QUESTIONAMENTOS QUAL A RELAÇÃO ENTRE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO? A relação entre a ciência, tecnologia e educação tornou-se comum que organizações, instituições e empresas. A aprendizagem permanente e a produção de novos conhecimentos e tecnologias como centro estratégico de sua sobrevivência e crescimento, tem dado muito certo em relação a esse trio. Também as famílias vêem na escolaridade e no domínio de conhecimentos e tecnologias atuais uma exigência para que o futuro de seus filhos seja promissor. Seria impensável viver hoje em dia sem determinados recursos e instrumentos como energia elétrica, automóvel, avião, computador, telefone fixo e móvel, televisão e internet. Do mesmo modo, parece inconcebível manter e garantir saúde sem os antibióticos, anestésicos, vacinas, próteses, órteses, marcapassos, respiradores, transplantes e exames de radiodiagnóstico. É importante registrar que o desenvolvimento técnico-científico da humanidade, infelizmente, teve nas guerras e lutas de dominação entre os seres humanos uma motivação preponderante. No século XX, a ocorrência de duas guerras mundiais gerou uma corrida desenfreada pelo desenvolvimento de tecnologias para a destruição, mas, de forma ambivalente, estas também têm servido para a melhoria da vida das pessoas. POR QUE A EDUCAÇÃO CRISTALIZA-SE? Mudança é um tema que está cada vez mais presente no discurso atual, seja pelo fato de provocar desequilíbrio e inquietação aos profissionais em geral e aos educadores em particular ou pelo seu sentido sedutor, por estar associado à idéia de inovação, criatividade, invenção, (re)criação, desenvolvimento. Portanto essa palavra cristaliza-se não se refere à educação no sentido da tecnologia. A mudança é um processo de construção inédita, pelas especificidades das condições gerais sob as quais ocorre no sistema, e dos seus instrumentos, que são o produto das pessoas que a concretizam pela interação social. Além de a mudança ser original e única, é intencional e deliberada para melhorar um sistema - no caso, o educativo – por se supor que ela o torna mais eficaz na consecução de seus objetivos e mais efetivo, o que garante a sua visibilidade na sociedade. QUE CIDADÃO ESTAMOS FORMANDO NESTE MUNDO TECNOLÓGICO? O novo conceito de desenvolvimento humano abre um leque à reflexão dos profissionais da educação, e dos educadores em particular, na busca de uma direção para a prática educativa. Assim, a educação está no bojo das mudanças econômicas, políticas, sociais, espirituais e culturais, e principalmente tecnológicas, em todas as sociedades, neste final de século e, instigada ou não por outros setores, ela precisa dar respostas que extrapolam suas possibilidades. Mas, numa visão otimista e prospectiva, as ameaças são benéficas porque constituem oportunidades para as mudanças de que tanto necessita. No final, formar cidadãos para o trabalho e para a vida. QUAL O PAPEL DA ESCOLA NESTE PROCESSO? Não apenas o projeto político pedagógico, o formular objetivos, seleção de conteúdos, determinação de estratégias de ensino ou aos procedimentos a serem adotados na sala na avaliação do ensino e sim as questões que se referem à maneira com que os professores se relacionam com os estudantes, com seus colegas, com a própria instituição e com a própria disciplina que ministram. Uma das principais razões pelas quais se deve levar em consideração no ensino é o poder que a escola exerce no desempenho das suas funções. Embora a maioria delas conscientemente não procure, o fato é que elas detêm notável poder sobre a vida dos estudantes. Cabe-lhes, portanto, responsabilizar-se por esse considerável poder e assegurar-se de que seja usado com a finalidade de auxiliá-los no alcance dos objetivos educacionais. O PROFESSOR ENTENDE O QUE É TECNOLOGIA? Diante do contexto – ciência, tecnologia e educação – deveria entender até para poder repassar para seus educandos. COMO A MUDANÇA PODE OCASIONAR INOVAÇÃO NA EDUCAÇÃO? Faz-se necessário desenvolver, fortalecer, aplicar e exigir que as tecnologias e inovações tecnológicas sejam submetidas permanentemente a critérios éticos para evitar e/ou minimizar as maleficências das mesmas. É premente aprofundar a reflexão no campo da bioética e aperfeiçoar a aplicação de códigos de ética dos profissionais da educação e de campos específicos, como a ética profissional e a ética ambiental. Fundamentalmente, a incorporação tecnológica deve responder por finalidades baseadas em melhores cuidados na educação para todos; cuidados mais resolutivos e mais responsáveis. Finalmente, as ciências e as inovações tecnológicas devem ser conduzidas de modo a priorizar a solução dos graves problemas estruturais e globais da humanidade, num compromisso efetivo de contribuir, de forma significativa, para uma sociedade mais digna, justa, solidária e sustentável.