reconhecidos no balanço. Os pagamentos de uma locação operacional são reconhecidos como um gasto numa base de linha recta durante o prazo da locação e registados em gastos operacionais.
BCI como locador
As locações em que o Banco não transfere substancialmente todos os riscos e vantagens da propriedade do bem locado são
classificadas como locações operacionais. O BCI possui nestas condições as suas propriedades de investimento as quais geram
rendimento de rendas.
Os activos em regime de locação financeira encontram-se registados no balanço como “Crédito a clientes”, sendo este reembolsado através das amortizações de capital constantes do plano financeiro dos contratos. Os juros incluídos nas rendas são reconhecidos no resultado do período.
(j) Activos intangíveis (IAS 38)
O BCI regista como activos intangíveis as despesas com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso próprio de aplicações informáticas (“software”). Nos casos em que sejam cumpridos os requisitos definidos na IAS 38, os custos internos directos
incorridos no desenvolvimento de aplicações informáticas são capitalizados como activos intangíveis.
Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de depreciações e perdas por imparidade acumuladas.
As depreciações são registadas numa base sistemática, ao longo da vida útil estimada dos activos, a qual usualmente situa-se nos
3 anos. O período de depreciação e o método de depreciação dos activos intangíveis com vida útil definida são revistos no final de
cada período. Alterações na vida útil esperada são registadas como alterações de estimativa.
As despesas com manutenção de aplicações informáticas são contabilizadas como gasto no exercício em que são incorridas.
(k) Imparidade de activos não financeiros (IAS 36)
O Banco avalia, a cada data de relato, ou com maior frequência caso tenha ocorrido alterações que indiquem que um determinado
activo possa estar em imparidade, se existem indicações de que um activo não financeiro se possa encontrar em imparidade. Se
tal indicação existir, o Banco estima a respectiva quantia recuperável e, caso esta se apresente inferior à quantia escriturada, o
activo encontra-se em imparidade e é reduzido para a sua quantia recuperável.
A cada data de balanço, o Banco reavalia se existe qualquer indicação de que uma perda por imparidade anteriormente reconhecida possa já não existir ou possa ter reduzido. Caso exista tal indicação, o Banco estima a quantia recuperável do activo e reverte
perdas por imparidade previamente reconhecidas apenas se tiverem ocorrido alterações nas estimativas usadas para estimar a
quantia recuperável desde o reconhecimento da perda.
16
Relatório e Contas Intercalares
(l) Reconhecimento de rendimentos e gastos (IAS 18)
Os réditos são reconhecidos desde que seja provável que irão fluir benefícios económicos para o Banco e desde que o rendimento
possa ser mensurado com fiabilidade. O reconhecimento de rendimentos obedece, ainda, aos seguintes critérios:
Juros, rendimentos e gastos equiparados
Para todos os instrumentos financeiros valorizados ao custo amortizado e juros relacionados com instrumentos financeiros classificados como disponíveis para venda, os gastos e rendimentos de juros são registados à taxa de juro efectiva a qual representa
a taxa que desconta os futuros pagamentos estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro ou período mais curto,
se apropriado, para a quantia escriturada do activo ou passivo financeiro. O cálculo toma em consideração todos os termos contratuais dos instrumentos financeiros e inclui comissões ou custos adicionais directamente relacionados com o instrumento e que
se consideram uma parte integrante da taxa de juro efectiva, não considerando perdas futuras.
Uma vez que o activo financeiro ou grupo de activos financeiros tenha sido reduzido como resultado de uma perda por imparidade,
o rendimento do juro é daí em diante reconhecido usando a taxa de juro utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros para
efeitos de quantificação da perda por imparidade.
Rendimentos de taxas e comissões
O BCI obtém taxas e comissões de diversos serviços financeiros prestados aos seus clientes. Tais rendimentos podem ser divididos nas seguintes categorias:
Receitas obtidas por serviços prestados durante um determinado período de tempo
Os rendimentos obtidos por serviços prestados durante um determinado período de tempo, onde se incluem comissões, são especializados e reconhecidos no período correspondente. As comissões relacionadas com créditos são diferidas e reconhecidas
como um ajustamento à taxa de juro efectiva do empréstimo.
Receitas obtidas por serviços de intermediação
As comissões resultantes da negociação ou participação na negociação de uma transacção com um terceiro são reconhecidas
aquando da finalização da transacção.
Rendimentos de rendas
Os rendimentos de rendas de propriedades de investimento são reconhecidos numa base de linha recta durante o prazo do contrato sendo reconhecidos na demonstração de resultados em outros rendimentos operacionais.
(m) Caixa e equivalentes de caixa
Caixa e equivalentes de caixa, conforme apresentados da demonstração de fluxos de caixa, englobam os valores apresentados no
balanço em caixa, contas correntes com bancos centrais e investimentos altamente líquidos.
(n) Impostos sobre os lucros (IAS 12)
O Banco, ao abrigo dos incentivos aduaneiros e fiscais previstos no Código dos Benefícios Fiscais em Moçambique (CBFM), aprovado pelo Decreto n.º 12/93, de 21 de Julho, beneficia até 31 de Dezembro de 2013 dos seguintes benefícios:
­ Redução da taxa do Imposto sobre Rendimento das Pessoas Colectivas em cinquenta por cento (50%);
­ A possibilidade de dedução, no cálculo do IRPC, das despesas realizadas em programas de formação de trabalhadores moçambicanos até ao limite máximo de cinco por cento (5%) da matéria colectável; e
­ Isenção de impostos sobre os fundos próprios ou empréstimos e respectivos juros, aplicados em investimentos realizados no
âmbito do Projecto.
O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos.
17
Relatório e Contas Intercalares
Imposto corrente
O imposto corrente, activo ou passivo, é estimado com base no valor esperado a recuperar ou a pagar às autoridades fiscais. A taxa
legal de imposto usada para calcular o montante é a que se encontra em vigor à data de balanço.
O imposto corrente é calculado com base no lucro tributável do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos à matéria colectável resultantes de gastos ou rendimentos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos contabilísticos.
Imposto diferido
Os impostos diferidos activos e passivos correspondem ao valor do imposto a recuperar e a pagar em períodos futuros resultante
de diferenças temporárias entre o valor de um activo ou passivo no balanço e a sua base de tributação. Os prejuízos fiscais reportáveis assim como os benefícios fiscais dão também origem a impostos diferidos activos.
Os impostos diferidos activos são reconhecidos até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros
contra os quais possam ser deduzidos os impostos diferidos activos.
Os impostos diferidos foram calculados com base nas taxas fiscais decretadas para o período em que se prevê que seja realizado
o respectivo activo ou passivo.
Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto nos casos em que as
transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de fundos próprios. Nestas situações, o correspondente
imposto é igualmente reflectido por contrapartida de fundos próprios, não afectando o resultado do exercício.
(o) Provisões e passivos contingentes (IAS 37)
O BCI constitui provisões quando tem uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante de eventos passados relativamente à qual seja provável o futuro dispêndio de recursos financeiros, e este possa ser determinado com fiabilidade. O montante da
provisão corresponde à melhor estimativa do valor a desembolsar para liquidar a responsabilidade na data do balanço.
(p) Garantias (IAS 37)
No decorrer da sua actividade o BCI concede garantias, cartas de crédito e avais. Tais garantias são registadas em contas fora do
balanço e divulgadas como passivos contingentes.
(q) Benefícios dos empregados (IAS 19)
A responsabilidade com pensões de reforma relativa aos colaboradores do Ex-BF foi incorporada no passivo do BCI ao abrigo da
escritura de fusão datada 4 de Dezembro de 2003.
O Ex-BF subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho (ACT) de 30 de Dezembro de 1997, que vigora para o sector bancário, pelo
que os seus empregados contratados localmente ou as suas famílias têm direito a prestações pecuniárias a título de reforma por
velhice, invalidez e sobrevivência.
Estas prestações são em função do tempo de serviço dos trabalhadores e da respectiva retribuição à data da reforma, sendo actualizadas com base nas tabelas salariais anexas ao ACT, as quais são revistas anualmente.
No entanto, uma vez que os trabalhadores estão inscritos no Sistema de Segurança Social, as responsabilidades do BCI consistem
no pagamento de complementos.
O valor das responsabilidades por serviços passados é determinado anualmente, por actuários especializados, utilizando o método “Projected Unit Credit” e pressupostos actuariais considerados adequados (Vide Nota 4.20).
Os ganhos e perdas decorrentes de diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados e os valores efectivamente verificados, bem como os resultantes de alterações de pressupostos actuariais, são reconhecidos como rendimento ou gasto
quando os ganhos e perdas actuariais não reconhecidos acumulados ao final do ano anterior excedam 10% do valor actual das
responsabilidades por serviços passados ou do valor do fundo de pensões, dos dois o maior, reportado à mesma data. Os ganhos
18
Relatório e Contas Intercalares
ou perdas actuariais que excedam o “corredor” são reconhecidos em resultados pelo período de tempo médio até à idade esperada de reforma dos colaboradores abrangidos pelo plano.
Na data da transição, o BCI adoptou a excepção prevista na IFRS 1 de não recalcular os ganhos e perdas actuariais diferidos desde
o início dos planos.
(r) Acções Próprias (IAS 32)
As acções próprias do Banco são deduzidas nos fundos próprios não sendo reconhecidos nas demonstrações financeiras quaisquer ganhos ou perdas realizados aquando da sua venda. As retribuições recebidas estão a ser directamente reconhecidas no
capital próprio.
(s) Dividendos de acções ordinárias (IAS 10)
Os dividendos de acções ordinárias são reconhecidos como um passivo e deduzidos aos fundos próprios quando são declarados e
já não se encontram à discrição do Banco. Os dividendos do exercício aprovados após a data de balanço são divulgados como um
evento após a data de balanço.
(t) Resultado por acção
Os resultados por acção básicos são calculados dividindo o resultado atribuível a accionistas do BCI pelo número médio ponderado de acções ordinárias emitidas, excluindo o número médio de acções ordinárias compradas pelo Banco e detidas como acções
próprias.
(u) IFRS 8 – Segmentos operacionais
De acordo com os requisitos da norma, o reporte externo por segmentos deverá estar baseado no reporting interno apreciado pela
Comissão Executiva. A aplicação da norma não tem qualquer impacto material sobre as contas do Banco.
Um segmento de negócio é um componente identificável do Grupo, que se destina a fornecer um produto ou serviço individual ou
um conjunto de produtos ou serviços relacionados, e que esteja sujeito a riscos e benefícios que sejam diferenciáveis dos restantes
segmentos de negócio.
A adopção da alteração obriga a divulgações adicionais mas não tem impacto na posição financeira nem nos resultados do banco.
Conforme apresentado na nota 3.32, o BCI controla a sua actividade através dos seguintes segmentos principais:
– Banca de retalho;
– Banca empresas;
(v) Principais estimativas e incertezas associadas à aplicação das políticas contabilísticas
As IFRS estabelecem um conjunto de políticas contabilísticas que requerem que o Conselho de Administração efectue julgamentos e realize estimativas. As estimativas e pressupostos associados são baseados na experiência histórica e noutros factores
considerados razoáveis, de acordo com as circunstâncias e como uma base para os julgamentos sobre os valores dos activos e
passivos cuja valorização não é evidente através de outras fontes. As principais estimativas contabilísticas utilizadas pelo BCI são
analisadas como segue:
Imparidade de empréstimos e contas a receber
O BCI reavalia periodicamente a evidência de imparidade de forma a aferir da necessidade de reconhecer perdas por imparidade
adicionais, nomeadamente, para a determinação do nível de perda potencial, são usadas estimativas da Administração nos cálculos dos montantes relacionados com os fluxos de caixa futuros. Tais estimativas são baseadas em pressupostos de diversos
factores, podendo os resultados efectivos alterar no futuro, resultando em alterações dos montantes constituídos para fazer face
a perdas efectivas.
19
Relatório e Contas Intercalares
Adicionalmente à análise de imparidade individual, o Banco efectua uma análise de imparidade colectiva da carteira de crédito para
fazer face a situações de perda de valor que, embora não especificamente identificáveis, incorporam um grande risco de incumprimento face à situação inicial, no momento em que foram reconhecidos.
O BCI considera que a imparidade determinada com base na metodologia apresentada permite reflectir de forma adequada o risco
associado à sua carteira de crédito.
Justo valor de instrumentos financeiros
Quando o justo valor dos activos e passivos financeiros reconhecidos no balanço não pode ser determinado com base na respectiva cotação num mercado activo, estes são determinados através da utilização de técnicas de avaliação que incluem a utilização
de modelos matemáticos. Os “inputs” utilizados nos referidos modelos são baseados em informações disponíveis no mercado.
Contudo, sempre que tal não seja praticável, são efectuados julgamentos na determinação dos justos valores dos instrumentos
financeiros.
O banco mede o justo valor usando a seguinte hierarquia de justo valor, que reflecte a importância dos “inputs” utilizados na
mensuração:
•Nível 1: Preço de mercado cotado (não ajustado) num mercado activo para um instrumento idêntico;
•Nível 2: Técnicas de valorização baseadas em dados observáveis, quer directamente (ou seja, como os preços) ou indirectamente (ou seja, derivada de preços). Esta categoria inclui instrumentos valorizados com utilização de: preços de mercado cotados em mercados activos para instrumentos similares; preços cotados para instrumentos idênticos ou similares em mercados
considerados menos activos, ou outras técnicas de avaliação em que todos os insumos sejam directa ou indirectamente observáveis a partir de dados do mercado;
•Nível 3: Técnicas de valorização utilizando insumos não observáveis significativos. Esta categoria inclui todos os instrumentos
em que a técnica de avaliação inclui “inputs” não baseados em dados observáveis e os “inputs” não observáveis têm um efeito
significativo na avaliação do instrumento. Esta categoria inclui instrumentos que são avaliados com base em cotações de instrumentos similares, sempre que houver necessidade de ajustamentos não-observáveis significativos ou de pressupostos para
reflectir as diferenças entre os instrumentos.
O justo valor dos activos e passivos financeiros que sejam negociados nos mercados de activos são baseados em preços de
mercado cotados ou cotações de preços do revendedor. Para todos os outros instrumentos financeiros, o Banco determina os
valores de mercado utilizando técnicas de avaliação.
As técnicas de valorização incluem o valor actual líquido e modelos de fluxo de caixa descontado e outros modelos de avaliação.
Pressupostos e “inputs” utilizados em técnicas de avaliação de risco incluem as taxas de juro livre e de referência, os “spreads” de
crédito e outros prémios utilizados para estimar taxas de desconto, preços de obrigações e bilhetes do tesouro e taxas de câmbio.
O objectivo das técnicas de avaliação é chegar a uma determinação do justo valor que reflecte o preço do instrumento financeiro
na data do relatório, a qual teria sido determinada pelos participantes no mercado actuando numa base comercial.
A tabela abaixo mostra os instrumentos financeiros mensurados ao justo valor à data do balanço, pela hierarquia do justo valor:
20
Relatório e Contas Intercalares
Nível 1
Nível 2
Nível 3
-
1.659.477.502
-
Obrigações e Outros Títulos
Bilhetes do Tesouro
Obrigações do Tesouro
Depósitos Estruturados
1.244.885.992
- -
-
-
1.244.885.992
Títulos de Dívida
-
1.659.477.502 -
207.291.667 -
-
1.037.594.325
1.659.477.502 -
Em 31/12/2010, os instrumentos financeiros mensurados ao justo valor, pela hierarquia de justo valor apresentavam-se do seguinte modo:
Nível 1
Nível 2
Nível 3
-
1.670.462.551
-
393.897.214
-
-
-
-
Obrigações e Outros Títulos
Bilhetes do Tesouro
Obrigações do Tesouro
Depósitos Estruturados
393.897.214
Títulos de Dívida
205.963.542
187.933.672
1.670.462.551
-
-
-
1.670.462.551
-
Benefícios dos empregados
Conforme apresentado na nota 3.19, as responsabilidades do BCI por benefícios pós-emprego concedidos aos seus empregados
são determinadas anualmente com base em avaliações actuariais, levadas a cabo por peritos independentes. Estas avaliações
actuariais incorporam pressupostos financeiros e actuariais relativos a mortalidade, invalidez, crescimentos salariais e pensões,
entre outros. Os pressupostos adoptados correspondem à melhor estimativa do BCI e dos seus actuários do comportamento
futuro das respectivas variáveis.
Devido à natureza de longo prazo destes planos, tais estimativas estão sujeitas a uma incerteza significativa.
Impostos sobre os lucros
Os impostos sobre os lucros (correntes e diferidos) são determinados pelo BCI com base nas regras definidas pelo enquadramento
fiscal. No entanto, em algumas situações, a legislação fiscal não é suficientemente clara e objectiva e poderá dar origem a diferentes interpretações. Nestes casos, os valores registados resultam do melhor entendimento do BCI sobre o adequado enquadramento das suas operações, o qual é susceptível de poder vir a ser questionado pelas Autoridades Fiscais.
21
Relatório e Contas Intercalares
3.Notas
3.1
Caixa e disponibilidades em bancos centrais
Esta rubrica tem a seguinte composição:
30-Jun-11
31-Dez-10
Caixa
1.006.655.016
1.345.651.325
Depósitos no Banco de Moçambique
3.104.328.206
2.878.219.954
4.110.983.222
4.223.871.279
A rubrica de Caixa engloba os montantes de 758.279.953 e 247.719.423 Meticais, relativo a notas e moedas nacionais e estrangeiras, respectivamente, detidas pelo Banco em referência a 30 de Junho de 2011. A rubrica de Notas e Moedas Nacionais é constituída por: saldo de caixa (475.694.387) disponibilidades em ATM’s (281.794.200) e Fundo de Maneio (791.366).
Os depósitos no Banco de Moçambique visam satisfazer as exigências legais de constituição de reservas obrigatórias. O regime
em vigor à data de 30 de Junho de 2011, previsto no Aviso n.º 01/GBM/2011 do Banco de Moçambique, determina a manutenção
de depósitos em moeda nacional junto do Banco Central, correspondentes a pelo menos 9% do saldo médio dos depósitos de residentes, depósitos de não residentes e depósitos do Estado. Estes depósitos obrigatórios não são remunerados.
3.2
Disponibilidades sobre instituições de crédito
Esta rubrica tem a seguinte composição:
30-Jun-11
31-Dez-10
Depósitos à ordem e outras disponibilidades
Em instituições de crédito no país
Em instituições de crédito no estrangeiro
-
24.150
220.429.491
52.878.576
Cheques a cobrar
Em instituições de crédito no país
Em instituições de crédito no estrangeiro
22.606.407
3.554.728
8.450.090
14.044.768
251.485.988
70.502.223
O saldo da rubrica cheques a cobrar refere-se a cheques sacados por terceiros sobre outras instituições de crédito sendo os valores apresentados cobrados nos primeiros dias do exercício subsequente.
3.3
Activos financeiros ao justo valor através dos resultados
Esta rubrica decompõe-se como segue:
30-Jun-11
31-Dez-10
Activos Financeiros ao justo valor através
dos resultados
Depósitos estruturados
-
-
Ajustamento para justo valor
-
-
-
-
O BCI subscreveu em 2005, junto do BNU Macau, um depósito estruturado, no valor de 5 milhões de dólares, com maturidade em
Abril de 2010. Segundo os termos do contrato celebrado, o Banco apenas seria remunerado caso o indexante relevante se fixasse
dentro da banda de flutuação acordada.
22
Relatório e Contas Intercalares
3.4
Activos financeiros disponíveis para venda
Esta rubrica tem a seguinte composição:
30-Jun-11
31-Dez-10
Obrigações emitidas por empresas
Moçambique Celular
Obrigações da Mcel/2005
-
-
Mcel/2008 I série
-
-
Mcel/2008 II série
7.927.224
-
9.469.743
-
-
-
58.640.771
43.227.984
-
61.839.101
45.581.949
-
40.538.738
341.806.315
-
Obrigações BPI Janeiro 2012
22.104.613
-
Obrigações BPI Janeiro 2012
Obrigações CGD Junho 2012
60.307.933
80.131.443
-
82.413.877
187.945.357
41.719.642
-
-
521.680
14.221.248
48.150.144
14.191.723
47.711.894
4.077.160
211.673.583
4.066.625
210.514.500
1.659.477.463
1.670.462.551
2.904.363.494
2.064.359.766
Telecomunicações de Moçambique
Obrigações da TDM (2004)
Obrigações ASA
Obrigações FAST FERRY
Obrigações emitidas por I.Financ.
Obrigações BES Julho 2011
Obrigações BES Março 2012
Obrigações BES Julho 2011
Obrigações CGD Maio 2013
Obrigações CGD Dezembro 2011
Obrigações do Governo
Governo (OT/2001 série I)
Governo (OT/2005 série I)
Governo (OT/2005 série III) - Nov/2015
Governo (OT/2008) - Set/2013
Governo (OT/2009) - Mai/2014
Governo (OT/2010) - Set/2015
Bilhetes de Tesouro
23
Relatório e Contas Intercalares
Em 30 de Junho de 2011 esta rubrica apresentava o seguinte detalhe:
Natureza e Espécie dos Títulos
Obrigações emitidas por empresas
Moçambique Celular
Mcel/2008 II série
Quantidade
Cotação
Valor
Valor
de Aquisição
Val.Balanço Mais valias
(1)
Justo valor
Menos valias Imparidade
(2)
137.425
100,00
55,20
13.742.500
7.927.224
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Telecomunicações de Moçambique
Obrigações da TDM (2004)
Obrigações ASA
153.000 -
-
48.939.464
58.640.771
-
-
-
Obrigações FAST FERRY
111.000 -
-
34.679.635
43.227.984
-
-
-
10.000
90.000
4.303,78 4.120,67
4.095,81 3.903,80
43.037.836
368.622.495
40.538.738
341.806.315
-
-
-
Obrigações BPI Janeiro 2012
5.500
4.329,40 4.027,73
23.811.681
22.104.613
-
-
-
Obrigações BPI Janeiro 2012
15.000
4.290,58 4.027,73
64.358.663
60.307.933
-
-
-
Obrigações CGD Junho 2012
Obrigações BES Julho 2011
20.000
20.000
4.427,71 4.017,40
4.251,92 4.120,67
88.554.250
85.038.432,00
80.131.443
82.413.877
-
-
-
Obrigações CGD Maio 2013
Obrigações CGD Dezembro 2011
50.000
10.000
3.930,24 3.748,88
4.234,41 4.089,69
196.512.000,00
42.344.064
187.945.357
41.719.642
-
-
-
Obrigações emitidas por I.Financ.
Obrigações BES Julho 2011
Obrigações BES Março 2012
Obrigações do Governo
Governo (OT/2005 série III)
Governo (OT/2008)
208.430
458.300
100,00
100,00
67,01
100,00
20.843.000,00
45.830.000,00
14.221.248
48.150.144
-
-
-
Governo (OT/2009)
40.000
100,00
100,00
4.000.000,00
4.077.160
-
-
-
Governo (OT/2010)
2.004.900
100,00
100,00
200.490.000,00
211.673.583
-
-
-
Bilhetes de Tesouro
-
-
-
1.659.477.463
2.940.281.483
1.659.477.463
2.904.363.495
-
-
-
Em 31 de Dezembro de 2010 esta rubrica apresentava o seguinte detalhe:
Natureza e Espécie dos Títulos
Obrigações emitidas por empresas
Moçambique Celular
Mcel/2008 II série
Quantidade
Cotação
Valor
Valor
de Aquisição
Val.Balanço Mais valias
(1)
Justo valor
Menos valias Imparidade
(2)
137.425
100
66
13.742.500
9.469.743
-
-
-
153.000
111.000
-
-
48.939.464
34.679.635
61.839.101
45.581.949
-
-
-
5.000
208.430
458.300
40.000
2.004.900
100,00
100
100
100
100
100,00
67
100
100
100
500.000
20.843.000
45.830.000
4.000.000
200.490.000
521.680
14.191.723
47.711.894
4.066.625
210.514.500
-
-
-
1.670.462.551
2.039.487.151
1.670.462.551
2.064.359.766
-
-
-
Telecomunicações de Moçambique
Obrigações da TDM (2004)
Obrigações ASA
Obrigações FAST FERRY
Obrigações do Governo
Governo (OT/2001 série I)
Governo (OT/2005 série III)
Governo (OT/2008)
Governo (OT/2009)
Governo (OT/2010)
Bilhetes de Tesouro
24
Relatório e Contas Intercalares
Obrigações da MCel/2008 série II
Representam obrigações de 5 anos, emitidas para o público em 10 de Outubro de 2008 com valor nominal de 100 Meticais cada. O
valor nominal a 30 de Junho de 2011 era de 55,2 Meticais, a taxa de cupão é a taxa de juro média ponderada das 6 últimas emissões
de Bilhetes do Tesouro de mais de 60 dias + margem de 3,75%, com revisão de preço a cada três meses. O capital é reembolsado
em 4 pagamentos semestrais com um período de graça de um ano.
Obrigações do Governo (OT/2005 série III)
Representam as Obrigações do Tesouro de 10 anos emitidas em 22 de Novembro de 2005 com maturidade em 22 de Novembro
de 2015. As Obrigações têm um valor nominal de 100 Meticais cada. Em 30 de Junho 2011 o valor nominal era de 67,01 Meticais. A
taxa de cupão é a taxa de juro média das 6 últimas emissões de Bilhetes de Tesouro (ou TAM’s na ausência de OT’s) ponderada pela
maturidade + 1%, recebido a cada 6 meses. O capital será reembolsado na data de vencimento das obrigações, em 22 de Novembro
de 2015.
Obrigações do Governo (OT/2008)
Representam Obrigações do Tesouro de 5 anos subscritas em 12 de Setembro de 2008, com maturidade em 12 de Setembro de
2013. As Obrigações têm um valor nominal de 100 Meticais cada. Em 30 Junho de 2011, o valor nominal era de 100 Meticais. A taxa
de cupão é a taxa de juro média ponderada das 6 últimas emissões de Bilhetes do Tesouro de 60-91 dias + 1%, recebido a cada três
meses. O capital será reembolsado na data de maturidade das obrigações, em 12 de Setembro de 2013.
Obrigações do Governo (OT/2009)
Representam as Obrigações do Tesouro de 5 anos subscritas em 19 de Maio de 2009, com valor nominal de 100 Meticais cada. O
valor nominal a 30 de Junho de 2011 era de 100 Meticais. A Obrigação rende juros a cada 6 meses e a taxa do primeiro cupão foi uma
taxa fixa de 12.5%. Subsequente a esta, a taxa de cupão será a taxa de juro média ponderada mais alta das 6 últimas emissões dos
Bilhetes do Tesouro de mais de 60 e 180 dias + 0,5 de margem. O juro é calculado no ciclo de 360 dias, com 30 dias como o número
de dias por mês. O capital será reembolsado no fim do período, em 19 de Maio de 2014.
Obrigações do Governo (OT/2010)
O valor de 200.490.000 representa 2.004.900 Obrigações do Tesouro subscritas em 1 de Setembro de 2010, com valor nominal
de 100 Meticais cada. O valor nominal a 30 de Junho de 2011 era de 100 Meticais. As Obrigações rendem juros semestrais e a taxa
do primeiro cupão foi uma taxa fixa de 15,00%. Subsequente a esta, a taxa de cupão será a taxa de juro média ponderada mais alta
das 6 últimas emissões dos Bilhetes do Tesouro de mais de 60 dias + 0,5 de margem. Os juros serão calculados diariamente e numa
base de 360 dias, correspondentes a doze meses de 30 dias cada (ou seja na convenção 30/360), O capital será reembolsado no
fim do período, em 19 de Maio de 2014.
Títulos
O perfil da maturidade dos Títulos à data do balanço era o seguinte:
30-Jun-11
Maturidade de 1 mês
Maturidade superior a 1 mês < 6 meses
Maturidade superior a 6 meses < 12 meses
Maturidade superior a 12 meses
122.952.654
1.249.052.937
956.494.474
575.863.431
2.904.363.495
31-Dez-10
935.127.803
736.201.776
54.697.766
338.332.419
2.064.359.766 Os títulos acima incluem os proveitos diferidos
Os Bilhetes do Tesouro não têm cotação na Bolsa. As Obrigações das Empresas e do Governo estão cotadas na Bolsa de Valores
de Moçambique.
25
Relatório e Contas Intercalares
Os Bilhetes de Tesouro apresentam maturidades compreendidas entre os 3 meses e 1 ano. Estes títulos, adquiridos através de
leilões de obtenção de liquidez do Banco de Moçambique, vencem juros a taxas compreendidas entre 16,05% e 16,47% (2010:
10,99% a 14,50%). Dado não existir um mercado activo para activos financeiros com características semelhantes, nomeadamente
no que se refere à maturidade dos títulos em carteira, o justo valor dos Bilhetes do Tesouro foi calculado por recurso a um método
de valorização baseado na informação disponível no mercado a cada data relevante. O gasto resultante da valorização da carteira
de Bilhetes do Tesouro pelo justo valor foi reconhecido directamente em fundos próprios de acordo com a IAS 39.
A rubrica de Obrigações emitidas por outros emissores é composta por:
Obrigações ASA – Aeroportos e Segurança Aérea, SA
O valor de 57.320.364 Meticais corresponde a 153,000 obrigações emitidas pela empresa ASA – Aeroportos e Segurança Aérea,
SA em Agosto de 2007, com um valor nominal de 9.06 Euros, sendo o reembolso em Agosto de 2012. A remuneração variável de
cada cupão semestral é indexada à maior da TBA (Taxa Base Anual) ou Euribor a 6 meses, acrescida de um spread de 2,25% e o
reembolso será efectuado pelo Valor Nominal.
Obrigações Fast Ferry
Em carteira existem 111,000 obrigações, com um valor nominal de 9.06 Euros cada e com data de reembolso em 24 de Julho de
2015, sendo o contravalor em meticais igual a 41.585.362. A taxa de juro nominal aplicável a cada um dos períodos de juros é fixa
e igual a 9% anual.
Obrigações Fast Ferry
Em carteira existem 111.000 obrigações, com um valor nominal de 9.06 Euros cada e com data de reembolso em 24 de Julho de
2015, sendo o contravalor em meticais igual a 41.585.362. A taxa de juro nominal aplicável a cada um dos períodos de juros é fixa
e igual a 9% anual.
Obrigações BES FINANCE Ltd, Julho 2011
O valor de 40.434.228 Meticais corresponde a 10,000 obrigações emitidas pelo BES FINANCE Ltd, adquiridas em Janeiro de 2011
ao preço unitário de 97,88 Euros, a 30/06/2011 o preço de compra situava em 99,75 Euros, o reembolso do Capital (ou vencimento), irá ocorrer em Julho/2011.A remuneração variável de cada cupão trimestral é indexada a Euribor a 3 meses, acrescida de um
spread de 0,15%.
Obrigações BES – Banco Espírito Santo S.A, Março 2012
O valor de 346.322.385 Meticais corresponde a 90,000 obrigações emitidas pelo BES – Banco Espírito Santo, S.A adquiridas em
Janeiro de 2011 ao preço unitário de 93,15 Euros, a 30/06/2011 o preço de compra situava-se em 94,50 Euros, o reembolso do
Capital (ou vencimento), irá ocorrer em Março/2012.A remuneração variável de cada cupão trimestral é indexada a Euribor a 3
meses, acrescida de um spread de 0,10%.
Obrigações BPI – Banco BPI,SA, Janeiro 2012
O valor de 22.300.170 Meticais corresponde a 5,500 obrigações emitidas pelo BPI – Banco Português de Investimentos, S.A adquiridas em Março de 2011 ao preço unitário de 98,15 Euros, a 30/06/2011 o preço de compra situava em 97,50 Euros, o reembolso
do Capital (ou vencimento), irá ocorrer em Janeiro/2012.A remuneração variável de cada cupão trimestral é indexada a Euribor a 3
meses, acrescida de um spread de 0,80%.
Obrigações BPI – Banco BPI,SA, Janeiro 2012
O valor de 60.880.612 Meticais corresponde a 15,000 obrigações emitidas pelo BPI – Banco Português de Investimentos, S.A
adquiridas em Março de 2011 ao preço unitário de 98,25 Euros, a 30/06/2011 o preço de compra situava-se em 97,50 Euros, o
reembolso do Capital (ou vencimento), irá ocorrer em Janeiro/2012.A remuneração variável de cada cupão trimestral é indexada a
Euribor a 3 meses, acrescida de um spread de 0,80%.
Obrigações CGD – Caixa Geral de Depósitos, SA, 4,625% Junho 2012
O valor de 80.843.670 Meticais corresponde a 20,000 obrigações emitidas pelo CGD – Caixa Geral de Depósitos, S.A adquiridas
em Maio de 2011 ao preço unitário de 97,85 Euros, a 30/06/2011 o preço de compra situava-se em 97,25 Euros, o reembolso
do Capital (ou vencimento), irá ocorrer em Junho/2012. A remuneração anual de cada cupão é indexada a uma taxa fixa anual de
4,625%.
26
Relatório e Contas Intercalares
Obrigações BES FIANACE Ltd tx Variável – Julho 2011
O valor de 82.231.686 Meticais corresponde a 20,000 obrigações emitidas pelo BES FINANCE Ltd, adquiridas em Junho de 2011
ao preço unitário de 99,53 Euros, a 30/06/2011 o preço de compra situava-se em 99,75 Euros, o reembolso do Capital (ou vencimento), irá ocorrer em Julho/2011.A remuneração variável de cada cupão trimestral é indexada a Euribor a 3 meses, acrescida de
um spread de 0,15%.
Obrigações CGD – Caixa Geral de Depósitos, SA, 4,375% Maio 2013
O valor de 190.026.000 Meticais corresponde a 50,000 obrigações emitidas pelo CGD – Caixa Geral de Depósitos, S.A adquiridas
em Junho de 2011 ao preço unitário de 92,00 Euros, a 30/06/2011 o preço de compra situava-se em 90,75 Euros, o reembolso
do Capital (ou vencimento), irá ocorrer em Maio/2013. A remuneração anual de cada cupão é indexada a uma taxa fixa anual de
4,375%.
Obrigações CGD – Caixa Geral de Depósitos, SA, 3,875% Dezembro 2011
O valor de 40.946.472 Meticais corresponde a 10,000 obrigações emitidas pelo CGD – Caixa Geral de Depósitos, S.A adquiridas
em Junho de 2011 ao preço unitário de 99,12 Euros, a 30/06/2011 o preço de compra situava-se em 99,00 Euros, o reembolso do
Capital (ou vencimento), irá ocorrer em Dezembro/2011. A remuneração anual de cada cupão é indexada a uma taxa fixa anual de
3,875%.
3.5
Aplicações em instituições de crédito
Esta rubrica tem a seguinte composição:
Aplicações em instituições de crédito no país
30-Jun-11
31-Dez-10
23.136.566
12.921.974
10.000.000
0
Empréstimo - curto prazo
7.185.355
5.112.734
Empréstimo - médio e longo prazo
4.636.120
6.482.608
Mercado monetário interbancário
Receitas com rendimento diferido de operações activas
1.315.091
1.326.632
Aplicações em instituições de crédito no estrangeiro
3.316.641.810
7.198.967.466
Aplicações a muito curto prazo
467.474.700
1.709.117.400
2.807.579.428
5.468.480.000
Depósitos
Juros a receber
41.587.682
21.370.066
3.339.778.376
7.211.889.440
O perfil da maturidade dos depósitos noutros bancos à data do balanço era o seguinte:
Maturidade
Até 1 mês
30-Jun-11
31-Dez-10
2.274.896.136
5.993.215.749
De 1 a 3 meses
770.310.000
-
De 3 a 6 meses
285.300.000
1.416.497
De 6 a 12 meses
4.636.120
1.205.917.451
Superior a 1 ano
4.636.120
11.339.743
3.339.778.376
7.211.889.440
27
Relatório e Contas Intercalares
3.6
Crédito a clientes
Esta rubrica tem a seguinte composição:
30-Jun-11
Moeda
Nacional
31-Dez-10
Moeda
Estrangeira
Moeda
Nacional
Total
Moeda
Estrangeira
Total
Credito interno
Empresas
Empréstimos
7.347.914.964
8.911.750.485
16.259.665.449
8.148.215.314
9.346.088.508
17.494.303.822
Créditos em conta corrente
5.187.968.044
937.603.908
6.125.571.952
4.249.739.283
1.295.319.719
5.545.059.002
Locação financeira mobiliário
817.848.356
58.998.399
876.846.755
559.800.986
102.802.529
662.603.515
Locação financeira imobiliário
511.037.055
72.496.671
583.533.726
559.800.986
112.014.735
671.815.721
38.784.412
-
38.784.412
32.076.387
-
32.076.387
1.208.699.372
-
1.208.699.372
914.180.301
13.545.983
927.726.284
212.148.704
1.727.637
213.876.340
90.128.716
11.369.307
101.498.023
-
-
-
-
-
0
Habitação
1.914.631.821
191.817.369
2.106.449.190
1.869.758.641
230.827.487
2.100.586.128
Consumo
1.475.144.005
5.670.667
1.480.814.672
312.046.076
232.307.311
544.353.387
1.618.507.160
Cartões de crédito
Desconto de letras e livranças
Desobertos bancários
Particulares
Outros créditos
664.272.493
42.620.057
706.892.549
526.557.819
1.091.949.342
Crédito ao exterior
-
-
-
-
-
0
Empresas
-
-
-
-
-
0
Empréstimos
-
261.181.372
261.181.372
-
316.226.839
316.226.839
Créditos em conta corrente
-
-
-
-
-
0
Locação financeira mobiliário
-
-
-
-
-
0
Locação financeira imobiliário
-
-
-
-
-
0
Cartões de crédito
-
-
-
-
-
0
Desconto de letras e livranças
-
-
-
-
-
0
Desobertos bancários
-
-
-
-
-
0
Particulares
-
-
-
-
-
0
Habitação
-
-
-
-
-
0
Consumo
-
-
-
-
-
0
330.033.229
-
330.033.229
3.880.900
-
3.880.900
438.668.442
155.729.341
594.397.783
207.437.001
183.387.548
390.824.549
20.147.150.897
10.639.595.905
30.786.746.803 17.473.622.411
12.935.839.309
30.409.461.719
(61.319.460)
(21.219.022)
(82.538.482)
(60.464.749)
(21.437.810)
(81.902.559)
112.266.494
446.295.303
558.561.797
150.165.771
325.859.010
476.024.780
Outros créditos
Juros a receber, líquidos de
rendimentos diferidos
Comissões associadas ao
custo amortizado (líquidas)
Crédito e juros vencidos
Imparidade do crédito
28
(743.589.641)
(669.729.727)
30.519.180.476
30.133.854.214
Relatório e Contas Intercalares
Em 30 de Junho de 2011 e 31 de Dezembro de 2010, a estrutura sectorial da carteira de crédito do BCI é a seguinte:
30-Jun-11
31-Dez-10
796.652.998
958.152.920
Indústria
1.818.563.529
1.923.943.803
Energia
4.932.821.666
4.758.990.019
Construção
1.471.506.204
1.252.098.959
Hotelaria e Turismo
1.040.110.115
1.066.767.023
Comércio e Serv iços
6.289.778.431
5.856.500.707
Transportes
5.474.364.195
6.149.590.572
105.962.542
127.925.817
4.885.371.013
4.267.327.576
3.935.780.123
30.750.910.816
4.048.164.322
30.409.461.719
594.397.783
(81.902.559)
(82.538.482)
476.024.780
(743.589.641)
(669.729.727)
30.519.180.475
30.133.854.213
Agricultura e Pescas
Instituições Financeiras não monetárias
Particulares
Outros
Juros a receber, líquidos de
rendimentos diferidos
Comissões associadas ao
custo amortizado (líquidas)
Imparidade do crédito
Em 30 de Junho de 2011 e 31 de Dezembro de 2010, a antiguidade do “Crédito e juros vencidos” apresentava a seguinte estrutura:
30-Jun-11
Classe de incumprimento
31-Dez-10
Até três meses
88.098.364
97.287.349
De três a seis meses
34.935.894
58.273.891
De seis meses a um ano
De um a três anos
Mais de três anos
94.814.082
133.181.994
332.787.993
7.211.543
184.609.157
1.958.469
713.920
713.920
558.561.797
476.024.781
Sem maturidade fix a
A redução do valor recuperável dos empréstimos e contas a receber apresentava a seguinte evolução:
Saldo em 1 de Janeiro
Utilizações
Reforço líquido da imparidade no ano
Transferências
30-Jun-11
31-Dez-10
669.729.727
660.912.777
(94.012.706)
(122.707.664)
167.872.618
143.507.599
-
(11.982.985)
Reclassificações
743.589.639
669.729.727
Redução do valor recuperável individual
413.598.526
435.722.543
Redução do valor recuperável colectivo
329.991.114
234.007.184
743.589.639
669.729.727
29
Relatório e Contas Intercalares
3.7
Investimentos
Esta rubrica tem a seguinte composição:
30-Jun-11
Valor (MZN)
31-Dez-10
Participação (%)
Valor (MZN) Participação (%)
Participadas e Associadas
INTERBANCOS
2.014.597
38,00%
2.014.597
38,00%
BCI ALD, Lda
40.000
25,00%
40.000
25,00%
IMOBCI, Lda
460.000
10,00%
460.000
10,00%
GCI-Soc. Gestora Fundos, SARL
233.699
9,00%
233.699
9,00%
BPI - Dealer
210.000
10,50%
210.000
10,50%
BNI
700.000
1,00%
171.450.000
1,00%
233.760.000
237.418.296
100,00%
233.760.000
408.168.296
100,00%
TIP TOP
Imparidade acumulada
(2.014.597)
(2.014.597)
235.403.699
406.153.699
A parte que compete ao BCI nos prejuízos acumulados da Interbancos, SARL foi limitada ao valor do investimento. A informação
financeira disponibilizada à gestão no fim do ano pela participada não permite justificar a anulação da imparidade reconhecida.
Em 30/06/2011 a informação financeira das participadas e associadas apresentava os seguintes dados:
Activos
Passivos
Rendimentos
Lucros e
prejuísos
Participadas e Associadas
85.503.734
69.535.019
128.972.158
14.010.682
BCI ALD, Lda
79.865
625.535
371.458
(79.866)
IMOBCI, Lda
58.919.067
51.920.267
6.053.270
3.236.900
GCI-Soc. Gestora Fundos, SARL
6.090.380
1.986.940
367.422
(212.468)
BPI - Dealer
3.489.680
741.947
188.379
(60.420)
INTERBANCOS
30
BNI
-
-
-
-
TIP TOP
-
-
-
-
154.082.726
124.809.708
135.952.687
16.894.828
Relatório e Contas Intercalares
Em 31/12/2011 a informação financeira das participadas e associadas apresentava os seguintes dados:
Activos
Passivos
Rendimentos
Lucros e
prejuísos
Participadas e Associadas
85.503.734
69.535.019
128.972.158
14.010.682
144.351
498.184
1.403.174
(144.351)
59.812.843
56.050.943
10.835.483
(1.893.195)
GCI-Soc. Gestora Fundos, SARL
8.849.366
2.535.101
15.841.002
(2.210.825)
BPI - Dealer
3.520.343
511.222
286.811
(261.389)
INTERBANCOS
BCI ALD, Lda
IMOBCI, Lda
BNI
-
-
-
-
TIP TOP
-
-
-
-
157.830.638
129.130.469
157.338.627
9.500.922
Com o objectivo de construção da nova sede do BCI num terreno cujo direito de uso e aproveitamento é titulado pela TIP TOP,
procedeu-se à aquisição desta participada.
A redução do valor da participação social do BCI no BNI deve-se á redução do capital social do BNI inicialmente aprovado.
3.8
Activos não correntes detidos para venda
Custo
1 de Janeiro de 2011
43.191.710
Aquisições
-
Alienações e abates
-
Reclassificações (i)
43.191.710
Valor Líquido
1 de Janeiro de 2010
43.191.710
31 de Dezembro de 2010
43.191.710
Custo
1 de Janeiro de 2010
Aquisições
Alienações e abates
Reclassificações (i)
96.937.363
21.275.765
(15.672.895)
(59.348.523)
Transferências
43.191.710
Valor Líquido
1 de Janeiro de 2009
96.937.363
31 de Dezembro de 2009
43.191.710
O BCI regista nesta rubrica os imóveis obtidos por recuperação de crédito, com excepção daqueles que não reúnam as condições
previstas na IFRS 5 sendo, nessas circunstâncias, reconhecidos na rubrica de outros activos tangíveis.
O BCI tem a intenção de alienar os activos apresentados na rubrica em referência e encontra-se empenhado na concretização das
transacções. A não conclusão do processo de venda até ao final do exercício resulta de circunstâncias alheias ao BCI permanecendo o Banco comprometido com o plano de venda dos activos incluídos nesta categoria.
31
Relatório e Contas Intercalares
3.9
Propriedades de Investimento
A rubrica de Propriedades de Investimento apresentou a seguinte evolução, valores brutos e depreciações, nos períodos de 30
Junho de 2011 e 31 de Dezembro de 2010:
30-Jun-11
31-Dez-10
26.506.407
24.009.176
Valor Bruto
Início do período
Adicções
-
Reavaliações
-
2.497.231
26.506.407
26.506.407
5.313.117
5.238.452
252.649
570.699
Depreciacões Acumuladas
Início do período
Depreciacão do período
(496.034)
Regularizações
Quantia escriturada
5.565.766
5.313.117
20.940.641
21.193.290
As propriedades de investimento são valorizadas pelo modelo do custo sendo depreciadas numa base linear durante 42 anos,
dado ser esse o período que o BCI considera que irá consumir os respectivos benefícios. A vida útil remanescente das propriedades de investimento foi revista com referência ao início de 2006, considerando o Banco que esta permanece adequada em 30 de
Junho 2011.
Os rendimentos líquidos de rendas de propriedades de investimento obtidos pelo BCI, decorrentes de locações operacionais, ascenderam a 1.690.826,00 Meticais (2010: 1.921.897 Meticais).
32
Relatório e Contas Intercalares
3.10
Outros activos tangíveis
O movimento ocorrido nos outros activos tangíveis durante o exercício de 2011 e 2010 foi o seguinte:
Imóveis em uso
Equipamento
Outros activos
Imobilizado em
Activos em
tangíveis
locação fin.
curso
Total
Custo
1 de Janeiro de 2011
1.411.550.875
893.183.156
5.635.988
-
289.305.226
2.599.675.244
Aquisições
39.142.660
86.061.925
9.997
-
351.039.235
476.253.818
Alienações e abates
-11.363.921
(22.251.647)
-
-
-7.205.745
(40.821.314)
-
-
-
9.575.136
Reav aliações
-
-
Reclassificações (i)
10.056.967
-
-
-
(481.831)
Transferências
71.076.297
146.552.344
-9.997
-
(217.618.644)
1.520.462.878
1.103.545.778
5.635.988
-
415.038.241
141.594.720
459.384.991
-
-
-
30 de Junho de 2011
3.044.682.884
Depreciação Acumulada
1 de Janeiro de 2011
Depreciação do ex ercício
600.979.711
25.234.920
61.638.038
-
-
-
86.872.958
Alienações e abates
(874.223)
(12.189.146)
-
-
-
(13.063.369)
Reclassificações
(632.816)
100.596
-
-
-
(532.220)
165.322.602
508.934.479
-
-
-
674.257.081
1 de Janeiro de 2011
1.269.956.155
433.798.164
5.635.988
-
289.305.226
1.998.695.533
30 de Junho de 2011
1.355.140.276
594.611.299
5.635.988
-
415.038.241
2.370.425.804
741.291.022
723.409.456
5.403.038
1.038.895
345.801.723
1.816.944.134
15.116.206
218.090.127
232.950
-
588.124.802
821.564.084
-
(35.920.944)
Transferências
30 de Junho de 2011
Valor Líquido
Custo
1 de Janeiro de 2010
Aquisições
Alienações e abates
-
-1.038.895
-
(36.959.839)
Reav aliações
212.506.039
-
-
-
-
212.506.039
Reclassificações
135.963.249
-12.395.483
-
-
(337.946.940)
Transferências
306.674.359
-
-
-
(306.674.359)
1.411.550.875
893.183.156
5.635.988
-
289.305.226
106.945.158
388.466.249
-
1.038.895
-
496.450.302
35.081.010
100.152.107
-
-
-
135.233.117
0
(22.706.720)
-
-1.038.895
-
(23.745.615)
(431.448)
(6.526.644)
-
-
-
(6.958.092)
31 de Dezembro de 2010
(214.379.174)
2.599.675.244
Depreciação Acumulada
1 de Janeiro de 2010
Depreciação do ex ercício
Alienações e abates
Reclassificações
Transferências
31 de Dezembro de 2010
0
141.594.720
459.384.991
-
-
-
600.979.711
634.345.864
334.943.207
5.403.038
-
345.801.723
1.320.493.832
1.269.956.155
433.798.164
5.635.988
-
289.305.226
1.998.695.533
Valor Líquido
1 de Janeiro de 2009
31 de Dezembro de 2009
33
Relatório e Contas Intercalares
(i)
Reclassificações:
a.Foi reclassificado para esta rubrica o montante relativo a reclames luminosos, por lapso registados em intangíveis em curso.
Os imóveis acima apresentados encontram-se localizados em terra arrendada pelo Governo de Moçambique. De acordo com a
legislação moçambicana toda a terra é propriedade do Estado.
O BCI optou por adoptar a isenção prevista na IFRS 1 - Adopção pela primeira vez das normas internacionais de relato financeiro e
reavaliou alguns imóveis com referência a 1 de Janeiro de 2006, tendo usado o valor resultante da avaliação, conduzida por peritos
independentes, como custo considerado.
3.11
Activos intangíveis
O movimento ocorrido nos activos intangíveis durante o exercício de 2011 foi o seguinte:
Sistema automatica de
Outros activos
tratamento de dados
intangíveis
Activos
Intangiveis em
curso
Total
Custo
Em 1 de Janeiro 2011
Adições
Transferências
Reclassificações (ii)
38.166.019
-
122.154.058
160.320.078
1.338.300
-
44.490.399
45.828.700
22.836.084
-
(22.836.085)
-
(9.980.602)
-9.980.602
62.340.404
-
133.827.771
196.168.175
27.356.855
-
-
27.356.855
33.082.283
-
-
33.082.283
29.258.122
-
-
Depreciação e Imparidade
Em 1 de Janeiro 2011
Gasto do período
5.725.428
Reclassificações
Alienações
Saldo em 30.06.2011
34
-
133.827.771
5.725.428
0
0
163.085.893
Relatório e Contas Intercalares
(ii)
Reclassificações:
a.Foi reclassificado para esta rubrica activos tangíveis o montante relativo a reclames luminosos, por lapso registados inicialmente
nesta rubrica.
Sistema automatica de
tratamento de dados
Outros activos
intangíveis
Activos
Intangiveis em
Total
curso
Custo
Em 1 de Janeiro 2010
Adições
7.074.112
39.104.711
61.395.215
66.601.187
929.448
-
53.684.732
54.614.180
38.166.019
-
122.154.059
160.320.078
21.852.169
-
-
21.852.169
27.356.855
-
-
27.356.855
10.809.164
-
32.030.599
5.205.972
Reclassificações
Depreciação e Imparidade
Em 1 de Janeiro 2010
Gasto do período
4.909.528
Reclassificações
595.158
-
Alienações
Saldo em 31.12.2010
4.909.528
595.158
-
122.154.059
132.963.223
Os activos intangíveis referem-se a diverso software adquirido pelo BCI.
Em 2011 e 2010, os activos intangíveis em curso referem-se essencialmente, a despesas incorridas com o desenvolvimento de
aplicação informática que não tinham ainda entrado em funcionamento nestas datas.
3.12
Activos por impostos
Esta rubrica tem a seguinte composição:
30-Jun-11
31-Dez-10
59.891.131
-
4.673.032
2.659.124
Activos por impostos correntes
IRPC a recuperar
Activos por impostos diferidos
Por diferenças temporárias
64.564.163
2.659.124
35
Relatório e Contas Intercalares
O movimento ocorrido nos impostos diferidos activos durante os exercícios de 2011 e 2010 foi o seguinte:
31-Dez-10
Por resultados
Gastos
Por fundos próprios
Rendimentos
Aumentos
30-Jun-11
Diminuições
Impostos diferidos activos
Imobilizado incorpóreo
Activ os financeiros disponív eis para v enda
182.370
-
-
-
-
182.370
2.075.188
-
-
2.013.908
-
4.089.096
-
-
-
-
-
-
-
-
Deriv ados
Imparidade de activ os detidos para v enda
401.566
2.659.124
0
0
2.013.908
Por resultados
31-Dez-09
Gastos
401.566
0
4.673.032
Por fundos próprios
Rendimentos
Aumentos
31-Dez-10
Diminuições
Impostos diferidos activos
Imobilizado incorpóreo
Activ os financeiros disponív eis para v enda
182.370
-
-
-
-
182.370
2.075.188
-
-
-
-
2.075.188
-
-
-
-
-
-
-
-
Deriv ados
Imparidade de activ os detidos para v enda
401.566
2.659.124
36
0
0
0
401.566
0
2.659.124
Relatório e Contas Intercalares
3.13
Outros activos
A rubrica de outros activos apresenta a seguinte composição:
30-Jun-11
31-Dez-10
Devedores e outras Aplicações
Impostos a recuperar
-
-
Devedores Diversos
78.756.869
189.058.114
1.474.037
842.777
80.230.906
189.900.891
19.794.259
6.375.645
19.794.259
6.375.645
Rendas
45.036.691
47.886.247
Seguros
6.960.731
1
72.916.535
38.694.911
124.913.957
86.581.159
Contas de compensação
294.370.687
421.829.515
Outras contas Internas
196.370.618
100.354.064
490.741.305
522.183.579
(26.153.657)
(26.153.657)
689.526.771
778.887.618
Outros Devedores
Rendimentos a Receber
Outros Rendimentos a Receber
Despesas com Encargos Diferidos
Outras Despesas com encargos diferidos
Outras contas de regularização
Imparidade
O incremento acentuado da rubrica de outras contas internas prende-se fundamentalmente com as operações cambiais a liquidar
(swap de moeda).
A variação detectada nas contas de compensação interbancária é explicada pelo incremento do volume de depósitos no final do
ano.
A imparidade para outros activos em 30 de Junho de 2011 e 31 de Dezembro de 2010 apresentou a seguinte evolução:
30-Jun-11
Saldo em 1 de janeiro
31-Dez-10
26.153.657
20.171.804
Rev ersões
-
(34.582.430)
Utilizações
-
(19.804.459)
Regularizações
-
609.311
Reforço da imparidade no ano
-
59.759.431
26.153.657
26.153.657
3.14
Recursos de bancos Centrais
O saldo existente nos livros à data de 30 de Junho de 2011 corresponde ao valor tomado em overnigth junto do Banco de Moçambique com recurso à Facilidade Permanente de Cedência (FPC).
37
Relatório e Contas Intercalares
30-Jun-11
31-Dez-10
Recursos de bancos centrais
Depósitos
Recurso a muito curto prazo
Operações de venda com acordo de recompra
Juros a Pagar
1.024.042.459
1.024.042.459
3.15
286.903.478
286.903.478
Recursos de outras instituições de crédito
Esta rubrica tem a seguinte composição:
30-Jun-11
31-Dez-10
Depósitos
568.177.426
182.052.993
Outros recursos
307.500.000
619.000.992
9.088.676
10.525.147
884.766.102
811.579.133
Recursos de instituições de crédito no País
Juros a pagar
Recursos de instituições de crédito no estrangeiro
Depósitos
19.532.315
2.690.814.433
233.064.279
64.101.428
Empréstimos
3.366.540.000
3.844.440.000
Juros a pagar
26.314.412
41.401.187
3.645.451.006
6.640.757.048
4.530.217.108
7.452.336.181
Outros recursos
No intuito de melhorar a gestão da liquidez, nomeadamente em termos de gaps de maturidade das operações, o BCI contratou
junto do BNU, IFC e PROPARCO empréstimos de médio e longo prazo, garantindo deste modo o funding para operações activas de
prazo semelhante.
Empréstimo BNU
Empréstimo do Banco Nacional Ultramarino (BNU), no valor de USD 79.000.000,00 (2.573.820.000,00 Meticais), destina-se a
apoiar no Funding do Financiamento. O prazo de validade é de um ano renovável, com remuneração semestral, a taxa de juro aplicável é a LIBOR 6 meses acrescida de um spread de 2,75%.
Empréstimo da PROPARCO
O valor do empréstimo contraído com a PROPARCO para o desenvolvimento das actividades do Banco é de USD 20.000.000,00
(651.600.000,00 Meticais), sendo o reembolso em Setembro de 2015. A remuneração é semestral e a taxa de juros aplicável é a
Libor 6 meses, carecido de um spread de 3,2%.
Empréstimo do IFC
O BCI contraiu um empréstimo com o IFC para financiamento a pequenas e médias empresas, assim como Banca de retalho e
Corporate no valor de USD 19.000.000,00 (619.020.000,00 Meticais), sendo o reembolso em Junho de 2015. A remuneração é
trimestral e a taxa de juros aplicável é a Libor 3 meses, carecido de um spread de 3,4%.
38
Relatório e Contas Intercalares
3.16
Recursos de clientes
Esta rubrica tem a seguinte composição:
30-Jun-11
Moeda Nacional
Depósitos à ordem
Moeda
Estrangeira
Total
Moeda Nacional
Moeda
Estrangeira
Total
11.436.661.875
6.993.894.206
18.430.556.081
10.538.564.259
7.620.538.607
18.159.102.866
79.126.845
69.704.441
148.831.286
72.277.530
89.515.119
161.792.649
10.203.540.477
4.306.526.967
14.510.067.444
8.986.122.220
6.246.485.790
15.232.608.009
4.463.445
0
4.463.445
4.367.181
0
4.367.181
113.132.027
13.254.947
126.386.973
95.388.349
12.058.167
107.446.516
21.836.924.668
11.383.380.561
33.220.305.229
19.696.719.538
13.968.597.683
33.665.317.221
417.443.214
23.774.247
441.217.461
220.155.189
46.104.950
266.260.139
22.254.367.881
11.407.154.808
33.661.522.689
19.916.874.727
14.014.702.633
33.931.577.360
Depósitos com pré-aviso
Depósitos a prazo
31-Dez-10
Outros depósitos
Cheques e ordens a pagar
Juros a pagar
Em 30 de Junho de 2011 e 31 de Dezembro de 2010, a maturidade das operações a prazo, excluindo as operações de venda com
acordo de recompra, apresentava a seguinte estrutura:
30-Jun-11
31-Dez-10
Até três meses
7.834.599.290
8.625.677.673
Superior a três meses e inferior a meio ano
2.195.700.691
2.673.460.003
Superior a meio ano e inferior a um ano
4.153.027.467
3.168.247.469
463.179.881
850.563.004
12.391.401
76.452.508
14.658.898.730
15.394.400.657
Superior a um ano e inferior a cinco anos
Superior a cinco anos
3.17
Recursos consignados
Esta rubrica tem a seguinte composição:
USAID
PODE - Projecto para o Dezenvolvimento Empresarial
Banco Europeu de Investimento
Fundo de Equilíbrio da Taxa de câmbio - FETC
Ministério da Indústria e Comércio
Outros
30-Jun-11
31-Dez-10
140.823.181
132.475.865
299.442
533.638
1.072.865
1.072.916
119.301
83.366
68.340
374.771
18.934.813
17.330.267
161.317.941
151.870.822
Os recursos consignados USAID, são fundos sob gestão das entidades do Governo de Moçambique (MIC e MINAG), destinados ao
apoio a Agricultura e as empresas agro processadoras de Castanha de Caju.
39
Relatório e Contas Intercalares
3.18
Empréstimos subordinados
Esta rubrica tem a seguinte composição:
30-Jun-11
31-Dez-10
Caixa Geral de Depósitos
180.662.307
206.332.453
Banco BPI, SA
106.271.900
121.372.031
IFC
242.854.962
277.336.410
529.789.169
605.040.895
Empréstimos Subordinados
O reembolso do capital dos empréstimos concedidos pelos accionistas (CGD e BPI) efectuar-se-á em 30 de Julho de 2018. Os
mesmos encontram-se remunerados à taxa Libor 3M acrescida do spread de 3%, vencendo-se juros trimestralmente.
O reembolso do capital do empréstimo concedido pelo IFC efectuar-se-á em 15 de Junho de 2015, com vencimento de juros trimestrais e com remuneração à taxa Libor 3M acrescida do spread de 3%.
3.19
Títulos de dívida
Em 2009 o BCI procedeu à emissão de 2.000.000 de Obrigações subordinadas no valor nominal de 100 Meticais cada, com um
prazo de reembolso de 10 anos. A taxa de juro corresponde à taxa média ponderada, por maturidade e montantes, das últimas seis
emissões de Bilhetes do Tesouro, com prazo igual ou superior a 90 dias, apurada no segundo dia útil anterior à data de início de cada
um dos períodos de contagem de juros, acrescida de 1% e arredondada para 1/16 de ponto percentual superior.
Obrigacões BCI 2009
Juros
40
30-Jun-11
31-Dez-10
200.000.000
200.000.000
7.291.667
5.963.542
207.291.667
205.963.542
Relatório e Contas Intercalares
3.20
Outros passivos
A rubrica de outros passivos apresenta a seguinte composição:
30-Jun-11
31-Dez-10
900.143
1.082.573
Outros credores
116.039.203
312.198.176
Impostos retidos
69.624.853
52.764.735
186.564.199
366.045.484
66.712.380
52.227.540
66.712.380
52.227.540
Gastos com pessoal
112.027.266
128.894.093
Outros encargos a pagar
163.090.929
72.450.177
275.118.195
201.344.270
Credores
Fornecedores
Responsabilidades com pensões
Responsabilidades por serviços passados (a)
Encargos a pagar
Receitas com rendimentos diferidos
Outras receitas com rendimentos diferidos
30.796.986
26.744.449
30.796.986
26.744.449
-
-
20.334.750
101.226.509
-
-
20.334.750
101.226.509
579.526.509
747.588.252
Outras contas de regularização
Contas de compensação
Outras contas internas
Impostos a pagar
A rubrica de Outros credores inclui, fundamentalmente:
(i)
O saldo da rubrica de Gastos com pessoal regista fundamentalmente o subsídio de férias e o prémio de produtividade por
pagar no ano seguinte.
Ao abrigo do Acordo Colectivo de Trabalho (ACT) em vigor no sector bancário subscrito pelo Ex-BF, os colaboradores contratados
localmente ou as suas famílias têm o direito a prestações pecuniárias a título de reforma por velhice, invalidez e sobrevivência.
Aos trabalhadores do BCI abrangidos pelo plano de pensões ser-lhes-á atribuído um complemento de pensão, calculado com base
na aplicação do esquema de benefícios do ACT do Sector Bancário, deduzido das prestações que venham a receber do Instituto
Nacional da Segurança Social.
As responsabilidades por serviços passados são calculadas em conformidade com o estabelecido na IAS 19.
Um plano de benefícios definidos é um plano de pensões que define uma quantia do benefício de pensões que um empregado terá
direito a receber aquando da data da sua reforma, dependendo de um ou mais factores como a idade, anos de serviço e salário.
O BCI aplica o método do “corredor” no reconhecimento dos ganhos e perdas actuariais. Contudo, de acordo com o definido na
IFRS 1 - Adopção pela primeira vez das normas internacionais de relato financeiro, um adoptante pela primeira vez pode optar por
reconhecer todos os ganhos e perdas actuariais cumulativos à data de transição para as IFRS, opção exercida pelo Banco.
41
Relatório e Contas Intercalares
3.21
Provisões
A rubrica de provisões apresenta a seguinte decomposição:
Provisões para garantias e compromissos
Provisões para operações qualificadas
Caixa internacional
Grupo BPI
Provisões diversas
30-Jun-11
31-Dez-10
7.898.595
38.816.865
66.606.659
65.747.860
66.145.012
65.286.213
461.647
461.647
33.424.780
48.370.078
107.930.035
152.934.803
O movimento ocorrido nas provisões durante o exercício de 2011 e 2010 foi o seguinte:
30-Jun-11
31-Dez-10
152.934.803
145.181.442
16.044.247
99.160.346
Reversões
(45.952.820)
(100.742.402)
Utilizações
(14.945.299)
(5.087.916)
(150.896)
14.423.334
Em 1 de Janeiro
Reforço
Reclassificações
107.930.034
152.934.803
As provisões referem-se a obrigações presentes do BCI e têm como objectivo fazer face a responsabilidades futuras para com
os garantes BPI e CGD no âmbito das operações qualificadas, a serem liquidadas aquando da recuperação integral dos créditos
garantidos. Adicionalmente, incluem-se nas provisões os montantes associados às perdas estimadas pelo BCI nas operações de
garantias assumidas.
Nas reversões estão reflectidas:
• As anulações das provisões para garantias e compromissos assumidos no valor de 45.952.820 Meticais, constituídas de acordo
com o aviso nº 7/GBM/2009, como resultado da redução da exposição.
3.22
Capital
Em 30 de Junho de 2011 o capital do BCI está representado por 190.000.000 acções ordinárias de valor nominal de dez Meticais
cada e encontra-se integralmente realizado.
A actual estrutura accionista do BCI – Banco Comercial e de Investimentos, S.A., está definida do seguinte modo:
42
Relatório e Contas Intercalares
30-Jun-11
Accionista
N.o de acções
%
31-Dez-10
Montante
N.o de acções
%
Montante
PARBANCA, SGPS SA
96.900.000
51,00%
968.999.996
96.900.000
51,00%
968.999.996
BPI
56.999.999
30,00%
569.999.994
56.999.999
30,00%
569.999.994
SCI
34.421.245
18,12%
344.212.454
34.421.245
18,12%
344.212.454
BCI (Acções Próprias)
966.644
0,51%
9.666.440
966.644
0,51%
9.666.440
SIM (IMPAR)
543.822
0,29%
5.438.222
543.822
0,29%
5.438.222
Outros
168.289
0,08%
1.682.893
168.289
0,08%
1.682.893
190.000.000
100%
1.900.000.000
190.000.000
100%
1.900.000.000
3.23
Reservas
Esta rubrica tem a seguinte composição:
30-Jun-11
31-Dez-10
Reservas de Reavaliação
(12.586.925)
3.600.423
Impostos passivos (AFS)
Reservas de justo valor (AFS)
2.013.908
2.075.188
Reservas de Reavaliação
353.677.673
353.677.673
Imposto diferido (Reserva de reavaliação)
(54.711.449)
(56.786.637)
Impostos
-
-
288.393.206
302.566.647
Reserva legal
490.113.989
352.586.971
Outras reservas
551.886.435
1.778.362
1.042.000.424
354.365.333
1.330.393.630
656.931.980
Outras reservas e resultados transitados
A reserva de justo valor inclui as alterações no justo valor dos activos financeiros disponíveis para venda.
Nos termos do art. 63º da Lei n.º 15/99 de 1 de Novembro, que regula o estabelecimento e o exercício da actividade das instituições
de crédito e sociedades financeiras no país, uma fracção não inferior a 15% dos lucros líquidos apurados em cada exercício deverá
ser destinada à formação de uma reserva legal até ao limite do capital social.
A distribuição de dividendos, no valor de 229.211.697 Meticais, equivalente a 25% do resultado líquido de 2010, resultou da deliberação da aplicação do resultado do exercício de 2010, aprovada pela Assembleia Geral em 25 de Março de 2010.
43
Relatório e Contas Intercalares
3.24
Margem financeira
Esta rubrica tem a seguinte composição:
30-Jun-11
30-Jun-10
Juros e rendimentos similares
Juros de disponibilidades
Juros de aplicações em instituições de crédito
Juros de crédito a clientes
Juros de activos financeiros disponíveis para venda
Outros Juros e rendimentos similares
277.436
241.781
70.691.882
65.798.505
2.202.337.687
1.317.294.874
162.738.884
191.114.627
32.699.638
39.386.433
2.468.745.527
1.613.836.220
Juros e encargos similares
Juros de recursos de Bancos Centrais
49.467.404
24.922.421
Juros de recursos de outras instituições de crédito
113.540.349
105.779.588
Juros de depósitos a clientes
934.859.219
502.508.609
8.617.218
1.328.542
Juros de recursos consignados
Juros de passivos relacionados com activos não desreconhecidos
Outros juros e encargos similares
3.25
0
49.104.132
49.416.950
24.015.381
1.155.901.139
707.658.672
1.312.844.388
906.177.547
Rendimento líquido de taxas e comissões
Esta rubrica tem a seguinte composição:
30-Jun-11
30-Jun-10
Por garantias prestadas
58.403.525
41.993.589
Por serviços prestados
66.920.108
63.180.761
145.434
153.039
Banca Electronica
138.065.846
82.098.310
Outros rendimentos de comissões
114.348.076
70.435.458
377.882.988
257.861.156
(2.328.500)
(1.742.455)
Banca Electronica
(46.839.713)
(37.164.601)
Outros gastos com comissões
(28.564.686)
(24.165.715)
(77.732.899)
(63.072.771)
300.150.089
194.788.386
Rendimentos de taxas e comissões
Por operações realizadas por conta de terceiros
Gastos com taxas e comissões
Por serviços prestados por terceiros
3.26
44
Relatório e Contas Intercalares
3.27
Resultados em operações financeiras
Esta rubrica tem a seguinte composição:
30-Jun-11
30-Jun-10
Ganhos em operações financeiras
Reavaliação da posição cambial
34.365.599.876 83.134.114.588
Trading
210.949.359
168.382.269
Ganhos em activos financeiros ao justo valor através dos resultados
0
45.195
Operações sobre disponibilidades
0
0
34.576.549.235 83.302.542.052
Perdas em operações financeiras
Reavaliação da posição cambial
34.351.526.168 82.866.701.669
Perdas em outros activos financeiros ao justo valor através dos resultados
Perdas em operações sobre disponibilidades
0
1.455.821
1.664.841
0
34.353.191.009 82.868.157.489
Resultaos líquidos em operações financeiras
3.28
223.358.226
434.384.563
Outros rendimentos operacionais
Esta rubrica tem a seguinte composição:
30-Jun-11
30-Jun-10
Outros rendimentos operacionais
Prestação de serviços diversos
Reembolso de despesas
Outros rendimentos operacionais
70.306.883
47.899.835
4.128.465
3.227.421
98.324.083
26.492.990
172.759.432
77.620.246
Outros gastos operacionais
Quotizações e donativos
Outros gastos operacionais
4.135.550
1.158.053
39.467.536
44.910.058
43.603.086
46.068.111
129.156.346
31.552.135
O crescimento da rubrica outros rendimentos é consequência da recuperação de alguns créditos incobráveis no montante de
25.754.319.
45
Relatório e Contas Intercalares
3.29
Gastos com pessoal
Esta rubrica tem a seguinte composição:
30-Jun-11
Remuneração dos Orgãos de gestão e fiscalização
30-Jun-10
31.508.659
38.275.022
469.388.202
341.583.577
Encargos Sociais Obrigatórios
24.354.433
16.961.570
Encargos Sociais facultativos
12.908.895
9.828.416
Responsabilidades com pensões
14.622.000
14.622.000
Indeminizações contratuais
0
561.048
Outros gastos com pessoal
8.256.901
5.902.190
561.039.091
427.733.824
Remuneração dos empregados
Em 30 de Junho de 2011 e 30 de Junho de 2010, a rubrica remunerações inclui os seguintes custos relativos a remunerações atribuídas aos membros do conselho de administração do BCI:
• 26.830.070 Meticais e 19.166.247 Meticais, respectivamente, relativos a remunerações pagas em numerário.
O crescimento da rubrica remunerações com empregados reflecte o aumento do número de colaboradores resultante da expansão da rede de agências, bem como o impacto da alteração da política de remunerações e incentivos.
O valor da contribuição do BCI para a segurança social ascende ao montante de 19.016.770 Meticais.
Efectivos
Nos primeiros semestres de 2010 e 2009, o número de efectivos, em média e no final do período, eram os seguintes
31 de Jun. 2011
Média do
Final do
período
período
Administradores
30 de Jun. 2010
Média do
Final do
período
período
4
4
4
4
64
67
60
56
Outros quadros
611
639
534
503
Administrativos
725
771
656
644
54
54
46
41
1.458
1.535
1.298
1.248
Quadros superiores
Autros colaboradores
46
Relatório e Contas Intercalares
3.30
Outros gastos administrativos
Esta rubrica tem a seguinte composição:
Fornecimentos de terceiros
30-Jun-11
30-Jun-10
57.323.006
32.410.793
Água, energia e combustíveis
17.214.537
17.678.075
Material de consumo corrente
35.337.458
9.613.528
4.771.011
5.119.190
504.271.784
408.996.916
464.396
#REF!
24.329.050
220.4370
24.899.4330
Outros fornecimentos de terceiros
Serviços de terceiros
Serviço de informação
Informática
Deslocações, estadas e representações
Publicidade e edição de publicações
25.317.494
#REF!
67.977.095
20.084.714
Conservação e reparação
42.375.154
51.734.6560
32.736.353
Serviços de consultoria
37.397.126
40.547.051
Serviços de limpeza
8.092.493
5.105.768
Rendas e Alugueres
41.125.022
#REF!
85.709.615
37.687.101
Segurança e Vigilância
24.585.409
15.257.981
Transferência de fundos
26.309.607
Comunicações e despesas de expedições
62.023.863
Outros Serviços de Terceiros
120.589.323
18.594.1880
100.105.370
Outros gastos administrativos
20.403.061
18.513.980
581.997.851
459.921.690
Durante o exercício de 2011, os honorários dos auditores, relativos à auditoria das demonstrações financeiras do BCI e suas associadas, ascenderam a cerca 2.514.154 Meticais.
3.31
Outros rendimentos
Nesta rubrica são registados os rendimentos com propriedades de investimentos, assim como reembolsos de despesas adiantadas por conta de empregados.
47
Relatório e Contas Intercalares
3.32
Impostos sobre os lucros
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 o gasto com impostos sobre os lucros reconhecidos nos resultados podem ser resumidos
como se segue:
30-Jun-11
30-Jun-10
Gasto de Im posto
Imposto corrente
107.472.157
87.098.172
Imposto diferido
-
-
Correcções de Impostos relativ as a ex ercícios anteriores
-
846.885
107.472.157
87.945.056
O imposto corrente é calculado com base nas taxas de imposto legalmente em vigor em cada período.
A reconciliação entre a taxa nominal de imposto e a carga fiscal verificada nos exercícios de 2011 e 2010, bem como a reconciliação
entre o gasto / rendimento de imposto e o produto do resultado contabilístico pela taxa nominal de imposto podem ser analisadas
como se segue:
30-Jun-11
Taxa de
im posto
Resultado antes de impostos
30-Jun-10
Taxa de
Valor
im posto
Valor
-
600.672.013
-
526.218.710
Imposto corrente com base na tax a nominal de imposto - 16%
16,0%
96.107.522
16,0%
84.194.994
Rendimento não sujeito a imposto
0,0%
-
0,0%
-
Despesas não dedutív eis
0,0%
-
0,7%
-
Benefícios fiscais
0,0%
-
-0,3%
-
Imposto diferido
0,0%
-
0,0%
-
Outras despesas não dedutív eis
1,9%
11.364.635
0,7%
3.750.063
17,9%
107.472.157
16,7%
87.945.057
Em 30 de Junho de 2011 e 30 de Junho de 2010 os activos e passivos por impostos correntes apresentaram os seguintes saldos:
30-Jun-11
Activ os por impostos correntes
Passiv os por impostos correntes
30-Jun-10
59.891.131
-
140.216.580
32.744.423
Os activos por impostos correntes são constituídos por pagamentos de IRPC por conta e por retenções na fonte sobre os juros
dos Bilhetes do Tesouro.
Os impostos diferidos activos e passivos correspondem ao valor do imposto a recuperar e a pagar em períodos futuros resultante
de diferenças temporárias entre o valor contabilístico de um activo ou passivo e a sua base fiscal. Os prejuízos fiscais reportáveis
bem como os créditos fiscais dão também origem a impostos diferidos activos.
Os impostos diferidos activos e passivos foram calculados com base nas taxas fiscais decretadas para o período em que se prevê
que seja realizado o respectivo activo ou passivo.
Os impostos diferidos activos são reconhecidos até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros
que acomodem as diferenças temporárias dedutíveis.
48
Relatório e Contas Intercalares
O movimento ocorrido nos impostos diferidos registados durante o exercício de 2011 foi o seguinte:
31-Dez-10
Por resultados
Gastos
Por fundos próprios
Rendim entos
Aum entos
30-Jun-11
Dim inuições
Im postos diferidos activos
Imobilizado incorpóreo
Activ os financeiros disponív eis para v enda
182.370
-
-
-
2.075.188
-
-
-
-
-
-
Deriv ados
Imparidade de activ os detidos para v enda
401.566
2.659.124
0
0
-
182.370
2.013.908
-
4.089.096
-
-
-
-
2.013.908
401.566
0
4.673.032
Im postos diferidos passivos
Activ os financeiros disponív eis para v enda
Reav aliação de imóv eis como custo
considerado
Deriv ados
(56.786.636)
(56.786.636)
(362.394)
(362.394)
(57.149.031)
(57.149.031)
(54.489.907)
(52.475.999)
Valor residual activ os tangív eis
O movimento ocorrido nos impostos diferidos registados durante o exercício de 2010 foi o seguinte:
31-Dez-09
Por resultados
Gastos
Por fundos próprios
Rendim entos
Aum entos
31-Dez-10
Dim inuições
Im postos diferidos activos
Imobilizado incorpóreo
Activ os financeiros disponív eis para v enda
182.370
-
-
-
-
182.370
2.075.188
-
-
-
-
2.075.188
-
-
-
-
401.566
-
-
-
-
Deriv ados
Imparidade de activ os detidos para v enda
2.659.124
0
0
0
401.566
0
2.659.124
Im postos diferidos passivos
Activ os financeiros disponív eis para v enda
Reav aliação de imóv eis como custo
considerado
Deriv ados
-
-
-
-
(22.386.113)
-
-
-
(362.394)
-
-
-
(34.400.523)
-
(56.786.636)
(362.394)
Valor residual activ os tangív eis
3.33
(22.748.508)
(34.400.523)
(57.149.031)
(20.089.384)
(34.400.523)
(54.489.907)
Resultado por acção
O resultado por acção é calculado da seguinte forma:
30-Jun-11
30-Jun-10
Resultado do ex ercício
493.199.856
438.273.653
Número médio de acções
189.836.470
189.836.470
2,60
2,31
190.000.000
190.000.000
Resultado por acção
Número total de acções
Número de acções próprias
Número médio de acções
163.530
163.530
189.672.940
189.672.940
Não existe nenhuma restrição para a distribuição de dividendos
49
Relatório e Contas Intercalares
3.34
Segmentos Operacionais
De acordo com a Norma Internacional de Relato Financeiro Nº. 8, a Administração considerou que são passíveis de análise os seguintes segmentos de negócio
Negociação e Vendas: compreende a actividade bancária relacionada com a gestão da carteira própria de títulos, gestão de instrumentos de divida emitida, operações do mercado monetário e cambial, operações do tipo “Ripo” e de empréstimos de títulos e
corretagem por grosso. São incluídos neste segmento as aplicações e disponibilidades sobre outras instituições de crédito.
Banco Retalho: compreende a actividade bancária junto dos particulares, empresas em nome individual e pequenas empresas.
São incluídos neste segmento o crédito ao consumo, crédito hipotecário, cartões de crédito e, também, os depósitos captados
junto de particulares.
Banca Empresas: inclui as actividades creditícias e de captação de recursos junto de grandes empresas e PME. Neste segmento,
estão incluídos os empréstimos, contas correntes, financiamentos de projectos de investimentos, descontos de letras, locação
financeira mobiliária e imobiliária e a tomada de créditos sindicatos, bem como o crédito ao Sector Público.
Outros: compreende todos os segmentos de actividades que não foram contemplados nas linhas de negócio anteriores.
Em 30/06/2011 e 30/06/2010 o volume de negócios e os resultados destes dois segmentos repartiam-se do seguinte:
Em 30 de Junho de 2011
Banca Retalho Banca Empresas
Margem financeira
560.333.803
Rendimento líquido de tax as e comissões
752.510.585
Total BCI
1.312.844.388
193.202.758
106.947.332
300.150.089
Resultados de operações financeiras
70.399.937
152.958.289
223.358.226
Outros rendimentos liquidos operacionais
82.199.667
46.956.678
129.156.346
906.136.165
1.059.372.885
1.965.509.050
Custos com pessoal
(352.726.775)
(208.312.316)
(561.039.091)
Outros gastos administrativ os
(329.153.980)
(243.883.818)
(573.037.799)
(65.546.536)
(27.249.568)
(92.796.104)
Total de Rendimentos Operacionais
Amortizações do ex ercício
Total de Custos Operacionais
Imparidade de crédito
(747.427.291)
(25.518.932)
(479.445.702) (1.226.872.993)
(142.353.686)
(167.872.618)
14.954.287
14.954.287
29.908.574
Resultados Antes de Impostos
148.144.230
452.527.783
600.672.013
Impostos
(26.505.946)
(80.966.211)
(107.472.157)
Lucro do Exercício
121.638.284
371.561.572
493.199.856
Outras prov isões
Balanço (1)
Crédito
Depósitos
22.686.082.696
41.494.620.468 64.180.703.165
5.742.160.113
24.777.020.363 30.519.180.476
16.943.922.584
16.717.600.105 33.661.522.689
(1)
As contas do balanço por segmento operacional foram preparadas na base do critério usado para a elaboração dos relatórios regularmente apresentados à Comissão Executiva.
50
Relatório e Contas Intercalares
Banca Retalho
Banca Empresas
Total BCI
Margem financeira
344.066.963
562.110.584
906.177.547
Rendimento líquido de taxas e comissões
104.120.837
90.667.549
194.788.386
Resultados de operações financeiras
136.913.004
297.471.559
434.384.563
Outros rendimentos liquidos operacionais
36.525.011
(4.975.876)
31.549.135
Total de Rendimentos Operacionais
621.625.815
945.273.815
1.566.899.630
Custos com pessoal
(261.254.938)
(166.478.886)
(427.733.824)
Outros gastos administrativos
(241.344.420)
(197.877.742)
(439.222.162)
(45.294.647)
(22.229.320)
(67.523.967)
(547.894.006)
(386.585.948)
(934.479.954)
(14.274.224)
(80.887.271)
(95.161.495)
Outras provisões
(1.655.921)
(9.383.551)
(11.039.471)
Resultados Antes de Impostos
57.801.665
468.417.045
526.218.710
Impostos
(9.660.186)
(78.284.870)
(87.945.056)
Lucro do Exercício
48.141.479
390.132.175
438.273.653
Em 30 de Junho de 2010
Amortizações do exercício
Total de Custos Operacionais
Imparidade de crédito
Balanço (1)
Crédito
Depósitos
18.032.654.442
31.032.237.053 49.064.891.494
3.590.537.624
25.567.206.825 29.157.744.448
13.454.825.779
15.086.014.216 28.540.839.995
(1)
As contas do balanço por segmento operacional foram preparadas na base do critério usado para a elaboração dos relatórios regularmente apresentados à Comissão Executiva.
A reconciliação do relato por segmentos nas rubricas de activos e passivos apresenta-se como segue:
30-Jun-11
30-Jun-10
Total dos activ os reportados nos segmentos
30.519.180.476
29.157.744.448
Valores não alocados
15.093.520.002
13.009.814.842
45.612.700.477
42.167.559.290
33.661.522.689
28.540.839.995
8.237.250.741
10.894.865.380
43.671.610.823
32.190.062.338
Activos
Passivos
Total dos passiv os reportados nos segmentos
Valores não alocados
51
Relatório e Contas Intercalares
3.35
Compromissos e passivos contingentes
Passivos contingentes
De forma a satisfazer as necessidades dos seus clientes, o BCI incorre em diversos compromissos e passivos contingentes. Apesar das obrigações associadas poderem não ser reconhecidas no balanço, elas possuem um risco de crédito inerente e portanto
constituem uma parte do risco a que o Banco se encontra exposto.
Os passivos contingentes globais do Banco apresentam-se da seguinte forma:
30-Jun-11
31-Dez-10
Garantias Financeiras
1.254.269.501
1.301.346.450
Créditos documentários
1.300.020.675
1.477.555.057
2.554.290.176
2.778.901.507
Passivos contigentes
Os créditos documentários e garantias comprometem o Banco a efectuar pagamentos por conta dos seus clientes caso ocorra
uma situação específica, geralmente relacionada com a importação ou exportação de bens. As garantias e os créditos documentários, pela sua natureza, encontram-se expostos a risco de crédito semelhante.
Compromissos associados a locações
Locações operacionais – Banco como locatário
O Banco realizou contratos de locação operacional de imóveis nos quais assume o papel de locatário. Os futuros pagamentos
mínimos de locação referentes a locações operacionais em 30 de Junho de 2011 e 31 de Dezembro 2010 apresentam-se como se
segue:
30-Jun-11
31-Dez-10
91.724.849
57.559.588
Entre um e cinco anos
349.679.198
179.227.838
Superior a cinco anos
298.701.497
299.953.297
740.105.545
536.740.724
Até um ano
Locações operacionais – Banco como locador
O Banco realizou contratos de locação operacional de imóveis próprios nos quais assume o papel de locador. Todas as propriedades de investimento se encontram locadas no âmbito de locações operacionais. As rendas futuras de locação referentes a locações operacionais em 30 de Junho de 2011 e 31 de Dezembro 2010 apresentam-se como se segue:
52
Relatório e Contas Intercalares
30-Jun-11
Até um ano
31-Dez-10
1.348.043
3.604.163
1.348.043
3.604.163
Entre um e cinco anos
3.36
Partes Relacionadas
Nos termos da IAS 24, são relacionadas aquelas entidades nas quais o BCI exerce, directa ou indirectamente, uma influência significativa sobre a sua gestão e política financeira (Associadas e Subsidiárias) e as entidades que exercem influência significativa sobre
a gestão do Banco (Pessoal Chave: Membros do Conselho de Administração, Directores - Coordenadores e Directores).
Diversas transacções bancárias, depósitos, contas a pagar, garantias são celebradas com as empresas relacionadas. As mesmas
são realizadas numa base comercial no decurso normal do negócio. As transacções com as empresas relacionadas executadas
durante o ano e os respectivos saldos no fim do ano são as seguintes:
Accionistas
Activo
Aplicações em instituições de crédito (iii)
Crédito (iv)
Outros Devedores
Activos financeiros disponiveis para venda (v)
Passivo
Depósitos
Empréstimos Subordinados (vi)
Proveitos
Juros
Comissões e Despesas
Custos
Juros
Comissões e Despesas
Extrapatrimoniais
Garantias Recebidas (vii)
Garantias Prestadas
Associadas Participadas Pessoal Chave
Total
182.177.100
332.584.494
863.985.223
1.378.746.817
581.362
0
581.362
-
72.768.409
364.806
0
73.133.216
72.768.409
946.168
0
73.714.577
251.792
285.300.000
285.551.792
0
0
63.862.403
63.862.403
55.250.638
397.596.667
452.847.304
15.804.246
15.804.246
3.971.034
366.799
4.337.833
-
4.335.734
106.427
4.442.161
16.451.433
473.226
16.924.659
0
0
-
808.734
3.181
811.915
808.734
3.181
811.915
158.999.369
2.728.351
161.727.720
-
-
77.706.952
77.706.952
77.706.952
77.706.952
O crédito concedido ao pessoal chave do banco está de acordo com as condições aprovadas para todos os colaboradores, tanto em
termos de prazo como de taxas. As taxas encontram-se indexadas à Facilidade Permanente de Cedência do Banco de Moçambique (FPC) e são bonificadas em função do prazo e da finalidade do mútuo.
(iii)
O BCI cedeu à Caixa Geral de Depósitos e ao BPI fundos a curto prazo ao nível do Mercado Monetário Interbancário (MMI),
que ascendem a 182.177.100 Meticais (equivalentes a € 4.410.000,00), a uma taxa média de 1,41%;
53
Relatório e Contas Intercalares
(iv)
O montante corresponde a três financiamentos concedidos a Insitec, dois em forma de conta corrente no valor de
251.884.127,00 Meticais, taxa de 23.5% e o outro em forma um empréstimo a longo prazo no valor de 37.500.000,00 Meticais, a
taxa de juro de 19%, com vencimento em 2016.
(v)
Vide nota 3.3
(vi)
Vide nota 3.17
(vii)
O montante corresponde as seguintes operações:
a.Garantia bancária recebida da Caixa Geral de Depósitos no valor de 142.650.000,00 Meticais (equivalentes a U$5.000.000,00),
prazo de vencimento 2014;
b.Garantia bancária recebida da Caixa Geral de Depósitos no valor de 10.358.069,00 (equivalentes a €250.740,00), prazo maturidade 2012;
c.Garantia bancária recebida da Caixa Geral de Depósitos no valor de 5.991.300,00 (equivalentes a U$210.000,00), prazo maturidade 2012.
As transacções com os administradores são divulgadas na nota 3.28
54
Relatório e Contas Intercalares
Em 31 de Dezembro de 2010, o montante global dos activos, passivos, gastos e rendimentos e responsabilidades extrapatrimoniais relativos a operações realizadas com entidades relacionadas e membros chave da Gerência têm a seguinte composição:
Activo
Aplicações em instituições de crédito
Crédito
Outros Devedores
Passivo
Depósitos
Empréstimos
Subordinados
Outros Credores
Proveitos
Juros
Comissões e Despesas
Accionistas
3.37
Total
3.350.717.400
154.533.526
65.186.400
3.570.437.326
24.704.685
571.362
25.276.047
-
- 3.350.717.400
70.357.065
249.595.276
65.757.762
70.357.065 3.666.070.437
1.283.814
397.596.6670
398.880.481
20.822.032
020.822.032
-
33.144.791
033.144.791
55.250.638
397.596.6670
452.847.304
8.144.665
8.144.665
3.971.034
366.799
4.337.833
-
4.335.734
106.427
4.442.161
16.451.433
473.226
16.924.659
12.397.302
12.397.302
320.418
320.418
-
1.154.132
1.154.132
13.871.851
13.871.851
495.927.840
1.768.032
497.695.872
29.944.900
29.944.900
-
72.743.402
72.743.402
495.927.840
104.456.334
600.384.174
Custos
Juros
Extrapatrimoniais
Garantias Recebidas
Garantias Prestadas
Associadas Participadas Pessoal Chave
Acontecimentos após a data de balanço
Após a data de balanço e até à data em que as demonstrações financeiras foram autorizadas para emissão, não ocorreram quaisquer acontecimentos favoráveis ou desfavoráveis.
3.38
Gestão de Risco
(a)
Introdução
O risco é inerente à actividade do Banco e é gerido através de um processo contínuo de identificação, mensuração e monitorização
estando sujeito a limites e diversos controlos. O processo de gestão de risco é crítico na garantia da rentabilidade contínua do Banco estando cada colaborador consciente da exposição ao risco relacionada com as suas responsabilidades. O Banco encontra-se
exposto ao risco de crédito, risco de liquidez e risco de mercado, encontrando-se ainda exposto a riscos operacionais.
O processo de controlo de risco não inclui riscos de negócio como seja a exposição a alterações do ambiente económico, tecnológicas ou industriais.
A gestão e controlo de riscos é realizada no BCI de forma centralizada e incide principalmente sobre a avaliação, gestão e controlo
dos riscos de crédito, de mercado, taxa de juro, liquidez e operacional incorridos pela Instituição, consagrando o princípio da segregação de funções entre as áreas comerciais, de risco e financeira.
No âmbito do processo de gestão de activos e passivos (Asset-Liability Management, ALM), o BCI prosseguiu o objectivo de
assegurar uma gestão prudente da situação de liquidez, de consumo de capital e de controlo dos riscos financeiros associados,
debruçando-se em particular sobre os riscos de liquidez, de taxa de juro e de mercado.
(b)
Risco de crédito
O risco de crédito é o risco do Banco incorrer numa perda pelo facto das contrapartes não cumprirem com as suas obrigações de
crédito para com o Banco. O BCI gere e controla o risco de crédito fixando limites aos montantes de risco que está disposto a aceitar
para contrapartes individuais e monitorizando a exposição em relação a esses limites.
55
Relatório e Contas Intercalares
O risco de crédito, dada a natureza e especificidade da actividade bancária, reveste-se de particular importância, face à sua materialidade, não obstante a sua interligação com os restantes riscos.
O BCI tem mantido um processo contínuo de avaliação, qualitativa e quantitativa, da sua carteira de crédito com a finalidade de
identificar a existência, ou não, de evidências claras e objectivas de imparidade da mesma.
Um crédito estará, em princípio, em imparidade sempre que se verificarem um ou mais eventos de perda com impacto na recuperação integral do mesmo.
O modelo actual de Imparidade do banco assenta, fundamentalmente, numa metodologia de cálculo baseada na análise individual
e colectiva da carteira de crédito.
A análise individual incide sobre os créditos com exposição significativa e/ou em situação irregular há mais de 179 dias, para uma
avaliação pormenorizada e objectiva da capacidade dos respectivos mutuários em cumprir com o serviço de dívida, através da:
Avaliação da situação económico-financeira;
Verificação da existência, ou não, de operações com crédito e juros vencidos, no Grupo BCI e/ou no sistema bancário nacional;
Adequação do valor e do tipo de garantias existentes ao saldo devedor; e
Análise da tendência de evolução histórica de pagamento dos clientes.
Para os créditos com exposição significativa e/ou em situação irregular há mais de 179 dias, para os quais não tenham sido identificadas situações objectivas de imparidade individual, efectua-se o cálculo da sua imparidade colectiva, de acordo com os factores
de risco para créditos com características semelhantes (classes homogéneas de risco).
Os créditos que não são sujeitos à análise individual, são agrupados em classes homogéneas de risco (v.g. segmento de crédito,
tipo de colateral, histórico de comportamento de pagamento, etc.), para o apuramento da sua imparidade colectiva.
Em 2011, a procura pela melhoria contínua dos processos e procedimentos internos, e das melhores ferramentas para a identificação, avaliação, gestão e controlo do Risco de Crédito, manteve-se como objectivo último de elevar a qualidade da carteira de
crédito do banco e consequentemente reduzir as probabilidades de perda por incumprimento.
Adicionalmente, no âmbito da Gestão e Controlo do Risco de Crédito e do Cumprimento dos Rácios Prudenciais Regulamentares, é
efectuado um acompanhamento contínuo da evolução da carteira, com particular enfoque na análise da Concentração do Crédito
(cliente/grupo, produto, maturidade, prazo residual, sector de actividade e região), Crédito Correlacionado (accionistas, empresas
participadas e de grupo e colaboradores) e Crédito em Grandes Riscos (créditos a clientes/grupos com exposição igual ou superior
a 10% do valor dos Fundos Próprios do banco).
No que se refere à Imparidade/Provisões, são monitorados os níveis de cobertura do crédito por imparidade/provisões, os clientes
com maior nível de incumprimento e as taxas de incumprimento por produto, segmento, sector, moeda e região, para a tomada de
56
Relatório e Contas Intercalares
medidas correctivas e/ou preventivas para mitigar e/ou eliminar os riscos de perdas potenciais futuras.
Riscos relacionados com crédito
O BCI coloca à disposição dos seus clientes garantias que poderão exigir que o Banco efectue pagamentos por sua conta. Tais
pagamentos são recebidos dos clientes conforme definido nos termos das cartas de crédito. Os produtos em referência expõem
o Banco a riscos semelhantes aos riscos dos empréstimos concedidos sendo estes mitigados através de processos semelhantes.
Exposição máxima ao risco de crédito sem tomar em consideração quaisquer garantias
O quadro abaixo apresenta a exposição máxima ao risco de crédito por produto e por sector de actividade. A exposição máxima é
apresentada em valores brutos não tomando em consideração os possíveis efeitos de quaisquer garantias colaterais.
A exposição máxima, por activo financeiro, em 30 de Junho de 2011 e 31 de Dezembro de 2010 é a seguinte:
30-Jun-11
31-Dez-10
251.485.988
70.502.223
Activ os financeiros disponív eis para v enda
2.904.363.494
2.064.359.766
Empréstimos e adiantamentos a bancos
3.339.778.376
7.211.889.440
2.117.397.232
2.106.543.015
487.235.140
641.142.296
Caix a e Disponibilidades em Bancos Centrais
Disponibilidades s/ Instituições de Crédito
Empréstimos a clientes – Banca de retalho
- Empréstimos hipotecários
- Vendas a prestações e locações financeiras
- Empréstimos - Cartão
254.652.777
221.361.743
9.332.732.395
2.380.214.739
18.558.179.352
25.454.322.148
Cartas de crédito e garantias financeiras
1.300.020.675
1.477.555.057
Garantias financeiras
1.254.269.501
1.301.346.450
39.800.114.931
42.929.236.875
- Outros empréstimos e adiantamentos
Empréstimos a clientes -Banca empresarial e de inv estimentos
- Empréstimos a grandes empresas
Ex posições ao risco de crédito relativ as a itens ex trapatrimoniais:
Total
O Quadro acima representa o pior cenário de exposição do Banco em termos de risco de crédito à data de 30 de Junho de 2011 e de
31 Dezembro de 2010. Relativamente aos activos apresentados em balanço, a exposição acima apresentada é feita com base no
valor bruto contabilístico conforme registado no balanço.
Tal como acima demonstrado, 47% do total da exposição máxima é obtido a partir de empréstimos a grandes empresas (2010:59%);
8% representa os Empréstimos e adiantamento a bancos (2010:17%).
A Administração está confiante na sua capacidade de continuar a controlar e sustentar níveis de exposição mínimos em termos
do risco de crédito decorrentes da sua carteira de empréstimos e adiantamentos e dos investimentos financeiros, com base no
seguinte:
•
Empréstimos hipotecários e locações financeiras são suportados por garantias.
•
As grandes empresas têm gestores de acompanhamento do desempenho da empresa e outros factores que podem indicar
potenciais incumprimentos.
57
Relatório e Contas Intercalares
No conjunto dos activos financeiros disponíveis para venda, 67% foram emitidos pelo Banco Central de Moçambique, incluindo
instrumentos emitidos pelo Tesouro, tendo o remanescente sido emitido pelas grandes empresas do País
Garantias colaterais
O tipo e valor das garantias colaterais exigidas dependem da avaliação do risco de crédito da contraparte. O Banco implementou
critérios relativos à aceitação dos diversos tipos de garantias e parâmetros de avaliação.
Os principais tipos de garantias obtidas são:
• Hipotecas sobre habitações próprias;
• Hipotecas sobre imóveis;
• Depósitos junto ao BCI;
• Penhor de valores mobiliários;
• Garantias prestadas por outras instituições de crédito;
• Garantias prestadas pelo estado.
O Banco pode obter ainda garantias de empresas-mãe relativamente a créditos a conceder às suas subsidiárias.
É política do Banco alienar os bens recebidos em dação em cumprimento de forma a reduzir o montante do crédito em dívida. De
uma forma geral, o BCI não ocupa os imóveis recebidos para utilização no decurso da sua actividade.
Durante o exercício de 2011 o Banco executou garantias, penhores de depósitos a prazo, para cobertura de créditos vencidos, tendo
resgatado o valor total de MT 84 milhões de meticais.
Qualidade do crédito por classe de activo
Os empréstimos e adiantamentos com vencimentos inferiores a 90 dias não são considerados como tendo o seu valor recuperável reduzido, a menos que haja informação a indicar o contrário. Relativamente a 2011 o valor era de MT 88.098.364,00 (2010: MT
97.597.241,00).
58
Relatório e Contas Intercalares
Produto
Vivo se m
imp.individual
Empréstimos e adiantamentos a
bancos
Empréstimos e adiantamentos a
clientes
Banca de Retalho
Ve ncido se m
imp.individual
Total cre dito
se m
imp.individual
Vivo e ve ncido
com
imp.individual
Total de
C ré dito
2011
2011
2011
2011
2011
Garantias
líquidas
contra
e mpré stimos
(a)
2011
MT
MT
MT
MT
MT
MT
Imparidade total
Empré stimos
líquidos de
imparidade
2011
MT
-
-
-
-
-
-
29.850.020.546
382.463.745
30.232.484.291
1.030.285.827
31.262.770.117
9.536.080.339
743.589.641 30.519.180.476
--
-
899.688.184
12.710.794.281
110.263.469
549.352.036 12.161.442.245
2.117.144.269
2.183.754
33.823.699
2.083.320.570
1.094.209.888
5.125.757
25.729.389
1.068.480.499
11.709.649.716
101.456.382
11.811.106.098
Empréstimos hipotecários
2.106.196.227
10.948.042
2.117.144.269
Vendas a prestações e locações
financeiras
Cartões de crédito
1.070.807.646
1.941.750
1.072.749.396
281.070.765
23.531.594
304.602.358
155.920
304.758.278
3.048
14.916.568
289.841.710
Outros empréstimos e
adiantamentos
Banca em presarial e de
investim ento
Empréstimos a grandes empresas
8.251.575.078
65.034.997
8.316.610.075
878.071.772
9.194.681.847
102.950.910
474.882.380
8.719.799.467
18.140.370.830
281.007.363
18.421.378.193
130.597.643
18.551.975.836
9.425.816.870
194.237.605 18.357.738.231
18.140.370.830
281.007.363
18.421.378.193
130.597.643
18.551.975.836
9.425.816.870
194.237.605 18.357.738.231
Em 30 de Junho de 2011
29.850.020.546
382.463.745
30.232.484.291
1.030.285.827
31.262.770.117
9.536.080.339
743.589.641 30.519.180.476
Em 31 de De z e mbro de 2010
26.953.722.294
340.369.190
27.294.091.484
3.509.492.457
30.803.583.941
10.048.292.358
669.729.727 30.133.854.214
21.460.492
(a) dp caução e GE
Decomposição do crédito vencido
Em 30 de Junho de 2011, o crédito e juros vencidos apresentavam a seguinte decomposição por classe de incumprimento:
Até três meses
De três a seis
meses
Classe de Incumprimento
De seis meses a
De um a três
Mais de três
um ano
anos
anos
Sem maturidade
fixa
Total
Crédito Vencido
Valor Bruto
Imparidade
88.098.364
34.935.894
94.814.082
332.787.993
7.211.543
713.920
558.561.797
15.469.476
22.376.080
64.019.667
117.513.990
7.211.543
-
226.590.757
72.628.889
12.559.813
30.794.415
215.274.003
-
713.920
331.971.040
Não inclui provisões para crédito de cobrança duvidosa e para risco – país Em 31 de Dezembro de 2010, o crédito e juros vencidos apresentavam a seguinte decomposição por classe de incumprimento:
De três a seis
Até três meses
Classe de Incumprimento
De seis meses a
De um a três
Mais de três
meses
um ano
anos
anos
Sem maturidade
Total
fixa
Crédito Vencido
Valor Bruto
97.287.349
58.273.891
133.181.994
184.609.157
1.958.469
713.920
Imparidade
29.376.237
1.927.453
99.595.971
144.542.899
1.927.453
-
476.024.781
277.370.015
126.663.587
60.201.345
232.777.966
329.152.056
3.885.922
713.920
753.394.796
Não inclui provisões para crédito de cobrança duvidosa e para risco – país
59
Relatório e Contas Intercalares
Antiguidade dos créditos vencidos mas não em imparidade
A antiguidade dos créditos vencidos em 30 de Junho de 2011 mas não em imparidade resume-se como se segue:
Até 3 meses De 3 a 6 Meses De 6 meses a 1 ano Mais de 1 Ano
Produto
Overdraft
Investimento
Consumo e Habitação
Outros
Total
-
33
569
569
33
-
Total
-
0
680
680
602
0
0
680
1.283
A antiguidade dos créditos vencidos em 31 de Dezembro de 2010 mas não em imparidade resume-se como se segue:
Produto
Overdraft
Investimento
Consumo e Habitação
Outros
Total
Até 3 meses De 3 a 6 Meses De 6 meses a 1 ano Mais de 1 Ano
76.109.292
76.109.292
-
26.837
26.837
Total
-
76.109.292
0
0
26.837
76.136.129
Avaliação de imparidade
As principais considerações da avaliação da imparidade do crédito a clientes estão associadas à avaliação do facto das prestações
que se encontram vencidas ou se são conhecidas quaisquer dificuldades nos fluxos de caixa das contrapartes ou incumprimento
dos termos originais do contrato. O Banco avalia a imparidade em duas áreas: avaliação individual e avaliação colectiva.
Avaliação individual
O Banco determina a imparidade adequada a cada crédito individualmente significativo numa base individual. Para a avaliação individual o Banco toma em consideração diversos factores como sejam eventuais planos de negócio da contraparte, a sua capacidade de melhoria do desempenho económico após ter surgido a dificuldade económica, a existência de outras fontes de suporte
financeiro e o valor realizável de garantias colaterais recebidas. As perdas por imparidade são reavaliadas a cada data de relato do
Banco excepto se forem identificadas circunstâncias que requeiram especial atenção.
Imparidade colectiva
O BCI efectua a avaliação da imparidade colectiva para todos os créditos que não sejam individualmente significativos bem como
para créditos significativos para os quais não existe prova objectiva de imparidade individual. O Banco avalia a imparidade colectiva
a cada data de relato financeiro.
A imparidade colectiva toma em consideração a imparidade que é provável existir no portfolio ainda que não tenha sido ainda identificada qualquer evidência objectiva de imparidade na avaliação individual. A imparidade colectiva é posteriormente avaliada pela
gestão de forma a assegurar que se encontra em linha com a política global do Banco.
60
Relatório e Contas Intercalares
Existe imparidade de crédito nas seguintes classes de empréstimos e adiantamentos:
Empréstimo
hipotecário
Vendas a
prestações e
locações
financeiras
Outros
Empréstimos a
grandes
Empréstimos empréstimos e
adiantamentos
empresas
cartões
Total
2011
2011
2011
2011
2011
2011
MT
MT
MT
MT
MT
MT
18.672.304
16.813.322
6.267.152
21.439.318
214.771.259
277.963.356
0
0
0
0
Imparidade líquida do exercício/(liberadas)
15.151.394
1.978.249
8.568.145
135.258.800
78.078.940
239.035.529
S aldo no fim do ano
33.823.699
18.791.572
14.835.298
156.698.118
292.850.199
516.998.885
13.754.194
13.764.236
2.920.924
22.968.076
338.358.940
391.766.371
6.358.206
-2.590.784
7.414.040
110.371.143
S aldo no fim do ano
20.112.400
11.173.451
10.334.965
133.339.220
51.630.721
226.590.756
Total
53.936.098
29.965.023
25.170.262
290.037.338
344.480.920
743.589.642
Empréstimos Vencido
Saldo no início do ano
Contas fechadas com imparidade
0
Empréstimos vincendos
Saldo no início do ano
Imparidade líquida do exercício /(liberadas)
(c)
-286.728.219 -165.175.614
Risco de liquidez
O risco de liquidez é o risco potencial que o Banco poderá estar exposto se não tiver capacidade financeira para satisfazer os seus
compromissos associados aos instrumentos financeiros quando estes se vencem. A mitigação do risco é feita com recurso a gestão dos activos com base na sua liquidez e o controlo periódico dos fluxos de caixa futuros e a sua liquidez.
A gestão e o controlo do risco de liquidez são feitos com o recurso à análise dos prazos residuais dos diferentes activos e passivos
do balanço para evidenciar, em cada um dos diferentes intervalos considerados, a diferença entre os volumes de entrada e saída de
caixa, bem como os respectivos gaps de liquidez.
A política e a estratégia de gestão, relacionada com o risco de liquidez, são definidas pelo Comité de Activos e Passivos, sendo
implementadas pela Sala de Mercados (DSM) e controladas pela Direcção de Gestão de Risco (DGR).
A DSM mantém um portfólio diversificado de activos, os quais podem ser facilmente liquidados caso ocorra uma interrupção de
fluxos de caixa não prevista. O Banco possui, igualmente, depósitos junto do Banco de Moçambique, nos termos da legislação em
vigor, e linhas contratadas junto dos bancos do Grupo, para fazer face ao risco potencial associado.
61
Relatório e Contas Intercalares
Sumário dos itens do balanço por prazos de maturidade, em 30/06/2011:
Até 1 mês Entre 1 e 3 meses
Caixa e disp. em bancos centrais
Disponibilidades sobre ICs
Act. fin. justo valor através resultados
Activos fin. disponíveis para venda
Aplicações em instituições de crédito
Crédito a clientes
Act. Fin. detidos até à maturidade
Act. não correntes detidos para venda
Propriedades de Investimento
Outros activos tangíveis
Activos intangíveis
Inv. em filiais, assoc. e empr.conjunto
Activos por impostos correntes
Activos por impostos diferidos
Outros activos
Total do Activo . . .
Recursos de bancos centrais
Recursos de outras ICs
Recursos de clientes
Recursos consignados
Empréstimos Subordinados
Títulos de Dívida
Passivos por impostos diferidos
Passivos por impostos correntes
Outros passivos
Provisões
Total do Passivo . . .
Capital social
Reserva legal
Outras reservas
Reservas de Reavaliação
Acções próprias
Resultado do exercício
Total dos Fundos Próprios . . .
Total do Passivo e dos Fundos Próprios
GAP de Liquidez em MZN . . .
Entre 3 meses e
1 ano
-
Entre 1 e 3 anos Superior a 3 anos Sem periodo fixo Valor contabilístico
122.952.654
2.274.896.136
2.701.565.069
5.099.413.859
4.062.269.268
45.560.082
-
615.926.000
770.310.000
2.058.585.217
3.444.821.217
4.530.217.108
10.121.058.175
-
306.740.656
4.636.120
2.964.778.129
3.276.154.905
395.256.698
1.589.621.409
289.936.120
3.666.313.114
5.545.870.643
115.757.860
-
4.107.829.350
-
14.651.275.283
-
115.757.860
-
602.548.365
-
610.103.753
-
4.107.829.350
991.584.509
14.651.275.283
(11.206.454.066)
115.757.860
5.430.112.784
602.548.365
2.673.606.540
610.103.753
18.786.957.969
207.291.667
-
269.122.775
19.127.938.947
19.397.061.722
80.314.584
529.789.169
-
4.110.983.222
251.485.988
43.191.710
20.940.641
2.370.425.804
163.085.893
235.403.699
59.891.131
4.673.032
1.589.297.012
8.849.378.131
1.024.042.459
19.002.623.964
57.149.031
140.216.580
1.479.296.751
107.930.035
21.811.258.820
1.900.000.000
490.113.989
551.886.435
288.393.206
(9.666.440)
493.199.856
3.713.927.046
25.525.185.866
(16.675.807.735)
4.110.983.222
251.485.988
2.904.363.494
3.339.778.376
30.519.180.476
43.191.710
20.940.641
2.370.425.804
163.085.893
235.403.699
59.891.131
4.673.032
1.589.297.012
45.612.700.478
1.024.042.459
4.530.217.108
33.661.522.689
161.317.942
529.789.169
207.291.667
57.149.031
140.216.580
1.479.296.751
107.930.035
41.898.773.431
1.900.000.000
490.113.989
551.886.435
288.393.206
(9.666.440)
493.199.856
3.713.927.046
45.612.700.478
Sumário dos itens do balanço por prazos de maturidade, em 31/12/2011:
Valores ex pressos Meticais)
935.127.803
5.994.588.754
1.821.489.745
8.751.206.302
875.791.223
4.076.363.234
16.018.479
4.968.172.936
-
2.942.587.708
3.678.789.484
5.921.171.617
4.549.314.439
107.743.513
10.578.229.569
-
Entre 3 meses e
1 ano
1.209.734.505
5.536.027.185
6.745.761.690
655.373.341
2.673.460.003
28.108.830
3.356.942.174
-
4.968.172.936
3.783.033.366
3.783.033.366
10.578.229.569
(6.899.440.084)
(3.116.406.718)
3.356.942.174
3.388.819.516
272.412.798
Até 1 mês Entre 1 e 3 meses
Caixa e disp. em bancos centrais
Disponibilidades sobre ICs
Act. fin. justo valor através resultados
Activos fin. disponíveis para venda
Aplicações em instituições de crédito
Crédito a clientes
Act. Fin. detidos até à maturidade
Act. não correntes detidos para venda
Propriedades de Investimento
Outros activos tangíveis
Activos intangíveis
Inv. em filiais, assoc. e empr.conjunto
Activos por impostos correntes
Activos por impostos diferidos
Outros activos
Total do Activo . . .
Recursos de bancos centrais
Recursos de outras ICs
Recursos de clientes
Recursos consignados
Empréstimos Subordinados
Títulos de Dívida
Passivos por impostos diferidos
Outros passivos
Provisões
Total do Passivo . . .
Capital social
Reserva legal
Outras reservas
Reservas de Reavaliação
Acções próprias
Resultado do exercício
Total dos Fundos Próprios . . .
Total do Passivo e dos Fundos Próprios
GAP de Liquidez em MZN . . .
GAP de Liquidez Acumulado. . .
62
736.201.776
Entre 1 e 3 anos Superior a 3 anos Sem periodo fixo Valor contabilístico
54.697.766
7.566.182
8.009.504.987
8.071.768.935
3.168.247.469
338.332.419
11.824.244.589
12.162.577.009
927.015.513
605.040.895
205.963.542
3.374.211.011
-
1.532.056.408
-
3.374.211.011
4.697.557.924
4.969.970.721
1.532.056.408
10.630.520.601
15.600.491.322
4.223.871.279
70.502.223
43.191.710
21.193.290
1.998.695.533
132.963.223
406.153.698
2.659.124
778.887.618
7.678.117.697
286.903.478
18.537.176.703
89.893.454
747.588.252
152.934.803
19.814.496.691
1.900.000.000
352.586.971
1.778.362
302.566.647
(9.666.440)
916.846.788
3.464.112.328
23.278.609.019
(15.600.491.321)
4.223.871.279
70.502.223
2.064.359.766
7.211.889.440
30.133.854.214
43.191.710
21.193.290
1.998.695.533
132.963.223
406.153.698
2.659.124
778.887.618
47.088.221.117
286.903.478
7.452.336.181
33.931.577.360
151.870.822
605.040.895
205.963.542
89.893.454
747.588.252
152.934.804
43.624.108.788
1.900.000.000
352.586.971
1.778.362
302.566.647
(9.666.440)
916.846.788
3.464.112.328
47.088.221.117
Relatório e Contas Intercalares
(d)
Risco de mercado
O risco de mercado é o risco associado ao facto do justo valor ou dos fluxos de caixa futuros dos instrumentos financeiros virem a
flutuar em consequências das alterações em variáveis de mercado como a taxa de juro e taxa de câmbio.
Risco taxa de juro
Este risco ocorre sempre que, no desenvolvimento da sua actividade, o banco contrata operações com fluxos financeiros futuros
sensíveis a eventuais variações da taxa de juro.
A gestão e o controlo do risco de taxa de juros são feitos com o recurso à análise dos repricing dates dos diferentes activos e passivos sensíveis do balanço para evidenciar, em cada um dos diferentes intervalos considerados, a diferença entre os volumes de
entrada e saída de caixa, bem como os respectivos gaps de taxa de juros.
A política e a estratégia de gestão, relacionada com o risco de taxa de juro, são definidas pelo Comité de Activos e Passivos, sendo
implementadas pela Sala de Mercados (DSM) e controladas pela Direcção de Gestão de Risco (DGR).
Sumário dos itens do balanço sensíveis à alteração da taxa de juro, em 30/06/2011
Até 1 mês Entre 1 e 3 meses
Caixa e disp. em bancos centrais
Disponibilidades sobre ICs
Act. fin. justo valor através resultados
Activos fin. disponíveis para venda
Aplicações em instituições de crédito
Crédito a clientes
Act. Fin. detidos até à maturidade
Act. não correntes detidos para venda
Propriedades de Investimento
Outros activos tangíveis
Activos intangíveis
Inv. em filiais, assoc. e empr.conjunto
Activos por impostos correntes
Activos por impostos diferidos
Outros activos
Total do Activo . . .
Recursos de bancos centrais
Recursos de outras ICs
Recursos de clientes
Recursos consignados
Outros Passivos Subordinados
Passivos por impostos diferidos
Passivos por impostos correntes
Outros passivos
Provisões
Total do Passivo . . .
Capital social
Reserva legal
Outras reservas
Reservas de Reavaliação
Acções próprias
Resultado do exercício
Total dos Fundos Próprios . . .
Total do Passivo e dos Fundos Próprios
GAP . . .
GAP Acumulado. . .
91.707.564
547.476.468
2.093.338.095
20.227.038.340
22.959.560.468
1.156.423.884
4.573.912.193
19.489.688
5.749.825.766
0
5.749.825.766
17.209.734.702
17.209.734.702
1.072.986.778
950.671.876
1.082.723.347
3.106.382.002
2.803.193.224
5.831.189.831
116.830.725
8.751.213.779
0
8.751.213.779
-5.644.831.778
11.564.902.924
Entre 3 meses e
1 ano
Entre 1 e 3 anos Superior a 3 anos Sem periodo fixo
914.889.537
289.803.385
4.066.775.877
-
328.350.670
5.965.020
143.646.462
-
5.271.468.799
570.600.000
6.629.577.652
7.200.177.652
0
7.200.177.652
-1.928.708.853
9.636.194.071
163.085.893
641.048.046
5.906.460.773
24.997.529
207.291.667
6.138.749.968
0
6.138.749.968
-5.497.701.923
4.138.492.149
40.660.040
4.998.996.449
2.370.425.804
2.028.060
7.412.110.354
10.720.382.240
529.789.169
687.204.183
11.937.375.592
0
11.937.375.592
-4.525.265.238
-386.773.089
4.110.983.222
159.778.424
43.191.710
20.940.641
235.403.699
59.891.131
4.673.032
1.587.268.951
6.222.130.809
1.024.042.459
57.149.031
140.216.580
792.092.568
107.930.036
2.121.430.674
1.900.000.000
490.113.989
551.886.435
288.393.206
-9.666.440
493.199.856
3.713.927.046
5.835.357.720
386.773.089
Total
4.110.983.222
251.485.988
0
2.904.363.494
3.339.778.376
30.519.180.476
0
43.191.710
20.940.641
2.370.425.804
163.085.893
235.403.699
59.891.131
4.673.032
1.589.297.012
45.612.700.477
1.024.042.459
4.530.217.108
33.661.522.689
161.317.942
737.080.835
57.149.031
140.216.580
1.479.296.751
107.930.036
41.898.773.431
1.900.000.000
490.113.989
551.886.435
288.393.206
-9.666.440
493.199.856
3.713.927.046
45.612.700.477
63
Relatório e Contas Intercalares
Sumário dos itens do balanço sensíveis à alteração da taxa de juro, em 31/12/2010
Até 1 mês Entre 1 e 3 meses
Caixa e disp. em bancos centrais
Disponibilidades sobre ICs
Act. fin. justo valor através resultados
Activos fin. disponíveis para venda
Aplicações em instituições de crédito
Crédito a clientes
Act. Fin. detidos até à maturidade
Act. não correntes detidos para venda
Propriedades de Investimento
Outros activos tangíveis
Activos intangíveis
Inv. em filiais, assoc. e empr.conjunto
Activos por impostos correntes
Activos por impostos diferidos
Outros activos
Total do Activo . . .
Recursos de bancos centrais
Recursos de outras ICs
Recursos de clientes
Recursos consignados
Outros Passivos Subordinados
Passivos por impostos diferidos
Outros passivos
Provisões
Total do Passivo . . .
Capital social
Reserva legal
Outras reservas
Reservas de Reavaliação
Acções próprias
Resultado do exercício
Total dos Fundos Próprios . . .
Total do Passivo e dos Fundos Próprios
GAP . . .
GAP Acumulado. . .
64
935.127.803
5.994.588.754
13.855.431.468
20.785.148.025
875.791.223
4.076.363.234
16.018.479
4.968.172.936
0
4.968.172.936
15.816.975.089
15.816.975.089
736.201.776
10.149.219.737
10.885.421.513
5.921.171.617
4.549.314.439
107.743.513
10.578.229.569
0
10.578.229.569
307.191.945
16.124.167.034
Entre 3 meses e
1 ano
1.209.734.504
2.313.413.612
3.523.148.116
655.373.341
2.673.460.003
3.494.661
3.332.328.005
0
3.332.328.005
190.820.112
16.314.987.145
Entre 1 e 3 anos Superior a 3 anos Sem periodo fixo
54.697.766
7.566.182
469.447.155
531.711.104
3.168.247.469
24.614.169
205.963.542
3.398.825.180
0
3.398.825.180
(2.867.114.076)
13.447.873.069
338.332.419
3.346.342.242
3.684.674.662
927.015.512
605.040.895
1.532.056.407
0
1.532.056.407
2.152.618.254
15.600.491.323
4.223.871.279
70.502.223
43.191.710
21.193.290
1.998.695.533
132.963.223
406.153.699
2.659.124
778.887.618
7.678.117.697
286.903.478
18.537.176.703
89.893.454
747.588.252
152.934.803
19.814.496.690
1.900.000.000
352.586.971
1.778.362
302.566.647
(9.666.440)
916.846.788
3.464.112.329
23.278.609.019
-15.600.491.323
Total
4.223.871.279
70.502.223
0
2.064.359.766
7.211.889.440
30.133.854.214
0
43.191.710
21.193.290
1.998.695.533
132.963.223
406.153.699
0
2.659.124
778.887.618
47.088.221.117,490
286.903.478
7.452.336.181
33.931.577.359
151.870.822
811.004.437
89.893.454
747.588.252
152.934.803
43.624.108.786,82
1.900.000.000
352.586.971
1.778.362
302.566.647
(9.666.440)
916.846.788
3.464.112.329
47.088.221.117
Relatório e Contas Intercalares
Risco cambial
O risco cambial decorre da existência de gaps entre o valor dos activos e passivos detidos em determinada moeda.
A política e a estratégia de gestão, relacionada com o risco de liquidez, são definidas pela Comissão Executiva, a curto prazo, quinzenalmente no Comité de Activos e Passivos, são implementadas pela Direcção da Sala de Mercados e controladas pela Direcção
de Gestão de Risco.
As posições cambiais são controladas, diariamente, com base nos limites definidos pelo Comité de Activos e Passivos e de acordo
com os rácios e Limites Prudenciais fixados pelo Banco de Moçambique.
A Sala de Mercados procede diariamente ao fecho das posições cambiais denominadas em EUR e ZAR, mantendo posições abertas apenas em USD, de acordo com o limite autorizado. Estas posições são diariamente controladas, tanto pela direcção do risco
do BCI como pela direcção do risco da CGD. Esta última calcula diariamente o VaR e VM, de acordo com a seguinte metodologia:
VaR (Value-at-Risk): estimativa de máxima perda, para um determinado período de detenção e dado um nível de confiança, assumindo comportamentos normais do mercado. A metodologia utilizada é a da Simulação Histórica (os eventos futuros são totalmente explicados pelos eventos passados). Os parâmetros do modelo são: - período de detenção: n dias (n=10); - nível de confiança: 99% (n=10);
Risco de taxa de juro e câmbio:
O BCI, no respeitante aos riscos de taxa de juro e de câmbio, utiliza modelos internos para o acompanhamento e monitorização
destes riscos, nomeadamente:
(i) Análise de gaps (diferencial de taxa de juro), sendo os gaps constituídos por prazos residuais de repricing dos contratos vivos;
(ii)Análise de sensibilidade ao Risco de taxa de Juro na carteira bancária. A avaliação do risco de taxa de juro por operações de
carteira é efectuada através da análise de sensibilidade, por prazos residuais de repricing, à alteração das curvas de taxa de
juro.
(iii) Risco Cambial:
a.Posição Cambial Líquida por divisa – recolhida diariamente ao nível do sistema informático pela Direcção de Contabilidade e validada pela Direcção de Risco e Sala de Mercados;
b.Indicador de Sensibilidade – calculado através da simulação do potencial impacto nos Resultados do Banco, de hipotéticas variações nas taxas de câmbio de valorimetria (calcula-se para variações de 1%, 3% e 5%);
c.Conforme referido acima, a Direcção de risco da CGD calcula diariamente o VaR ( Value at Risk).
65
Relatório e Contas Intercalares
Em 30/06/2011 a exposição do BCI ao risco moeda apresenta-se da seguinte forma:
US D
Caixa e disp. em bancos centrais
Disponibilidades sobre ICs
Act. fin. justo valor através
resultados
Activos fin. disponíveis para venda
Aplicações em instituições de crédito
Crédito a clientes
EUR
Outras
Moedas
ZAR
199.841.000
49.955.004
32.023.722
18.271.760
117.695.057
85.153.557
-
958.836.674
Não sens. à var.
Cambial
Valor
Contabilístico
0
3.829.163.496
4.110.983.222
7.783.724
22.581.891
251.485.988
-
-
-
-
-
1.945.526.820
2.904.363.494
-
2.629.528.453
182.297.285
504.818.462
-
23.134.175
3.339.778.376
10.217.608.060
570.286.694
276.777.432
30.519.180.476
-
19.454.508.290
Act. Fin. detidos até à maturidade
-
-
-
-
-
Investimentos
-
-
-
-
Act. não correntes detidos para
venda
Propriedades de Investimento
-
-
-
-
-
-
-
-
20.940.641
20.940.641
2.370.425.804
43.191.710
43.191.710
Outros activos tangíveis
-
-
-
-
2.370.425.804
Activos intangíveis
-
-
-
-
163.085.893
163.085.893
Inv. em filiais, assoc. e
empr.conjunto
Activos por impostos correntes
-
-
-
-
235.403.699
235.403.699
-
59.891.131
59.891.131
Activos por impostos diferidos
Outros activos
Total do activo
-
-
-
506.689.889
3.443.768
8.423.453
13.571.939.161
1.882.514.482
907.196.625
-
4.673.032
4.673.032
219.073
1.070.520.829
1.589.297.012
8.002.797
29.243.047.412 45.612.700.477
e
Passivo
Recursos de bancos centrais
-
1.024.042.459
1.024.042.459
Recursos de outras ICs
3.565.690.619
103.492.723
97.571.592
-
763.462.175
4.530.217.108
Recursos de clientes
9.396.653.424
1.182.789.308
811.362.177
14.073.335
Recursos consignados
Outros Passivos Subordinados
Passivos por impostos diferidos
Outros passivos
Provisões
Total do passivo
-
529.789.169
-2.319.858
13.489.813.353
-
-
22.256.644.446 33.661.522.689
-
-
-
161.317.942
161.317.942
-
-
-
207.291.667
737.080.835
-
-
-
197.365.611
197.365.611
95.942
894.204.114
1.479.296.751
-
107.930.035
107.930.035
583.942.182
1.870.224.213
3.374.371
912.308.140
14.169.277
25.612.258.448 41.898.773.431
Capital social
-
-
-
-
1.900.000.000
1.900.000.000
Reserva legal
-
-
-
-
490.113.989
490.113.989
Outras reservas
-
-
-
-
551.886.435
551.886.435
Reservas de Reavaliação
-
-
-
-
288.393.206
288.393.206
Acções próprias
-
-
-
-
(9.666.440)
(9.666.440)
Resultado do exercício
-
-
-
-
493.199.856
493.199.856
Total dos fundos próprios
-
-
-
-
3.713.927.046
3.713.927.046
Total do passivo e dos fundos
próprios
Diferencial de M oeda
66
13.489.813.353
1.870.224.213
912.308.140
14.169.277
82.125.808
12.290.269
-5.111.515
-6.166.480
29.326.185.494 45.612.700.477
-83.138.082
0
Relatório e Contas Intercalares
Em 31/12/2010 a exposição do BCI ao risco moeda apresenta-se da seguinte forma:
US D
Caixa e disp . em bancos centrais
Disp onibilidades sobre ICs
EUR
506.943.560
105.409.070
102.670.810
16.786.917
21.331.776
23.693.081
Act. fin. justo valor através
resultados
-
Activos fin. disp oníveis p ara venda
-
Ap licações em instituições de crédito
Crédito a clientes
ZAR
107.421.050
Outras
Moedas
Não sens. à var.
Cambial
Valor
Contabilístico
5.264.403
3.503.583.436
4.223.871.279
-
8.690.449
70.502.223
-
-
-
-
-
1.956.938.716
2.064.359.766
-
5.878.001.871
719.027.541
601.940.784
-
12.919.243
7.211.889.440
12.286.423.510
608.002.991
345.834.008
-
16.893.593.705
30.133.854.214
Act. Fin. detidos até à maturidade
-
-
-
-
-
-
Investimentos
-
-
-
-
-
-
Act. não correntes detidos p ara
venda
-
-
-
-
Prop riedades de Investimento
-
-
-
Outros activos tangíveis
-
-
-
43.191.710
43.191.710
-
21.193.290
21.193.290
-
1.998.695.533
1.998.695.533
132.963.223
132.963.223
406.153.699
406.153.699
Activos intangíveis
-
-
-
-
Inv. em filiais, assoc. e
emp r.conjunto
-
-
-
-
Activos p or imp ostos correntes
-
-
-
-
0
0
2.659.124
2.659.124
Activos p or imp ostos diferidos
-
-
-
-
Outros activos
131.874.628
60.703.486
483.490
-
Total do activo
18.820.030.485
1.621.895.913
1.074.622.173
5.264.403
585.826.014
778.887.618
25.566.408.142
47.088.221.117
286.903.478
286.903.478
e
Passivo
Recursos de bancos centrais
Recursos de outras ICs
Recursos de clientes
Recursos consignados
Outros Passivos Subordinados
Passivos p or imp ostos diferidos
Outros p assivos
Provisões
Total do passivo
Cap ital social
-
-
-
6.658.375.402
25.637.762
6.219.534
11.446.545.832
1.510.296.376
1.055.631.481
605.040.895
-
-
-
-
762.103.484
7.452.336.181
43.763
19.919.059.908
33.931.577.360
-
151.870.822
151.870.822
811.004.437
-
-
-
205.963.542
-
-
-
89.893.454
89.893.454
747.588.252
123.975.250
79.390.419
12.570.129
3.373.363
528.279.091
-
-
-
-
152.934.803
152.934.803
22.097.008.582
43.624.108.788
-
1.900.000.000
1.900.000.000
352.586.971
352.586.971
18.833.937.379
-
1.615.324.557
-
1.074.421.143
-
3.417.126
Reserva legal
-
-
-
-
Outras reservas
-
-
-
-
1.778.362
1.778.362
302.566.648
(9.666.440)
Reservas de Reavaliação
-
-
-
-
302.566.648
Acções p róp rias
-
-
-
-
(9.666.440)
Resultado do exercício
-
-
-
-
916.846.788
916.846.788
-
3.464.112.329
3.464.112.329
Total dos fundos próprios
Total do passivo e dos fundos
próprios
Diferencial de M oeda
(e)
-
-
-
18.833.937.379
1.615.324.557
1.074.421.143
3.417.126
25.561.120.911
47.088.221.117
-13.906.894
6.571.356
201.030
1.847.277
5.287.231
0
Risco operacional
O risco operacional é o risco de perdas decorrentes de falhas de sistemas, erro humano, fraude ou acontecimentos externos.
Quando ocorre uma falha nos controlos, os riscos operacionais podem causar danos na reputação do Banco, ter implicações legais
ou regulamentares ou dar origem a perdas financeiras. O Banco considera que um adequado ambiente de controlo, monitorizando e respondendo a riscos potenciais, é possível mitigar alguns dos riscos operacionais com que se depara frequentemente. Os
controlos incluem uma segregação de funções adequada, procedimentos de autorização e reconciliação, processos de formação
e avaliação dos colaboradores, incluindo a existência de um departamento de auditoria interna.
67
Relatório e Contas Intercalares
No BCI, para além do cumprimento das obrigações regulamentares, a necessidade de desenvolvimento de um processo de gestão de risco operacional resulta do entendimento sobre a sua relevância e das vantagens de seguir as boas práticas de gestão do
mesmo.
Assim, durante o ano de 2010, com o apoio da CGD, o BCI iniciou a implementação do Projecto ROCI – Risco Operacional e Controlo
Interno. A primeira fase do ROCI, em fase de conclusão, ainda em curso, consiste no levantamento e documentação de todos os
processos e a identificação dos riscos operacionais potenciais associados a cada tarefa para registo numa ferramenta informática que suporta a documentação de processos., Concluída a primeira fase, far-se-á a exportação da informação para uma outra
ferramenta informática que suporta, de uma forma integrada, as principais funcionalidades de gestão de risco operacional, nomeadamente:

Registo de eventos de risco operacional, respectivas perdas efectivas e recuperações;

Lançamento, recolha e tratamento de questionários de auto-avaliação do risco operacional;

Recolha e gestão de indicadores de risco (KRI – Key Risk Indicators);

Gestão de ocorrências e planos de acção para mitigação de risco operacional; e

Relatórios de gestão.
Prevê-se que o início do processo de gestão integrada do risco operacional e recolha de eventos de risco operacional, inicialmente
programado para o decurso do primeiro semestre de 2011, apenas só se materialize em finais de 2011, ou princípios de 2012, depois
da formação e disponibilização do acesso á aplicação aos utilizadores.
Com a implementação da gestão integrada do risco operacional o banco espera:

Reduzir as perdas futuras decorrentes de risco operacional através do desenvolvimento de iniciativas para a mitigação
ou transferência de risco;

Reduzir o consumo de capitais próprios através da possibilidade de adopção de abordagens mais sofisticadas no cálculo
de requisitos de fundos próprios a afectar a risco operacional; e

3.39
Responder a aspectos de regulação e compliance.
Capital
O BCI mantém uma gestão activa de capital que lhe permite cobrir os riscos inerentes à sua actividade. A gestão do capital do
banco é feita em conformidade e através das regras e rácios prudenciais estabelecidos pelo Banco de Moçambique, cumprindo
integralmente com os requisitos de capital impostos.
Gestão de capital
O principal objectivo da gestão de capital é assegurar o cumprimento dos requisitos e a manutenção dos rácios de capital saudáveis para garantir a continuidade do negócio e maximizar o valor dos accionistas.
Mediante alterações das condições económicas e características de risco da actividade do banco, a estrutura de capitais pode
sofrer ajustamentos para melhor se adequar à nova situação. Nos últimos anos, e face a estabilidade das condições do mercado
nacional, os objectivos, as políticas e os processos, referentes à gestão de capital do banco, não sofreram alterações significativas
68
Relatório e Contas Intercalares
dignas de realce.
Os capitais próprios ascenderam, a 30 de Junho de 2011, a 3,7 mil milhões de meticais, tendo sido reforçados em 686 milhões de
meticais (+75% do resultado de 2010) durante o ano.
30-Jun-11
Capital Social
Acções Próprias
Resev as de Justo v alor
Outras Reserv as
Resultados Transitados
1.900.000.000
31-Dez-10
1.900.000.000
(9.666.440)
(9.666.440)
1.890.333.560
1.890.333.560
(12.586.925)
3.600.423
1.055.828.357
368.193.266
(13.827.933)
(13.827.933)
1.029.413.499
357.965.756
Reserv as de reav aliação
300.980.132
298.966.224
Resultados do Ex ercício
493.199.856
916.846.788
3.713.927.046
3.464.112.329
Rácio de Solv abilidade
12,54%
12,26%
O rácio de solvabilidade manteve-se acima dos 8% recomendados pelo Banco de Moçambique, facto que comprova a solidez financeira do BCI.
Para esta melhoria destaque vai para a capacidade de geração interna de fundos próprios decorrente dos lucros da actividade do
banco e do aumento considerável das reservas.
30-Jun-11
31-Dez-10
Fundos prórios de base
Capital realizado
1.890.333.560
1.890.333.560
Reserv as e resultados retidos
1.042.000.424
354.365.333
Activ os Intangív eis
(196.168.176)
(160.320.078)
T ier I Capital total
2.736.165.808
2.084.378.815
727.805.000
802.730.000
Empréstimos subordinados
Outros
T ier II Capital total
Dedução aos fundos próprios totais
Fundos próprios elegív eis
288.393.206
302.566.647
1.016.198.206
1.105.296.647
(305.617.713)
(139.680.814)
3.446.746.301
3.049.994.648
25.587.642.666
22.886.915.983
1.900.171.177
1.997.527.623
Activos ponderados pelo risco
No balanço
Fora do balanço
Rácio de adequação de fundos próprios de base (Tier I)
10,0%
8,4%
Rácio de adequação de fundos próprios de base (Tier II)
3,7%
4,4%
12,5%
12,3%
Rácio de Solvabilidade
69
Relatório e Contas Intercalares
3.40
Classificação contabilística e justo valor de activos e passivos financeiros
Em 30/06/2011 e 31/12/2010 a classificação contabilística e o justo valor dos activos e passivos financeiros apresentam-se
como segue:
Designado ao
Em préstim os e Detidos para
justo valor
contas a receber
negociação
Disponíveis Outros passivos
Valor
ao custo
para venda am ortizado
contabilistico
30 de Junho 2011
Caix a e Disponibilidades em bancos centrais
-
-
-
-
4.110.983.222
4.110.983.222
Disponibilidades sobre instituições de crédito
-
-
-
-
251.485.988
251.485.988
-
-
-
-
-
-
-
-
-
3.339.778.376
3.339.778.376
Crédito a clientes
-
-
-
-
-
-
Pelo justo v alor
-
-
-
-
-
-
Pelo custo amortizado
-
30.519.180.476
-
-
- 30.519.180.476
Activ os financeiros ao justo v alor atrav és dos resultados
Aplicações em instituições de crédito
Activ os financeiros disponív eis para v enda
-
-
-
-
-
-
Pelo justo v alor
-
-
- 2.904.363.494
-
2.904.363.494
Pelo custo amortizado
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Pelo justo v alor
-
-
-
-
-
-
Pelo custo amortizado
-
-
-
-
43.191.710
43.191.710
Activ os não correntes detidos para v enda
-
30.519.180.476
-
2.904.363.494
7.745.439.296 41.168.983.266
Recursos de bancos centrais
-
-
-
-
286.903.478
286.903.478
Recursos de instituições de crédito
-
-
-
-
7.452.336.181
7.452.336.181
Recursos de clientes
-
-
-
-
Recursos consignados
-
-
-
-
151.870.822
151.870.822
Empréstimos subordinados
-
-
-
-
529.789.169
605.040.896
Títulos de dív ida
-
-
-
-
207.291.667
205.963.542
-
-
-
-
Designado ao
Em préstim os e Detidos para
33.931.577.360 33.931.577.360
42.559.768.677 42.633.692.278
Disponíveis Outros passivos
Valor
ao custo
justo valor
contas a receber
negociação
para venda
Caix a e Disponibilidades em bancos centrais
-
-
-
-
4.223.871.279
4.223.871.279
Disponibilidades sobre instituições de crédito
-
-
-
-
70.502.223
70.502.223
Activ os financeiros ao justo v alor atrav és dos resultados
-
-
-
-
-
-
Aplicações em instituições de crédito
-
-
-
-
7.211.889.440
7.211.889.440
31 de Dezem bro 2010
contabilistico
am ortizado
Crédito a clientes
-
-
-
-
-
-
Pelo justo v alor
-
-
-
-
-
-
Pelo custo amortizado
-
30.133.854.214
-
-
- 30.133.854.214
Activ os financeiros disponív eis para v enda
-
-
-
-
-
-
Pelo justo v alor
-
-
- 2.064.359.766
-
2.064.359.766
Pelo custo amortizado
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Pelo justo v alor
-
-
-
-
-
-
Pelo custo amortizado
-
-
-
-
43.191.710
43.191.710
Activ os não correntes detidos para v enda
-
30.133.854.214 -
2.064.359.766
11.549.454.651 43.747.668.630
Recursos de bancos centrais
-
-
-
-
286.903.478
106.230.122
Recursos de instituições de crédito
-
-
-
-
7.452.336.181
5.180.518.913
Recursos de clientes
-
-
-
-
Recursos consignados
-
-
-
-
151.870.822
57.458.849
Empréstimos subordinados
-
-
-
-
605.040.895
542.121.087
Títulos de dív ida
-
-
-
-
205.963.542
204.973.958
-
-
-
-
33.931.577.360 25.366.699.903
42.633.692.279 31.458.002.832
A Administração assume que o Justo Valor dos instrumentos financeiros se aproxima ao valor pelo qual estão reconhecidos nas
demonstrações financeiras.
70
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