INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU SUBSTITUIÇÃO DE AMÁLGAMA POR RESINA COMPOSTA: RELATO CASO CLÍNICO ARSEGO, Thomas¹ [email protected] PENNA, Adriano Paulo¹ [email protected] WEINHEIMER, Jonny¹ [email protected] PRODOCIMO, Joice¹ [email protected] BORGHETTI, Vanessa I.2 [email protected] NOGUEIRA, Audrea D.2 [email protected] PRESSI, Heloísa2 [email protected] LAGHI, Luiz V.2 [email protected] SASS, Alex L.2 [email protected] SOLIGO, Larissa T.2 [email protected] MELLO, Márcia R.2 [email protected] ¹ Discentes do Curso Odontologia, Nível VI 2016/2- Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS. ² Docentes do Curso Odontologia, Nível VI 2016/2 - Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS. RESUMO: A Odontologia tem avançado desde sempre na busca de materiais que facilitem o procedimento clínico e melhorem os resultados dos tratamentos. Sendo que nos dias de hoje as pessoas estão cada vez mais cuidadosas com sua beleza, portanto tratamentos reabilitadores devem ser funcionais e estéticos para que tenham lugar em um mercado que valoriza além da saúde a aparência. A odontologia vem oferecendo tratamentos que atendam as necessidades estéticas dos pacientes. Este trabalho tem por objetivo relatar um caso clínico de troca de duas restaurações de amálgama por resina composta Z350 fotopolimerizável, visando melhor adaptação e estética das restaurações. Ainda é muito comum encontrar dentes resturados com amálgama, e devido ao mercúrio presente neste material é necessário tomar alguns cuidados para que se evite contaminação pessoal, do paciente e do meio ambiente. Palavras-chave: Amálgama, Mercúrio, Restauração. ABSTRACT: Dentistry has advanced always in search of materials that facilitate the clinical procedure and improve treatment outcomes. Since these days people are increasingly careful with their beauty, dentistry is providing treatments that meet the aesthetic needs of patients. The study aimed to report a case of exchange of two amalgam fillings by composite resin light-cured, to better adapt and aesthetic restorations. It is still very common to find resturados teeth with amalgam, and due to the mercury present in this material is necessary to take some precautions in order to avoid personal contamination, the patient and the environment. Keywords: Amalgam, Mercury, Restoration. __________________________________________________________________________________________ Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 1 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU 1 INTRODUÇÃO A Odontologia avançou na busca de materiais melhores para alcançar bons resultados clínicos (BORDIN et al., 2007). O amálgama dental, utilizado na odontologia a mais de 160 anos e a facilidade do uso, o baixo custo e a durabilidade são algumas das características deste material, porém a liberação de mercúrio têm trazido controvérsias quando se fala de toxidade e efeitos colaterais (DO VALLE, 2001). Diversas entidades, cientistas, docentes, dentistas e outros, tem trabalhado incansavelmente para que o uso do amálgma dentário seja proibido (MONDELLI,2014). O mercúrio é um metal encontrado naturalmente na natureza que se apresenta de diversas formas, sendo a mais prejudicial à metálica ou elementar considerada a mais danosa à saúde dos trabalhadores, pois apresenta uma grande capacidade de volatilização a partir de 12ºC, liberando um vapor inodoro e incolor que é inalado sem que a pessoa perceba. A odontologia é considerada dentre as profissões que são acometidas pela contaminação com esses vapores em função da utilização em restaurações (JESUS et al., 2010). Esse risco que a equipe de saúde bucal está exposta é diário, e a contaminação pode ocorrer pela manipulação do material, por gotas do metal acidentalmente derramadas, de vazamentos em amalgmadores, do sistema de sucção falho na remoção de restaurações antigas, ou ainda armazenamento inadequado nos consultórios (CLARO et al., 2003). O amálgama ainda é bastante utilizado ao redor do mundo, devido a algumas características positivas do material, sendo elas: fácil manipulação e emprego, único material “auto selante” devido ao depósito de produto resultante da corrosão na interface dente/restauração o que ao longo do tempo leva a um melhor vedamento marginal. Têm sua utilização comprovada a mais de um século e uma média de utilização em boca de mais de 20 anos de durabilidade de uma restauração. Pelo amálgama possuir mercúrio na sua composição ele sempre levantou uma série de questionamentos seja sobre a sua toxicidade ou o risco de contaminação ambiental. Em questão a toxicidade é indiscutível que o mercúrio é um material tóxico, porém não foi evidenciado danos a saúde de profissionais, equipe auxiliar ou pacientes quando o material foi manipulado corretamente (FIALHO et al., 2000). Este trabalho tem por objetivo relatar um caso clínico de substituição de duas restaurações de amalgama que possuem infiltração mariginal e não cumprem o requisito __________________________________________________________________________________________ Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 2 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU estético almejado pelo paciente, por resina composta fotopolimerizável, juntamente com uma revisão bibliográfica. 2 MATERIAIS E MÉTODOS Na Odontologia o amálgma de prata é um material que foi e ainda é amplamente utilizado devido algumas de suas propriedades físicas e mecânicas, por ser de fácil manuseio e baixo custo. A presença de mercúcrio é um dos aspectos negativos neste material, sendo que o mercúrio é toxico para os seres vivos, e um dos principais meios de contaminação é a exposição ocupacional. O mercúrio presente no amálgma de prata está na forma inorgânica (ou metálica), nesta forma ele não é bem absorvido pelo intestino e permanece nesta forma até que seja eliminado pela urina. O mercúrio elementar resulta da inalação de vapores, geralmente por acidentes de trabalho, e a principal via de absorção é o trato respiratório. Os cirurgiões-dentistas devem observar os riscos que o mercúrio oferece à sua própria saúde de sua equipe e de seus pacientes. Pois com a adoção de medidas simples de higiene é possível reduzir a contaminação do ambiente de trabalho odontológico e da possível contaminação dos diversos ecossistemas, quando são descartados na rede de esgotos e no lixo sólido. O mercúrio possui efeito cumulativo, o que é causa de perturbação crônica e progressiva das funções metabólicas e celulares dos indivíduos que a ele estão expostos (JESUS et al., 2010). O mercúrio presente nas restaurações de amálgama tem capacidade de penetrar na estrutura dental, enquanto ocorre à mastigação há uma pequena liberação de mercúrio, o que gira em torno de dois microgramas por dia, sendo assim, um paciente com doze restaurações necessitaria de dez mil anos para liberar todo o mercúrio. A liberação ocorre devido à abrasão com a escova dental e o bolo alimentar. Muitos trabalhos mostram que não há evidencia que estes valores sejam capazes de serem contaminantes, já que são inferiores inclusive aos presentes em alguns alimentos (DO VALLE, 2001). Os profissionais da Odontologia estão expostos ao mercúrio pela inalação de vapores dispersos no ar, decorrentes de higiene e ventilação inadequadas, falhas na refrigeração durante a remoção de restaurações de amálgma, e o derramamento acidental de gotas de mercúrio nos consultórios (JESUS et al., 2010). Um estudo sobre o mercúrio feito pela Protection of the Marine Environment of the North-East Atlantic Comission (OSPAR) relatou que, anualmente, são despejadas em esgotos, __________________________________________________________________________________________ Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 3 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU ar ou solo cerca de sete mil toneladas desse metal como composto do amálgama odontológico. Segundo esse mesmo relatório, o mercúrio contido no amálgama dentário, juntamente com outros tipos de resíduos de saúde, são responsáveis por cerca de 53% das emissões mundiais desse metal (JESUS et al., 2010). Recomenda-se que, o amálgama removido da cavidade oral deve ser armazenado em recipientes bem tampados contendo, solução de fixação de radiografias ou glicerina para conter os vapores de mercúrio provenientes destes resíduos, posteriormente encaminhados para a reciclagem. O liquido fixador de radiografias deve ser usado porque contém enxofre, que combina com o mercúrio, e forma, portanto um sal bastante estável, evitando assim a evaporação. A água não deve ser utilizada, pois o mercúrio irá evaporar junto com ela (DO VALLE, 2001). A longevidade de uma restauração depende de diversos critérios dentre eles aspectos mecânicos, funcionais biológicos e estéticos. Ter um critério claro e objetivo quanto ao diagnóstico das possíveis falhas de restaurações é de suma importância, já que a longevidade de uma restauração é um fator decisivo para a sobrevida de um elemento dental. Estudos apontam que 61% das restaurações de amálgama são substituídas em função de defeitos marginais. A literatura nos mostra que tem aumentado o numéro de restaurações e principalmente de substituições de restaurações, pois a filosofia de substituir ou restaurar um dente é adotada por cada profissional, e o simples fato de restaurar um dente não devolve saúde, pois devolver saúde implica na mudança de hábitos do paciente e também do cirurgião dentista. Em cada vez que uma restauração é substituída se perde parte de elemento dental sadio o que cada vez mais vai enfraquecendo o dente (DALFOVO, 2007). Comparado com materiais alternativos o amálgama dental é considerado de fácil colocação e o tempo operatório é pequeno. As resinas compostas, que são o principal material de substituição do amálgama apresentam várias vantagens como: a menor remoção de tecido sadio, a biocompatibilidade e a estética. Mas também apresentam diversas desvantagens como: custo mais elevado em comparação com o amálgama, a técnica operatória mais complicada, apresentam contração de polimerização, infiltração marginal dentre outras. Para uma restauração de amálgama mais durável é interessante o isolamento do campo operatório, mas mesmo um ambiente contaminado ainda permite uma restauração aceitável, e neste aspecto que difere dos outros materiais que não podem ser utilizados na presença de saliva, sangue e fluído gengival (DO VALLE, 2001). __________________________________________________________________________________________ Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 4 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU O amálgama dentário cada vez é memos usado em função de razões estéticas, e a exposição ao mercúrio deve-se da liberação de partículas devido à corrosão, fragmentação e a mastigação, este mercúrio pode então ser inalado ou deglutido, mas não há nada que evidencie efeitos adversos à saúde, devido o amálgama. O problema da contaminação por amálgama está relacionado aos profissionais que trabalham com o material, mas os cuidados com a manipulação e a gestão de resíduos, elimina os riscos de contaminação do profissional, equipe e ambiente. Estudos realizados não apenas levando em conta a estética deste material, mas a sua funcionabilidade, demonstraram que o amálgama salvou mais dentes, mas tem sido mais investigado que os outros materiais (BORDIN et al., 2007). A grande preocupação do mercúrio do amálgama odontológico está principalmente nos amálgamas que se tira dos pacientes do que os que se coloca. O descarte do amálgama para a rede de esgotos, por clínicas odontológicas, hospitais e laboratórios é o que mais preocupa em relação ao mercúrio, mesmo havendo uma tecnologia de descarte disponível. Se fosse feito o descarte correto do amalgama, 90% dele seria retido de ir para as redes de esgoto, pois existem sistemas de sedimentação e separação de amálgama, porém não existem dados de quantos profissionais da odontologia possuem separadores ou reciclam o amálgama em seus consultórios (CONSOLARO et al., 2013). Desde a década de 70, com o inicio da utilização das resinas compostas, diversos tipos de resinas e sistemas adesivos foram lançados no mercado. E devido a modificações que estes produtos vieram tendo eles vem mostrando efetividade tanto para dentes anteriores como posteriores, mas apesar destes avanços problemas como desgaste, contração de polimerização e infiltração marginal ainda permanecem. A forma encontrada para diminuir o principal problema que é a contração de polimerização, é fazendo uma fotoativação modulada, ou seja, iniciar a polimerização com menor intensidade de luz aumentando gradualmente, terminando com uma maior intensidade de luz (SANTOS et al., 2002). O grande problema das restaurações era a sua adesividade a estrutura dental, que por sua vez, se fosse encontrada uma solução para tal problema, seriam obtidas muitas vantagens, como: diminuição da necessidade de retenção e resistência evitando grandes desgastes e um efetivo selamento diminuindo a infiltração marginal. Com a utilização do sistema adesivo odontológico a área de condicionamento aumentou os valores de forças de adesão classificando a retenção como um fenômeno físico, dispesando retenções utilizadas em preparos para amálgama (FEITAS et al., 2007) __________________________________________________________________________________________ Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 5 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU Com o avanço dos materiais odontológicos e das técnicas restauradoras nos dias atuais a odontologia busca procedimentos clínicos capazes de reestabelecer um sorriso harmônico e belo, que se adapte ao perfil psicológico, social e ao estilo de vida dos pacientes, sendo assim hoje os pacientes procuram a solução de problemas estéticos relacionados à cor, formato, textura e proporção dos dentes, tudo isto em reflexo da possibilidade de tratamentos cosméticos (FIGUEIREDO et al., 2008). Caso Clínico Paciente V.M., sexo masculino, 65 anos, procurou a clínica odontológica da faculdade Ideau para: tratamento odontológico. Apresentou boas condições de saúde na anamnese. Clinicamente, evidenciou-se grande quantidade de dentes restaurados com amálgama (figura 1). Na radiografia panorâmica (figura 2), pode-se observar que as restaurações dos dentes 44 e 45 eram extensas, o que ficou melhor evidenciado na radiografia periapical (figura 3). Devido há desaptação marginal, a substituição das restaurações de amálgama por restaurações de resina composta foram planejadas. Na primeira sessão com o campo operatório isolado, com isolamento absoluto, procedeu-se a remoção do amálgma do elemento 45, com alta rotação e irrigação abundante (figura 4), em seguida a limpeza da cavidade foi realizada e uma camada de material forrador a base de hidróxido de cálcio foi depositada na parede pulpar (figura 5, 6 e 7). Finalmente realizou-se a restauração com resina composta na técnica incremental obtendo o resultado que se apresenta na figura 8. Na segunda sessão com o campo operatório isolado, com isolamento absoluto, procedeu-se a remoção do amálgama do elemento 44, com alta rotação e irrigação abundante, após a remoção do material restaurador e estrutura comprometida foi realizado a limpeza da cavidade e depositada uma camada de material forrador a base de hidróxido de cálcio (figura 9 e 10), e feita à restauração com resina composta na técnica incremental obtendo o resultado que se apresenta na figura 11. __________________________________________________________________________________________ Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 6 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU Figura 1- Arcada inferior. Fonte: autoria própria Figura 2 – Radiografia Panorâmica Fonte: autoria própria __________________________________________________________________________________________ Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 7 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU Figura 3 – Radiografia Periapical Fonte: autoria própria Figura 4 – Remoção de Amálgama Fonte: autoria própria __________________________________________________________________________________________ Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 8 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU Figura 5 – Cavidade elemento 45 Fonte: autoria própria Figura 6 – Cavidade com forramento de hidróxido de cálcio Fonte: autoria própria __________________________________________________________________________________________ Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 9 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU Figura 7 – Material forrador Fonte: autoria própria Figura 8 – Restauração elemento 45 Fonte: autoria própria __________________________________________________________________________________________ Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 10 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU Figura 9 – Cavidade elemento 44 Fonte: autoria própria Figura 10 – Forramento com Hidróxido de cálcio Fonte: autoria própria __________________________________________________________________________________________ Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 11 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU Figura 11 – Restaurações finalizadas Fonte: autoria própria 3 RESULTADOS As restaurações realizadas devolveram a forma, a função, a saúde e o componente estético aos elementos restaurados. Não houve sensibilidade pós-operatória do paciente com relação aos procedimentos realizados. Nas figuras 12 e 13 é possível observar o antes do tratamento e o depois. Figura 12 – Arcada inferior antes do procedimento restaurador do 44 e 45 Fonte: autoria própria __________________________________________________________________________________________ Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 12 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU Figura 13 – Arcada inferior após procedimento restaurador do 44 e 45 Fonte: autoria própria 4 CONCLUSÃO Conclui-se que o presente trabalho evidencia o avanço tecnológico da odontologia em relação aos materiais utilizados, e que é possível aliar resultados funcionais com estética e resistência. O avanço tecnológico é constante, o que força o profissional a buscar atualizações e novidades no mercado, sempre embasado na ciência e no conhecimento. Indiscutível que esteticamente comprovou-se no presente relato, que as resinas compostas fotopolimerizáveis devolvem ao dente uma estética muito próxima da natural, diferente do que o amálgama de prata propicia, sendo ele um metal de cor escurecida. Porém diante dos dados da pesquisa observa-se as várias características positivas do amálgama, como por exemplo: a possibilidade de ser empregado em campo úmido sem comprometimento do trabalho. Dando a possibilidade de fazer um tratamento restaurador em pacientes não tão cooperativos ou nos quais seja impossível realizar um bom isolamento para obter um campo seco. O “auto selamento” também é um ponto observável já que devido as forças da mastigação e/ou oclusão, fazem com que o amálgama, pela deposição de óxido devido a corrosão, ao longo do tempo faça o próprio selamento marginal. Com base na revisão bibliográfica pode-se concluir que o mercúrio, presente no amálgama, é um metal danoso à saúde humana e ao meio ambiente. Na odontologia devese ter o cuidado de manter amalgamadores em bom estado. O ambiente onde se utiliza deve ser adequado e ventilado. No paciente ao remover amálgama utilizar sempre isolamento absoluto do campo operatório, protegendo assim a mucosa, e fazê-lo com abundante __________________________________________________________________________________________ Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 13 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU refrigeração evitando o aquecimento e a volatilização. Utilizar coletores de resíduos nos aparelhos de sucção evita que o amálgama vá para a rede de esgoto. Desde que tenhamos as seguintes precauções: ter amalgamadores em bom funcionamento, sala de procedimentos bem arejada quando do uso do amálgama, isolamento absoluto do campo operatório (se possível) para evitar possíveis vazamentos para a mucosa, instrumentos para remoção de amálgama com abundante refrigeração evitando assim o aquecimento e volatilização do mercúrio, coletores de amálgama nos aparelhos de sucção para evitar que o amálgama caia na rede de esgoto, separação e reciclagem do amalgama removido em consultório, o trabalho realizado com o amálgama será considerado seguro. __________________________________________________________________________________________ Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 14 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU REFERÊNCIAS DO VALLE, Viviane Maria Francio, Amálgama dental: Presente e futuro, 2001, 43f, (Momografia – Pós Graduação em Dentística Restauradora), UFSC, Florianópolis, 2001. 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