EXPEDIENTE DIRETORIA José Roberto Zimmerman CRM 52.13458-0 Milton Galper Posener CRM 52.13695-2 Rogério Nogueira de Melo CRM 52.56012-8 Silnice Quintela Administradora Produzido por Selles & Henning Comunicação Integrada Projeto Gráfico Patrícia Ouvinha Editoração Eletrônica Luiz Felipe Beca Jornalistas Responsáveis Márcia Asevedo 34423/RJ Índice ENTREVISTA Automedicação: uma prática que pode trazer riscos à sua saúde SAÚDE Alergia ou reação adversa a medicamentos, como identificar? 06 COMPORTAMENTO Ar-condicionado e doenças respiratórias: veja alguns cuidados! Aline Ferreira 35448/RJ Felipe Lima 04 08 ESPECIAL Os cuidados com a pele durante a estação mais quente do ano 10 CORPO HUMANO E SAÚDE Você sabe o que é anosmia? UNIDADES Centro Rua Sete de Setembro, 92 - Grupo 905 a 908 Tel.: 2224-1594 SAÚDE DA CRIANÇA Aplicativo criado pelo Ministério da Saúde ajuda a manter vacinação em dia Tijuca Rua Desembargador Izidro, 22 - Lj. B Tel.: 2288-5865 Madureira Estrada do Portela, 99 - Grupo 1101 Vacinas: sala 1122 - Tel.: 3359-4384 E-mail: [email protected] www.alergoar.com.br 13 ALERgO AR SOCIAL Cufa: 17 anos combatendo a segregação social e étnica no Brasil e no mundo Niterói Rua da Conceição, 188 - Sala 2308 Tel.: 2622-1254 Administração: 2288-5865 Marcação de Consultas: 3515-0808 12 14 ACONTECE NA ALERgO AR Ação Alergo ar em empresas 15 Revista Alergo ar - Nº 18 Ano 6 / 2015 EDITORIAL Verão, sol, férias, praia... C hegou o verão, a estação mais esperada do ano pelos cariocas. Sinônimo de férias, calor e diversão para muitos, porém não para todos. Para esta edição da Alergo ar, selecionamos os temas mais importantes para que você mantenha sua saúde e aproveite cada minuto do período mais quente do ano. Muitas pessoas em busca do bronzeado perfeito ficam horas expostas ao sol e se esquecem dos riscos que isso pode trazer para pele. A matéria “Especial” aborda esse assunto, nela você pode conferir os principais cuidados que devemos ter nessa época. Além disso, na seção “Comportamento”, iremos falar sobre o uso adequado do ar-condicionado – muito usado no verão, quando os termômetros marcam em média de 36º a 40º graus. A sua má utilização pode agravar os quadros de doenças respiratórias e alergias. Quantas vezes você se sentiu mal e tomou um medicamento sem prescrição, seja por uma dor de cabeça ou azia? Considerada um problema de saúde pública, a automedicação representa um hábito comum entre os brasileiros. Para esclarecer as consequências que essa prática traz para saúde, ouvimos o diretor de comunicação da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), Dr. Rodrigo Bandeira Lima. Interessados também em ajudá-lo a manter o bem-estar do seu filho em dia, separamos para seção “Saúde da criança” uma excelente dica: o aplicativo que ajuda os pais a manter a vacinação das crianças em dia. Na seção “Alergo ar social”, vamos contar um pouco sobre o Projeto Cufa – Central Única das Favelas, que tem como objetivo difundir nas camadas mais desprivilegiadas da população a conscientização para capacitação profissional, elevando assim a autoestima da periferia e oferecendo-lhe uma nova perspectiva. Queremos dividir com vocês uma novidade! Observando a relevância de promover a saúde dos funcionários das empresas, a clínica Alergo ar elaborou o projeto “Ação Alergo ar na sua empresa”, voltado para a educação em saúde. Por meio de palestras e distribuição de material educativo (cartazes e folhetos informativos), os funcionários estarão expostos a informações sobre assuntos relacionados às áreas de atuação da clínica (alergia, vacinação, cuidados respiratórios e dermatológicos). O projeto inclui ainda imunização de funcionários, realização de testes alérgicos, consultas e provas respiratórias. Desejamos a todos uma boa leitura e um bom verão! 03 ENTREVISTA por Aline Ferreira Automedicação: uma prática que pode trazer riscos à sua saúde Q uem nunca sentiu dor de cabeça e tomou um analgésico? Ou teve prisão de ventre e fez uso de um laxante? Comum no Brasil, segundo um levantamento feito pelo Instituto de Ciência Tecnologia e Qualidade (ICTQ), a automedicação é praticada por 76,4% dos brasileiros. O que muitos não sabem é que esse hábito, visto muitas vezes como uma solução para alívio imediato de alguns sintomas, pode trazer consequências mais graves do que se imagina. A fim de esclarecer todas as dúvidas a respeito do tema, para esta edição, ouvimos o diretor de comunicação da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), Dr. Rodrigo Bandeira Lima. Alergo ar: Considerada um problema de saúde pública no Brasil e no mundo, quais os riscos que a automedicação pode acarretar para a saúde de quem tem esse hábito? Rodrigo Bandeira: O grande problema da automedicação é que as pessoas que têm esse hábito poucas vezes conhecem de fato o medicamento que estão utilizando. Todos os medicamentos possuem efeitos colaterais e, se a pessoa que estiver usando não estiver atenta a isso, ela pode adoecer por conta do medicamento e, inclusive, mascarar alguma doença que seria diagnosticada pelo médico. Um exemplo: uma pessoa que tem febre e toma um remédio para baixar a temperatura, até aí tudo bem. Mas se ela 04 fica dois dias com a febre e fica insistindo com a automedicação, ela pode ter uma infecção grave acontecendo e que talvez possa estar deixando de ser diagnosticada porque a pessoa não passa pelo profissional. Alergo ar: Qual a diferença de automedicação e autoprescrição? Rodrigo Bandeira: A autoprescrição refere-se à indicação do medicamento, e a automedicação é o ato de medicar em si. Então, a prescrição automaticamente está acompanhada de automedicação, porque a pessoa se prescreve um medicamento e toma. O problema é que ela acaba sendo feito por uma pessoa que não tem habilitação para isso. Alergo ar: O uso abusivo de medicamentos pode facilitar o aumento da resistência de microorganismos, comprometendo a eficácia dos tratamentos. Poderia nos explicar como isso acontece? Rodrigo Bandeira: Quando você vai prescrever um antibiótico para uma pessoa, espera-se que ele tenha um efeito ótimo para que o paciente elimine todas as bactérias que ele precisa eliminar. Quando o medicamento não é usado na dose correta, o que acontece é a exposição das bactérias aos medicamentos, mas não em uma quantidade suficiente para acabar com elas. Tem aquele dito popular: “o que não mata engorda”, então, é como se as bactérias em contato com o medicamento em uma dose menor do que a Revista Alergo ar - Nº 18 Ano 6 / 2015 dose letal começassem a aprender a lidar com aquela substância. As bactérias desenvolvem mecanismos de adaptação à substância e como elas se multiplicam muito rápido, a gente começa a ter na mesma velocidade uma geração de bactérias que não morrem mais. Prejudicando assim o tratamento, pois, quando você for utilizar a dose correta do remédio, ele já não vai funcionar. Nesses casos, não continuamos com o mesmo antibiótico e passamos para um outro, pois já há um excesso do mesmo no organismo. Alergo ar: A Organização Mundial de Saúde (OMS) já reconhece a automedicação responsável – que não precisa de receita médica para tratar pequenos males, como resfriados, enxaqueca, azia etc. – como uma prática de sucesso na Europa e nos Estados Unidos. Qual a sua opinião sobre isso? Rodrigo Bandeira: Eu acho extremamente válido, aqui no Brasil a gente também tem. Existem vários medicamentos que não dependem de prescrição médica pra serem comercializados. Os analgésicos mais famosos, Dipirona, Paracetamol, que não precisam de receita para comprar. Eu acho que a prática em si é boa, se for acompanhada de um processo de educação da população para que ela saiba identificar quando é a hora de tomar um remédio por conta própria e quando é a hora de parar de tomar remédio e procurar um avaliação médica. A automedicação responsável é uma estratégia muito interessante, mas ela só é efetiva se estiver acompanhada de uma educação aos pacientes. Alergo ar: Atualmente vem crescendo o número de pacientes que se consultam com o “Dr. Google”, buscando na internet informações sobre diagnósticos, doenças, sintomas, medicamentos e tratamentos. Em sua opinião, isso é um fator positivo ou negativo? Rodrigo Bandeira: Eu acho bastante positivo, porque o paciente esclarecido sempre colabora mais. O problema do Google é que ele é sempre associado à automedicação. Se a pesquisa servir apenas para você conversar com seu médico e se tornar mais esclarecido, é positivo. Alergo ar: Gostaria de deixar uma mensagem para todos os pacientes? Rodrigo Bandeira: É importante que as pessoas aprendam e desenvolvam maneiras de lidar com seus problemas, e a automedicação responsável só faz sentido se as pessoas tiverem conhecimento suficiente para saber quando é a hora de continuar com a automedicação ou de procurar um profissional especializado para saber o que está acontecendo. 05 SAÚDE por Márcia Asevedo Alergia ou reação adversa a medicamentos, como identificar? O processo alérgico tem início quando uma pessoa que tem predisposição genética entra em contato com uma substância estranha ao seu organismo (o chamado antígeno). A partir daí, acontece o que os especialistas denominaram de resposta imunológica exagerada. Os principais agentes causadores de alergias são: ácaros e baratas; mofo (fungos); epi- télio (pele) e pelos de animais (gatos e cães); pólens de flores; alimentos e medicamentos. Fatores ambientais também podem causar alergias (temperaturas quentes ou frias, a luz do sol ou outros desencadeadores ambientais). Quando o organismo percebe a invasão de um alérgeno, ele libera substâncias químicas, como a histamina, para combater o invasor. Esse processo provoca irritação, inchaço, produção de muco, espasmos musculares, urticárias, erupções e outros sintomas que variam em cada pessoa. Saiba mais! A parte do corpo que entra em contato com o alérgeno é responsável pelos sintomas que você apresenta. Por exemplo: Geralmente, os alérgenos que são respirados causam congestão nasal, irritação no nariz e na garganta, produção de muco, tosse ou respiração difícil ou ruidosa; Os alérgenos que entram em contato com os olhos podem causar olhos irritados, úmidos em excesso, vermelhos ou inchados; Ingerir um alimento que lhe dá alergia pode provocar náusea, vômito, dor abdominal, cólicas, diarreia ou uma reação grave e possivelmente fatal; Os alérgenos que entram em contato direto com a pele podem causar urticárias, erupções, irritação, bolhas ou mesmo descamação. 06 Revista Alergo ar - Nº 18 Ano 6 / 2015 A alergia medicamentosa é de origem imunológica: são chamadas alergias imunoalérgicas Segundo informações da ASBAI, uma pessoa pode ser propensa a ter reações alérgicas e efeitos colaterais com determinada medicação. A alergia medicamentosa pode variar entre discreta a muito graves; representa, inclusive, um risco fatal. É importante que médicos e pacientes estejam atentos às reações, isso porque elas podem ser imprevisíveis. A multiplicação e a propagação de diversos medicamentos e de produtos de origem biológica (mais naturais), pela Medicina moderna, têm aumentado a incidência de alergias medicamentosas. A reação adversa ao medicamento e a intolerância medicamentosa podem acontecer com qualquer pessoa, alérgica ou não, e podem depender, em parte, das doses ou formas de administração. Fontes: Associação Brasileira de Alergia e Imunologia e Secretaria de Saúde SP. As alergias a medicamentos geralmente envolvem todo o corpo e podem produzir uma grande variedade de sintomas. A reação adversa é uma resposta contrária a um medicamento, não intencional, que acontece durante as doses normalmente empregadas para prevenção, diagnóstico e tratamento. Essa reação é denominada alergia imunoalérgica. Trata-se de uma reação diferente do que se esperava com o remédio indicado para o tratamento. Segundo informações da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, a maioria dos remédios tem algum risco de provocar reações adversas. É importante ressaltar que os outros efeitos colaterais, no uso de medicamentos para diferentes tratamentos, são mais comuns do que a incidência das alergias imunoalérgicas. Reação adversa a medicamentos ou erro de medicação? É possível que algumas pessoas confundam reação adversa a medicamentos com erro de medicação. Segundo a Organização Mundial de Saúde, reação adversa a medicamento, ou RAM, é qualquer efeito prejudicial que se apresente após a administração de doses de medicamentos normalmente utilizadas na prevenção, diagnóstico ou tratamento de uma enfermidade. A RAM, em sua definição, aponta o risco de problemas com remédios, mesmo quando usados corretamente. A diferença entre as duas situações é a possibilidade de ser prevenida, ou seja, a reação adversa a medicamentos é inevitável e os erros de medicação, por definição, são preveníveis. Fique Atento! Depois que as alergias se desenvolvem, tratá-las e evitar cuidadosamente aquilo que causa as reações podem prevenir o surgimento de outras alergias no futuro. 07 COMPORTAMENTO por Aline Ferreira Ar-condicionado e doenças respiratórias: veja alguns cuidados! S ol forte, altas temperaturas, locais abafados... No verão, com os termômetros marcando em média de 36° a 40° graus, o uso do ar condicionado se torna quase obrigatório. E de fato, eles refrescam – e até mesmo gelam – o ambiente, porém é preciso seguir alguns cuidados para que estes não tragam nenhum problema para sua saúde ou agravem os quadros de doenças respiratórias. Uma das funções fisiológicas do nariz é filtrar, aquecer e umidificar o ar que respiramos. No ar- -condicionado, ocorre justamente o inverso: ele esfria e retira a umidade do ambiente, deixando-o seco. Assim, quando uma pessoa fica muito tempo expostaa ambientes com ar-condicionado, e estes não estão limpos adequadamente, ela sobrecarrega o seu aparelho respiratório, ocasionando o ressecamento das vias respiratórias, desencadeando em doenças, quadros alérgicos e crises, com manifestação de sintomas como: tosse, garganta seca, irritação no nariz, olhos, dificuldade e desconforto para respirar. Entre as principais doenças respiratórias que podem ser agravadas pelo mau uso do ar-condicionado, estão: Sangramento nasal A mucosa nasal é delicada, e o frio pode levar a pequenas lesões. Além disso, ao se movimentarem, os cílios nasais capturaram micro-organismos antes que eles sejam aspirados. E o ar seco atrapalha esse batimento ciliar, facilitando infecções, ocasionando sangramentos. Amigdalite Popularmente chamada de “dor de garganta”, trata-se de uma inflamação geralmente aguda nas amígdalas (gânglios linfáticos que atuam na defesa de vírus e bactérias); as imunoglobulinas que ficam na garganta dependem da umidade da saliva para trabalhar; em ambientes com ar-condicionado o ar fica seco, e essa secura faz que qualquer possível aspiração de uma bactéria não seja combatida, ocasionando a amigdalite. Asma Decorrente da inflamação crônica das vias aéreas – composta pelos brônquios e suas ramifi- 08 cações, responsáveis pelo transporte do ar até os pulmões. A inflamação que ocorre dentro das vias aéreas leva a um estreitamento para a passagem de ar, dificultando a respiração. A proliferação e a exposição a fungos e outros produtos, nos aparelhos de ar-condicionado não bem conservados, também podem desencadear a doença. Sinusite O ar que respiramos permanece um tempo nas cavidades do nariz até ser enviado aos pulmões. Quando as mucosas nasais ressecam, estas impurezas (vírus, bactérias ou fungos) se acumulam na região, provocando uma crise de sinusite – inflamação da mucosa dos seios da face, região do crânio formada por cavidades ósseas ao redor do nariz, maçãs do rosto e olhos. Além de ocorrer por conta do clima frio e seco do ar-condicionado, a sinusite pode ser ainda alérgica, como reação ao pó vinculado ao ar climatizado. Revista Alergo ar - Nº 18 Ano 6 / 2015 Pneumonia Caracterizada como uma inflamação nos pulmões, em geral, em consequência de uma infecção nas vias respiratórias (bronquite, resfriado e gripe). Uma das causas da pneumonia é devido à exposição ao ar frio e seco do ar-condicionado. Nessas circunstâncias, os cílios da mucosa nasal (necessários para proteger o organismo de agentes bacterianos) ressecam, facilitando assim a entrada de vírus e bactérias no organismo, afetando os pulmões. Cuidados simples, mas que valem muito! Com o nariz... Lave diariamente o nariz na pia do banheiro ou aplique soro fisiológico sobre ele. Essa atitude evita sangramentos e infecções. Fontes: Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT) e Associação Brasileira de Asmáticos (ABRA). Com a garganta... Beba bastante água. O ideal é consumir no mínimo 600 ml por período do dia. Mantenha sempre uma garrafa à mão. Com os pulmões... Evite locais em que o ar-condicionado incida diretamente sobre você, tenha sempre em mãos um casaco para se proteger do ar frio. Com o ambiente... Mantenha o ambiente umidificado. Utilize umidificadores. Com a temperatura... Ar-condicionado não é refrigerador. É um grande erro ao chegar de um ambiente mais quente e ligar o aparelho na temperatura mais baixa, o ideal é por volta de 21° C. Com a limpeza... A limpeza completa – motor e todos os dutos – do ar-condicionado deve ser feita, em média, de 30 em 30 dias. No caso de automóveis, esse período pode se estender para uns seis meses, mas isso está relacionado ao ambiente por onde o veículo anda. No procedimento, é trocado o filtro e é realizada uma limpeza injetando um produto específico para a higienização da tubulação. 09 ESPECIAL por Felipe Lima Os cuidados com a pele durante a estação mais quente do ano S ol, calor e dias mais claros são características da estação mais quente do ano: o verão. Durante essa época, as atividades ao livre, como praia, piscina e esportes em geral, acabam se tornando mais comum por causa das temperaturas altas. Por isso, é fundamental estar ciente dos cuidados e prevenções para proteger a pele contra os perigos da estação, a fim de evitar riscos e problemas sérios que ocorrem em períodos de tempo quente. A exposição ao sol, às correntes de vento, o mormaço e o contato direto com a areia das praias e com os produtos químicos usados na manutenção da piscina são alguns dos fatores que agridem e comprometem a saúde da pele. O que reforça ainda mais a necessidade de medidas cautelosas que devem ser tomadas para não provocar nenhum tipo de incômodo ou problemas dermatológicos. Dentre essas medidas, está um fator básico e mais que eficiente para a melhor proteção da pele contra os raios do sol: o filtro solar. Mas não é apenas em momentos de lazer (como praia, piscina, pesca etc.) que o protetor deve ser lembrado. Especialistas também recomen- 10 dam o uso do produto em quem se expõe ao ar livre diariamente, mesmo que não haja o contato direto com a luz do sol, pois evita que o corpo sofra com as consequências provocadas pelo calor. Se o filtro solar ajuda a manter o corpo protegido dos raios do sol, um bom hidratante corporal e um sabonete apropriado também são dois consideráveis aliados para quem gosta de proteger a pele dos males veranis. O primeiro auxilia na manutenção da pele e ainda conserva uma quantidade necessária de água que mantém o corpo hidratado. E o segundo previne o ressecamento e atua na saúde da pele. Mas não são apenas os cuidados externos que devem ser considerados para a garantia de uma pele saudável. Beber bastante água e ingerir outros líquidos, como sucos de frutas naturais e água de coco, também ajudam na hidratação do corpo durante os dias de temperatura alta, além, é claro, de conterem substâncias benéficas que ajudam a prevenir doenças e os sinais de envelhecimento. Existem alguns alimentos que também auxiliam nos cuidados com a pele e devem ser consumidos nos dias de muito calor. São algumas frutas e legumes de cores vermelha e alaranjada, que são ricas em carotenoides, substância que se assenta na pele, protegendo-as dos raios ultravioleta (UV) e encontrada em alimentos como abóbora, cenoura, maçã, mamão e beterraba. Revista Alergo ar - Nº 18 Ano 6 / 2015 Doenças de pele comuns da estação Toda essa combinação de calor, sol, areia, mar, piscina, suor, entre outras características típicas do verão brasileiro, eleva ainda mais os perigos variáveis de doenças que afetam a pele. Por isso, selecionamos as mais comuns que ocorrem durante a estação devido a todos os elementos citados no início: Micose São infecções ocasionadas por fungos que se alimentam da queratina presentes em partes do corpo. Manifestam-se no couro cabeludo, unhas e na pele, principalmente nos pés e na virilha, porém isso não impede de ser encontrada em outros locais do corpo, e afeta pessoas de todas as idades. Manter hábitos higiênicos, como secar-se bem após o banho, especialmente em locais de dobra (virilha, dedos, axilas) e evitar usar calçados fechados, ajuda a evitar o surgimento de micoses. Manchas Escuras Conhecidas como manchas senis ou melanoses, trata-se de pequenas manchas escuras, entre castanho e marrom, que aparecem em áreas que ficam expostas ao sol, como o rosto, colo, ombro, braço e mãos. Para evitá-las, o melhor a fazer é aplicar o filtro solar antes de se expor ao sol. Há tratamentos dermatológicos usados para remover esses tipos de mancha do corpo. Sardas Brancas Aparecem quando há uma ação acumulativa da radiação solar sobre os locais que foram expostos ao sol por um período longo, durante as fases da vida. Assim como as manchas escuras, as sardas brancas podem ser evitadas com o uso de protetor solar e também envolvem tratamentos para removê-las. Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Brotoejas São pequenas bolhas na pele que surgem devido ao entupimento das glândulas sudoríparas causadas pelo excesso de calor. Muito comum em bebês, as brotoejas podem não provocar coceiras superficiais ou avermelhadas. Do contrário, coçam muito por causa de obstruções dos canais das glândulas quando são mais profundas. Melhor forma de evitá-las é usando roupas frescas e não frequentar locais muito abafados capazes de provocar uma transpiração excessiva. Acne Solar Ocorre devido à mistura da oleosidade da pele com o filtro solar aplicado. Para prevenir a pele deste incômodo, é recomendável lavar o rosto com sabonetes apropriados para o tipo de pele e usar protetores solar com base aquosa ou em gel, pois deixam a pele mais seca, diminuindo a sua oleosidade. 11 CORPO HUMANO E SAÚDE por Márcia Asevedo Você sabe o que é anosmia? A nosmia é a perda da capacidade de sentir cheiro; esse distúrbio pode não representar só um transtorno, mas um perigo à vida das pessoas. Isso porque o olfato funciona como um alerta contra incêndios, escapes de gás e alimentos estragados. Perder este sentido pode comprometer tanto a segurança quanto a qualidade de vida do indivíduo. Além de indicar um sinal precoce de desordens neurológicas, como: Alzheimer e de Parkinson. Pode levar, também, à depressão ou causar distúrbios alimentares. Imagine não conseguir diferenciar um cafezinho sem açúcar de um purgante. A perda do olfato pode comprometer o paladar, isso porque a língua percebe cinco sabores (doce, salgado, azedo, amargo e unami – glutamato monossódico); desta forma, a pessoa que sofre com esse distúrbio não diferencia os sabores representados em cada alimento. Fonte: Fundação de Otorrinolaringologia (FORL). O sistema olfativo possui receptores no revestimento mucoso do nariz, servindo de meio de comunicação entre os nervos e o cérebro. A anosmia pode ter origem genética ou ser causada por problemas psicossomáticos, traumas na cabeça, cirurgias nasais e até por doenças como: sinusites e rinites. A perda do olfato pode acontecer se qualquer parte da via olfativa for danificada ou destruída. A anosmia pode durar pouco tempo, por exemplo, quando o nariz entope por causa de um resfriado, assim como pode ser permanente. Perder totalmente o olfato é mais raro, mas pode acontecer. 12 Por que a perda do olfato compromete o paladar? O olfato e o paladar estão ligados, isso porque as papilas gustativas da língua identificam o sabor e os nervos do nariz, o odor. Esses dois sentidos do corpo se comunicam com o cérebro que, de forma combinada, leva a informação para identificação e apreciação dos sabores. Quando o alimento possui várias substâncias, exige a boa atuação tanto do paladar quanto do olfato. É mais comum se perceber a redução do olfato quando os alimentos parecem sem sabor. Revista Alergo ar - Nº 18 Ano 6 / 2015 SAÚDE DA CRIANÇA por Márcia Asevedo Aplicativo criado pelo Ministério da Saúde ajuda a manter vacinação em dia de é a ideia de que é exagero vacinar os filhos contra algumas doenças, acreditando que os filhos não correm risco. As vacinas contra o sarampo e a difteria são as mais descartadas. A não vacinação pode pôr em risco não só a saúde de quem precisa ser imunizado, mas das pessoas que estiverem ao redor. O aplicativo “Vacinação em Dia” funciona em tablets e smartphones que utilizem sistemas operacionais iOS e Android 2.2 ou superior. O usuário poderá baixar no Google Play e na Apple Store. A ferramenta tem 3,1 MB de tamanho e já foi baixada entre 5.000 e 10.000 vezes, segundo informações do Portal Brasil. Fontes: Blog da Saúde (Ministério da Saúde) e Portal Brasil (Governo Federal). P ara melhorar a cobertura de vacinas, o Ministério da Saúde criou o aplicativo “Vacinação em Dia”, disponível para usuários de smartphones e tablets. A ferramenta oferece facilidade, modernidade e agilidade no gerenciamento das vacinas, para crianças e adultos, possibilitando o acompanhando do calendário de imunização. Tal iniciativa visa a colaborar na prevenção, de forma mais abrangente, de doenças contagiosas e, muitas vezes, letais. O aplicativo ainda tem a vantagem de fornecer aos usuários informações disponibilizadas pelo Ministério da Saúde sobre cada uma das vacinas; além de indicação, esclarecimento de dúvidas e notificação sobre as datas para novas imunizações. Ainda mostra o histórico da vacina e os possíveis sintomas. Os calendários de vacinação cadastrados no aplicativo “Vacinação em Dia” também podem ser enviados via e-mail para impressão. Um dado importante levantado a pedido do Ministério da Saúde informa que 82,6% das crianças do Brasil foram vacinadas até os 18 meses de idade. Porém, o estudo mostra também que nas classes mais altas das capitais a vacinação foi deficitária. No estado de São Paulo, 71% das crianças da classe A receberam a imunização completa, já na classe E foi constatada a cobertura de 81%. Segundo declaração do professor da Faculdade de Medicina da Santa Casa, José Cássio de Moraes, uma das razões para essa desigualda- 13 Alergo ar social por Aline Ferreira H á 17 anos, no dia 29 de janeiro, surgia no viaduto de Madureira a Central Única das Favelas (Cufa), criada por jovens de várias favelas do Rio de Janeiro, em sua maioria negros, que buscavam espaços para expressarem suas atitudes, questionamentos ou simplesmente sua vontade de viver. Hoje em dia, reconhecida nacionalmente, a Central Única está presente em 25 estados brasileiros, além do Distrito Federal, e em países como: Argentina, Alemanha, Chile, Estados Unidos e Inglaterra. “A minha sede de transformação nasceu no viaduto, na rua. Por mais longe que a Cufa vá, nosso ponto de partida para todos os avanços sempre será o Viaduto de Madureira, nossa matriz, nossa raiz, onde está nosso coração”, afirma Celso Athayde, um dos fundadores. Através de uma linguagem própria, a Cufa tem como objetivo difundir nas camadas mais desprivilegiadas da população a conscientização para capacitação profissional, elevando assim a autoestima da periferia e oferecendo-lhe uma nova perspectiva. Dentre as atividades disponíveis nos campos da educação, esporte, cultura e cidadania, estão: cursos e oficinas de DJ, Break, Graffiti, Escolinha de Basquete de Rua, Skate, curso de modelagem, teatro, Informática, Gastronomia, Audiovisual, Inglês e muitas outras. E dentre as ações que imprimem legitimidade ao trabalho desenvolvido, vale a pena citar os eventos HUTÚZ – único evento de grande porte e expressão focado exclusivamente no Hip Hop – e o LIIBRA – Liga Internacional de Basquete de Rua. “Não criei a Instituição para mim, criei esse sonho para ser compartilhado e hoje eu sei que o maior dos acertos não foram as ações que conseguimos, mas a garantia da sobrevivência da Cufa 14 Fotos: Divulgação. Cufa: 17 anos combatendo a segregação social e étnica no Brasil e no mundo Alunos do Cufa do Viaduto de Madureira a partir do quadro que formamos. Hoje eu tenho certeza que a Cufa não vai retroceder jamais”, ressalta Celso Athayde. O CUFA do viaduto de Madureira terá nova sede Localizada sob o Viaduto Negrão de Lima, em Madureira, Zona Norte do Rio, a nova sede do Cufa foi inaugurada no dia 29/01 deste ano – ocasião em que o Projeto fez 17 anos. Levando o nome da mãe de um dos fundadores, o Espaço Cultural Marina Soares Athayde (in memoriam) possui uma área total de 2.748,95 m² e conta com uma estrutura moderna: quadra poliesportiva, espaço para shows musicais, salas de aulas, refeitório e um setor administrativo que abrigará mais de 80 funcionários. Revista Alergo ar - Nº 18 Ano 6 / 2015 ACONTECE NA ALERGO AR por Márcia Asevedo Ação Alergo ar em empresas N as grandes companhias, é senso comum considerar a importância de um ambiente corporativo saudável. Incentivar bons relacionamentos, cultivar uma atmosfera agradável e a manutenção da comunicação – com clareza e transparência – são questões a serem levadas em conta no dia a dia de uma empresa. Mas como manter uma equipe motivada sem pensar na saúde de seus componentes? Observando a relevância de promover a saúde dos funcionários das empresas, a clínica Alergo ar elaborou o projeto “Ação Alergo ar na sua empresa”, voltado para a educação em saúde. Por meio de palestras e distribuição de material educativo (cartazes e folhetos informativos), os funcionários estarão expostos a informações sobre assuntos relacionados às áreas de atuação da clínica (alergia, vacinação, cuidados respiratórios e dermatológicos). O projeto inclui ainda: imunização de funcionários, realização de testes alérgicos, consultas e provas respiratórias. A informação é uma das maneiras de prevenção mais importantes, representando a redução das condições de risco, além de minimizar os efeitos de doenças. A Alergo ar acredita nisso. Cuidar da saúde dos funcionários é investir em qualidade de vida, o que representa um diferencial no mercado. A satisfação da equipe pode ser percebida nos resultados que a empresa alcança, e isso faz diferença no resultado final. Cada vez mais os setores de Recursos Humanos investem em atividades visando ao bem-estar de seus colaboradores. Segundo o Dr. Milton Galper, Diretor da Clínica, o projeto representa um empenho em orientar a população a ter hábitos sadios: “Para isso produzimos inúmeros folhetos sobre assuntos como rinite, asma, tosse, picada de insetos, alergia alimentar e prevenção”. Falar sobre tabagismo, riscos da automedicação, importância da imunização para diminuir o absenteísmo (ausência do local de trabalho) também faz parte dos assuntos a serem tratados nas palestras. “A importância deste trabalho é ter uma população orientada, mais consciente e mais sadia”, completa o Dr. Milton. Para participar do projeto, as empresas interessadas em realizar a “Ação Alergo ar na sua empresa” devem entrar em contato com a Central de Atendimento da Clínica pelo telefone: 3515-0800. 15