BCI – Banco Comercial e de Investimentos, S.A. Relatório e Contas Intercalares 30 de Junho de 2011 Relatório e Contas Intercalares Balanço em 30 de Junho de 2011 e 31 de dezembro de 2010 Notas 30-Jun-11 31-Dez-10 ACTI VO Caixa e Disponibilidades em bancos centrais 3.1 4.110.983.222 4.223.871.279 Disponibilidades sobre instituições de crédito 3.2 251.485.988 70.502.223 Activos financeiros ao justo valor através dos resultados 3.3 - Activos financeiros disponíveis para venda 3.4 2.904.363.494 2.064.359.766 Aplicações em instituições de crédito 3.5 3.339.778.376 7.211.889.440 Crédito a clientes 3.6 Investimentos financeiros 3.7 235.403.699 406.153.699 Activos não correntes detidos para venda 3.8 43.191.710 43.191.710 Propriedades de Investimentos 3.9 20.940.641 21.193.290 - 30.519.180.476 30.133.854.214 Outros activos tangíveis 3.10 2.370.425.804 1.998.695.533 Activos intangíveis 3.11 163.085.893 132.963.223 Activos por impostos diferidos 3.12 4.673.032 2.659.124 Activos por impostos correntes 3.12 59.891.131 Outros activos 3.13 1.589.297.012 TOTAL DO ACTI VO 778.887.618 45.612.700.477 47.088.221.116 PASSI VO Recursos de bancos centrais 3.14 1.024.042.459 286.903.478 Recursos de instituições de crédito 3.15 4.530.217.108 7.452.336.181 Recursos de clientes 3.16 Recursos consignados 3.17 161.317.942 151.870.822 Empréstimos Subordinados 3.18 529.789.169 605.040.895 Títulos de dívida 3.19 207.291.667 205.963.542 33.661.522.689 33.931.577.360 Passivos por impostos diferidos 3.31 57.149.031 57.149.031 Passivos por impostos correntes 3.31 140.216.580 32.744.423 Outros passivos 3.20 1.479.296.751 747.588.252 Provisões 3.21 107.930.035 152.934.803 TOTAL DO PASSI VO 41.898.773.431 43.624.108.788 FUNDOS PRÓPRI OS Capital social 3.22 1.900.000.000 1.900.000.000 Reservas 3.23 1.330.393.630 656.931.980 (9.666.440) (9.666.440) 493.199.856 916.846.788 3.713.927.046 3.464.112.328 Acções próprias Resultado do exercício TOTAL DOS FUNDOS PRÓPRI OS TOTAL DO PASSI VO E FUNDOS PRÓPRI OS As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações. 2 45.612.700.477 47.088.221.116 Relatório e Contas Intercalares Demonstração compreensiva de resultados em 30 de Junho de 2011 e 30 de Junho de 2010 Notas 30-Jun-11 30-Jun-10 Juros e rendimentos similares 3.24 2.468.745.527 1.613.836.220 Juros e encargos similares 3.24 (1.155.901.139) (707.658.672) 1.312.844.388 906.177.547 Margem Financeira 3.25 377.882.988 257.861.156 Gastos com taxas e comissões 3.25 (77.732.899) (63.072.771) Resultados em operações financeiras 3.26 223.358.226 434.384.563 Outros rendimentos operacionais 3.27 172.759.432 77.620.246 Outros gastos operacionais 3.27 (43.603.086) (46.068.111) 1.965.509.050 1.566.902.630 Rendimento de taxas e comissões Resultados operacionais Gastos com pessoal 3.28 (561.039.091) (427.733.824) Outros gastos administrativos 3.29 (581.997.851) (459.921.690) Outros rendimentos 3.30 8.960.052 20.696.528 Imparidade de crédito 3.6 (167.872.618) (80.793.850) Imparidade de outros activos 3.12 0 (14.367.645) Amortizações Provisões líquidas 3.9/ 3.10 / 3.11 (92.796.104) (67.523.967) 3.21 29.908.574 (11.039.471) 600.672.013 526.218.710 (107.472.157) (87.945.056) 493.199.856 438.273.653 Resultados antes de impostos Gasto de imposto 3.31 Lucro do exercício Outros resultados compreensivos, líquidos de imposto: Resultados de justo valor sobre activos financeiros disponíveis para venda 67.591.000 Resultados compreensivos do exercício (total) 560.790.855 438.273.653 2,60 2,31 Resultado por acção 3.32 As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações. 3 Relatório e Contas Intercalares Demonstração das alterações dos fundos próprios em 30 de Junho de 2011 e 31 de Dezembro de 2010 Capital Saldo a 31 Dezembro 2009 Reserva Legal Acções Proprias Reservas de Justo valor Outras Reservas Resultados do Total exercício 321.428.570 352.586.970 (1.635.300) 1.147.842.484 (4.068.080) 716.464.152 2.532.618.797 - - - - - 438.273.653 438.273.653 - - - - (59.922.497) 438.273.653 378.351.157 - - - - - (179.116.038) (179.116.038) - - - - - -179.116.038 -179.116.038 Resultado compreensiv o do 1º semestre Lucros Reserv as de justo v alor (disponív el para v enda) (59.922.497) Resultado compreensiv o ( total) (59.922.497) Transacções com Accionistas registados em F.P - Div idendos aos accionistas Outras transacções Reforço de reserv as atrav és de resultados 537.348.113 Outras transacções (total) Saldo a 30 Junho 2010 0 (1.635.300) (537.348.113) 537.348.113 321.428.570 352.586.970 1.685.190.597 Lucros - - - - Ganhos de Justo v alor sobre AFDV - - - - (63.990.577) (537.348.113) - 438.273.653 2.731.853.914 - 478.573.136 478.573.136 67.591.000 - 67.591.000 Resultado compreensiv o do 2º semestre Estudo Actuarial Ganhos/Perdas - Outros ganhos - - - Resultado compreensivo ( total) - - - - - - - 67.591.000 478.573.136 546.164.136 Outras transacções Reforço de reserv as atrav és de resultados Aumento do capital por incorporação das reserv as - - 1.578.571.430 - (8.031.140) - Reav aliação de Imóv eis 215.003.270 Impostos diferidos (reav aliação de imóv eis) (34.400.523) 5.491.532 215.003.270 - Outras transacções (total) 1.578.571.430 - (8.031.140) (1.384.446.011) - Saldo a 31 Dezembro 2010 1.900.000.000 352.586.970 (9.666.440) 300.744.586 3.600.423 As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações. 4 - (1.565.048.758) 34.400.523 186.094.278 916.846.789 3.464.112.328 Relatório e Contas Intercalares Demonstração das alterações dos fundos próprios em 30 de Junho de 2011 e 31 de Dezembro de 2010 Capital Reserva Legal Acções Outras Reservas Proprias Reservas de Resultados do Justo valor exercício Total Resultado compreensivo do 1º semestre Lucros - - - - Reservas de justo valor (disponível para venda) - - - - Ganhos de Justo valor sobre AFDV - - - - Outros ganhos - - - Resultado compreensivo ( total) - - - - 493.199.856 493.199.856 Outros resultados compreensivos Estudo Actuarial Ganhos/Perdas (14.173.440) - - (14.173.440) - - (14.173.440) 493.199.856 479.026.415 Transacções com Accionistas registados em F.P Dividendos aos accionistas - - - - - (229.211.697) (229.211.697) Transacções com Accionistas registados em F.P (total) - - - - - (229.211.697) (229.211.697) Reforço de reservas através de resultados - 137.527.018 - 550.108.073 - (687.635.091) Outras transacções (total) - 137.527.018 - - (687.635.091) Saldo a 30 Junho 2011 1.900.000.000 490.113.989 Outras transacções (9.666.440) 550.108.073 850.852.659 (10.573.017) 493.199.856 3.713.927.046 As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações. 5 Relatório e Contas Intercalares Demonstração de fluxos de caixa em 30 de Junho de 2011 e 31 de Dezembro de 2010 30-Jun-11 31-Dez-10 Actividades operacionais Juros, comissões, trading de moeda e outros rendimentos recebidos 2.895.456.732 4.984.411.486 Juros, comissões e outros gastos pagos (1.074.295.068) (1.711.582.714) Pagamento a empregados e fornecedores (1.165.032.549) (1.952.669.848) Juros recebidos de Títulos 140.026.908 420.543.750 796.156.023 1.740.702.673 Aplicações em instituições de crédito 3.878.860.137 (5.057.264.458) Créditos a clientes (326.898.367) (6.427.641.641) Fluxo líquido proveniente de rendim entos e gastos Diminuições (aumentos) em: Aumentos (diminuições) de títulos Outros activ os Fluxo líquido proveniente de activos operacionais (80.058.248) 569.471.873 15.912.543 (301.124.095) 3.487.816.065 (11.216.558.321) Aumentos em: Recursos de Bancos Centrais e outras instituições de crédito Recursos de clientes Outros passiv os (2.747.645.827) 986.868.519 (445.011.993) 8.570.216.008 (370.038.556) 1.430.173.912 (3.562.696.376) 10.987.258.439 721.275.711 1.511.402.791 (477.592.118) (888.165.271) 27.757.945 - (449.834.173) (888.165.271) (229.211.697) (179.116.038) (229.211.697) (179.116.038) Efeitos de alteração da tax a de câmbio em caix a e seus equiv alentes 12.408.867 (202.470.564) Aumento de caix a e seus equiv alentes 54.638.707 241.650.918 Caix a e seus equiv alentes no início do período 4.276.774.006 4.035.123.088 Caixa e seus equivalentes no fim do período 4.331.412.713 4.276.774.006 Fluxo líquido proveniente de passivos operacionais Fluxo líquido das actividades operacionais Actividades de investim ento Aquisições de activ os tangív eis e activ os intangív eis Alienação de activ os tangív eis e activ os intangív eis Fluxo líquido das actividades de investim ento Actividades de financiam ento Div idendos distribuídos Fluxo líquido das actividades de financiam ento Conciliação com os saldos constantes do balanço: Notas Caixa e equivalentes (-) Cheques a cobrar sobre Instituições de Crédito no estrangeiro 3.2 (-) Cheques a cobrar sobre Instituições de Crédito no país 3.2 Total 31-Dez-10 4.276.774.006 14.044.768 22.606.407 3.554.728 4.294.373.502 4.223.871.279 70.502.223 Caix a e Disponibilidades em Bancos Centrais 3.1 4.362.469.210 4.110.983.222 Disponibilidades sobre instituições de crédito 3.2 251.485.988 As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações. 6 30-Jun-11 4.331.412.713 8.450.090 Relatório e Contas Intercalares Notas às demonstrações financeiras 1. Nota introdutória O BCI é uma sociedade anónima de responsabilidade limitada, constituída em 17 de Janeiro de 1996 por tempo indeterminado. A actividade operacional iniciou-se a 19 de Abril de 1997. Nessa altura, a CGD detinha uma participação de 60% no capital repartindo-se os restantes 40% pela SCI – Sociedade de Controlo e Gestão de Participações (38,63%) e por pequenos accionistas (1,37%). Em Dezembro de 2003 o BCI fundiu-se com o Banco de Fomento (BF) através da integração de todos os activos do BF no BCI e da extinção do BF. Esta operação tornou possível a entrada de um novo grande accionista, o Grupo BPI, com 30% das acções. Em Novembro de 2007 registou-se a saída do Grupo SCI e a entrada do Grupo INSITEC com 18,12% das acções. A participação da CGD passou para 51%, a do Grupo BPI passou para 30% das acções. Os restantes 0,88% encontram-se dispersos por diversos pequenos accionistas. O BCI tem a sua Sede em Maputo e rege-se pelos seus estatutos e demais legislação aplicável ao sector. As demonstrações financeiras do exercício com referência 30 de Junho de 2010 foram aprovadas pelo Conselho de Administração em XX de XXXXX de 2011. 2.Políticas contabilísticas 2.1. Bases de apresentação 2.1.1 Declaração de cumprimento As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), emitidas pelo Comité Internacional de Normas de Contabilidade. As demonstrações financeiras foram autorizadas pelo Conselho de Administração em XX de XXXXX de 2011 No seguimento do disposto no Aviso N.º 4/GBM/2007, de 30 de Março de 2007, do Banco de Moçambique, as demonstrações financeiras do exercício com referência a 30 de Junho de 2011 foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”). As IFRS incluem as normas emitidas pelo International Accounting Standards Board (“IASB”) bem como as interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (“IFRIC”) e pelos respectivos órgãos antecessores. As demonstrações financeiras foram preparadas com base no princípio do custo histórico, modificada pela aplicação do justo valor para os activos e passivos financeiros disponíveis para venda, excepto aqueles para os quais o justo valor não está disponível. Na preparação das suas demonstrações financeiras referentes a 30 de Junho de 2011, o BCI adopta a IFRS 7 – Instrumentos Financeiros: Divulgações, bem como a IAS 1 – Apresentação das Demonstrações Financeiras – Requisitos de divulgação de capital regulamentar. A preparação das demonstrações financeiras em conformidade com as IFRS exige a formulação de julgamentos, estimativas e pressupostos de aplicação das políticas contabilísticas, estando as principais estimativas e incertezas associadas à aplicação das políticas contabilísticas descritas na nota 2.2 (t). As demonstrações financeiras anexas estão expressas em Meticais e são idênticas às que foram preparadas pelo Banco a partir dos seus registos contabilísticos e que irão ser submetidas à aprovação da Assembleia-geral de accionistas. 2.2.2 Base de mensuração As políticas contabilísticas que se seguem são aplicáveis às demonstrações financeiras individuais do Banco BCI. 7 Relatório e Contas Intercalares (a) Normas, emendas e interpretações eficazes em ou depois de 1 de Janeiro de 2011 No final de Junho de 2011 haviam sido emitidas pelo IASB as seguintes Normas Internacionais de Relato Financeiro cuja eficácia ocorrerá para períodos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2011, não tendo sido até ao momento adoptadas pelo Banco. Normas/ Interpretação Conteúdo Aplicável aos anos financeiros com ínicio em/depois IAS 1 Apresentação das Demonstrações financeiras 1 de Janeiro de 2011 IFRS 9 Instrumentos Financeiros, parte 1: Classificação e Valorimetria 1 de Janeiro de 2013 IFRS7 Instrumentos financeiros - Divulgações 1 de Julho de 2011 IAS 24 Divulgações relativas a partes relacionadas 1 de Janeiro de 2011 IAS 1 – Apresentação das Demonstrações financeiras Esta norma teve uma emenda cuja adopção será obrigatória a partir de 1 de Janeiro de 2011. A mesma esclarece que a desagregação das variações em cada componente do capital próprio resultante de transacções reconhecidas em outros rendimentos globais também devem ser apresentados, mas a mesma pode ser feita na demonstração das variações de capitais próprios ou nas notas. IFRS 9 – Instrumentos Financeiros, parte 1: Classificação e Valorimetria A IFRS 9, substitui partes da IAS 39 relacionadas com classificações e valorimetria de activos financeiros e a sua adopção será obrigatória a partir de 1 de Janeiro de 2013. Alguns elementos chave incluem: • A obrigatoriedade de classificação dos activos financeiros em 2 grandes grupos de custeio: justo valor e custo amortizado. A decisão deverá ser tomada no reconhecimento inicial do activo, sendo a mesma dependente, por um lado, do modelo de negócio da entidade na gestão de instrumentos financeiros e, por outro, nas características do activo no concernente à libertação de cash flow. • A valorização do activo financeiro ao custo amortizado somente se for um instrumento de dívida e se os objectivos do modelo de negócio da entidade forem a manutenção do activo para a obtenção de cash flows (contratados), representando estes apenas pagamentos de capital e de juros. Todos os restantes instrumentos de dívida devem ser valorizados ao justo valor através de lucros ou perdas. • A contabilização de instrumentos de capital ao justo valor e de instrumentos de capital mantidos para negociação ao justo valor através de resultados. Para todos os restantes instrumentos deve ser efectuada uma escolha irreversível no reconhecimento inicial por forma a reconhecer ganhos ou perdas de justo valor realizados ou não realizados através de outros resultados que não sejam os lucros ou perdas. A escolha poderá ser efectuada caso a caso e os dividendos devem ser apresentados em lucros ou perdas desde que representem retorno sobre o investimento. IFRS7 – Instrumentos financeiros - Divulgações As alterações adicionam uma declaração explícita de que a divulgação qualitativa deve ser feita em contacto com a divulgação quantitativa para melhor habilitar os usuários a avaliar a exposição de riscos de uma entidade resultantes de instrumentos financeiros. Além disso, o IASB alterou e removeu os requisitos de divulgação existentes. Esta norma, que entrou em vigor no dia 01 de Julho de 2011 não representa qualquer impacto para o BCI no presente exercício. 8 Relatório e Contas Intercalares IAS 24 – Divulgações relativas a partes relacionadas A revisão da IAS 24 Divulgações de Partes Relacionadas altera a definição de partes relacionadas e modifica determinados requisitos de divulgação para o controlo de entidades relacionadas. Esta norma, entra em vigor no dia 1 de Janeiro de 2011 e não representa qualquer impacto para o BCI no presente exercício. As seguintes normas, alterações e interpretações tornaram-se efectivas em 2011, mas não eram relevantes para as operações do Banco: Normas/ Interpretação Conteúdo Aplicável aos anos financeiros com ínicio em/depois IAS 1 Apresentação das Demonstrações financeiras 1 de Janeiro de 2011 IFRS 9 Instrumentos Financeiros, parte 1: Classificação e Valorimetria 1 de Janeiro de 2013 IFRS7 Instrumentos financeiros - Divulgações 1 de Julho de 2011 IAS 24 Divulgações relativas a partes relacionadas 1 de Janeiro de 2011 (b) Normas, emendas e interpretações emitidas mas ainda não efectivas Várias das novas normas, alterações e interpretações ainda não haviam sido efectivadas de modo a poderem ser aplicadas no em 30 de Junho de 2011, não tendo, consequentemente, sido aplicadas na preparação destas demonstrações financeiras. Nenhuma das mesmas afectará as demonstrações financeiras, excepto: Normas/ Interpretação IFRS 9 • Conteúdo Instrumentos Financeiros, parte 1: Classificação e Valorimetria Aplicável aos anos financeiros com ínicio em/depois 1 de Janeiro de 2013 IFRS 9, Instrumentos financeiros parte 1: Classificação e mensuração A IFRS 9 foi emitida em Novembro de 2009 e substitui partes da IAS 39 no que diz respeito à classificação e mensuração de activos financeiros. As principais características são as seguintes: • Exige-se que os activos financeiros sejam classificados em duas categorias de mensuração: os que devem ser medidos posteriormente pelo seu justo valor, e os que devem ser medidos, subsequentemente, pelo custo amortizado. A decisão deve ser tomada no momento do reconhecimento inicial. A classificação depende do modelo de negócio da entidade para gerir os seus instrumentos financeiros e das características do fluxo de caixa contratual do instrumento. • Um instrumento é subsequentemente medido pelo custo amortizado somente se o mesmo for um instrumento de dívida e, sempre que o objectivo do modelo de negócio da entidade for manter o activo para recolher os fluxos de caixa contratuais, e os fluxos de caixa contratuais do activo representarem apenas os pagamentos do capital e juros (ou seja, se o mesmo tiver somente “características básicas de empréstimo”). Todos os outros instrumentos de dívida devem ser medidos pelo seu justo valor através de lucros ou perdas. • Todos os instrumentos de capital próprio devem ser, posteriormente, medidos pelo justo valor. Os instrumentos de capital que sejam mantidos para comercialização serão medidos pelo justo valor através de lucros ou perdas. Para todos os outros investimentos de capital, uma eleição irrevogável pode ser feita no momento do reconhecimento inicial, de modo a reconhecer os ganhos, realizados e não realizados, do justo valor a reciclar dos ganhos e perdas do justo valor para lucros ou perdas. Esta eleição pode ser feita numa base de instrumento-por-instrumento. Os dividendos devem ser apresentados como lucros ou perdas, contanto que os mesmos representem um retorno sobre o investimento. 9 Relatório e Contas Intercalares • Embora a obrigatoriedade de adopção da IFRS 9 só terá efeito a partir de 1 de Janeiro de 2013, a mesma poderá ser adoptada mais cedo. • Melhorias nas IFRS “Melhorias nas IFRS” foram emitidos em Maio de 2008 (endossadas pela UE em 23 de Janeiro de 2009), sendo que até Abril de 2009 ainda não haviam sido aprovadas. Essas melhorias contêm várias alterações às IFRS que o IASB considera não-urgentes, porém necessárias. “Melhorias nas IFRS” compreendem as alterações que resultam em mudanças nas práticas contabilísticas, no que respeita à apresentação, reconhecimento ou mensuração, bem como na terminologia ou alterações editoriais respeitantes a uma variedade de normas de IFRS individuais. A maioria das alterações é eficaz para os exercícios financeiros que tenham início em/ou após 1 de Janeiro de 2009 e 1 de janeiro de 2010, respectivamente, com aplicação antecipada permitida. Não se esperam alterações significativas nas políticas contabilísticas como resultado das alterações. (c) Adopção antecipada das normas O banco não adoptou antepadamente as novas normas alteradas em 2010. 1.1.3 Principais Políticas Contabilísticas (a) Operações em moeda estrangeira (IAS 21) As demonstrações financeiras estão apresentadas em Meticais que constitui a moeda funcional e de apresentação utilizada pelo BCI nas suas operações e demonstrações financeiras. As operações em moeda estrangeira são inicialmente convertidas para a moeda funcional à taxa de câmbio em vigor à data da transacção. À data do balanço os activos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são convertidos para Meticais à taxa média divulgada pelo Banco de Moçambique, sendo as diferenças cambiais não realizadas reconhecidas na demonstração de resultados no período a que dizem respeito. Em 30 de Junho de 2011 e 31 de Dezembro de 2010 as taxas de câmbio aplicadas são: 30-Jun-11 31-Dez-10 USD 28,53 32,58 EUR 41,31 42,08 ZAR 4,20 3,96 Moeda Os activos não monetários em moeda estrangeira valorizados ao custo histórico são convertidos à taxa de câmbio em vigor à data em que a transacção ocorreu. Os activos não monetários em moeda estrangeira valorizados pelo justo valor são convertidos à taxa de câmbio em vigor na data de determinação do justo valor. (b) Empresas filiais e associadas (IAS 27 e IAS 28) O BCI detém, directa e indirectamente, participações financeiras em empresas filiais e associadas. Consideram-se empresas filiais aquelas entidades em que o Banco detém o controlo ou o poder para gerir as políticas financeiras e operacionais da empresa. Empresas associadas são aquelas entidades em que o BCI exerce, directa ou indirectamente, uma influência significativa sobre a sua gestão e a sua política financeira mas não detém o controlo da empresa. Regra geral, presume-se que existe influência significativa quando a participação de capital é superior a 20% e inferior a 50%. Nas demonstrações financeiras individuais do BCI, as empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo histórico. Os dividendos de empresas filiais e associadas são reconhecidos nos resultados individuais do BCI na data em que são atribuídos ou recebidos. 10 Relatório e Contas Intercalares Em caso de evidência objectiva de imparidade, a perda por imparidade é reconhecida em resultados. (d) Transacções eliminadas na consolidação Os lucros não realizados que resultem de transacções com as associadas são eliminados na medida dos interesses do Banco nessa entidade. Os lucros não realizados são eliminados por contrapartida dos Investimentos nas associadas. As perdas não realizadas são eliminadas da mesma forma mas apenas na medida em que não haja evidência de qualquer redução do respectivo valor recuperável. (e) Activos e passivos financeiros (IAS 32 e IAS 39) A classificação de instrumentos financeiros no reconhecimento inicial depende do objectivo para o qual o instrumento foi adquirido bem como das suas características. Os activos e passivos financeiros são reconhecidos no balanço do BCI na data de contratação pelo respectivo justo valor acrescido de custos de transacção directamente atribuíveis, excepto para activos e passivos ao justo valor através dos resultados em que os custos de transacção são imediatamente reconhecidos em resultados. Entende-se por justo valor o montante pelo qual um activo ou passivo pode ser transferido ou liquidado, entre partes independentes, informadas e interessadas na concretização da transacção em condições normais de mercado. O justo valor de um instrumento financeiro no reconhecimento inicial é geralmente o preço da transacção. O justo valor é determinado com base em preços de um mercado activo ou em métodos de avaliação no caso de inexistência de tal mercado activo. Um mercado é considerado activo se ocorrerem transacções de forma regular. O BCI avalia, à data de cada balanço, se existe evidência objectiva de que um activo financeiro ou grupo de activos financeiros está em imparidade. Considera-se que um activo financeiro está em imparidade se, e apenas se, existir evidência objectiva de perda de valor em resultado de um ou mais acontecimentos que tenham ocorrido após o reconhecimento inicial do activo e desde que tais acontecimentos tenham um impacto sobre os fluxos de caixa futuros estimados dos activos financeiros. A evidência de imparidade pode incluir indicações de que o devedor ou um grupo de devedores está em dificuldades financeiras, incumprimento ou mora na liquidação de capital ou juros, a probabilidade de entrarem em falência ou em reorganização financeira e sempre que esteja disponível informação que indica um decréscimo de valor dos fluxos de caixa futuros. i. Activos financeiros pelo justo valor através dos resultados Esta categoria inclui activos financeiros classificados de forma irrevogável no seu reconhecimento inicial como sendo activos financeiros ao justo valor através de resultados. Os activos financeiros classificados nesta categoria são registados no balanço pelo justo valor, sendo os ganhos e perdas gerados pela valorização subsequente reflectidos em resultados do exercício. A 30 de Junho de 2011, esta rubrica apresentava saldo nulo. ii.Investimentos detidos até à maturidade Nesta categoria são classificados títulos de rendimento fixo de risco reduzido que o Banco tem intenção e capacidade de deter até ao seu vencimento. Estes activos financeiros encontram-se registados pelo custo amortizado. De acordo com este método, o valor do instrumento financeiro em cada data de balanço corresponde ao seu custo inicial, tomando em consideração qualquer desconto ou prémio de aquisição e comissões que são uma parte integrante da taxa de juro efectiva, deduzido de reembolsos de capital efectuados e perdas por imparidade e ajustado pela amortização, com base no método da taxa efectiva. Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, o qual permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período da operação financeira. A taxa efectiva é aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro, permite igualar o seu valor actual ao valor do instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial. 11 Relatório e Contas Intercalares O BCI avalia, individualmente, se existe evidência de imparidade para os activos financeiros detidos até à maturidade. Caso exista evidência objectiva de que foi incorrida uma perda por imparidade, o montante da perda é determinado pela diferença entre a quantia escriturada do activo e o valor presente dos fluxos de caixa futuros do activo. A quantia escriturada do activo é reduzida e a perda é reconhecida na demonstração de resultados. Se, em períodos subsequentes, o montante da perda por imparidade reduzir em virtude de um evento após o reconhecimento da perda, quaisquer montantes anteriormente registados devem ser ajustados. Em 30 de Junho de 2011 e 31 de Dezembro de 2010, esta rubrica apresenta saldo nulo. iii. Empréstimos e contas a receber Os empréstimos e contas a receber são activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, e maturidade fixa, não cotados em mercados activos. Os empréstimos e contas a receber abrangem os créditos concedidos pelo Banco a clientes e a instituições de crédito que não sejam transaccionados num mercado activo e para os quais não haja intenção de venda. No reconhecimento inicial os empréstimos e contas a receber são registados pelo seu justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção. Subsequentemente, estes activos são valorizados ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro efectiva e sujeitos a testes de imparidade. Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva. Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em contas extra patrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em contas de resultados ao longo da vida das operações. Estas operações são sujeitas a testes de imparidade. Imparidade O BCI efectua regularmente análises de imparidade dos créditos e valores a receber. A identificação de indícios de imparidade é efectuada numa base individual, para os créditos em que o montante de exposição é significativo, e numa base colectiva, quanto aos activos homogéneos cujos saldos não sejam individualmente significativos. De acordo com a IAS 39, um activo financeiro encontra-se em situação de imparidade quando existe evidência de que tenham ocorrido um ou mais eventos de perda após o reconhecimento inicial do activo, e esses eventos tenham impacto na estimativa do valor recuperável dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro considerado. Segundo o estabelecido na IAS 39, os seguintes eventos são considerados como constituindo indícios de imparidade em activos financeiros: −Incumprimento de cláusulas contratuais, como atrasos no pagamento dos juros ou capital; −Registo de situações de incumprimento no sistema financeiro; −Existência de operações em vigor resultantes de reestruturações de créditos ou de negociações em curso para reestruturações de crédito; −Dificuldades ao nível da capacidade dos sócios e da gestão, nomeadamente no que se refere à saída de sócios de referência ou dos principais quadros e divergências entre os sócios; −Dificuldades financeiras significativas do devedor ou do emissor da dívida; −Existência de uma elevada probabilidade de declaração de falência do devedor ou do emissor da dívida; −Diminuição da posição competitiva do devedor; −Comportamento histórico das cobranças que permita deduzir que o valor nominal não será recuperado na totalidade. 12 Relatório e Contas Intercalares Análise individual Para os activos relativamente aos quais existe evidência objectiva de imparidade numa base individual, o cálculo da imparidade é efectuado mutuário a mutuário, tendo como referência a informação que consta da análise de risco de crédito do Banco os quais consideram, entre outros, os seguintes factores: −Exposição global do Cliente e natureza das responsabilidades contraídas junto do Banco: operações financeiras ou não - financeiras (nomeadamente, responsabilidades de natureza comercial ou garantias de boa execução); −Análise de risco do Cliente determinada através do acompanhamento regular do Banco a qual incorpora, entre outras, as seguintes características: Situação económico-financeira do Cliente; Risco do sector de actividade em que opera; Qualidade de gestão do Cliente, medida pela experiência no relacionamento com o BCI e pela existência de incidentes; Qualidade da informação contabilística apresentada; Natureza e montante das garantias associadas às responsabilidades contraídas junto do Banco; Crédito em situação de incumprimento. Sempre que sejam identificados indícios de imparidade em activos analisados individualmente, a eventual perda por imparidade corresponde à diferença entre o valor actual dos fluxos de caixa futuros que se espera receber (valor recuperável), descontado com base na taxa de juro efectiva original do activo, e o valor inscrito no balanço no momento da análise. De salientar que o valor expectável de recuperação do crédito reflecte os fluxos de caixa que poderão resultar da execução das garantias ou colaterais associados ao crédito concedido, deduzido dos custos inerentes ao respectivo processo de recuperação. Os activos avaliados individualmente e para os quais não foram identificados indícios objectivos de imparidade, são igualmente objecto de avaliação colectiva de imparidade. Os activos avaliados individualmente e para os quais foi reconhecida uma perda por imparidade são excluídos das análises colectivas. Análise colectiva Para os activos sujeitos a análise colectiva o cálculo da imparidade é feito com recurso a um modelo definido para o efeito, no qual os activos são agrupados em grupos homogéneos de risco para se apurar as probabilidades destes apresentarem indícios de default, assim como a percentagem de perda caso o mesmo se verifique. Os grupos homogéneos de risco são constituídos com base no: Segmento do cliente ou produto; Tipo de garantias associadas à operação de crédito; Comportamento actual da operação de crédito; Comportamento histórico da operação de crédito; e Duração dos diferentes comportamentos da operação de crédito. Os fluxos de caixa futuros dos créditos sujeitos a análise colectiva de imparidade são estimados com base nos dados históricos disponíveis acerca das perdas para activos com características de risco de crédito semelhante e o montante de imparidade apurado é reconhecido nos resultados. 13 Relatório e Contas Intercalares iv. Activos financeiros disponíveis para venda Esta categoria inclui nomeadamente: −Títulos de rendimento variável não classificados como activos ao justo valor através de resultados; −Obrigações e outros instrumentos de dívida aqui classificados no reconhecimento inicial. Os activos financeiros disponíveis para venda são avaliados ao justo valor, com excepção de instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser estimado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos ou perdas resultantes da alteração no justo valor são reconhecidos directamente nos fundos próprios. No momento da alienação, ou caso seja determinada imparidade, as variações acumuladas no justo valor são transferidas para resultados do período. Os juros relativos a instrumentos de dívida classificados nesta categoria são determinados com base no método da taxa efectiva. Os dividendos de instrumentos de capital classificados nesta categoria são registados como rendimentos aquando do seu recebimento. v.Depósitos e outros recursos Após o reconhecimento inicial os depósitos e outros recursos financeiros de clientes e instituições de crédito são valorizados ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro efectiva. O BCI deixa de reconhecer activos financeiros quando: −Os direitos contratuais aos fluxos de caixa associados ao activo tenham expirado; −O Banco tenha transferido os direitos contratuais aos fluxos de caixa decorrentes do activo bem como tenha transferido substancialmente todos os riscos e vantagens do activo, ou o controlo do activo não tendo, no entanto, transferido todos os riscos e vantagens associados ao activo. Um passivo financeiro deixa de ser reconhecido quando a respectiva obrigação for satisfeita, cancelada ou expirar. Quando o passivo é substituído por outro do mesmo mutuário em condições substancialmente distintas, ou as condições de um passivo existente são substancialmente modificadas, tal modificação ou troca é tratada como o reconhecimento de um novo passivo, e consequente não reconhecimento do passivo original, sendo a diferença entre os respectivos montantes reconhecida nos resultados do período. Os títulos comprados com acordo de revenda não são registados na carteira de títulos. Os fundos entregues são registados, na data de liquidação, como um crédito, sendo periodificado o valor de juros. Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na carteira onde estavam originalmente registados. Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação, em conta própria do passivo, sendo periodificado o valor de juros. Os activos e passivos financeiros apenas são compensados, e o seu valor líquido apresentado no balanço, quando o BCI tem o direito de proceder à sua compensação e pretende liquidar numa base líquida ou realizar o activo e liquidar simultaneamente o passivo. (f) Activos não correntes detidos para venda (IFRS 5) Os activos não correntes, ou grupos de activos e passivos a alienar são classificados como detidos para venda sempre que seja expectável que o seu valor de balanço seja essencialmente recuperado através da venda, e não de uso continuado. Para que um activo (ou grupo de activos e passivos) seja classificado nesta rubrica é necessário o cumprimento dos seguintes requisitos: −A probabilidade de ocorrência da venda seja elevada; −O activo esteja disponível para venda imediata no seu estado actual; −Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar até um ano após a classificação do activo nesta rubrica. 14 Relatório e Contas Intercalares Os activos registados nesta rubrica não são amortizados, sendo valorizados ao menor valor entre o custo de aquisição e o seu justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes activos é determinado com base em avaliações efectuadas pelas entidades especializadas. Caso o valor registado em balanço seja inferior ao justo valor, deduzido dos custos de venda, são registadas perdas por imparidade na rubrica adequada. Os imóveis e outros bens arrematados obtidos por recuperação de créditos vencidos são registados pelo valor de arrematação, sendo o passivo regularizado quando os respectivos processos judiciais se encontram concluídos, por contrapartida dos créditos vencidos. (g) Propriedades de investimento (IAS 40) As propriedades de investimento correspondem a imóveis detidos pelo BCI com o objectivo de obtenção de rendimentos através do arrendamento ou da sua valorização. Após o reconhecimento inicial, as propriedades de investimento são mensuradas pelo modelo do custo deduzido de amortizações acumuladas e perdas por imparidade acumuladas. (h) Outros activos tangíveis (IAS 16) Os activos tangíveis utilizados pelo BCI no decurso da sua actividade são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. Os custos subsequentes são reconhecidos como um activo separado apenas se for provável que deles resultarão benefícios económicos futuros para o BCI. As despesas de manutenção e reparação e outras despesas associadas ao seu uso são reconhecidas nos resultados do período em que foram incorridas. A depreciação dos activos tangíveis é calculada numa base sistemática ao longo da vida útil estimada do bem, a qual corresponde ao período em que se espera que o activo esteja disponível para uso: Anos de vida útil Imóveis 30 a 45 Obras em edifícios 25 Equipamento 7 O Banco efectua regularmente a análise de adequação da vida útil estimada dos seus activos tangíveis. Alterações na vida útil esperada dos activos são registadas através da alteração do período ou método de depreciação, conforme apropriado, sendo tratadas como alterações em estimativas contabilísticas. As despesas em edifícios alheios são depreciadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento. Periodicamente são efectuadas análises no sentido de identificar evidências de imparidade em activos tangíveis. Sempre que o valor líquido contabilístico dos activos tangíveis exceda o seu valor recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade com reflexo nos resultados do exercício. O BCI procede à reversão das perdas por imparidade nos resultados do período caso, subsequentemente, se verifique um aumento no valor recuperável do activo. Conforme previsto na IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 (data de transição) foram registados pelo justo valor a essa data e usado o valor daí resultante como custo considerado. Um item do activo tangível deixa de ser reconhecido aquando da sua alienação ou quando não se esperam benefícios económicos futuros decorrentes da sua utilização ou alienação. Qualquer ganho ou perda decorrente do desreconhecimento do activo (calculado como a diferença entre o rendimento da venda e a quantia escriturada do activo) é reconhecido em resultados no período do seu desreconhecimento. 15 Relatório e Contas Intercalares (i) Locações (IAS 17) A determinação se um acordo contém uma locação é baseada na substância do acordo e requer uma avaliação sobre se o seu cumprimento está dependente da utilização de um bem específico e se o acordo dá o direito de uso desse bem. BCI como locatário A locação financeira, a qual transfere substancialmente para o Banco todos os riscos e vantagens inerentes à propriedade de um activo, é capitalizada no momento inicial do contrato ao mais baixo entre o justo valor do activo e o valor actual dos pagamentos mínimos de locação, e incluído em activos tangíveis, registando a correspondente responsabilidade para com o locador em outros passivos. Os activos tangíveis adquiridos através de operações de locação financeira são depreciados durante o prazo da locação ou da sua vida útil, o que for mais curto. As rendas relativas a contratos de locação financeira são desdobradas de acordo com o respectivo plano financeiro, reduzindo-se o passivo pela parte correspondente à amortização do capital. Os juros suportados são reconhecidos no resultado do período. Os pagamentos associados a locações operacionais não são reconhecidos no balanço. Os pagamentos de uma locação operacional são reconhecidos como um gasto numa base de linha recta durante o prazo da locação e registados em gastos operacionais. BCI como locador As locações em que o Banco não transfere substancialmente todos os riscos e vantagens da propriedade do bem locado são classificadas como locações operacionais. O BCI possui nestas condições as suas propriedades de investimento as quais geram rendimento de rendas. Os activos em regime de locação financeira encontram-se registados no balanço como “Crédito a clientes”, sendo este reembolsado através das amortizações de capital constantes do plano financeiro dos contratos. Os juros incluídos nas rendas são reconhecidos no resultado do período. (j) Activos intangíveis (IAS 38) O BCI regista como activos intangíveis as despesas com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso próprio de aplicações informáticas (“software”). Nos casos em que sejam cumpridos os requisitos definidos na IAS 38, os custos internos directos incorridos no desenvolvimento de aplicações informáticas são capitalizados como activos intangíveis. Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de depreciações e perdas por imparidade acumuladas. As depreciações são registadas numa base sistemática, ao longo da vida útil estimada dos activos, a qual usualmente situa-se nos 3 anos. O período de depreciação e o método de depreciação dos activos intangíveis com vida útil definida são revistos no final de cada período. Alterações na vida útil esperada são registadas como alterações de estimativa. As despesas com manutenção de aplicações informáticas são contabilizadas como gasto no exercício em que são incorridas. (k) Imparidade de activos não financeiros (IAS 36) O Banco avalia, a cada data de relato, ou com maior frequência caso tenha ocorrido alterações que indiquem que um determinado activo possa estar em imparidade, se existem indicações de que um activo não financeiro se possa encontrar em imparidade. Se tal indicação existir, o Banco estima a respectiva quantia recuperável e, caso esta se apresente inferior à quantia escriturada, o activo encontra-se em imparidade e é reduzido para a sua quantia recuperável. A cada data de balanço, o Banco reavalia se existe qualquer indicação de que uma perda por imparidade anteriormente reconhecida possa já não existir ou possa ter reduzido. Caso exista tal indicação, o Banco estima a quantia recuperável do activo e reverte perdas por imparidade previamente reconhecidas apenas se tiverem ocorrido alterações nas estimativas usadas para estimar a quantia recuperável desde o reconhecimento da perda. 16 Relatório e Contas Intercalares (l) Reconhecimento de rendimentos e gastos (IAS 18) Os réditos são reconhecidos desde que seja provável que irão fluir benefícios económicos para o Banco e desde que o rendimento possa ser mensurado com fiabilidade. O reconhecimento de rendimentos obedece, ainda, aos seguintes critérios: Juros, rendimentos e gastos equiparados Para todos os instrumentos financeiros valorizados ao custo amortizado e juros relacionados com instrumentos financeiros classificados como disponíveis para venda, os gastos e rendimentos de juros são registados à taxa de juro efectiva a qual representa a taxa que desconta os futuros pagamentos estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro ou período mais curto, se apropriado, para a quantia escriturada do activo ou passivo financeiro. O cálculo toma em consideração todos os termos contratuais dos instrumentos financeiros e inclui comissões ou custos adicionais directamente relacionados com o instrumento e que se consideram uma parte integrante da taxa de juro efectiva, não considerando perdas futuras. Uma vez que o activo financeiro ou grupo de activos financeiros tenha sido reduzido como resultado de uma perda por imparidade, o rendimento do juro é daí em diante reconhecido usando a taxa de juro utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros para efeitos de quantificação da perda por imparidade. Rendimentos de taxas e comissões O BCI obtém taxas e comissões de diversos serviços financeiros prestados aos seus clientes. Tais rendimentos podem ser divididos nas seguintes categorias: Receitas obtidas por serviços prestados durante um determinado período de tempo Os rendimentos obtidos por serviços prestados durante um determinado período de tempo, onde se incluem comissões, são especializados e reconhecidos no período correspondente. As comissões relacionadas com créditos são diferidas e reconhecidas como um ajustamento à taxa de juro efectiva do empréstimo. Receitas obtidas por serviços de intermediação As comissões resultantes da negociação ou participação na negociação de uma transacção com um terceiro são reconhecidas aquando da finalização da transacção. Rendimentos de rendas Os rendimentos de rendas de propriedades de investimento são reconhecidos numa base de linha recta durante o prazo do contrato sendo reconhecidos na demonstração de resultados em outros rendimentos operacionais. (m) Caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalentes de caixa, conforme apresentados da demonstração de fluxos de caixa, englobam os valores apresentados no balanço em caixa, contas correntes com bancos centrais e investimentos altamente líquidos. (n) Impostos sobre os lucros (IAS 12) O Banco, ao abrigo dos incentivos aduaneiros e fiscais previstos no Código dos Benefícios Fiscais em Moçambique (CBFM), aprovado pelo Decreto n.º 12/93, de 21 de Julho, beneficia até 31 de Dezembro de 2013 dos seguintes benefícios: ­ Redução da taxa do Imposto sobre Rendimento das Pessoas Colectivas em cinquenta por cento (50%); ­ A possibilidade de dedução, no cálculo do IRPC, das despesas realizadas em programas de formação de trabalhadores moçambicanos até ao limite máximo de cinco por cento (5%) da matéria colectável; e ­ Isenção de impostos sobre os fundos próprios ou empréstimos e respectivos juros, aplicados em investimentos realizados no âmbito do Projecto. O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos. 17 Relatório e Contas Intercalares Imposto corrente O imposto corrente, activo ou passivo, é estimado com base no valor esperado a recuperar ou a pagar às autoridades fiscais. A taxa legal de imposto usada para calcular o montante é a que se encontra em vigor à data de balanço. O imposto corrente é calculado com base no lucro tributável do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos à matéria colectável resultantes de gastos ou rendimentos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos contabilísticos. Imposto diferido Os impostos diferidos activos e passivos correspondem ao valor do imposto a recuperar e a pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias entre o valor de um activo ou passivo no balanço e a sua base de tributação. Os prejuízos fiscais reportáveis assim como os benefícios fiscais dão também origem a impostos diferidos activos. Os impostos diferidos activos são reconhecidos até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros contra os quais possam ser deduzidos os impostos diferidos activos. Os impostos diferidos foram calculados com base nas taxas fiscais decretadas para o período em que se prevê que seja realizado o respectivo activo ou passivo. Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de fundos próprios. Nestas situações, o correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de fundos próprios, não afectando o resultado do exercício. (o) Provisões e passivos contingentes (IAS 37) O BCI constitui provisões quando tem uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante de eventos passados relativamente à qual seja provável o futuro dispêndio de recursos financeiros, e este possa ser determinado com fiabilidade. O montante da provisão corresponde à melhor estimativa do valor a desembolsar para liquidar a responsabilidade na data do balanço. (p) Garantias (IAS 37) No decorrer da sua actividade o BCI concede garantias, cartas de crédito e avais. Tais garantias são registadas em contas fora do balanço e divulgadas como passivos contingentes. (q) Benefícios dos empregados (IAS 19) A responsabilidade com pensões de reforma relativa aos colaboradores do Ex-BF foi incorporada no passivo do BCI ao abrigo da escritura de fusão datada 4 de Dezembro de 2003. O Ex-BF subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho (ACT) de 30 de Dezembro de 1997, que vigora para o sector bancário, pelo que os seus empregados contratados localmente ou as suas famílias têm direito a prestações pecuniárias a título de reforma por velhice, invalidez e sobrevivência. Estas prestações são em função do tempo de serviço dos trabalhadores e da respectiva retribuição à data da reforma, sendo actualizadas com base nas tabelas salariais anexas ao ACT, as quais são revistas anualmente. No entanto, uma vez que os trabalhadores estão inscritos no Sistema de Segurança Social, as responsabilidades do BCI consistem no pagamento de complementos. O valor das responsabilidades por serviços passados é determinado anualmente, por actuários especializados, utilizando o método “Projected Unit Credit” e pressupostos actuariais considerados adequados (Vide Nota 4.20). Os ganhos e perdas decorrentes de diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados e os valores efectivamente verificados, bem como os resultantes de alterações de pressupostos actuariais, são reconhecidos como rendimento ou gasto quando os ganhos e perdas actuariais não reconhecidos acumulados ao final do ano anterior excedam 10% do valor actual das responsabilidades por serviços passados ou do valor do fundo de pensões, dos dois o maior, reportado à mesma data. Os ganhos 18 Relatório e Contas Intercalares ou perdas actuariais que excedam o “corredor” são reconhecidos em resultados pelo período de tempo médio até à idade esperada de reforma dos colaboradores abrangidos pelo plano. Na data da transição, o BCI adoptou a excepção prevista na IFRS 1 de não recalcular os ganhos e perdas actuariais diferidos desde o início dos planos. (r) Acções Próprias (IAS 32) As acções próprias do Banco são deduzidas nos fundos próprios não sendo reconhecidos nas demonstrações financeiras quaisquer ganhos ou perdas realizados aquando da sua venda. As retribuições recebidas estão a ser directamente reconhecidas no capital próprio. (s) Dividendos de acções ordinárias (IAS 10) Os dividendos de acções ordinárias são reconhecidos como um passivo e deduzidos aos fundos próprios quando são declarados e já não se encontram à discrição do Banco. Os dividendos do exercício aprovados após a data de balanço são divulgados como um evento após a data de balanço. (t) Resultado por acção Os resultados por acção básicos são calculados dividindo o resultado atribuível a accionistas do BCI pelo número médio ponderado de acções ordinárias emitidas, excluindo o número médio de acções ordinárias compradas pelo Banco e detidas como acções próprias. (u) IFRS 8 – Segmentos operacionais De acordo com os requisitos da norma, o reporte externo por segmentos deverá estar baseado no reporting interno apreciado pela Comissão Executiva. A aplicação da norma não tem qualquer impacto material sobre as contas do Banco. Um segmento de negócio é um componente identificável do Grupo, que se destina a fornecer um produto ou serviço individual ou um conjunto de produtos ou serviços relacionados, e que esteja sujeito a riscos e benefícios que sejam diferenciáveis dos restantes segmentos de negócio. A adopção da alteração obriga a divulgações adicionais mas não tem impacto na posição financeira nem nos resultados do banco. Conforme apresentado na nota 3.32, o BCI controla a sua actividade através dos seguintes segmentos principais: – Banca de retalho; – Banca empresas; (v) Principais estimativas e incertezas associadas à aplicação das políticas contabilísticas As IFRS estabelecem um conjunto de políticas contabilísticas que requerem que o Conselho de Administração efectue julgamentos e realize estimativas. As estimativas e pressupostos associados são baseados na experiência histórica e noutros factores considerados razoáveis, de acordo com as circunstâncias e como uma base para os julgamentos sobre os valores dos activos e passivos cuja valorização não é evidente através de outras fontes. As principais estimativas contabilísticas utilizadas pelo BCI são analisadas como segue: Imparidade de empréstimos e contas a receber O BCI reavalia periodicamente a evidência de imparidade de forma a aferir da necessidade de reconhecer perdas por imparidade adicionais, nomeadamente, para a determinação do nível de perda potencial, são usadas estimativas da Administração nos cálculos dos montantes relacionados com os fluxos de caixa futuros. Tais estimativas são baseadas em pressupostos de diversos factores, podendo os resultados efectivos alterar no futuro, resultando em alterações dos montantes constituídos para fazer face a perdas efectivas. 19 Relatório e Contas Intercalares Adicionalmente à análise de imparidade individual, o Banco efectua uma análise de imparidade colectiva da carteira de crédito para fazer face a situações de perda de valor que, embora não especificamente identificáveis, incorporam um grande risco de incumprimento face à situação inicial, no momento em que foram reconhecidos. O BCI considera que a imparidade determinada com base na metodologia apresentada permite reflectir de forma adequada o risco associado à sua carteira de crédito. Justo valor de instrumentos financeiros Quando o justo valor dos activos e passivos financeiros reconhecidos no balanço não pode ser determinado com base na respectiva cotação num mercado activo, estes são determinados através da utilização de técnicas de avaliação que incluem a utilização de modelos matemáticos. Os “inputs” utilizados nos referidos modelos são baseados em informações disponíveis no mercado. Contudo, sempre que tal não seja praticável, são efectuados julgamentos na determinação dos justos valores dos instrumentos financeiros. O banco mede o justo valor usando a seguinte hierarquia de justo valor, que reflecte a importância dos “inputs” utilizados na mensuração: •Nível 1: Preço de mercado cotado (não ajustado) num mercado activo para um instrumento idêntico; •Nível 2: Técnicas de valorização baseadas em dados observáveis, quer directamente (ou seja, como os preços) ou indirectamente (ou seja, derivada de preços). Esta categoria inclui instrumentos valorizados com utilização de: preços de mercado cotados em mercados activos para instrumentos similares; preços cotados para instrumentos idênticos ou similares em mercados considerados menos activos, ou outras técnicas de avaliação em que todos os insumos sejam directa ou indirectamente observáveis a partir de dados do mercado; •Nível 3: Técnicas de valorização utilizando insumos não observáveis significativos. Esta categoria inclui todos os instrumentos em que a técnica de avaliação inclui “inputs” não baseados em dados observáveis e os “inputs” não observáveis têm um efeito significativo na avaliação do instrumento. Esta categoria inclui instrumentos que são avaliados com base em cotações de instrumentos similares, sempre que houver necessidade de ajustamentos não-observáveis significativos ou de pressupostos para reflectir as diferenças entre os instrumentos. O justo valor dos activos e passivos financeiros que sejam negociados nos mercados de activos são baseados em preços de mercado cotados ou cotações de preços do revendedor. Para todos os outros instrumentos financeiros, o Banco determina os valores de mercado utilizando técnicas de avaliação. As técnicas de valorização incluem o valor actual líquido e modelos de fluxo de caixa descontado e outros modelos de avaliação. Pressupostos e “inputs” utilizados em técnicas de avaliação de risco incluem as taxas de juro livre e de referência, os “spreads” de crédito e outros prémios utilizados para estimar taxas de desconto, preços de obrigações e bilhetes do tesouro e taxas de câmbio. O objectivo das técnicas de avaliação é chegar a uma determinação do justo valor que reflecte o preço do instrumento financeiro na data do relatório, a qual teria sido determinada pelos participantes no mercado actuando numa base comercial. A tabela abaixo mostra os instrumentos financeiros mensurados ao justo valor à data do balanço, pela hierarquia do justo valor: 20 Relatório e Contas Intercalares Nível 1 Nível 2 Nível 3 - 1.659.477.502 - Obrigações e Outros Títulos Bilhetes do Tesouro Obrigações do Tesouro Depósitos Estruturados 1.244.885.992 - - - - 1.244.885.992 Títulos de Dívida - 1.659.477.502 - 207.291.667 - - 1.037.594.325 1.659.477.502 - Em 31/12/2010, os instrumentos financeiros mensurados ao justo valor, pela hierarquia de justo valor apresentavam-se do seguinte modo: Nível 1 Nível 2 Nível 3 - 1.670.462.551 - 393.897.214 - - - - Obrigações e Outros Títulos Bilhetes do Tesouro Obrigações do Tesouro Depósitos Estruturados 393.897.214 Títulos de Dívida 205.963.542 187.933.672 1.670.462.551 - - - 1.670.462.551 - Benefícios dos empregados Conforme apresentado na nota 3.19, as responsabilidades do BCI por benefícios pós-emprego concedidos aos seus empregados são determinadas anualmente com base em avaliações actuariais, levadas a cabo por peritos independentes. Estas avaliações actuariais incorporam pressupostos financeiros e actuariais relativos a mortalidade, invalidez, crescimentos salariais e pensões, entre outros. Os pressupostos adoptados correspondem à melhor estimativa do BCI e dos seus actuários do comportamento futuro das respectivas variáveis. Devido à natureza de longo prazo destes planos, tais estimativas estão sujeitas a uma incerteza significativa. Impostos sobre os lucros Os impostos sobre os lucros (correntes e diferidos) são determinados pelo BCI com base nas regras definidas pelo enquadramento fiscal. No entanto, em algumas situações, a legislação fiscal não é suficientemente clara e objectiva e poderá dar origem a diferentes interpretações. Nestes casos, os valores registados resultam do melhor entendimento do BCI sobre o adequado enquadramento das suas operações, o qual é susceptível de poder vir a ser questionado pelas Autoridades Fiscais. 21 Relatório e Contas Intercalares 3.Notas 3.1 Caixa e disponibilidades em bancos centrais Esta rubrica tem a seguinte composição: 30-Jun-11 31-Dez-10 Caixa 1.006.655.016 1.345.651.325 Depósitos no Banco de Moçambique 3.104.328.206 2.878.219.954 4.110.983.222 4.223.871.279 A rubrica de Caixa engloba os montantes de 758.279.953 e 247.719.423 Meticais, relativo a notas e moedas nacionais e estrangeiras, respectivamente, detidas pelo Banco em referência a 30 de Junho de 2011. A rubrica de Notas e Moedas Nacionais é constituída por: saldo de caixa (475.694.387) disponibilidades em ATM’s (281.794.200) e Fundo de Maneio (791.366). Os depósitos no Banco de Moçambique visam satisfazer as exigências legais de constituição de reservas obrigatórias. O regime em vigor à data de 30 de Junho de 2011, previsto no Aviso n.º 01/GBM/2011 do Banco de Moçambique, determina a manutenção de depósitos em moeda nacional junto do Banco Central, correspondentes a pelo menos 9% do saldo médio dos depósitos de residentes, depósitos de não residentes e depósitos do Estado. Estes depósitos obrigatórios não são remunerados. 3.2 Disponibilidades sobre instituições de crédito Esta rubrica tem a seguinte composição: 30-Jun-11 31-Dez-10 Depósitos à ordem e outras disponibilidades Em instituições de crédito no país Em instituições de crédito no estrangeiro - 24.150 220.429.491 52.878.576 Cheques a cobrar Em instituições de crédito no país Em instituições de crédito no estrangeiro 22.606.407 3.554.728 8.450.090 14.044.768 251.485.988 70.502.223 O saldo da rubrica cheques a cobrar refere-se a cheques sacados por terceiros sobre outras instituições de crédito sendo os valores apresentados cobrados nos primeiros dias do exercício subsequente. 3.3 Activos financeiros ao justo valor através dos resultados Esta rubrica decompõe-se como segue: 30-Jun-11 31-Dez-10 Activos Financeiros ao justo valor através dos resultados Depósitos estruturados - - Ajustamento para justo valor - - - - O BCI subscreveu em 2005, junto do BNU Macau, um depósito estruturado, no valor de 5 milhões de dólares, com maturidade em Abril de 2010. Segundo os termos do contrato celebrado, o Banco apenas seria remunerado caso o indexante relevante se fixasse dentro da banda de flutuação acordada. 22 Relatório e Contas Intercalares 3.4 Activos financeiros disponíveis para venda Esta rubrica tem a seguinte composição: 30-Jun-11 31-Dez-10 Obrigações emitidas por empresas Moçambique Celular Obrigações da Mcel/2005 - - Mcel/2008 I série - - Mcel/2008 II série 7.927.224 - 9.469.743 - - - 58.640.771 43.227.984 - 61.839.101 45.581.949 - 40.538.738 341.806.315 - Obrigações BPI Janeiro 2012 22.104.613 - Obrigações BPI Janeiro 2012 Obrigações CGD Junho 2012 60.307.933 80.131.443 - 82.413.877 187.945.357 41.719.642 - - 521.680 14.221.248 48.150.144 14.191.723 47.711.894 4.077.160 211.673.583 4.066.625 210.514.500 1.659.477.463 1.670.462.551 2.904.363.494 2.064.359.766 Telecomunicações de Moçambique Obrigações da TDM (2004) Obrigações ASA Obrigações FAST FERRY Obrigações emitidas por I.Financ. Obrigações BES Julho 2011 Obrigações BES Março 2012 Obrigações BES Julho 2011 Obrigações CGD Maio 2013 Obrigações CGD Dezembro 2011 Obrigações do Governo Governo (OT/2001 série I) Governo (OT/2005 série I) Governo (OT/2005 série III) - Nov/2015 Governo (OT/2008) - Set/2013 Governo (OT/2009) - Mai/2014 Governo (OT/2010) - Set/2015 Bilhetes de Tesouro 23 Relatório e Contas Intercalares Em 30 de Junho de 2011 esta rubrica apresentava o seguinte detalhe: Natureza e Espécie dos Títulos Obrigações emitidas por empresas Moçambique Celular Mcel/2008 II série Quantidade Cotação Valor Valor de Aquisição Val.Balanço Mais valias (1) Justo valor Menos valias Imparidade (2) 137.425 100,00 55,20 13.742.500 7.927.224 - - - - - - - - - - - Telecomunicações de Moçambique Obrigações da TDM (2004) Obrigações ASA 153.000 - - 48.939.464 58.640.771 - - - Obrigações FAST FERRY 111.000 - - 34.679.635 43.227.984 - - - 10.000 90.000 4.303,78 4.120,67 4.095,81 3.903,80 43.037.836 368.622.495 40.538.738 341.806.315 - - - Obrigações BPI Janeiro 2012 5.500 4.329,40 4.027,73 23.811.681 22.104.613 - - - Obrigações BPI Janeiro 2012 15.000 4.290,58 4.027,73 64.358.663 60.307.933 - - - Obrigações CGD Junho 2012 Obrigações BES Julho 2011 20.000 20.000 4.427,71 4.017,40 4.251,92 4.120,67 88.554.250 85.038.432,00 80.131.443 82.413.877 - - - Obrigações CGD Maio 2013 Obrigações CGD Dezembro 2011 50.000 10.000 3.930,24 3.748,88 4.234,41 4.089,69 196.512.000,00 42.344.064 187.945.357 41.719.642 - - - Obrigações emitidas por I.Financ. Obrigações BES Julho 2011 Obrigações BES Março 2012 Obrigações do Governo Governo (OT/2005 série III) Governo (OT/2008) 208.430 458.300 100,00 100,00 67,01 100,00 20.843.000,00 45.830.000,00 14.221.248 48.150.144 - - - Governo (OT/2009) 40.000 100,00 100,00 4.000.000,00 4.077.160 - - - Governo (OT/2010) 2.004.900 100,00 100,00 200.490.000,00 211.673.583 - - - Bilhetes de Tesouro - - - 1.659.477.463 2.940.281.483 1.659.477.463 2.904.363.495 - - - Em 31 de Dezembro de 2010 esta rubrica apresentava o seguinte detalhe: Natureza e Espécie dos Títulos Obrigações emitidas por empresas Moçambique Celular Mcel/2008 II série Quantidade Cotação Valor Valor de Aquisição Val.Balanço Mais valias (1) Justo valor Menos valias Imparidade (2) 137.425 100 66 13.742.500 9.469.743 - - - 153.000 111.000 - - 48.939.464 34.679.635 61.839.101 45.581.949 - - - 5.000 208.430 458.300 40.000 2.004.900 100,00 100 100 100 100 100,00 67 100 100 100 500.000 20.843.000 45.830.000 4.000.000 200.490.000 521.680 14.191.723 47.711.894 4.066.625 210.514.500 - - - 1.670.462.551 2.039.487.151 1.670.462.551 2.064.359.766 - - - Telecomunicações de Moçambique Obrigações da TDM (2004) Obrigações ASA Obrigações FAST FERRY Obrigações do Governo Governo (OT/2001 série I) Governo (OT/2005 série III) Governo (OT/2008) Governo (OT/2009) Governo (OT/2010) Bilhetes de Tesouro 24 Relatório e Contas Intercalares Obrigações da MCel/2008 série II Representam obrigações de 5 anos, emitidas para o público em 10 de Outubro de 2008 com valor nominal de 100 Meticais cada. O valor nominal a 30 de Junho de 2011 era de 55,2 Meticais, a taxa de cupão é a taxa de juro média ponderada das 6 últimas emissões de Bilhetes do Tesouro de mais de 60 dias + margem de 3,75%, com revisão de preço a cada três meses. O capital é reembolsado em 4 pagamentos semestrais com um período de graça de um ano. Obrigações do Governo (OT/2005 série III) Representam as Obrigações do Tesouro de 10 anos emitidas em 22 de Novembro de 2005 com maturidade em 22 de Novembro de 2015. As Obrigações têm um valor nominal de 100 Meticais cada. Em 30 de Junho 2011 o valor nominal era de 67,01 Meticais. A taxa de cupão é a taxa de juro média das 6 últimas emissões de Bilhetes de Tesouro (ou TAM’s na ausência de OT’s) ponderada pela maturidade + 1%, recebido a cada 6 meses. O capital será reembolsado na data de vencimento das obrigações, em 22 de Novembro de 2015. Obrigações do Governo (OT/2008) Representam Obrigações do Tesouro de 5 anos subscritas em 12 de Setembro de 2008, com maturidade em 12 de Setembro de 2013. As Obrigações têm um valor nominal de 100 Meticais cada. Em 30 Junho de 2011, o valor nominal era de 100 Meticais. A taxa de cupão é a taxa de juro média ponderada das 6 últimas emissões de Bilhetes do Tesouro de 60-91 dias + 1%, recebido a cada três meses. O capital será reembolsado na data de maturidade das obrigações, em 12 de Setembro de 2013. Obrigações do Governo (OT/2009) Representam as Obrigações do Tesouro de 5 anos subscritas em 19 de Maio de 2009, com valor nominal de 100 Meticais cada. O valor nominal a 30 de Junho de 2011 era de 100 Meticais. A Obrigação rende juros a cada 6 meses e a taxa do primeiro cupão foi uma taxa fixa de 12.5%. Subsequente a esta, a taxa de cupão será a taxa de juro média ponderada mais alta das 6 últimas emissões dos Bilhetes do Tesouro de mais de 60 e 180 dias + 0,5 de margem. O juro é calculado no ciclo de 360 dias, com 30 dias como o número de dias por mês. O capital será reembolsado no fim do período, em 19 de Maio de 2014. Obrigações do Governo (OT/2010) O valor de 200.490.000 representa 2.004.900 Obrigações do Tesouro subscritas em 1 de Setembro de 2010, com valor nominal de 100 Meticais cada. O valor nominal a 30 de Junho de 2011 era de 100 Meticais. As Obrigações rendem juros semestrais e a taxa do primeiro cupão foi uma taxa fixa de 15,00%. Subsequente a esta, a taxa de cupão será a taxa de juro média ponderada mais alta das 6 últimas emissões dos Bilhetes do Tesouro de mais de 60 dias + 0,5 de margem. Os juros serão calculados diariamente e numa base de 360 dias, correspondentes a doze meses de 30 dias cada (ou seja na convenção 30/360), O capital será reembolsado no fim do período, em 19 de Maio de 2014. Títulos O perfil da maturidade dos Títulos à data do balanço era o seguinte: 30-Jun-11 Maturidade de 1 mês Maturidade superior a 1 mês < 6 meses Maturidade superior a 6 meses < 12 meses Maturidade superior a 12 meses 122.952.654 1.249.052.937 956.494.474 575.863.431 2.904.363.495 31-Dez-10 935.127.803 736.201.776 54.697.766 338.332.419 2.064.359.766 Os títulos acima incluem os proveitos diferidos Os Bilhetes do Tesouro não têm cotação na Bolsa. As Obrigações das Empresas e do Governo estão cotadas na Bolsa de Valores de Moçambique. 25 Relatório e Contas Intercalares Os Bilhetes de Tesouro apresentam maturidades compreendidas entre os 3 meses e 1 ano. Estes títulos, adquiridos através de leilões de obtenção de liquidez do Banco de Moçambique, vencem juros a taxas compreendidas entre 16,05% e 16,47% (2010: 10,99% a 14,50%). Dado não existir um mercado activo para activos financeiros com características semelhantes, nomeadamente no que se refere à maturidade dos títulos em carteira, o justo valor dos Bilhetes do Tesouro foi calculado por recurso a um método de valorização baseado na informação disponível no mercado a cada data relevante. O gasto resultante da valorização da carteira de Bilhetes do Tesouro pelo justo valor foi reconhecido directamente em fundos próprios de acordo com a IAS 39. A rubrica de Obrigações emitidas por outros emissores é composta por: Obrigações ASA – Aeroportos e Segurança Aérea, SA O valor de 57.320.364 Meticais corresponde a 153,000 obrigações emitidas pela empresa ASA – Aeroportos e Segurança Aérea, SA em Agosto de 2007, com um valor nominal de 9.06 Euros, sendo o reembolso em Agosto de 2012. A remuneração variável de cada cupão semestral é indexada à maior da TBA (Taxa Base Anual) ou Euribor a 6 meses, acrescida de um spread de 2,25% e o reembolso será efectuado pelo Valor Nominal. Obrigações Fast Ferry Em carteira existem 111,000 obrigações, com um valor nominal de 9.06 Euros cada e com data de reembolso em 24 de Julho de 2015, sendo o contravalor em meticais igual a 41.585.362. A taxa de juro nominal aplicável a cada um dos períodos de juros é fixa e igual a 9% anual. Obrigações Fast Ferry Em carteira existem 111.000 obrigações, com um valor nominal de 9.06 Euros cada e com data de reembolso em 24 de Julho de 2015, sendo o contravalor em meticais igual a 41.585.362. A taxa de juro nominal aplicável a cada um dos períodos de juros é fixa e igual a 9% anual. Obrigações BES FINANCE Ltd, Julho 2011 O valor de 40.434.228 Meticais corresponde a 10,000 obrigações emitidas pelo BES FINANCE Ltd, adquiridas em Janeiro de 2011 ao preço unitário de 97,88 Euros, a 30/06/2011 o preço de compra situava em 99,75 Euros, o reembolso do Capital (ou vencimento), irá ocorrer em Julho/2011.A remuneração variável de cada cupão trimestral é indexada a Euribor a 3 meses, acrescida de um spread de 0,15%. Obrigações BES – Banco Espírito Santo S.A, Março 2012 O valor de 346.322.385 Meticais corresponde a 90,000 obrigações emitidas pelo BES – Banco Espírito Santo, S.A adquiridas em Janeiro de 2011 ao preço unitário de 93,15 Euros, a 30/06/2011 o preço de compra situava-se em 94,50 Euros, o reembolso do Capital (ou vencimento), irá ocorrer em Março/2012.A remuneração variável de cada cupão trimestral é indexada a Euribor a 3 meses, acrescida de um spread de 0,10%. Obrigações BPI – Banco BPI,SA, Janeiro 2012 O valor de 22.300.170 Meticais corresponde a 5,500 obrigações emitidas pelo BPI – Banco Português de Investimentos, S.A adquiridas em Março de 2011 ao preço unitário de 98,15 Euros, a 30/06/2011 o preço de compra situava em 97,50 Euros, o reembolso do Capital (ou vencimento), irá ocorrer em Janeiro/2012.A remuneração variável de cada cupão trimestral é indexada a Euribor a 3 meses, acrescida de um spread de 0,80%. Obrigações BPI – Banco BPI,SA, Janeiro 2012 O valor de 60.880.612 Meticais corresponde a 15,000 obrigações emitidas pelo BPI – Banco Português de Investimentos, S.A adquiridas em Março de 2011 ao preço unitário de 98,25 Euros, a 30/06/2011 o preço de compra situava-se em 97,50 Euros, o reembolso do Capital (ou vencimento), irá ocorrer em Janeiro/2012.A remuneração variável de cada cupão trimestral é indexada a Euribor a 3 meses, acrescida de um spread de 0,80%. Obrigações CGD – Caixa Geral de Depósitos, SA, 4,625% Junho 2012 O valor de 80.843.670 Meticais corresponde a 20,000 obrigações emitidas pelo CGD – Caixa Geral de Depósitos, S.A adquiridas em Maio de 2011 ao preço unitário de 97,85 Euros, a 30/06/2011 o preço de compra situava-se em 97,25 Euros, o reembolso do Capital (ou vencimento), irá ocorrer em Junho/2012. A remuneração anual de cada cupão é indexada a uma taxa fixa anual de 4,625%. 26 Relatório e Contas Intercalares Obrigações BES FIANACE Ltd tx Variável – Julho 2011 O valor de 82.231.686 Meticais corresponde a 20,000 obrigações emitidas pelo BES FINANCE Ltd, adquiridas em Junho de 2011 ao preço unitário de 99,53 Euros, a 30/06/2011 o preço de compra situava-se em 99,75 Euros, o reembolso do Capital (ou vencimento), irá ocorrer em Julho/2011.A remuneração variável de cada cupão trimestral é indexada a Euribor a 3 meses, acrescida de um spread de 0,15%. Obrigações CGD – Caixa Geral de Depósitos, SA, 4,375% Maio 2013 O valor de 190.026.000 Meticais corresponde a 50,000 obrigações emitidas pelo CGD – Caixa Geral de Depósitos, S.A adquiridas em Junho de 2011 ao preço unitário de 92,00 Euros, a 30/06/2011 o preço de compra situava-se em 90,75 Euros, o reembolso do Capital (ou vencimento), irá ocorrer em Maio/2013. A remuneração anual de cada cupão é indexada a uma taxa fixa anual de 4,375%. Obrigações CGD – Caixa Geral de Depósitos, SA, 3,875% Dezembro 2011 O valor de 40.946.472 Meticais corresponde a 10,000 obrigações emitidas pelo CGD – Caixa Geral de Depósitos, S.A adquiridas em Junho de 2011 ao preço unitário de 99,12 Euros, a 30/06/2011 o preço de compra situava-se em 99,00 Euros, o reembolso do Capital (ou vencimento), irá ocorrer em Dezembro/2011. A remuneração anual de cada cupão é indexada a uma taxa fixa anual de 3,875%. 3.5 Aplicações em instituições de crédito Esta rubrica tem a seguinte composição: Aplicações em instituições de crédito no país 30-Jun-11 31-Dez-10 23.136.566 12.921.974 10.000.000 0 Empréstimo - curto prazo 7.185.355 5.112.734 Empréstimo - médio e longo prazo 4.636.120 6.482.608 Mercado monetário interbancário Receitas com rendimento diferido de operações activas 1.315.091 1.326.632 Aplicações em instituições de crédito no estrangeiro 3.316.641.810 7.198.967.466 Aplicações a muito curto prazo 467.474.700 1.709.117.400 2.807.579.428 5.468.480.000 Depósitos Juros a receber 41.587.682 21.370.066 3.339.778.376 7.211.889.440 O perfil da maturidade dos depósitos noutros bancos à data do balanço era o seguinte: Maturidade Até 1 mês 30-Jun-11 31-Dez-10 2.274.896.136 5.993.215.749 De 1 a 3 meses 770.310.000 - De 3 a 6 meses 285.300.000 1.416.497 De 6 a 12 meses 4.636.120 1.205.917.451 Superior a 1 ano 4.636.120 11.339.743 3.339.778.376 7.211.889.440 27 Relatório e Contas Intercalares 3.6 Crédito a clientes Esta rubrica tem a seguinte composição: 30-Jun-11 Moeda Nacional 31-Dez-10 Moeda Estrangeira Moeda Nacional Total Moeda Estrangeira Total Credito interno Empresas Empréstimos 7.347.914.964 8.911.750.485 16.259.665.449 8.148.215.314 9.346.088.508 17.494.303.822 Créditos em conta corrente 5.187.968.044 937.603.908 6.125.571.952 4.249.739.283 1.295.319.719 5.545.059.002 Locação financeira mobiliário 817.848.356 58.998.399 876.846.755 559.800.986 102.802.529 662.603.515 Locação financeira imobiliário 511.037.055 72.496.671 583.533.726 559.800.986 112.014.735 671.815.721 38.784.412 - 38.784.412 32.076.387 - 32.076.387 1.208.699.372 - 1.208.699.372 914.180.301 13.545.983 927.726.284 212.148.704 1.727.637 213.876.340 90.128.716 11.369.307 101.498.023 - - - - - 0 Habitação 1.914.631.821 191.817.369 2.106.449.190 1.869.758.641 230.827.487 2.100.586.128 Consumo 1.475.144.005 5.670.667 1.480.814.672 312.046.076 232.307.311 544.353.387 1.618.507.160 Cartões de crédito Desconto de letras e livranças Desobertos bancários Particulares Outros créditos 664.272.493 42.620.057 706.892.549 526.557.819 1.091.949.342 Crédito ao exterior - - - - - 0 Empresas - - - - - 0 Empréstimos - 261.181.372 261.181.372 - 316.226.839 316.226.839 Créditos em conta corrente - - - - - 0 Locação financeira mobiliário - - - - - 0 Locação financeira imobiliário - - - - - 0 Cartões de crédito - - - - - 0 Desconto de letras e livranças - - - - - 0 Desobertos bancários - - - - - 0 Particulares - - - - - 0 Habitação - - - - - 0 Consumo - - - - - 0 330.033.229 - 330.033.229 3.880.900 - 3.880.900 438.668.442 155.729.341 594.397.783 207.437.001 183.387.548 390.824.549 20.147.150.897 10.639.595.905 30.786.746.803 17.473.622.411 12.935.839.309 30.409.461.719 (61.319.460) (21.219.022) (82.538.482) (60.464.749) (21.437.810) (81.902.559) 112.266.494 446.295.303 558.561.797 150.165.771 325.859.010 476.024.780 Outros créditos Juros a receber, líquidos de rendimentos diferidos Comissões associadas ao custo amortizado (líquidas) Crédito e juros vencidos Imparidade do crédito 28 (743.589.641) (669.729.727) 30.519.180.476 30.133.854.214 Relatório e Contas Intercalares Em 30 de Junho de 2011 e 31 de Dezembro de 2010, a estrutura sectorial da carteira de crédito do BCI é a seguinte: 30-Jun-11 31-Dez-10 796.652.998 958.152.920 Indústria 1.818.563.529 1.923.943.803 Energia 4.932.821.666 4.758.990.019 Construção 1.471.506.204 1.252.098.959 Hotelaria e Turismo 1.040.110.115 1.066.767.023 Comércio e Serv iços 6.289.778.431 5.856.500.707 Transportes 5.474.364.195 6.149.590.572 105.962.542 127.925.817 4.885.371.013 4.267.327.576 3.935.780.123 30.750.910.816 4.048.164.322 30.409.461.719 594.397.783 (81.902.559) (82.538.482) 476.024.780 (743.589.641) (669.729.727) 30.519.180.475 30.133.854.213 Agricultura e Pescas Instituições Financeiras não monetárias Particulares Outros Juros a receber, líquidos de rendimentos diferidos Comissões associadas ao custo amortizado (líquidas) Imparidade do crédito Em 30 de Junho de 2011 e 31 de Dezembro de 2010, a antiguidade do “Crédito e juros vencidos” apresentava a seguinte estrutura: 30-Jun-11 Classe de incumprimento 31-Dez-10 Até três meses 88.098.364 97.287.349 De três a seis meses 34.935.894 58.273.891 De seis meses a um ano De um a três anos Mais de três anos 94.814.082 133.181.994 332.787.993 7.211.543 184.609.157 1.958.469 713.920 713.920 558.561.797 476.024.781 Sem maturidade fix a A redução do valor recuperável dos empréstimos e contas a receber apresentava a seguinte evolução: Saldo em 1 de Janeiro Utilizações Reforço líquido da imparidade no ano Transferências 30-Jun-11 31-Dez-10 669.729.727 660.912.777 (94.012.706) (122.707.664) 167.872.618 143.507.599 - (11.982.985) Reclassificações 743.589.639 669.729.727 Redução do valor recuperável individual 413.598.526 435.722.543 Redução do valor recuperável colectivo 329.991.114 234.007.184 743.589.639 669.729.727 29 Relatório e Contas Intercalares 3.7 Investimentos Esta rubrica tem a seguinte composição: 30-Jun-11 Valor (MZN) 31-Dez-10 Participação (%) Valor (MZN) Participação (%) Participadas e Associadas INTERBANCOS 2.014.597 38,00% 2.014.597 38,00% BCI ALD, Lda 40.000 25,00% 40.000 25,00% IMOBCI, Lda 460.000 10,00% 460.000 10,00% GCI-Soc. Gestora Fundos, SARL 233.699 9,00% 233.699 9,00% BPI - Dealer 210.000 10,50% 210.000 10,50% BNI 700.000 1,00% 171.450.000 1,00% 233.760.000 237.418.296 100,00% 233.760.000 408.168.296 100,00% TIP TOP Imparidade acumulada (2.014.597) (2.014.597) 235.403.699 406.153.699 A parte que compete ao BCI nos prejuízos acumulados da Interbancos, SARL foi limitada ao valor do investimento. A informação financeira disponibilizada à gestão no fim do ano pela participada não permite justificar a anulação da imparidade reconhecida. Em 30/06/2011 a informação financeira das participadas e associadas apresentava os seguintes dados: Activos Passivos Rendimentos Lucros e prejuísos Participadas e Associadas 85.503.734 69.535.019 128.972.158 14.010.682 BCI ALD, Lda 79.865 625.535 371.458 (79.866) IMOBCI, Lda 58.919.067 51.920.267 6.053.270 3.236.900 GCI-Soc. Gestora Fundos, SARL 6.090.380 1.986.940 367.422 (212.468) BPI - Dealer 3.489.680 741.947 188.379 (60.420) INTERBANCOS 30 BNI - - - - TIP TOP - - - - 154.082.726 124.809.708 135.952.687 16.894.828 Relatório e Contas Intercalares Em 31/12/2011 a informação financeira das participadas e associadas apresentava os seguintes dados: Activos Passivos Rendimentos Lucros e prejuísos Participadas e Associadas 85.503.734 69.535.019 128.972.158 14.010.682 144.351 498.184 1.403.174 (144.351) 59.812.843 56.050.943 10.835.483 (1.893.195) GCI-Soc. Gestora Fundos, SARL 8.849.366 2.535.101 15.841.002 (2.210.825) BPI - Dealer 3.520.343 511.222 286.811 (261.389) INTERBANCOS BCI ALD, Lda IMOBCI, Lda BNI - - - - TIP TOP - - - - 157.830.638 129.130.469 157.338.627 9.500.922 Com o objectivo de construção da nova sede do BCI num terreno cujo direito de uso e aproveitamento é titulado pela TIP TOP, procedeu-se à aquisição desta participada. A redução do valor da participação social do BCI no BNI deve-se á redução do capital social do BNI inicialmente aprovado. 3.8 Activos não correntes detidos para venda Custo 1 de Janeiro de 2011 43.191.710 Aquisições - Alienações e abates - Reclassificações (i) 43.191.710 Valor Líquido 1 de Janeiro de 2010 43.191.710 31 de Dezembro de 2010 43.191.710 Custo 1 de Janeiro de 2010 Aquisições Alienações e abates Reclassificações (i) 96.937.363 21.275.765 (15.672.895) (59.348.523) Transferências 43.191.710 Valor Líquido 1 de Janeiro de 2009 96.937.363 31 de Dezembro de 2009 43.191.710 O BCI regista nesta rubrica os imóveis obtidos por recuperação de crédito, com excepção daqueles que não reúnam as condições previstas na IFRS 5 sendo, nessas circunstâncias, reconhecidos na rubrica de outros activos tangíveis. O BCI tem a intenção de alienar os activos apresentados na rubrica em referência e encontra-se empenhado na concretização das transacções. A não conclusão do processo de venda até ao final do exercício resulta de circunstâncias alheias ao BCI permanecendo o Banco comprometido com o plano de venda dos activos incluídos nesta categoria. 31 Relatório e Contas Intercalares 3.9 Propriedades de Investimento A rubrica de Propriedades de Investimento apresentou a seguinte evolução, valores brutos e depreciações, nos períodos de 30 Junho de 2011 e 31 de Dezembro de 2010: 30-Jun-11 31-Dez-10 26.506.407 24.009.176 Valor Bruto Início do período Adicções - Reavaliações - 2.497.231 26.506.407 26.506.407 5.313.117 5.238.452 252.649 570.699 Depreciacões Acumuladas Início do período Depreciacão do período (496.034) Regularizações Quantia escriturada 5.565.766 5.313.117 20.940.641 21.193.290 As propriedades de investimento são valorizadas pelo modelo do custo sendo depreciadas numa base linear durante 42 anos, dado ser esse o período que o BCI considera que irá consumir os respectivos benefícios. A vida útil remanescente das propriedades de investimento foi revista com referência ao início de 2006, considerando o Banco que esta permanece adequada em 30 de Junho 2011. Os rendimentos líquidos de rendas de propriedades de investimento obtidos pelo BCI, decorrentes de locações operacionais, ascenderam a 1.690.826,00 Meticais (2010: 1.921.897 Meticais). 32 Relatório e Contas Intercalares 3.10 Outros activos tangíveis O movimento ocorrido nos outros activos tangíveis durante o exercício de 2011 e 2010 foi o seguinte: Imóveis em uso Equipamento Outros activos Imobilizado em Activos em tangíveis locação fin. curso Total Custo 1 de Janeiro de 2011 1.411.550.875 893.183.156 5.635.988 - 289.305.226 2.599.675.244 Aquisições 39.142.660 86.061.925 9.997 - 351.039.235 476.253.818 Alienações e abates -11.363.921 (22.251.647) - - -7.205.745 (40.821.314) - - - 9.575.136 Reav aliações - - Reclassificações (i) 10.056.967 - - - (481.831) Transferências 71.076.297 146.552.344 -9.997 - (217.618.644) 1.520.462.878 1.103.545.778 5.635.988 - 415.038.241 141.594.720 459.384.991 - - - 30 de Junho de 2011 3.044.682.884 Depreciação Acumulada 1 de Janeiro de 2011 Depreciação do ex ercício 600.979.711 25.234.920 61.638.038 - - - 86.872.958 Alienações e abates (874.223) (12.189.146) - - - (13.063.369) Reclassificações (632.816) 100.596 - - - (532.220) 165.322.602 508.934.479 - - - 674.257.081 1 de Janeiro de 2011 1.269.956.155 433.798.164 5.635.988 - 289.305.226 1.998.695.533 30 de Junho de 2011 1.355.140.276 594.611.299 5.635.988 - 415.038.241 2.370.425.804 741.291.022 723.409.456 5.403.038 1.038.895 345.801.723 1.816.944.134 15.116.206 218.090.127 232.950 - 588.124.802 821.564.084 - (35.920.944) Transferências 30 de Junho de 2011 Valor Líquido Custo 1 de Janeiro de 2010 Aquisições Alienações e abates - -1.038.895 - (36.959.839) Reav aliações 212.506.039 - - - - 212.506.039 Reclassificações 135.963.249 -12.395.483 - - (337.946.940) Transferências 306.674.359 - - - (306.674.359) 1.411.550.875 893.183.156 5.635.988 - 289.305.226 106.945.158 388.466.249 - 1.038.895 - 496.450.302 35.081.010 100.152.107 - - - 135.233.117 0 (22.706.720) - -1.038.895 - (23.745.615) (431.448) (6.526.644) - - - (6.958.092) 31 de Dezembro de 2010 (214.379.174) 2.599.675.244 Depreciação Acumulada 1 de Janeiro de 2010 Depreciação do ex ercício Alienações e abates Reclassificações Transferências 31 de Dezembro de 2010 0 141.594.720 459.384.991 - - - 600.979.711 634.345.864 334.943.207 5.403.038 - 345.801.723 1.320.493.832 1.269.956.155 433.798.164 5.635.988 - 289.305.226 1.998.695.533 Valor Líquido 1 de Janeiro de 2009 31 de Dezembro de 2009 33 Relatório e Contas Intercalares (i) Reclassificações: a.Foi reclassificado para esta rubrica o montante relativo a reclames luminosos, por lapso registados em intangíveis em curso. Os imóveis acima apresentados encontram-se localizados em terra arrendada pelo Governo de Moçambique. De acordo com a legislação moçambicana toda a terra é propriedade do Estado. O BCI optou por adoptar a isenção prevista na IFRS 1 - Adopção pela primeira vez das normas internacionais de relato financeiro e reavaliou alguns imóveis com referência a 1 de Janeiro de 2006, tendo usado o valor resultante da avaliação, conduzida por peritos independentes, como custo considerado. 3.11 Activos intangíveis O movimento ocorrido nos activos intangíveis durante o exercício de 2011 foi o seguinte: Sistema automatica de Outros activos tratamento de dados intangíveis Activos Intangiveis em curso Total Custo Em 1 de Janeiro 2011 Adições Transferências Reclassificações (ii) 38.166.019 - 122.154.058 160.320.078 1.338.300 - 44.490.399 45.828.700 22.836.084 - (22.836.085) - (9.980.602) -9.980.602 62.340.404 - 133.827.771 196.168.175 27.356.855 - - 27.356.855 33.082.283 - - 33.082.283 29.258.122 - - Depreciação e Imparidade Em 1 de Janeiro 2011 Gasto do período 5.725.428 Reclassificações Alienações Saldo em 30.06.2011 34 - 133.827.771 5.725.428 0 0 163.085.893 Relatório e Contas Intercalares (ii) Reclassificações: a.Foi reclassificado para esta rubrica activos tangíveis o montante relativo a reclames luminosos, por lapso registados inicialmente nesta rubrica. Sistema automatica de tratamento de dados Outros activos intangíveis Activos Intangiveis em Total curso Custo Em 1 de Janeiro 2010 Adições 7.074.112 39.104.711 61.395.215 66.601.187 929.448 - 53.684.732 54.614.180 38.166.019 - 122.154.059 160.320.078 21.852.169 - - 21.852.169 27.356.855 - - 27.356.855 10.809.164 - 32.030.599 5.205.972 Reclassificações Depreciação e Imparidade Em 1 de Janeiro 2010 Gasto do período 4.909.528 Reclassificações 595.158 - Alienações Saldo em 31.12.2010 4.909.528 595.158 - 122.154.059 132.963.223 Os activos intangíveis referem-se a diverso software adquirido pelo BCI. Em 2011 e 2010, os activos intangíveis em curso referem-se essencialmente, a despesas incorridas com o desenvolvimento de aplicação informática que não tinham ainda entrado em funcionamento nestas datas. 3.12 Activos por impostos Esta rubrica tem a seguinte composição: 30-Jun-11 31-Dez-10 59.891.131 - 4.673.032 2.659.124 Activos por impostos correntes IRPC a recuperar Activos por impostos diferidos Por diferenças temporárias 64.564.163 2.659.124 35 Relatório e Contas Intercalares O movimento ocorrido nos impostos diferidos activos durante os exercícios de 2011 e 2010 foi o seguinte: 31-Dez-10 Por resultados Gastos Por fundos próprios Rendimentos Aumentos 30-Jun-11 Diminuições Impostos diferidos activos Imobilizado incorpóreo Activ os financeiros disponív eis para v enda 182.370 - - - - 182.370 2.075.188 - - 2.013.908 - 4.089.096 - - - - - - - - Deriv ados Imparidade de activ os detidos para v enda 401.566 2.659.124 0 0 2.013.908 Por resultados 31-Dez-09 Gastos 401.566 0 4.673.032 Por fundos próprios Rendimentos Aumentos 31-Dez-10 Diminuições Impostos diferidos activos Imobilizado incorpóreo Activ os financeiros disponív eis para v enda 182.370 - - - - 182.370 2.075.188 - - - - 2.075.188 - - - - - - - - Deriv ados Imparidade de activ os detidos para v enda 401.566 2.659.124 36 0 0 0 401.566 0 2.659.124 Relatório e Contas Intercalares 3.13 Outros activos A rubrica de outros activos apresenta a seguinte composição: 30-Jun-11 31-Dez-10 Devedores e outras Aplicações Impostos a recuperar - - Devedores Diversos 78.756.869 189.058.114 1.474.037 842.777 80.230.906 189.900.891 19.794.259 6.375.645 19.794.259 6.375.645 Rendas 45.036.691 47.886.247 Seguros 6.960.731 1 72.916.535 38.694.911 124.913.957 86.581.159 Contas de compensação 294.370.687 421.829.515 Outras contas Internas 196.370.618 100.354.064 490.741.305 522.183.579 (26.153.657) (26.153.657) 689.526.771 778.887.618 Outros Devedores Rendimentos a Receber Outros Rendimentos a Receber Despesas com Encargos Diferidos Outras Despesas com encargos diferidos Outras contas de regularização Imparidade O incremento acentuado da rubrica de outras contas internas prende-se fundamentalmente com as operações cambiais a liquidar (swap de moeda). A variação detectada nas contas de compensação interbancária é explicada pelo incremento do volume de depósitos no final do ano. A imparidade para outros activos em 30 de Junho de 2011 e 31 de Dezembro de 2010 apresentou a seguinte evolução: 30-Jun-11 Saldo em 1 de janeiro 31-Dez-10 26.153.657 20.171.804 Rev ersões - (34.582.430) Utilizações - (19.804.459) Regularizações - 609.311 Reforço da imparidade no ano - 59.759.431 26.153.657 26.153.657 3.14 Recursos de bancos Centrais O saldo existente nos livros à data de 30 de Junho de 2011 corresponde ao valor tomado em overnigth junto do Banco de Moçambique com recurso à Facilidade Permanente de Cedência (FPC). 37 Relatório e Contas Intercalares 30-Jun-11 31-Dez-10 Recursos de bancos centrais Depósitos Recurso a muito curto prazo Operações de venda com acordo de recompra Juros a Pagar 1.024.042.459 1.024.042.459 3.15 286.903.478 286.903.478 Recursos de outras instituições de crédito Esta rubrica tem a seguinte composição: 30-Jun-11 31-Dez-10 Depósitos 568.177.426 182.052.993 Outros recursos 307.500.000 619.000.992 9.088.676 10.525.147 884.766.102 811.579.133 Recursos de instituições de crédito no País Juros a pagar Recursos de instituições de crédito no estrangeiro Depósitos 19.532.315 2.690.814.433 233.064.279 64.101.428 Empréstimos 3.366.540.000 3.844.440.000 Juros a pagar 26.314.412 41.401.187 3.645.451.006 6.640.757.048 4.530.217.108 7.452.336.181 Outros recursos No intuito de melhorar a gestão da liquidez, nomeadamente em termos de gaps de maturidade das operações, o BCI contratou junto do BNU, IFC e PROPARCO empréstimos de médio e longo prazo, garantindo deste modo o funding para operações activas de prazo semelhante. Empréstimo BNU Empréstimo do Banco Nacional Ultramarino (BNU), no valor de USD 79.000.000,00 (2.573.820.000,00 Meticais), destina-se a apoiar no Funding do Financiamento. O prazo de validade é de um ano renovável, com remuneração semestral, a taxa de juro aplicável é a LIBOR 6 meses acrescida de um spread de 2,75%. Empréstimo da PROPARCO O valor do empréstimo contraído com a PROPARCO para o desenvolvimento das actividades do Banco é de USD 20.000.000,00 (651.600.000,00 Meticais), sendo o reembolso em Setembro de 2015. A remuneração é semestral e a taxa de juros aplicável é a Libor 6 meses, carecido de um spread de 3,2%. Empréstimo do IFC O BCI contraiu um empréstimo com o IFC para financiamento a pequenas e médias empresas, assim como Banca de retalho e Corporate no valor de USD 19.000.000,00 (619.020.000,00 Meticais), sendo o reembolso em Junho de 2015. A remuneração é trimestral e a taxa de juros aplicável é a Libor 3 meses, carecido de um spread de 3,4%. 38 Relatório e Contas Intercalares 3.16 Recursos de clientes Esta rubrica tem a seguinte composição: 30-Jun-11 Moeda Nacional Depósitos à ordem Moeda Estrangeira Total Moeda Nacional Moeda Estrangeira Total 11.436.661.875 6.993.894.206 18.430.556.081 10.538.564.259 7.620.538.607 18.159.102.866 79.126.845 69.704.441 148.831.286 72.277.530 89.515.119 161.792.649 10.203.540.477 4.306.526.967 14.510.067.444 8.986.122.220 6.246.485.790 15.232.608.009 4.463.445 0 4.463.445 4.367.181 0 4.367.181 113.132.027 13.254.947 126.386.973 95.388.349 12.058.167 107.446.516 21.836.924.668 11.383.380.561 33.220.305.229 19.696.719.538 13.968.597.683 33.665.317.221 417.443.214 23.774.247 441.217.461 220.155.189 46.104.950 266.260.139 22.254.367.881 11.407.154.808 33.661.522.689 19.916.874.727 14.014.702.633 33.931.577.360 Depósitos com pré-aviso Depósitos a prazo 31-Dez-10 Outros depósitos Cheques e ordens a pagar Juros a pagar Em 30 de Junho de 2011 e 31 de Dezembro de 2010, a maturidade das operações a prazo, excluindo as operações de venda com acordo de recompra, apresentava a seguinte estrutura: 30-Jun-11 31-Dez-10 Até três meses 7.834.599.290 8.625.677.673 Superior a três meses e inferior a meio ano 2.195.700.691 2.673.460.003 Superior a meio ano e inferior a um ano 4.153.027.467 3.168.247.469 463.179.881 850.563.004 12.391.401 76.452.508 14.658.898.730 15.394.400.657 Superior a um ano e inferior a cinco anos Superior a cinco anos 3.17 Recursos consignados Esta rubrica tem a seguinte composição: USAID PODE - Projecto para o Dezenvolvimento Empresarial Banco Europeu de Investimento Fundo de Equilíbrio da Taxa de câmbio - FETC Ministério da Indústria e Comércio Outros 30-Jun-11 31-Dez-10 140.823.181 132.475.865 299.442 533.638 1.072.865 1.072.916 119.301 83.366 68.340 374.771 18.934.813 17.330.267 161.317.941 151.870.822 Os recursos consignados USAID, são fundos sob gestão das entidades do Governo de Moçambique (MIC e MINAG), destinados ao apoio a Agricultura e as empresas agro processadoras de Castanha de Caju. 39 Relatório e Contas Intercalares 3.18 Empréstimos subordinados Esta rubrica tem a seguinte composição: 30-Jun-11 31-Dez-10 Caixa Geral de Depósitos 180.662.307 206.332.453 Banco BPI, SA 106.271.900 121.372.031 IFC 242.854.962 277.336.410 529.789.169 605.040.895 Empréstimos Subordinados O reembolso do capital dos empréstimos concedidos pelos accionistas (CGD e BPI) efectuar-se-á em 30 de Julho de 2018. Os mesmos encontram-se remunerados à taxa Libor 3M acrescida do spread de 3%, vencendo-se juros trimestralmente. O reembolso do capital do empréstimo concedido pelo IFC efectuar-se-á em 15 de Junho de 2015, com vencimento de juros trimestrais e com remuneração à taxa Libor 3M acrescida do spread de 3%. 3.19 Títulos de dívida Em 2009 o BCI procedeu à emissão de 2.000.000 de Obrigações subordinadas no valor nominal de 100 Meticais cada, com um prazo de reembolso de 10 anos. A taxa de juro corresponde à taxa média ponderada, por maturidade e montantes, das últimas seis emissões de Bilhetes do Tesouro, com prazo igual ou superior a 90 dias, apurada no segundo dia útil anterior à data de início de cada um dos períodos de contagem de juros, acrescida de 1% e arredondada para 1/16 de ponto percentual superior. Obrigacões BCI 2009 Juros 40 30-Jun-11 31-Dez-10 200.000.000 200.000.000 7.291.667 5.963.542 207.291.667 205.963.542 Relatório e Contas Intercalares 3.20 Outros passivos A rubrica de outros passivos apresenta a seguinte composição: 30-Jun-11 31-Dez-10 900.143 1.082.573 Outros credores 116.039.203 312.198.176 Impostos retidos 69.624.853 52.764.735 186.564.199 366.045.484 66.712.380 52.227.540 66.712.380 52.227.540 Gastos com pessoal 112.027.266 128.894.093 Outros encargos a pagar 163.090.929 72.450.177 275.118.195 201.344.270 Credores Fornecedores Responsabilidades com pensões Responsabilidades por serviços passados (a) Encargos a pagar Receitas com rendimentos diferidos Outras receitas com rendimentos diferidos 30.796.986 26.744.449 30.796.986 26.744.449 - - 20.334.750 101.226.509 - - 20.334.750 101.226.509 579.526.509 747.588.252 Outras contas de regularização Contas de compensação Outras contas internas Impostos a pagar A rubrica de Outros credores inclui, fundamentalmente: (i) O saldo da rubrica de Gastos com pessoal regista fundamentalmente o subsídio de férias e o prémio de produtividade por pagar no ano seguinte. Ao abrigo do Acordo Colectivo de Trabalho (ACT) em vigor no sector bancário subscrito pelo Ex-BF, os colaboradores contratados localmente ou as suas famílias têm o direito a prestações pecuniárias a título de reforma por velhice, invalidez e sobrevivência. Aos trabalhadores do BCI abrangidos pelo plano de pensões ser-lhes-á atribuído um complemento de pensão, calculado com base na aplicação do esquema de benefícios do ACT do Sector Bancário, deduzido das prestações que venham a receber do Instituto Nacional da Segurança Social. As responsabilidades por serviços passados são calculadas em conformidade com o estabelecido na IAS 19. Um plano de benefícios definidos é um plano de pensões que define uma quantia do benefício de pensões que um empregado terá direito a receber aquando da data da sua reforma, dependendo de um ou mais factores como a idade, anos de serviço e salário. O BCI aplica o método do “corredor” no reconhecimento dos ganhos e perdas actuariais. Contudo, de acordo com o definido na IFRS 1 - Adopção pela primeira vez das normas internacionais de relato financeiro, um adoptante pela primeira vez pode optar por reconhecer todos os ganhos e perdas actuariais cumulativos à data de transição para as IFRS, opção exercida pelo Banco. 41 Relatório e Contas Intercalares 3.21 Provisões A rubrica de provisões apresenta a seguinte decomposição: Provisões para garantias e compromissos Provisões para operações qualificadas Caixa internacional Grupo BPI Provisões diversas 30-Jun-11 31-Dez-10 7.898.595 38.816.865 66.606.659 65.747.860 66.145.012 65.286.213 461.647 461.647 33.424.780 48.370.078 107.930.035 152.934.803 O movimento ocorrido nas provisões durante o exercício de 2011 e 2010 foi o seguinte: 30-Jun-11 31-Dez-10 152.934.803 145.181.442 16.044.247 99.160.346 Reversões (45.952.820) (100.742.402) Utilizações (14.945.299) (5.087.916) (150.896) 14.423.334 Em 1 de Janeiro Reforço Reclassificações 107.930.034 152.934.803 As provisões referem-se a obrigações presentes do BCI e têm como objectivo fazer face a responsabilidades futuras para com os garantes BPI e CGD no âmbito das operações qualificadas, a serem liquidadas aquando da recuperação integral dos créditos garantidos. Adicionalmente, incluem-se nas provisões os montantes associados às perdas estimadas pelo BCI nas operações de garantias assumidas. Nas reversões estão reflectidas: • As anulações das provisões para garantias e compromissos assumidos no valor de 45.952.820 Meticais, constituídas de acordo com o aviso nº 7/GBM/2009, como resultado da redução da exposição. 3.22 Capital Em 30 de Junho de 2011 o capital do BCI está representado por 190.000.000 acções ordinárias de valor nominal de dez Meticais cada e encontra-se integralmente realizado. A actual estrutura accionista do BCI – Banco Comercial e de Investimentos, S.A., está definida do seguinte modo: 42 Relatório e Contas Intercalares 30-Jun-11 Accionista N.o de acções % 31-Dez-10 Montante N.o de acções % Montante PARBANCA, SGPS SA 96.900.000 51,00% 968.999.996 96.900.000 51,00% 968.999.996 BPI 56.999.999 30,00% 569.999.994 56.999.999 30,00% 569.999.994 SCI 34.421.245 18,12% 344.212.454 34.421.245 18,12% 344.212.454 BCI (Acções Próprias) 966.644 0,51% 9.666.440 966.644 0,51% 9.666.440 SIM (IMPAR) 543.822 0,29% 5.438.222 543.822 0,29% 5.438.222 Outros 168.289 0,08% 1.682.893 168.289 0,08% 1.682.893 190.000.000 100% 1.900.000.000 190.000.000 100% 1.900.000.000 3.23 Reservas Esta rubrica tem a seguinte composição: 30-Jun-11 31-Dez-10 Reservas de Reavaliação (12.586.925) 3.600.423 Impostos passivos (AFS) Reservas de justo valor (AFS) 2.013.908 2.075.188 Reservas de Reavaliação 353.677.673 353.677.673 Imposto diferido (Reserva de reavaliação) (54.711.449) (56.786.637) Impostos - - 288.393.206 302.566.647 Reserva legal 490.113.989 352.586.971 Outras reservas 551.886.435 1.778.362 1.042.000.424 354.365.333 1.330.393.630 656.931.980 Outras reservas e resultados transitados A reserva de justo valor inclui as alterações no justo valor dos activos financeiros disponíveis para venda. Nos termos do art. 63º da Lei n.º 15/99 de 1 de Novembro, que regula o estabelecimento e o exercício da actividade das instituições de crédito e sociedades financeiras no país, uma fracção não inferior a 15% dos lucros líquidos apurados em cada exercício deverá ser destinada à formação de uma reserva legal até ao limite do capital social. A distribuição de dividendos, no valor de 229.211.697 Meticais, equivalente a 25% do resultado líquido de 2010, resultou da deliberação da aplicação do resultado do exercício de 2010, aprovada pela Assembleia Geral em 25 de Março de 2010. 43 Relatório e Contas Intercalares 3.24 Margem financeira Esta rubrica tem a seguinte composição: 30-Jun-11 30-Jun-10 Juros e rendimentos similares Juros de disponibilidades Juros de aplicações em instituições de crédito Juros de crédito a clientes Juros de activos financeiros disponíveis para venda Outros Juros e rendimentos similares 277.436 241.781 70.691.882 65.798.505 2.202.337.687 1.317.294.874 162.738.884 191.114.627 32.699.638 39.386.433 2.468.745.527 1.613.836.220 Juros e encargos similares Juros de recursos de Bancos Centrais 49.467.404 24.922.421 Juros de recursos de outras instituições de crédito 113.540.349 105.779.588 Juros de depósitos a clientes 934.859.219 502.508.609 8.617.218 1.328.542 Juros de recursos consignados Juros de passivos relacionados com activos não desreconhecidos Outros juros e encargos similares 3.25 0 49.104.132 49.416.950 24.015.381 1.155.901.139 707.658.672 1.312.844.388 906.177.547 Rendimento líquido de taxas e comissões Esta rubrica tem a seguinte composição: 30-Jun-11 30-Jun-10 Por garantias prestadas 58.403.525 41.993.589 Por serviços prestados 66.920.108 63.180.761 145.434 153.039 Banca Electronica 138.065.846 82.098.310 Outros rendimentos de comissões 114.348.076 70.435.458 377.882.988 257.861.156 (2.328.500) (1.742.455) Banca Electronica (46.839.713) (37.164.601) Outros gastos com comissões (28.564.686) (24.165.715) (77.732.899) (63.072.771) 300.150.089 194.788.386 Rendimentos de taxas e comissões Por operações realizadas por conta de terceiros Gastos com taxas e comissões Por serviços prestados por terceiros 3.26 44 Relatório e Contas Intercalares 3.27 Resultados em operações financeiras Esta rubrica tem a seguinte composição: 30-Jun-11 30-Jun-10 Ganhos em operações financeiras Reavaliação da posição cambial 34.365.599.876 83.134.114.588 Trading 210.949.359 168.382.269 Ganhos em activos financeiros ao justo valor através dos resultados 0 45.195 Operações sobre disponibilidades 0 0 34.576.549.235 83.302.542.052 Perdas em operações financeiras Reavaliação da posição cambial 34.351.526.168 82.866.701.669 Perdas em outros activos financeiros ao justo valor através dos resultados Perdas em operações sobre disponibilidades 0 1.455.821 1.664.841 0 34.353.191.009 82.868.157.489 Resultaos líquidos em operações financeiras 3.28 223.358.226 434.384.563 Outros rendimentos operacionais Esta rubrica tem a seguinte composição: 30-Jun-11 30-Jun-10 Outros rendimentos operacionais Prestação de serviços diversos Reembolso de despesas Outros rendimentos operacionais 70.306.883 47.899.835 4.128.465 3.227.421 98.324.083 26.492.990 172.759.432 77.620.246 Outros gastos operacionais Quotizações e donativos Outros gastos operacionais 4.135.550 1.158.053 39.467.536 44.910.058 43.603.086 46.068.111 129.156.346 31.552.135 O crescimento da rubrica outros rendimentos é consequência da recuperação de alguns créditos incobráveis no montante de 25.754.319. 45 Relatório e Contas Intercalares 3.29 Gastos com pessoal Esta rubrica tem a seguinte composição: 30-Jun-11 Remuneração dos Orgãos de gestão e fiscalização 30-Jun-10 31.508.659 38.275.022 469.388.202 341.583.577 Encargos Sociais Obrigatórios 24.354.433 16.961.570 Encargos Sociais facultativos 12.908.895 9.828.416 Responsabilidades com pensões 14.622.000 14.622.000 Indeminizações contratuais 0 561.048 Outros gastos com pessoal 8.256.901 5.902.190 561.039.091 427.733.824 Remuneração dos empregados Em 30 de Junho de 2011 e 30 de Junho de 2010, a rubrica remunerações inclui os seguintes custos relativos a remunerações atribuídas aos membros do conselho de administração do BCI: • 26.830.070 Meticais e 19.166.247 Meticais, respectivamente, relativos a remunerações pagas em numerário. O crescimento da rubrica remunerações com empregados reflecte o aumento do número de colaboradores resultante da expansão da rede de agências, bem como o impacto da alteração da política de remunerações e incentivos. O valor da contribuição do BCI para a segurança social ascende ao montante de 19.016.770 Meticais. Efectivos Nos primeiros semestres de 2010 e 2009, o número de efectivos, em média e no final do período, eram os seguintes 31 de Jun. 2011 Média do Final do período período Administradores 30 de Jun. 2010 Média do Final do período período 4 4 4 4 64 67 60 56 Outros quadros 611 639 534 503 Administrativos 725 771 656 644 54 54 46 41 1.458 1.535 1.298 1.248 Quadros superiores Autros colaboradores 46 Relatório e Contas Intercalares 3.30 Outros gastos administrativos Esta rubrica tem a seguinte composição: Fornecimentos de terceiros 30-Jun-11 30-Jun-10 57.323.006 32.410.793 Água, energia e combustíveis 17.214.537 17.678.075 Material de consumo corrente 35.337.458 9.613.528 4.771.011 5.119.190 504.271.784 408.996.916 464.396 #REF! 24.329.050 220.4370 24.899.4330 Outros fornecimentos de terceiros Serviços de terceiros Serviço de informação Informática Deslocações, estadas e representações Publicidade e edição de publicações 25.317.494 #REF! 67.977.095 20.084.714 Conservação e reparação 42.375.154 51.734.6560 32.736.353 Serviços de consultoria 37.397.126 40.547.051 Serviços de limpeza 8.092.493 5.105.768 Rendas e Alugueres 41.125.022 #REF! 85.709.615 37.687.101 Segurança e Vigilância 24.585.409 15.257.981 Transferência de fundos 26.309.607 Comunicações e despesas de expedições 62.023.863 Outros Serviços de Terceiros 120.589.323 18.594.1880 100.105.370 Outros gastos administrativos 20.403.061 18.513.980 581.997.851 459.921.690 Durante o exercício de 2011, os honorários dos auditores, relativos à auditoria das demonstrações financeiras do BCI e suas associadas, ascenderam a cerca 2.514.154 Meticais. 3.31 Outros rendimentos Nesta rubrica são registados os rendimentos com propriedades de investimentos, assim como reembolsos de despesas adiantadas por conta de empregados. 47 Relatório e Contas Intercalares 3.32 Impostos sobre os lucros Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 o gasto com impostos sobre os lucros reconhecidos nos resultados podem ser resumidos como se segue: 30-Jun-11 30-Jun-10 Gasto de Im posto Imposto corrente 107.472.157 87.098.172 Imposto diferido - - Correcções de Impostos relativ as a ex ercícios anteriores - 846.885 107.472.157 87.945.056 O imposto corrente é calculado com base nas taxas de imposto legalmente em vigor em cada período. A reconciliação entre a taxa nominal de imposto e a carga fiscal verificada nos exercícios de 2011 e 2010, bem como a reconciliação entre o gasto / rendimento de imposto e o produto do resultado contabilístico pela taxa nominal de imposto podem ser analisadas como se segue: 30-Jun-11 Taxa de im posto Resultado antes de impostos 30-Jun-10 Taxa de Valor im posto Valor - 600.672.013 - 526.218.710 Imposto corrente com base na tax a nominal de imposto - 16% 16,0% 96.107.522 16,0% 84.194.994 Rendimento não sujeito a imposto 0,0% - 0,0% - Despesas não dedutív eis 0,0% - 0,7% - Benefícios fiscais 0,0% - -0,3% - Imposto diferido 0,0% - 0,0% - Outras despesas não dedutív eis 1,9% 11.364.635 0,7% 3.750.063 17,9% 107.472.157 16,7% 87.945.057 Em 30 de Junho de 2011 e 30 de Junho de 2010 os activos e passivos por impostos correntes apresentaram os seguintes saldos: 30-Jun-11 Activ os por impostos correntes Passiv os por impostos correntes 30-Jun-10 59.891.131 - 140.216.580 32.744.423 Os activos por impostos correntes são constituídos por pagamentos de IRPC por conta e por retenções na fonte sobre os juros dos Bilhetes do Tesouro. Os impostos diferidos activos e passivos correspondem ao valor do imposto a recuperar e a pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias entre o valor contabilístico de um activo ou passivo e a sua base fiscal. Os prejuízos fiscais reportáveis bem como os créditos fiscais dão também origem a impostos diferidos activos. Os impostos diferidos activos e passivos foram calculados com base nas taxas fiscais decretadas para o período em que se prevê que seja realizado o respectivo activo ou passivo. Os impostos diferidos activos são reconhecidos até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que acomodem as diferenças temporárias dedutíveis. 48 Relatório e Contas Intercalares O movimento ocorrido nos impostos diferidos registados durante o exercício de 2011 foi o seguinte: 31-Dez-10 Por resultados Gastos Por fundos próprios Rendim entos Aum entos 30-Jun-11 Dim inuições Im postos diferidos activos Imobilizado incorpóreo Activ os financeiros disponív eis para v enda 182.370 - - - 2.075.188 - - - - - - Deriv ados Imparidade de activ os detidos para v enda 401.566 2.659.124 0 0 - 182.370 2.013.908 - 4.089.096 - - - - 2.013.908 401.566 0 4.673.032 Im postos diferidos passivos Activ os financeiros disponív eis para v enda Reav aliação de imóv eis como custo considerado Deriv ados (56.786.636) (56.786.636) (362.394) (362.394) (57.149.031) (57.149.031) (54.489.907) (52.475.999) Valor residual activ os tangív eis O movimento ocorrido nos impostos diferidos registados durante o exercício de 2010 foi o seguinte: 31-Dez-09 Por resultados Gastos Por fundos próprios Rendim entos Aum entos 31-Dez-10 Dim inuições Im postos diferidos activos Imobilizado incorpóreo Activ os financeiros disponív eis para v enda 182.370 - - - - 182.370 2.075.188 - - - - 2.075.188 - - - - 401.566 - - - - Deriv ados Imparidade de activ os detidos para v enda 2.659.124 0 0 0 401.566 0 2.659.124 Im postos diferidos passivos Activ os financeiros disponív eis para v enda Reav aliação de imóv eis como custo considerado Deriv ados - - - - (22.386.113) - - - (362.394) - - - (34.400.523) - (56.786.636) (362.394) Valor residual activ os tangív eis 3.33 (22.748.508) (34.400.523) (57.149.031) (20.089.384) (34.400.523) (54.489.907) Resultado por acção O resultado por acção é calculado da seguinte forma: 30-Jun-11 30-Jun-10 Resultado do ex ercício 493.199.856 438.273.653 Número médio de acções 189.836.470 189.836.470 2,60 2,31 190.000.000 190.000.000 Resultado por acção Número total de acções Número de acções próprias Número médio de acções 163.530 163.530 189.672.940 189.672.940 Não existe nenhuma restrição para a distribuição de dividendos 49 Relatório e Contas Intercalares 3.34 Segmentos Operacionais De acordo com a Norma Internacional de Relato Financeiro Nº. 8, a Administração considerou que são passíveis de análise os seguintes segmentos de negócio Negociação e Vendas: compreende a actividade bancária relacionada com a gestão da carteira própria de títulos, gestão de instrumentos de divida emitida, operações do mercado monetário e cambial, operações do tipo “Ripo” e de empréstimos de títulos e corretagem por grosso. São incluídos neste segmento as aplicações e disponibilidades sobre outras instituições de crédito. Banco Retalho: compreende a actividade bancária junto dos particulares, empresas em nome individual e pequenas empresas. São incluídos neste segmento o crédito ao consumo, crédito hipotecário, cartões de crédito e, também, os depósitos captados junto de particulares. Banca Empresas: inclui as actividades creditícias e de captação de recursos junto de grandes empresas e PME. Neste segmento, estão incluídos os empréstimos, contas correntes, financiamentos de projectos de investimentos, descontos de letras, locação financeira mobiliária e imobiliária e a tomada de créditos sindicatos, bem como o crédito ao Sector Público. Outros: compreende todos os segmentos de actividades que não foram contemplados nas linhas de negócio anteriores. Em 30/06/2011 e 30/06/2010 o volume de negócios e os resultados destes dois segmentos repartiam-se do seguinte: Em 30 de Junho de 2011 Banca Retalho Banca Empresas Margem financeira 560.333.803 Rendimento líquido de tax as e comissões 752.510.585 Total BCI 1.312.844.388 193.202.758 106.947.332 300.150.089 Resultados de operações financeiras 70.399.937 152.958.289 223.358.226 Outros rendimentos liquidos operacionais 82.199.667 46.956.678 129.156.346 906.136.165 1.059.372.885 1.965.509.050 Custos com pessoal (352.726.775) (208.312.316) (561.039.091) Outros gastos administrativ os (329.153.980) (243.883.818) (573.037.799) (65.546.536) (27.249.568) (92.796.104) Total de Rendimentos Operacionais Amortizações do ex ercício Total de Custos Operacionais Imparidade de crédito (747.427.291) (25.518.932) (479.445.702) (1.226.872.993) (142.353.686) (167.872.618) 14.954.287 14.954.287 29.908.574 Resultados Antes de Impostos 148.144.230 452.527.783 600.672.013 Impostos (26.505.946) (80.966.211) (107.472.157) Lucro do Exercício 121.638.284 371.561.572 493.199.856 Outras prov isões Balanço (1) Crédito Depósitos 22.686.082.696 41.494.620.468 64.180.703.165 5.742.160.113 24.777.020.363 30.519.180.476 16.943.922.584 16.717.600.105 33.661.522.689 (1) As contas do balanço por segmento operacional foram preparadas na base do critério usado para a elaboração dos relatórios regularmente apresentados à Comissão Executiva. 50 Relatório e Contas Intercalares Banca Retalho Banca Empresas Total BCI Margem financeira 344.066.963 562.110.584 906.177.547 Rendimento líquido de taxas e comissões 104.120.837 90.667.549 194.788.386 Resultados de operações financeiras 136.913.004 297.471.559 434.384.563 Outros rendimentos liquidos operacionais 36.525.011 (4.975.876) 31.549.135 Total de Rendimentos Operacionais 621.625.815 945.273.815 1.566.899.630 Custos com pessoal (261.254.938) (166.478.886) (427.733.824) Outros gastos administrativos (241.344.420) (197.877.742) (439.222.162) (45.294.647) (22.229.320) (67.523.967) (547.894.006) (386.585.948) (934.479.954) (14.274.224) (80.887.271) (95.161.495) Outras provisões (1.655.921) (9.383.551) (11.039.471) Resultados Antes de Impostos 57.801.665 468.417.045 526.218.710 Impostos (9.660.186) (78.284.870) (87.945.056) Lucro do Exercício 48.141.479 390.132.175 438.273.653 Em 30 de Junho de 2010 Amortizações do exercício Total de Custos Operacionais Imparidade de crédito Balanço (1) Crédito Depósitos 18.032.654.442 31.032.237.053 49.064.891.494 3.590.537.624 25.567.206.825 29.157.744.448 13.454.825.779 15.086.014.216 28.540.839.995 (1) As contas do balanço por segmento operacional foram preparadas na base do critério usado para a elaboração dos relatórios regularmente apresentados à Comissão Executiva. A reconciliação do relato por segmentos nas rubricas de activos e passivos apresenta-se como segue: 30-Jun-11 30-Jun-10 Total dos activ os reportados nos segmentos 30.519.180.476 29.157.744.448 Valores não alocados 15.093.520.002 13.009.814.842 45.612.700.477 42.167.559.290 33.661.522.689 28.540.839.995 8.237.250.741 10.894.865.380 43.671.610.823 32.190.062.338 Activos Passivos Total dos passiv os reportados nos segmentos Valores não alocados 51 Relatório e Contas Intercalares 3.35 Compromissos e passivos contingentes Passivos contingentes De forma a satisfazer as necessidades dos seus clientes, o BCI incorre em diversos compromissos e passivos contingentes. Apesar das obrigações associadas poderem não ser reconhecidas no balanço, elas possuem um risco de crédito inerente e portanto constituem uma parte do risco a que o Banco se encontra exposto. Os passivos contingentes globais do Banco apresentam-se da seguinte forma: 30-Jun-11 31-Dez-10 Garantias Financeiras 1.254.269.501 1.301.346.450 Créditos documentários 1.300.020.675 1.477.555.057 2.554.290.176 2.778.901.507 Passivos contigentes Os créditos documentários e garantias comprometem o Banco a efectuar pagamentos por conta dos seus clientes caso ocorra uma situação específica, geralmente relacionada com a importação ou exportação de bens. As garantias e os créditos documentários, pela sua natureza, encontram-se expostos a risco de crédito semelhante. Compromissos associados a locações Locações operacionais – Banco como locatário O Banco realizou contratos de locação operacional de imóveis nos quais assume o papel de locatário. Os futuros pagamentos mínimos de locação referentes a locações operacionais em 30 de Junho de 2011 e 31 de Dezembro 2010 apresentam-se como se segue: 30-Jun-11 31-Dez-10 91.724.849 57.559.588 Entre um e cinco anos 349.679.198 179.227.838 Superior a cinco anos 298.701.497 299.953.297 740.105.545 536.740.724 Até um ano Locações operacionais – Banco como locador O Banco realizou contratos de locação operacional de imóveis próprios nos quais assume o papel de locador. Todas as propriedades de investimento se encontram locadas no âmbito de locações operacionais. As rendas futuras de locação referentes a locações operacionais em 30 de Junho de 2011 e 31 de Dezembro 2010 apresentam-se como se segue: 52 Relatório e Contas Intercalares 30-Jun-11 Até um ano 31-Dez-10 1.348.043 3.604.163 1.348.043 3.604.163 Entre um e cinco anos 3.36 Partes Relacionadas Nos termos da IAS 24, são relacionadas aquelas entidades nas quais o BCI exerce, directa ou indirectamente, uma influência significativa sobre a sua gestão e política financeira (Associadas e Subsidiárias) e as entidades que exercem influência significativa sobre a gestão do Banco (Pessoal Chave: Membros do Conselho de Administração, Directores - Coordenadores e Directores). Diversas transacções bancárias, depósitos, contas a pagar, garantias são celebradas com as empresas relacionadas. As mesmas são realizadas numa base comercial no decurso normal do negócio. As transacções com as empresas relacionadas executadas durante o ano e os respectivos saldos no fim do ano são as seguintes: Accionistas Activo Aplicações em instituições de crédito (iii) Crédito (iv) Outros Devedores Activos financeiros disponiveis para venda (v) Passivo Depósitos Empréstimos Subordinados (vi) Proveitos Juros Comissões e Despesas Custos Juros Comissões e Despesas Extrapatrimoniais Garantias Recebidas (vii) Garantias Prestadas Associadas Participadas Pessoal Chave Total 182.177.100 332.584.494 863.985.223 1.378.746.817 581.362 0 581.362 - 72.768.409 364.806 0 73.133.216 72.768.409 946.168 0 73.714.577 251.792 285.300.000 285.551.792 0 0 63.862.403 63.862.403 55.250.638 397.596.667 452.847.304 15.804.246 15.804.246 3.971.034 366.799 4.337.833 - 4.335.734 106.427 4.442.161 16.451.433 473.226 16.924.659 0 0 - 808.734 3.181 811.915 808.734 3.181 811.915 158.999.369 2.728.351 161.727.720 - - 77.706.952 77.706.952 77.706.952 77.706.952 O crédito concedido ao pessoal chave do banco está de acordo com as condições aprovadas para todos os colaboradores, tanto em termos de prazo como de taxas. As taxas encontram-se indexadas à Facilidade Permanente de Cedência do Banco de Moçambique (FPC) e são bonificadas em função do prazo e da finalidade do mútuo. (iii) O BCI cedeu à Caixa Geral de Depósitos e ao BPI fundos a curto prazo ao nível do Mercado Monetário Interbancário (MMI), que ascendem a 182.177.100 Meticais (equivalentes a € 4.410.000,00), a uma taxa média de 1,41%; 53 Relatório e Contas Intercalares (iv) O montante corresponde a três financiamentos concedidos a Insitec, dois em forma de conta corrente no valor de 251.884.127,00 Meticais, taxa de 23.5% e o outro em forma um empréstimo a longo prazo no valor de 37.500.000,00 Meticais, a taxa de juro de 19%, com vencimento em 2016. (v) Vide nota 3.3 (vi) Vide nota 3.17 (vii) O montante corresponde as seguintes operações: a.Garantia bancária recebida da Caixa Geral de Depósitos no valor de 142.650.000,00 Meticais (equivalentes a U$5.000.000,00), prazo de vencimento 2014; b.Garantia bancária recebida da Caixa Geral de Depósitos no valor de 10.358.069,00 (equivalentes a €250.740,00), prazo maturidade 2012; c.Garantia bancária recebida da Caixa Geral de Depósitos no valor de 5.991.300,00 (equivalentes a U$210.000,00), prazo maturidade 2012. As transacções com os administradores são divulgadas na nota 3.28 54 Relatório e Contas Intercalares Em 31 de Dezembro de 2010, o montante global dos activos, passivos, gastos e rendimentos e responsabilidades extrapatrimoniais relativos a operações realizadas com entidades relacionadas e membros chave da Gerência têm a seguinte composição: Activo Aplicações em instituições de crédito Crédito Outros Devedores Passivo Depósitos Empréstimos Subordinados Outros Credores Proveitos Juros Comissões e Despesas Accionistas 3.37 Total 3.350.717.400 154.533.526 65.186.400 3.570.437.326 24.704.685 571.362 25.276.047 - - 3.350.717.400 70.357.065 249.595.276 65.757.762 70.357.065 3.666.070.437 1.283.814 397.596.6670 398.880.481 20.822.032 020.822.032 - 33.144.791 033.144.791 55.250.638 397.596.6670 452.847.304 8.144.665 8.144.665 3.971.034 366.799 4.337.833 - 4.335.734 106.427 4.442.161 16.451.433 473.226 16.924.659 12.397.302 12.397.302 320.418 320.418 - 1.154.132 1.154.132 13.871.851 13.871.851 495.927.840 1.768.032 497.695.872 29.944.900 29.944.900 - 72.743.402 72.743.402 495.927.840 104.456.334 600.384.174 Custos Juros Extrapatrimoniais Garantias Recebidas Garantias Prestadas Associadas Participadas Pessoal Chave Acontecimentos após a data de balanço Após a data de balanço e até à data em que as demonstrações financeiras foram autorizadas para emissão, não ocorreram quaisquer acontecimentos favoráveis ou desfavoráveis. 3.38 Gestão de Risco (a) Introdução O risco é inerente à actividade do Banco e é gerido através de um processo contínuo de identificação, mensuração e monitorização estando sujeito a limites e diversos controlos. O processo de gestão de risco é crítico na garantia da rentabilidade contínua do Banco estando cada colaborador consciente da exposição ao risco relacionada com as suas responsabilidades. O Banco encontra-se exposto ao risco de crédito, risco de liquidez e risco de mercado, encontrando-se ainda exposto a riscos operacionais. O processo de controlo de risco não inclui riscos de negócio como seja a exposição a alterações do ambiente económico, tecnológicas ou industriais. A gestão e controlo de riscos é realizada no BCI de forma centralizada e incide principalmente sobre a avaliação, gestão e controlo dos riscos de crédito, de mercado, taxa de juro, liquidez e operacional incorridos pela Instituição, consagrando o princípio da segregação de funções entre as áreas comerciais, de risco e financeira. No âmbito do processo de gestão de activos e passivos (Asset-Liability Management, ALM), o BCI prosseguiu o objectivo de assegurar uma gestão prudente da situação de liquidez, de consumo de capital e de controlo dos riscos financeiros associados, debruçando-se em particular sobre os riscos de liquidez, de taxa de juro e de mercado. (b) Risco de crédito O risco de crédito é o risco do Banco incorrer numa perda pelo facto das contrapartes não cumprirem com as suas obrigações de crédito para com o Banco. O BCI gere e controla o risco de crédito fixando limites aos montantes de risco que está disposto a aceitar para contrapartes individuais e monitorizando a exposição em relação a esses limites. 55 Relatório e Contas Intercalares O risco de crédito, dada a natureza e especificidade da actividade bancária, reveste-se de particular importância, face à sua materialidade, não obstante a sua interligação com os restantes riscos. O BCI tem mantido um processo contínuo de avaliação, qualitativa e quantitativa, da sua carteira de crédito com a finalidade de identificar a existência, ou não, de evidências claras e objectivas de imparidade da mesma. Um crédito estará, em princípio, em imparidade sempre que se verificarem um ou mais eventos de perda com impacto na recuperação integral do mesmo. O modelo actual de Imparidade do banco assenta, fundamentalmente, numa metodologia de cálculo baseada na análise individual e colectiva da carteira de crédito. A análise individual incide sobre os créditos com exposição significativa e/ou em situação irregular há mais de 179 dias, para uma avaliação pormenorizada e objectiva da capacidade dos respectivos mutuários em cumprir com o serviço de dívida, através da: Avaliação da situação económico-financeira; Verificação da existência, ou não, de operações com crédito e juros vencidos, no Grupo BCI e/ou no sistema bancário nacional; Adequação do valor e do tipo de garantias existentes ao saldo devedor; e Análise da tendência de evolução histórica de pagamento dos clientes. Para os créditos com exposição significativa e/ou em situação irregular há mais de 179 dias, para os quais não tenham sido identificadas situações objectivas de imparidade individual, efectua-se o cálculo da sua imparidade colectiva, de acordo com os factores de risco para créditos com características semelhantes (classes homogéneas de risco). Os créditos que não são sujeitos à análise individual, são agrupados em classes homogéneas de risco (v.g. segmento de crédito, tipo de colateral, histórico de comportamento de pagamento, etc.), para o apuramento da sua imparidade colectiva. Em 2011, a procura pela melhoria contínua dos processos e procedimentos internos, e das melhores ferramentas para a identificação, avaliação, gestão e controlo do Risco de Crédito, manteve-se como objectivo último de elevar a qualidade da carteira de crédito do banco e consequentemente reduzir as probabilidades de perda por incumprimento. Adicionalmente, no âmbito da Gestão e Controlo do Risco de Crédito e do Cumprimento dos Rácios Prudenciais Regulamentares, é efectuado um acompanhamento contínuo da evolução da carteira, com particular enfoque na análise da Concentração do Crédito (cliente/grupo, produto, maturidade, prazo residual, sector de actividade e região), Crédito Correlacionado (accionistas, empresas participadas e de grupo e colaboradores) e Crédito em Grandes Riscos (créditos a clientes/grupos com exposição igual ou superior a 10% do valor dos Fundos Próprios do banco). No que se refere à Imparidade/Provisões, são monitorados os níveis de cobertura do crédito por imparidade/provisões, os clientes com maior nível de incumprimento e as taxas de incumprimento por produto, segmento, sector, moeda e região, para a tomada de 56 Relatório e Contas Intercalares medidas correctivas e/ou preventivas para mitigar e/ou eliminar os riscos de perdas potenciais futuras. Riscos relacionados com crédito O BCI coloca à disposição dos seus clientes garantias que poderão exigir que o Banco efectue pagamentos por sua conta. Tais pagamentos são recebidos dos clientes conforme definido nos termos das cartas de crédito. Os produtos em referência expõem o Banco a riscos semelhantes aos riscos dos empréstimos concedidos sendo estes mitigados através de processos semelhantes. Exposição máxima ao risco de crédito sem tomar em consideração quaisquer garantias O quadro abaixo apresenta a exposição máxima ao risco de crédito por produto e por sector de actividade. A exposição máxima é apresentada em valores brutos não tomando em consideração os possíveis efeitos de quaisquer garantias colaterais. A exposição máxima, por activo financeiro, em 30 de Junho de 2011 e 31 de Dezembro de 2010 é a seguinte: 30-Jun-11 31-Dez-10 251.485.988 70.502.223 Activ os financeiros disponív eis para v enda 2.904.363.494 2.064.359.766 Empréstimos e adiantamentos a bancos 3.339.778.376 7.211.889.440 2.117.397.232 2.106.543.015 487.235.140 641.142.296 Caix a e Disponibilidades em Bancos Centrais Disponibilidades s/ Instituições de Crédito Empréstimos a clientes – Banca de retalho - Empréstimos hipotecários - Vendas a prestações e locações financeiras - Empréstimos - Cartão 254.652.777 221.361.743 9.332.732.395 2.380.214.739 18.558.179.352 25.454.322.148 Cartas de crédito e garantias financeiras 1.300.020.675 1.477.555.057 Garantias financeiras 1.254.269.501 1.301.346.450 39.800.114.931 42.929.236.875 - Outros empréstimos e adiantamentos Empréstimos a clientes -Banca empresarial e de inv estimentos - Empréstimos a grandes empresas Ex posições ao risco de crédito relativ as a itens ex trapatrimoniais: Total O Quadro acima representa o pior cenário de exposição do Banco em termos de risco de crédito à data de 30 de Junho de 2011 e de 31 Dezembro de 2010. Relativamente aos activos apresentados em balanço, a exposição acima apresentada é feita com base no valor bruto contabilístico conforme registado no balanço. Tal como acima demonstrado, 47% do total da exposição máxima é obtido a partir de empréstimos a grandes empresas (2010:59%); 8% representa os Empréstimos e adiantamento a bancos (2010:17%). A Administração está confiante na sua capacidade de continuar a controlar e sustentar níveis de exposição mínimos em termos do risco de crédito decorrentes da sua carteira de empréstimos e adiantamentos e dos investimentos financeiros, com base no seguinte: • Empréstimos hipotecários e locações financeiras são suportados por garantias. • As grandes empresas têm gestores de acompanhamento do desempenho da empresa e outros factores que podem indicar potenciais incumprimentos. 57 Relatório e Contas Intercalares No conjunto dos activos financeiros disponíveis para venda, 67% foram emitidos pelo Banco Central de Moçambique, incluindo instrumentos emitidos pelo Tesouro, tendo o remanescente sido emitido pelas grandes empresas do País Garantias colaterais O tipo e valor das garantias colaterais exigidas dependem da avaliação do risco de crédito da contraparte. O Banco implementou critérios relativos à aceitação dos diversos tipos de garantias e parâmetros de avaliação. Os principais tipos de garantias obtidas são: • Hipotecas sobre habitações próprias; • Hipotecas sobre imóveis; • Depósitos junto ao BCI; • Penhor de valores mobiliários; • Garantias prestadas por outras instituições de crédito; • Garantias prestadas pelo estado. O Banco pode obter ainda garantias de empresas-mãe relativamente a créditos a conceder às suas subsidiárias. É política do Banco alienar os bens recebidos em dação em cumprimento de forma a reduzir o montante do crédito em dívida. De uma forma geral, o BCI não ocupa os imóveis recebidos para utilização no decurso da sua actividade. Durante o exercício de 2011 o Banco executou garantias, penhores de depósitos a prazo, para cobertura de créditos vencidos, tendo resgatado o valor total de MT 84 milhões de meticais. Qualidade do crédito por classe de activo Os empréstimos e adiantamentos com vencimentos inferiores a 90 dias não são considerados como tendo o seu valor recuperável reduzido, a menos que haja informação a indicar o contrário. Relativamente a 2011 o valor era de MT 88.098.364,00 (2010: MT 97.597.241,00). 58 Relatório e Contas Intercalares Produto Vivo se m imp.individual Empréstimos e adiantamentos a bancos Empréstimos e adiantamentos a clientes Banca de Retalho Ve ncido se m imp.individual Total cre dito se m imp.individual Vivo e ve ncido com imp.individual Total de C ré dito 2011 2011 2011 2011 2011 Garantias líquidas contra e mpré stimos (a) 2011 MT MT MT MT MT MT Imparidade total Empré stimos líquidos de imparidade 2011 MT - - - - - - 29.850.020.546 382.463.745 30.232.484.291 1.030.285.827 31.262.770.117 9.536.080.339 743.589.641 30.519.180.476 -- - 899.688.184 12.710.794.281 110.263.469 549.352.036 12.161.442.245 2.117.144.269 2.183.754 33.823.699 2.083.320.570 1.094.209.888 5.125.757 25.729.389 1.068.480.499 11.709.649.716 101.456.382 11.811.106.098 Empréstimos hipotecários 2.106.196.227 10.948.042 2.117.144.269 Vendas a prestações e locações financeiras Cartões de crédito 1.070.807.646 1.941.750 1.072.749.396 281.070.765 23.531.594 304.602.358 155.920 304.758.278 3.048 14.916.568 289.841.710 Outros empréstimos e adiantamentos Banca em presarial e de investim ento Empréstimos a grandes empresas 8.251.575.078 65.034.997 8.316.610.075 878.071.772 9.194.681.847 102.950.910 474.882.380 8.719.799.467 18.140.370.830 281.007.363 18.421.378.193 130.597.643 18.551.975.836 9.425.816.870 194.237.605 18.357.738.231 18.140.370.830 281.007.363 18.421.378.193 130.597.643 18.551.975.836 9.425.816.870 194.237.605 18.357.738.231 Em 30 de Junho de 2011 29.850.020.546 382.463.745 30.232.484.291 1.030.285.827 31.262.770.117 9.536.080.339 743.589.641 30.519.180.476 Em 31 de De z e mbro de 2010 26.953.722.294 340.369.190 27.294.091.484 3.509.492.457 30.803.583.941 10.048.292.358 669.729.727 30.133.854.214 21.460.492 (a) dp caução e GE Decomposição do crédito vencido Em 30 de Junho de 2011, o crédito e juros vencidos apresentavam a seguinte decomposição por classe de incumprimento: Até três meses De três a seis meses Classe de Incumprimento De seis meses a De um a três Mais de três um ano anos anos Sem maturidade fixa Total Crédito Vencido Valor Bruto Imparidade 88.098.364 34.935.894 94.814.082 332.787.993 7.211.543 713.920 558.561.797 15.469.476 22.376.080 64.019.667 117.513.990 7.211.543 - 226.590.757 72.628.889 12.559.813 30.794.415 215.274.003 - 713.920 331.971.040 Não inclui provisões para crédito de cobrança duvidosa e para risco – país Em 31 de Dezembro de 2010, o crédito e juros vencidos apresentavam a seguinte decomposição por classe de incumprimento: De três a seis Até três meses Classe de Incumprimento De seis meses a De um a três Mais de três meses um ano anos anos Sem maturidade Total fixa Crédito Vencido Valor Bruto 97.287.349 58.273.891 133.181.994 184.609.157 1.958.469 713.920 Imparidade 29.376.237 1.927.453 99.595.971 144.542.899 1.927.453 - 476.024.781 277.370.015 126.663.587 60.201.345 232.777.966 329.152.056 3.885.922 713.920 753.394.796 Não inclui provisões para crédito de cobrança duvidosa e para risco – país 59 Relatório e Contas Intercalares Antiguidade dos créditos vencidos mas não em imparidade A antiguidade dos créditos vencidos em 30 de Junho de 2011 mas não em imparidade resume-se como se segue: Até 3 meses De 3 a 6 Meses De 6 meses a 1 ano Mais de 1 Ano Produto Overdraft Investimento Consumo e Habitação Outros Total - 33 569 569 33 - Total - 0 680 680 602 0 0 680 1.283 A antiguidade dos créditos vencidos em 31 de Dezembro de 2010 mas não em imparidade resume-se como se segue: Produto Overdraft Investimento Consumo e Habitação Outros Total Até 3 meses De 3 a 6 Meses De 6 meses a 1 ano Mais de 1 Ano 76.109.292 76.109.292 - 26.837 26.837 Total - 76.109.292 0 0 26.837 76.136.129 Avaliação de imparidade As principais considerações da avaliação da imparidade do crédito a clientes estão associadas à avaliação do facto das prestações que se encontram vencidas ou se são conhecidas quaisquer dificuldades nos fluxos de caixa das contrapartes ou incumprimento dos termos originais do contrato. O Banco avalia a imparidade em duas áreas: avaliação individual e avaliação colectiva. Avaliação individual O Banco determina a imparidade adequada a cada crédito individualmente significativo numa base individual. Para a avaliação individual o Banco toma em consideração diversos factores como sejam eventuais planos de negócio da contraparte, a sua capacidade de melhoria do desempenho económico após ter surgido a dificuldade económica, a existência de outras fontes de suporte financeiro e o valor realizável de garantias colaterais recebidas. As perdas por imparidade são reavaliadas a cada data de relato do Banco excepto se forem identificadas circunstâncias que requeiram especial atenção. Imparidade colectiva O BCI efectua a avaliação da imparidade colectiva para todos os créditos que não sejam individualmente significativos bem como para créditos significativos para os quais não existe prova objectiva de imparidade individual. O Banco avalia a imparidade colectiva a cada data de relato financeiro. A imparidade colectiva toma em consideração a imparidade que é provável existir no portfolio ainda que não tenha sido ainda identificada qualquer evidência objectiva de imparidade na avaliação individual. A imparidade colectiva é posteriormente avaliada pela gestão de forma a assegurar que se encontra em linha com a política global do Banco. 60 Relatório e Contas Intercalares Existe imparidade de crédito nas seguintes classes de empréstimos e adiantamentos: Empréstimo hipotecário Vendas a prestações e locações financeiras Outros Empréstimos a grandes Empréstimos empréstimos e adiantamentos empresas cartões Total 2011 2011 2011 2011 2011 2011 MT MT MT MT MT MT 18.672.304 16.813.322 6.267.152 21.439.318 214.771.259 277.963.356 0 0 0 0 Imparidade líquida do exercício/(liberadas) 15.151.394 1.978.249 8.568.145 135.258.800 78.078.940 239.035.529 S aldo no fim do ano 33.823.699 18.791.572 14.835.298 156.698.118 292.850.199 516.998.885 13.754.194 13.764.236 2.920.924 22.968.076 338.358.940 391.766.371 6.358.206 -2.590.784 7.414.040 110.371.143 S aldo no fim do ano 20.112.400 11.173.451 10.334.965 133.339.220 51.630.721 226.590.756 Total 53.936.098 29.965.023 25.170.262 290.037.338 344.480.920 743.589.642 Empréstimos Vencido Saldo no início do ano Contas fechadas com imparidade 0 Empréstimos vincendos Saldo no início do ano Imparidade líquida do exercício /(liberadas) (c) -286.728.219 -165.175.614 Risco de liquidez O risco de liquidez é o risco potencial que o Banco poderá estar exposto se não tiver capacidade financeira para satisfazer os seus compromissos associados aos instrumentos financeiros quando estes se vencem. A mitigação do risco é feita com recurso a gestão dos activos com base na sua liquidez e o controlo periódico dos fluxos de caixa futuros e a sua liquidez. A gestão e o controlo do risco de liquidez são feitos com o recurso à análise dos prazos residuais dos diferentes activos e passivos do balanço para evidenciar, em cada um dos diferentes intervalos considerados, a diferença entre os volumes de entrada e saída de caixa, bem como os respectivos gaps de liquidez. A política e a estratégia de gestão, relacionada com o risco de liquidez, são definidas pelo Comité de Activos e Passivos, sendo implementadas pela Sala de Mercados (DSM) e controladas pela Direcção de Gestão de Risco (DGR). A DSM mantém um portfólio diversificado de activos, os quais podem ser facilmente liquidados caso ocorra uma interrupção de fluxos de caixa não prevista. O Banco possui, igualmente, depósitos junto do Banco de Moçambique, nos termos da legislação em vigor, e linhas contratadas junto dos bancos do Grupo, para fazer face ao risco potencial associado. 61 Relatório e Contas Intercalares Sumário dos itens do balanço por prazos de maturidade, em 30/06/2011: Até 1 mês Entre 1 e 3 meses Caixa e disp. em bancos centrais Disponibilidades sobre ICs Act. fin. justo valor através resultados Activos fin. disponíveis para venda Aplicações em instituições de crédito Crédito a clientes Act. Fin. detidos até à maturidade Act. não correntes detidos para venda Propriedades de Investimento Outros activos tangíveis Activos intangíveis Inv. em filiais, assoc. e empr.conjunto Activos por impostos correntes Activos por impostos diferidos Outros activos Total do Activo . . . Recursos de bancos centrais Recursos de outras ICs Recursos de clientes Recursos consignados Empréstimos Subordinados Títulos de Dívida Passivos por impostos diferidos Passivos por impostos correntes Outros passivos Provisões Total do Passivo . . . Capital social Reserva legal Outras reservas Reservas de Reavaliação Acções próprias Resultado do exercício Total dos Fundos Próprios . . . Total do Passivo e dos Fundos Próprios GAP de Liquidez em MZN . . . Entre 3 meses e 1 ano - Entre 1 e 3 anos Superior a 3 anos Sem periodo fixo Valor contabilístico 122.952.654 2.274.896.136 2.701.565.069 5.099.413.859 4.062.269.268 45.560.082 - 615.926.000 770.310.000 2.058.585.217 3.444.821.217 4.530.217.108 10.121.058.175 - 306.740.656 4.636.120 2.964.778.129 3.276.154.905 395.256.698 1.589.621.409 289.936.120 3.666.313.114 5.545.870.643 115.757.860 - 4.107.829.350 - 14.651.275.283 - 115.757.860 - 602.548.365 - 610.103.753 - 4.107.829.350 991.584.509 14.651.275.283 (11.206.454.066) 115.757.860 5.430.112.784 602.548.365 2.673.606.540 610.103.753 18.786.957.969 207.291.667 - 269.122.775 19.127.938.947 19.397.061.722 80.314.584 529.789.169 - 4.110.983.222 251.485.988 43.191.710 20.940.641 2.370.425.804 163.085.893 235.403.699 59.891.131 4.673.032 1.589.297.012 8.849.378.131 1.024.042.459 19.002.623.964 57.149.031 140.216.580 1.479.296.751 107.930.035 21.811.258.820 1.900.000.000 490.113.989 551.886.435 288.393.206 (9.666.440) 493.199.856 3.713.927.046 25.525.185.866 (16.675.807.735) 4.110.983.222 251.485.988 2.904.363.494 3.339.778.376 30.519.180.476 43.191.710 20.940.641 2.370.425.804 163.085.893 235.403.699 59.891.131 4.673.032 1.589.297.012 45.612.700.478 1.024.042.459 4.530.217.108 33.661.522.689 161.317.942 529.789.169 207.291.667 57.149.031 140.216.580 1.479.296.751 107.930.035 41.898.773.431 1.900.000.000 490.113.989 551.886.435 288.393.206 (9.666.440) 493.199.856 3.713.927.046 45.612.700.478 Sumário dos itens do balanço por prazos de maturidade, em 31/12/2011: Valores ex pressos Meticais) 935.127.803 5.994.588.754 1.821.489.745 8.751.206.302 875.791.223 4.076.363.234 16.018.479 4.968.172.936 - 2.942.587.708 3.678.789.484 5.921.171.617 4.549.314.439 107.743.513 10.578.229.569 - Entre 3 meses e 1 ano 1.209.734.505 5.536.027.185 6.745.761.690 655.373.341 2.673.460.003 28.108.830 3.356.942.174 - 4.968.172.936 3.783.033.366 3.783.033.366 10.578.229.569 (6.899.440.084) (3.116.406.718) 3.356.942.174 3.388.819.516 272.412.798 Até 1 mês Entre 1 e 3 meses Caixa e disp. em bancos centrais Disponibilidades sobre ICs Act. fin. justo valor através resultados Activos fin. disponíveis para venda Aplicações em instituições de crédito Crédito a clientes Act. Fin. detidos até à maturidade Act. não correntes detidos para venda Propriedades de Investimento Outros activos tangíveis Activos intangíveis Inv. em filiais, assoc. e empr.conjunto Activos por impostos correntes Activos por impostos diferidos Outros activos Total do Activo . . . Recursos de bancos centrais Recursos de outras ICs Recursos de clientes Recursos consignados Empréstimos Subordinados Títulos de Dívida Passivos por impostos diferidos Outros passivos Provisões Total do Passivo . . . Capital social Reserva legal Outras reservas Reservas de Reavaliação Acções próprias Resultado do exercício Total dos Fundos Próprios . . . Total do Passivo e dos Fundos Próprios GAP de Liquidez em MZN . . . GAP de Liquidez Acumulado. . . 62 736.201.776 Entre 1 e 3 anos Superior a 3 anos Sem periodo fixo Valor contabilístico 54.697.766 7.566.182 8.009.504.987 8.071.768.935 3.168.247.469 338.332.419 11.824.244.589 12.162.577.009 927.015.513 605.040.895 205.963.542 3.374.211.011 - 1.532.056.408 - 3.374.211.011 4.697.557.924 4.969.970.721 1.532.056.408 10.630.520.601 15.600.491.322 4.223.871.279 70.502.223 43.191.710 21.193.290 1.998.695.533 132.963.223 406.153.698 2.659.124 778.887.618 7.678.117.697 286.903.478 18.537.176.703 89.893.454 747.588.252 152.934.803 19.814.496.691 1.900.000.000 352.586.971 1.778.362 302.566.647 (9.666.440) 916.846.788 3.464.112.328 23.278.609.019 (15.600.491.321) 4.223.871.279 70.502.223 2.064.359.766 7.211.889.440 30.133.854.214 43.191.710 21.193.290 1.998.695.533 132.963.223 406.153.698 2.659.124 778.887.618 47.088.221.117 286.903.478 7.452.336.181 33.931.577.360 151.870.822 605.040.895 205.963.542 89.893.454 747.588.252 152.934.804 43.624.108.788 1.900.000.000 352.586.971 1.778.362 302.566.647 (9.666.440) 916.846.788 3.464.112.328 47.088.221.117 Relatório e Contas Intercalares (d) Risco de mercado O risco de mercado é o risco associado ao facto do justo valor ou dos fluxos de caixa futuros dos instrumentos financeiros virem a flutuar em consequências das alterações em variáveis de mercado como a taxa de juro e taxa de câmbio. Risco taxa de juro Este risco ocorre sempre que, no desenvolvimento da sua actividade, o banco contrata operações com fluxos financeiros futuros sensíveis a eventuais variações da taxa de juro. A gestão e o controlo do risco de taxa de juros são feitos com o recurso à análise dos repricing dates dos diferentes activos e passivos sensíveis do balanço para evidenciar, em cada um dos diferentes intervalos considerados, a diferença entre os volumes de entrada e saída de caixa, bem como os respectivos gaps de taxa de juros. A política e a estratégia de gestão, relacionada com o risco de taxa de juro, são definidas pelo Comité de Activos e Passivos, sendo implementadas pela Sala de Mercados (DSM) e controladas pela Direcção de Gestão de Risco (DGR). Sumário dos itens do balanço sensíveis à alteração da taxa de juro, em 30/06/2011 Até 1 mês Entre 1 e 3 meses Caixa e disp. em bancos centrais Disponibilidades sobre ICs Act. fin. justo valor através resultados Activos fin. disponíveis para venda Aplicações em instituições de crédito Crédito a clientes Act. Fin. detidos até à maturidade Act. não correntes detidos para venda Propriedades de Investimento Outros activos tangíveis Activos intangíveis Inv. em filiais, assoc. e empr.conjunto Activos por impostos correntes Activos por impostos diferidos Outros activos Total do Activo . . . Recursos de bancos centrais Recursos de outras ICs Recursos de clientes Recursos consignados Outros Passivos Subordinados Passivos por impostos diferidos Passivos por impostos correntes Outros passivos Provisões Total do Passivo . . . Capital social Reserva legal Outras reservas Reservas de Reavaliação Acções próprias Resultado do exercício Total dos Fundos Próprios . . . Total do Passivo e dos Fundos Próprios GAP . . . GAP Acumulado. . . 91.707.564 547.476.468 2.093.338.095 20.227.038.340 22.959.560.468 1.156.423.884 4.573.912.193 19.489.688 5.749.825.766 0 5.749.825.766 17.209.734.702 17.209.734.702 1.072.986.778 950.671.876 1.082.723.347 3.106.382.002 2.803.193.224 5.831.189.831 116.830.725 8.751.213.779 0 8.751.213.779 -5.644.831.778 11.564.902.924 Entre 3 meses e 1 ano Entre 1 e 3 anos Superior a 3 anos Sem periodo fixo 914.889.537 289.803.385 4.066.775.877 - 328.350.670 5.965.020 143.646.462 - 5.271.468.799 570.600.000 6.629.577.652 7.200.177.652 0 7.200.177.652 -1.928.708.853 9.636.194.071 163.085.893 641.048.046 5.906.460.773 24.997.529 207.291.667 6.138.749.968 0 6.138.749.968 -5.497.701.923 4.138.492.149 40.660.040 4.998.996.449 2.370.425.804 2.028.060 7.412.110.354 10.720.382.240 529.789.169 687.204.183 11.937.375.592 0 11.937.375.592 -4.525.265.238 -386.773.089 4.110.983.222 159.778.424 43.191.710 20.940.641 235.403.699 59.891.131 4.673.032 1.587.268.951 6.222.130.809 1.024.042.459 57.149.031 140.216.580 792.092.568 107.930.036 2.121.430.674 1.900.000.000 490.113.989 551.886.435 288.393.206 -9.666.440 493.199.856 3.713.927.046 5.835.357.720 386.773.089 Total 4.110.983.222 251.485.988 0 2.904.363.494 3.339.778.376 30.519.180.476 0 43.191.710 20.940.641 2.370.425.804 163.085.893 235.403.699 59.891.131 4.673.032 1.589.297.012 45.612.700.477 1.024.042.459 4.530.217.108 33.661.522.689 161.317.942 737.080.835 57.149.031 140.216.580 1.479.296.751 107.930.036 41.898.773.431 1.900.000.000 490.113.989 551.886.435 288.393.206 -9.666.440 493.199.856 3.713.927.046 45.612.700.477 63 Relatório e Contas Intercalares Sumário dos itens do balanço sensíveis à alteração da taxa de juro, em 31/12/2010 Até 1 mês Entre 1 e 3 meses Caixa e disp. em bancos centrais Disponibilidades sobre ICs Act. fin. justo valor através resultados Activos fin. disponíveis para venda Aplicações em instituições de crédito Crédito a clientes Act. Fin. detidos até à maturidade Act. não correntes detidos para venda Propriedades de Investimento Outros activos tangíveis Activos intangíveis Inv. em filiais, assoc. e empr.conjunto Activos por impostos correntes Activos por impostos diferidos Outros activos Total do Activo . . . Recursos de bancos centrais Recursos de outras ICs Recursos de clientes Recursos consignados Outros Passivos Subordinados Passivos por impostos diferidos Outros passivos Provisões Total do Passivo . . . Capital social Reserva legal Outras reservas Reservas de Reavaliação Acções próprias Resultado do exercício Total dos Fundos Próprios . . . Total do Passivo e dos Fundos Próprios GAP . . . GAP Acumulado. . . 64 935.127.803 5.994.588.754 13.855.431.468 20.785.148.025 875.791.223 4.076.363.234 16.018.479 4.968.172.936 0 4.968.172.936 15.816.975.089 15.816.975.089 736.201.776 10.149.219.737 10.885.421.513 5.921.171.617 4.549.314.439 107.743.513 10.578.229.569 0 10.578.229.569 307.191.945 16.124.167.034 Entre 3 meses e 1 ano 1.209.734.504 2.313.413.612 3.523.148.116 655.373.341 2.673.460.003 3.494.661 3.332.328.005 0 3.332.328.005 190.820.112 16.314.987.145 Entre 1 e 3 anos Superior a 3 anos Sem periodo fixo 54.697.766 7.566.182 469.447.155 531.711.104 3.168.247.469 24.614.169 205.963.542 3.398.825.180 0 3.398.825.180 (2.867.114.076) 13.447.873.069 338.332.419 3.346.342.242 3.684.674.662 927.015.512 605.040.895 1.532.056.407 0 1.532.056.407 2.152.618.254 15.600.491.323 4.223.871.279 70.502.223 43.191.710 21.193.290 1.998.695.533 132.963.223 406.153.699 2.659.124 778.887.618 7.678.117.697 286.903.478 18.537.176.703 89.893.454 747.588.252 152.934.803 19.814.496.690 1.900.000.000 352.586.971 1.778.362 302.566.647 (9.666.440) 916.846.788 3.464.112.329 23.278.609.019 -15.600.491.323 Total 4.223.871.279 70.502.223 0 2.064.359.766 7.211.889.440 30.133.854.214 0 43.191.710 21.193.290 1.998.695.533 132.963.223 406.153.699 0 2.659.124 778.887.618 47.088.221.117,490 286.903.478 7.452.336.181 33.931.577.359 151.870.822 811.004.437 89.893.454 747.588.252 152.934.803 43.624.108.786,82 1.900.000.000 352.586.971 1.778.362 302.566.647 (9.666.440) 916.846.788 3.464.112.329 47.088.221.117 Relatório e Contas Intercalares Risco cambial O risco cambial decorre da existência de gaps entre o valor dos activos e passivos detidos em determinada moeda. A política e a estratégia de gestão, relacionada com o risco de liquidez, são definidas pela Comissão Executiva, a curto prazo, quinzenalmente no Comité de Activos e Passivos, são implementadas pela Direcção da Sala de Mercados e controladas pela Direcção de Gestão de Risco. As posições cambiais são controladas, diariamente, com base nos limites definidos pelo Comité de Activos e Passivos e de acordo com os rácios e Limites Prudenciais fixados pelo Banco de Moçambique. A Sala de Mercados procede diariamente ao fecho das posições cambiais denominadas em EUR e ZAR, mantendo posições abertas apenas em USD, de acordo com o limite autorizado. Estas posições são diariamente controladas, tanto pela direcção do risco do BCI como pela direcção do risco da CGD. Esta última calcula diariamente o VaR e VM, de acordo com a seguinte metodologia: VaR (Value-at-Risk): estimativa de máxima perda, para um determinado período de detenção e dado um nível de confiança, assumindo comportamentos normais do mercado. A metodologia utilizada é a da Simulação Histórica (os eventos futuros são totalmente explicados pelos eventos passados). Os parâmetros do modelo são: - período de detenção: n dias (n=10); - nível de confiança: 99% (n=10); Risco de taxa de juro e câmbio: O BCI, no respeitante aos riscos de taxa de juro e de câmbio, utiliza modelos internos para o acompanhamento e monitorização destes riscos, nomeadamente: (i) Análise de gaps (diferencial de taxa de juro), sendo os gaps constituídos por prazos residuais de repricing dos contratos vivos; (ii)Análise de sensibilidade ao Risco de taxa de Juro na carteira bancária. A avaliação do risco de taxa de juro por operações de carteira é efectuada através da análise de sensibilidade, por prazos residuais de repricing, à alteração das curvas de taxa de juro. (iii) Risco Cambial: a.Posição Cambial Líquida por divisa – recolhida diariamente ao nível do sistema informático pela Direcção de Contabilidade e validada pela Direcção de Risco e Sala de Mercados; b.Indicador de Sensibilidade – calculado através da simulação do potencial impacto nos Resultados do Banco, de hipotéticas variações nas taxas de câmbio de valorimetria (calcula-se para variações de 1%, 3% e 5%); c.Conforme referido acima, a Direcção de risco da CGD calcula diariamente o VaR ( Value at Risk). 65 Relatório e Contas Intercalares Em 30/06/2011 a exposição do BCI ao risco moeda apresenta-se da seguinte forma: US D Caixa e disp. em bancos centrais Disponibilidades sobre ICs Act. fin. justo valor através resultados Activos fin. disponíveis para venda Aplicações em instituições de crédito Crédito a clientes EUR Outras Moedas ZAR 199.841.000 49.955.004 32.023.722 18.271.760 117.695.057 85.153.557 - 958.836.674 Não sens. à var. Cambial Valor Contabilístico 0 3.829.163.496 4.110.983.222 7.783.724 22.581.891 251.485.988 - - - - - 1.945.526.820 2.904.363.494 - 2.629.528.453 182.297.285 504.818.462 - 23.134.175 3.339.778.376 10.217.608.060 570.286.694 276.777.432 30.519.180.476 - 19.454.508.290 Act. Fin. detidos até à maturidade - - - - - Investimentos - - - - Act. não correntes detidos para venda Propriedades de Investimento - - - - - - - - 20.940.641 20.940.641 2.370.425.804 43.191.710 43.191.710 Outros activos tangíveis - - - - 2.370.425.804 Activos intangíveis - - - - 163.085.893 163.085.893 Inv. em filiais, assoc. e empr.conjunto Activos por impostos correntes - - - - 235.403.699 235.403.699 - 59.891.131 59.891.131 Activos por impostos diferidos Outros activos Total do activo - - - 506.689.889 3.443.768 8.423.453 13.571.939.161 1.882.514.482 907.196.625 - 4.673.032 4.673.032 219.073 1.070.520.829 1.589.297.012 8.002.797 29.243.047.412 45.612.700.477 e Passivo Recursos de bancos centrais - 1.024.042.459 1.024.042.459 Recursos de outras ICs 3.565.690.619 103.492.723 97.571.592 - 763.462.175 4.530.217.108 Recursos de clientes 9.396.653.424 1.182.789.308 811.362.177 14.073.335 Recursos consignados Outros Passivos Subordinados Passivos por impostos diferidos Outros passivos Provisões Total do passivo - 529.789.169 -2.319.858 13.489.813.353 - - 22.256.644.446 33.661.522.689 - - - 161.317.942 161.317.942 - - - 207.291.667 737.080.835 - - - 197.365.611 197.365.611 95.942 894.204.114 1.479.296.751 - 107.930.035 107.930.035 583.942.182 1.870.224.213 3.374.371 912.308.140 14.169.277 25.612.258.448 41.898.773.431 Capital social - - - - 1.900.000.000 1.900.000.000 Reserva legal - - - - 490.113.989 490.113.989 Outras reservas - - - - 551.886.435 551.886.435 Reservas de Reavaliação - - - - 288.393.206 288.393.206 Acções próprias - - - - (9.666.440) (9.666.440) Resultado do exercício - - - - 493.199.856 493.199.856 Total dos fundos próprios - - - - 3.713.927.046 3.713.927.046 Total do passivo e dos fundos próprios Diferencial de M oeda 66 13.489.813.353 1.870.224.213 912.308.140 14.169.277 82.125.808 12.290.269 -5.111.515 -6.166.480 29.326.185.494 45.612.700.477 -83.138.082 0 Relatório e Contas Intercalares Em 31/12/2010 a exposição do BCI ao risco moeda apresenta-se da seguinte forma: US D Caixa e disp . em bancos centrais Disp onibilidades sobre ICs EUR 506.943.560 105.409.070 102.670.810 16.786.917 21.331.776 23.693.081 Act. fin. justo valor através resultados - Activos fin. disp oníveis p ara venda - Ap licações em instituições de crédito Crédito a clientes ZAR 107.421.050 Outras Moedas Não sens. à var. Cambial Valor Contabilístico 5.264.403 3.503.583.436 4.223.871.279 - 8.690.449 70.502.223 - - - - - 1.956.938.716 2.064.359.766 - 5.878.001.871 719.027.541 601.940.784 - 12.919.243 7.211.889.440 12.286.423.510 608.002.991 345.834.008 - 16.893.593.705 30.133.854.214 Act. Fin. detidos até à maturidade - - - - - - Investimentos - - - - - - Act. não correntes detidos p ara venda - - - - Prop riedades de Investimento - - - Outros activos tangíveis - - - 43.191.710 43.191.710 - 21.193.290 21.193.290 - 1.998.695.533 1.998.695.533 132.963.223 132.963.223 406.153.699 406.153.699 Activos intangíveis - - - - Inv. em filiais, assoc. e emp r.conjunto - - - - Activos p or imp ostos correntes - - - - 0 0 2.659.124 2.659.124 Activos p or imp ostos diferidos - - - - Outros activos 131.874.628 60.703.486 483.490 - Total do activo 18.820.030.485 1.621.895.913 1.074.622.173 5.264.403 585.826.014 778.887.618 25.566.408.142 47.088.221.117 286.903.478 286.903.478 e Passivo Recursos de bancos centrais Recursos de outras ICs Recursos de clientes Recursos consignados Outros Passivos Subordinados Passivos p or imp ostos diferidos Outros p assivos Provisões Total do passivo Cap ital social - - - 6.658.375.402 25.637.762 6.219.534 11.446.545.832 1.510.296.376 1.055.631.481 605.040.895 - - - - 762.103.484 7.452.336.181 43.763 19.919.059.908 33.931.577.360 - 151.870.822 151.870.822 811.004.437 - - - 205.963.542 - - - 89.893.454 89.893.454 747.588.252 123.975.250 79.390.419 12.570.129 3.373.363 528.279.091 - - - - 152.934.803 152.934.803 22.097.008.582 43.624.108.788 - 1.900.000.000 1.900.000.000 352.586.971 352.586.971 18.833.937.379 - 1.615.324.557 - 1.074.421.143 - 3.417.126 Reserva legal - - - - Outras reservas - - - - 1.778.362 1.778.362 302.566.648 (9.666.440) Reservas de Reavaliação - - - - 302.566.648 Acções p róp rias - - - - (9.666.440) Resultado do exercício - - - - 916.846.788 916.846.788 - 3.464.112.329 3.464.112.329 Total dos fundos próprios Total do passivo e dos fundos próprios Diferencial de M oeda (e) - - - 18.833.937.379 1.615.324.557 1.074.421.143 3.417.126 25.561.120.911 47.088.221.117 -13.906.894 6.571.356 201.030 1.847.277 5.287.231 0 Risco operacional O risco operacional é o risco de perdas decorrentes de falhas de sistemas, erro humano, fraude ou acontecimentos externos. Quando ocorre uma falha nos controlos, os riscos operacionais podem causar danos na reputação do Banco, ter implicações legais ou regulamentares ou dar origem a perdas financeiras. O Banco considera que um adequado ambiente de controlo, monitorizando e respondendo a riscos potenciais, é possível mitigar alguns dos riscos operacionais com que se depara frequentemente. Os controlos incluem uma segregação de funções adequada, procedimentos de autorização e reconciliação, processos de formação e avaliação dos colaboradores, incluindo a existência de um departamento de auditoria interna. 67 Relatório e Contas Intercalares No BCI, para além do cumprimento das obrigações regulamentares, a necessidade de desenvolvimento de um processo de gestão de risco operacional resulta do entendimento sobre a sua relevância e das vantagens de seguir as boas práticas de gestão do mesmo. Assim, durante o ano de 2010, com o apoio da CGD, o BCI iniciou a implementação do Projecto ROCI – Risco Operacional e Controlo Interno. A primeira fase do ROCI, em fase de conclusão, ainda em curso, consiste no levantamento e documentação de todos os processos e a identificação dos riscos operacionais potenciais associados a cada tarefa para registo numa ferramenta informática que suporta a documentação de processos., Concluída a primeira fase, far-se-á a exportação da informação para uma outra ferramenta informática que suporta, de uma forma integrada, as principais funcionalidades de gestão de risco operacional, nomeadamente: Registo de eventos de risco operacional, respectivas perdas efectivas e recuperações; Lançamento, recolha e tratamento de questionários de auto-avaliação do risco operacional; Recolha e gestão de indicadores de risco (KRI – Key Risk Indicators); Gestão de ocorrências e planos de acção para mitigação de risco operacional; e Relatórios de gestão. Prevê-se que o início do processo de gestão integrada do risco operacional e recolha de eventos de risco operacional, inicialmente programado para o decurso do primeiro semestre de 2011, apenas só se materialize em finais de 2011, ou princípios de 2012, depois da formação e disponibilização do acesso á aplicação aos utilizadores. Com a implementação da gestão integrada do risco operacional o banco espera: Reduzir as perdas futuras decorrentes de risco operacional através do desenvolvimento de iniciativas para a mitigação ou transferência de risco; Reduzir o consumo de capitais próprios através da possibilidade de adopção de abordagens mais sofisticadas no cálculo de requisitos de fundos próprios a afectar a risco operacional; e 3.39 Responder a aspectos de regulação e compliance. Capital O BCI mantém uma gestão activa de capital que lhe permite cobrir os riscos inerentes à sua actividade. A gestão do capital do banco é feita em conformidade e através das regras e rácios prudenciais estabelecidos pelo Banco de Moçambique, cumprindo integralmente com os requisitos de capital impostos. Gestão de capital O principal objectivo da gestão de capital é assegurar o cumprimento dos requisitos e a manutenção dos rácios de capital saudáveis para garantir a continuidade do negócio e maximizar o valor dos accionistas. Mediante alterações das condições económicas e características de risco da actividade do banco, a estrutura de capitais pode sofrer ajustamentos para melhor se adequar à nova situação. Nos últimos anos, e face a estabilidade das condições do mercado nacional, os objectivos, as políticas e os processos, referentes à gestão de capital do banco, não sofreram alterações significativas 68 Relatório e Contas Intercalares dignas de realce. Os capitais próprios ascenderam, a 30 de Junho de 2011, a 3,7 mil milhões de meticais, tendo sido reforçados em 686 milhões de meticais (+75% do resultado de 2010) durante o ano. 30-Jun-11 Capital Social Acções Próprias Resev as de Justo v alor Outras Reserv as Resultados Transitados 1.900.000.000 31-Dez-10 1.900.000.000 (9.666.440) (9.666.440) 1.890.333.560 1.890.333.560 (12.586.925) 3.600.423 1.055.828.357 368.193.266 (13.827.933) (13.827.933) 1.029.413.499 357.965.756 Reserv as de reav aliação 300.980.132 298.966.224 Resultados do Ex ercício 493.199.856 916.846.788 3.713.927.046 3.464.112.329 Rácio de Solv abilidade 12,54% 12,26% O rácio de solvabilidade manteve-se acima dos 8% recomendados pelo Banco de Moçambique, facto que comprova a solidez financeira do BCI. Para esta melhoria destaque vai para a capacidade de geração interna de fundos próprios decorrente dos lucros da actividade do banco e do aumento considerável das reservas. 30-Jun-11 31-Dez-10 Fundos prórios de base Capital realizado 1.890.333.560 1.890.333.560 Reserv as e resultados retidos 1.042.000.424 354.365.333 Activ os Intangív eis (196.168.176) (160.320.078) T ier I Capital total 2.736.165.808 2.084.378.815 727.805.000 802.730.000 Empréstimos subordinados Outros T ier II Capital total Dedução aos fundos próprios totais Fundos próprios elegív eis 288.393.206 302.566.647 1.016.198.206 1.105.296.647 (305.617.713) (139.680.814) 3.446.746.301 3.049.994.648 25.587.642.666 22.886.915.983 1.900.171.177 1.997.527.623 Activos ponderados pelo risco No balanço Fora do balanço Rácio de adequação de fundos próprios de base (Tier I) 10,0% 8,4% Rácio de adequação de fundos próprios de base (Tier II) 3,7% 4,4% 12,5% 12,3% Rácio de Solvabilidade 69 Relatório e Contas Intercalares 3.40 Classificação contabilística e justo valor de activos e passivos financeiros Em 30/06/2011 e 31/12/2010 a classificação contabilística e o justo valor dos activos e passivos financeiros apresentam-se como segue: Designado ao Em préstim os e Detidos para justo valor contas a receber negociação Disponíveis Outros passivos Valor ao custo para venda am ortizado contabilistico 30 de Junho 2011 Caix a e Disponibilidades em bancos centrais - - - - 4.110.983.222 4.110.983.222 Disponibilidades sobre instituições de crédito - - - - 251.485.988 251.485.988 - - - - - - - - - 3.339.778.376 3.339.778.376 Crédito a clientes - - - - - - Pelo justo v alor - - - - - - Pelo custo amortizado - 30.519.180.476 - - - 30.519.180.476 Activ os financeiros ao justo v alor atrav és dos resultados Aplicações em instituições de crédito Activ os financeiros disponív eis para v enda - - - - - - Pelo justo v alor - - - 2.904.363.494 - 2.904.363.494 Pelo custo amortizado - - - - - - - - - - - - Pelo justo v alor - - - - - - Pelo custo amortizado - - - - 43.191.710 43.191.710 Activ os não correntes detidos para v enda - 30.519.180.476 - 2.904.363.494 7.745.439.296 41.168.983.266 Recursos de bancos centrais - - - - 286.903.478 286.903.478 Recursos de instituições de crédito - - - - 7.452.336.181 7.452.336.181 Recursos de clientes - - - - Recursos consignados - - - - 151.870.822 151.870.822 Empréstimos subordinados - - - - 529.789.169 605.040.896 Títulos de dív ida - - - - 207.291.667 205.963.542 - - - - Designado ao Em préstim os e Detidos para 33.931.577.360 33.931.577.360 42.559.768.677 42.633.692.278 Disponíveis Outros passivos Valor ao custo justo valor contas a receber negociação para venda Caix a e Disponibilidades em bancos centrais - - - - 4.223.871.279 4.223.871.279 Disponibilidades sobre instituições de crédito - - - - 70.502.223 70.502.223 Activ os financeiros ao justo v alor atrav és dos resultados - - - - - - Aplicações em instituições de crédito - - - - 7.211.889.440 7.211.889.440 31 de Dezem bro 2010 contabilistico am ortizado Crédito a clientes - - - - - - Pelo justo v alor - - - - - - Pelo custo amortizado - 30.133.854.214 - - - 30.133.854.214 Activ os financeiros disponív eis para v enda - - - - - - Pelo justo v alor - - - 2.064.359.766 - 2.064.359.766 Pelo custo amortizado - - - - - - - - - - - - Pelo justo v alor - - - - - - Pelo custo amortizado - - - - 43.191.710 43.191.710 Activ os não correntes detidos para v enda - 30.133.854.214 - 2.064.359.766 11.549.454.651 43.747.668.630 Recursos de bancos centrais - - - - 286.903.478 106.230.122 Recursos de instituições de crédito - - - - 7.452.336.181 5.180.518.913 Recursos de clientes - - - - Recursos consignados - - - - 151.870.822 57.458.849 Empréstimos subordinados - - - - 605.040.895 542.121.087 Títulos de dív ida - - - - 205.963.542 204.973.958 - - - - 33.931.577.360 25.366.699.903 42.633.692.279 31.458.002.832 A Administração assume que o Justo Valor dos instrumentos financeiros se aproxima ao valor pelo qual estão reconhecidos nas demonstrações financeiras. 70