formulado comercial na nodulação e desenvolvimento inicial em soja

Propaganda
FORMULADO COMERCIAL NA NODULAÇÃO E DESENVOLVIMENTO INICIAL EM SOJA
Denes Luan Baldin
; Francisco Camargo Oliveira ; Letícia Maria Vala Ferreira ; Nilva Teresinha Teixeira ;
Anderson Souza De Jesus
Acadêmicos do Curso de Engenharia Agronômica “Manoel Carlos Gonçalves” UniPinhal, AV. Helio Vergueiro Leite,Espírito Santo do Pinhal, SP, CEP 13990-000,
[email protected]; Engenheiro Agrônomo da JUMA-AGRO, Rua Victor Acierini, 2370 – Dist. Ind. Getulio Vargas II, Mogi Guaçu, SP, CEP 13849-106;
Professora do Curso de Engenharia Agronômica “Manoel Carlos Gonçalves” UniPinhal, Av. Hélio Vergueiro Leite, 1, CEP 13990-000, Espírito Santo do Pinhal, SP, Brasil
O experimento foi realizado na Casa de Vegetação do Curso de Engenharia Agronômica do UniPinhal, município
de Espírito Santo do Pinhal – SP, no período de outubro de 2010 a dezembro de 2010, com soja (Glycine max)
variedade NA 7255RR na qual foi utilizado inoculante liquido aquoso, contendo Bradyrhizobium japonicum e
elkanii com 5x109 células viáveis/ml, instaladas em tubos de PVC de 6 polegadas com 40 cm de altura, os quais
foram preenchidos com areia grossa de rio, previamente lavadas. Na adubação foi utilizada solução nutritiva
contendo macro e micronutrientes, aplicados em intervalos de três em três dias, segundo considerações de
Teixeira (2008).
O ensaio envolveu 7 tratamentos com 8 repetições (Tabela 1), com parcelas dispostas em delineamento
estatístico inteiramente ao acaso. Cada parcela constou de 1 recipiente de PVC. Os tratamentos foram aplicados
via sementes no momento do plantio. As avaliações foram na época do florescimento observando o e formação
de nódulos e a produção de massa verde e seca da parte aérea e raízes. Todos os resultados foram estudados
através da análise de variância e teste de Tukey a 5%.
RESULTADOS
Os resultados obtidos, nas figuras 1, 2 e 3 evidenciam que o uso do produto comercial promoveu aumentos
estatísticos na massa verde de raízes e de parte aérea, não afetando os demais critérios de avaliação.
Imidacloprido e Tiametoxan não influenciaram estatisticamente o desenvolvimento da planta, entretanto
provocaram efeitos negativos na nodulação. Em relação às plantas testemunhas associações formulado
comercial e Tiametoxan e Imidacloprido proporcionaram aumentos estatísticos na massa verde de raízes e parte
aérea e tendências de aumentos na produção de massa seca de raízes e parte aérea, já quanto à nodulação
houve em ambos os casos quedas nos valores. Comparando-se a aplicação isolada dos produtos fitossanitários
com as associadas ao formulado comercial observa-se aumentos de produção de massa verde e seca da parte
aérea. Já, quanto à nodulação a associação de produtos, fertilizantes e produtos fitossanitários, não
proporcionou qualquer prejuízo, comparando-se a aplicação isolada dos produtos fitossanitários. Quantos aos
outros critérios analisados no ensaio a associação não proporcionou qualquer efeito. Os resultados obtidos
incluindo-se formulado comercial, Tiametoxan, Fipronil proporcionou incrementos estatísticos na massa verde e
seca de parte aérea e raízes e, ainda, na massa verde de raízes. Entretanto, a inclusão do Fipronil provocou queda
de nodulação.
Pode-se inferir, assim, que ao se aplicar os produtos fitossanitários e o formulado objeto do estudo em conjunto,
não houve alterações.
CONCLUSÕES
Os resultados obtidos nos ensaios permitiram concluir:
1. o formulado comercial empregado no ensaio provocou aumentos na produção na massa verde de raízes e de
parte aérea e não afetou a produção de massa seca da parte aérea e de nódulos;
2. aplicação de Imidacloprido e Tiametoxan provocou efeitos negativos na nodulação e aumentos no desenvolvimento da planta;
3. associação do formulado e Imidacloprido e Tiametoxan provocaram redução na nodulação, comparando-se ao
uso isolado dos referidos produtos;
4. Fipronil, Tiametoxan, Imidacloprido e formulado comercial propiciou aumentos no desenvolvimento das plantas, provocou decréscimo de nodulação;
5. associações, produtos fitossanitários e formulados não proporcionaram alterações no desenvolvimento das
plantas e nodulação, comparando-se com os usos isolados dos defensivos respectivos.
Testemunha (tratada com inoculante)
Juma-Agro (tratada com inoculante + Acorda)
BERTAGNOLLI, P, F. O cultivo da soja no Brasil. Disponível em:
< http://www.cnpt.embrapa.br/publicacoes/sistprod/soja04/index.htm, 2010 Acesso em: 17 abr. 2011.
CAÇO, J. Função dos Aminoácidos nas Plantas. Disponível em:
<http://www.hubel.pt/fotos/artec/hv_aminoacidos_1288022939.pdf. Acesso em: 27 abr. 2011.
CAMPO, J. R. e LANTMANN, A. F.. Efeitos de micronutrientes na fixação biológica do nitrogênio e produtividade da soja. R. Pesq. Agrop. Bras,33: 1245-53, 1998.
CAMPOS, R, S, Hortaliças são beneficiadas pelos aminoácidos, Disponível em:
<http://revistacampoenegocios.com.br/, 2008. Acesso em: 28 abr. 2011.
FERNANDES, M, S, Nutrição Mineral de Plantas, Sociedade Brasileira de Solos, Viçosa, MG, 2006, 432 p.
MALAVOLTA, E. Manual de Nutrição Mineral de Plantas, Ceres, São Paulo, SP, 2006, 638 p.
PEREIRA, C. E.; OLIVEIRA, J. A.; COSTA NETO, J. e MOREIRA, F. M. S. Tratamentos, produtos fitossanitários,
peliculação e inoculação de sementes de soja. R. Bras. Ci. Solo, 30: 861-870, 2008.
STAUT, . A. Adubação Foliar na Cultura da Soja. <http: www.agroline.com.br, 2009. Acesso em: 20 out. 2010.
TEIXEIRA, N. T. Apostila de Nutrição Mineral de Plantas, UNIPINHAL, Espírito Santo do Pinhal, SP, 2008, 98 p
VIEIRA, R. D. e BUZETTI, N. M. C. Efeito do adubação com zinco sobre a qualidade fisiológica de sementes de
soja. R. Bras. Sementes, 1, 107-111, 1987
YAMADA, T. Nutrição e Adubação da Soja. Disponivel em:
<http://www.ipni.net/ppiweb/ltams.nsf/87cb8a98bf72572b8525693e0053ea70/55f599bbd37668e20325700
d004ba89f/$FILE/Yamada-Fertili%20BalanceadaSoja.pdf, 2008. Acesso em: 28 out. 2010.
6,00
3,00
5,00
2,50
4,00
2,00
g/planta
MATERIAL E MÉTODOS
REFERÊNCIAS
g/planta
Soja é um grão rico em proteínas, cultivado como alimento tanto para humanos quanto para animais. O óleo de
soja é, entre as opções de mercado, o mais utilizado pela população mundial no preparo de alimentos. Também
é extensivamente usado em rações animais (Bertagnolli, 2010).
Segundo Yamada (2008), na produção da soja estão envolvidos dois processos biológicos: fotossíntese e a
fixação biológica de nitrogênio. Considera, que micronutrientes como Zn, Mo e Co e aminoácidos (constituintes
básicos das proteínas) são fatores importantes na eficiência do processo de fixação de nitrogênio e na produção
da cultura. As raízes são fundamentais para a sustentação do vegetal, para a absorção de água e nutrientes.
Nutrientes como cálcio, fósforo, boro, zinco, molibdênio, cobalto e cobre, influenciam o processo de
enraizamento.
A inoculação de sementes com as bactérias fixadoras de N, associadas a fertilizantes, é uma realidade nas
lavouras de soja.
Sendo assim, o objetivo do trabalho é estudar a influência de formulado comercial contendo micronutrientes e
aminoácidos no tratamento de sementes, sua interação com inoculante e tratamento fitossanitário no
desenvolvimento da soja (Glycine max) variedade NA7255RR cultivada em condições controladas.
3,00
2,00
1,50
1,00
1,00
0,50
0,00
1
2
3
4
5
6
7
0,00
1
Tratamentos
Massa Verde de Raizes g/planta
Massa Verde de parte aérea g/planta
Figura 1. Massa verde de raízes e parte aérea
g/planta, média de 8 repetições
2
3
4
5
Massa Seca de Raiz g/planta
4,10
4,05
4,00
3,95
3,85
Uma empresa de soluções.
1
2
3
4
Tratamentos
5
6
7
Número de Nódulos /planta
Figura 3. Número de nódulos por planta, média
de 8 repetições.
Tabela 1: Produtos e doses empregados no ensaio
TRATAMENTO
DESCRIÇÃO
Testemunha
1
Formulado comercial*
2
Imidacloprido**
3
Tiametoxan**
4
Formulado comercial* + Imidacloprido**
5
Formulado comercial* + Tiametoxan**
6
Formulado comercial* + (Fipronil +
Piraclostrobina + Metil Tiofanato)**
7
* Formulado comercial da empresa Juma Agro, com os seguintes
teores de garantia: 6% de C total (aditivado com aminoácidos);
2% de Mo; 1% de Zn; 0,3% de Co, na dose de 2 ml/kg de
semente.** As doses foram as recomendadas para a cultura
TESTEMUNHA
Uma empresa de soluções.
7
Massa Seca parte aérea g/planta
Figura 2. Massa seca de raiz e parte aérea
g/planta, media de 8 repetições.
4,15
3,90
6
Tratamentos
4,20
Número de Nódulos
INTRODUÇÃO
Download