Boletim da Vigilância em Saúde FEVEREIRO 2013 Boletim da Vigilância em Saúde FEVEREIRO 2013 Prefeito Municipal Marcio Lacerda Secretário Municipal de Saúde Marcelo Gouvêa Teixeira Secretário Municipal Adjunto de Saúde Fabiano Pimenta Júnior Elaboração Afonso Marota Alexia Valle de Freitas Jaqueline Camilo de Sousa Felício Helen Maria Ramos de Oliveira Leandro Esteves Vasconcelos Luciana Braga Balsamão Mara Machado Guimarães Corradi Marco Aurélio Carabetti Diniz Maria Tereza da Costa Oliveira Projeto Gráfico Produção Visual - Gerência de Comunicação Social Secretaria Municipal de Saúde Belo Horizonte 2013 A Vigilância em Saúde tem por objetivos analisar a situação de saúde da população para a proposição, planejamento e execução de medidas para responder oportunamente a eventos de importância sanitária; prevenir e controlar a ocorrência de novos eventos atuando nos principais fatores de risco à saúde desta população de um dado território. Em Belo Horizonte, a Vigilância em Saúde envolve atividades de vigilância epidemiológica dos agravos transmissíveis e não transmissíveis, vigilância sanitária, vigilância ambiental, saúde do trabalhador, controle de zoonoses, imunizações e o serviço de atenção à saúde do viajante. DOENÇAS EXANTEMÁTICAS Em janeiro de 2013 a SMSA-BH recebeu notificação de um caso de sarampo. Tratava-se de um paciente de 18 anos, contato de caso confirmado residente em Bauru-SP, que estava em vôo procedente da Flórida-EUA. Foi feita investigação do caso e realizado coleta de amostra para exame. O resultado da primeira amostra foi negativo e diante deste resultado o paciente viajou com os familiares para Guarapari-ES. Durante a viagem surgiram sintomas compatíveis com sarampo e a Secretaria do Estado de Saúde do Espírito Santo foi contatada para as devidas providências. Foi realizada coleta de 2ª amostra do paciente e mais dois contatos. Medidas de controle pertinentes foram adotadas, como busca ativa e vacinação de bloqueio seletivo dos contatos que estavam em Guarapari, Belo Horizonte e Sete Lagoas, onde o paciente passou um final de semana. O resultado da segunda sorologia do paciente foi positivo; o vírus foi identificado e é do sorotipo D8. O resultado da sorologia dos dois contatos foi indeterminado para um e descartado para o outro. Não foram identificados casos secundários. De acordo com o Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC) de Atlanta, EUA, em 2011 foi registrada a maior incidência de Sarampo dos últimos 15 anos. 2 Durante todo o ano, foram registrados 222 casos e 17 surtos da doença. Até maio de 2012 foram referidos ao CDC 27 casos, número que pode estar sendo subestimado. Na Europa, em 2012, a circulação do vírus retornou aos níveis observados anteriormente a 2010 e 2011, com registro de cerca de 7.000 casos. A maioria deles (94%) ocorreu na França, Itália, Romênia, Espanha e Reino Unido. Rumores indicam circulação mais intensa no Reino Unido em 2013. Na África, Ásia e Oceania, a circulação do vírus se manteve, ocorrendo óbitos no Congo, Uganda e Paquistão. Em 2011 houve um número recorde de casos nas Américas em 10 anos: 1.310 casos, sendo 43 deles no Brasil. em 2012 o estado de Pernambuco registrou um caso confirmado de sarampo em paciente proveniente da Europa. Em Minas Gerais foram notificados 26 casos suspeitos de doenças exantemáticas em 2012, sendo 24 residentes em Belo Horizonte e 02 em outros municípios (suspeita de rubéola, descartados por critério laboratorial). Dos residentes em Belo Horizonte, seis foram notificados com suspeita de sarampo (26,1%) e 18 com suspeita de rubéola (73,9%), somente um caso foi confirmado para rubéola no Distrito Noroeste (Tabela 1). Todos os casos foram encerrados por critério laboratorial. Tabela 1 - Casos notificados de doenças exantemáticas de residentes de Belo Horizonte, 2012 Distrito Sanitário Sarampo Rubéola Confirmado Confirmado Sim Sim Leste Não 2 Não 1 Nordeste 2 Noroeste 1 6 Norte 2 Oeste 1 Pampulha 1 Venda Nova 3 Total 6 5 1 17 Fonte: SINAN-NET, atualizado 15/02/2013 LEPTOSPIROSE A leptospirose é uma doença bacteriana febril aguda e possui um amplo espectro de manifestações clínicas, que variam desde formas pouco sintomáticas até formas graves e fatais. As formas leves geralmente manifestam-se com cefaléia e mialgia; já as formas graves incluem icterícia, oligúria e manifestações hemorrágicas (Doença de Weil). A dor na panturrilha, considerada por muitos como sendo patognomônica para a doença, já foi observada também em pacientes acometidos pela dengue, especialmente crianças1. Como pode cursar com manifestações hemorrágicas, é difícil estabelecer o diagnóstico diferencial com outras febres e patologias hemorrágicas. As principais febres hemorrágicas, todas de etiologia viral, que devem ser investigadas para o diagnóstico diferencial com a leptospirose são: a dengue, as hantaviroses, a febre amarela, a febre hemorrágica por Arenavírus e as febres hemorrágicas dos vírus Marburg e Ebola. Do ponto de vista prático, o desejável é uma abordagem sindrômica das doenças febris agudas, permitindo a intervenção precoce e um melhor prognóstico dos casos, e pode auxiliar na redução da letalidade por leptospirose2. Embora com um número de casos muito menor, a letalidade da leptospirose no Estado de Minas Gerais girou em torno de 12%, superando os índices registrados pela dengue, que esteve em torno de 2,8%, no período de 2007 a 20123. O isolamento da leptospira e o exame de PCR são mais eficazes na fase inicial da doença, antes do aparecimento dos anticorpos, e podem ser utilizados como complementares ao diagnóstico clínicoepidemiológico, em casos de ocorrência de óbitos na primeira semana após o início dos sintomas. Entretanto, a utilização desses testes como método de diagnóstico laboratorial é limitada pelas dificuldades técnico-operacionais envolvidas. O padrão ouro para o diagnóstico laboratorial da Leptospirose é o teste de microagluti- 3 nação ou soroaglutinação microscópica4. Um exame inicial com títulos baixos, inferiores ao ponto de corte da titulação (1:800), não descarta o diagnóstico de leptospirose e requer a realização da coleta de uma 2ª amostra (intervalo de 14 a 21 dias, máximo de 60 dias, entre elas) e observação de viragem sorológica para a confirmação do diagnóstico (não reagente para reagente, com títulos ≥1:200 ou títulos 4 vezes maiores do que o observado inicialmente). Os exames específicos incluem a pesquisa de anticorpos IgM (ELISA) e o exame de microaglutinação, com a caracterização do(s) provável(is) sorovar(es) responsáveis pela infecção. Em Belo Horizonte, esses exames são realizados pelo laboratório de referência Estadual (LACEN-FUNED). A FUNED realiza exames para diagnóstico de outras febres hemorrágicas, que podem ser solicitadas através do Protocolo de Febres Hemorrágicas, na ficha de notificação da principal suspeita diagnóstica, que deve sempre acompanhar as requisições de exames. Do ponto de vista epidemiológico, a história de viagens e de exposições do paciente, no período que antecede ao aparecimento dos sintomas, pode auxiliar no diagnóstico diferencial. É importante ter em mente, que a grande mobilidade atual da população mundial propicia o contato com diversos agentes em diferentes partes do mundo. O histórico de contato, nos últimos 30 dias com água ou lama de enchentes, fossa, caixa de gordura ou esgoto, terrenos baldios, locais com sinais de roedores, lixo, entulhos, caixas d´água, criação de animais, locais de armazenamento de grãos e alimentos são característicos nos casos confirmados de leptospirose. Na exposição à leptospira, os principais reservatórios são os roedores (reservató- 4 rios permanentes) e animais domésticos (reservatórios temporários, como cães, suínos, equinos e bovinos). As leptospiras são excretadas na urina destes animais. O modo de transmissão é através da penetração do microrganismo em pele lesada ou mucosa da boca, narinas e olhos; pele íntegra quando imersa em água por longo tempo, principalmente durante o procedimento de limpeza de ambientes após as enchentes; contato com sangue, tecidos e órgãos de animais infectados, ingestão de água e alimentos contaminados e transmissão acidental. É comum observar no histórico de exposição às atividades que envolvem risco ocupacional, como coleta de lixo, catação de material para reciclagem, limpeza de córregos, trabalho em água ou esgoto, manejo de animais, agricultura em áreas alagadas, etc. As medidas profiláticas da infecção pela leptospirose incluem: evitar o contato da pele com água ou lama de enchentes; proteger-se com o uso de luvas e botas ou sacos de plásticos duplos amarrados durante a limpeza de água ou lama de enchentes; utilizar água filtrada, fervida ou tratada com água sanitária; cuidar dos recipientes para armazenamento de água, embalagens de alimentos e utensílios domésticos; cuidar bem dos alimentos, descartando os que entraram em contato com águas contaminadas; cozinhar e lavar bem todos os alimentos; desinfetar as frutas e legumes com água sanitária; manter os alimentos em locais protegidos de roedores; limpar e desinfetar com água sanitária (hipoclorito de sódio 2,5%) as áreas domiciliares ou próximas a domicílios que estejam contaminadas com lama ou águas de enchentes; acondicionar sempre o lixo em sacos plásticos e eliminá-lo em lugar adequado; jamais jogue Lixo nos córregos4,5. As Tabelas 2 e 3 resumem a distribuição da leptospirose no município de Belo Horizonte no período de 2007 a 2012. Tabela 2 - Distribuição dos casos notificados de leptospirose de acordo com o diagnóstico final. Residentes em Belo Horizonte, 2007 a 2012 Class. final 2007 2008 2009 2010 2011 2012* Ign/Branco 0 1 0 0 0 3 Confirmado 9 18 14 16 17 17 Descartado 63 49 171 104 106 86 Inclusivo 0 0 0 0 0 2 Total 72 68 185 120 123 108 Fonte: SINAN-NET/GEEPI/GVSI/SMSA/PBH (*) Aguardando resultados de sorologia de 2ª amostra. Tabela 3 - Distribuição dos casos confirmados de leptospirose de acordo com a evolução. Residentes em Belo Horizonte, 2007 a 2012 Evolução 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2** Ign/Branco 0 0 0 0 1* Cura 14 11 13 13 13 Óbito 0 4 3 3 2 2 Total 9 18 14 16 17 17 Fonte: SINAN-NET/GEEPI/GVSI/SMSA/PBH (*) Paciente atendido no Município de Maranguape (CE). Ficha incompleta no SINAN. (**) Aguardando fechamento de competência da AIH para confirmação da evolução. Tabela 4 - Distribuição dos casos confirmados de leptospirose de acordo com o Distrito Sanitário de Residência. Belo Horizonte, 2007 a 2012 Distr. Resid 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Barreiro 3 3 4 5 2 3 Centro-Sul 1 0 0 2 1 0 Leste 2 0 0 2 1 0 Nordeste 0 1 0 1 3 2 Noroeste 0 2 2 0 1 1 Norte 1 2 3 3 1 2 Oeste 1 4 2 2 3 3 Pampulha 1 0 1 1 2 1 Venda Nova 0 3 0 0 1 4 Ign/Branco 0 3 2 0 2 1 Total 9 18 14 16 17 17 O Distrito Venda Nova foi o que registrou o maior número de casos em 2012. (Tabela 4). Neste mesmo ano observa-se, também, uma concentração de casos na área de abrangência das unidades de Saúde C.S. Nova York e C. S. Cachoeirinha (Figura 1). Fonte: SINAN-NET/GEEPI/GVSI/SMSA/PBH 5 Figura 1 - Distribuição dos casos confirmados de leptospirose de acordo com o Distrito Sanitário de Residência. Belo Horizonte, 2012 A leptospirose é mais incidente na população adulta (83,5%) - 20 a 59 anos de idade - (Tabela 5) em indivíduos do sexo masculino (80%). Tabela 5 – Casos confirmados de leptospirose por faixa etária. Residentes em Belo Horizonte, 2007 a 2011 Intensidade de casos Maior intensidade Menor intensidade Fonte: SINAN-NET REFERÊNCIAS: 1 – Cota, G. F.; Andrade, V. A.; Brock, D. R. Características Clínicas, laboratoriais e epidemiológicas de pacientes com suspeita de Febre Hemorrágica em um centro de referencia em doenças infecciosas. Disponível em: http:// www.moreirajr.com.br/revistas.asp?id_ materia=3900&fase=imprime. Acesso em 18/01/13. 2 – Fernandes, R. C. S. C. Tucci, C.R. e Brunelli, P. B. Uma incomum manifestação da Dengue. Revista Científica da FMC, v. 3, n. 1, 2008. Disponível em http://www.fmc. br/revista/revistaCientificaVolume3Numero1.pdf#page=19. Acesso em 15/02/13. Faixa etária 2007 2008 2009 2010 2011 2012 1-19 2 0 1 0 1 1 20-59 7 17 12 13 12 15 > 60 0 1 1 3 4 1 Total 9 18 14 16 17 17 Fonte: SINAN-NET/GEEPI/GVSI/SMSA/PBH Última Atualização: 02/04/13 3 – Ministério da Saúde - Secretaria de Vigilância à Saúde - Sistema Nacional de Vigilância em Saúde – Relatório de Situação: Minas Gerais. - Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/7_minas_gerais_final.pdf. Acesso em 15/02/13. 4 – Ministério da Saúde – Guia de Vigilância Epidemiológica – 7ª Edição. – Leptospirose. Disponível em: http:// portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/ gve_7ed_web_atual_leptospirose.pdf. Ultimo acesso 15/02/13. 5 – Ministério da Saúde: http://portal. saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/folder_ agua_consumo_2011.pdf PREVENÇÃO DAS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS Com a proximidade do inverno, aumentam os casos de doenças respiratórias (gripes, resfriados, rinites, asma, sinusite entre outras). O frio provoca nas vias 6 aéreas superiores um estreitamento, a mucosa que é revestida de cílios fica congestionada e imobilizada, a secreção não flui pelo trato respiratório aumentando o risco às infecções e como conseqüência, o nariz entope, os brônquios estreitam, dificultando assim a passagem do ar para os pulmões. Os estreptococos são bactérias comuns das vias aéreas superiores e quando baixa a resistência física causada indiretamente pelo frio e umidade, ataca principalmente as amígdalas, laringe e faringe, provocando dor, rouquidão, falta de ar, etc. As rinites alérgicas aumentam consideravelmente neste período devido à inversão térmica, ocasionada pela queda da temperatura x umidade relativa do ar somada à poluição atmosférica. Esta poluição é gerada normalmente pelos veículos automotores, pelas indústrias poluentes e queimadas, ficando mais próximas das pessoas nos grandes centros urbanos. Nesta época, a presença de dióxido de enxofre, monóxido de carbono, óxido de nitrogênio, ozônio, material particulado inalável entre outros, aumentam bastante devido a sua baixa dispersão provocado pela falta de chuvas e vento. Como prevenção, as pessoas debilitadas devem evitar os locais aglomerados como teatros, cinemas, ônibus coletivo, shopping, etc. Preocupada com a qualidade de vida da população, a Secretaria Municipal de Saúde em trabalho de parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, vem estudando medidas mitigadoras, junto às empresas transportadoras de cargas e passageiros, para que as mesmas mantenham os motores de seus veículos rigorosamente regulados, bem como as indústrias poluidoras com a instalação de filtros. Em conjunto com essas medidas é de fundamental importância buscar alternativas como a utilização do gás natural, o diesel metropolitano, veículos de transporte com motor turbinado, projetos para a instalação de ventilação forçada nos coletivos e em casas de espetáculos, além de melhorar a ação dos órgãos fiscalizadores. SETOR HOTELEIRO E A COPA DO MUNDO FIFA 2014 Exercendo seu trabalho de maneira eminentemente preventiva e dando continuidade às ações realizadas no segundo semestre de 2011, a Vigilância Sanitária (VISA) realizou em 27 de agosto de 2012 uma capacitação de seu corpo técnico, no Auditório da Secretaria Municipal de Saúde. Os fiscais sanitários foram apresentados ao novo roteiro de vistoria de estabelecimentos do setor de hotéis, motéis e congêneres, recém-revisado. Nesta capacitação tiveram a oportunidade de atualizar seus conhecimentos no Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), Plano de Manutenção, Operação e Controle – Ar condicionado (PMOC) e le- gislação sanitária aplicável ao setor. O III Fórum Municipal de Vigilância Sanitária - “Setor hoteleiro e a Copa do Mundo FIFA 2014" -aconteceu no dia 12 de setembro de 2012, também no Auditório da Secretaria Municipal de Saúde. Este evento foi direcionado aos representantes de hotéis, motéis e congêneres. Contou também com a participação de técnicos da VISA. Nele foram discutidos os principais pontos críticos encontrados em vistorias realizadas nestes estabelecimentos tais como higienização e desinfecção, rouparia, monitoramento da água, controle de pragas e vetores, PPRA, PCMSO, PMOC e a manipulação de alimentos. Um espaço para debate e apresentação de propos- 7 tas para o setor também foi reservado no evento objetivando a busca pela excelência na qualidade associada a todos os processos envolvidos na atividade hoteleira. O roteiro de vistoria fiscal completo e revisado e a cartilha educativa, elaborados para monitoramento dos pontos críticos inerentes à atividade, foram disponibilizados para o setor. Em dezembro de 2012 a Vigilância Sanitária concluiu uma série de inspeções em Hotéis, Motéis e congêneres cadastrados no Sistema de Vigilância Sanitária (SISVISA). Foram verificadas as atuais condições higiênico-sanitárias dentro das normas estabelecidas pelo Código Sanitário Municipal e o cumprimento das exigências decorrentes das não conformidades detectadas nas vistorias anteriores. Os 218 estabelecimentos vistoriados foram avaliados nos seguintes quesitos: documentação, condições gerais de higiene, eficácia do controle integrado de pragas, adoção de medidas para diminuir o risco de aparecimento de animais sinantrópicos, tais como o mosquito transmissor da dengue, aplicação das boas práticas de produção de alimentos, implementação de medidas para controle do tabagismo e prevenção da AIDS e Doenças sexualmente transmissíveis, registros da manutenção do sistema de climatização e do controle da qualidade da água de piscinas, processamento adequado de roupas na lavanderia, dentre outros itens. No Quadro 1 estão as principais nãoconformidades encontradas nos estabelecimentos vistoriados. Quadro 1 – Principais não-conformidades encontradas em hotéis, motéis e congêneres, Belo Horizonte, 2012 Ítem O estabelecimeno de hospedagem não apresentou POPS de: *Higienização de instalações, equipamentos e móveis *Controle integrado de vetores e pragas urbanas *Higienização do reservatório de água *Higienização de piscina *Outros 77,04% Os hotéis, motéis e similares não adotam medidas de orientação sobre prevenção da Aids e DST, mediante a afixação de cartazes ou ofertas de material informativo. 66,16% Não apresentou plano de manutenção, operação econtrole - PMOC (para estabelecimentos que possuem sistema de climatização artificial acima de 5 TR) 64,6% Não está regularizado junto à Vigilância Sanitária por meio de alvará de autorização sanitária. 58,29% O alvará de autorização sanitária não está afixado em local visível ao público. 55,05% Não existe registro da operação de higienização do reservatório de água na frequência recomen dada (mínimo a cada seis meses). 55% Não apresentou registro de manutenção periódica dos equipamentos e componentes do sistema de climatização. 53,49% Os preservativos: *Não ficam à disposição nos quartos *Não são cobrados *Não são fixados em locais visíveis, avisos de que os mesmos estão disponíveis 48,42% Não possui projeto de prevenção/combate a incêndio aprovado pelo Corpo de Bombeiros ou laudo técnico de segurança 42,59% Não está rugularizado junto à Vigilância Sanitária por meio de requerimento de autorização sanitária Fonte: SISVISA/GEVIS/GVSI/SMSA-BH 8 % de não conformidade 36,5% INFORMAÇÕES: 3277 9535 SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE Av. Afonso Pena 2.336 - Funcionários - CEP: 30.130-007 [email protected]