Especialização em Gestão Pública Municipal Programa Nacional de Formação em Administração Pública JULIANA PEREIRA VIEIRA O USO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO NA GESTÃO DA POLÍTICA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL Maringá 2011 Especialização em Gestão Pública Municipal Programa Nacional de Formação em Administração Pública JULIANA PEREIRA VIEIRA O USO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO NA GESTÃO DA POLÍTICA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL Trabalho de Conclusão de Curso do Programa Nacional de Formação em Administração pública, apresentado como requisito parcial para obtenção do título de especialista em Gestão pública Municipal, do Departamento de administração da Universidade Estadual de Maringá. Orientador: Prof. Edmilson Aparecido da Silva Maringá 2011 Especialização em Gestão Pública Municipal Programa Nacional de Formação em Administração Pública JULIANA PEREIRA VIEIRA O USO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO NA GESTÃO DA POLÍTICA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL Trabalho de Conclusão de Curso do Programa Nacional de Formação em Administração pública, apresentado como requisito parcial para obtenção do título de especialista em Gestão Pública Municipal, do Departamento de administração da Universidade Estadual de Maringá, sob apreciação da seguinte banca examinadora. Aprovado em ___/___/2011 ________________________________________________ Professor: Edmilson Aparecido da Silva (orientador) _________________________________________________ Professor _________________________________________________ Professor Maringá 2011 RESUMO A pesquisa visa estudar a incorporação das Tecnologias de Informação na contemporaneidade e seu rebatimento no Serviço Social, bem como as exigências ao profissional assistente social vindo a ser desafiado a reavaliar e aprimorar a sua contribuição político-profissional. Nesse sentido, demonstra-se a importância do uso das tecnologias de informação no âmbito da gestão da Política da Assistência Social e como estratégias no cotidiano e de sua intervenção profissional e a incorporação destas ferramentas tecnológicas na elaboração de documentação referente à área de atuação e a implementação do SUAS para uma efetiva execução e o aperfeiçoamento dos serviços prestados. Para tanto, faz necessário mencionar a construção do sistema de informação que qualifica a informação podendo ser um componente para a produção de conhecimento que vem modificar o estoque dos saberes, conseqüentemente ao alcance da política e o uso desta ferramenta tecnológica como esteio para a gestão informatizada da política da Assistência Social. Palavras-chave: Serviço Social, Tecnologia de Informação, Gestão da Política de Assistência Social. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS TIC’S- Tecnologias de Informação e Comunicação TI’S- Tecnologia De Informação SUAS- Sistema Único de Assistência Social LOAS- Lei Orgânica da Assistência Social NOB- Norma Operacional Básica NOB/AS- Norma Operacional Básica da Assistência Social NOB/SUAS- Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social PNAS- Política Nacional de Assistência Social MDS- Ministério de Desenvolvimento Social e Combate a Fome SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................6 2 CONFIGURAÇÕES DAS POLÍTICAS SOCIAIS E A AFIRMAÇÃO DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL ..................................................................................8 3 A UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO PELOS ASSISTENTES SOCIAIS NA GESTÃO DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL ....................12 3.1 Benefícios e Dificuldades de Apropriação das Ferramentas Tecnológicas no Cotidiano Profissional ..........................................................................................17 3.2 Utilização e Finalidade da Rede SUAS no Trabalho Profissional .......................19 CONCLUSÃO ...........................................................................................................21 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS..........................................................................22 6 1 INTRODUÇÃO Este estudo teve como motivação inicial, as indagações em relação às inovações tecnológicas que levou ao trabalhador a compor as exigências do mercado o que evidencia a necessidade da inserção das tecnologias de informação (TI’s) e gestão no âmbito do serviço social para superar amplamente o pressuposto técnico evidenciando uma abrangência maior na utilidade e no tratamento da informação, com ênfase na pratica profissional envolvidos assim, na gestão dos serviços sociais. O presente estudo sobre a gestão e as tecnologias de informação utilizadas pelos assistentes sociais é relevante para despertar os profissionais de serviço social para este debate recente e imprescindível em face às transformações societárias em que a tecnologia vem revolucionar a humanidade e possibilitar ao profissional servir-se das novas tecnologias e de seus ilimitados recursos. O tema propicia uma reflexão e desafio aos profissionais de repensar as estratégias como nova postura critica frente ao social e a necessidade de problematizar e decifrar as questões relacionadas ao tema a fim de construir um aporte teórico e ocupar um papel estratégico para o fortalecimento da pratica. Nas últimas décadas do século XX vivenciamos grandes mudanças, tanto no campo socioeconômico e político, como na cultura, na ciência e na tecnologia ganhando intensidade com a propagação da Internet, - comunicação em rede através do computador. A era da informação em pouco tempo revolucionou os padrões de trabalho e emprego e em decorrência disso, uma boa preparação e domínio das novas tecnologias é o maior requisito para a inclusão no mercado de trabalho. O trabalhador deve estar constantemente atualizado devido à rapidez com que aparecem novas tecnologias. Nessa direção, o serviço social no seu campo de trabalho há que ter uma atuação profissional compromissada com a qualidade dos serviços prestados aos usuários. Como decorrência das transformações contemporâneas, as tecnologias tornam-se relevantes, porém a nova sociedade capitalista e também informacional, neste momento situa-se na esfera da produção de conhecimento e informação. Os assistentes sociais integram este contexto, de uma sociedade informacional em que se torna imperativo a adequação as exigências da informação. As tecnologias de 7 informação surgem como uma ferramenta para auxiliar os processos de trabalho do assistente social ocupando um papel estratégico para fortalecer a pratica, com potencial inovador e de seu uso resultar na melhoria dos serviços prestados. Ou seja, com a rapidez que os materiais e técnicas se modificam atinge também os profissionais do Serviço Social, uma vez que evidencia a necessidade da inserção das tecnologias na profissão e de re-pensar as estratégias com uma nova postura crítica frente ao social e uma sólida formação teórica. Nessa perspectiva, devido às exigências da atualidade, o profissional tem que ser multifuncional, dotado de múltiplas habilidades, capacitado na esfera da execução, e ainda na da formulação e gestão de políticas sociais públicas e empresariais, bem como, um profissional com sólida formação ética, com capacidade crítico-reflexiva para conhecer a realidade na qual atua e com intencionalidade e criatividade para encontrar alternativas de renovação de sua prática rompendo com tarefas repetitivas. As ferramentas tecnológicas são exclusivamente consideradas como uma mediação indispensável e estratégica das políticas governamentais e de organização apontando para a agilização dos processos de acompanhamento e monitoramento das ações. Pode-se observar para que a gestão pública tenha um bom funcionamento, ela utiliza-se das ferramentas tecnológicas existentes atualmente, e profissionais envolvidos neste trabalho devem aprimorar-se para dar respostas aos usuários destas políticas. O termo Tecnologias de Informação (TI´s) expressa o conjunto de tecnologias disponíveis e utilizadas hoje em quase todo processo de trabalho, o que abrangi a gestão e prestação de serviços sociais. A fim de esclarecer essa discussão e de acordo com Castells (2000, p.49) consideramos que “Tecnologias de Informação é o uso de conhecimentos científicos para especificar as vias de fazerem as coisas de maneira reproduzível. Entre essas tecnologias estão em microeletrônica, computação, (hardware, e software), telecomunicação e optoeletrônica”. No que se refere ao sistema de informação ele pode ser entendido como o conjunto de recursos informacionais constituído pelos computadores, programas de computadores, redes temáticas, sistemas, multimídias e tecnologias envolvidas no armazenamento e distribuição de informações no formato eletrônico. 8 As tecnologias de informação, no processo de trabalho do Serviço Social estão ligadas às condições históricas e sociais, e nesse sentido as tecnologias devem ser vistas como parte das forças produtivas sociais e como elemento dinâmico no desenvolvimento dos diversos modos de produção, o profissional se apropria dessa ferramenta para intervir na realidade, buscando uma intencionalidade em suas ações. As tecnologias de informação surgem como uma ferramenta para auxiliar os processos de trabalho do Assistente Social ocupando um papel estratégico para o fortalecimento da prática, com potencial inovador e fazendo seu uso resultar na melhoria dos serviços prestados. Estas não podem ser entendidas como instrumentos de neutralidade, pois há uma intencionalidade na sua aplicação que vem de uma análise crítica de sua utilização e do reconhecimento delas como instrumento indispensável nos dias de hoje. Pode-se constatar o quanto é necessária a incorporação pelos assistentes sociais, dessa nova ferramenta de trabalho de modo a redirecioná-los abrindo novos caminhos para a ação na área social, que deve estar voltada não apenas para o gerenciamento de ações, mas para a possibilidade de sustentar novos modos de criação de redes sociais, políticas e formas inovadoras de participação democrática. 2 CONFIGURAÇÕES DAS POLÍTICAS SOCIAIS E A AFIRMAÇÃO DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL As políticas sociais são formas e mecanismo de relação e articulação de processos político-econômicos. É por isso que se afirma que as políticas sociais constituem mecanismos de reprodução da força de trabalho. Estas relações sociais de exploração são o fundamento da sociedade capitalista. Pela via da Política Social e de seus benefícios o Estado busca, portanto, manter a estabilidade, diminuindo desigualdades e garantindo direitos sociais, embora o país não alcance a institucionalidade de um Estado de Bem Estar Social. Nesta perspectiva a Política Social será abordada como modalidade de intervenção do Estado no âmbito do atendimento das necessidades sociais básicas dos cidadãos, respondendo a interesses diversos, ou seja, a Política Social expressa relações, conflitos e contradições que resultam da desigualdade estrutural do capitalismo. 9 Pensar as políticas sociais de um modo geral e, de modo particular, a política de assistência social na realidade brasileira, supõe pensá-las no contexto das contradições da sociedade capitalista, que reside na produção coletiva de riqueza e sua apropriação privada. Conforme Vieira (1992, p. 22), “a política social é uma maneira de expressar as relações sociais cujas raízes se localizam no mundo da produção.” Enquanto ação do Estado a Assistência Social configurou-se, até os anos 80, como uma ação paliativa, pontual, fragmentada e secundária. Se quer merecia o estatuto de política social. Era um campo de ação marcado por ações pobres, precárias, para a parcela da população a quem a sociedade capitalista negava os direitos mais elementares à sobrevivência. A Assistência Social inserida na Seguridade Social aponta para um caráter de política de Proteção Social articulada a outras políticas do campo social voltadas à garantia de direitos e condições dignas de vida. Para que a Assistência Social fosse reconhecida como política pública no campo dos direitos sociais, fez-se necessário romper com a concepção do direito como favor ou ajuda emergencial, prestado sem regularidade e através de um processo de centralismo decisório, e ainda romper com a lógica de que a Assistência Social se mantinha com os recursos residuais do investimento público. A partir da Constituição de 1988 e da criação em 1993 da Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS, a assistência tornou-se uma política de responsabilidade do Estado, direito do cidadão e, portanto, uma política estratégica no combate à pobreza e para a constituição da cidadania das classes subalternas. A Constituição Federal de 1988 é o marco legal para a compreensão das transformações e redefinições do perfil histórico da assistência social no País, que a qualifica como política de seguridade social, segundo o artigo 194 da Constituição Federal, “A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade destinado a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social”. A Constituição Federal de 1988 dedica, no capítulo da seguridade social, uma seção específica para a Assistência Social, prevendo, inicialmente, em seu artigo 203, os destinatários deste segmento da ordem social. 10 Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; II - o amparo às crianças e adolescentes carentes; III - a promoção da integração ao mercado de trabalho; IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei. Já o artigo seguinte – 204, não somente indica a fonte primária dos recursos que custearão tais ações, mas, sobretudo as diretrizes a serem adotadas na política de assistência social. No que diz respeito às ações a serem desenvolvidas neste setor, dois princípios contidos, no artigo 204 da Constituição, são inovadores e de indiscutível importância para o seu completo êxito, ou seja, o que se refere à descentralização político-administrativa e o relativo à participação da sociedade brasileira na discussão dos temas afetos ao setor. Em 1993 com a regulamentação da LOAS, como Garantia de Direitos Sociais, inaugura uma nova era para a assistência social brasileira enquanto Política Pública. Ela propõe romper com uma longa tradição cultural e política. Considerando os níveis de desigualdade que o Brasil vem acumulando nessas últimas décadas, a LOAS foca suas diretrizes no atendimento aos cidadãos em situação de vulnerabilidade e pobreza. Sabe-se que problemas provenientes dessa exclusão social jamais poderão ser enfrentados por meio de um assistencialismo meramente complementar e emergencial. No Artigo 1º da LOAS a assistência é assim definida: A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade para garantir o atendimento às necessidades básicas. Alguns elementos parecem centrais no texto da LOAS: a afirmação da assistência social como política de seguridade social, a noção de mínimos sociais, a gratuidade dos serviços e benefícios. Conforme Aldaíza Sposati: 11 A noção de mínimos sociais não é antagônica ao suposto neoliberal da seletividade e focalismo. Mas é sem dúvida alguma ao princípio liberal que entende o enfrentamento dos riscos (sociais e econômicos) como de responsabilidade individual e não social (...). Propor mínimos sociais é estabelecer o patamar de cobertura de riscos e de garantias que uma sociedade quer garantir a todos os seus cidadãos. Trata-se de definir o padrão societário de civilidade. Neste sentido ele é universal e incompatível com a seletividade ou focalismo (SPOSATI, 1997, p. 10). Para a autora, “estabelecer mínimos sociais é mais que um ato jurídico ou um ato formal, pois exige a constituição de outro estatuto de responsabilidade pública e social”. A assistência social e a proposição de mínimos sociais não se colocam numa concepção “minimalista” fundada no limiar da sobrevivência, mas numa concepção de mínimos sociais que a considera “ampla e cidadã” e que se fundamenta num “padrão básico de inclusão”. Esta perspectiva supõe as seguintes garantias: sobrevivência biológica, condições de poder trabalhar, qualidade de vida, desenvolvimento humano e atendimento às necessidades humanas (SPOSATI, 1997, p.13-15). A Assistência Social como política de proteção social configura-se como uma nova situação para o Brasil. Ela significa garantir a todos que dela necessitam, e sem contribuição prévia a provisão dessa proteção. No ano de 2004, foi aprovada a Política Nacional de Assistência Social (PNAS), que prevê a construção e implantação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), cujo modelo de gestão é descentralizado e participativo, e tem em sua proposição a regulação dos serviços sócio – assistenciais, que são pautados em parâmetros, padrões, critérios e respeito ao pacto federativo na sua operacionalização. A implantação do SUAS objetiva o rompimento com a fragmentação programática entre as esferas governamentais e a articulação e provisão de proteção social básica e especial para os segmentos populacionais usuários da Política de Assistência Social no país. Seus princípios e diretrizes apontam para a universalização do sistema; a territorialização da rede; a descentralização políticoadministrativa; a padronização dos serviços de assistência social; a integração de objetivos, ações, serviços, benefícios, programas e projetos; a garantia da proteção social; a substituição do paradigma assistencialista e a articulação de ações e competências com os demais sistemas de defesa de direitos humanos, políticas sociais e esferas governamentais. 12 A proposta do SUAS é um avanço e concretiza um modelo de gestão que possibilita a efetivação dos princípios e diretrizes da política de assistência, conforme definido na LOAS. Afirma a Assistência Social como uma política pública, dever do Estado e direito de todos os cidadão. Os aspectos positivos da PNAS é a incorporação das demandas da sociedade na área da assistência social, a inovação em trabalhar com a noção de território, a centralidade da família e de sua proteção e, sobretudo, pela perspectiva de constituição do SUAS. 3 A UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO PELOS ASSISTENTES SOCIAIS NA GESTÃO DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL A apropriação e a incorporação da TI’s ao Serviço Social, nos marcos do projeto profissional, devem se concretizar no trabalho cotidiano nas instituições, em projetos de trabalho consistentes, críticos e comprometidos com a qualidade no atendimento prestado aos usuários desta política. É nesta perspectiva que a TI’s pode ser apropriada pelo Serviço Social como um recurso a serviço da concretização dos valores e princípios fundamentais do projeto profissional, e não como algo dissociado deles. Sua incorporação, de forma subsumida a tal projeto, supõe uma vinculação entre os valores profissionais e o uso concreto da TI. A tecnologia é pensada, então, como um dos meios de se alcançar uma finalidade bem explícita, uma das mediações que se coloca a disposição do projeto elaborado e implementado pela categoria profissional, e sua importância residem exatamente na possibilidade de constituir-se como um dos recursos que podem ser utilizados para o aprofundamento e a consolidação deste projeto profissional. Por o Serviço Social estar posicionado bem ao centro da contradição capital x trabalho, é que ainda mais se faz necessário a aproximação desse profissional no campo das TI’s, para que saiba se posicionar para controlar o fluxo das informações, garantindo, contudo que a qualidade dos serviços e das políticas sociais prestadas esteja sendo realizadas por uma boa administração para gerenciar, planejar, controlar e administrar os projetos de intervenção do Serviço Social para a gestão das políticas públicas. Assim, é necessário, uma atitude crítica dos assistentes sociais frente a essa efervescência, pois essa apropriação contribuiria indiretamente para potencializar a sua condição de reprodutor das relações sociais. Faz-se necessário problematizar a 13 intencionalidade técnico-operativa, bem como aperfeiçoar o planejamento dos limites que poderão ser encontrados quando da utilização dos recursos informacionais. Mas a tecnologia da informação não se detém somente nos benefícios, está aí à necessidade real do olhar crítico do assistente social para que não banalizemos o uso dessas tecnologias, o que seria uma afronta aos fundamentos ético-político da profissão. Dessa forma, cabe ao assistente social dar novo significado social a toda essa tecnologia, utilizando-a para que os usuários dos serviços por eles prestados seja redistribuído de forma emancipatória, eficiente e eficaz para todos, desde que estas preservem e potencializem a tradição e os valores políticos construídos pela profissão. O Serviço Social necessita como qualquer outra profissão investir em qualificação profissional. Todavia, há que o profissional cuidar para não transformar os usuários de todos esses serviços em mero número ou dado estatístico que alimenta seu banco de dados. Faz-se necessário problematizar a intencionalidade técnico-operativa, bem como aperfeiçoar o planejamento dos limites que poderão ser encontrados quando da utilização dos recursos informacionais. Com todas as transformações ocorridas no contexto social, já mencionadas no início desta pesquisa, coloca-se ao profissional gestor da política de assistência social novas exigências como a utilização de instrumentos e ferramentas tecnológicas no cotidiano profissional para se pensar na condução da política, de programas, projetos e serviços. Para pensar nessa condução cabe ao profissional conhecer a realidade em que está inserido, pois suas respostas profissionais devem atender as necessidades dos usuários. Nesta perspectiva do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) destaca o campo da informação, monitoramento, avaliação e as novas tecnologias da informação, levando em conta a ampliação das possibilidades de comunicação. Desde que se mantenha um sentido técnico e político, pode e deve ser considerada como estratégia de intervenção para uma melhor atuação com relação às políticas sociais. O SUAS tem como objetivo promover uma mudança de conteúdo e de gestão da política pública de Assistência Social, materializando o que já se acha contemplado na LOAS; definir os conceitos e as bases na orientação da 14 estruturação do sistema nos estados, no Distrito Federal e nos municípios que altera operações como: o repasse de recursos federais, a prestação de contas e a maneira como os serviços e os entes federados estão organizados quanto à gestão de recursos. Trata-se de um sistema de gestão que prevê a primazia da responsabilidade do Estado, a organização dos serviços socioassistenciais. A concepção do SUAS implica em uma perspectiva de intersetorialidade, ou seja, de articulação entre a Política de Assistência Social e as demais políticas sociais (saúde, educação, cultura, emprego, habitação, saneamento) com vistas a atender as necessidades integrais dos beneficiários da Política de Assistência Social. Conforme o princípio que rege a atuação dos agentes públicos nessa política é a autonomia administrativa dos entes federados (estados, municípios e Distrito Federal) na organização dos serviços de acordo com as necessidades, e como importante aspecto de uma nova modalidade de financiamento que fortalece e propicia aos municípios maior capacidade e autonomia na organização da sua rede. Anteriormente ao SUAS, as transferências do Fundo Nacional de Assistência Social passavam por obstáculos burocráticos, pois o município para receber o recurso deveria formatar um projeto a ser encaminhado para o órgão estadual, que por sua vez o repassava ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e a equipe técnica do órgão gestor da política de Assistência Social, no nível federal deveria examinar os diversos projetos para então iniciar o processo de repasse de verbas. Hoje, as três esferas têm informações em um sistema único, que vem se aprimorando aos requisitos do novo modelo de gestão. O funcionamento eficaz desses sistemas permite a realização automatizada dos repasses de co-financiamento dentro dos prazos e a agilização desses fluxos, que hoje são consumados em horas e não mais operações de repasses que eram realizadas em dias e até meses. No bojo desse processo a necessidade de construir um sistema para a área da Assistência Social consagrou-se pela necessidade de acessar diversas funções que implementassem e incrementassem a assistência social. Daí a construção de um sistema de informação que caracterizasse as especificidades das ações de proteção social. Como proposta de informatização, foi normatizada a rede SUAS (Sistema Único da Assistência Social), que se configura como conjunto de ferramentas 15 tecnológicas desenvolvidas pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, a fim de garantir eficiência, agilidade e transparência ao SUAS. A rede que estrutura o sistema nacional de informação do SUAS favorece o processamento de repasse de recursos, auxilia nos processos de decisão e fornece elementos para monitoramento e avaliação dos programas, serviços, projetos e benefícios. O sistema de informação do SUAS tem a função de responder às novas necessidades de informação e comunicação no âmbito do SUAS, que é a regulação ampliada da Constituição Federal de 88. Para a NOB/SUAS, (2005, p. 45): A gestão da informação opera a gestão dos dados e dos fluxos de informação do SUAS, com a definição de estratégias referentes à produção, armazenamento, organização, classificação e disseminação de dados, por meio de componentes de tecnologia de informação obedecendo padrão nacional e eletrônico. O uso das tecnologias de informação na gestão do SUAS (por meio da administração da informação e da informática) possibilita qualquer organização agilizar os processos e fluxos, bem como acompanhar ações e a aplicação das políticas públicas da assistência social, desenvolvidas na forma estabelecida pelo SUAS que materializa a gestão dessas políticas no que se refere ao âmbito governamental, nas suas três esferas, e da sociedade civil representada nas organizações não-governamentais, fóruns de discussão, conselhos e câmaras de pactuação que com sua atuação realizam a política de assistência social. Destaca-se a necessidade de ampliar a discussão sobre as tecnologias de informação e pensar na aplicação dos novos recursos tecnológicos, a fim de potencializar a intervenção dos assistentes sociais facilitando e otimizando o processo de gestão de serviços sociais. Nessa perspectiva, revela-se que é no cotidiano que se constroem as possibilidades e os limites de uma política pública afiançadora de direitos. O Assistente Social está diante do desafio de redefinir seu exercício profissional interligando ações de caráter executivo de projetos e programas sociais com as ações de um gestor social. O gestor dessa política deve ser um agente técnico e político, ou seja, um articulador competente para negociar com os diversos atores envolvidos no processo descentralizado e participativo. 16 O que define a gestão são os fundamentos teórico-metodológicos que o profissional segue: o seu olhar, a sua direção, o seu projeto profissional que, no caso do assistente social, deve referir-se ao conhecimento crítico dialético de interpretação da realidade, atrelado à incorporação das tecnologias de informação e processos de gestão. A informação e sua gestão, por meio de ferramentas tecnológicas, são exclusivamente consideradas como uma mediação indispensável e estratégica das políticas governamentais e de organizações, levando à agilização dos processos e ao acompanhamento e monitoramento das ações. Nesse sentido, os processos de trabalho dos assistentes sociais vêm se confrontando com as necessidades da gestão das políticas sociais, na medida em que são compelidas aos ajustes neoliberais, a dar conta da demanda, as tecnologias de informação são absolutamente necessárias. Nessa direção os próprios Estados utilizam sistemas informatizados e redes na gestão das políticas públicas equiparando-se às formas de organização do trabalho nas empresas privadas. Os sistemas de informação em Serviço Social são ferramentas primordiais para consolidar o modelo descentralizado da Assistência Social e para o aprimoramento do exercício profissional, a fim de potencializar a intervenção dos assistentes sociais facilitando e otimizando o processo de gestão de serviços sociais. E nessa direção, destacam-se os processos de gestão e o profissional como gestor apoiando-se no uso das ferramentas tecnológicas, que podem lhe ser úteis considerando-se uma característica das novas tecnologias apontada por Castells (2000, p. 51): Os usos das novas tecnologias de telecomunicações nas duas últimas décadas passaram por três estágios distintos: a automação de tarefas, as experiências de usos e a re-configuração das aplicações. Nos dois primeiros estágios, o progresso da inovação tecnológica baseou-se em aprender usando, de acordo com a terminologia de Resemberg. No terceiro estágio, os usuários aprendem a tecnologia fazendo. Sendo esta uma constatação importante, baseada na autoridade do autor que reforça a afirmativa de que a forma mais adequada de apropriarmo-nos das tecnologias de informação é aplicando-as e que Castells define como “reconfiguração”, ou seja, o “aprender fazendo”. O domínio tecnológico que se coloca ao profissional é não apenas o utilizarse daquilo que já está construído operacionalizando-o, mas avançar, evoluir - o que 17 é da lógica do sistema - para poder influenciar a construção de novas aplicações que se enquadrem nos parâmetros ético-político profissionais. O domínio tecnológico é de suma importância para que a profissão tenha seu reconhecimento e, nesse sentido, atinja certa igualdade com outras profissões que já se encontram avançadas nesse aspecto. Concretizar o propósito do uso das tecnologias de informação é mais do que realizar um processo licitatório, contratar uma empresa privada e informatizar serviços. O diferencial está no desenho e na criação de sistemas que reflitam interesses da política social adequada a uma intencionalidade e a uma postura éticopolítica e de compromisso com as quais o gestor se posiciona frente à política que gerencia. È necessário reforçar que a questão não se reduza à absorção de equipamentos e recursos físicos da tecnologia da informação. Trata-se da apropriação desse conjunto abrangente de potencialidades tecnológicas com intencionalidades políticas e técnicas claras que venham a cooperar e superar os desafios da realização de tarefas iluminadas por princípios e diretrizes da política ajustadas aos parâmetros da informação. Dessa forma, requisita-se dos profissionais de Serviço Social a habilidade de saber usar a informação e transformá-la em uma informação produtiva para sua ação agora apoiada em fontes automatizadas de dados e, conseqüentemente, numa informação qualificada. Destaca-se ainda, a importância de que esse uso seja baseado em um aporte teórico expressivo servindo de parâmetro contra as práticas de mero cumprimento de rotinas. 3.1 BENEFÍCIOS E DIFICULDADES DE APROPRIAÇÃO DAS FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS NO COTIDIANO PROFISSIONAL Os sistemas de informação em Serviço Social são ferramentas primordiais que elas sejam úteis na obtenção de respostas para as demandas sócioprofissionais, que se tenha uma intencionalidade ao usá-las para consolidar o modelo descentralizado da Assistência Social e para o aprimoramento do exercício profissional e que os valores profissionais sejam preservados, a fim de potencializar a intervenção dos assistentes sociais facilitando e otimizando o processo de gestão de serviços sociais. 18 Em que o trabalho do profissional torna-se de qualidade aos serviços prestados tendo clareza, confiabilidade, credibilidade, agilidade, eficiência e eficácia das ações executadas pautada na utilização e representação dos dados com vistas à transformação de dada realidade dos sujeitos. Relacionando a este processo, as ferramentas tecnológicas de informação são essenciais para melhor direcionamento das ações, onde requer atuação direta do profissional com atualização de dados e de informações. Tais ferramentas contribuem além desse direcionamento, mas também o conhecimento da realidade em que estamos intervindo, e os serviços prestados aos usuários têm-se maior clareza de sua realidade e suas necessidades e que vem contribuir pra o trabalho profissional a agilidade nas ações, conhecimento do núcleo familiar e possíveis intervenções. As tecnologias de informação não serão solução para as “expressões da questão social” 1, pois essa não é de âmbito tecnológico, mas sim histórico social o que exige dos profissionais a construção do uso das tecnologias de informação dentro da profissão, para que não se tornem meros operadores de sistemas já construídos. A utilização das tecnologias de informação no cotidiano profissional apresenta dificuldades a serem superadas, desta forma podem-se destacar alguns desafios, os sistemas hoje em operacionalização ainda são frágeis, com alguns pontos de estrangulamento (lentidão não atualizados), não se adequam a realidade. O próprio profissional coloca-se como desafio de superar as demandas imediatas necessitando de atualização e aperfeiçoamento constantes, no sentido do profissional direcionar sua ação na gestão de serviços socioassistenciais. A aplicação dos novos recursos tecnológicos vem a potencializar a intervenção dos assistentes sociais facilitando e otimizando o processo de gestão de serviços sociais, nesse sentido, revela-se que é no cotidiano que se constroem as possibilidades e os limites de uma política pública afiançadora de direitos. O Assistente Social está diante do desafio de redefinir seu exercício profissional interligando ações de caráter executivo de projetos e programas sociais com as ações de um gestor social. O gestor dessa política deve ser um agente 1 Desta forma, a definição construída por Iamamoto de questão social. Segundo esta autora, a questão social pode ser definida como: “o conjunto das expressões das desigualdades da sociedade capitalista madura, que tem uma raiz comum: a produção social é cada vez mais coletiva, o trabalho torna-se mais amplamente social, enquanto a apropriação dos seus frutos mantém-se privada, monopolizada por uma parte da sociedade” (Iamamoto, 1999, p. 27). 19 técnico e político, ou seja, um articulador competente para negociar com os diversos atores envolvidos no processo descentralizado e participativo e das exigências do mercado de trabalho, decorrente disso os tempos mudaram e é necessário que o profissional busque a capacitação naquilo em que a política social exige. É necessário reforçar que a questão não se reduza à absorção de equipamentos e recursos físicos da tecnologia da informação. Trata-se da apropriação desse conjunto abrangente de potencialidades tecnológicas com intencionalidades políticas e técnicas claras que venham a cooperar e superar os desafios da realização de tarefas iluminadas por princípios e diretrizes da política ajustadas aos parâmetros da informação. A gestão da política como já mencionada nesta pesquisa é de pacto federativo detalhadas as atribuições e competências dos três níveis de governo na realização das ações da Assistência Social, sendo esta uma das mudanças na forma de gestão que decorre do princípio da descentralização político-administrativa e expressa na definição de co-responsabilidade, monitoramento e avaliação para cada esfera na realização da política. Como foi normatizada a rede SUAS a fim de garantir eficiência, agilidade e transparência ao SUAS e favorece o processamento de repasse de recursos, auxilia nos processos de decisão e fornece elementos para monitoramento e avaliação dos programas, serviços, projetos e benefícios. 3.2 UTILIZAÇÃO E FINALIDADE DA REDE SUAS NO TRABALHO PROFISSIONAL Como proposta de informatização, foi normatizada a Rede SUAS (Sistema Único da Assistência Social), que se configura como conjunto de ferramentas tecnológicas desenvolvidas pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, a fim de garantir eficiência, agilidade e transparência ao SUAS. A rede que estrutura o sistema nacional de informação do SUAS favorece o processamento de repasse de recursos, auxilia nos processos de decisão e fornece elementos para monitoramento e avaliação dos programas, serviços, projetos e benefícios. O sistema de informação do SUAS tem a função de responder às novas necessidades de informação e comunicação no âmbito do SUAS, que é a regulação ampliada da Constituição Federal de 88. 20 Considerada como um instrumento de gestão colegiada, a Rede SUAS inaugurou para os trabalhadores, gestores e entidades da área, a tarefa de redimensionar a cultura de gestão, até então vivenciada, com a instalação de aplicativos que geram novos índices de agilidade e transparência, dando suporte aos processos e procedimentos previstos na Política Nacional de Assistência Social, 2004, PNAS e na norma operacional básica do SUAS/2005. A PNAS na perspectiva do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) destaca o campo da informação, monitoramento, avaliação e as novas tecnologias da informação, levando em conta a ampliação das possibilidades de comunicação. Desde que se mantenha um sentido técnico e político, pode e deve ser considerada como estratégia de intervenção para uma melhor atuação com relação às políticas sociais. A Norma de Operacional Básica NOB/SUAS 2005, normatiza o SUAS a partir da definição de conceitos, níveis de gestão2, instrumentos de gestão, instâncias de articulação, pactuação, deliberação e financiamento. Para a NOB/SUAS ( 2005, p. 16): A Gestão da Assistência Social é estabelecida de acordo com a Política Nacional de Assistência Social 2004, em níveis diferenciados e, entre elas, o respeito à diferenciação do porte dos municípios brasileiros, das condições de vida de sua população rural e urbana e da densidade das forças sociais que os compõem. Nessa perspectiva, diversas têm sido as iniciativas do governo federal de estabelecer novas bases de sua regulação. A Rede SUAS (sistema nacional de informação) tem a finalidade principal de responder às necessidades de informação e comunicação no campo da política de assistência social, agilizando os processos e procedimentos vinculados à operação da política. Ou seja: A Rede SUAS é um sistema de informação resultante da integração de vários instrumentos de produção, recebimento, armazenamento e entrega de dados e informação com escopos diferenciados no arcabouço da gestão, no controle social e financiamento da política. De fato, chama-se de sistema por conta da condição interativa e da perspectiva de rede de relações que determina, em função da dependência recíproca entre um conjunto de elementos - partes ou órgãos componentes dos sistemas -, isto é, subsistemas dinamicamente inter-relacionados com a organização específica. No caso, gestores, usuários, técnicos, rede de entidades executoras de serviços socioassistenciais e a sociedade em geral (Rede Suas, 2007, p.73). 2 Os níveis diferenciados da gestão são: gestão inicial, gestão básica e gestão plena. 21 Os aplicativos da Rede SUAS possibilitam ainda, uma nova lógica para a gestão e para a oferta dos serviços socioassistenciais no Brasil, visto que o sistema de informação já abarcou todas as áreas concernentes à gestão, ao financiamento e ao controle social da política, dando suporte aos seus novos dispositivos e procedimentos. Desde a implantação do SUAS e a construção da Rede SUAS, a transferência de recursos da União para os Estados, o Distrito Federal e municípios tem sido caracterizada pela agilidade, regularidade e transparência favorecendo a atuação desses entes como gestores dos sistemas locais, regionais e estaduais de assistência social. Com isso, amplia-se a capacidade de descentralização político-administrativa ensejada pela LOAS (Rede Suas, 2007, p. 18). A informação e sua gestão, por meio de ferramentas tecnológicas, são exclusivamente consideradas como uma mediação indispensável e estratégica das políticas governamentais e de organizações, levando à agilização dos processos e ao acompanhamento e monitoramento das ações. O processo de gestão possibilita planejar, executar e avaliar as ações, desta forma considera-se essencial ao gestor se apropriar desse processo, utilizando-se de dados e indicadores disponíveis, superando o desafio de cruzar e construir dados específicos para então dar respostas sustentáveis. CONCLUSÃO Ao analisar o cenário atual que as transformações vêm ocorrendo na sociedade foi visto como estas rebatem ao Serviço Social e que altera as diferentes dimensões da vida social e econômica refletindo nas profissões em diferentes dimensões (conhecimento, habilidades, intervenção). Portanto, como um processo urgente e necessário aos profissionais, com vistas a uma gestão que incorpore estes recursos em seu processo de funcionamento de intersecção as tecnologias de informação, especificamente sobre a construção dos Sistemas de informação da área social. Pode-se constatar o quanto é necessária à incorporação pelos assistentes sociais, destas novas ferramentas de trabalho de modo a redirecioná-los abrindo novas direções para a construção, na área social, voltada não apenas ao gerenciamento de ações, mas a possibilidade de sustentar novos modos de criação de redes sociais, políticas e formas inovadoras de participação democrática. O importante é ter claro que as ferramentas tecnológicas são essenciais para melhorar os trabalhos profissionais, que seja uma ferramenta a fim de se obter 22 respostas as demandas sócio-profissionais, que tenha um intencionalidade, onde os valores profissionais sejam preservados. As tecnologias de informação não podem ser entendidas como instrumento de neutralidade, pois há uma intencionalidade na sua aplicação que vem de uma análise crítica de sua utilização e do reconhecimento delas como instrumento indispensável nos dias de hoje. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em <http://www.presidencia.gov.br> Acesso em: 02/08/2011. ________. Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS). Lei nº 8742 de 07/12/1993. ________. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria Nacional de Assistência Social. Política Nacional de Assistência Social. Brasília, DF, nov. 2004. ________. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria Nacional de Assistência Social. Norma Operacional Básica - NOB/SUAS. Brasília, DF, jul. 2005. CASTELLS, Manuel. A Sociedade em Rede. A Era da Informação: Economia, sociedade e cultura. São Paulo, Paz e Terra, 2000. _________. 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