Nota de Aula_2_Etica Crista

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Seminário Vida Nova
“Formando Líderes com Excelência”
Curso Teológico Superior
Nota de Aula – Aula 2 – Ética Cristã – Introdução a Ética Cristã.
3. A ÉTICA
Um dos problemas da atualidade, a qual chamamos de ‘pós-modernidade’, é a questão da ética:
como devemos estabelecer o certo e o errado? Como podemos distinguir bem do mal?
Foi deixada por conta de nossa época a possibilidade de culpa. Não estamos seguros de que
exista algo assim como certo e errado, bom e mau. E essa completa incerteza acerca dos valores
morais está na raiz da terrível confusão de nossa época.
A religião é considerada como uma escolha pessoal. Não se descarta o sobrenatural, contudo,
admite-se a possibilidade de muitas realidades espirituais.
O relativismo, uma das características de nossa época, manifesta-se em vários segmentos, para
não dizermos em todos.
Á política, a família, e muitos outros segmentos sofrem a influência da relativização.
A pesar da afirmação de muitos, de seu divórcio com a religião, o pensamento ético das pessoas
reproduz suas convicções religiosas.
Nas relações cotidianas dos indivíduos entre si, surgem continuamente problemas como estes:
 Devo cumprir a promessa X que fiz ontem ao meu amigo Y, embora perceba que o
cumprimento me causará certos prejuízos?
 Se alguém se me aproxima, à noite, de maneira suspeita e receio que me possa agredir, devo
atirar nele, aproveitando que ninguém pode ver, a fim de não correr o risco de ser agredido?
 Com respeito aos crimes cometidos pelos nazistas durante a segunda guerra mundial, os
soldados que os executaram, cumprindo ordens militares, podem ser moralmente condenados?
 Devo sempre dizer sempre a verdade ou há ocasiões em que devo mentir?
 Podemos considerar bom o homem que se mostra caridoso com o mendigo que bate à sua
porta e, durante o dia, como patrão, explora impiedosamente os operários e os empregados de
sua empresa?
Em seu livro Geisler1, logo na introdução, começa fazendo algumas perguntas, tais como:
1ª – É correto mentir a fim de salvar uma vida?
2ª – Contar a verdade é mais importante do que salvar vidas?
3ª – O que você faria?
4ª – A pessoa conta uma mentira para salvar uma vida, ou sacrifica uma vida para salvar
a verdade?
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(Continuação da Nota de Aula – Aula 2 – Ética Cristã – Introdução a Ética Cristã CTS.........................)
Antes de seguir adiante, porém, vale recordar o que foi dito no início deste texto: a Ética não
serve de base somente às relações humanas mais próximas. Ela também trata das relações sociais dos
homens, na medida em que alguns filósofos consideram a ética como a base do direito ou da justiça,
isto é, das leis que regulam a convivência entre todos os membros de uma sociedade.
O filósofo alemão Leibniz (1646-1716) considera que o direito e as leis decorrem de três
preceitos morais básicos:
 Não prejudicar ninguém;
 Atribuir a cada um o que lhe é devido;
 Viver honestamente.
Ou seja, a ética orienta também o ordenamento jurídico e/ou legal das nações. Por conseguinte,
orienta também a política. Quando a política não é pautada pela ética ocorrem os escândalos e os
crimes que os brasileiros presenciam a cada ano nos Poderes Executivo e Legislativo do nosso país.
3.1. CONCEITOS DA ÉTICA
A priori não podemos confundir a ética e a moral. Ética vem do grego Éthos “e]qov”, que
significa “modo de ser” ou “caráter” enquanto forma de vida também adquirida ou conquistada pelo
homem. Portanto, Éthos “caráter” assentam-se num modo de comportamento que não corresponde a
uma disposição natural, mas que é adquirido ou conquistado por hábito.
A palavra Éthos “e]qov” aparece 12 vezes no NT, a saber: Lc 1:9, 2:42, 22:39, Jo 19:40, At
6:14, 15:1, 16:21, 21:21, 25:16, 26:3, 28:17 e Hb 10:25. O plural ethe aparece apenas em I Cor 15:33,
quando se diz que “as más conversações corrompem os bons costumes”.
 Frisando mais uma vez, não podemos confundir a ética e a moral.
 Estudo crítico da moralidade. Segundo Vásquez, “a ética não cria a moral” 2.
 Segundo Pallister a ética pode ser definida como “um conjunto de normas que orientam o
comportamento e vivência em sociedade” 3.
1
GEISLER, Norman L. Ética Cristã: alternativas e questões contemporâneas. São Paulo: 2002. Vida Nova.
p.11.
2 VÁSQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. Rio de Janeiro: 1980. Civilização Brasileira S. A. 267p. p. 12.
3
PALLISTER, Allan. Ética Cristã Hoje: vivendo um cristianismo coerente em uma sociedade em mudança
rápida. São Paulo: 2005. Shedd Publicações. p.19.
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 Segundo Lisboa ética é o “Ramo da filosofia que lida com o que é moralmente bom ou mal,
certo ou errado” 4. Como um ramo da filosofia, a ética a influenciou e foi por ela influenciada.
Na ética normativa, distinguem-se dois grupos principais de filósofos, a saber: 1º - Os
deontologistas, do grego déontos “de>ontov” (‘de obrigatório’), e 2º - Os teleologistas, do
grego teleíos “telei>ov” (‘final’ = causa).
 Os deontologistas têm como conceitos básicos o direito e o dever, e assumem que as definições
de moral derivam desses conceitos fundamentais.
 Os teleologistas têm na bondade e valor os conceitos axiológicas básicos que detectam de onde
vem a prepoderância da bondade intrínseca. Os teleologistas enfartizam o cálculo das
consequências de cada ação, entre as várias alternativas possíveis.
 Os axiologistas, dom grego axiós “a]xiov” (‘digno’, ‘merecedor’ ,‘útil’) acham que certas
ações são corretas por causa do valor da bondade que lês inerentemente contêm, como a alegria
ou prazer, e não meramente por causa da bondade e suas consequências.
É interessante observar que, na idade média, a Igreja católica tinha a primazia para tratar dos
assuntos éticos. Detendo o monopólio ideológico, ela coordenava as economias: feudal, mercantil e
artesanal, ocupando posição estratégica na estrutura de poder.
Ética é o conjunto de valores e princípios que usamos para decidir as três grandes questões da
vida.
 QUERO.
 DEVO.
 POSSO.
Tem coisa que eu quero, mas não devo, tem coisa que eu devo, mas não posso, tem coisa que
eu posso, mas não quero.
Quando você tem paz de espírito sobre estas questões: Quando aquilo que você quer, você deve
e pode.
Pode ser regulado basicamente de três formas:
 Modular ou exemplar.
 Princípios religiosos ou não.
 Normatização.
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LISBOA, Lázaro Plácido. Ética Geral e Profissional em Contabilidade. São Paulo: 1997. Atlas. p. 23.
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Há trinta anos numa sala de cinema as pessoas poderiam fumar ou não. Há dez anos haveria
uma placa: proibido fumar. Hoje não precisa, mas de placa e pela questão exemplar ou normativa não
se fuma mais.
Alguém falou nestes dias: eu sou do tempo que fumar era maior onda e ser gay era a maior
vergonha, hoje fumar é uma vergonha e ser gay é a maior onda.
A ética vai se construindo com os elementos do dia a dia de uma sociedade.
FAZER MENÇÃO DA DIFERENÇA ENTRE CULTURA E SOCIEDADE.
Não existe ninguém sem ética o que existe é o homem que é anti ético. Ex um político
corrupto, um pastor sem princípios, ou um chefe que leva o seu grupo a um ambiente contrário ao que
normalmente é estabelecido.
3.2. SOBRE A MORAL
Podemos distinguir em três definições:
AMORAL: Caracteriza aquele individuo desprovido de moral. Pode ser uma criança, um idoso
ou uma pessoa incapaz de responder por suas ações. A lei da amparo para este tipo de pessoas.
IMORAL: O imoral esta na perspectiva do que é moral para você. Pode estar relacionado com
a época ou momento. Ex. Para nós o beijo entre dois homens. Na perspectiva do homossexualismo isso
não é imoral.
Outro exemplo pode ser caracterizado por Sócrates. Ele era casado com Chantipa e tinha um
amado Alcebíades, jovem general que vê Sócrates morrer em seus braços e sua mulher achou isso
normal pelos padrões da época e da cultura. Há trinta anos seria um escândalo hoje não.
A Ética é o princípio a Moral é a prática da Ética.
Ex. Eu tenho um princípio Ético: Não pegar o que não me pertence, a moral é se eu vou ou não
roubar!!
A Ética não é relativa, mas a Moral sim. A carta dos Direitos Humanos é mundial, aceita por
todos e bem compreendida, mas não é executada por todos.
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MORAL:
 O termo moral vem do latim mos ou mores (moralis), ou seja, relativo aos costumes, sendo a
parte da filosofia que trata dos atos humanos, dos bons costumes e dos deveres dos homens.
 Estudo de regras e princípios de conduta aceitos como válidos (é o objeto da ética)
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