influenza a (h1n1) - Lacen-SC

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INFLUENZA
A (H1N1)
ASPECTOS LABORATORIAIS
1. INFORMAÇÕES GERAIS
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Os agentes infecciosos prioritários para investigação etiológica são os vírus
influenza.
As amostras de secreções respiratórias devem ser coletadas até o 3º
(terceiro) dia e eventualmente poderá ser realizada até o 7º (sétimo) dia,
após o início dos sintomas.
A técnica de diagnóstico preconizada pela OMS para confirmação
laboratorial do vírus Influenza pandêmica A (H1N1) é o RT-PCR (reação
em cadeia mediada pela polimerase em tempo real)
O processamento das amostras de secreção respiratória de casos
suspeitos para o diagnóstico de infecção pelo vírus Influenza pandêmico A
(H1N1) será realizado pelo laboratório de Biologia Molecular do LACEN/SC.
Considerando as recomendações da OMS, o Ministério da Saúde reitera
que a coleta e transporte de amostras de material humano seja realizada
rigorosamente dentro das normas de biossegurança vigentes no país
preconizadas para essa situação.
O Exame laboratorial para diagnóstico específico de Influenza A (H1N1)
somente está indicado para:
 acompanhar casos hospitalizados de síndrome respiratória aguda
grave.
 casos de surtos de síndrome gripal em comunidades fechadas,
segundo orientação da Vigilância Epidemiológica. São suficientes
amostras de três pacientes.
2. COLETA DE AMOSTRAS PARA TESTES DIAGNÓSTICOS
 A coleta de material biológico deverá ser feita preferencialmente antes do
inicio do tratamento
 Diante de um caso de síndrome respiratória aguda grave hospitalizado
(apresentando ou não fator de risco para complicações) poderão ser coletadas
amostra clinica de:
- Secreção nasofaringeana: para detecção de vírus influenza
Recomendações:
 Observar as normas de biossegurança (uso de luvas, óculos de proteção,
máscara e jalecos descartáveis)
 Recomenda-se que o atendimento do caso suspeito seja individualizado,
isto é, o paciente deve ser encaminhado para uma área de coleta isolada e
sem a presença de outros indivíduos.
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É fundamental que os profissionais não transitem por qualquer outra área
da unidade de saúde com os EPI utilizados durante a coleta, como forma
de evitar uma possível contaminação de outros ambientes.
Antes e depois do procedimento de coleta, o profissional deverá higienizar
as mãos, efetuar o descarte apropriado do material utilizado e diariamente,
deverá executar a desinfecção de todas as superfícies de trabalho da área
de coleta.
 Outras amostras clínicas:
O LACEN e os Laboratórios que atendem a rede hospitalar poderão
processar amostras de sangue ou outras amostras clínicas que não sejam
do trato respiratório para diagnóstico diferencial ou monitoramento da
evolução clínica do paciente, conforme as hipóteses diagnósticas
elencadas pelo médico do hospital de referência e as evidências geradas
pela investigação epidemiológica, desde que façam parte da lista de
exames próprios desta rede de laboratórios, adotando-se as medidas de
biossegurança preconizadas para cada situação.
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Kit de coleta
- O kit com material para coleta será fornecido pelo LACEN mediante
solicitação prévia à Divisão de Controle da Rede por fax (48) 32517952.
- A retirada do kit no LACEN é de responsabilidade da VE de cada
município.
- Para a retirada do material de coleta no LACEN, a VE do município
deverá encaminhar caixa de isopor contendo gelo reciclável para o
acondicionamento dos meios de transporte. A caixa de isopor não deve ser
a mesma onde tenham sido encaminhadas amostras biológicas de
quaisquer espécies.
ATENÇÃO
O Ministério da Saúde alerta aos profissionais de saúde e aos familiares de
indivíduos com doença respiratória aguda grave que as condutas clínicas
não dependem do resultado do exame laboratorial específico para influenza
pandêmica A (H1N1) 2009. Esclarece ainda que este exame, mesmo quando
indicado, demanda um tempo longo de realização, pela complexidade da
técnica utilizada.
3. TÉCNICAS PARA A COLETA
3.1 Swab combinado (nasofaringe e orofaringe)
Na técnica de swab combinado de nasofaringe e orofaringe, deve ser
utilizado exclusivamente swab de rayon ( fornecido no kit de coleta)
Não deve ser utilizado swab de algodão, pois o mesmo interfere nas
metodologias moleculares utilizadas.
Proceder a coleta utilizando três swabs que serão inseridos um na
orofaringe e os dois outros, um em cada narina.
Para a coleta de orofaringe, inserir o swab na porção superior da faringe
(após a úvula) e realizar movimentos circulares para obter células da
mucosa, evitando tocar em qualquer parte da boca.
Proceder da mesma forma com os outros dois swab nasais que serão
inseridos em cada narina até atingir o fundo da coana nasal.
Em seguida à coleta, inserir os três swabs em um mesmo frasco
contendo meio de transporte viral ou solução estéril de PBS 7,2
suplementado,
Quebrar ou cortar as hastes dos swabs, fechar e identificar com nome
completo do paciente de forma legível e com caneta resistente a água.
Manter refrigerado a 4°C (não congelar) até o acondicionamento.
3.2 Aspirado de Nasofaringe
Utilizar a técnica de aspirado de nasofaringe quando a unidade de saúde
dispuser de frasco coletor de secreção, pois a amostra obtida por essa
técnica pode concentrar maior número de células.
Obs. frasco coletor de plástico descartável acoplado com sonda nº 6 ½ e
com controle de vácuo (tipo bronquinho)
A coleta de ANF é um processo indolor podendo apenas provocar
lacrimejamento reflexo. Coletores de muco plásticos descartáveis ou equipo
de soro acoplado a uma sonda são preferencialmente recomendados para
a obtenção do espécime. A sonda preconizada é a uretral nº 6 com apenas
um orifício na ponta. O calibre da sonda é variável segundo o fabricante,
devendo ser dada preferência à de maior flexibilidade.
A aspiração pode ser realizada com bomba aspiradora portátil, ou vácuo de
parede do hospital; não utilizar uma pressão de vácuo muito forte.
Durante a coleta, a sonda é inserida através da narina até atingir a região
da nasofaringe quando então o vácuo é aplicado aspirando à secreção para
o interior do frasco coletor ou equipo. O vácuo deve ser colocado após a
sonda localizar-se na nasofaringe, uma vez que se no momento da
introdução da sonda houver o vácuo, poderá ocorrer lesão da mucosa. Este
procedimento deve ser realizado em ambas as narinas, mantendo
movimentação da sonda para evitar que haja pressão diretamente sobre a
mucosa provocando sangramento.
Alternar a coleta nas duas fossas nasais até obter um volume suficiente,
aproximadamente 1 ml, de ANF. A quantidade de secreção a ser colhida
dependerá da etiologia da IRA, fase evolutiva do quadro clínico e do grau
de hidratação do paciente. Pacientes febris apresentam secreção espessa.
Após nebulização com soro fisiológico a secreção é mais fluida e
abundante. Conseqüentemente, mais fácil de ser obtida. Não insistir se a
coleta não alcançar o volume desejado (mais ou menos 1 ml), pois poderá
ocasionar lesão de mucosa.
Após aspirar a secreção nasofaríngea com o coletor próprio, inserir a
sonda de aspiração no frasco contendo 3 ml de meio de transporte
viral ou em PBS pH 7,2 e aspirar todo o meio para dentro do frasco
coletor.
Manter refrigerado a 4°C (não congelar) até o acondicionamento.
4. ACONDICIONAMENTO, TRANSPORTE E ENVIO DE AMOSTRAS PARA
DIAGNÓSTICO.
A amostra deverá ser acondicionada individualizada, em saco plástico lacrado e
identificada adequadamente, contendo o nome do paciente, a data de coleta e
acompanhadas da Requisição de Exames preenchida de forma legível, com
dados do paciente e com o nome e telefone para contato do responsável pela
coleta (anexo 1).
Esta requisição está disponibilizada no site do LACEN http://lacen.saude.sc.gov.br
As amostras deverão ser colocadas em caixas (térmicas) de paredes rígidas, que
mantenham a temperatura adequada de refrigeração (4 a 8ºC) até a chegada ao
LACEN no prazo máximo de 24 horas
Esta caixa de isopor deve ser lacrada e identificada com o símbolo de risco
biológico.
Para encaminhamento posterior, manter em freezer a -70°C e utilizar gelo seco
para transporte.
Recomenda-se que o profissional que fará o transporte seja treinado para este
fim e que seja providenciado um “kit” de desinfecção para o veículo de transporte
para uso em situação de derramamento
O LACEN receberá as amostras durante 24 horas por dia, inclusive sábados,
domingos e feriados.
Endereço para entrega:
Rua Felipe Schmitt nº 788 CEP 88010-002 Centro Florianópolis/SC
Telefones: 48-32517840 - setor de Recepção
48-32517815 - setor de Triagem
OBS: O acondicionamento, envio, transporte e entrega das amostras no
LACEN é de responsabilidade da VE do município de origem.
ATENÇÃO - O NÃO CUMPRIMENTO RIGOROSO DA COLETA,
ACONDICIONAMENTO,
TRANSPORTE,
ENVIO,
IDENTIFICAÇÃO
DA
AMOSTRA E PREENCHIMENTO COMPLETO DA REQUISIÇÃO DE EXAME,
INVIABILIZAM QUALQUER POSSIBILIDADE DE ANÁLISE.
5. FLUXO DE RESULTADOS DOS EXAMES
Os resultados serão disponibilizados on-line, no site http://lacen.saude.sc.gov.br,
no link Resultados, mediante senha enviada pelo LACEN ao responsável
(previamente cadastrado) da Vigilância Epidemiológica Municipal.
6. INDICAÇÃO PARA A COLETA DE AMOSTRAS EM SITUAÇÃO DE ÓBITO
É recomendado apenas para casos de síndrome respiratória aguda grave
sem diagnóstico etiológico prévio, em situações especiais indicadas pela vigilância
epidemiológica e em locais onde seja viável a realização das técnicas de coleta de
amostras para diagnóstico post-mortem.
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6.1 Coletas dos espécimes teciduais
Devem ser coletados, no mínimo, 8 (oito) fragmentos de cada tecido (listados
no item 6.2) com dimensões aproximadas de 1 a 3 cm. Amostras de outros sítios
das vias aéreas também podem ser submetidas a culturas e a ensaios
moleculares. Colocar em recipientes separados e devidamente identificados as
amostras coletadas de órgãos diferentes.
6.2 Pontos anatômicos de coleta de amostras
 Da região central dos brônquios (hilar), dos brônquios direito e esquerdo e
da traquéia proximal e distal;
 Do parênquima pulmonar direito e esquerdo;
 Das tonsilas e mucosa nasal;
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De pacientes com suspeita de miocardites, encefalites e rabdomiolise
podem ser coletadas fragmentos do miocárdio (ventrículo direito e
esquerdo), SNC (córtex cerebral, gânglios basais, ponte, medula e
cerebelo) e músculo esquelético, respectivamente;
Espécimes de qualquer outro órgão, mostrando aparente alteração
macroscópica, podem ser encaminhados para investigação da etiologia
viral.
6.3 Acondicionamentos das amostras
6.3.1 Para diagnóstico Viral


As amostras frescas coletadas de diferentes sítios das vias respiratórias
ou qualquer outra localização anatômica devem ser acondicionadas
individualmente, em recipientes estéreis e imersas em meio de
transporte viral ou solução salina tamponada (PBS pH 7.2)
suplementadas com antibióticos.
Imediatamente após a coleta, os espécimes identificados com sua
origem tecidual, devem ser congelados e transportados em gelo seco.
6.3.2 Para diagnóstico histopatológico
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A coleta de amostras para realização do diagnóstico histopatológico
deve ser feita observando-se os protocolos em vigência nos serviços
locais de patologia.
Acondicionar as amostras em frasco de vidro com boca larga com
formalina tamponada a 10%.
Utilizar parafina sem compostos adicionais (por exemplo: cera de
abelha, cera de carnaúba, etc.) no processo de parafinização dos
fragmentos.
6.4 Envio de amostras e documentação necessária
As amostras devem ser enviadas ao LACEN este encaminhará para os
Laboratórios de Referência Nacional juntamente com:
 Resumo do histórico clínico;
 Cópia do laudo preliminar ou conclusivo da necropsia;
 Cópia de qualquer resultado laboratorial pertinente;
 Ficha completa de identificação do indivíduo com o endereço para envio
do resultado laboratorial.
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