A LUDOTERAPIA COMO ESTRATÉGIA DE INTERVENÇÃO EM GRUPO DE CRIANÇAS Andreia Franchini 1; Lucimara Salton 2; Mariane L. Mattjie 3 INTRODUÇÃO (1);[email protected] (2); [email protected] (3)[email protected] Faculdade IMED Escola de Psicologia A palavra Ludoterapia é derivada da palavra inglesa play-therapy, Segundo Landreth (2002, apud Homem, 2009, p. 1), pode-se definir a podendo ser literalmente traduzida como terapia pelo brincar. Ludoterapia como sendo “…uma relação interpessoal dinâmica entre a Entretanto, este brincar é diferente do brincar que a criança tem criança e um terapeuta treinado em Ludoterapia que providencia a esta um em casa ou com os amigos na escolinha (HOMEM, 1988). conjunto variado de brinquedos e uma relação terapêutica segura de forma Na Psicologia a Ludoterapia é uma técnica com abordagem que possa expressar e explorar plenamente o seu self (sentimentos, infantil, que emprega o uso de desenhos e brincadeiras utilizando pensamentos, experiências, comportamentos) através do seu meio natural os mesmos para fazer a simbolização dos seus conflitos. Sendo de comunicação: o brincar.” este, um meio natural para que a criança consiga expressar seus Na sentimentos. Entretanto, diferentemente dos adultos as crianças encaminhamento, seleção e grupamento. O encaminhamento é etapa para não conseguem fazer a associação livre. O brincar produz formação e divulgação do grupo. Nesse período deve-se ter claro qual será o envolvimento emocional entre a criança e o terapeuta, tornando objetivo terapêutico, qual o tipo de paciente que vai ser tratado. Seleção diz possível a terapia (COLOVINI E BERTOLIN, 2003). respeito aos membros dos grupos, cada paciente ficara no grupo que tiver as A presença de crianças em grupo, quando se dá início a uma características de seu perfil, para que não haja desconforto entre os terapia torna o ambiente mais informal, deixando-as mais à membros. O grupamento designa a junção das peças isoladas (ZIMERMAN vontade, ao contrário do que ocorre quando o encontro é 1997). formação dos grupos é necessário passar por três etapas, realizado somente com o terapeuta, o que pode tornar a relação Bergman (1998, apud Homem, 2009), afirma que o brincar é uma forma de um pouco assustadora, principalmente para crianças pequenas. A linguagem. A maior parte das características desta linguagem pode ser presença de outras crianças pode diminuir a tensão e estimular a constatada logo nos primeiros contatos das crianças com os seus pais ou atividade e a participação, passando a confiar no terapeuta mais com aqueles que cuidam delas. As mães ou as pessoas responsáveis pelos rapidamente do que na terapia individual (GINOTT, 1979, p. 16) cuidados dos bebês ajudam-os a brincar, desde muito pequenos, quando OBJETIVO Os objetivo deste trabalho é descrever a técnica da Ludo Terapia em grupo de crianças como estratégia de intervenção em Psicologia Clínica. METODOLOGIA Revisão bibliográfica. interagem com eles. Através de uma atitude e de uma linguagem segura, esses adultos estabelecem com os bebês laços de confiança que possibilitam o início do brincar. Assim, as crianças se ajudam mutuamente, sendo o espaço da grupoterapia um local que facilita a interação. Os participantes deste processo sentem-se seguros e ganham coragem de fazer o que não fariam em uma terapia individual. (GINOTT, 1979). REFERÊNCIAS A LUDO TERAPIA NA CLÍNICA COM CRIANÇAS ZIMERMAN, E. DAVID. Grupoterapia Psicanalitica. Como Trabalhamos com grupos (p.127-142). Porto Alegre; Artes Médicas, 1997. Pode-se caracterizar o grupo como sendo uma estrutura de relações e vínculos, que conduz em cada circunstância suas necessidades individuais ou interesses coletivos (BARÓ). Um grupo constitui um canal de necessidades e interesses em uma situação e circunstância específica, afirmando com isso o caráter concreto, histórico de cada grupo (MARTINS 2003). GINOTT, G. HAIM. A Teoria e a Prática da Ludoterapia. Psicoterapia de Grupo com MARTINS, Crianças Ferreira (p.13-25). Terezinha Belo Suel; Horizonte; COLOVINI, Intervalos, Eriksson 1979. Cristian e BERTOLIN, Stein Rosemari. Ludoterapia centrada na criança. Processo grupal e a questão do poder em Martin-Baró. 2003.