89º Link - V Congresso Internacional de História

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Anais do II Congresso Internacional de História da UFG/
Jataí – Realização Cursos de História, Letras, Direito e
Psicologia – ISSN 2178-1281
JUVENTUDE PERDIDA: METAL, CONSERVADORISMO E PRECONCEITO NA
DÉCADA DE 1980
Reubert Marques Pacheco
Universidade Federal de Goiás/ Campus Catalão (Aluno graduação)
Orientadora: Profa. Dra. Márcia Pereira dos Santos
O presente trabalho tentará analisar o contexto de origem e de expansão do Heavy
Metal para o mundo (1970–1980), buscando entender os motivos pelos quais este
estilo musical tornou-se tão odiado pelos conservadores, principalmente nos
Estados Unidos e, ao mesmo tempo, tornou-se uma válvula de escape para os
anseios, medos e expectativas de uma geração. Para problematizar o preconceito
contra o metal, os recursos audiovisuais serão minhas principais fontes de pesquisa.
Tenho por hipótese inicial de pesquisa a percepção de que não são apenas as
músicas gravadas que enfurecem os conservadores, mas, em alguns casos, a
própria estrutura de um show, o comportamento dos artistas em cima do palco ou
fora dele, são motivos para que um determinado grupo social repudie o metal.
Assim, como forma de enxergar essas condições e mudanças do Heavy Metal e
partindo de uma abordagem cultural da história, serão analisados materiais
fotográficos, videoclipes, músicas e letras de músicas que tratem ou retratem as
concepções de mundo dos difusores do metal.
Palavras-chaves: heavy metal, juventude, conservadorismo.
Estudos sobre a música e movimentos músico-culturais são possíveis
principalmente depois da Escola dos Annales quando os historiadores pertencentes
dessa corrente historiográfica ganharam novas ferramentas para trabalhar com
diversas fontes e os mais variados assuntos. Dependendo do referencial teórico que
se parte e da forma que se queira trabalhar um objeto, novas pesquisas
interessantes podem surgir e lançar outros olhares sobre assuntos já batidos pela
historiografia ou ainda novos. O próprio Bloch em sua obra póstuma inacabada,
Apologia da História (2001), ao fazer uma crítica ferrenha à forma como a História
era tratada pelos positivistas, faz alusão as diversas novas fontes que um historiador
poderia trabalhar sobre os assuntos mais diversos. Ele argumenta:
Tudo que o homem diz ou escreve, tudo que fabrica, tudo que toca
pode e deve informar sobre ele. É curioso constatar o quão
imperfeitamente as pessoas alheias ao nosso trabalho avaliam a
extensão dessas possibilidades. É que continuam a se aferrar a uma
idéia obsoleta de nossa ciência: a do tempo em que não se sabia ler
senão os testemunhos voluntários. Criticando a “história tradicional”
por deixar na penumbra “fenômenos consideráveis”, porém “prenhes
de conseqüências”, mas capazes de modificar a vida futura do que
todos os acontecimentos políticos.1
1
BLOCH, Marc. Apologia da História. Rio de Janeiro. Jorge Zahar, 2001. p. 79-81
Textos Completos: II Congresso Internacional de História da UFG/Jataí: História e Mídia – ISSN 2178-1281
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Terry Eagleton no livro Depois da Teoria comenta que os estudos culturais
têm a sua importância dentro da historiografia. Para ele “outro ganho histórico da
teórica cultural foi estabelecer que a cultura popular também merece ser estudada” 2.
O autor ainda aponta que antes não havia uma preocupação dos pesquisadores em
analisar o próprio contexto em que estavam inseridos e até mesmo proibiam os
estudos de determinado acontecimento ou autor, pois tais estudos só seriam
possíveis futuramente. Em um tom irônico Terry Eagleton escreve que os estudos
atuais saíram da análise dos clássicos, mas mantiveram as mesmas formas de
análise para estudar seriados de TV, músicas e etc. Ele fala: “Houve um tempo em
que os estudantes escreviam ensaios acríticos, reverentes, sobre Flaubert, mas tudo
isso está mudado. Hoje escrevem ensaios acríticos, reverentes, sobre Friends.”3
Compartilhando esta idéia, temos o autor brasileiro Marcos Napolitano que
em seu artigo A História depois do Papel, publicado no livro Fontes Históricas,
descreve como o historiador poderia trabalhar com as fontes modernas como a
televisão, a música, o cinema e até mesmo a própria internet.
O conceito moderno de documento rejeita a máxima metódica “o
documento fala por si”. Portanto, as armadilhas de um documento
audiovisual ou musical podem ser da mesma natureza das de um
texto escrito.4
Ou seja, as dificuldades em se trabalhar as músicas, as imagens que cada
banda quer passar, a arte dos videoclipes e o comportamento tanto dos ídolos
quanto dos fãs oferecem os mesmos desafios que um medievalista enfrentaria ao
analisar alguma documentação do período medieval.
Estudar a cultura e a musicalidade heavy metal apresenta tais
complexidades. Buscar entender as relações de poder, os imaginários sociais, as
relações sociais, a historicidade de cada música, imagem, proposta artística e etc
apresentam as mesmas dificuldades do documento escrito.
Alguns cuidados que se devem tomar ao trabalhar as fontes artísticas é o
fato delas serem subjetivas, como a música. Devido a sua linguagem poética,
inúmeras e diversificadas interpretações podem surgir de uma mesma letra,
colocando o pesquisador a “caminhar sobre ovos”. O próprio Marcos Napolitano
aponta no seu artigo citado essas problemáticas a cerca da forma de como a
historiografia lida com as fontes musicais, partituras, letras entre outros. Ele destaca
o papel melindroso que o historiador deve ter para não distorcer totalmente o
significado de uma canção, principalmente no que se refere às músicas populares. A
respeito das músicas populares Napolitano argumenta:
No caso da música popular, uma mesma canção assume
significados culturais e efeitos estético-ideológicos diferenciados,
dependendo do suporte analisado: sua partitura original (que muitas
vezes nem existe como documento primário, sendo transcrição
2
EAGLETON, Terry. A política da Amnésia. In. Depois da teoria – Um olhar sobre os Estudos Culturais e o pósmodernismo. Rio de Janeiro. Editora Civilização Brasileira. 2005. p. 17
3
Idem Ibidem. p. 18
4
NAPOLITANO, Marcos. A História depois do papel. In. Fontes Históricas. Carla Bassanezi Pinsky (org.) 2. Ed.
São Paulo. Contexto. 2010. p. 239
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posterior ao fonograma), seus registros em fonograma e suas
performances registradas em vídeo.5
Os estudos sobre a música também podem sofrer resultados preocupantes
quando esta passa a ser analisada de forma fragmentada. Seria analisar a letra por
ela mesma, a música por ela mesma, os compositores por si só fora de um contexto
próprio. Napolitano critica essa forma de análise musical por parte da historiografia
como “vícios de abordagem da música popular” em outro livro de sua autoria
chamado História e Música6.
E porque de toda essa discussão a cerca de música popular e seus devidos
cuidados? Colocar estes pontos é importante pelo fato da própria musicalidade
heavy metal não está solta no tempo e espaço totalmente alheia ao contexto
histórico. Pelo contrário, inúmeras canções deste estilo fizeram críticas ferrenhas a
política de países, guerras e ao comportamento da sociedade segundo seus valores
morais e éticos. O heavy metal possui essa característica de referendar o seu
contexto histórico-social, assim como milhares de outras canções populares
espalhadas mundo a fora. A título de exemplo, seria imprudente para um historiador
que irá analisar a MPB da década de 1970 e não analisar o contexto do Regime
Militar e os impactos deste na própria música MPB. Ou também, seria imprudente
analisar as canções dos primeiros álbuns do Iron Maiden sem analisar o contexto ali
vigente que seria durante o mandato da primeira ministra britânica Margareth
Tatcher, onde a própria banda em diversas passagens critica o governo da primeira
ministra.
Neste sentido tentaremos estudar o contexto das intensas mudanças
ocorridas no mundo no período da Guerra Fria quando houve um turbilhão
ideológico no mundo dividido entre Estados Unidos e URSS que moldou as
conjunturas sócio-econômicas e políticas no mundo ainda na década de 1960. As
próprias formas de governo que se originaram depois deste período, já no final da
Guerra Fria nos anos de 1980, também estabeleceram um forte impacto na
sociedade ocidental. Então, como que essas mudanças acabam aparecendo na
sociedade, no Heavy Metal e na juventude de 1980?
Primeiramente, vamos entender o que é o Heavy Metal. O Heavy Metal é
uma subdivisão do Rock n’ Roll, tendo suas origens na Inglaterra com as bandas
Deep Purple, Black Sabbath e Led Zeppelin. Mas o Heavy Metal não ficou somente
na Inglaterra. Purple, Sabbath e Led começaram a ganhar força no cenário musical
inglês, logo passaram a tomar conta das paradas européias e não tardou muito
estouraram na América. Os shows passaram a lotar os locais de espetáculo
espalhados por toda a Inglaterra e não tardou muito começaram as turnês
internacionais de ambas as bandas. Mas elas não ficaram sozinhas. Bandas como
Uriah Heep, UFO e Wishbone Ash começavam a aparecer no cenário musical
trazendo novidades ao metal como o acréscimo de mais uma guitarra na banda
(Wishbone Ash). Neste mesmo período da década de 1970 as bandas Judas Priest
5
Idem Ibidem. p. 255
NAPOLITANO, Marcos. História & música: história cultural da música popular. 2. Ed. Belo Horizonte:
Autêntica, 2005. p. 8
6
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e Motörhead começaram a gravar seus primeiros álbuns que naquele momento
eram mais velozes dando o tom do que seria o NWOBHM.
O grande ápice do heavy metal foi na década de 1980. Nesse momento o
heavy metal começou a se subdividir em diversos outros gêneros de metal, cada um
musicalmente e comportalmente diferente um do outro, havendo apenas a “origem”
como ponto de união. A primeira divisão do metal que daria força e nome ao heavy
metal aconteceu na Grã-Bretanha com a “New Wave of British Heavy Metal” ou
NWOBHM. Esse movimento musical foi um marco no metal pois reafirmou e renovou
o gênero que sofria pressão por parte do movimento punk que ganhava força na
Inglaterra. Vale ressaltar que a NWOBHM não foi um movimento unicamente inglês,
na verdade essa “Nova Onda do Heavy Metal Britânico” aconteceu em grande parte
da Europa e no restante do planeta. A NWOBHM de certa forma colocou um “gás” a
mais ao heavy metal dando ao mesmo mais peso, velocidade e agressividade.
Nesse novo movimento musical destacaram as bandas Iron Maiden, Saxon, Def
Leppard, Diamond Head, Judas Priest, Motörhead, Venom entre outras.
Curiosamente o Heavy Metal havia ganhado força na Inglaterra num período
chave, 1980. Foi durante o mandato da primeira-ministra inglesa Margareth Tatcher
que sofria repúdio por parte da população, cada vez mais revoltosa com sua política
que levou o Reino Unido a uma grave crise econômica. Este período ecoou também
no metal. A banda Iron Maiden nos seus primeiros álbuns fazia uma crítica fervorosa
à primeira ministra em suas letras e nas capas dos primeiros álbuns e singles onde
mostrava o mascote da banda, Eddie, assassinando a primeira ministra ou fugindo
da mesma que se trajava como uma fascista. Neste período, a musicalidade metal
adquire mais rapidez no executar de cada instrumento, sendo cada vez mais
agressivo e com letras mais “polêmicas” do que aquelas da década de 1970.
Os estudos sobre a temática Metal, que sedimentam essa pesquisa,
começaram no ano de 2010 quando foi produzido um artigo na perspectiva dos
estudos de gênero intitulado “Heavy Metal: Um estudo sobre as relações de gênero
dentro do mundo Heavy Metal de 1970 até 2009”. O trabalho buscou analisar as
construções e identidades de gênero dentro do metal além de estudar os espaços
ocupados por homens, mulheres e homossexuais dentro do próprio Metal. Um dos
resultados alcançados com o trabalho foi mostrar que o metal não seria tão machista
e sexista como se imaginava. A pesquisa mostrou que havia espaço e voz para
mulheres e homossexuais dentro deste mundo, onde os mesmos não ficavam
apenas na platéia assistindo aos concertos de metal, mas também formavam
bandas e expunham os seus sentimentos e alguns viraram ídolos nos gêneros de
metal que participavam.
Com as discussões sobre gênero abriram margens para novas perguntas
sobre o metal. Uma pergunta que surgiu foi em relação ao preconceito. Na visão
popular e estereotipada “[...] quando falamos em Heavy Metal logo associamos a
imagem de homens cabeludos vestidos com camisetas pretas, calças jeans justas,
correntes e pulseiras com espinhos [...]”7. Também existe a concepção
preconceituosa que associa o Metal a um bando de jovens loucos que fazem
besteiras tanto dentro do palco quanto fora dele. Um bando de jovens drogados,
7
PACHECO, Reubert Marques. Heavy Metal: Um estudo sobre as relações de gênero dentro do mundo Heavy
Metal de 1970 até 2009. Artigo apresentado para conclusão de disciplina História e Gênero do Departamento
de História e Ciências Sociais da UFG-CAC. 2010. p. 7
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sem perspectiva de futuro que mais cedo ou mais tarde poderá morrer de overdose.
E esta última visão do metal é o que prevalece no senso comum, impedindo muitas
vezes as pessoas de conhecerem melhor esse novo mundo.
Diversos subgêneros musicais dentro do Metal exploram em suas músicas
os medos, anseios, a hipocrisia, as dialéticas do cotidiano, os paradigmas sócios
econômicos, imaginários, as cenas brutais da violência urbana, das guerras e etc
que permeia o dia-a-dia da sociedade ocidental, principalmente. Contraditoriamente
isso gera uma reação que em vários casos mostram-se negativas diante de tais
provocações.
Além de casos de agressão e violência contra fãs de metal, o preconceito
resultou em ações públicas contrários ao movimento como foi o caso, em 1985, do
Parents Music Resource Center (PMRC) nos EUA.
A PMRC atribuía ao Rock o aumento das taxas de estupro e suicídio.
Argumentavam que há uma estreita ligação entre o conteúdo das
músicas e o suicídio de jovens. Para provar isso, usaram as músicas
“Suicide Solution”, de Ozzy Osbourne, “Don’t fear the reaper”, do
Blue Oyster Cult e “Shoot to Thrill”, do AC/DC.8
Algumas bandas sofreram processos por suas letras, posturas dentro e fora
dos palcos, por aparentemente atentarem a moral, a sociedade, a influenciar os
jovens a usarem drogas e cometer delitos. “Também era dito que a influência do
rock nos jovens se dava pela decadência da família nuclear (família tradicional,
composta por pai, mãe e filhos), que abalava a imunidade das crianças e
adolescentes às influências externas.”9 Bandas como Judas Priest, AC/DC, Def
Leppard, Mercyful Fate, Black Sabbath e Venom que não eram americanas tiveram
que responder a processos nos EUA por suas letras conterem ocultismo, sexo,
violência, alusão ao consumo de drogas e álcool. Outros artistas ligados ao rock ou
ao pop também sofreram pressão deste grupo de mulheres de senadores
americanos, chegando a uma verdadeira caça as bruxas, onde pais conservadores
preocupados com os filhos que compravam tais discos, camisetas e revistas e
queimavam num ato simbólico na “Cruzada contra Satan”. O resultado do
movimento foi a criação do famoso selo “Advisory” que teria como objetivo avisar
aos pais o conteúdo dos álbuns lançados por esses e demais artistas do mundo
todo.
Diante destes acontecimentos nos EUA e diversos outros casos espalhados
pelo mundo, onde houve uma movimentação de grupos e camadas da sociedade
que se opuseram abertamente contra o Metal movendo campanhas de repudio e
ódio, algumas perguntas surgem. Primeiramente sabemos que o mundo passou por
profundas transformações políticas e sociais durante a Guerra Fria que veio a se
encerrar no final da década de 1980. Algumas perguntas como: o metal seria como
uma válvula de escape para a juventude que já vinha de uma trajetória conturbada
devido a Guerra Fria, as revoluções de cunho socialistas, o Maio de 1968 e a
tentativa de quebrar com o tradicionalismo, o “American Way of Life” e tantos
outros? Como que essas mudanças aparecem no metal? Aparece nas roupas, nas
8
9
Disponível em: Portal Whiplash. http://whiplash.net/indices/historia.html - Acesso em 15/09/11 às 15:10. p. 1
Idem Ibidem p.1
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músicas, nas letras, nos clipes, nas atitudes? Onde aparecem e por qual motivo? E
a sociedade, como que recebe essa carga de contestação? O que ocorreu em 19701980 que fez do heavy metal e seus subgêneros uma válvula de escape para os
problemas e anseios da juventude, se tornando um instrumento de crítica aos
valores morais, sociais, ideológicos e comportamentais de toda uma geração e
tornando-se, assim, um dos estilos mais odiados entre os conservadores? Estas são
apenas algumas problemáticas que podem surgir a partir deste tema, mas outras
questões também importantes carecem de uma atenção maior por parte da
academia que, pelo menos no Brasil, mostra uma postura desinteressada em
estudar e analisar tais movimentos urbanos não apenas no contexto brasileiro, mas
de outras nações também.
Um dos caminhos utilizados para analisar essa série de questões e tantas
outras é a partir das fontes audiovisuais produzidas pelas próprias bandas ou pela
imprensa, pois não são apenas as músicas gravadas que enfurecem os
conservadores. Em alguns casos a própria estrutura de um show, o comportamento
dos artistas em cima do palco ou fora dele é motivo para essas pessoas repudiarem
o metal. As capas de alguns álbuns também tornam alvos de críticas quando trazem
símbolos exotéricos, imagens de demônios ou no caso do Death Metal, corpos
mutilados impressos na frente dos discos. No caso do Glam Metal, as vestimentas
dos artistas provocaram debates acalorados entre a mídia, artistas e pais
preocupados com seus filhos.
Neste estudo que está em andamento, os recursos audiovisuais como
videoclipes, fotografias e vestimentas tanto dos artistas quanto dos fãs serão
estudadas para percebermos as críticas que a juventude fazia a velha moral social,
ao comportamento, ao medo e a ordem vigente. Assim a perspectiva é tentar
responder com tais documentos as questões anteriormente colocadas, ampliando a
atenção para os estudos historiográficos sobre a música no geral e ao Metal em
particular.
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