LEITE BOVINO- UMA CONTROVÉRSIA ÉTICA

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LEITE BOVINO: UMA
CONTROVÉRSIA ÉTICA
29 JULHO 2014
Por Dr. phil. Sônia T. Felipe A maioria dos descendentes de caucasianos (finlandeses,
noruegueses, suecos, suíços e austríacos), e ainda assim, nem
todos, em torno de 75%, mantêm a lactase após o desmame.
Os demais povos, com genética indígena, asiática, árabe,
judaica, afro, para citar apenas os grupos que constituem a
maioria da população humana ao redor do planeta, têm a
produção da lactase cessada completamente ou diminuída
significativamente após a primeira dentição, num percentual
inversamente proporcional ao dos caucasianos, quer dizer, de
cada 100 pessoas, pode chegar a 75 o número das que
ingerem leite sem conseguir digeri-lo direito. E fazem isso a
vida toda, sem que nenhum médico as alerte para isso,
porque eles também não estudaram essa questão na
faculdade. Seria maldoso pensar que eles sabem mas
escondem dos pacientes a verdade.
Esses dados estão fartamente tratados na literatura médica e
científica, desde 1976! Só que os brasileiros não sabem,
porque está tudo em inglês. Pode ser que uma pessoa
formada em medicina ou nutrição tenha estudado todas as
disciplinas de seu curso sem jamais ter ouvido falar disso!
Simplesmente desolador para nossa saúde!
A verdade é que a maioria das pessoas padece a vida toda de
mazelas digestivas, transtornos de humor por conta de acidez
no estômago ou de gases se formando em seus intestinos, fora
o diabetes, as placas de calcificação nas artérias, as infecções
do ouvido, garganta, bexiga, recorrentes, o nariz escorrendo
muco na infância, a dor de barriga infantil recorrente, a
obesidade e tantas outras mazelas que não caberia listar, por
conta da ingestão do leite bovino. Ao contrário do que já está
mais comum ouvir, o leite não é nocivo apenas por causa da
lactose. Ele é um veneno principalmente pela caseína! Coisa
ruim essa proteína com a prolina pegajosa grudando os
demais aminoácidos e impedindo que ela seja desmanchada.
Como é que um Conselho Regional de Nutrição pode proibir
seus profissionais de revelarem aos seus pacientes que o leite
produz muitos males?
Botamos políticos que não sabem nada de nutrição a votarem
leis que tratam da nossa nutrição (atendendo aos interesses
do agronegócio) e agora, para nos deixar ainda mais
desprotegidos contra os malefícios do leite, os nutricionistas
estão proibidos de nos avisar dos males que o leite bovino
está a acarretar ao redor do planeta? Não fosse comprovada
cientificamente, pela comunidade médica, os médicos do
Comitê dos Médicos por uma Medicina Responsável não teriam
entrado com a petição, junto ao governo norte-americano,
para que o leite seja abolido da merenda escolar de todas as
escolas norte-americanas. Não bastasse essa petição, esses
médicos (são hoje mais de 6.000!) também pedem que seja
abolida da Emenda Constitucional que trata da merenda
escolar, a frase escrita lá pelo agronegócio das décadas de
oitenta a noventa, na qual o leite é citado como um
"alimento fundamental para a saúde das crianças".
E um conselho de nutrição no Brasil passa uma circular
proibindo todos os nutricionistas de dizerem que o leite
bovino não é recomendável para a saúde humana!
No livro Galactolatria: mau deleite, podem ser lidas mais de
600 notas trazendo as fontes médicas e científicas nas quais
se encontram "provas" de que o leite não é coisa boa para a
saúde humana, especialmente dos bebês e crianças. E não
falo aqui apenas dos que são intolerantes à lactose.
Os males galactogênicos estão fartamente relatados na
literatura médica. A prova de que são galactogênicos está no
fato de que ao abolirem o leite e derivados dele da dieta,
ainda que por um período de teste, os males simplesmente se
amenizam ou desaparecem completamente.
Ora, por que precisamos de um atestado médico para nos
certificar de que aquele certo alimento nos dá azia, ou
produz gases, ou tranca o intestino e assim por diante?
Sempre esperamos que os médicos nos avisem dos males do
que comemos. Esquecemos de que eles também podem sofrer
da adicção aos opioides do leite? A medicalização de tudo nos
levou a esse estado deplorável, no qual não assumimos mais
nenhuma responsabilidade pelo que ingerimos! Corremos para
o médico em busca de uma pílula para nos livrarmos da azia
estomacal, do inchaço e dos gases que os laticínios produzem
em nossos intestinos. Ora, sendo humanos, não evoluímos
para digerir a coisarada que está no leite bovino, incluindo
hormônios de crescimento bovino. Não somos bovinos! O
excesso de proteína, o excesso de cálcio, os antibióticos, o
pus (OK, pasteurizado e homogeneizado!), os nitratos,
nitritos, e todos os pesticidas que estavam nos grãos que
foram dados para as vacas, tudo isso está no leite ingerido por
humanos, em qualquer idade.
Cadê as provas que o Conselho de Nutrição também tem que
apresentar para se arvorar em autoridade suprema proibindo
os brasileiros de serem orientados sobre um alimento nocivo
para a saúde humana? Sim! Nocivo! Ou alguém pensa que a
intoxicação por nitratos e nitritos, sofrida pelas 23 crianças há
cinco dias, aqui no sul, é uma fatalidade, uma exceção, que
não toca em nada na natureza maravilhosa do leite para a
saúde humana? Nitratos são liberados sempre no processo de
homogeneização e pasteurização do leite. Todos ingerem
nitratos, ainda que em quantidade mínima. O problema é que
a ingestão continuada de algo nocivo, tão nocivo que pode
matar, por décadas, acaba por comprometer a saúde do
galactômano.
Se é preciso provar algo, para sabe-se lá, quem, as pessoas
podem fazer isso de modo bem simples. Eliminando por 10
dias "todos" os alimentos que contenham algum derivado do
leite. Comecem a anotar suas mazelas num caderninho, todo
dia, antes das refeições, durante as refeições, imediatamente
após as refeições, e horas após as refeições. Sejam bem
detalhistas. Daí, abstenham-se por 10 dias de todos os
alimentos que contenham leite e laticínios. Voltem a anotar
com a mesma técnica e rigor, tudo o que se passa, não apenas
no estômago e nos intestinos, mas especialmente no cérebro.
Feita a experiência, que só não pode ser "científica" porque
não temos cientistas capazes de nos ajudar a conduzi-la, e
por isso cada um deve ser responsável em seu caso pessoal,
por essa experiência, cada pessoa deveria ter a felicidade de
encontrar em sua vida um nutricionista para ajudá-la a
refazer sua dieta sem incluir nada que tenha leite. Aposto
que a maioria dos brasileiros teria muito mais saúde,
disposição, longevidade e alto astral, coisas que o leite não
parece promover. Apenas aqueles 10 a 15 % de persistentes na
produção da lactase sairiam indiferentes ou mesmo revoltados
com a abolição do leite de sua dieta. Os demais agradeceriam
aos deuses o alívio sentido. Topam?
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