Fordismo e Produção Flexível Diferenças entre o modo de produção fordista e o modo de produção flexível Fordismo • produção em massa e em grande escala; • produtos padronizados; Produção Flexível • produção mais personalizada; • preocupação com controle de qualidade; • mão-de-obra "técnica" de baixa escolaridade; • mão-de-obra qualificada e de alta escolaridade; • desperdícios. • atividades feitas com maior precisão e menor custo. Características do modelo pós-fordista ou Toyotista (flexível): - baratear custos sem comprometer a qualidade agilizando a produção; - produção cada vez mais personalizada (customização), adaptada às necessidades do mercado consumidor; - Just in time – produzir a quantidade necessária em função da demanda (estoque zero); - máquinas de ajuste rápido e de maior precisão: adaptação às novas mudanças tecnológicas; - operários atualizados, polivalentes e multifuncionais; - maior qualificação dos funcionários e valorização de trabalhos em equipe e cooperação; - Perfil dos novos empregos: substituição dos trabalhos mecânico-braçais por máquinas e emprego de mão-deobra mais qualificada (áreas de gerenciamento, coordenação e criação de novas tecnologias; - Terceirização do trabalho: parceria com empresas para transferência e execução de tarefas. Blocos Econômicos Regionais Capítulo 4 Livro –Parte I O que são blocos econômicos? São agrupamentos de nações vizinhas, ou de países com afinidades culturais, que se aliançam por causa de interesses comerciais comuns Diante de uma economia globalizada e competitiva, estes blocos surgem para tentar suprir a necessidade de lucro e de acumulação de capital. Desta forma, busca-se estimular o comércio intra-regional, ou seja, dentro do bloco, por meio de acordos ou tratados que visem uniformizar as ações do grupo, além de fortalecê-los diante de outros países ou de outros blocos econômicos. É comum, dependendo do tipo de bloco, a diminuição ou isenção de impostos, circulação de capitais, serviços, pessoas (trabalhadores), unificação de leis etc. Exemplo: A B C D E F Os blocos econômicos podem apresentar características diferentes de acordo com o nível de integração ou modalidades: • • • • Área de livre-comércio; União aduaneira (ou alfandegária); Mercado Comum; União Econômica Monetária. Área de livre-comércio Nesse tipo de bloco, pretende-se apenas a gradativa liberação do fluxo de mercadorias dentro dos limites do bloco, o que deve ocorrer por meio da ausência de barreiras tarifárias e não-tarifárias entre os países-membros. Um processo como esse acontece, por exemplo, nas relações econômicas entre E.U.A., Canadá e México, que juntos constituem o NAFTA (Acordo de livre comércio norte-americano). ` Outro exemplo desse tipo de bloco seria a ALCA (área de livre comércio das Américas), cuja proposta ainda está em andamento e, se estabelecida oficialmente, abarcará todos os países independentes do continente americano, exceto Cuba, teoricamente. União aduaneira (ou alfandegária) Pressupõe o aprofundamento da área de livrecomércio, pois além da extinção de alíquotas tarifárias nas relações comerciais no interior do bloco, estabelece uma tarifa externa comum (TEC), para que as nações integrantes negociem com países que estão fora do bloco, utilizando um imposto padronizado.Exemplo: Mercosul e Pacto Andino. Mercado Comum A partir da União Aduaneira, esse tipo de bloco avança pra um estágio em que os países integrantes autorizam o livre fluxo de trabalhadores, serviços e capitais no interior do bloco, uniformizando suas legislações fiscal, trabalhista, tributária, previdenciária, ambiental etc. A antiga CEE (estágio anterior da atual União Européia) constitui um exemplo de mercado comum. União Econômica Monetária Conserva as mesmas características do mercado comum, porém avança ao estabelecer uma moeda única para o bloco, implicando na criação de um Banco Central único para os países-membros. É necessário, para que haja um sistema financeiro e bancário harmonioso, que os países apresentem níveis compatíveis de inflação, taxas de juros e déficit público. O exemplo desta modalidade é a União Européia em seu atual estágio de integração com a circulação do Euro. NAFTA Assinado em 1992 por EUA, Canadá e México entrou em vigor em 1994. Limita-se a uma zona de livre comércio, com troca apenas de mercadorias. O intercâmbio de trabalhadores, sobretudo de mexicanos em direção aos EUA não é desejado, já que há severas restrições quanto a entrada de imigrantes. Acordo EUA- México no NAFTA Base: Indústrias norte-americanas denominadas Maquilladoras (industrias de montagem/finalizadoras atuantes nos ramos de autopeças, vestuários, brinquedos etc), se instalam no México e lá produzem sem a cobrança de impostos. Tais produtos são comercializados no EUA. • • • • Interesses dos EUA: diminuição, senão eliminação das migrações clandestinas de mexicanos em direção aos E.U.A.; utilização da mão-de-obra barata mexicana reduzindo seus custos de produção; Vantagens para o México: modernização do parque industrial mexicano e aumento dos investimentos estrangeiros no país; maior geração de empregos (redução da imigração); MERCOSUL Mercado Comum do Sul • Composto atualmente por Brasil, Argentina, Paraguai *, Uruguai e Venezuela (adesão completa entre 2006 2012); • Foi através do Tratado de Assunção em 1991, que foi definida uma zona de livre-comércio por meio da eliminação de tarifas alfandegárias e de restrições nãotarifárias, liberando a circulação de mercadorias; • Fixou-se uma política comercial conjunta em relação a nações não integrantes do bloco, com a definição da Tarifa Externa Comum (TEC), o que configura o bloco atualmente como uma União Aduaneira. • Chile, Bolívia, Peru, Colômbia e Equador são estados associados ao bloco; • O bloco pretende atingir o estágio de Mercado Comum; • Porém problemas como crises internas, como as que já ocorreram em alguns países, podem comprometer a implantação de um mercado comum; • Situação do Paraguai - suspenso temporariamente, após Impeachment (impuganação de mandato) do então presidente Fernando Lugo; • Bolívia anuncia interesse em se tornar membro pleno do Mercosul. ALCA – Área de Livre Comércio das Américas • Na primeira Cúpula das Américas, realizada em Miami nos EUA, foram iniciadas as negociações para a criação da ALCA; • Após diversas conferências entre os países, foi decidido que a ALCA deveria entrar em vigor no ano de 2005, fato não ocorrido, onde formaria um bloco regional de comércio integrando 34 países: todos os estados independentes da América, exceto Cuba; • Fica clara, a retomada de interesse norte-americano na América Latina, região marginalizada durante a Guerra Fria, quando a Europa era o centro das atenções. Na atual economia globalizada, os Estados Unidos pretendem reafirmar sua hegemonia sobre o continente. Dificuldades para a implantação da ALCA: • Preocupações de que a entrada na ALCA traga prejuízos às economias menos desenvolvidas, devido à concorrência com produtos norte-americanos por exemplo (grandes disparidades econômicas entre os países-membros); • Forte receio de que as resoluções não promovam o crescimento dos países menos desenvolvidos, reforçando, ainda mais, o grau de dependência com Canadá e EUA, principalmente. APEC • A Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico tornou-se um bloco econômico em 1989; • É composta por 21 países asiáticos, americanos e da Oceania, voltados para o Oceano Pacífico; • Pretende implantar uma zona de livre-comércio, com o início previsto em 2010, com livre circulação de mercadorias e capitais entre os países; • Problemas ligados às grandes diferenças econômicas entre os países, poderá colocar em risco tal projeto onde já existem grandes disputas comerciais. Este bloco conta com a presença de EUA, Japão, China, Austrália, Rússia, Cingapura, Chile, México entre outros. Países da APEC União Européia União Européia Tratado de Roma – definiu a criação da CEE (Comunidade Econômica Européia, atual União Européia) em março de 1957. Sua evolução se deu da seguinte forma: • 1957 -“Europa dos Seis” - Alemanha Ocidental - Itália França - Bélgica - Países Baixos - Luxemburgo (os três últimos formavam o BENELUX); • 1973 - "Europa dos Nove" - Reino Unido, Irlanda e Dinamarca; • " Europa dos Doze" - Grécia (1981) e Portugal e Espanha (1986); • 1995 - " Europa dos Quinze" - Áustria, Suécia e Finlândia; • 2004 - "Europa dos Vinte e Cinco" - Estônia, Letônia, Lituânia, Polônia, República Tcheca, Eslováquia, Eslovênia, Hungria (antigos países de economia socialista), Chipre e Malta. • 2007 "Europa dos Vinte e Sete” - Romênia e Bulgária. • 2013 – “Europa dos Vinte e Oito” – Croácia Objetivos iniciais da U.E. Recuperar a economia dos países membros enfraquecidos política e economicamente após a 2ª Guerra Mundial, afastando a ameaça socialista e, ao mesmo tempo, minimizar a influência norte-americana na região. Havia também a preocupação de evitar uma nova guerra, promovendo maior integração sócio-econômica entre os países europeus. Tem por finalidade a implantação de uma zona de livre-circulação de mercadorias (através da diminuição ou isenção de impostos), de capitais, serviços e trabalhadores. Tratado de Maastricht -1991 Definiu os passos seguintes da integração: mudança de nome para União Européia e a definição de uma moeda única, o EURO, que passou a circular em 2002 (exceto Reino Unido, Dinamarca e Suécia na época, hoje 17 países fazem parte da zona do euro). A partir deste ano, tornou-se uma união econômica monetária, cujo controle é exercido pelo banco central europeu, sediado na Alemanha (Frankfurt). Tratado de Amsterdã - 1997 Definiu a ampliação da resolução que define a livre-circulação de pessoas, abolindo barreiras em um prazo de 5 anos. Política Externa e de Segurança Comum (PESC) Desde o tratado de Maastricht, pretende-se consolidar um sistema militar de defesa único baseado na União da Europa Ocidental. Parlamento Europeu Presente em Estrasburgo, na França, é um órgão supranacional, composto por representantes de todos os países da U.E.. Todas as decisões devem ser aprovadas pelo parlamento. As eleições são realizadas de 5 em 5 anos. TRATADO DE LISBOA (em vigor 1º dezembro de 2009) Retoma a idéia de uma Constituição Européia porém, de forma simplificada em relação às experiências de 2005 e 2008. Visa agilizar e fortalecer o bloco, onde a legislação de cada país deverá seguir as diretrizes estabelecidas pela U.E.