Anais do II Congresso Internacional de História da UFG/ Jataí – Realização Cursos de História, Letras, Direito e Psicologia – ISSN 2178-1281 JUVENTUDE PERDIDA: METAL, CONSERVADORISMO E PRECONCEITO NA DÉCADA DE 1980 Reubert Marques Pacheco Universidade Federal de Goiás/ Campus Catalão (Aluno graduação) Orientadora: Profa. Dra. Márcia Pereira dos Santos O presente trabalho tentará analisar o contexto de origem e de expansão do Heavy Metal para o mundo (1970–1980), buscando entender os motivos pelos quais este estilo musical tornou-se tão odiado pelos conservadores, principalmente nos Estados Unidos e, ao mesmo tempo, tornou-se uma válvula de escape para os anseios, medos e expectativas de uma geração. Para problematizar o preconceito contra o metal, os recursos audiovisuais serão minhas principais fontes de pesquisa. Tenho por hipótese inicial de pesquisa a percepção de que não são apenas as músicas gravadas que enfurecem os conservadores, mas, em alguns casos, a própria estrutura de um show, o comportamento dos artistas em cima do palco ou fora dele, são motivos para que um determinado grupo social repudie o metal. Assim, como forma de enxergar essas condições e mudanças do Heavy Metal e partindo de uma abordagem cultural da história, serão analisados materiais fotográficos, videoclipes, músicas e letras de músicas que tratem ou retratem as concepções de mundo dos difusores do metal. Palavras-chaves: heavy metal, juventude, conservadorismo. Estudos sobre a música e movimentos músico-culturais são possíveis principalmente depois da Escola dos Annales quando os historiadores pertencentes dessa corrente historiográfica ganharam novas ferramentas para trabalhar com diversas fontes e os mais variados assuntos. Dependendo do referencial teórico que se parte e da forma que se queira trabalhar um objeto, novas pesquisas interessantes podem surgir e lançar outros olhares sobre assuntos já batidos pela historiografia ou ainda novos. O próprio Bloch em sua obra póstuma inacabada, Apologia da História (2001), ao fazer uma crítica ferrenha à forma como a História era tratada pelos positivistas, faz alusão as diversas novas fontes que um historiador poderia trabalhar sobre os assuntos mais diversos. Ele argumenta: Tudo que o homem diz ou escreve, tudo que fabrica, tudo que toca pode e deve informar sobre ele. É curioso constatar o quão imperfeitamente as pessoas alheias ao nosso trabalho avaliam a extensão dessas possibilidades. É que continuam a se aferrar a uma idéia obsoleta de nossa ciência: a do tempo em que não se sabia ler senão os testemunhos voluntários. Criticando a “história tradicional” por deixar na penumbra “fenômenos consideráveis”, porém “prenhes de conseqüências”, mas capazes de modificar a vida futura do que todos os acontecimentos políticos.1 1 BLOCH, Marc. Apologia da História. Rio de Janeiro. Jorge Zahar, 2001. p. 79-81 Textos Completos: II Congresso Internacional de História da UFG/Jataí: História e Mídia – ISSN 2178-1281 1 Anais do II Congresso Internacional de História da UFG/ Jataí – Realização Cursos de História, Letras, Direito e Psicologia – ISSN 2178-1281 Terry Eagleton no livro Depois da Teoria comenta que os estudos culturais têm a sua importância dentro da historiografia. Para ele “outro ganho histórico da teórica cultural foi estabelecer que a cultura popular também merece ser estudada” 2. O autor ainda aponta que antes não havia uma preocupação dos pesquisadores em analisar o próprio contexto em que estavam inseridos e até mesmo proibiam os estudos de determinado acontecimento ou autor, pois tais estudos só seriam possíveis futuramente. Em um tom irônico Terry Eagleton escreve que os estudos atuais saíram da análise dos clássicos, mas mantiveram as mesmas formas de análise para estudar seriados de TV, músicas e etc. Ele fala: “Houve um tempo em que os estudantes escreviam ensaios acríticos, reverentes, sobre Flaubert, mas tudo isso está mudado. Hoje escrevem ensaios acríticos, reverentes, sobre Friends.”3 Compartilhando esta idéia, temos o autor brasileiro Marcos Napolitano que em seu artigo A História depois do Papel, publicado no livro Fontes Históricas, descreve como o historiador poderia trabalhar com as fontes modernas como a televisão, a música, o cinema e até mesmo a própria internet. O conceito moderno de documento rejeita a máxima metódica “o documento fala por si”. Portanto, as armadilhas de um documento audiovisual ou musical podem ser da mesma natureza das de um texto escrito.4 Ou seja, as dificuldades em se trabalhar as músicas, as imagens que cada banda quer passar, a arte dos videoclipes e o comportamento tanto dos ídolos quanto dos fãs oferecem os mesmos desafios que um medievalista enfrentaria ao analisar alguma documentação do período medieval. Estudar a cultura e a musicalidade heavy metal apresenta tais complexidades. Buscar entender as relações de poder, os imaginários sociais, as relações sociais, a historicidade de cada música, imagem, proposta artística e etc apresentam as mesmas dificuldades do documento escrito. Alguns cuidados que se devem tomar ao trabalhar as fontes artísticas é o fato delas serem subjetivas, como a música. Devido a sua linguagem poética, inúmeras e diversificadas interpretações podem surgir de uma mesma letra, colocando o pesquisador a “caminhar sobre ovos”. O próprio Marcos Napolitano aponta no seu artigo citado essas problemáticas a cerca da forma de como a historiografia lida com as fontes musicais, partituras, letras entre outros. Ele destaca o papel melindroso que o historiador deve ter para não distorcer totalmente o significado de uma canção, principalmente no que se refere às músicas populares. A respeito das músicas populares Napolitano argumenta: No caso da música popular, uma mesma canção assume significados culturais e efeitos estético-ideológicos diferenciados, dependendo do suporte analisado: sua partitura original (que muitas vezes nem existe como documento primário, sendo transcrição 2 EAGLETON, Terry. A política da Amnésia. In. Depois da teoria – Um olhar sobre os Estudos Culturais e o pósmodernismo. Rio de Janeiro. Editora Civilização Brasileira. 2005. p. 17 3 Idem Ibidem. p. 18 4 NAPOLITANO, Marcos. A História depois do papel. In. Fontes Históricas. Carla Bassanezi Pinsky (org.) 2. Ed. São Paulo. Contexto. 2010. p. 239 Textos Completos: II Congresso Internacional de História da UFG/Jataí: História e Mídia – ISSN 2178-1281 2 Anais do II Congresso Internacional de História da UFG/ Jataí – Realização Cursos de História, Letras, Direito e Psicologia – ISSN 2178-1281 posterior ao fonograma), seus registros em fonograma e suas performances registradas em vídeo.5 Os estudos sobre a música também podem sofrer resultados preocupantes quando esta passa a ser analisada de forma fragmentada. Seria analisar a letra por ela mesma, a música por ela mesma, os compositores por si só fora de um contexto próprio. Napolitano critica essa forma de análise musical por parte da historiografia como “vícios de abordagem da música popular” em outro livro de sua autoria chamado História e Música6. E porque de toda essa discussão a cerca de música popular e seus devidos cuidados? Colocar estes pontos é importante pelo fato da própria musicalidade heavy metal não está solta no tempo e espaço totalmente alheia ao contexto histórico. Pelo contrário, inúmeras canções deste estilo fizeram críticas ferrenhas a política de países, guerras e ao comportamento da sociedade segundo seus valores morais e éticos. O heavy metal possui essa característica de referendar o seu contexto histórico-social, assim como milhares de outras canções populares espalhadas mundo a fora. A título de exemplo, seria imprudente para um historiador que irá analisar a MPB da década de 1970 e não analisar o contexto do Regime Militar e os impactos deste na própria música MPB. Ou também, seria imprudente analisar as canções dos primeiros álbuns do Iron Maiden sem analisar o contexto ali vigente que seria durante o mandato da primeira ministra britânica Margareth Tatcher, onde a própria banda em diversas passagens critica o governo da primeira ministra. Neste sentido tentaremos estudar o contexto das intensas mudanças ocorridas no mundo no período da Guerra Fria quando houve um turbilhão ideológico no mundo dividido entre Estados Unidos e URSS que moldou as conjunturas sócio-econômicas e políticas no mundo ainda na década de 1960. As próprias formas de governo que se originaram depois deste período, já no final da Guerra Fria nos anos de 1980, também estabeleceram um forte impacto na sociedade ocidental. Então, como que essas mudanças acabam aparecendo na sociedade, no Heavy Metal e na juventude de 1980? Primeiramente, vamos entender o que é o Heavy Metal. O Heavy Metal é uma subdivisão do Rock n’ Roll, tendo suas origens na Inglaterra com as bandas Deep Purple, Black Sabbath e Led Zeppelin. Mas o Heavy Metal não ficou somente na Inglaterra. Purple, Sabbath e Led começaram a ganhar força no cenário musical inglês, logo passaram a tomar conta das paradas européias e não tardou muito estouraram na América. Os shows passaram a lotar os locais de espetáculo espalhados por toda a Inglaterra e não tardou muito começaram as turnês internacionais de ambas as bandas. Mas elas não ficaram sozinhas. Bandas como Uriah Heep, UFO e Wishbone Ash começavam a aparecer no cenário musical trazendo novidades ao metal como o acréscimo de mais uma guitarra na banda (Wishbone Ash). Neste mesmo período da década de 1970 as bandas Judas Priest 5 Idem Ibidem. p. 255 NAPOLITANO, Marcos. História & música: história cultural da música popular. 2. Ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. p. 8 6 Textos Completos: II Congresso Internacional de História da UFG/Jataí: História e Mídia – ISSN 2178-1281 3 Anais do II Congresso Internacional de História da UFG/ Jataí – Realização Cursos de História, Letras, Direito e Psicologia – ISSN 2178-1281 e Motörhead começaram a gravar seus primeiros álbuns que naquele momento eram mais velozes dando o tom do que seria o NWOBHM. O grande ápice do heavy metal foi na década de 1980. Nesse momento o heavy metal começou a se subdividir em diversos outros gêneros de metal, cada um musicalmente e comportalmente diferente um do outro, havendo apenas a “origem” como ponto de união. A primeira divisão do metal que daria força e nome ao heavy metal aconteceu na Grã-Bretanha com a “New Wave of British Heavy Metal” ou NWOBHM. Esse movimento musical foi um marco no metal pois reafirmou e renovou o gênero que sofria pressão por parte do movimento punk que ganhava força na Inglaterra. Vale ressaltar que a NWOBHM não foi um movimento unicamente inglês, na verdade essa “Nova Onda do Heavy Metal Britânico” aconteceu em grande parte da Europa e no restante do planeta. A NWOBHM de certa forma colocou um “gás” a mais ao heavy metal dando ao mesmo mais peso, velocidade e agressividade. Nesse novo movimento musical destacaram as bandas Iron Maiden, Saxon, Def Leppard, Diamond Head, Judas Priest, Motörhead, Venom entre outras. Curiosamente o Heavy Metal havia ganhado força na Inglaterra num período chave, 1980. Foi durante o mandato da primeira-ministra inglesa Margareth Tatcher que sofria repúdio por parte da população, cada vez mais revoltosa com sua política que levou o Reino Unido a uma grave crise econômica. Este período ecoou também no metal. A banda Iron Maiden nos seus primeiros álbuns fazia uma crítica fervorosa à primeira ministra em suas letras e nas capas dos primeiros álbuns e singles onde mostrava o mascote da banda, Eddie, assassinando a primeira ministra ou fugindo da mesma que se trajava como uma fascista. Neste período, a musicalidade metal adquire mais rapidez no executar de cada instrumento, sendo cada vez mais agressivo e com letras mais “polêmicas” do que aquelas da década de 1970. Os estudos sobre a temática Metal, que sedimentam essa pesquisa, começaram no ano de 2010 quando foi produzido um artigo na perspectiva dos estudos de gênero intitulado “Heavy Metal: Um estudo sobre as relações de gênero dentro do mundo Heavy Metal de 1970 até 2009”. O trabalho buscou analisar as construções e identidades de gênero dentro do metal além de estudar os espaços ocupados por homens, mulheres e homossexuais dentro do próprio Metal. Um dos resultados alcançados com o trabalho foi mostrar que o metal não seria tão machista e sexista como se imaginava. A pesquisa mostrou que havia espaço e voz para mulheres e homossexuais dentro deste mundo, onde os mesmos não ficavam apenas na platéia assistindo aos concertos de metal, mas também formavam bandas e expunham os seus sentimentos e alguns viraram ídolos nos gêneros de metal que participavam. Com as discussões sobre gênero abriram margens para novas perguntas sobre o metal. Uma pergunta que surgiu foi em relação ao preconceito. Na visão popular e estereotipada “[...] quando falamos em Heavy Metal logo associamos a imagem de homens cabeludos vestidos com camisetas pretas, calças jeans justas, correntes e pulseiras com espinhos [...]”7. Também existe a concepção preconceituosa que associa o Metal a um bando de jovens loucos que fazem besteiras tanto dentro do palco quanto fora dele. Um bando de jovens drogados, 7 PACHECO, Reubert Marques. Heavy Metal: Um estudo sobre as relações de gênero dentro do mundo Heavy Metal de 1970 até 2009. Artigo apresentado para conclusão de disciplina História e Gênero do Departamento de História e Ciências Sociais da UFG-CAC. 2010. p. 7 Textos Completos: II Congresso Internacional de História da UFG/Jataí: História e Mídia – ISSN 2178-1281 4 Anais do II Congresso Internacional de História da UFG/ Jataí – Realização Cursos de História, Letras, Direito e Psicologia – ISSN 2178-1281 sem perspectiva de futuro que mais cedo ou mais tarde poderá morrer de overdose. E esta última visão do metal é o que prevalece no senso comum, impedindo muitas vezes as pessoas de conhecerem melhor esse novo mundo. Diversos subgêneros musicais dentro do Metal exploram em suas músicas os medos, anseios, a hipocrisia, as dialéticas do cotidiano, os paradigmas sócios econômicos, imaginários, as cenas brutais da violência urbana, das guerras e etc que permeia o dia-a-dia da sociedade ocidental, principalmente. Contraditoriamente isso gera uma reação que em vários casos mostram-se negativas diante de tais provocações. Além de casos de agressão e violência contra fãs de metal, o preconceito resultou em ações públicas contrários ao movimento como foi o caso, em 1985, do Parents Music Resource Center (PMRC) nos EUA. A PMRC atribuía ao Rock o aumento das taxas de estupro e suicídio. Argumentavam que há uma estreita ligação entre o conteúdo das músicas e o suicídio de jovens. Para provar isso, usaram as músicas “Suicide Solution”, de Ozzy Osbourne, “Don’t fear the reaper”, do Blue Oyster Cult e “Shoot to Thrill”, do AC/DC.8 Algumas bandas sofreram processos por suas letras, posturas dentro e fora dos palcos, por aparentemente atentarem a moral, a sociedade, a influenciar os jovens a usarem drogas e cometer delitos. “Também era dito que a influência do rock nos jovens se dava pela decadência da família nuclear (família tradicional, composta por pai, mãe e filhos), que abalava a imunidade das crianças e adolescentes às influências externas.”9 Bandas como Judas Priest, AC/DC, Def Leppard, Mercyful Fate, Black Sabbath e Venom que não eram americanas tiveram que responder a processos nos EUA por suas letras conterem ocultismo, sexo, violência, alusão ao consumo de drogas e álcool. Outros artistas ligados ao rock ou ao pop também sofreram pressão deste grupo de mulheres de senadores americanos, chegando a uma verdadeira caça as bruxas, onde pais conservadores preocupados com os filhos que compravam tais discos, camisetas e revistas e queimavam num ato simbólico na “Cruzada contra Satan”. O resultado do movimento foi a criação do famoso selo “Advisory” que teria como objetivo avisar aos pais o conteúdo dos álbuns lançados por esses e demais artistas do mundo todo. Diante destes acontecimentos nos EUA e diversos outros casos espalhados pelo mundo, onde houve uma movimentação de grupos e camadas da sociedade que se opuseram abertamente contra o Metal movendo campanhas de repudio e ódio, algumas perguntas surgem. Primeiramente sabemos que o mundo passou por profundas transformações políticas e sociais durante a Guerra Fria que veio a se encerrar no final da década de 1980. Algumas perguntas como: o metal seria como uma válvula de escape para a juventude que já vinha de uma trajetória conturbada devido a Guerra Fria, as revoluções de cunho socialistas, o Maio de 1968 e a tentativa de quebrar com o tradicionalismo, o “American Way of Life” e tantos outros? Como que essas mudanças aparecem no metal? Aparece nas roupas, nas 8 9 Disponível em: Portal Whiplash. http://whiplash.net/indices/historia.html - Acesso em 15/09/11 às 15:10. p. 1 Idem Ibidem p.1 Textos Completos: II Congresso Internacional de História da UFG/Jataí: História e Mídia – ISSN 2178-1281 5 Anais do II Congresso Internacional de História da UFG/ Jataí – Realização Cursos de História, Letras, Direito e Psicologia – ISSN 2178-1281 músicas, nas letras, nos clipes, nas atitudes? Onde aparecem e por qual motivo? E a sociedade, como que recebe essa carga de contestação? O que ocorreu em 19701980 que fez do heavy metal e seus subgêneros uma válvula de escape para os problemas e anseios da juventude, se tornando um instrumento de crítica aos valores morais, sociais, ideológicos e comportamentais de toda uma geração e tornando-se, assim, um dos estilos mais odiados entre os conservadores? Estas são apenas algumas problemáticas que podem surgir a partir deste tema, mas outras questões também importantes carecem de uma atenção maior por parte da academia que, pelo menos no Brasil, mostra uma postura desinteressada em estudar e analisar tais movimentos urbanos não apenas no contexto brasileiro, mas de outras nações também. Um dos caminhos utilizados para analisar essa série de questões e tantas outras é a partir das fontes audiovisuais produzidas pelas próprias bandas ou pela imprensa, pois não são apenas as músicas gravadas que enfurecem os conservadores. Em alguns casos a própria estrutura de um show, o comportamento dos artistas em cima do palco ou fora dele é motivo para essas pessoas repudiarem o metal. As capas de alguns álbuns também tornam alvos de críticas quando trazem símbolos exotéricos, imagens de demônios ou no caso do Death Metal, corpos mutilados impressos na frente dos discos. No caso do Glam Metal, as vestimentas dos artistas provocaram debates acalorados entre a mídia, artistas e pais preocupados com seus filhos. Neste estudo que está em andamento, os recursos audiovisuais como videoclipes, fotografias e vestimentas tanto dos artistas quanto dos fãs serão estudadas para percebermos as críticas que a juventude fazia a velha moral social, ao comportamento, ao medo e a ordem vigente. Assim a perspectiva é tentar responder com tais documentos as questões anteriormente colocadas, ampliando a atenção para os estudos historiográficos sobre a música no geral e ao Metal em particular. Textos Completos: II Congresso Internacional de História da UFG/Jataí: História e Mídia – ISSN 2178-1281 6