Título do Trabalho: “AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE MERCÚRIO SISTÊMICO EM PACIENTES APÓS SUBSTITUIÇÃO DE RESTAURAÇÕES DE AMÁLGAMA”. Ciências Biológicas / Ciências Médica e da Saúde. Henrique Vieira Constantino, bolsita do art. 170. Professor Dr. Marcelo Tomás de Oliveira, coordenador do Grupo de Pesquisa em Bioatividade Odontológia (NUPEBIO). Curso de Odontologia, campus de Tubarão. O mercúrio é um metal pesado, bioacumulativo, prejudicial para a saúde humana. De acordo com os pacientes (n=20), obtivemos os seguintes resultados AMOSTRA PACIENTES S/ ISOLAMENTO - INICIAL - FINAL (mcg/g de creatinina) I) 0,49 0,70 II) 2,22 3,10 III) N-D 0,90 IV) 0,2 3,05 V) 0,90 0,90 VI) N-D 2,50 VII) 1,10 2,30 VIII) 2,50 0,21 IX) N-D 0,25 X) N-D N-D Existe uma preocupação na utilização do amálgama, devido a exposição ao mercúrio. Em 1895 o Dr. G. V. Black demonstrou as propriedades qualitativas e quantitativas de tal mistura, e provou ser o amálgama um material restaurador efetivo, isto serviu de base para a predominação da fabricação do mesmo na odontologia (CRUZ, 1995). AMOSTRA PACIENTES C/ ISOLAMENTO - INICIAL - FINAL (mcg/g de creatinina) I) 0,56 0,62 II) 1,80 2,48 III) 0,66 0,70 IV) 0,03 0,26 V) 7,51 7,94 VI) 0,57 0,91 VII) N-D N-D VIII) 0,39 0,45 IX) 1,93 3,36 X) 0,44 1,39 Contribuir para o desenvolvimento da biossegurança pela avaliação dos níveis de mercúrio decorrente da exposição ocupacional encontrados em amostras de pacientes, do município de Tubarão (SC) De acordo com os resultado obtidos, todos os pacientes apresentaram um aumento considerável no nível de mercúrio sistêmico, tanto nos que foram utilizado isolamento absoluto, quanto nos que não foram, em relação do exame inicial ao exame final. Contudo, o aumento encontrado não é suficiente para causar malefícios a saúde, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Limite de Tolerância Bióloga (LTB ≤ 5mcg ⁄g de creatinina). 1. BURTIS, C.A., ASHWOOD, E.R. Tietz: fundamentos de química clínica. 1996. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S. A. 2. BROWNAWELL, A.M et al. The potential adverse health effects of dental amalgam. Toxicol rev, v. 24, n. 1, 2005. 3. COSTA, S.L.. Determinação da concentração de mercúrio no leite humano e sua correlação com restaurações de amálgama de prata. 2003. Dissertação de Mestrado, UNB, Brasília. A amostra total será composta de vinte indivíduos, sendo dez utilizando isolamento absoluto e os outros dez sem utilizar o isolamento absoluto durante a remoção do amálgama. As amostras de urina serão coletadas em frascos de polietileno, depois 4. COUTO, R.C.S, CÂMARA, V.M, SABROZA, P.C. Intoxicação mercurial: resultados preliminares em duas áreas garimpeiras – PA. Cad Saúde Pública, v. 4, n. 3, p. 301-315, 1988. 5. CRUZ, T.M.E. Determinação de mercúrio em urina e cabelo de dentistas e outros trabalhadores da área medica do Distrito Federal. 1995. Dissertação de mestrado, UNB, Brasília. misturada a um agente oxidante forte – ácido clorídrico a 10% - para transformar todas as 6. EKSTRAND, J., BJORKMAN, L., EDLUND, S-EG. Toxicological aspecton the release and systemic uptake of mercury from dental amalgam. Eur J O ral Sci., v. 106, p. 678–686, 1998. formas de mercúrio de Hg2+, e, em seguida, a um agente redutor forte – boro hidreto de 7. FARIAS, M.A.M. Mercuralismo metálico crônico ocupacional. Rev Saúde Pública, v. 37, n. 1, p. 116-127, 2003. sódio a 0,2% - para reduzir o Hg2+ a Hg0. Será borbulhado então nitrogênio, através da 8. FUENTES, I.M., GIL, R.R. Mercúrio y salud em la odontologia. Rev Saúde Pública, v. 37, n. 2, p. 266-272, 2003. amostra, para liberar Hg0 para a fase de vapor. O método laboratorial realizado será a espectrofotometria de absorção atômica a vapor frio (CV-AAS). Utilizar-se-á como parâmetro os valores propostos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), valores esses que determinam o Limite de Tolerância Bióloga (LTB ≤ 5mcg ⁄g de creatinina). 9. GLINA, D.M.R, STATUT, B.T.G, ANDRADE, E.M.O. A exposição ocupacional ao mercúrio no módulo odontológico de uma unidade básica de saúde localizada na cidade de São Paulo. Cad de Saúde Pública, v. 13, n. 2, p. 1-17, 1997. 10. 2004. KAO, R.T. Human exposure to mercury is from three major soucers: dental amalgams, fish consumption, and vaccines. C.D.A. Journal, v. 32, n. 7, p. 575-579, 11. KAO, R.T. Understanding the mercury reduction issue: the impact of mercury on the environment and human health. Journal Calif Dent Assoc, v. 32, n. 7, p. 574-579, 2004. 12. KINGMAN, A., ALBERTINI, T., BROWN, L.J. Mercury concentrations in urine and whole blood associated with amalgan exposure in a US military population. J Dent Res, v. 77, n. 2, p. 461-471, 1998. 13. NOORT, R.V. Entrevista: o amálgama dental. Rev Clínica, v. 2, n. 3, p. 216, 2006. 14. SPENCER, J.A. Dental amalgam and mercury in dentistry. Australian Dental Journal, v. 45, n. 4, p. 224-234, 2000. 15. WHO: Inorganic mercury. WHO, Geneva, Environmental Health Criteria, Nr. 118, 1991. Apoio Financeiro: Unisul