O SISTEMA IMUNE SIMPÓSIO SEED/2011 IDA CRISTINA GUBERT [email protected] 20/10/2011 1 O SISTEMA IMUNE INATO - Primeira linha de defesa - Muito antigo do ponto de vista evolutivo - É rápido - Receptores codificados por linhagem germinativa - Não possui memória 20/10/2011 2 DEFESAS INESPECÍFICAS Epitélio Pele Trato Geniturinário Trato Respiratório Trato Gastrintestinal Como?? Físicas: Químicas: Junções Fluxo fluido Movimento ciliar pH baixo Enzimas: lisozima, pepsina Biológicas: Flora normal (competição por espaço e nutrientes; substâncias antibacterianas) 20/10/2011 3 Primeira linha de defesa – células fagocíticas INTERFACE COM A IMUNIDADE ADAPTATIVA 20/10/2011 4 ORIGEM DAS CÉLULAS DE DEFESA 20/10/2011 5 PRIMEIRA LINHA DE DEFESA FAGÓCITOS Possuem receptores especializados para o reconhecimento dos patógenos – moléculas de padrão de reconhecimento -Receptor para Mannose em Macrófagos (Manose e Frutose) Pathogen Host -Receptores de varredura -Receptores Toll-like -Receptores para o Complemento 20/10/2011 6 Fagocitose -pH ácido (3.5-4) -ReativosTóxicos do oxigênio e nitrogênio -Superoxide (O2-) -Peróxido de hidrogênio (H2O2) Explosão Respiratória -Radicais hidroxila OH• (NADPH Oxidase) -ÓxidoNítrico (NO) -Enzimas -Lisozima, Hidrolases ácidas -Defensinas 20/10/2011 7 Ingerir não é tudo!!!!… Macrophage 20/10/2011 8 Receptores Toll-like e ligantes Lipoptídeos Bacterianos ; Mycoplasma dsRNA LPS (Gram-) ssRNA Compostos Anti-virais Flagelina TLR1 TLR6 TLR2 CpG DNA Bactérias uropatogênicas TLR9 TLR11 TLR7 TLR3 TLR4 TLR5 TLR8 MD-2 DomínioTIR (Toll-IL1 Receptor) 20/10/2011 9 Inflamação local Macrófago Mediadores Lipídicos -prostaglandinas Inflamação local -leucotrienos -fator ativador de plaquetas Coagulação sga 20/10/2011 10 Inflamação local Macrófago Citocinas IL-1 Ativa endotélio Ativa linfócitos Febre TNFa IL-6 Ativa Ativa endotélio Permeabilidade vascular linfócitos Febre Febre Proteína de Choque Fase Aguda 20/10/2011 IL-12 Ativa células NK 11 Inflamação local Macrófago Quimiocinas: -IL-8 -MIP1a/b -MCP-1 -RANTES 20/10/2011 12 Recrutamento de Neutrófilos 20/10/2011 13 ...finalmente a ajuda chega… Macrófago Neutrófilo Vida curta =>Pus 20/10/2011 14 …e quando as coisas dão errado … Epitélio Queimaduras - Risco de infecções Picadas de insetos - Anopheles => plasmódio (Malária) - Carrapatos => Borrelia ( Doença de Lyme ) Feridas Defeitos na secreção de muco ou Do movimento ciliar Interferência dos antibióticos Com a microflora - Clostridium tetani (Tétano) -Maior predisposição a infecções fúngicas - Re-colonização com bactérias patogênicas 20/10/2011 15 …e quando as coisas dão errado… Fagócitos Doença Granulomatosa Crônica -Deficiência genética de NADPH Oxidase -Não há explosão respiratória -Susceptibilidade a infecções -Por bactérias e fungos Mycobacterium -Cresce no interior dos Macrófagos -Impede fusão com lisossomo Bactérias com cápsula LPS espessa -Mais difícil o reconhecimento pelos -recpetores dos fagócitos 20/10/2011 16 O Sistema complemento 20/10/2011 17 O sistema complemento Via clássica 20/10/2011 18 O sistema complemento Via alternativa 20/10/2011 19 O sistema complemento Via comum 20/10/2011 20 O complexo de ataque à membrana 20/10/2011 21 20/10/2011 22 Agora estão todos brigando… Macrófago Neutrófilo De vida curta =>Pus Complemento 20/10/2011 23 Células NK Funções na Defesa (I) 1. Produção de IFN-g - São responsáveis pela produção de IFN-g induzida por LPS -Células NK contribuem com a defesa por secretarem IFN-g em resposta à IL1b, IL-12, IL-18, ou TNF-a , que são produzidos durante as Infecções por patógenos intracelulares como - bactérias (Listeria) - parasitas (Toxoplasma) - vírus (LCMV) 20/10/2011 24 Função das células NK Cells nas defesas (II) 2. Destruir células alvo (Olli Carpen, U. of Helsinki) - Não há necessidade de ativação prévia – daí o nome - IFN-a/b ativam a proliferação e a citotoxicidade das células NK - NK migram para os locais de infecção 20/10/2011 25 …quando as coisas dão errado… NK cells Deficiências de células NK Homólogos virais de classe I Proteínas virais -Aumento substancial das infecções por Herpes Vírus gama -Contraposição à modulação negativa de MHC I -Previnem a regulação positiva dos ligantes de ativação 20/10/2011 26 Resumo Macrófago Neutrófilo Vida curta =>Pus Complemento 20/10/2011 27 Falhas do sistema imune? Câncer – o que dá errado? Vigilância imunológica Capacidade dos tumores em evadir ou suplantar a atividade do SI Imunidade celular Produtos de oncogenes e genes supressores de tumor Mutações Expressão alterada de proteínas 20/10/2011 28 Falhas do sistema imune? Autoimunidade - 100 doenças autoimunes Diversidade de apresentação e história natural Imunomoduladores/imunossupressores Mulheres são os principais alvos Qualidade de vida Hormônios 20/10/2011 29 A dualidade do sistema imune Fonte:Tortora, Funke & Case. ArtMed, 8ª. Ed. 2007 20/10/2011 30 O papel das células T auxiliares Fonte:Tortora, Funke & Case. ArtMed, 8ª. Ed. 2007 20/10/2011 31 Citotoxicidade mediada por células – patógenos intracelulares Fonte:Tortora, Funke & Case. ArtMed, 8ª. Ed. 2007 20/10/2011 32 Processamento do Antígeno Via citossólica – Antígenos endógenos (proteínas) citoplasma da célula MHC de classe I; via natural de turnover das proteínas intracelulares. Os vírus e proteínas celulares peptídeos que se associam ao MHC de classe I. Os peptídeos são gerados no proteassomo complexo de protease multifuncional. 20/10/2011 33 Processamento do Ag citossol A via do MHC de classe I converte as proteínas em peptídeos, no citoplasma, os quais se associam ao MHC de classe I para reconhecimento pelo linfócito T CD8+/CTL Fonte: Abbas 20/10/2011 34 Via citossólica 20/10/2011 35 Processamento do Antígeno Via endocítica: CAA fagocitose, endocitose ou ambos. Os macrófagos dois processos Células B receptores BCR. Via endocítica – Antígenos exógenos fagocitose ou endocitose MCH de classe II. 20/10/2011 36 Processamento do Ag endossomos Poteínas que sofreram endocitose nas vesículas das CAA são degradadas em peptídeos que se ligam ao MHC de classe II para reconhecimento pelos linfócitos TCD4+ (Ta) Fonte: Abbas 20/10/2011 37 Via endocítica 20/10/2011 38 Apresentação do Ag CAA dendríticas são as mais eficientes. Expressam constitutivamente muitas moléculas de classe II e assim podem ativar células Ta naive; Macrófagos ativados por fagocitose para expressar MHC de classe I e B7; Células B expressam constitutivamente MHC de classe II mas precisam ser ativadas para expressar B7 20/10/2011 39 As citocinas Proteínas reguladoras de baixo PM <30kDa; Ativam as vias de transdução de sinais modificando a expressão gênica nos alvos; Ligam-se a seus receptores com alta afinidade picomolares Principais células produtoras: Th e M 20/10/2011 40 Ação das citocinas 20/10/2011 41 Ação das citocinas Pleiotropia: uma mesma citocina age sobre diferentes células com diferentes efeitos 20/10/2011 42 Ação das citocinas Redundância: uma ou mais citocinas agem sobre a mesma célula com o mesmo efeito Sinergia : duas citocinas sobre uma mesma célula com o mesmo efeito Antagonismo: uma citocina bloqueia a ação da outra em uma mesma célula 20/10/2011 43 As citocinas e respostas fisiológicas Desenvolvimento da RIH e RIC; Indução de Respostas Imunes; Regulação da hemopoése; Controle da proliferação e diferenciação celular; Cicatrização de feridas 20/10/2011 44 Perfil de citocinas das células T Ta1: CMI: IL-2, IFN-g, TNF-b, GM-CSF, IL-3 – DTH, ativação de CTL. Ta2: Acs: GM-CSF,IL-3,IL-4,IL-5, IL-10, IL-13; auxílio aos linfócitos B e produção de IgM, IgG, reações alérgicas 20/10/2011 45 Doenças relacionadas com citocinas Choque séptico bacteriano: Gram- como E. coli, K. pneumoniae,P. aeruginosa, Enterobacter aerogenes, N. meningitidis; Sintomas: hipotensão, febre, diarréia e CIVD; Endotoxinas das paredes bacterianas estimulam produção de TNF-a e IL-1 pelos M 20/10/2011 46