A multifuncionalidade semântico-pragmática de “agora que”

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A multifuncionalidade semântico-pragmática de “agora que”:
diferentes estágios de Gramaticalização1
Maura Elisa Galbiatti
Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara – UNESP
E-mail: [email protected]
Abstract. The aim of this work is to analyze the “agora que” semanticpragmatic multifunctionality, following the grammaticalization theoretical
postulates. It purposes to investigate the grammaticalization pathway of this
conjunctional periphrasis – from more concrete use to more abstract functions
– examining if its emergence exemplifies the kind of semantic change whereby
uses with causal/explanatory meaning are derived from temporal expressions,
in linguistics contexts in which the cause/explanation concepts are
conversational implicatures.
Keywords. Linguistic change; grammaticalization; conjunctional periphrasis.
Resumo. O objetivo do presente trabalho é analisar a multifuncionalidade
semântico-pragmática de “agora que”, de acordo com os pressupostos
teóricos da gramaticalização. Procura-se investigar a trajetória de
gramaticalização dessa perífrase conjuncional – desde o seu uso mais
concreto até o seu emprego mais abstrato – examinando se o seu surgimento
exemplifica o tipo de mudança semântica pelo qual os seus empregos com
sentidos causal/explicativo são derivados de expressões temporais, em
contextos lingüísticos em que as noções de causa/explicação estão implicadas
conversacionalmente.
Palavras-chave.
conjuncional.
Mudança
lingüística;
gramaticalização;
perífrase
1. Introdução
De modo geral, a gramaticalização é entendida como um processo de mudança
lingüística pelo qual uma unidade lexical assume uma função gramatical, ou se já
gramatical assume uma função ainda mais gramatical. O termo gramaticalização foi
usado pela primeira vez por Meillet (1965[1912]), que caracterizou o fenômeno como
uma das maneiras pelas quais novos construtos gramaticais são formados. A “atribuição
de um caráter gramatical para uma palavra anteriormente autônoma” é descrita pelo
autor como um continuum unidirecional, uma vez que a transição é gradual e a mudança
possui um único sentido: lexical > gramatical.
Segundo Meillet, a gramaticalização tem uma motivação específica: a constante
busca dos falantes por serem expressivos. O uso freqüente de uma palavra leva ao
desgaste e à diminuição do seu valor expressivo; o falante tende a reagir contra essa
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automatização, recrutando formas lingüísticas já existentes para desempenhar novas
funções ou criando novas colocações.
Para Hopper (1987, 1991), o processo de gramaticalização está diretamente
relacionado à natureza dinâmica da gramática, que está em constante mudança, sendo
transformada continuadamente. Assim, Hopper afirma que não existe “gramática”, mas
apenas “gramaticalização”, caracterizada pelo movimento em direção à estrutura.
É relevante ressaltar que, nesta pesquisa, a gramaticalização não é tratada no
sentido estrito de evolução diacrônica, mas como a investigação da multiplicidade de
significados de um determinado item, que podem ser acionados, concomitantemente, e
representam uma gradualidade sincrônica.
1. Mudança semântico-pragmática
A concepção de gramaticalização lançada por Traugott (1982) e Traugott &
König (1991) é formulada em termos distintos dos propostos por Meillet e Hopper, pois
os autores empenham-se em identificar os tipos de mudança de significado que ocorrem
nos processos de gramaticalização, isto é, eles privilegiam a análise dos aspectos
semânticos e pragmáticos relacionados a esse fenômeno de mudança lingüística.
Traugott & König (1991) definem a gramaticalização como um processo histórico,
dinâmico e unidirecional pelo qual itens lexicais, no curso do tempo, adquirem um novo
status, como formas gramaticais e morfossintáticas, e passam a ter significados que não
eram codificados ou que eram de forma diferente.
De acordo com Traugott (1982) e Traugott & König (1991), o processo de
gramaticalização envolve uma pragmatização crescente do significado, por englobar
mecanismos de inferência pragmática e estratégias metafóricas de aumento de
abstração. A referida mudança lingüística é compreendida como um processo gradual e
unidirecional, que parte de significados referenciais, passando por significados fundados
na marcação textual, em direção a significados centrados na atitude ou crença do falante
a respeito do que é dito.
Eles chegaram à formulação de que as mudanças semânticas que acompanham
os processos de gramaticalização seguem uma trajetória que aponta para o crescente
fortalecimento da expressão subjetiva do falante. Esse percurso é ilustrado na figura
abaixo:
Significados identificáveis nas situações extralingüísticas > Significados
fundados na marcação textual > Significados fundados na atitude
ou crença do falante a respeito do que é dito
Subjacente a esse fortalecimento, Traugott e König ressaltam que está o
princípio de informatividade ou relevância, fator capaz de conduzir os falantes a maior
clareza e especificidade e de orientar os ouvintes para a seleção da interpretação mais
informativa ou relevante. A idéia de que os falantes, em uma dada comunicação, tendem
a ser cooperativos é coerente com a proposta de Lehmann, para quem “todo falante quer
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fornecer a expressão mais completa para aquilo que deseja dizer” (1985, apud
TRAUGOTT & KÖNIG, 1991, p.191).
Eles afirmam que os itens referenciais, que sofrem gramaticalização, possuem
significados identificáveis nas situações extralingüísticas e são pressionados a codificar
significados cada vez mais pragmáticos. Em outras palavras, de acordo com os autores,
os significados mudam “do que é dito para o que se queria dizer, mas não vice-versa”. A
fim de evidenciar o fortalecimento de informatividade na polissemia entre tempo e
causa, Traugott e König (1991) apresentam os exemplos (01) e (02):
(01) After we heard the lecture we felt greatly inspired. (+ > because of the lecture
we felt greatly inspired)
Depois de assistir a palestra, nós ficamos imensamente inspirados. (+ > por
causa da palestra nós nos sentimos imensamente inspirados)
(02) The minute John joined our team, things started to go wrong. (+ > because
John joined out team, things started to go wrong)
No momento em que John se uniu ao nosso time, as coisas começaram a dar
errado. (+ > porque John se uniu ao nosso time, as coisas começaram a dar
errado)
Segundo os pesquisadores, as inferências conversacionais acima são fortalecidas
de informatividade, pois licenciam noções de causa a partir de fatos temporais. Bybee
(2003) afirma que a mudança de uma seqüência temporal para uma seqüência causal
indica que os usuários da língua estão propensos a inferir causas, motivos.
Traugott e König (1991) também consideram relevante a afirmação de que as
polissemias tempo-causa podem surgir por meio de implicaturas conversacionais. Um
caso de gramaticalização envolvendo a polissemia entre os significados temporal e
causal é o da conjunção since, do inglês:
(03) I have done quite a bit of writing since we last met.
Eu escrevi bem pouco desde a última vez que nos encontramos. (temporal)
(04) Since Susan left him, John has been very miserable.
Desde que Susan o deixou, John tem estado muito triste. (temporal/causal)
(05) Since you are not coming with me, I will have to go alone.
Já que você não vem comigo, vou ter de ir sozinho. (causal)
Em (03), a leitura de since é tipicamente temporal, referencial; já em (05), since
apresenta uma interpretação causal, em que esse significado está convencionalizado e
não pode ser cancelado. A diferença entre esses sentidos é algumas vezes obscurecida,
gerando ambigüidades, como (04), em que since permite duas leituras: uma
convencional (temporal) e outra conversacional (causal).
De uma perspectiva semelhante, Sweetser (1988, 1990) atribui à
gramaticalização um mecanismo unidirecional de mudança semântica, que se realiza
por meio de projeções metafóricas entre os diferentes domínios conceituais: do
conteúdo (sociofísico), epistêmico (raciocínio lógico) e conversacional (atos de fala).
Para ela, existe uma relação entre os domínios, sendo que os conceitos e o vocabulário
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do domínio epistêmico originam-se do domínio do conteúdo, assim como os conceitos e
o vocabulário do domínio conversacional tendem a originar-se do domínio epistêmico.
Essas projeções, que podem ser ilustradas com a figura seguinte, seguem a “tendência
geral de recorrer a conceitos e vocabulários de um domínio mais acessível – mundo
sociofísico – para se referir a domínios menos acessíveis – raciocínio, emoção e
estruturas conversacionais” (SWEETSER, 1990, p.31).
DOMÍNIO DO CONTEÚDO
sociofísico
DOMÍNIO EPISTÊMICO
raciocínio lógico
DOMÍNIO CONVERSACIONAL
atos de fala
Sweetser (1990) ressalta a necessidade de estudos sobre a sistematicidade das
conexões entre os domínios e argumenta que a sobreposição de dois sistemas distintos
de metáforas relaciona o vocabulário de ação/ movimento/ localização física com os
domínios de estados mentais e atos de fala. Em outras palavras, o entendimento da
lógica e o processamento mental são utilizados para compreender o mundo físico e
social, da mesma forma que as expressões lingüísticas não servem apenas como
descrição (um modelo de mundo), mas também como ação (um ato descrito no mundo)
e como entidades epistêmica e lógica (premissa ou conclusão no nosso mundo da
argumentação) (SWEETSER, 1990, p.21).
Em suma, a autora trata de um sistema metafórico particular que direciona o
curso das projeções entre domínios conceituais, os quais determinam diferentes formas
polissêmicas que são interpretadas como etapas em uma trajetória progressiva, em
direção a construções mais gramaticais. Ela argumenta que os itens lingüísticos podem
ser interpretados de diferentes maneiras conforme o funcionamento pragmático de seus
empregos, apresentando usos ambíguos entre os domínios do conteúdo, epistêmico e
conversacional.
Para exemplificar a aplicação nos três diferentes domínios, ela utiliza-se de
conjunções causais e adversativas. Os exemplos seguintes, também da conjunção causal
since, são casos de (06) conjunção do conteúdo; (07) conjunção epistêmica; e (08)
conjunção de atos de fala:
(06) Since John wasn’t there, we decided to leave a note for him.
Já que John não estava aqui, nós decidimos deixar um recado para ele.
(A ausência de John propiciou nossa decisão no mundo real.)
(07) Since John isn’t here, he has (evidently) gone home.
Já que John não está aqui, ele deve ter ido para casa.
(O conhecimento da ausência originou a minha conclusão de que ele foi para
casa.)
(08) Since
we’re on the subject, when was George Washington born?
you’re so smart,
Já que estamos no assunto / Já que você é esperto, quando George Washington
nasceu?
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(O fato de nós estarmos nesse assunto possibilita o ato de fala interrogativo /
Como você é esperto, eu te pergunto quando George Washington nasceu.)
A autora explica que a conjunção causal, no domínio conversacional, indica uma
explicação do ato de fala pronunciado; já no domínio epistêmico a conjunção causal
marca a razão de uma crença ou de uma conclusão, ao passo que no domínio do
conteúdo a conjunção causal assinala uma causalidade de um evento no “mundo-real”.
3. Material da pesquisa:
O material para esta pesquisa, que conjuga as metodologias qualitativa e
quantitativa, é constituído por um corpus sincrônico, que compreende dados de fala e de
escrita:
Dados de fala:
• Amostra mínima do NURC
• Banco de Dados IBORUNA2
Dados de
escrita:
• Base de dados armazenada no Centro de Estudos
Lexicográficos da UNESP, Campus de Araraquara
4. Análise dos Dados
Com base nos pressupostos teóricos apresentados, faz-se um estudo sincrônico
de agora que a fim de analisar os seus empregos no português atual, observando a
abstratização semântica e a crescente pragmatização do significado, que acompanham a
gramaticalização.
As ocorrências a seguir exemplificam a mudança: concreto > abstrato e ilustram
uma possível trajetória de gramaticalização para essa perífrase conjuncional. Nota-se
que, em (09) e (10) – emprego temporal, o significado das perífrases conjuncionais é
mais concreto e referencial, baseado na situação física, extralingüística. Por outro lado,
nos exemplos (11) e (12), as perífrases estão em estágio mais avançado do processo,
pois desempenham funções semânticas mais abstratas, explicitando relações causais /
explicativas entre as orações.
Temporal – significado referencial, mais concreto
(09) ... assim nas hortinhas comuns eu não sei as pessoas que tem UMA
TECNICA [uma técnica] coisas assim...mas agora que chega a época do
frio...como ah:: apesar do sol a água esfria e a terra é fria então a planta a
raiz fica mais à vontade na terra...[sei] então essa época é a época que
quando é frio se consome menos verdura e a verdura dá melhor... (AC-114)3
(10) Acreditava ter sido injusta com ela, recriminando-a pelo fato de ter deixado
de visitá-la, agora que estava certa de que Yolanda iria ajudá-la muito, ser
uma espécie de mãe para ela. (DD)
Causal – significado mais abstrato, fundado na crença do falante a respeito do que é dito
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(11) – Feche os olhos. Agora que confia em mim, não precisa vigiar. (CH)
(12) – Agora que entendemos tudo, queremos acabar com isso. (GD)
Entre esses significados temporal e causal, existem inferências conversacionais
que podem ou não se convencionar. Em alguns casos, as orações que expressam tempo
podem ter conotações não-temporais, como nas ocorrências (13) e (14), casos
polissêmicos em que o significado temporal coexiste com o causal. Essas acepções
ambíguas, que compartilham funções de mais de uma etapa, corroboram a mudança por
meio de convencionalização de implicaturas conversacionais (TRAUGOTT & KÖNIG,
1991):
Tempo-Causa – emprego temporal com implicaturas causais / explicativas
(13) – Lamento por mim mesmo. Enquanto todos me reverenciavam, ele me
desafiava, e eu era obrigado a melhorar. Agora que ele se foi, tenho medo de
parar de crescer. (HPP)
(14) Tinha um comigo que todos os dias dizia assim: "antes eu trabalhava muito,
estava sempre ocupado. Agora que eu estou preso, tenho todo o tempo livre!
" Ouvir isso todo dia, enche, né mesmo? (MPF)
A proposta de Sweetser contribui para o exame da pragmatização do significado
de agora que, pois possibilita traçar hipóteses a respeito do percurso de mudança pelo
qual essa locução conjuncional está passando. Para exemplificar a aplicação de agora
que nos três diferentes domínios conceituais, são citados exemplos mais
gramaticalizados de agora que, em que a perífrase explicita relações causais nos
domínios do conteúdo (15); epistêmico (16); e conversacional (17):
(15) Nem de manhã se viam mais, agora que ela tinha inventado essa história de
montar uma academia de ginástica no salão em cima das garagens e ficava
desde as sete horas mandando um batalhão de mulheres de malha abrir as
pernas e dar pulinhos ao som de oito alto-falantes a todo vapor. (SL)
(Eles não se viam porque a mulher estava ocupada na academia – evento no
mundo real)
(16) Agora que havia errado, precisava pagar um preço. E o preço foi beber o
mais cruel dos venenos – a solidão. (BRI)
(O conhecimento do seu erro originou a minha conclusão de que você
precisava pagar um preço – avaliação subjetiva do falante)
(17) – Agora que já pisou em mim, vá lá fora e pise na minha imagem – disse
Jesus.. (HPP)
(Eu ordeno a você que vá lá fora e pise na minha imagem pelo fato de você
já ter pisado em mim – explicação do ato de fala)
Em (15), no domínio do conteúdo, a perífrase assinala uma causalidade de um
evento no “mundo-real”. Já em (16), a unidade é pertencente ao domínio epistêmico,
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uma vez que marcam a razão de uma crença ou de uma conclusão. Por fim, em (17), no
domínio conversacional, a conjunção indica uma explicação do ato de fala pronunciado.
Por meio de uma análise quantitativa, verificou-se que grande parte das
ocorrências de agora que pertencem ao domínio do conteúdo (46%) – conferir na tabela
abaixo – em virtude da preservação do significado temporal, mais concreto, em muitas
ocorrências dessa locução. Além disso, constatou-se que todas as ocorrências temporais
pertencem ao domínio do conteúdo, o que corrobora as postulações de Sweetser (1991),
segundo a qual os eventos do mundo real, as relações mais referenciais estão nesse
domínio mais concreto.
!
Relação Semântica
entre as orações
Tempo
Tempo / Causa
Causa
TOTAL
Conteúdo
24
100%
4
14%
1
10%
29
46%
"
#
Domínios conceituais
Epistêmico Atos de fala
–
–
19
66%
6
60%
25
40%
6
21%
3
30%
9
14%
TOTAL
24
100%
29
100%
10
100%
63
100%
O gráfico seguinte permite visualizar os resultados expressos no Quadro 01,
representando a distribuição das ocorrências de agora que nos três domínios
conceituais:
70
60
50
40
30
20
10
0
$ %
Conteúdo
Epistêmico
Conversacional
Total
"
&
Os resultados apresentados na Tabela 1 evidenciam que agora que apresenta
mais ocorrências ambíguas e causais (39 casos, se somadas) do que exemplos temporais
(22 casos), o que significa que essa perífrase está gramaticalizando-se na marcação de
causa, assumindo usos mais abstratos. O gráfico 2 ilustra a classificação semântica dos
empregos de agora que levantados nos corpora.
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70
60
50
40
30
20
10
0
$ %
Temporal
Tempo / Causa
Causal
Total
'
&
5. Considerações finais
O exame da variedade de empregos da perífrase conjuncional agora que mostra
que as diversas interpretações possíveis sugerem diferentes estágios de mudança, em
que as acepções que veiculam avaliações subjetivas dos falantes, ou aquelas
pertencentes aos domínios epistêmico e conversacional, ocupam um estágio mais
adiantado do processo em relação às acepções mais referenciais, pertencentes ao
domínio conceitual do conteúdo.
Notas
1
Este trabalho faz parte de uma pesquisa de mestrado orientada pela Prof. Dra. Maria Helena de Moura
Neves. O estudo é financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(CAPES).
2
Essa amostra de fala é resultante do Projeto “O Português falado na região de São José do Rio Preto:
constituição de um banco de dados anotado para seu estudo”, cujo responsável é o professor Dr. Sebastião
Carlos Leite Gonçalves. Desse banco de dados, foram utilizados, na presente pesquisa, 61 inquéritos.
3
As letras e números, entre parênteses, no final das ocorrências referem-se à obra da qual cada exemplo
foi retirado.
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