UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM E LICENCIATURA SAMARA OLIVEIRA GONÇALVES EVIDÊNCIAS SOBRE OS FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À OSTEOPOROSE E SEU REFLEXO NO CUIDADO DE ENFERMAGEM: Revisão bibliográfica NITERÓI 2016 SAMARA OLIVEIRA GONÇALVES EVIDÊNCIAS SOBRE FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À OSTEOPOROSE E SEU REFLEXO NO CUIDADO DE ENFERMAGEM: Revisão bibliográfica Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de graduação- Enfermagem e Licenciatura da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenção de Título de Enfermeiro e Licenciado em Enfermagem. Orientadora: Profª. Dra. ZENITH ROSA SILVINO Niterói, RJ 2016 G 635 Gonçalves, Samara Oliveira. Evidências sobre os fatores de risco associados à osteoporose e seu reflexo no cuidado de enfermagem: revisão bibliográfica / Samara Oliveira Gonçalves. – Niterói: [s.n.], 2016. 74 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense, 2016. Orientador: Profª. Zenith Rosa Silvino. 1. Osteoporose. 2. Enfermagem. 3. Qualidade de vida. I. Título. CDD 616.716 SAMARA OLIVEIRA GONÇALVES EVIDÊNCIAS SOBRE FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À OSTEOPOROSE E SEU REFLEXO NO CUIDADO DE ENFERMAGEM: Revisão bibliográfica Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de graduação- Enfermagem e Licenciatura da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenção de Título de Enfermeiro e Licenciado em Enfermagem. Aprovada em 26 de julho de 2016. BANCA EXAMINADORA: _________________________________________________ Prof. Drª Zenith Rosa Silvino- Universidade Federal Fluminense (Orientadora) __________________________________________________ Prof. Drª Terezinha de Jesus Sirotheau Corrêa- Universidade Federal Fluminense (Membro titular) ______________________________________________ Ms. Raí Moreira Rocha- Universidade Federal Fluminense (Membro titular) _________________________________________________ Profª Ms. Sidênia Alves Sidrião de Alencar Mendes - Universidade Federal Fluminense (Membro suplente) Niterói 2016 Dedico este trabalho a Deus por me capacitar e permitir concluir este curso. AGRADECIMENTOS À Deus por me dar força e ânimo nessa longa jornada e estar permitindo concluí-la com êxito. Aos meus pais Valci Gonçalves e Jane Oliveira por toda dedicação, amor e apoio a mim oferecido. Ao meu noivo Daniel Silva de Oliveira pelo carinho, amor e apoio nos momentos que mais precisei. À minha irmã Raquel Gonçalves e meu cunhado Hugo Carneiro por toda força e incentivo em minha profissão. À professora Drª Terezinha de Jesus Sirotheau Corrêa por todo ensinamento que me proporcionou ao longo de minha trajetória na Universidade. À minha orientadora Drª Zenith Rosa Silvino pela paciência, oportunidade de realizar este trabalho e acreditar em meu potencial. À toda a minha família por sempre me apoiar e acreditar em meu esforço. As minhas amigas da faculdade Noemi, Ana Carolina Terra, Amanda, Joyce e Graziela que proporcionaram momentos alegres e contribuíram para que essa jornada fosse realizada com sucesso. À professora Sidênia Alves Sidrião de Alencar Mendes por todo aprendizado profissional que me proporcionou na disciplina de Estágio Curricular I em Saúde Coletiva. Ao Ddo. Raí Rocha, por me ajudar em diversos momentos na construção deste trabalho. RESUMO A osteoporose atualmente é considerada um sério problema de saúde pública no mundo, sendo importante a atuação qualificada pela enfermagem no atendimento a estes pacientes. Diante disso, torna-se fundamental que o enfermeiro identifique precocemente os fatores de risco para a osteoporose e saiba as repercussões desta morbidade na qualidade de vida (QV) do indivíduo, com o intuito de estabelecer ações de enfermagem preventivas para a doença, devido a grande carga física psicossocial e econômica que tal patologia acarreta. Para isto foi estabelecido como objeto de estudo os fatores de risco para o desenvolvimento da osteoporose. O objetivo geral deste trabalho é discutir as ações para o cuidado de enfermagem na prevenção da osteoporose tendo em vista a QV do indivíduo. Tem como objetivos específicos: identificar os fatores de risco para o desenvolvimento da osteoporose; descrever causas que geram a osteoporose e suas repercussões na QV do indivíduo; e elencar ações de cuidado de enfermagem para a prevenção da osteoporose tendo em vista a QV do indivíduo. Metodologia: realizou-se uma revisão bibliográfica a partir da seleção de artigos publicados na Biblioteca Virtual em Saúde, através de buscas nas bases de dados: LILACS, MEDLINE, IBECS E BDENF, com os seguintes descritores: osteoporose; fatores de risco; e enfermagem, nos idiomas português e espanhol, com recorte temporal entre 2010 e 2015. A amostra final conteve 13 artigos que atenderam aos critérios de inclusão. Resultados: o material foi organizado em duas classes, sendo elas denominadas: Classe I. Fatores de Risco e Causas para o Desenvolvimento da Osteoporose, subdividida em três categorias e Classe II. Ações de Cuidado de Enfermagem para a Prevenção da Osteoporose tendo em vista a Qualidade de Vida do Indivíduo, subdividida em duas categorias. Discussão: os resultados deste estudo apontam maior incidência da osteoporose de acordo com o avançar da idade e no sexo feminino, sendo bem evidenciado em indivíduos com atividade física e estado nutricional, inadequados. As repercussões da doença sobre a QV dos sujeitos com osteoporose associouse a limitações funcionais que a doença acarreta e transtornos psicológicos que afetam a sua autonomia e participação na sociedade. Observou-se a grande relevância das ações educativas e assistenciais na abordagem ao paciente com risco de desenvolver osteoporose, para a prevenção da doença, devido à possibilidade da identificação de subjetividades de forma humanizada. A partir dos dados obtidos conclui-se que o enfermeiro deve buscar constantemente encorajar a mudança de comportamentos inadequados para a saúde desta clientela, através de uma conscientização contínua e efetiva e que o mesmo esclareça as mulheres sobre as consequências que a menopausa traz para a sua saúde. Sugere-se investimentos em mais produções científicas sobre intervenções para prevenção da osteoporose visando implementações qualificadas de cuidados em saúde de forma singular, devido à escassa produção científica nacional, principalmente de autores enfermeiros. Palavras-chave: osteoporose; fatores de risco; enfermagem. ABSTRACT Osteoporosis is now considered a serious public health problem in the world. It is important to qualified action by nurses in the care of these patients. Therefore, it is essential that nurses early identify risk factors for osteoporosis and know the effects of this condition on quality of life (QOL) of the individual, in order to establish preventive nursing actions for the disease, due to great psychosocial and economic physical burden that this disease brings. For this was established as an object of study the risk factors for the development of osteoporosis. The aim of this paper is to discuss the actions for nursing care in the prevention of osteoporosis in view of the individual's QoL. Its specific objectives are to identify risk factors for the development of osteoporosis; describe causes that generate osteoporosis and its impact on the individual's QOL; and rank nursing care actions for the prevention of osteoporosis in view of the individual's QOL. Methodology: we conducted a literature review from the selection of articles published in the Virtual Health Library, by searching in the databases: LILACS, MEDLINE, IBECS And BDENF with the following descriptors: osteoporosis; risk factors; and nursing, in Portuguese and Spanish, with time frame between 2010 and 2015. The final sample contained 13 articles that met the inclusion criteria. Results: the material was divided into two classes, which were denominated Class I. Risk Factors and Causes for the Development of Osteoporosis, divided into three categories and Class II. Nursing care actions for the Prevention of Osteoporosis in view of the quality of Individual Life, subdivided into two categories. Discussion: the results of this study indicate a higher incidence of osteoporosis according to the advancing age and females, as well evidenced in individuals with physical activity and nutritional status, inadequate. The repercussions of the disease on the QOL of individuals with osteoporosis was associated with functional limitations that the disease causes and psychological disorders that affect their autonomy and participation in society. There was the great importance of education and care activities in the approach to the patient at risk for osteoporosis, for prevention of disease due to the possibility of subjectivities identification humanized form. From the data obtained it was concluded that nurses must constantly seek to encourage changes in behavior inappropriate to the health of this clientele, through a continuous and effective awareness and that it enlighten women about the consequences that menopause brings to her Cheers. It is suggested more investment in scientific production on interventions for preventing osteoporosis targeting qualified health care implementations in a unique way because of the scarce national scientific production, especially of nurses authors. Key words: osteoporosis; risk factors; nursing. LISTA DE FIGURAS Figura 1: Primeira Busca Realizada na BVS Figura 2: Segunda Busca Realizada na BVS Figura 3: Classificação e Categorização dos Resultados 29 30 31 LISTA DE QUADROS Quadro 1: Síntese da primeira busca na BVS 32 Quadro 2: Síntese segunda busca na BVS 38 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS UFF Universidade Federal Fluminense DCNTs Doenças Crônicas Não Transmissíveis OMS Organização Mundial de Saúde SUS Sistema Único de Saúde NECIGEN Núcleo de Estudos e Pesquisas em Cidadania e Gerência na Enfermagem RANK Receptor Activator of Nuclear factor Kappa Beta QV Qualidade de vida PBE Prática Baseada em Evidências BVS Biblioteca Virtual em Saúde DMO Densidade Mineral Óssea DO Densidade Óssea BMO Baixa Massa Óssea EF Educação Física MED Medicina CC Composição Corporal DP Desvio Padrão DeCS Descritores em Ciências da Saúde DEXA Dual-Energy X-Ray absorptiometry AVDs Atividades da Vida Diária EASIC Programa de Extensão à Enfermagem na Atenção à Saúde do Idoso e seus Cuidadores SUMÁRIO 1. CAPÍTULO I. INTRODUÇÃO 13 1.1 OBJETIVOS 14 2. CAPÍTULO II. BASES CONCEITUAIS 17 2.1 O TECIDO ÓSSEO: ESTRUTURA E FUNÇÃO 17 2.1.2 OSTEOGÊNESE 17 2.1.3 REMODELAÇÃO ÓSSEA 18 2.2 OSTEOPOROSE 19 2.2.1 OSTEOPOROSE: DOENÇA DE ALBERS-SCHONBERG OU DOENÇA MARMÓREA OSTEOPOROSE POR DOENÇA ÓSSEA METABÓLICA 20 2.2.2 21 2.2.2.1 OSTEOPOROSE PÓS-MENOPAUSA 21 2.3 QUALIDADE DE VIDA 22 2.4 EDUCAÇÃO EM SAÚDE 24 2.5 PESQUISA BASEADA EM EVIDÊNCIAS 26 3. CAPÍTULO III. METODOLOGIA 27 3.1 ASPECTOS ÉTICOS 30 4. CAPÍTULO IV. RESULTADOS 31 4.1 CLASSE I: FATORES DE RISCO E CAUSAS PARA O 31 DESENVOLVIMENTO DA OSTEOPOROSE 4.1.1 CATEGORIA A: FATORES DE RISCO 33 4.1.1.1 FATORES DE RISCO MODIFICÁVEIS 34 4.1.1.2 FATORES DE RISCO NÃO MODIFICÁVEIS 34 4.1.2 CATEGORIA B: DENSIDADE MINERAL ÓSSEA E COMPOSIÇÃO 35 CORPORAL 4.1.3 CATEGORIA C: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA OSTEOPOROSE 36 4.2 CLASSE II: AÇÕES DE CUIDADO DE ENFERMAGEM PARA A 37 PREVENÇÃO DA OSTEOPOROSE TENDO EM VISTA A QUALIDADE DE VIDA DO INDIVÍDUO 4.2.1 CATEGORIA: A: QUALIDADE DE VIDA 38 4.2.2 CATEGORIA B: PREVENÇÃO 41 5. CAPÍTULO V. ANÁLISE E DISCUSSÃO 44 5.1 FATORES DE RISCO E CAUSAS PARA O DESENVOLVIMENTO 44 DA OSTEOPOROSE 5.2 AÇÕES DE CUIDADO DE ENFERMAGEM PARA A PREVENÇÃO 50 DA OSTEOPOROSE TENDO EM VISTA A QUALIDADE DE VIDA DO INDIVÍDUO CONCLUSÃO 55 OBRAS CITADAS 57 OBRAS CONSULTADAS 68 ANEXOS 71 13 CAPÍTULO I INTRODUÇÃO Este trabalho tem como objeto de pesquisa os fatores de risco para o desenvolvimento da osteoporose. Em virtude da experiência que pude vivenciar em um projeto de Técnicas Histológicas e Histoquímicas do Departamento de Morfologia da Universidade Federal Fluminense (UFF) sobre a contribuição do estudo do processo de ossificação endocondral do tecido ósseo hígido e a correlação com a osteoporose, e a partir de reflexões a respeito de tudo o que envolve o cuidado de enfermagem ao paciente osteoporótico e sua família, pude notar a grande importância de um estudo particularizado sobre condições intrínsecas e/ ou extrínsecas que podem influenciar a aquisição da doença. Posteriormente, a experiência como monitora de Histologia do Departamento de Morfologia da UFF também me levou a compreender como estas condições poderiam provocar alterações da microarquitetura trabecular dos ossos, e que dependendo da gravidade poderiam acarretar em osteopenia e/ ou osteoporose. Como essas condições podem afetar não apenas o tecido ósseo de idosos, mas também de crianças homens e mulheres contemplei a magnitude do papel do enfermeiro nesse cenário, e o impacto que o cuidado de enfermagem traz na melhoria da qualidade de vida (QV) destes pacientes, uma vez que a enfermagem atua na orientação e realização do atendimento em saúde aos mesmos. A partir de estudos histológicos de um tecido, conseguimos perceber quais são os elementos estruturais do mesmo. Notamos de que forma as células se agrupam, como funcionam e interagem com o meio extracelular e então conseguimos observar e compreender suas características morfofuncionais. Quando há alguma desordem do funcionamento do tecido, podemos evidenciar alterações nas estruturas das células. Tudo isso nos leva a perceber como deve ser o processo de tratamento da doença e que tipos de cuidados devem ser adotados. Através da percepção sobre a relevância da atribuição do enfermeiro na educação em saúde de pacientes portadores de osteoporose, a partir da prática baseada em evidências, o presente estudo procura identificar fatores de riscos mais prevalentes nos grupos suscetíveis para o desenvolvimento da patologia (Ex.: mulheres, idosos) e com isso, discutir ações para o cuidado de enfermagem na prevenção da doença e seus agravos. 14 De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização Panamericana de Saúde, possíveis intervenções nas doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) envolvem ações educativas voltadas para a mudança de comportamentos, assim como cuidados continuados, de longa duração, planejados de forma prospectiva, proativa e apoiados fundamentalmente na atenção primária à saúde (BERARDINELLI et al, 2015). Geralmente a osteoporose incide de forma silenciosa, pois a diminuição massa óssea ocorre sem a presença de sintomas. A qualidade e a densidade óssea (DO) diminuem, aumentando o risco de fraturas, principalmente na coluna, punho, quadril e ombro. Em muitos casos, a doença só é diagnosticada quando ocorre a primeira fratura, em estágio já avançado (INTO, 2014). A formação hígida dos ossos irá determinar a qualidade e resistência do tecido ósseo. Nas duas primeiras décadas de vida do ser humano há um predomínio na formação e incremento progressivo da massa óssea; após a soldadura das epífises, persiste ainda um predomínio construtivo, se bem que em menor ritmo, e o ser humano alcança sua maior massa óssea na quarta década da vida: é o chamado “pico de massa óssea”. A partir daí, praticamente, estabiliza-se a taxa de formação enquanto a reabsorção aumenta (FREITAS; PY, 2011). Como até os 40 anos de idade há um predomínio deformação da massa óssea, há de se perceber a grande influência de seu impacto na vida adulta e idosa e a importância nessa faixa etária de se alcançar o ideal pico de massa óssea no processo de formação do osso, levando-se em consideração os fatores de risco e de proteção vivenciados pelo indivíduo para a osteoporose. Tendo em vista o objeto de estudo foram formuladas as seguintes questões que nortearam a pesquisa: Quais os fatores de risco para o desenvolvimento da osteoporose? Que causas geram a osteoporose? Quais as repercussões desta doença na QV do indivíduo? Quais são os cuidados de enfermagem para sua prevenção? O objetivo geral do trabalho é discutir ações para o cuidado de enfermagem na prevenção da osteoporose tendo em vista a QV do indivíduo. Os objetivos específicos englobam: Identificar os fatores de risco para o desenvolvimento da osteoporose; Descrever causas que geram a Osteoporose e suas repercussões na QV de vida do indivíduo; e 15 Elencar ações de cuidado de enfermagem para a prevenção da osteoporose tendo em vista a QV de vida do indivíduo. Como justificativa do estudo observa-se que a osteoporose é um problema importante de saúde pública, pois grande parte da população mundial apresenta a doença. Consoante a OMS em estudos realizados em todo o mundo, 13% a 18% das mulheres e 3% a 6% dos homens, acima de 50 anos, sofrem com a osteoporose e no Brasil, o número de pessoas que possuem a doença são altíssimos sendo grandes os gastos para o cuidado em saúde no Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2010 o SUS gastou cerca de R$ 81 milhões para a atenção ao paciente portador de osteoporose e vítima de quedas e fraturas (BRASIL, 2011). As fraturas por osteoporose trazem consequências física, psicossocial e financeira grave, tanto para o paciente quanto para a sociedade. Estas fraturas podem gerar dor, deformidades ósseas, medo, aflição, dificuldade em realizar atividades diárias, perda de independência e institucionalização (MARINHO et al, 2014). A detecção precoce dos fatores de risco relacionados à perda de massa óssea e às fraturas torna-se essencial para o manuseio de pacientes de risco, especialmente para a introdução de estratégias efetivas de prevenção, diagnóstico e tratamento. Além disso, apresentam baixo custo e são de fácil execução e implementação, especialmente em países em desenvolvimento (PINHEIRO et al, 2010). Fraturas por fragilidade óssea geram altas taxas de mortalidade, o que traz diversos problemas, pois resultam em altos custos econômicos para a sociedade, ao acarretar em despesas como tratamento médico, cirurgias, internações hospitalares e de reabilitação. Esses custos tendem a aumentar com o envelhecimento da população e, consequentemente, uma maior prevalência de osteoporose e de seus agravos (Ibid). Diante disso a consulta de enfermagem torna-se um mecanismo importante para promoção da saúde e prevenção de doenças, uma vez que permite o estabelecimento de um vínculo de interação entre o enfermeiro e o cliente e possibilita a identificação da patologia e os agravos decorrentes a ela (LINDOLPHO et al, 2012). A partir do conhecimento e identificação do perfil sócio epidemiológico e dietético dos indivíduos em uma consulta de enfermagem, podem-se identificar as demandas da clientela, e com isso, desenvolver ações focadas em seus déficits, de maneira que garanta melhor QV (Ibid). Em vista disso, este estudo tem como premissa contribuir para um melhor direcionamento na escolha para cuidados de enfermagem na prevenção da osteoporose e seus agravos, abarcando todas as faixas etárias e sexos; apontar as melhores condutas a serem 16 tomadas aos indivíduos com risco de baixa massa óssea (BMO), norteando os enfermeiros no estabelecimento das melhores intervenções para promoção de hábitos saudáveis de vida; e minimizar os limites que a doença gera no indivíduo acometido pela patologia em questão. Este Trabalho de Trabalho de Conclusão de Curso está inserido na linha de Pesquisa Gerência do Cuidado de Enfermagem do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Cidadania e Gerência na Enfermagem (NECIGEN). 17 CAPÍTULO II BASES CONCEITUAIS Neste capítulo são apresentadas as bases do estudo que darão sustentação à discussão dos resultados de pesquisa. 2.1 O TECIDO ÓSSEO: ESTRUTURA E FUNÇÃO O tecido ósseo possui diferentes tipos de células e matriz óssea que lhe conferem alta resistência. O osso armazena íons cálcio, fosfato e outros, compondo assim os complexos osteocondrais. As funções do sistema esquelético envolvem locomoção, suporte, postura, e proteção dos tecidos moles e de órgãos vitais (BRASILEIRO FILHO, 2006). Segundo Robbins & Cotran (2010, p. 1214), “Os ossos tem um papel essencial na homeostase mineral, aloja os elementos hematopoiéticos, fornece suporte mecânico para o movimento, protege as vísceras e determina o tamanho e a forma do corpo”. Esse tecido é uma especialização do tecido conjuntivo caracterizado por uma matriz extracelular mineralizada. O aspecto que diferencia o osso de outros tecidos é a mineralização de sua matriz, que produz um tecido extremamente rígido capaz de fornecer suporte e proteção. O mineral é o fosfato de cálcio na forma de cristais de hidroxiapatita (ROSS; PAWLIANA, 2012). A matriz óssea (osteoide) consiste em componentes orgânicos (35%) e inorgânicos (65%) e contém fibras de colágeno do tipo I (90%); proteoglicanos, enriquecidos em condroitinsulfato, queratansulfato e ácido hialurônico; e proteínas não colágenas. O componente inorgânico do osso é representado predominantemente pelos depósitos de fosfato de cálcio com características cristalinas da hisdroxiapatita. Os cristais são distribuídos ao longo do comprimento das fibras colágenas por meio de um processo de associação auxiliado pelas proteínas não colágenas (KIERSENBAUM; TRES, 2012, p.137). 2.1.2 OSTEOGÊNESE A formação do tecido ósseo é um processo fisiológico normal que ocorre durante toda a vida, sendo importante para a manutenção da resistência óssea. “A morfogênese esquelética é determinada pelos genes homeobox, que codificam os fatores transcricionais necessários para o desenvolvimento do esqueleto normal” (ROBINS; COTRAN, 2010, p. 1217). 18 A formação do tecido ósseo pode ocorrer ou por um processo chamado de ossificação intramembranosa, que ocorre no interior de uma membrana conjuntiva, ou pelo processo de ossificação endocondral. Este último se inicia sobre um molde de cartilagem hialina, que gradualmente é destruído e substituído por tecido ósseo formado a partir de células do conjuntivo adjacente (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2008). Em ambos os processos de formação, o primeiro tecido ósseo formado é o do tipo primário que é pouco a pouco substituído por tecido secundário ou lamelar. Portanto, durante o crescimento dos ossos podem-se ver, lado a lado, áreas de tecido primário, áreas de reabsorção e áreas de tecido secundário. Uma combinação de formação e remoção do osso persiste durante o crescimento ósseo (Ibid). 2.1.3 REMODELAÇÃO ÓSSEA O osso apresenta capacidade de crescimento e de remodelação por meio de reabsorção e neoformação, processos esses mais evidenciados e intensos ao longo do crescimento. Neste ocorre modificação da estrutura anatômica do osso, fortalecendo regiões mais requisitadas (que suportam maiores tensões e estão sujeitas a sobrecarga de peso) e que necessitam de maior resistência (BRASILEIRO FILHO, 2006). A “automodelagem” do osso evidenciada no processo de remodelação óssea permite a manutenção da resistência do tecido ósseo, de acordo com as solicitações mecânicas que o mesmo é submetido. Este processo contínuo, que possibilita a substituição de um osso envelhecido e danificado por um tecido novo, é de tal precisão que a partir da aquisição do pico de massa óssea, esta se mantém constante até a instalação da falência gonadal (BORBA; KULAK; CASTRO, 2003). O remodelamento ocorre de forma simultânea em diferentes sítios do esqueleto e é caracterizado por uma fase inicial de reabsorção óssea, realizada pelos osteoclastos, seguida de formação de osso novo pelos osteoblastos, adicionando osso novo ou removendo osso redundante de acordo com as exigências das cargas (Ibid). No processo de formação óssea o osteoblasto sintetiza o fator Receptor Activator of Nuclear factor Kappa Beta (RANK) que sinaliza para as células hematopoiéticas formarem osteoclastos e também ativa a borda em escova destes osteoclastos. Em 20 dias os osteoclastos reabsorvem parte do tecido ósseo, formando as lacunas de Howship. Com isso os osteoblastos preenchem estas lacunas com matriz proteica e finalmente nela depositam cristais de hidroxiapatita. Este processo demora 180 dias para ser completado (SOUZA, 2010). 19 Em torno dos 30 e 40 anos esse processo atinge seu auge, havendo equilíbrio entre as taxas de reabsorção e neoformação, observando-se, a partir daí, predomínio progressivo de reabsorção óssea. Pela remodelação, o tecido ósseo pode ainda controlar a homeostase mineral, juntamente com os rins e os intestinos (BRASILEIRO FILHO, 2006). 2.2 OSTEOPOROSE A formação do osso abrange o crescimento, modelagem e a remodelagem do tecido ósseo, processos mediados por osteoblastos e osteoclastos sob o controle dos fatores reguladores locais e moléculas de sinalização transportadas pelo sangue, como o hormônio da paratireoide e a vitamina D3. Diversas condições podem alterar o esqueleto ao afetar a remodelação óssea mediada pelas células ou perturbar as mineralização da matriz extracelular (KIERSENBAUM; TRES, 2012). “A osteoporose, que literalmente significa osso poroso, é a doença óssea de ocorrência mais comum, caracterizada por perda progressiva de DO normal acompanhada de deterioração de sua microarquitetura” (ROSS; PAWLIANA, 2012,p.239). Ela é causada por um desequilíbrio entre função dos osteoblastos que sintetizam massa óssea e osteoclastos que atuam na reabsorção óssea, gerando uma redução da massa óssea, fragilidade no tecido aumentada e maior risco a fraturas. O osso osteoporótico tem estrutura histológica normal, entretanto, existe menos massa tecidual. Isso resulta em ossos mais enfraquecidos que sãos mais propensos a fraturas (Ibid). O distúrbio desse processo de remodelamento ósseo pode ocorrer quando um indivíduo está exposto a fatores de risco que podem perturbar o equilíbrio de deposição e reabsorção de osso, levando a um maior risco para o desenvolvimento de um osso fraco, o que poderá acarretar em osteopenia e dependendo da gravidade osteoporose. O termo risco é utilizado para estabelecer a possibilidade de uma pessoa sadia, exposta a determinados fatores, ambientais ou hereditários, adquirir uma doença. Os fatores que estão associados ao aumento do risco para o desenvolvimento de uma doença são chamados fatores de risco (INCA, 2016). 20 2.2.1 OSTEOPOROSE: DOENÇA DE ALBERS-SCHONBERG OU DOENÇA MARMÓREA A doença de albers-schonberg conhecida como doença marmórea, refere-se a um grupo de doenças genéticas raras que são caracterizadas pela redução de absorção óssea e esclerose esquelética simétrica difusa devido a uma alteração na formação ou função dos osteoclastos. Os ossos são extremamente frágeis e fraturam com facilidade, como um pedaço de giz (ROBINS; COTRAN, 2010). Existem dois subgrupos hereditários principais conhecidos, a forma autossômica recessiva (osteoporose infantil maligna) que se manifesta in útero ou na primeira infância por grande DO e obliteração progressiva da cavidade medular e a forma autossômica dominante, que muitas vezes é diagnosticada no adulto quando radiografado por outras razões (BRASILEIRO FILHO, 2006). O fator causal da doença ainda não está bem estabelecido, mas sabe-se que a disfunção osteoclástica resulta na incapacidade do organismo em reabsorver e remodelar o osso. A função osteoblástica é normal e assim ocorre um depósito excessivo de material osteoide mineralizado. Os ossos tornam-se densos, escleróticos e radiopacos e a cavidade medular é ausente nos ossos longos (ATHAR; ANDRADE; BREMGARTNER, 2012). A osteoporose apresenta uma variação clínica que é causada por uma deficiência de anidrase carbônica II, necessária para os osteoclastos acumularem H+ na reabsorção das lacunas de Howship e acidificarem o ambiente a fim de possibilitar a ativação da enzima de secreção catepsina K (KIERSENBAUM; TRES, 2012). Segundo Brasileiro Filho (p. 985, 2006) “Os osteoclastos são muitas vezes displásicos, com formas anormais e núcleos irregulares. Estudos ultra-estruturais mostram borda estriada malformada ou mesmo ausente, indicando atividade osteoclástica deficiente”. Esta patologia se trata de uma doença rara que está reportada apenas em algumas centenas de casos a nível mundial. Acomete ligeiramente mais o sexo masculino, não havendo predomínio por raça podendo se manifestar de várias formas e em qualquer idade. Aproximadamente 20% dos casos derivam de casamento consanguíneo (ATHAR; ANDRADE; BREMGARTNER, 2012). Em estágios mais avançados da forma autossômica recessiva, podem ocorrer problemas como paralisias dos nervos ópticos, oculomotor e facial pela compressão resultante do supercrescimento ósseo. O primeiro sinal de osteopetrose pode ser a disfunção do nervo óptico que é o mais comumente afetado e também do facial que fica em segundo lugar (NALLEJUNIOR et al, 2001). 21 2.2.2 OSTEOPOROSE POR DOENÇA ÓSSEA METABÓLICA Do ponto de vista clínico, a osteoporose é classificada em dois grupos principais: primária (dos tipos I e II), na qual a osteopenia é a doença básica, a e secundária, atribuída a várias condições clínicas ou medicamentosas (KIERSENBAUM; TRES, 2012). A osteoporose primária do tipo I ocorre em mulheres na pós-menopausa já que esse tipo ocorre em um estágio mais inicial da vida do que o tipo II. O efeito deste tipo da doença por longo prazo geralmente é mais grave do que a osteoporose que se desenvolve em anos posteriores a vida. A do tipo II ocorre em indivíduos idosos na sétima ou oitava década de vida e é a causa principal de morbidade grave e perda funcional nesse grupo etário (ROSS; PAWLIANA, 2012). A osteoporose secundária incide como resultado de terapia medicamentosa como, por exemplo, em decorrência do uso de corticosteroides, ou através de algum processo patológico que pode afetar a remodelagem óssea, incluindo desnutrição, imobilização prolongada e doenças metabólicas como o hiperparatireoidismo (Ibid). 2.2.2.1 OSTEOPOROSE PÓS-MENOPAUSA A principal alteração biológica que ocorre na menopausa é o cessar da ovulação, confirmada com a interrupção da menstruação por pelo menos um ano. Após a menopausa, os ovários tornam-se inativos e ocorre mínima ou nenhuma liberação de estrogênio, coincidindo com a redução da absorção de cálcio pelo intestino, devido à baixa produção de calcitonina, hormônio que inibe a desmineralização óssea. O déficit de estrogênio é um determinante importante na perda óssea durante a menopausa e, quando precoce, o risco aumenta de forma significativa (LANZILLOTTI, 2003). Algumas mulheres apresentam perda de massa óssea acima de 1% ao ano, sendo que outras chegam a perder 5% e, no final de 5 anos, estão com perda superior a 25%, caracterizando a osteoporose pós-menopausa. A redução dos estrógenos permanece até 40 anos após a menopausa, o que justifica o uso de estrógenos em pacientes mais idosas (RUSSO, 2001). 22 2.3 QUALIDADE DE VIDA A (QV) se expressa como um universo de conhecimento em uma área multidisciplinar que envolve além de diversas formas de ciência e conhecimento popular, conceitos que permeiam a vida das pessoas como um todo. Nessa concepção, lida-se com diversos elementos do cotidiano do ser humano, considerando desde a percepção e expectativa subjetivas sobre a vida, até questões mais deterministas como o agir clínico frente a doenças e enfermidades (ALMEIDA; GUTIERREZ; MARQUES, 2012). O conceito de QV em abordagens holísticas é multidimensional, apresenta uma organização complexa e dinâmica dos seus componentes, diferencia-se entre indivíduos em conformidade com seu ambiente/ contexto e mesmo entre duas pessoas inseridas em um contexto similar. Características como valores, inteligência, interesses são importantes de serem considerados e, além disso, QV é um aspecto fundamental para se ter uma boa saúde e não o contrário (PEREIRA; TEIXEIRA; SANTOS, 2012). A QV envolve o estado geral do indivíduo incluindo a autoestima e o bem-estar pessoal, abarcando uma série de aspectos como a capacidade funcional, o nível socioeconômico, o estado emocional, a interação social, a atividade intelectual, o autocuidado, o suporte familiar, o próprio estado de saúde, os valores culturais, éticos e a religiosidade, o estilo de vida, a satisfação com o emprego e/ou com atividades diárias e o ambiente em que se vive. A definição de QV varia de autor para autor e, além disso, é um conceito subjetivo dependente do nível sociocultural, da faixa etária e das aspirações pessoais do indivíduo (VECCHIA et al, 2005). É importante se ter atenção à multiplicidade de questões que envolvem o universo da QV, desde parâmetros sociais até de saúde ou econômicos. Esses indicadores podem ser analisados por diferentes áreas de conhecimento, com referenciais e procedimentos diferentes, sendo vinculadas definições e concepções variadas (ALMEIDA; GUTIERREZ; MARQUES, 2012). A mensuração da QV pode se dar através de questionários genéricos ou específicos. Os primeiros buscam avaliar de forma geral os aspectos de vida e de saúde dos indivíduos doentes ou não. Já os questionários específicos avaliam as particularidades de uma doença ou agravo, quantificando o impacto do tratamento e os ganhos de saúde obtidos. Dentre os questionários genéricos amplamente utilizados, destaca-se o World Health Organization Quality of Life (WHOQOL 100), que permitem comparar a QV de indivíduos submetidos a 23 diferentes condições clínicas e reúnem maior número de itens mensuráveis (ANGELIM et al, 2015). A partir de um projeto colaborativo multicêntrico de iniciativa da OMS, desenvolveuse o WHOQOL. Devido a participação de especialistas de 15 diferentes culturas, foi possível construir um instrumento aplicável a várias populações, com diferentes realidades socioculturais. O primeiro a ser criado foi o WHOQOL 100; posteriormente, surgiu a versão abreviada ou World Health Organization Quality of Life – BREF (WHOQOL-BREF) e o World Health Organization Quality of Life Assessment for Older Adults (WHOQOL-OLD), para avaliação da QV em idosos, sendo este último complementar ao WHOQOL-BREF (Ibid). Esses instrumentos elaborados pelo grupo WHOQOL, trazem consigo três aspectos essenciais: subjetividade, multidimensionalidade e presença de dimensões positivas e negativas dentro de suas particularidades ao conceder escore global e por domínios da QV (SILVA et al, 2014). O instrumento WHOQOL-100 consiste em cem perguntas referentes a seis domínios: físico, psicológico, nível de independência, relações sociais, meio ambiente e espiritualidade/religiosidade/crenças pessoais. Esses domínios são divididos em 24 facetas. Cada faceta é composta por quatro perguntas. Além das 24 facetas específicas, o instrumento tem uma 25a composta de perguntas gerais sobre QV. As perguntas são respondidas através de quatro tipos de escalas (dependendo do conteúdo da pergunta): intensidade, capacidade, frequência e avaliação. As respostas para as questões do WHOQOL são dadas em uma escala do tipo Likert (FLECK, 2000). A importância do desenvolvimento de um instrumento mais curto, que necessitasse de menor tempo para o preenchimento e também preservasse características psicométricas satisfatórias, fez com que o Grupo de QV da OMS desenvolvesse uma versão abreviada do WHOQOL-100, o WHOQOL-BREF. Esta versão abreviada consta de 26 questões, duas questões são gerais de QV, ao passo que as demais representam cada uma das 24 facetas que compõem o instrumento original. Diferente do WHOQOL-100 em que cada uma das 24 facetas é avaliada a partir de quatro questões, no WHOQOL-BREF cada faceta é avaliada por apenas uma questão (Ibid). Posteriormente devido a necessidade de um instrumento específico que avaliasse a QV em idosos desenvolveu-se o WHOQOL-OLD que traz informações adicionais sobre QV nessa população específica. Este instrumento é complementar ao WHOQOL-BREF e é composto por 24 itens divididos em seis facetas. Cada uma das facetas possui quatro itens. Os escores 24 destas seis facetas ou os valores dos 24 itens do módulo WHOQOL-OLD podem ser combinados para produzir um escore geral para a QV em adultos idosos (SERBIM; FIGUEIREDO, 2011). O somatório da pontuação do módulo pode então consistir em um conjunto de perfil de seis escores de facetas, ou, através da identificação de um fator de ordem mais elevada nas análises fatoriais, pode haver um único escore total baseado na soma de todos os 24 itens do módulo. Os escores altos representam, portanto uma alta QV e escores baixos representam uma baixa QV (Ibid). Especificamente na área de Saúde, a melhoria da QV passou a ser considerada como um desfecho a ser obtido após práticas assistenciais, bem como nas políticas públicas nas ações de promoção à saúde e de prevenção de doenças. Portanto, informações sobre a QV têm sido empregadas como indicadores para avaliação da eficácia, eficiência e impacto de determinados tratamentos em grupos de doentes (MONTEIRO et al, 2010). A osteoporose é considerada cada vez mais como uma enfermidade limitante da QV do indivíduo que a sofra, devido à limitação funcional ou muitas vezes por medo de quedas. Ela gera perda de independência decorrente da incapacidade de deambular, principalmente após a fratura de quadril. A flexibilidade corporal ou a capacidade de mudança de decúbito se torna bastante limitada, causando muitos transtornos e que provavelmente será um fator determinante e diretamente relacionado para a qualidade do sono. A osteoporose também causa tensão, preocupação e ansiedade para aqueles pacientes que possuem medo de quedas (MOTA; SOUSA; AZEVEDO, 2012). As temidas consequências que a doença acarreta são as fraturas que se associam ao grande aumento da morbimortalidade. A dor lombar pode causar grande impacto no desenvolvimento das atividades cotidianas, influenciando no bem-estar e na QV relacionada à saúde (Ibid). 2.4 EDUCAÇÃO EM SAÚDE A educação em saúde mostra-se como uma importante ferramenta para a promoção da QV de indivíduos, famílias e comunidades através da articulação de saberes técnicos e populares, de recursos institucionais e comunitários, de iniciativas públicas e privadas, superando a conceituação biomédica de assistência à saúde e abrangendo multideterminantes do processo saúde enfermidade-cuidado (SOUSA et al, 2010). 25 A relação existente entre cuidado e educação tem sido muito abordada na área da saúde, particularmente na Enfermagem, porém a educação ainda precisa ser compreendida no seu desdobramento próprio: o primeiro voltado para a formação dos profissionais da área, de cunho mais acadêmico-científico e o segundo focalizado na educação para a saúde, voltada para o autocuidado, logo, ela torna-se um componente que auxilia na construção a autonomia das pessoas no cuidado à sua saúde (Ibid). “A educação em saúde, pela sua magnitude, deve ser entendida como uma importante vertente à prevenção, e que na prática deve estar preocupada com a melhoria das condições de vida e de saúde das populações” (OLIVEIRA; GONÇALVES, 2004, p.761). As ações educativas podem levar a conscientização sobre algum problema de saúde e com isso evitar transtornos à clientela. Diante disso nota-se como as ações preventivas são mais vantajosas que as ações curativistas; tanto do ponto de vista econômico, quanto do ponto de vista assistencial, uma vez que podem diminuir a incidência de doenças e contribuir para a redução do número de pacientes que procuram serviços de maior complexidade, que são mais dispendiosos e por vezes menos efetivos (COSTA; SILVA; DINIZ, 2008). A atuação da enfermagem envolve diferentes atividades como o cuidar, o gerenciar e a prática educativa, que vem despontando como principal estratégia à promoção da saúde. A prática profissional da enfermagem não se restringe somente a sujeitos em situação de doença, pois ela atua em diferentes cenários como hospitais, unidades de saúde, ambulatórios, escolas, creches, empresas e domicílios (SOUZA; WEGNER; GORINI, 2007). Um dos princípios que norteiam as ações do enfermeiro é a ação educativa que se desenvolve em diversos cenários. A imagem do enfermeiro sempre é vista relacionada ao papel de cuidador e, ao cuidar, ele educa visando criar a co-responsabilização com o outro, aumentando com isso a autonomia do sujeito sobre sua saúde. Sendo assim, a educação pode ser considerada uma forma de cuidar e o cuidado uma maneira de educar (OLIVEIRA; SANTOS, 2011). Por meio da educação em saúde o enfermeiro pode desenvolver um espaço discursivo dos aspectos relevantes dos temas abordados, necessitando ter uma abordagem mais holística. É importante para isto considerar os aspectos biológicos, sociais, culturais, psicológicos que envolvem a população. O processo de cuidar implica estar em relação solidária com aquele que é cuidado, importa-se com ele, compreendê-lo em suas necessidades próprias, respeitar suas limitações e estimular suas potencialidades (SOUZA et al, 2013). 26 2.4 PESQUISA BASEADA EM EVIDÊNCIAS “A prática baseada em evidências (PBE) é um processo de descoberta, avaliação e aplicação de evidências científicas para o tratamento e gerenciamento da saúde. É o cuidado guiado por meio de resultados de pesquisas, consenso de especialistas ou a combinação de ambos” (GALVÃO; SAWADA; ROSSI, p. 692, 2002). A definição da enfermagem baseada em evidências leva em consideração as necessidades e preferências do paciente sendo conceituada como o uso consciencioso, explícito e criterioso de informações derivadas de teorias e pesquisas para a tomada de decisão sobre o cuidado prestado a indivíduos ou grupo de pacientes (Ibid). Através de uma pesquisa clínica relevante obtêm-se a melhor evidência focada no paciente, para aprimoramento das medidas de diagnóstico, indicadores de prognóstico e tratamento, reabilitação e prevenção. Os achados das investigações clínicas substituem as condutas previamente aceitas por informações mais seguras, acuradas e eficazes (PEDROLO et al, 2009). A tomada de decisões baseada em evidência não será impossibilitada em caso de falta evidência de alta qualidade. Nesta situação, utiliza-se a melhor evidência disponível e não a melhor evidência possível. Para a PBE faz-se importante também à disponibilidade de sistemas que permitam recuperar resultados das pesquisas mais atuais em tempo hábil e que o enfermeiro aprenda a utilizar esses sistemas (CRUZ; PIMENTA, 2005). A PBE utiliza pesquisas para guiar a tomada de decisão clínica ao combiná-las com a experiência clínica e as preferências do paciente, para realizar uma decisão sobre um problema específico. Para isto faz-se necessário o aprendizado de novas habilidades para o uso de diferentes processos para a tomada de decisão. Essas habilidades incluem a aplicação formal das regras da evidência ao avaliar a literatura (GALVÃO; SAWADA; ROSSI, 2002). Com o intuito de assegurar as decisões clínicas de diagnóstico, intervenções e resultados, as evidências devem ser buscadas. A PBE contribui para a precisão diagnóstica, pois prevê que se busquem resultados de pesquisas que indiquem a validade das associações entre as manifestações apresentadas pelos doentes e o diagnóstico atribuído. O ato diagnóstico em enfermagem tem como foco as respostas humanas às enfermidades e seu tratamento e aos processos de vida (CRUZ; PIMENTA, 2005). 27 CAPÍTULO III METODOLOGIA O estudo trata-se de uma pesquisa bibliográfica com abordagem qualitativa, pois possibilita um amplo alcance de informações, além de permitir a utilização de dados dispersos em inúmeras publicações, auxiliando também na construção, ou na melhor definição do quadro conceitual que envolve o objeto de estudo proposto (LIMA; MIOTO, 2007). No caso da pesquisa bibliográfica, a leitura apresenta-se como a principal técnica, pois é através dela que se podem identificar as informações e os dados contidos no material selecionado, bem como verificar as relações existentes entre eles de modo a analisar a sua consistência (Ibid). Essa pesquisa pauta-se na PBE, onde se busca a melhor evidência atual para a tomada de decisão sobre as ações para o cuidado de enfermagem na prevenção da osteoporose tendo em vista a QV do indivíduo. Para a elaboração da pesquisa bibliográfica percorreu-se seis etapas distintas (MENDES, SILVEIRA, GALVÃO, 2008): Primeira etapa: identificação do tema e seleção da questão de pesquisa; Segunda etapa: estabelecimento de critérios para inclusão e exclusão de estudos. Terceira etapa: definição das informações a serem extraídas dos estudos selecionados/ Quarta etapa: avaliação dos estudos incluídos na revisão integrativa; Quinta etapa: interpretação dos resultados; Sexta etapa: apresentação da revisão/síntese do conhecimento Diante dos objetivos propostos para esse estudo, a pergunta que direcionou a busca na literatura foi: Quais os fatores de risco para a osteoporose e quais ações de enfermagem para sua prevenção tendo em vista a QV do indivíduo? Para extrair os dados dos artigos selecionados, fez-se necessária a utilização de um instrumento previamente elaborado capaz de assegurar que a totalidade dos dados relevantes fosse extraída, minimizasse o risco de erros na transcrição, garantisse precisão na checagem das informações e servisse como registro (SOUZA; SILVA; CARVALHO, 2010). Em vista disso, a busca dos artigos foi realizada em dois momentos através da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) utilizando-se um formulário estruturado para o estudo, que se se encontra em Anexo. 28 A primeira busca foi realizada nas bases de dados: Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System onLine (MEDLINE) e Índice Bibliográfico Espanhol em Ciências da Saúde (IBECS). No primeiro momento foi desenvolvida uma estratégia de busca, utilizando os seguintes descritores em ciências da saúde (DeCS): “Osteoporose” e “Fatores de Risco”. Foram considerados os idiomas português e espanhol e o operador booliano AND. Recorte temporal de 2010 a 2015. Inicialmente foram encontrados 183 artigos, sendo: 76(IBECS), 57(LILACS), 37(MEDLINE), 7 (BBO-Odontologia), 3(SOF-Segunda Opinião Formativa), 2(BDENF), 1 (Sec. Est. Saúde SP). Critério de inclusão: artigos na íntegra, referentes aos fatores de risco e de proteção para osteoporose e QV dos indivíduos acometidos pela patologia. Critério de exclusão: textos que não atendiam aos objetivos propostos e duplicatas. Para a composição da amostra foram selecionados artigos completos com os seguintes filtros: “osteoporose”, “fatores de risco”, “densidade óssea”, “osteoporose pós-menopausa”, “fraturas por osteoporose” e “doenças ósseas metabólicas”. Foi estabelecido como limite da pesquisa textos que abordassem osteoporose apenas em humanos. Após a filtragem foram encontrados 127 artigos, sendo 59 completos e 68 artigos incompletos. Foram analisados apenas os 59 artigos completos: 24 (MEDILINE), 23 (LILACS), 12 IBECS. A partir de uma análise textual foram excluídos 6 duplicatas e 44 artigos que não contemplavam a questão da pesquisa. Foram obtidas como amostra final 9 artigos, sendo eles: 1(MEDLINE), 6 (LILACS), 2(IBECS). Esta primeira pesquisa encontrase na figura 1. 29 AND Osteoporose Fatores de Risco 183 Textos Osteoporose Fatores de Risco Humanos Osteoporose Pós Menopausa Densidade Óssea Fraturas por osteoporose Doenças Ósseas Metabólicas 127 Textos 44 não atendiam questão pesquisa 59 Textos completos 68 Textos Incompletos 6 duplicatas Amostra Final 9 artigos 1MEDLINE 6 LILACS 2IBECS Figura 1: Primeira Busca Realizada na BVS A segunda busca foi realizada nas bases de dados: Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Base de dados de enfermagem (BDENF). No segundo momento foi desenvolvida uma estratégia de busca, utilizando os seguintes DeCS: “Osteoporose” e “Enfermagem”. Foram considerados os idiomas português e espanhol e o operador booliano AND. Recorte temporal de 2010 a 2015. Inicialmente foram encontrados 8 artigos, sendo: 5 (LILACS) e 3 (BDENF). Como critérios de inclusão foram selecionados artigos referentes: a QV dos indivíduos acometidos pela osteoporose, a atuação da enfermagem para a prevenção da osteoporose e os fatores de risco para osteoporose. Os critérios de exclusão estabelecidos foram: textos que não atendiam aos objetivos propostos e duplicatas. A partir de uma análise textual foram selecionados artigos completos, excluídos 2 duplicatas e 1 artigo que não contemplava a questão da pesquisa. Foram obtidas como amostra final 4 artigos, sendo eles: 1 (LILACS), 3 (BDENF). Esta segunda pesquisa encontrase na figura 2. 30 Osteoporose AND Enfermagem 8 Textos 1 Texto Incompleto 7 Textos completos 1 Não atendia a questão de pesquisa 2 Duplicatas Amostra Final 4 artigos 3 BEDENF 1 LILACS Figura 2: Segunda Busca Realizada na BVS 3.1 ASPECTOS ÉTICOS Todas as produções utilizadas neste trabalho foram devidamente referenciadas, assegurando a autoria dos artigos pesquisados. O estudo não necessitou ser submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa, pois se trata de uma pesquisa bibliográfica, cujas produções encontram-se em base de dados online de acesso público. 31 CAPÍTULO IV RESULTADOS Neste capítulo são apresentados os resultados da pesquisa, os quais foram organizados em duas classes, sendo elas denominadas: Classe I. Fatores de Risco e Causas para o Desenvolvimento da Osteoporose, subdividida em três categorias e Classe II. Ações de Cuidado de Enfermagem para a Prevenção da Osteoporose Tendo em Vista a Qualidade de Vida do Indivíduo, subdividida em duas categorias. Estas classificações e categorizações encontram-se na figura 3. Para facilitar a apresentação dos resultados os artigos foram numerados de um a treze e categorizados em cada Classe. Classe II. Ações de Cuidado de Enfermagem para a Prevenção da Osteoporose Tendo em Vista a Qualidade de Vida do Indivíduo Classe I. Fatores de Risco e Causas para o Desenvolvimento da Osteoporose Densidade Mineral Óssea e Composição Corporal (1 e 4) Fatores de Risco (2, 3, 4, 7, 8 e 9) Perfil Epidemiológico da Osteoporose (5 e 6) Qualidade de Vida (10 e 12) Prevenção (11 e 13) Figura 3: Classificação e Categorização dos Resultados 4.1 CLASSE I: FATORES DE RISCO E CAUSAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA OSTEOPOROSE Nesta classe foram alocados os artigos que tratam sobre as causas e fatores de risco para a osteoporose. A classe foi dividia em três categorias, a saber: A) Fatores de Risco, que incluiu os artigos 2, 3, 4, 7, 8 e 9.Posteriormente esta categoria foi disposta em duas subcategorias: Fatores de Risco Modificáveis e Fatores de Risco Não Modificáveis; B) Densidade Mineral Óssea (DMO) e Composição Corporal (CC), que englobou os artigos 1 e 4; e C) Perfil Epidemiológico da Osteoporose, que envolveram os artigos 5 e 6. 32 Em relação ao perfil dos artigos encontrados na Classe I, observa-se que três artigos foram publicados em 2010, um em 2011, dois em 2012, dois em 2013 e um em 2015. A maioria destes artigos foi publicada na base de dados LILACS (1; 2; 3; 4; 5; 6;), seguido pela base IBECS (8; 9) e MEDLINE (7). Quadro1: Síntese da primeira busca na BVS Ano de publicação Base de dados 2010 LILACS Quantidade de artigos na íntegra online (2;6) 2 Título dos Artigos 2:O impacto da Osteoporose no Brasil: Dados Regionais das Fraturas em Homens e Mulheres adultos - The Brazilian Osteoporosis Study (BRAZOS) Quantidade de artigos por Ano de publicação 3 6: Osteoporose em Mulheres na PósMenopausa: Perfil Epidemiológico e Fatores de Risco IBECS (8) 2011 1 LILACS (4) 1 1 2012 LILACS 4: Fatores de Risco para Osteoporose em Mulheres na Pós-Menopausa do Sudeste Brasileiro 1: Massa Óssea e Composição Corporal em Estudantes Universitários (1; 5) 2 2013 8: Estudio Transversal sobre la Prevalencia de la Enfermedad Metabólica Ósea (EMO) y Nutrición Parenteral Domiciliaria (NPD) em España: Datos del Grupo NADYA LILACS (3) 1 2 5: Osteoporose no Climatério I: Epidemiologia, Definição, Rastreio e Diagnóstico 3: Impacto de los Factores de Riesgo em Osteoporosis sobre la Densidad Mineral Óssea em Mujeres Perimenopáusicas de la Ciudad de Querétaro, México 2 MEDLINE (7) 2015 IBECS (9) 1 7: Factores de Riesgo para Osteoporosis em Mujeres Pos Menopáusicas de Guadalajara, Jalisco 1 9: Valoración del Riesgo de Fractura Osteoporótica 1 33 Total: 9 Grande parte dos periódicos é proveniente do Brasil, sendo eles: Revista da Associação Médica Brasileira (1), Revista Brasileira de Reumatologia (2), Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (4), Femina (5) e Revista da Sociedade Brasileira de Clínica Médica (6). O periódico do artigo 9, Revista Clínica de Medicina de Família e do artigo do periódico Nutrición Hospitalaria (8) são da Espanha. Já o Archivos Latinoamericanos de Nutrición (3) do México. Quanto à formação dos autores foram identificados vinte e dois médicos, três acadêmicos de medicina, quatro nutricionistas, três engenheiros mecânico e elétrico, dois licenciados em nutrição, dois fisioterapeutas, uma química farmacobióloga, uma bióloga, um farmacêutico, um matemático, um físico e a formação de quatro autores não foram encontrados. 4.1.1 CATEGORIA A: FATORES DE RISCO O termo risco está relacionado ao grau de possibilidade da ocorrência de um determinado evento. Esta palavra define do ponto de vista epidemiológico, a chance de indivíduos saudáveis, mas expostos a determinados fatores, adquirir certa doença. Os fatores que se associam ao aumento do risco de se contrair uma doença são chamados fatores de risco (BRASIL, 2009). Os artigos que buscaram avaliar os fatores de risco dos sujeitos das pesquisas foram os artigos 2, 3, 4, 7, 8 e 9. Através da análise dos tipos de estudos destes artigos nota-se que um deles se trata de um estudo de revisão bibliográfica (9) e os demais são estudos transversais (2;3;4;7;8), apresentando dentre eles um estudo transversal que é clínico e analítico (4). As técnicas utilizadas para a coleta de dados dos estudos foram: entrevista (2;3;4), questionário (2;7), coleta de dados antropométricos (4;7), estudo de revisão (9) e coleta de dados retrospectivos (8). Os objetivos estabelecidos nos artigos visavam: identificar os principais fatores clínicos de risco associados à BMO e às fraturas (2); avaliar os fatores de risco para osteoporose, principalmente os modificáveis (3); avaliar a DMO e os fatores de risco associados à osteoporose na pós-menopausa (4); conhecer os fatores de risco e a frequência da osteoporose em mulheres pós-menopáusicas (7); avaliar a influência de vários fatores relacionados com a nutrição parenteral domiciliar no desenvolvimento e evolução da doença 34 metabólica óssea (8); avaliar os fatores de risco envolvidos no desenvolvimento de osteoporose e fraturas osteoporóticas (9). As características dos sujeitos identificadas incluíram: indivíduos acima de 40 anos representativos de todas as classes socioeconômicas (2); mulheres de 35 a 55 anos sem terapia hormonal, que não consumiam medicamentos e que padeciam de alguma enfermidade relacionada à osteoporose tais como: danos nos rins, fígado ou da tireoide; sem estado de gravidez e lactação no momento e não consumiam suplementos vitamínicos, principalmente relacionados com o metabolismo ósseo (3); mulheres com idade >45 anos, ooforectomia bilateral >40 anos (4); mulheres com amenorreia por pelo menos um ano (4; 7), ser mestiça mexicana e sem histórico de distúrbios metabólicos ou doenças crônico-degenerativas que afetam a DMO (7); pacientes que receberam nutrição parenteral, excluindo apenas aqueles que, no momento de início do suporte domiciliário, teriam baixas expectativas para a sobrevivência a curto prazo (processos oncológicos avançados) (8); revisão das escalas de avaliação de risco de BMO e da avaliação do risco de fratura (9). Os fatores de risco referidos na busca foram: baixo peso (3;4;7;9), tabagismo (2;3;4;9), idade avançada (2;4;7;9), baixo nível de atividade física (2;3;9), baixo peso de acordo com o IMC (3;4;7;9), hereditariedade (2;9), estado nutricional inadequado relacionado à saúde óssea (2;8;9), tempo de menopausa (3;4), menopausa cirúrgica (3), presença de Diabete Melito (2), uso crônico de benzodiazepínicos (2) etilismo (9). Estes fatores de risco foram agrupados em duas subcategorias: fatores de risco modificáveis e fatores de risco não modificáveis. 4.1.1.1 FATORES DE RISCO MODIFICÁVEIS Os fatores de risco modificáveis estão relacionados com hábitos de vida. Nesta subcategoria se encontram os fatores: baixo peso estabelecido pelo cálculo do IMC (3;4;7;9), tabagismo (2;3;4;9), baixo nível de atividade física (2;3;9), estado nutricional inadequado relacionado à saúde óssea (2;8;9), presença de Diabete Melito (2), presença de uso crônico de benzodiazepínicos (2) e etilismo (9). 4.1.1.2 FATORES DE RISCO NÃO MODIFICÁVEIS Os fatores de risco não modificáveis incluem aqueles que não são passíveis de prevenção. Nesta subcategoria os fatores de risco não modificáveis identificados foram: idade avançada (2;4;7;9), tempo de menopausa (3;4), hereditariedade (2; 9). 35 4.1.2 CATEGORIA B: DENSIDADE MINERAL ÓSSEA E COMPOSIÇÃO CORPORAL O diagnóstico de osteoporose é baseado na mensuração da DMO da coluna e do quadril por meio do dual-Energy X-Ray absorptiometry (DEXA), que são reportados em score, expresso em unidades de desvio padrão (DP). Os valores são classificados de acordo com o valor de escore em: normal quando para valor maior ou igual -1,0 DP; osteopenia, valores entre -1,0 e -2,4 DP; e osteoporose valor igual ou menor que -2,5 DP (BUTTROS et al, 2011). A CC dos indivíduos é o conjunto dos componentes que formam a massa corporal, incluindo por isso valores de massa óssea, massa magra e valores de gordura corporal. Os artigos que buscaram avaliar a DMO foram os artigos 1 e 4 e a CC apenas o artigo 1. Ao analisarmos os tipos de estudos dos artigos notamos que ambos se tratam de estudos transversais sendo o artigo 4 um estudo clínico, analítico e transversal. As técnicas utilizadas para coleta de dados envolveram formulário estruturado, anamnese e variáveis densitométricas por raio-x de dupla energia (1) e ; coleta de dados antropométricos (4). Os objetivos estabelecidos nos artigos foram: Comparar a DMO e a CC de universitários com diferentes estilos de vida (1) e avaliar a DMO e os fatores de risco associados à osteoporose na pós-menopausa (4). Os sujeitos das amostras apresentavam como características serem: adultos jovens estudantes dos cursos de Medicina (MED) e Educação Física (EF) da Universidade Regional de Blumenau (1) e mulheres com amenorréia>12 meses e idade >45 anos ou, ooforectomia bilateral >40 anos (4). Como principais achados dos estudos notou-se que no artigo 1 houve maior prevalência de BMO nos estudantes de MED. Na estratificação por sexo, a BMO permaneceu mais prevalente para o sexo feminino do curso de MED, entretanto para o sexo masculino não houve diferença significante entre os cursos, embora a frequência de BMO tenha sido aproximadamente cinco vezes maior para os estudantes de MED. Nas mulheres, a DMO associou-se ao peso, massa magra e massa gorda. Os acadêmicos de MED do sexo masculino apresentaram gordura corporal maior e massa magra menor em relação aos alunos de EF. Já as acadêmicas de MED, apresentaram massa magra menor, sem diferenças significantes no que se refere à gordura corporal e em comparação com as estudantes de EF. No artigo 4, foi detectado osteoporose em 12% das mulheres com idade entre 40 e 49 anos, em 21,8% no grupo de 50 a 59 anos e 45,7% nas mulheres com idade >60anos. Ocorreu 36 osteoporose em 11,8% com tempo de menopausa <5 anos, 29,4% de 6 - 10 anos, e 41% >10anos. Naquelas com idade da menopausa <40 anos, 80% apresentaram osteopenia/osteoporose e com IMC<20kg/m2, 50% osteoporóticas. 4.1.3 CATEGORIA C: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA OSTEOPOROSE A osteoporose é definida como uma patologia que provoca uma deterioração microarquitetural do osso, com redução da massa óssea em níveis insuficientes para a função de sustentação, tendo como consequência um aumento do risco para fratura (GUERRA; PRADO, 2010). Devido ao aumento da longevidade alcançada pela população feminina em todo o mundo, houve uma grande incidência da osteoporose que se elevou de forma considerável, podendo acometer até 70% das mulheres acima de 80 anos (FONTES; ARAÚJO; SOARES, 2012). Os artigos que avaliaram a osteoporose e seu perfil epidemiológico foram os artigos 5 e 6. A partir da análise dos estudos notou-se que um estudo se tratava de uma revisão bibliográfica (5) e o outro de um estudo transversal (6). Quanto as técnicas utilizadas um realizou um estudo de revisão (5) e o outro questionário estruturado e densitometria óssea. Os objetivos dos artigos visavam: reunir informações atualizadas sobre epidemiologia, diagnóstico e rastreio da osteoporose no climatério, de forma prática e que pudesse ser útil aos leitores, enfatizando a importância do rastreio adequado para a adoção de medidas oportunas, preventivas e terapêuticas (5); e traçar o perfil epidemiológico das pacientes com menopausa que realizaram seus exames de densitometria óssea (DO) no hospital geral de Teresina, PI, no período de novembro de 2008 a maio de 2009, além de calcular a prevalência de osteoporose e sua associação com os fatores de risco pesquisados (6). As características das amostras envolveram: artigos que abordavam epidemiologia, conceito, classificação e diagnóstico de osteoporose e risco de fraturas no período pósmenopausa e, de exclusão, os artigos que abordavam apenas o seu tratamento (5); e mulheres na menopausa (6). Os principais achados identificados no estudo referente ao artigo 5 foi que a osteoporose é mais frequente nas mulheres e que por volta dos 49 anos o hipoestrogenismo é responsável pela perda de massa óssea num percentual que atinge cerca de 2 a 3 % ao ano, nos 10 primeiros anos após a menopausa. 37 No artigo 6 a prevalência de osteoporose foi identificada em 31,29% das mulheres em menopausa. As mulheres com idade entre 56 e 65 anos tiveram 2,4 vezes mais probabilidade de terem a doença, enquanto aquelas com mais de 65 anos tinham esta probabilidade quase duplicada. Sobrepeso e a obesidade mostraram-se como fatores protetores. Observou-se que as mulheres da cor branca tiveram o dobro de probabilidade de terem a doença em comparação às negras e pardas. Quanto às variáveis reprodutivas, as mulheres com mais tempo de amenorreia estão mais propensas a osteoporose porque têm mais idade. Quanto aos fatores comportamentais, o álcool mostrou-se como fator protetor na análise univariada, mas perdeu significância na análise multivariada. 4.2 CLASSE II: AÇÕES DE CUIDADO DE ENFERMAGEM PARA A PREVENÇÃO DA OSTEOPOROSE TENDO EM VISTA A QUALIDADE DE VIDA DO INDIVÍDUO Nesta classe foram alocados os artigos que abordam a QV dos indivíduos portadores de osteoporose e a atuação da enfermagem frente à doença. A classe foi dividia em duas categorias, tais quais: A) QV que incluiu os artigos 10 e 12; e B) Prevenção que englobou os artigos 11 e 13. Observou-se que três artigos foram publicados no ano de 2012 e um artigo em 2014. Percebe-se que a maioria destes artigos foram publicados na base de dados BDENFEnfermagem (11;12;13) e um na LILACS (10). Todos os periódicos são provenientes do Brasil, sendo eles: Escola Anna Nery Rev. Enfermagem (10), Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental (11; 13) e Revista Mineira de Enfermagem. Quanto à formação dos autores foram identificados: 7 Enfermeiros Bacharéis, 6 Enfermeiros licenciados, 5 Enfermeiros com bacharel em enfermagem e Obstetrícia, 2 Fisioterapeutas e 1 Nutricionista. O quadro 2 apresenta a síntese do perfil dos quatro artigos selecionados na presente revisão. Posteriormente os dados dos artigos foram categorizados através do formulário previamente elaborado. 38 Quadro 2: Síntese segunda busca na BVS Ano de publicação Base de dados 2012 BDENFEnfermagem (10; 11; 12) Quantidade de artigos na íntegra online Título dos Artigos Quantidade de artigos por Ano de publicação 10: Fatores Associados à Qualidade de Vida de Idosos com Osteoporose Residentes na Zona Rural 3 3 11: A Consulta de Enfermagem como Ferramenta de Promoção da Saúde e Prevenção da Osteoporose na Mulher Idosa 12: Qualidade de Vida e Capacidade Funcional de Idosos com Osteoporose 2014 LILACS (13) 1 13: Osteoporose na Mulher Idosa: Um Rastreamento no Consultório de Enfermagem 1 Total: 4 4.2.1 CATEGORIA: A: QUALIDADE DE VIDA O conceito de QV proposto por alguns estudiosos, apoiado pela OMS que pôde ser identificado nos estudos levantados, refere-se a: "percepção do indivíduo de sua posição na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações" (TAVARES, et al, p. 331 2012). Os artigos que buscaram avaliar e mensurar a QV dos pacientes portadores de osteoporose englobaram os artigos 10 e 12. A partir da análise dos tipos de estudos destes artigos notou-se que: ambos se tratavam de um estudo transversal e inquérito domiciliar (10 e 12). As técnicas utilizadas para a coleta de dados dos estudos foram: avaliação cognitiva por meio do miniexame de estado mental para mensurar a QV, foram utilizados o WHOQOLBREF e o WHOQOL-OLD, ambos validados no Brasil (10; 12). Os sujeitos de ambos os artigos eram idosos com 60 anos ou mais de idade portadores de osteoporose (10; 12). Os objetivos estabelecidos nos artigos visavam: caracterizar os idosos com osteoporose residentes na zona rural do município de Uberaba, Minas Gerais, Brasil, segundo as variáveis socioeconômicas e demográficas, mensurar a QV dos idosos com osteoporose, verificar os fatores associados à QV desses idosos (10); e comparar o número de incapacidade 39 funcional e os escores de QV dos idosos com osteoporose entre sexo, faixa etária, estado conjugal e renda (12). Identificou-se nos resultados referentes ao artigo 10 que: a maioria dos idosos com osteoporose residentes na zona rural era do sexo feminino (81%). O maior percentual de idosos com osteoporose estava entre 60 e 70 anos (54,6%), seguido por 70 e 80 anos (34,7%). Em sua maioria, os idosos com osteoporose eram casados (64,5%). Quanto à escolaridade predominou o tempo de estudo de 4-8 anos (37,2%). O maior percentual de renda mensal individual foi de um salário mínimo (43,7%). Os recursos financeiros eram provenientes, predominantemente, de aposentadoria (48,8%). Destaca-se que 41,4% dos idosos da amostra se aposentaram por idade. Com relação à atividade profissional, a maioria era dona de casa (68,6%), e 12,4% não exerciam nenhuma atividade profissional. Em relação à satisfação para atender às necessidades básicas, 50,4% consideraram-na regular e 52% referiram situação econômica semelhante a outras pessoas da mesma idade. Em relação à moradia, 74,3% dos idosos referiram possuir casa própria. A autoavaliação da QV foi considerada pela maioria como boa (58,2%) seguida por nem boa e nem ruim (33,6%). Quanto à autossatisfação com a saúde, 54,1% estavam satisfeitos e 26,2%, nem satisfeitos, nem insatisfeitos. O domínio de QV com maior escore, mensurado pelo WHOQOL-BREF, foram as relações sociais (72,81). O menor escore de QV foi para o meio ambiente (61,12). A faceta do WHOQOL-OLD que apresentou maior escore para a QV foi à intimidade (73,92). Quanto aos menores escores de QV, estes foram obtidos nas facetas autonomia (66,85) e participação social (66,7). Na análise multivariável, observou-se que a QV relacionada ao domínio físico apresentou como principal preditor de menores escores o maior número de morbidades. No domínio psicológico os menores escores estiveram relacionados à ausência de escolaridade e ao maior número de morbidades. O domínio meio ambiente apresentou menores escores de QV associados à ausência de moradia própria e ao maior número de morbidades, sendo esse o preditor mais forte. Na faceta funcionamento dos sentidos, o maior número de morbidades apresentou-se como preditor de menores escores QV. Na faceta autonomia, permaneceu como preditor o maior número de morbidades. Na faceta atividades passadas, presentes e futuras, os menores escores estiveram relacionados ao maior número de morbidades. Na faceta participação social, os menores escores estiveram relacionados ao maior número de morbidades. Na faceta 40 morte e morrer permaneceram como preditores de menores escores a ausência de companheiro e a menor idade. Verificou-se nos resultados referentes ao artigo 12 que: o maior percentual de entrevistados foi de idosos do sexo feminino (86,1%); nas faixas etárias de 60├70 anos (42%) e 70├80 (41,8%); viúvos (43,9%), seguidos por casados ou que moram com companheiro (42,7%), com escolaridade de 1├4 anos (34,2%) e 4├8 anos de estudo (33,8%) e que recebia até um salário mínimo (62,4%). Foram identificados 63,1% de idosos que apresentavam capacidade funcional para realizar as atividades da vida diária (AVDs). Contudo, a incapacidade funcional para realizar 1├4 das AVDs foi observada em 31,1% deles e em 5,8% para > 4 AVDs. Os maiores percentuais de incapacidade funcional foram para as AVDs: cortar as unhas dos pés (35,4%), subir e descer escadas (10,7%) e andar perto de casa (7,6%). Os indivíduos idosos com 80 anos ou mais apresentaram, proporcionalmente, maior número de incapacidade funcional para realizar as AVDs em relação às outras faixas etárias. A comparação do número de incapacidade funcional para realizar as AVDs e do estado conjugal evidenciou que o percentual de viúvos com 1├ 4 incapacidades foi maior do que os demais. A autoavaliação da QV, mensurada pelo WHOQOL-BREF, obteve que a maioria dos idosos com osteoporose a considera boa (72,7%). Quanto à autossatisfação da saúde, 59,9% dos idosos mostraram-se satisfeitos. O maior escore de QV foi encontrado no domínio relações sociais (67,98). Já o menor escore de QV relacionou-se ao domínio físico (52,47). Na avaliação da QV pelo WHOQOL-OLD, o maior escore foi para a faceta “funcionamento dos sentidos” (79,05). Quanto ao menor escore de QV, foi para a “autonomia” (59,14). Contudo, na comparação da QV, WHOQOL-OLD, as mulheres idosas apresentaram menor escore na faceta “morte e morrer” em relação aos homens. Os idosos de 80 anos ou mais apresentaram menor escore de QV no domínio físico comparado às demais faixas etárias. Os idosos de 60├70 anos apresentaram menor escore de QV no domínio relações sociais comparados às outras faixas etárias. No domínio meio ambiente, os idosos de 60├70 apresentaram escore de QV inferior às demais faixas etárias. Na faceta “funcionamento dos sentidos”, os idosos de 80 anos ou mais apresentaram menor escore de QV em relação às outras faixas etárias. Nas atividades passadas, presentes e futuras, os idosos de 60├70 anos apresentaram menor escore de QV comparados aos demais. 41 Em relação à comparação dos escores de QV com o estado conjugal, os idosos com osteoporose casados ou que moravam com companheiros apresentaram maior escore de QV no domínio relações sociais, comparados aos demais. Quanto à renda, o escore de QV no domínio psicológico foi maior entre os idosos que recebiam 1┤3 salários mínimo em relação aos demais. 4.2.2 CATEGORIA B: PREVENÇÃO Existem três níveis básicos de intervenções para prevenção, a saber: prevenção primária, que busca evitar o surgimento da doença, como por exemplo, a vacinação da população; a prevenção secundária, que procura identificar e prevenir doenças em estágio inicial, antes do início dos sintomas; e a prevenção terciária, que começa após a detecção de uma patologia e compreende o controle da doença para reduzir seus sintomas e agravos (LINDOLPHO et al , 2014). Uma das maneiras de rastreamento da clientela idosa para identificação de mulheres que possuem osteoporose e que apresentam risco para desenvolver osteoporose é estabelecer estratégias de ação primária e secundária, por meio de ações de acompanhamento sequencial pela consulta de enfermagem nas idosas. Isto consistirá em um benefício com uma importância muito significativa, que influenciará a saúde pública (Ibid). Os artigos que buscaram identificar medidas preventivas para pacientes portadores de osteoporose foram os artigos 11 e 13. Os tipos de estudos dos artigos se tratavam de pesquisa de campo exploratória descritiva associada à pesquisa documental com abordagem quantitativa (11); e relato de experiência (13). As técnicas utilizadas para a coleta de dados dos estudos foram: questionário fechado planejado e folder explicativo (11); e histórico de enfermagem de idosas participantes do Programa de Extensão à Enfermagem na Atenção à Saúde do Idoso e seus Cuidadores (EASIC) da UFF nos tópicos doenças existentes e risco para osteoporose e fraturas, do instrumento próprio de avaliação utilizado nas consultas de enfermagem (13). Os objetivos estabelecidos nos presentes artigos foram: identificar o perfil dietético e epidemiológico das idosas, atendidas no cuidadores EASIC, com osteoporose e com risco de osteoporose, informar a estas idosas, sobre a importância do autocuidado, com a distribuição de folder explicativo, durante a consulta de enfermagem (11); e relatar características levantadas nos históricos de enfermagem de idosas que apontam para o risco a osteoporose, e apresentar as estratégias que estão sendo realizadas em um sub-projeto de extensão (13). 42 Os sujeitos envolvidos nas amostras apresentavam como características: serem mulheres idosas que atendidas no EASIC/UFF (11) e históricos de enfermagem de idosas do EASIC/UFF que possuíam registro de osteoporose (13). Os achados identificados no estudo referente ao artigo 11 foram que 56,25% das idosas estavam entre a idade de 71 a 80 anos; 62,5% eram da raça branca; 75% eram da religião católica; 50% cursaram até o ensino fundamental incompleto, e 62,5% das idosas encontra-se com renda em torno de 1 a 2 salários mínimos. Ao perfil epidemiológico das idosas observou que 43,75% apresentam um IMC adequado; 43,75% desconhecem se apresentam histórico familiar de osteopenia e osteoporose; 68,75% fazem uso de medicamentos que aumentam a massa óssea; 81,25% não utilizam medicamentos ou substâncias que contribuem para a perda óssea, 62,5% não realizam qualquer atividade física; 75% realizam exposição solar; 93,75% não apresentam hábito de tabagismo; 87,5% não ingerem bebida alcoólica; 81,25% apresentam alguma doença que está associada à perda óssea. Quanto às doenças associadas à perda óssea obteve-se um percentil de 6,25% apresentando hipertiroidismo; 12,5% com amenorréia primária; 18,75% com menopausa precoce; 12,5% com amenorréia secundária; e 31,25% já realizaram ooforectomia. Em relação às doenças existentes na clientela, a que predominou foi à hipertensão arterial com 62,5%; em menor percentual, foram observadas as seguintes patologias: 56,25% artrose; 37,5% problemas músculos-esqueléticos; 18,75% hipotireoidismo; 12,5% menisculopatias; 12,5% hérnia de disco; 6,25% diabetes; 6,25% hipertireoidismo; 6,25% trombose; 6,25% angina Pectoris. Perfil dietético: Observou-se que o número de refeições realizadas ao longo do dia por estas, foi em média de 6 a 2 refeições, sendo que o maior número de idosas fazem 4 refeições/dia. Verificou-se que 68,75% encontram abaixo do nível recomendado de ingestão de cálcio por dia para população idosa, e apenas 31,25% apresentam boa ingestão de cálcio por dia. Verifica-se que a maioria da amostra da pesquisa possui idade entre 71 a 80 anos, podendo ser justificada pela maior taxa de ocorrência da osteoporose ser nas mulheres acima de 70 anos. A religiosidade esteve presente em todas as idosas do estudo, sendo o catolicismo a religião que mais apareceu. No artigo 13 observou-se quanto ao estado civil que existe um menor número de mulheres idosas solteiras, mas em contraponto, um grande número de viúvas (41%). Uma grande proporção de pessoas idosas está vivendo sozinha, sendo que a maioria delas é composta por mulheres. 43 Evidencia-se o número expressivo de mulheres com osteoporose ou com risco de osteoprose, com base nos dados de um projeto de extensão intitulado “A Consulta de Enfermagem Como Estratégia de Promoção da Saúde e Prevenção de Osteoporose na Mulher Idosa”, cadastrado na pró Reitoria de Extensão da UFF, vinculado ao Departamento de Fundamentos de Enfermagem e Administração, da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa, buscando minimizar o problema, esclarecer as idosas e melhorar a QV da pessoa idosa. As idosas têm sido atendidas na consulta de enfermagem desde então, enfocando-se a promoção da saúde e a prevenção da osteoporose e de acordo com as necessidades apresentadas, são realizados os encaminhamentos. O próximo passo é quantificar os encaminhamentos já realizados para as idosas com osteoporose e com risco maior para osteoporose. Dentre as atividades, são oferecidas palestras educativas com as idosas, para fornecer informações acerca da doença, as maneiras de preveni-las e estimular a manutenção de hábitos saudáveis para promoção da saúde, com o apoio dos alunos do 8º período da Graduação em Enfermagem na Disciplina de Estágio Curricular I em Rede Básica de Saúde. 44 CAPÍTULO V ANÁLISE E DISCUSSÃO Neste capítulo são discutidos os resultados da pesquisa de acordo com a literatura. 5.1 FATORES DE RISCO E CAUSAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA OSTEOPOROSE Ao identificarmos a quantidade de artigos publicados nos últimos cinco anos referentes à Classe I. Fatores de risco e causas para o Desenvolvimento da Osteoporose observa-se que houve poucos artigos desenvolvidos neste período o que traz grandes preocupações, pois a osteoporose é um problema importante de saúde pública devido aos problemas posteriores a ela, como as fraturas. Notou-se que a maioria destes artigos foram publicados na base de dados LILACS e em periódicos provenientes do Brasil o que demonstra que este país está em ascensão em produção científica. Nenhum destes artigos foram publicados em revistas de enfermagem e sim em médicas, sendo elas: Revista da Associação Médica Brasileira, Revista Brasileira de Reumatologia, Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Femina e Revista da Sociedade Brasileira de Clínica Médica. Quanto à formação profissional dos autores pesquisados é notória a autoria de profissionais de diferentes áreas do conhecimento, caracterizando estes trabalhos em sua maioria, como multiprofissionais. Através da avaliação da formação destes autores foi verificado que grande parte deles são médicos, havendo também: nutricionistas, licenciados em nutrição, fisioterapeutas, engenheiros, biólogo, químico, farmacêutico, físico e matemático e a formação de quatro autores não foram encontrados. Não foram verificados autores enfermeiros. Observa-se que a maior parte dos tipos dos estudos são transversais, uma vez que descrevem características populacionais e apresentam facilidade em sua representatividade. Estudos transversais são definidos como àqueles capazes de produzir “instantâneos” do estado de saúde de uma população com base na avaliação individual do estado de saúde de cada um dos membros do grupo, e também determinam indicadores globais de saúde para o grupo investigado (SITTA et al, 2010). 45 Os instrumentos para levantamento de informações mais utilizados nestes artigos foram: entrevista, questionário, densitometria óssea, coleta de dados antropométricos e dados epidemiológicos. A utilização destas ferramentas possibilita uma satisfatória coleta de dados e análise organizacional das informações colhidas. Com relação aos objetivos estabelecidos nos artigos, em sua maioria eles visavam identificar e avaliar os principais fatores clínicos de risco associados à baixa massa óssea. Os demais buscavam analisar a DMO, a CC e avaliar o perfil epidemiológico da osteoporose. Nota-se que grande parte dos sujeitos apresentava como característica: idade ≥ 40 anos de idade, principalmente no sexo feminino, ooforectomia bilateral >40 anos, tempo de amenorreia > 12 meses e mulheres na pós-menopausa, o que nos faz perceber o impacto das alterações osteometabólicas presentes nestes sujeitos devido à senilidade e a diminuição estrogênica evidentes nas mulheres. Alguns dos sujeitos envolviam adultos jovens estudantes de MED e EF. Foram identificados poucos estudos voltados para identificação dos fatores de risco para osteoporose em homens o que gera questionamentos já que o desenvolvimento ósseo dos homens difere das mulheres devido ao metabolismo corporal masculino e a influência dos hormônios sexuais masculinos. Não houve estudos recentes sobre os fatores de risco prevalentes em crianças o que traz grandes inquietações e preocupações já que para esta população, intervenções de enfermagem poderiam ser diferenciadas e relevantes para a vida adulta e senilidade, pois é na infância que há um incremento progressivo e constritivo de tecido ósseo. Como fatores de risco não modificáveis foram identificados àqueles que não podem ser prevenidos, como a idade avançada, sexo feminino e hereditariedade (CASTRO; SANZ, 2015). O envelhecimento é inevitável e irreversível sendo considerado um fator de risco para doença óssea metabólica, pois aproximadamente após os quarenta anos de idade há uma perda progressiva de formação de massa óssea e aumento na taxa de reabsorção (GUERRA; PRADO, 2010). O enfermeiro deve buscar conhecer a história de vida do idoso para identificar as condições que podem estar prejudicando a saúde óssea. Com isso ele poderá orientar o idoso sobre o que o envelhecimento e a relevância de mudanças em seu estilo de vida para evitar o desenvolvimento da osteoporose. O cuidado, portanto, deve ser planejado e direcionado a partir das necessidades em saúde específicas de cada idoso (BRASIL, 2007). 46 A partir da mensuração da massa óssea e através da análise dos dados epidemiológicos obtidos sobre mulheres com idade igual ou superior a 40 anos, verificou-se que a osteoporose era cada vez mais incidente com o aumento da idade, sendo bastante evidenciada em mulheres com idade superior a 60 anos. A idade avançada demonstrou maior risco para a doença devido ao maior tempo de menopausa, atingindo mais as mulheres com um tempo de menopausa superior a 10 anos e nas mulheres que apresentaram menopausa precoce com idade <40 anos (FONTES; ARAÚJO; SOARES, 2012). A análise das informações obtidas nos resultados demonstrou que o grupo em que se evidencia maior ocorrência de osteoporose são as mulheres, sendo mais identificado nas mulheres brancas, o que demonstra estarem estas mais propensas à doença (GUERRA; PRADO, 2010). Na análise comparativa da DMO percebe-se na estratificação por sexo, que a BMO permaneceu mais prevalente para o sexo feminino e que a DMO nas mulheres associou-se ao baixo peso, massa magra menor e gordura corporal maior (REUTER; STEIN; VARGAS, 2012). Segundo Solis e col. (p. 47, 2012) “Massa magra consiste em músculos, ossos e vísceras e água corporal total e a massa gorda na porcentagem de gordura e gordura corporal em kg”. As características osteometabólicas específicas do sexo feminino, relacionadas a seu estado hormonal e também a adoções de hábitos de vida inadequados influenciam na redução de sua massa óssea com o avançar da idade. Isto indica a necessidade de um olhar diferenciado para os cuidados relacionados à saúde óssea após a menopausa. Através da redução dos níveis de hormônios sexuais ao longo da meia-idade até a idade adulta mais avançada, especialmente em mulheres após a menopausa, a reabsorção pelos osteoclastos ultrapassa a deposição óssea pelos osteoblastos, o que leva a uma diminuição da massa óssea e um maior risco para osteoporose (TORTORA; DERRICKSON, 2012). A enfermagem deve estar atenta para identificar as mulheres que estão no climatério visando à introdução de estratégias efetivas para esta clientela, almejando à prevenção de perda óssea e seus agravos. Cabe o enfermeiro prestar orientações que esclareçam suas dúvidas relacionadas às causas e consequências da menopausa e que estas mulheres agora precisarão adequar sua dieta e estilo de vida para prevenção da BMO devido às carências nutricionais e consequente perda óssea progressiva devido ao hipoestrogenismo. 47 Ao longo do climatério, a redução dos hormônios sexuais femininos altera os ciclos menstruais os tornando irregulares, até cessarem completamente. Alterações físicas e psíquicas importantes ocorrem nesta fase, que afetam a QV da mulher. Essas alterações podem e devem ser tratadas, sendo importante que o enfermeiro oriente também a família, para que consiga entender as mudanças que acontecem no organismo feminino no climatério (ROCHA; ROCHA, 2010). Com a redução da produção de estrógenos devido à menopausa, há um maior ritmo na remodelação óssea. A redução do estrógeno é o fator decisório e causador da osteoporose após a menopausa, sendo a perda óssea mais intensa nos cinco anos que se seguem a ela. Diante disso, essa condição é mais identificada em mulheres, que chegam a perder cerca de 40%-50% da massa óssea até o final da vida (AMADEI et al, 2006). Mulheres que apresentam um quadro de osteopenia devem estar bem esclarecidas sobre o que isto significa para sua higidez óssea e o que elas devem fazer para evitar maiores perdas de massa óssea e a consequente osteoporose. A enfermagem deve buscar conhecer os indivíduos com osteopenia que apresentam história familiar de doença óssea metabólica para que se possa elencar a melhor maneira de prevenção, detecção e tratamento da osteoporose (MERCADO; LÓPEZ; IBARRA, 2013). Como fatores de risco modificáveis, ou seja, àqueles que podem ser preveníveis, notaram-se condições relacionadas a hábitos de vida inadequados e que trazem consequências para a saúde óssea da população. O baixo peso foi um dos fatores de risco que mais incidiu na busca. Ele é evidenciado através do cálculo do índice de massa corporal (IMC) que indica se o indivíduo está abaixo, acima ou dentro da normalidade de seu peso para sua altura (BARREIRO et al, 2013). Segundo Mancini (p. 585, 2001) o IMC é “Uma medida que relaciona peso e altura, tem excelente correlação com a quantidade de gordura corporal e é largamente usado em estudos epidemiológicos e clínicos”. Ao analisar o IMC das mulheres notou-se que a metade das mulheres com IMC inferior a 20Kg/m2, eram portadores de osteoporose. O baixo peso indica que o indivíduo apresenta baixa massa magra e tecido adiposo inferior à quantidade necessária ao organismo, o que leva a um menor estímulo do peso corporal sobre os ossos e consequentemente osteoblastos e também uma proteção contra choques mecânicos reduzida, levando a um aumento de risco para um osso mais frágil (BUTTROS et al, 2011). Mulheres com sobrepeso e obesas se mostraram como fator protetor para osteoporose. O índice de massa corporal está diretamente relacionado com DMO podendo a obesidade e o 48 sobrepeso sugerir uma relação entre a massa adiposa e a DMO, porém isto ainda não está bem elucidado na literatura (GUERRA; PRADO, 2010). O tabagismo também foi encontrado como um dos fatores de risco mais encontrados para a saúde óssea neste estudo devido às toxinas liberadas pelo cigarro que geram perda de massa óssea. O etilismo na análise multivariada que é um fator comportamental também foi identificado e estes devem ser trabalhados pela equipe de enfermagem para seu abandono (PINHEIRO, et al, 2010). O tabagismo traz grandes prejuízos ao tecido ósseo, pois pode causar efeitos prejudiciais sobre a força do osso devido à toxicidade direta da nicotina no tecido ósseo, ao provocar vasoconstrição periférica e isquemia tecidual e diminui a tensão de oxigênio. O fumo também pode diminuir a absorção intestinal de cálcio, aumentar o metabolismo, reduzir a produção de estrogênio e gerar impacto negativo sobre a cicatrização óssea ao inibir a neovascularização e diferenciação dos osteoblastos (MICHELON; ROTHERNBUHLER, 2009). De acordo com o Programa Nacional de Controle do Tabagismo, algumas das atribuições do enfermeiro envolvem: participar da elaboração de materiais técnicos; capacitação do profissional; definição de metas; treinamento de equipes das unidades de saúde, ambientes de trabalho e escolas; apoio e acompanhamento dos tabagistas no processo de cessação do fumar; utilizar medidas educativas, normativas e organizacionais; implementação de ações de prevenção ao fumo passivo; realização de consultas de Enfermagem enfocando a abordagem cognitivo comportamental e avaliação do nível de dependência do tabagista (MOURA et al, 2011). Outro fator de risco modificável bastante evidenciado foi o baixo nível de atividade física. Segundo Tortora & Derrickson (p. 129, 2012) “Atividades com sustentação de peso estimulam os osteoblastos e consequentemente ajudam a construir ossos mais espessos e mais fortes, retardando a perda de massa óssea que ocorre à medida que as pessoas envelhecem”. A partir de uma análise comparativa da DMO e a CC entre adultos jovens estudantes de MED e EF notaram-se diferenças significativas, pois os estudantes de MED supostamente não teriam tempo para realizar atividades físicas habitualmente e os de EF teriam devido a pratica regular de atividades física requisitadas por seu curso (REUTER; STEIN; VARGAS, 2012). Os acadêmicos de EF do sexo masculino apresentaram valores de massa óssea e de massa magra maiores e valores de gordura corporal menores em comparação aos acadêmicos 49 do mesmo sexo do curso de MED demonstrando o impacto que a prática de exercícios físicos frequente tem sobre a saúde corporal e composição óssea dos indivíduos (Ibid). A prática de exercícios regulares deve ser incentivada, pois atividades de baixo impacto como a caminhada estimulam os osteoblastos, células que atuam na síntese da parte orgânica óssea, o que evita a perda de massa óssea. O exercício físico além de gerar um aumento da DO contribui para o fortalecimento dos músculos, o que é importante para o auxílio na diminuição do risco de fraturas por quedas. A prática de atividades físicas regulares ao longo da semana contribui diretamente para a prevenção da doença (GALI, 2001). Diante disso é crucial que o enfermeiro se preocupe e esteja atento com o nível de atividade física que o cliente realiza ao longo da semana e o incentive a realiza-las, dentro de suas possibilidades, para uma manutenção da higidez óssea. O enfermeiro, portanto, deve encorajar a prática regular de exercícios físico, que podem contribuir para o retardamento o processo de perda óssea, e também fortalecimento do sistema musculo- esquelético e equilíbrio corporal prevenindo quedas e consequentes fraturas. O estado nutricional inadequado relacionado à saúde óssea também tem sido identificado como fator de risco para BMO. A nutrição dos sujeitos deve ser avaliada para a introdução de estratégias que atendam às necessidades corporais (CASTRO; SANZ, 2015). Na avaliação de pacientes que recebem nutrição parenteral a carência de vitamina D foi detectada e a BMO também, o que gera um alerta para a verificação se esta nutrição supre as demandas ósseas destes pacientes e estabelecimento de estratégias que minimizem a perda óssea (MARTÍNEZ et al, 2010). Diversos nutrientes estão envolvidos na formação e manutenção da massa óssea, sendo o cálcio e a vitamina D os mais importantes. Torna-se indispensável à instrução ao paciente quanto a uma dieta rica em cálcio e vitamina D e quando necessária suplementação dos mesmos. A ingestão diária mínima de cálcio deve ser garantida e é fundamental para o fortalecimento ósseo. O consumo de cálcio equivalente a 1.200-1.500 mg de cálcio elementar por dia é um método de proteção e prevenção de perdas ósseas aos adultos (BRASIL, 2014). A vitamina D auxilia no processo de absorção do cálcio pelos ossos e no desempenho muscular, equilíbrio e minimização do risco de queda. A ingestão diária recomendada varia entre 800-1.000 UI de vitamina D para adultos com 50 anos ou mais. A exposição solar da face, tronco e braços antes das 10 horas ou após as 16 horas por no mínimo 15 minutos, de 2 a 4 vezes por semana, também é recomendada, salvo por contraindicação dermatológica, pois contribuirá para o aumento corporal de vitamina D (Ibid). 50 O estilo de vida adotado por cada indivíduo ao longo de sua infância, adolescência e vida adulta, trazem grandes implicações para sua saúde e estão intimamente ligados a sua QV na senilidade. É notório que melhores condições de vida estão diretamente relacionadas a comportamentos saudáveis e são indispensáveis para prevenção da BMO e a manutenção do bom nível de massa magra, que também desempenha um importante papel na deposição e saúde óssea. É de grande importância que o enfermeiro saliente a relevância de bons hábitos de vida para minimização de alterações do bom estado de saúde, orientando para isso, quais fatores de risco devem ser evitados pra o desenvolvimento da osteoporose ao realizar educação em saúde. O enfermeiro deve ser o mediador do conhecimento e com isso promover um plano de ensino bem elaborado que preencha as necessidades em saúde da clientela, redução dos custos em saúde e atendimento humanizado. É importante salientar a relevância de uma abordagem educativa que enfatize a responsabilidade individual no que se refere à mudança de hábitos ou de estilos de vida. 5.2 AÇÕES DE CUIDADO DE ENFERMAGEM PARA A PREVENÇÃO DA OSTEOPOROSE TENDO EM VISTA A QUALIDADE DE VIDA DO INDIVÍDUO Assim como na Classe I, na Classe II também foram evidenciados poucos artigos publicados nos últimos cinco anos, sendo identificados apenas quarto artigos referentes à atuação da enfermagem frente à osteoporose e a QV destes pacientes. Diante disto, é notório que a produção de conhecimento científico na área ainda ocorre de forma muito lenta e pouco satisfatória. Os periódicos destes artigos são provenientes do Brasil e todos foram publicados em uma Revista de Enfermagem, sendo dois destes artigos publicados na Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental. Após a análise da formação profissional dos autores pesquisados, destacou-se a grande quantidade de enfermeiros, tendo a maioria destes enfermeiros, formação como bacharéis em enfermagem seguidos por licenciados em enfermagem e bacharéis em enfermagem e obstetrícia. Alguns trabalhos tiveram participação de profissionais de outras áreas do conhecimento em co-autoria, tais como fisioterapeutas e um nutricionista. 51 Nota-se que dois estudos são transversais, sendo um de inquérito domiciliar e o outro analítico e observacional. Os demais se tratam de pesquisa de campo exploratória descritiva associada à pesquisa documental com abordagem quantitativa e de um relato de experiência. Estes tipos de estudo são de grande valia para avaliação da QV da população. Os instrumentos utilizados nos estudos envolveram: históricos de enfermagem de idosas que apontam para o risco a osteoporose, folder explicativo, questionário fechado e planejado e questionários genéricos (WHOQOL-BREF e o WHOQOL-OLD). Tais instrumentos apresentam importante relevância, pois analisam de forma abrangente os diversos fatores que influenciam a QV. Os objetivos dos estudos buscaram avaliar a QV de idosos com osteoporose utilizando técnicas de avaliação cognitiva e mensuração da QV, identificar o perfil dietético e epidemiológico de idosas com osteoporose e com risco para a doença durante a consulta de enfermagem e relatar características levantadas nos históricos de enfermagem de idosas com risco para osteoporose, atendidas no EASIC. Os sujeitos dos estudos envolveram apenas idosos com idade igual ou superior a 60 anos, principalmente do sexo feminino. Isto demonstra que as características relacionadas a QV estão relacionadas aos problemas que a osteoporose desencadeia associados aos prejuízos em saúde evidenciados na senilidade. Geralmente idosos desta faixa etária apresentam dificuldades motoras e perdas metabólicas devido ao processo natural do envelhecimento e por isso o enfermeiro deve buscar conhecimento sobre o processo de senescência para saber atuar de forma a estimular a melhora da capacidade de realizar o autocuidado pelos mesmos. As repercussões que a osteoporose provoca na QV dos indivíduos acometidos por ela relacionaram-se a menores escores nos domínios físicos, psicológico, relações pessoais e meio ambiente, e nas facetas funcionamento dos sentidos, autonomia, participação social e atividades passadas, presentes e futuras pelo WHOQOL-BREF e WHOQOL-OLD (TAVARES et al, 2012). Os domínios físico e meio ambiente estão relacionados à capacidade funcional e desempenham papel crucial na capacidade dos sujeitos de realizar AVDs e influenciam na sua interação e participação na sociedade (SANTOS et al, 2012). Indivíduos com osteoporose apresentam limitações físicas relacionadas a dificuldades de caminhar, abaixar e erguer-se, o que os restringem em realizar seu autocuidado, tarefas do dia a dia e interferem na integração destes indivíduos na organização de uma sociedade, como poder trabalhar (VIDMAR et al, 2011) 52 Verificou-se uma porcentagem significativa em idosos portadores da doença com incapacidade funcional em realizar AVDs sendo mais identificados limitações como: cortar as unhas dos pés, subir e descer escadas e andar perto de casa e com isso a maior parte dos sujeitos não realiza qualquer atividade física (SANTOS et al, 2012). A incapacidade funcional foi mais identificada nos viúvos do que nos demais estados conjugais e notou-se também que muitos deles vivem sozinhos, o que gera grandes preocupações, pois os mesmos apresentam dificuldades crescentes em gerenciar atividades instrumentais da vida diária, perda de força motora e um risco maior de fraturas por quedas (Ibid). Devido às limitações funcionais decorrentes do processo de senescência e que aumentam com a osteoporose é preciso que a enfermagem estabeleça estratégias que previnam as quedas e uma consequente fratura e que busquem aumentar a capacidade dos idosos em realizar AVDs. A osteoporose associada a outras doenças se mostrou como preditor de menores escores de QV devido ao maior número de morbidades apresentadas pelos idosos. Isto leva a perda progressiva da autonomia e independência funcional, que permite determina até quando se pode viver sozinho (TAVARES et al, 2012). É necessário para isso acompanhar, monitorar estimular e ajudar estes idosos na realização das AVDs. Torna-se primordial prestar orientações que visem à melhora na mobilidade física corporal, como o estímulo a prática de exercícios de baixo impacto como a caminhada mesmo com o auxílio de andadores, bengalas e dispositivos auxiliares (FREITAS et al, 2011). O domínio psicológico também apresentou menores escores para QV, pois envolve o enfrentamento dos idosos com os problemas secundários a osteoporose como dor, angústias, frustações e medo de quedas. Por isso o enfermeiro deve estimular que o indivíduo expresse seus sentimentos para auxiliá-lo no enfrentamento da doença e nas adaptações necessárias em sua rotina (TAVARES et al, 2012). Os menores escores evidenciados na faceta atividades passadas, presentes e futuras retratam o nível de satisfação sobre conquistas na vida e coisas a que se deseja alcançar. Devido ao limite que a doença impõe nota-se como ela traz prejuízos emocionais ao sujeito (PELLETEIRO et al, 2013). Para a faceta funcionamento dos sentidos, os menores escores se relacionaram ao impacto que a perda das habilidades sensoriais tem sobre a QV. É imprescindível, portanto, que o enfermeiro busque conhecer o ambiente que o idoso habita para promover um local 53 seguro e confortável a partir de sua realidade como manutenção de um ambiente bem iluminado que possibilite a ampliação da visibilidade, devido às alterações da visão oriundos da idade avançada, retirada de tapetes e organização dos móveis de forma que não atrapalhe a passagem evitando com isso, quedas (Ibid). Os menores escores também estavam relacionados à baixa ou ausência de escolaridade. As consequências que a baixa escolaridade traz aos indivíduos que apresentam osteoporose estão relacionadas a prejuízos na compreensão do que é a doença e o que ela acarreta em seu organismo, interferindo na adoção da melhor terapêutica pelos sujeitos. O enfermeiro deve adotar em sua fala uma linguagem fácil, clara e objetiva com o intuito de facilitar o processo de ensino-aprendizagem na educação em saúde desta população (TAVARES et al, 2012). A partir do levantamento dos achados observou-se que muitos dos idosos apresentam uma renda de um salário mínimo, o que indica que eles não possuem condições econômicas suficientes para prover o seu sustento e gera diversas limitações como a de buscar uma assistência médica adequada, manter seus cuidados em saúde e possuir atividades de lazer (Ibid). O enfermeiro diante disso, deve sistematizar a assistência de enfermagem, se atentando para a adequação e adaptações do cuidado em saúde a partir da realidade financeira destes idosos, buscando o desenvolvimento de estratégias criativas e que possam melhorar sua QV. Ele deve organizar, planejar e estruturar ações de enfermagem específicas para as suas necessidades básicas que precisam de intervenções. Muitos idosos se encontram abaixo do nível recomendado de ingestão de cálcio por dia e também são hipertensos. É sabido que o cálcio tem papel fundamental na estrutura óssea e na diminuição da pressão arterial e também que a atividade física desempenha papel crucial no metabolismo ósseo e controle da hipertensão (LINDOLPHO et al, 2012). Os problemas identificados associados osteoporose foram o hipotireoidismo, a menopausa precoce, amenorreia primária e secundária e ooforectomia, pois eles aceleram a reabsorção óssea ao longo do tempo. É crucial que o enfermeiro através da anamnese identifique se os idosos, em particular as mulheres, apresentam alguns destes fatores redutores de massa óssea para o melhor estabelecimento de ações educativas esta clientela (Ibid). Verificou-se a consulta de enfermagem como um meio que os enfermeiros possuem de estabelecer um vínculo com os idosos, identificar suas necessidades biológicas, sociais, econômicas e culturais, para uma sistematização da assistência de enfermagem direcionada a eles buscando o alcance de um equilíbrio biopsicossocioespiritual (LINDOLPHO et al, 2014). 54 Uma ferramenta identificada no estudo, utilizada para a prevenção da osteoporose e promoção em saúde dos idosos foi à educação em saúde, que tem o intuito de informar e clarear possíveis dúvidas sobre a doença (Ibid). A educação em saúde dispõe de diferentes ações que permitem conscientizar a população sobre a relevância da adoção de bons hábitos de vida para a saúde. O enfermeiro tem como desafio buscar alternativas através de adaptações frente à realidade social vivenciada pelos idosos perante a osteoporose. Em todos os níveis de atenção deve-se almejar a manutenção da autonomia e a independência funcional das pessoas idosas, pois para indivíduos senis a definição de saúde está relacionada às mesmas. Isto exige um reordenamento das ações de enfermagem que visem à preservação da autonomia e integridade física, psíquica e moral. (BRASIL, 2006). A própria portaria que institui a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa considera necessário preservar e promover a autonomia e a independência dos indivíduos com idade avançada, através de medidas coletivas e individuais de saúde para esse fim, de acordo com os princípios e diretrizes do SUS (Ibid). 55 CONCLUSÃO Com o aumento da expectativa de vida nas últimas décadas verificado através de estudos epidemiológicos, há um aumento proporcional de DCNTs, incluindo a osteoporose que se encontra na subagenda “saúde do idoso”, tema prioritário de pesquisa em saúde “compreensão dos mecanismos das doenças associadas ao processo de envelhecimento” que faz parte da Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Saúde. O estudo possibilitou evidenciar a partir da categorização da pesquisa, como a osteoporose incide mais na senilidade do que nas demais faixas etárias, o que torna essencial empoderar os idosos a tomar consciência sobre a doença e possíveis medidas preventivas que eles deverão adotar em seu cotidiano visando à melhoria em sua autonomia. Entre os sexos verificou-se que a perda de massa óssea foi mais prevalente no sexo feminino e estava relacionada com o maior tempo de menopausa. Devido às diferenças osteometabólicas entre os sexos e as alterações decorrentes desta fase da vida, nota-se como é importante que o enfermeiro esclareça as mulheres sobre as consequências que a menopausa traz para a sua saúde com o propósito de estimular a adoção de medidas que diminuam as perdas de massa óssea que aumentam com o envelhecimento e maior período de amenorreia. De forma geral nos estudos identificou-se que muitos dos sujeitos da pesquisa que possuíam osteoporose ou eram propensos à doença, não realizavam atividades físicas de forma regular e em sua maioria também apresentavam uma alimentação pobre em cálcio e vitamina D. O enfermeiro deve buscar constantemente encorajar a mudança de comportamentos inadequados para a saúde desta clientela almejando o bem estar do indivíduo, através de uma conscientização contínua e efetiva que vise manutenção da funcionalidade, independência e autonomia dos idosos, que em grande parte vivem sozinhos e que apresentam carências socioeconômicas. É também importante que o enfermeiro envolva a família e cuidadores na atenção ao cuidado do idoso, pois dependendo da idade e grau de limitações morfofuncionais que eles apresentem, muitos necessitarão de auxílio para manter mudanças alimentares e realizar atividades físicas regulares de acordo com sua capacidade funcional. A partir disso o enfermeiro pode através de ações educativas e assistenciais, identificar subjetividades nas consultas de enfermagem de forma humanizada e com isso, estabelecer 56 intervenções cabíveis para cada caso tendo sempre um olhar holístico ao atender essa população. As repercussões na QV ocasionadas pela osteoprosose estão relacionadas a limitações funcionais e nos idosos, aumento da incapacidade funcional. Isto gera consequências negativas como redução da mobilidade corporal, dificuldade para deambular, medo de quedas, dor, preocupações e altos gastos financeiros com o tratamento da doença. Com isso torna-se fundamental a prevenção da doença pra minimizar as chances da ocorrência da mesma. Este estudo tem grande valia ao ensejar ações de enfermagem para os grupos suscetíveis à doença óssea metabólica, pois permite compreender as necessidades em saúde desta clientela a partir da realidade socioeconômica prevalente no estudo e com isso direcionar a equipe de enfermagem no estabelecimento das intervenções de enfermagem que reestabeleçam a resiliência destes sujeitos, que em sua maioria são idosos, a fim de prevenir tal patologia que traz prejuízos físicos, psíquicos, sociais e econômicos. Em razão da pequena quantidade de artigos recentes encontrados nos últimos cinco anos nesta pesquisa, sugere-se investimentos em mais produções científicas sobre os riscos para osteoporose visando implementações qualificadas de cuidados em saúde de forma singular, devido à escassa produção científica nacional, principalmente de autores enfermeiros. Estudos voltados para a osteoporose em crianças se tornam alvo de novas pesquisas para os profissionais da saúde, uma vez que não foram identificados no estudo e são de extrema relevância, pois para esta clientela a abordagem seria particularizada. A necessidade do desenvolvimento de estudos mais detalhados e aprofundados sobre a atuação dos enfermeiros na consulta de enfermagem e as práticas assistências apropriadas aos sujeitos acometidos pela doença foi identificada devido à escassez de dados mais consistentes nas consultas de enfermagem verificadas no presente estudo. A partir de uma consulta de enfermagem eficaz, podem-se estabelecer cuidados em saúde para serem seguidos em casa, especialmente aos idosos, devido às limitações por maior número de morbidades e grande risco de fraturas por quedas, devido às perdas cognitivas na senilidade. Estudos que avaliem o déficit sensorial, estado mental, capacidade de deambulação e as medicações utilizadas pelos idosos como hipotensores, tranquilizantes e antiparkisonianos, podem ser uma importante ferramenta para os enfermeiros na prevenção de quedas aos indivíduos com fragilidade óssea. 57 OBRAS CITADAS ALMEIDA, Marco Antonio Betine; GUTIERREZ, Gustavo Luis; MARQUES, Renato. Qualidade de vida. Edições Each, 2012. Disponível em < http://each.uspnet.usp.br/edicoeseach/qualidade_vida.pdf >. Acesso em: 23 fev. 2016. AMADEI, Susana Ungaro; SILVEIRA, Vanessa Ávila Sarmento; PEREIRA, Andresa Costa; CARVALHO, Yasmin Rodarte; ROCHA, Rosilene Fernandes. A influência da deficiência estrogênica no processo de remodelação e reparação óssea. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, São Paulo, n. 1, 2006. Disponível em < http://www.scielo.br/pdf/jbpml/v42n1/29910.pdf >. Acesso em: 12 mai. 2016. 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Propósito (objetivo) Tamanho da Amostra, Desenho da Pesquisa & Instrumentos Características. Principais Conclusões Achados do(s) autor (es) Cenário 4ª Etapa Pré-análise (Exemplo) ANO DE PUBLICAÇÃO BASE DE DADOS ARTIGOS NA ÍNTEGRA ON LINE Discriminação FONTES DE DADOS ORIGEM DOS AUTORES FORMAÇÃO DOS AUTORES Local de realização dos estudos Tipo de pesquisa Técnicas utilizadas Característica Amostra Objetivos Resultados Quantidade Quantidade Total