Untitled - Alergo ar

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EXPEDIENTE
DIRETORIA
José Roberto Zimmerman
CRM 52.13458-0
Milton Galper Posener
CRM 52.13695-2
Rogério Nogueira de Melo
CRM 52.56012-8
Silnice Quintela
Administradora
Produzido por
Selles & Henning
Comunicação Integrada
Projeto Gráfico
Patrícia Ouvinha
Editoração Eletrônica
Luiz Felipe Beca
Jornalistas Responsáveis
Márcia Asevedo
34423/RJ
Índice
ENTREVISTA
Automedicação: uma prática que
pode trazer riscos à sua saúde
SAÚDE
Alergia ou reação adversa a
medicamentos, como identificar?
06
COMPORTAMENTO
Ar-condicionado e doenças
respiratórias: veja alguns cuidados!
Aline Ferreira
35448/RJ
Felipe Lima
04
08
ESPECIAL
Os cuidados com a pele durante
a estação mais quente do ano
10
CORPO HUMANO E SAÚDE
Você sabe o que é anosmia?
UNIDADES
Centro
Rua Sete de Setembro, 92 - Grupo 905 a 908
Tel.: 2224-1594
SAÚDE DA CRIANÇA
Aplicativo criado pelo Ministério da
Saúde ajuda a manter vacinação em dia
Tijuca
Rua Desembargador Izidro, 22 - Lj. B
Tel.: 2288-5865
Madureira
Estrada do Portela, 99 - Grupo 1101
Vacinas: sala 1122 - Tel.: 3359-4384
E-mail: [email protected]
www.alergoar.com.br
13
ALERgO AR SOCIAL
Cufa: 17 anos combatendo a segregação
social e étnica no Brasil e no mundo
Niterói
Rua da Conceição, 188 - Sala 2308
Tel.: 2622-1254
Administração: 2288-5865
Marcação de Consultas: 3515-0808
12
14
ACONTECE NA ALERgO AR
Ação Alergo ar em empresas
15
Revista Alergo ar - Nº 18 Ano 6 / 2015
EDITORIAL
Verão, sol, férias, praia...
C
hegou o verão, a estação mais esperada do ano pelos cariocas. Sinônimo de férias, calor e
diversão para muitos, porém não para todos. Para esta edição da Alergo ar, selecionamos os
temas mais importantes para que você mantenha sua saúde e aproveite cada minuto do período mais quente do ano.
Muitas pessoas em busca do bronzeado perfeito ficam horas expostas ao sol e se esquecem dos
riscos que isso pode trazer para pele. A matéria “Especial” aborda esse assunto, nela você pode conferir os principais cuidados que devemos ter nessa época. Além disso, na seção “Comportamento”,
iremos falar sobre o uso adequado do ar-condicionado – muito usado no verão, quando os termômetros marcam em média de 36º a 40º graus. A sua má utilização pode agravar os quadros de doenças
respiratórias e alergias.
Quantas vezes você se sentiu mal e tomou um medicamento sem prescrição, seja por uma dor de
cabeça ou azia? Considerada um problema de saúde pública, a automedicação representa um hábito
comum entre os brasileiros. Para esclarecer as consequências que essa prática traz para saúde, ouvimos
o diretor de comunicação da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), Dr.
Rodrigo Bandeira Lima.
Interessados também em ajudá-lo a manter o bem-estar do seu filho em dia, separamos para seção
“Saúde da criança” uma excelente dica: o aplicativo que ajuda os pais a manter a vacinação das crianças
em dia. Na seção “Alergo ar social”, vamos contar um pouco sobre o Projeto Cufa – Central Única das
Favelas, que tem como objetivo difundir nas camadas mais desprivilegiadas da população a conscientização para capacitação profissional, elevando assim a autoestima da periferia e oferecendo-lhe uma
nova perspectiva.
Queremos dividir com vocês uma novidade! Observando a relevância de promover a saúde dos
funcionários das empresas, a clínica Alergo ar elaborou o projeto “Ação Alergo ar na sua empresa”, voltado para a educação em saúde. Por meio de palestras e distribuição de material educativo (cartazes
e folhetos informativos), os funcionários estarão expostos a informações sobre assuntos relacionados
às áreas de atuação da clínica (alergia, vacinação, cuidados respiratórios e dermatológicos). O projeto
inclui ainda imunização de funcionários, realização de testes alérgicos, consultas e provas respiratórias.
Desejamos a todos uma boa leitura e um bom verão!
03
ENTREVISTA
por Aline Ferreira
Automedicação: uma prática que
pode trazer riscos à sua saúde
Q
uem nunca sentiu dor de cabeça e tomou um analgésico?
Ou teve prisão de ventre e fez uso de um laxante? Comum no Brasil, segundo um levantamento feito pelo Instituto de Ciência Tecnologia e Qualidade (ICTQ), a automedicação
é praticada por 76,4% dos brasileiros. O que muitos não sabem é
que esse hábito, visto muitas vezes como uma solução para alívio imediato de alguns sintomas, pode trazer consequências mais
graves do que se imagina.
A fim de esclarecer todas as dúvidas a respeito do tema, para esta
edição, ouvimos o diretor de comunicação da Sociedade Brasileira de
Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), Dr. Rodrigo Bandeira Lima.
Alergo ar: Considerada um
problema de saúde pública no
Brasil e no mundo, quais os riscos que a automedicação pode
acarretar para a saúde de quem
tem esse hábito?
Rodrigo Bandeira: O grande
problema da automedicação
é que as pessoas que têm esse
hábito poucas vezes conhecem de fato o medicamento
que estão utilizando. Todos os
medicamentos possuem efeitos colaterais e, se a pessoa que
estiver usando não estiver atenta a isso, ela pode adoecer por
conta do medicamento e, inclusive, mascarar alguma doença
que seria diagnosticada pelo
médico. Um exemplo: uma pessoa que tem febre e toma um
remédio para baixar a temperatura, até aí tudo bem. Mas se ela
04
fica dois dias com a febre e fica
insistindo com a automedicação, ela pode ter uma infecção
grave acontecendo e que talvez possa estar deixando de ser
diagnosticada porque a pessoa
não passa pelo profissional.
Alergo ar: Qual a diferença de automedicação e autoprescrição?
Rodrigo Bandeira: A autoprescrição refere-se à indicação do medicamento, e a
automedicação é o ato de
medicar em si. Então, a prescrição automaticamente está
acompanhada de automedicação, porque a pessoa se
prescreve um medicamento
e toma. O problema é que ela
acaba sendo feito por uma
pessoa que não tem habilitação para isso.
Alergo ar: O uso abusivo de medicamentos pode facilitar o aumento da resistência de microorganismos, comprometendo a
eficácia dos tratamentos. Poderia
nos explicar como isso acontece?
Rodrigo Bandeira: Quando
você vai prescrever um antibiótico para uma pessoa, espera-se
que ele tenha um efeito ótimo
para que o paciente elimine todas as bactérias que ele precisa
eliminar. Quando o medicamento não é usado na dose correta,
o que acontece é a exposição
das bactérias aos medicamentos, mas não em uma quantidade suficiente para acabar com
elas. Tem aquele dito popular:
“o que não mata engorda”, então, é como se as bactérias em
contato com o medicamento
em uma dose menor do que a
Revista Alergo ar - Nº 18 Ano 6 / 2015
dose letal começassem a aprender a lidar com aquela substância. As bactérias desenvolvem
mecanismos de adaptação à
substância e como elas se multiplicam muito rápido, a gente
começa a ter na mesma velocidade uma geração de bactérias
que não morrem mais. Prejudicando assim o tratamento, pois,
quando você for utilizar a dose
correta do remédio, ele já não
vai funcionar. Nesses casos, não
continuamos com o mesmo antibiótico e passamos para um
outro, pois já há um excesso do
mesmo no organismo.
Alergo ar: A Organização Mundial de Saúde (OMS) já reconhece
a automedicação responsável –
que não precisa de receita médica
para tratar pequenos males, como
resfriados, enxaqueca, azia etc.
– como uma prática de sucesso
na Europa e nos Estados Unidos.
Qual a sua opinião sobre isso?
Rodrigo Bandeira: Eu acho
extremamente válido, aqui no
Brasil a gente também tem.
Existem vários medicamentos
que não dependem de prescrição médica pra serem comercializados. Os analgésicos
mais famosos, Dipirona, Paracetamol, que não precisam de
receita para comprar. Eu acho
que a prática em si é boa, se for
acompanhada de um processo de educação da população
para que ela saiba identificar
quando é a hora de tomar um
remédio por conta própria e
quando é a hora de parar de
tomar remédio e procurar um
avaliação médica. A automedicação responsável é uma estratégia muito interessante, mas
ela só é efetiva se estiver acompanhada de uma educação aos
pacientes.
Alergo ar: Atualmente vem crescendo o número de pacientes
que se consultam com o “Dr. Google”, buscando na internet informações sobre diagnósticos, doenças, sintomas, medicamentos e
tratamentos. Em sua opinião, isso
é um fator positivo ou negativo?
Rodrigo Bandeira: Eu acho
bastante positivo, porque o
paciente esclarecido sempre
colabora mais. O problema do
Google é que ele é sempre associado à automedicação. Se
a pesquisa servir apenas para
você conversar com seu médico e se tornar mais esclarecido, é positivo.
Alergo ar: Gostaria de deixar
uma mensagem para todos os
pacientes?
Rodrigo Bandeira: É importante que as pessoas aprendam e
desenvolvam maneiras de lidar
com seus problemas, e a automedicação responsável só faz
sentido se as pessoas tiverem
conhecimento suficiente para
saber quando é a hora de continuar com a automedicação
ou de procurar um profissional
especializado para saber o que
está acontecendo.
05
SAÚDE
por Márcia Asevedo
Alergia ou reação adversa a
medicamentos, como identificar?
O
processo alérgico tem início quando
uma pessoa que tem predisposição genética entra em contato com uma substância estranha ao seu organismo (o chamado
antígeno). A partir daí, acontece o que os especialistas denominaram de resposta imunológica
exagerada. Os principais agentes causadores de
alergias são: ácaros e baratas; mofo (fungos); epi-
télio (pele) e pelos de animais (gatos e cães); pólens de flores; alimentos e medicamentos. Fatores
ambientais também podem causar alergias (temperaturas quentes ou frias, a luz do sol ou outros
desencadeadores ambientais).
Quando o organismo percebe a invasão de
um alérgeno, ele libera substâncias químicas,
como a histamina, para combater o invasor. Esse
processo provoca irritação, inchaço, produção de
muco, espasmos musculares, urticárias, erupções
e outros sintomas que variam em cada pessoa.
Saiba mais!
A parte do corpo que entra em contato com o alérgeno é responsável pelos sintomas que
você apresenta. Por exemplo:
Geralmente, os alérgenos que são respirados causam congestão nasal, irritação no nariz e
na garganta, produção de muco, tosse ou respiração difícil ou ruidosa;
Os alérgenos que entram em contato com os olhos podem causar olhos irritados, úmidos
em excesso, vermelhos ou inchados;
Ingerir um alimento que lhe dá alergia pode provocar náusea, vômito, dor abdominal,
cólicas, diarreia ou uma reação grave e possivelmente fatal;
Os alérgenos que entram em contato direto com a pele podem causar urticárias, erupções, irritação, bolhas ou mesmo descamação.
06
Revista Alergo ar - Nº 18 Ano 6 / 2015
A alergia medicamentosa é de origem imunológica: são chamadas alergias imunoalérgicas
Segundo informações da ASBAI, uma pessoa
pode ser propensa a ter reações alérgicas e
efeitos colaterais com determinada medicação. A alergia medicamentosa pode variar entre discreta a muito graves; representa, inclusive, um risco fatal. É importante que médicos
e pacientes estejam atentos às reações, isso
porque elas podem ser imprevisíveis.
A multiplicação e a propagação de diversos
medicamentos e de produtos de origem biológica (mais naturais), pela Medicina moderna,
têm aumentado a incidência de alergias medicamentosas. A reação adversa ao medicamento e a intolerância medicamentosa podem
acontecer com qualquer pessoa, alérgica ou
não, e podem depender, em parte, das doses
ou formas de administração.
Fontes: Associação Brasileira de Alergia e Imunologia e Secretaria de Saúde SP.
As alergias a medicamentos geralmente envolvem todo o corpo e podem produzir
uma grande variedade de sintomas.
A reação adversa é uma resposta contrária a
um medicamento, não intencional, que acontece
durante as doses normalmente empregadas para
prevenção, diagnóstico e tratamento. Essa reação
é denominada alergia imunoalérgica. Trata-se de
uma reação diferente do que se esperava com o
remédio indicado para o tratamento. Segundo
informações da Associação Brasileira de Alergia
e Imunologia, a maioria dos remédios tem algum
risco de provocar reações adversas.
É importante ressaltar que os outros efeitos colaterais, no uso de medicamentos para
diferentes tratamentos, são mais comuns do
que a incidência das alergias imunoalérgicas.
Reação adversa a medicamentos ou erro de medicação?
É possível que algumas pessoas confundam reação adversa a medicamentos com erro de medicação. Segundo a Organização Mundial de Saúde, reação
adversa a medicamento, ou RAM, é qualquer efeito prejudicial que se apresente
após a administração de doses de medicamentos normalmente utilizadas na
prevenção, diagnóstico ou tratamento de uma enfermidade. A RAM, em sua
definição, aponta o risco de problemas com remédios, mesmo quando usados
corretamente. A diferença entre as duas situações é a possibilidade de ser prevenida, ou seja, a reação adversa a medicamentos é inevitável e os erros de medicação, por definição, são preveníveis.
Fique Atento!
Depois que as alergias se desenvolvem, tratá-las e evitar cuidadosamente aquilo que causa as reações podem prevenir o surgimento de outras alergias no futuro.
07
COMPORTAMENTO
por Aline Ferreira
Ar-condicionado e doenças
respiratórias: veja alguns cuidados!
S
ol forte, altas temperaturas, locais abafados... No verão, com os termômetros marcando em média de 36° a 40° graus, o uso
do ar condicionado se torna quase obrigatório. E de
fato, eles refrescam – e até mesmo gelam – o ambiente, porém é preciso seguir alguns cuidados para que
estes não tragam nenhum problema para sua saúde
ou agravem os quadros de doenças respiratórias.
Uma das funções fisiológicas do nariz é filtrar,
aquecer e umidificar o ar que respiramos. No ar-
-condicionado, ocorre justamente o inverso: ele
esfria e retira a umidade do ambiente, deixando-o
seco. Assim, quando uma pessoa fica muito tempo
expostaa ambientes com ar-condicionado, e estes
não estão limpos adequadamente, ela sobrecarrega
o seu aparelho respiratório, ocasionando o ressecamento das vias respiratórias, desencadeando em doenças, quadros alérgicos e crises, com manifestação
de sintomas como: tosse, garganta seca, irritação no
nariz, olhos, dificuldade e desconforto para respirar.
Entre as principais doenças respiratórias que podem ser agravadas pelo mau uso do
ar-condicionado, estão:
Sangramento nasal
A mucosa nasal é delicada, e o frio pode levar a pequenas lesões. Além disso, ao se movimentarem,
os cílios nasais capturaram micro-organismos antes que eles sejam aspirados. E o ar seco atrapalha
esse batimento ciliar, facilitando infecções, ocasionando sangramentos.
Amigdalite
Popularmente chamada de “dor de garganta”,
trata-se de uma inflamação geralmente aguda
nas amígdalas (gânglios linfáticos que atuam na
defesa de vírus e bactérias); as imunoglobulinas
que ficam na garganta dependem da umidade
da saliva para trabalhar; em ambientes com ar-condicionado o ar fica seco, e essa secura faz que
qualquer possível aspiração de uma bactéria não
seja combatida, ocasionando a amigdalite.
Asma
Decorrente da inflamação crônica das vias aéreas – composta pelos brônquios e suas ramifi-
08
cações, responsáveis pelo transporte do ar até
os pulmões. A inflamação que ocorre dentro
das vias aéreas leva a um estreitamento para
a passagem de ar, dificultando a respiração. A
proliferação e a exposição a fungos e outros
produtos, nos aparelhos de ar-condicionado
não bem conservados, também podem desencadear a doença.
Sinusite
O ar que respiramos permanece um tempo nas
cavidades do nariz até ser enviado aos pulmões. Quando as mucosas nasais ressecam,
estas impurezas (vírus, bactérias ou fungos)
se acumulam na região, provocando uma crise
de sinusite – inflamação da mucosa dos seios
da face, região do crânio formada por cavidades ósseas ao redor do nariz, maçãs do rosto e
olhos. Além de ocorrer por conta do clima frio
e seco do ar-condicionado, a sinusite pode ser
ainda alérgica, como reação ao pó vinculado
ao ar climatizado.
Revista Alergo ar - Nº 18 Ano 6 / 2015
Pneumonia
Caracterizada como uma inflamação nos pulmões,
em geral, em consequência de uma infecção nas
vias respiratórias (bronquite, resfriado e gripe). Uma
das causas da pneumonia é devido à exposição ao
ar frio e seco do ar-condicionado. Nessas circunstâncias, os cílios da mucosa nasal (necessários para
proteger o organismo de agentes bacterianos) ressecam, facilitando assim a entrada de vírus e bactérias no organismo, afetando os pulmões.
Cuidados simples, mas que valem muito!
Com o nariz...
Lave diariamente o nariz na pia do banheiro ou aplique soro fisiológico sobre
ele. Essa atitude evita sangramentos e infecções.
Fontes: Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT) e Associação Brasileira de Asmáticos (ABRA).
Com a garganta...
Beba bastante água. O ideal é consumir no mínimo 600 ml por período do dia.
Mantenha sempre uma garrafa à mão.
Com os pulmões...
Evite locais em que o ar-condicionado incida diretamente sobre você, tenha
sempre em mãos um casaco para se proteger do ar frio.
Com o ambiente...
Mantenha o ambiente umidificado. Utilize umidificadores.
Com a temperatura...
Ar-condicionado não é refrigerador. É um grande erro ao chegar de um ambiente mais quente e ligar o aparelho na temperatura mais baixa, o ideal é por
volta de 21° C.
Com a limpeza...
A limpeza completa – motor e todos os dutos – do ar-condicionado deve ser
feita, em média, de 30 em 30 dias. No caso de automóveis, esse período pode se
estender para uns seis meses, mas isso está relacionado ao ambiente por onde
o veículo anda. No procedimento, é trocado o filtro e é realizada uma limpeza
injetando um produto específico para a higienização da tubulação.
09
ESPECIAL
por Felipe Lima
Os cuidados com a pele durante
a estação mais quente do ano
S
ol, calor e dias mais claros são características da estação mais quente do
ano: o verão. Durante essa época, as
atividades ao livre, como praia, piscina e esportes em geral, acabam se tornando mais comum
por causa das temperaturas altas. Por isso, é fundamental estar ciente dos cuidados e prevenções para proteger a pele contra os perigos da
estação, a fim de evitar riscos e problemas sérios
que ocorrem em períodos de tempo quente.
A exposição ao sol, às correntes de vento,
o mormaço e o contato direto com a areia das
praias e com os produtos químicos usados na
manutenção da piscina são alguns dos fatores
que agridem e comprometem a saúde da pele.
O que reforça ainda mais a necessidade de medidas cautelosas que devem ser tomadas para
não provocar nenhum tipo de incômodo ou
problemas dermatológicos.
Dentre essas medidas, está um fator básico
e mais que eficiente para a melhor proteção da
pele contra os raios do sol: o filtro solar. Mas não
é apenas em momentos de lazer (como praia,
piscina, pesca etc.) que o protetor
deve ser lembrado. Especialistas também
recomen-
10
dam o uso do produto em quem se expõe ao ar
livre diariamente, mesmo que não haja o contato
direto com a luz do sol, pois evita que o corpo sofra com as consequências provocadas pelo calor.
Se o filtro solar ajuda a manter o corpo protegido dos raios do sol, um bom hidratante corporal e um sabonete apropriado também são
dois consideráveis aliados para quem gosta de
proteger a pele dos males veranis. O primeiro
auxilia na manutenção da pele e ainda conserva
uma quantidade necessária de água que mantém o corpo hidratado. E o segundo previne o
ressecamento e atua na saúde da pele.
Mas não são apenas os cuidados externos
que devem ser considerados para a garantia
de uma pele saudável. Beber bastante água e
ingerir outros líquidos, como sucos de frutas
naturais e água de coco, também ajudam na
hidratação do corpo durante os dias de temperatura alta, além, é claro, de conterem substâncias benéficas que ajudam a prevenir doenças
e os sinais de envelhecimento.
Existem alguns alimentos que também auxiliam nos cuidados com a pele e devem ser consumidos nos dias de muito calor. São algumas
frutas e legumes de cores vermelha e alaranjada, que são ricas em carotenoides, substância
que se assenta na pele, protegendo-as dos raios
ultravioleta (UV) e encontrada em alimentos como abóbora, cenoura, maçã,
mamão e beterraba.
Revista Alergo ar - Nº 18 Ano 6 / 2015
Doenças de pele comuns da estação
Toda essa combinação de calor, sol, areia, mar,
piscina, suor, entre outras características típicas do
verão brasileiro, eleva ainda mais os perigos variáveis de doenças que afetam a pele. Por isso, selecionamos as mais comuns que ocorrem durante a estação devido a todos os elementos citados no início:
Micose
São infecções ocasionadas por fungos que se
alimentam da queratina presentes em partes do
corpo. Manifestam-se no couro cabeludo, unhas
e na pele, principalmente nos pés e na virilha, porém isso não impede de ser encontrada em outros locais do corpo, e afeta pessoas de todas as
idades. Manter hábitos higiênicos, como secar-se
bem após o banho, especialmente em locais de
dobra (virilha, dedos, axilas) e evitar usar calçados
fechados, ajuda a evitar o surgimento de micoses.
Manchas Escuras
Conhecidas como manchas senis ou melanoses,
trata-se de pequenas manchas escuras, entre castanho e marrom, que aparecem em áreas que ficam expostas ao sol, como o rosto, colo, ombro,
braço e mãos. Para evitá-las, o melhor a fazer é
aplicar o filtro solar antes de se expor ao sol. Há
tratamentos dermatológicos usados para remover esses tipos de mancha do corpo.
Sardas Brancas
Aparecem quando há uma ação acumulativa da
radiação solar sobre os locais que foram expostos ao sol por um período longo, durante as fases da vida. Assim como as manchas escuras, as
sardas brancas podem ser evitadas com o uso de
protetor solar e também envolvem tratamentos
para removê-las.
Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Brotoejas
São pequenas bolhas na pele que surgem devido ao entupimento das glândulas sudoríparas
causadas pelo excesso de calor. Muito comum
em bebês, as brotoejas podem não provocar coceiras superficiais ou avermelhadas. Do contrário,
coçam muito por causa de obstruções dos canais
das glândulas quando são mais profundas. Melhor forma de evitá-las é usando roupas frescas e
não frequentar locais muito abafados capazes de
provocar uma transpiração excessiva.
Acne Solar
Ocorre devido à mistura da oleosidade da pele
com o filtro solar aplicado. Para prevenir a pele
deste incômodo, é recomendável lavar o rosto com sabonetes apropriados para o tipo de
pele e usar protetores solar com base aquosa
ou em gel, pois deixam a pele mais seca, diminuindo a sua oleosidade.
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CORPO HUMANO
E SAÚDE
por Márcia Asevedo
Você sabe o que
é anosmia?
A
nosmia é a perda da capacidade de
sentir cheiro; esse distúrbio pode não
representar só um transtorno, mas um
perigo à vida das pessoas. Isso porque o olfato funciona como um alerta contra incêndios,
escapes de gás e alimentos estragados. Perder
este sentido pode comprometer tanto a segurança quanto a qualidade de vida do indivíduo.
Além de indicar um sinal precoce de desordens
neurológicas, como: Alzheimer e de Parkinson.
Pode levar, também, à depressão ou causar distúrbios alimentares.
Imagine não conseguir diferenciar um
cafezinho sem açúcar de um purgante.
A perda do olfato pode comprometer o
paladar, isso porque a língua percebe cinco sabores (doce, salgado, azedo, amargo
e unami – glutamato monossódico); desta
forma, a pessoa que sofre com esse distúrbio não diferencia os sabores representados em cada alimento.
Fonte: Fundação de Otorrinolaringologia (FORL).
O sistema olfativo possui receptores no revestimento mucoso do nariz, servindo de meio de
comunicação entre os nervos e o cérebro. A anosmia pode ter origem genética ou ser causada por
problemas psicossomáticos, traumas na cabeça,
cirurgias nasais e até por doenças como: sinusites e rinites. A perda do olfato pode acontecer se
qualquer parte da via olfativa for danificada ou
destruída.
A anosmia pode durar pouco tempo, por exemplo, quando o nariz entope por causa de um resfriado, assim como pode ser permanente. Perder totalmente o olfato é mais raro, mas pode acontecer.
12
Por que a perda do olfato compromete o paladar?
O olfato e o paladar estão ligados, isso porque
as papilas gustativas da língua identificam o sabor
e os nervos do nariz, o odor. Esses dois sentidos do
corpo se comunicam com o cérebro que, de forma
combinada, leva a informação para identificação e
apreciação dos sabores. Quando o alimento possui várias substâncias, exige a boa atuação tanto
do paladar quanto do olfato. É mais comum se
perceber a redução do olfato quando os alimentos parecem sem sabor.
Revista Alergo ar - Nº 18 Ano 6 / 2015
SAÚDE DA CRIANÇA
por Márcia Asevedo
Aplicativo criado pelo Ministério da
Saúde ajuda a manter vacinação em dia
de é a ideia de que é exagero vacinar os filhos
contra algumas doenças, acreditando que os
filhos não correm risco. As vacinas contra o
sarampo e a difteria são as mais descartadas.
A não vacinação pode pôr em risco não só a
saúde de quem precisa ser imunizado, mas
das pessoas que estiverem ao redor.
O aplicativo “Vacinação em Dia” funciona
em tablets e smartphones que utilizem sistemas
operacionais iOS e Android 2.2 ou superior. O
usuário poderá baixar no Google Play e na Apple Store. A ferramenta tem 3,1 MB de tamanho
e já foi baixada entre 5.000 e 10.000 vezes, segundo informações do Portal Brasil.
Fontes: Blog da Saúde (Ministério da Saúde) e Portal Brasil (Governo Federal).
P
ara melhorar a cobertura de vacinas,
o Ministério da Saúde criou o aplicativo “Vacinação em Dia”, disponível para usuários de smartphones e tablets. A
ferramenta oferece facilidade, modernidade e
agilidade no gerenciamento das vacinas, para
crianças e adultos, possibilitando o acompanhando do calendário de imunização. Tal iniciativa visa a colaborar na prevenção, de forma mais abrangente, de doenças contagiosas
e, muitas vezes, letais.
O aplicativo ainda tem a vantagem de fornecer aos usuários informações disponibilizadas
pelo Ministério da Saúde sobre cada uma das
vacinas; além de indicação, esclarecimento de
dúvidas e notificação sobre as datas para novas
imunizações. Ainda mostra o histórico da vacina
e os possíveis sintomas. Os calendários de vacinação cadastrados no aplicativo “Vacinação em
Dia” também podem ser enviados via e-mail para impressão.
Um dado importante levantado a pedido do Ministério da Saúde informa que 82,6% das crianças
do Brasil foram vacinadas até os
18 meses de idade. Porém, o
estudo mostra também
que nas classes mais
altas das capitais a vacinação foi deficitária.
No estado de São Paulo,
71% das crianças da classe A receberam a imunização completa, já na
classe E foi constatada a cobertura de 81%.
Segundo declaração do professor da Faculdade de Medicina da Santa Casa, José Cássio de
Moraes, uma das razões para essa desigualda-
13
Alergo ar social
por Aline Ferreira
H
á 17 anos, no dia 29 de janeiro, surgia no
viaduto de Madureira a Central Única
das Favelas (Cufa), criada por jovens de
várias favelas do Rio de Janeiro, em sua maioria
negros, que buscavam espaços para expressarem
suas atitudes, questionamentos ou simplesmente
sua vontade de viver.
Hoje em dia, reconhecida nacionalmente, a
Central Única está presente em 25 estados brasileiros, além do Distrito Federal, e em países como:
Argentina, Alemanha, Chile, Estados Unidos e Inglaterra. “A minha sede de transformação nasceu
no viaduto, na rua. Por mais longe que a Cufa vá,
nosso ponto de partida para todos os avanços
sempre será o Viaduto de Madureira, nossa matriz,
nossa raiz, onde está nosso coração”, afirma Celso
Athayde, um dos fundadores.
Através de uma linguagem própria, a Cufa
tem como objetivo difundir nas camadas mais
desprivilegiadas da população a conscientização
para capacitação profissional, elevando assim a
autoestima da periferia e oferecendo-lhe uma
nova perspectiva. Dentre as atividades disponíveis nos campos da educação, esporte, cultura e
cidadania, estão: cursos e oficinas de DJ, Break,
Graffiti, Escolinha de Basquete de Rua, Skate, curso de modelagem, teatro, Informática, Gastronomia, Audiovisual, Inglês e muitas outras. E dentre
as ações que imprimem legitimidade ao trabalho
desenvolvido, vale a pena citar os eventos HUTÚZ
– único evento de grande porte e expressão focado exclusivamente no Hip Hop – e o LIIBRA – Liga
Internacional de Basquete de Rua.
“Não criei a Instituição para mim, criei esse sonho para ser compartilhado e hoje eu sei que o
maior dos acertos não foram as ações que conseguimos, mas a garantia da sobrevivência da Cufa
14
Fotos: Divulgação.
Cufa: 17 anos combatendo a segregação
social e étnica no Brasil e no mundo
Alunos do Cufa do Viaduto de Madureira
a partir do quadro que formamos. Hoje eu tenho
certeza que a Cufa não vai retroceder jamais”, ressalta Celso Athayde.
O CUFA do viaduto de Madureira terá nova sede
Localizada sob o Viaduto Negrão de Lima, em
Madureira, Zona Norte do Rio, a nova sede do Cufa
foi inaugurada no dia 29/01 deste ano – ocasião
em que o Projeto fez 17 anos. Levando o nome
da mãe de um dos fundadores, o Espaço Cultural Marina Soares Athayde (in memoriam) possui
uma área total de 2.748,95 m² e conta com uma
estrutura moderna: quadra poliesportiva, espaço
para shows musicais, salas de aulas, refeitório e
um setor administrativo que abrigará mais de 80
funcionários.
Revista Alergo ar - Nº 18 Ano 6 / 2015
ACONTECE
NA ALERGO AR
por Márcia Asevedo
Ação Alergo ar em empresas
N
as grandes companhias, é senso comum
considerar a importância de um ambiente corporativo saudável. Incentivar
bons relacionamentos, cultivar uma atmosfera
agradável e a manutenção da comunicação – com
clareza e transparência – são questões a serem levadas em conta no dia a dia de uma empresa. Mas
como manter uma equipe motivada sem pensar
na saúde de seus componentes?
Observando a relevância de promover a saúde
dos funcionários das empresas, a clínica Alergo ar
elaborou o projeto “Ação Alergo ar na sua empresa”,
voltado para a educação em saúde. Por meio de palestras e distribuição de material educativo (cartazes
e folhetos informativos), os funcionários estarão expostos a informações sobre assuntos relacionados
às áreas de atuação da clínica (alergia, vacinação,
cuidados respiratórios e dermatológicos). O projeto
inclui ainda: imunização de funcionários, realização
de testes alérgicos, consultas e provas respiratórias.
A informação é uma das maneiras de prevenção mais importantes, representando a redução
das condições de risco, além de minimizar os efeitos de doenças. A Alergo ar acredita nisso. Cuidar
da saúde dos funcionários é investir em qualidade
de vida, o que representa um diferencial no mercado. A satisfação da equipe pode ser percebida
nos resultados que a empresa alcança, e isso faz
diferença no resultado final. Cada vez mais os setores de Recursos Humanos investem em atividades visando ao bem-estar de seus colaboradores.
Segundo o Dr. Milton Galper, Diretor da Clínica,
o projeto representa um empenho em orientar a
população a ter hábitos sadios: “Para isso produzimos inúmeros folhetos sobre assuntos como rinite, asma, tosse, picada de insetos, alergia alimentar e prevenção”. Falar sobre tabagismo, riscos da
automedicação, importância da imunização para
diminuir o absenteísmo (ausência do local de trabalho) também faz parte dos assuntos a serem
tratados nas palestras. “A importância deste trabalho é ter uma população orientada, mais consciente e mais sadia”, completa o Dr. Milton.
Para participar do projeto, as empresas
interessadas em realizar a “Ação Alergo ar
na sua empresa” devem entrar em contato
com a Central de Atendimento da Clínica
pelo telefone: 3515-0800.
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