Sobre o Docente LUCIENE ALVES MOREIRA MARQUES Possui graduação em Farmácia pela Universidade Federal de Alfenas (1996) e mestrado em Farmacologia pela Universidade Estadual de Campinas (1999). Está desenvolvendo seu doutorado em Psicobiologia na Universidade Federal Paulista (UNIFESP), com o tema: Atenção Farmaceutica a portadores de depressão. Atualmente é professor assistente da Universidade Federal de Alfenas. Tem experiência na área de Farmacologia, com ênfase em Farmacologia Geral, atuando principalmente nos seguintes temas: Atenção Farmacêutica, Farmacologia clínica e Deontologia e Legislação Farmacêutica. Coordenadora do evento. Coordenadora da Pós Lato Sensu em Atenção Farmacêutica da UNIFAL de 2005-2010. Autora dos Livros: Atenção Farmacêutica em Distúrbios Menores. 2ª ed., 2008 e Atenção Farmacêutica em Distúrbios Maiores, 1ºed., 2009. Docente do Instituto Racine. Programação – Introdução – Depressão Atenção Farmacêutica em Depressão – Classificação da depressão – Tratamento – Atenção Farmacêutica em depressão Introdução – Experiência prática – AF no domicilio Introdução Introdução Transtornos de Humor Os mais frequentes TH são: • Distimia • Depressão Tipos de Transtorno do Humor Bipolar tipo I mania Bipolar tipo II hipomania Depressão • Ciclotimia Distimia • Transtorno bipolar 1 Introdução Introdução Depressão Teoria Monoaminérgica – mais aceita para explicar a depressão Cromossomo 11 Grande importância dos fatores ambientais. Classificação da depressão, segundo os sintomas: Depressão ansiosa Depressão anérgica ou apática Depressão atípica Classificação mais aceita da depressão: Depressão primária, maior ou endógena Depressão secundária ou reativa Depressão sazonal Depressão psicótica Introdução Estado normal – sem depressão Introdução Estado com depressão Introdução Receptores em up regulation Introdução Inibição da bomba de recaptação Inibição da MAO 2 Introdução Introdução Fases do tratamento antidepressivo Remissão Normalidade Recorrência Recuperação Recaída Sintomas Síndrome o ssã torno s gr e Pro o tran a par Gravidade Recaída Resposta Fases do Tratamento Aguda (6 a-12 semanas) Reprinted with permission from Kupfer, 1991 WPA/PTD Educational Program on Depressive Disorders Continuação (4 a 9 meses) Manutenção (1 ano ou mais) Tempo AF em depressão Introdução Associações em pacientes unipolares Associações heróicas Venlafaxina (altas doses) + mirtazapina A qualidade dos resultados depende: 1. reações adversas mínimas possíveis, e se surgirem, resolvê-las imediatamente. 2. Estabelecer a relação farmacêutico-paciente. Venlafaxina (altas doses) + IRND 3. Recolher, sintetizar e analisar as informações relevantes. Venlafaxina (altas doses) + estimulante 4. Listar e classificar os problemas relatados pelo paciente e identificados na anamnese. Mirtazapina + ISRS ISRS + IRND IRND + trazodona/nefazodona 5. Estabelecer o resultado farmacoterapêutico desejado para cada problema relacionado com o medicamento. 6. Determinar as alternativas terapêuticas disponíveis. Venlafaxina (altas doses + nefazodona AF em depressão 7. Eleger a melhor solução farmacoterapêutica e individualizar o regime posológico. 8. Desenvolver um plano de monitorização terapêutica. 9. Iniciar o tratamento individualizado e o plano de monitorização. 10. Realizar o seguimento para medir o resultado. AF em depressão Conceitos Culturais Populares que Comprometem a Psiquiatria Problemas emocionais atingem os mentalmente fracos Pensamentos positivos podem curar tudo Sem motivo justo não se têm problemas emocionais Com amor e carinho tudo se resolve Com fé e bons pensamentos, hei de vencer Sua vida é melhor que a de muita gente Esse tal emocional não existe, a gente é que permite Viajar e conhecer pessoas pode curar Você não tem nada, só uma estafazinha Crianças não devem tomar remédios 3 Seguimento Farmacoterapêutico Seguimento Farmacoterapêutico Seguimento Farmacoterapêutico • Segundo o Método Dáder, 2007, deve-se: • RNM • Avaliar a necessidade: • RNM: • Resultado clínico negativo decorrente da falta de uso de um medicamento • Resultado clínico negativo decorrente do uso de um medicamento desnecessário. Seguimento Farmacoterapêutico De acordo com Nieto & Manrique (2005) e Morente & Gastelurrutia (2003), antes de avaliar a efetividade do tratamento antidepressivo, e inferir que há inefetividade, deve-se verificar: • Se o paciente realmente possui diagnóstico de depressão • Qual a educação em relação ao tratamento foi fornecida ao paciente • Se o tempo de latência já foi superado. Todos os antidepressivos necessitam de duas ou três semanas para iniciarem seus efeitos. • Se houve recentemente alterações posológicas. • Qual o nível de adesão do paciente ao tratamento proposto. Seguimento Farmacoterapêutico Escala de depressão de Beck • • • • • Avaliar a efetividade 1. 0 Não me sinto triste. 1 Eu me sinto triste. 2 Estou sempre triste e não consigo sair disso. 3 Estou tão triste ou infeliz que não consigo suportar. 2. 0 Não estou especialmente desanimado quanto ao futuro. 1 Eu me sinto desanimado quanto ao futuro. 2 Acho que nada tenho a esperar. 3 Acho o futuro sem esperança e tenho a impressão de que as coisas não podem melhorar. 3. 0 Não me sinto um fracasso. 1 Acho que fracassei mais do que uma pessoa comum. 2 Quando olho para trás, na minha vida, tudo o que posso ver é um monte de fracassos. 3 Acho que, como pessoa, sou um completo fracasso. 4. 0 Tenho tanto prazer em tudo como antes. 1 Não sinto mais prazer nas coisas como antes. 2 Não encontro um prazer real em mais nada. 3 Estou insatisfeito ou aborrecido com tudo. • Resultado clínico negativo decorrente de inefetividade quantitativa • Resultado clínico negativo decorrente de inefetividade qualitativa Seguimento Farmacoterapêutico Instrumentos de avaliação da efetividade do tratamento da depressão: • Escala de Hamilton • Escala de Beck • PHQ-9 • Outras Seguimento Farmacoterapêutico • • • • • 5. 0 Não me sinto especialmente culpado. 1 Eu me sinto culpado às vezes. 2 Eu me sinto culpado na maior parte do tempo. 3 Eu me sinto sempre culpado. 6. 0 Não acho que esteja sendo punido. 1 Acho que posso ser punido. 2 Creio que vou ser punido. 3 Acho que estou sendo punido. 7. 0 Não me sinto decepcionado comigo mesmo. 1 Estou decepcionado comigo mesmo. 2 Estou enojado de mim. 3 Eu me odeio. 8. 0 Não me sinto de qualquer modo pior que os outros. 1 Sou crítico em relação a mim devido a minhas fraquezas ou meus erros. 2 Eu me culpo sempre por minhas falhas. 3 Eu me culpo por tudo de mal que acontece. 9. 0 Não tenho quaisquer idéias de me matar. 1 Tenho idéias de me matar, mas não as executaria. 2 Gostaria de me matar. 3 Eu me mataria se tivesse oportunidade. 4 Seguimento Farmacoterapêutico • 10. 0 Não choro mais que o habitual. 1 Choro mais agora do que costumava. 2 Agora, choro o tempo todo. 3 Costumava ser capaz de chorar, mas agora não consigo mesmo que o queira. 11. 0 Não sou mais irritado agora do que já fui. 1 Fico molestado ou irritado mais facilmente do que costumava. 2 Atualmente me sinto irritado o tempo todo. 3 Absolutamente não me irrito com as coisas que costumavam irritar-me. 12. 0 Não perdi o interesse nas outras pessoas. 1 Interesso-me menos do que costumava pelas outras pessoas. 2 Perdi a maior parte do meu interesse nas outras pessoas. 3 Perdi todo o meu interesse nas outras pessoas. 13. 0 Tomo decisões mais ou menos tão bem como em outra época. 1 Adio minhas decisões mais do que costumava. 2 Tenho maior dificuldade em tomar decisões do que antes. 3 Não consigo mais tomar decisões. 14. 0 Não sinto que minha aparência seja pior do que costumava ser. 1 Preocupo-me por estar parecendo velho ou sem atrativos. 2 Sinto que há mudanças permanentes em minha aparência que me fazem parecer sem atrativos. 3 Considero-me feio. • • • • • • • • • • Seguimento Farmacoterapêutico • • 20. 0 Não me preocupo mais que o de hábito com minha saúde. 1 Preocupo-me com problemas físicos como dores e aflições ou perturbações no estômago ou prisão de ventre. 2 Estou muito preocupado com problemas físicos e é difícil pensar em outra coisa que não isso. 3 Estou tão preocupado com meus problemas físicos que não consigo pensar em outra coisa. 21. 0 Não tenho observado qualquer mudança recente em meu interesse sexual. 1 Estou menos interessado por sexo que costumava. 2 Estou bem menos interessado em sexo atualmente. 3 Perdi completamente o interesse por sexo. TOTAL DE PONTOS: _________________ Seguimento Farmacoterapêutico 15. 0 Posso trabalhar mais ou menos tão bem quanto antes. 1 Preciso de um esforço extra para começar qualquer coisa. 2 Tenho de me esforçar muito até fazer qualquer coisa. 3 Não consigo fazer nenhum trabalho. 16. 0 Durmo tão bem quanto de hábito. 1 Não durmo tão bem quanto costumava. 2 Acordo uma ou duas horas mais cedo do que de hábito e tenho dificuldade para voltar a dormir. 3 Acordo várias horas mais cedo do que costumava e tenho dificuldade para voltar a dormir. 17. 0 Não fico mais cansado que de hábito. 1 Fico cansado com mais facilidade do que costumava. 2 Sinto-me cansado ao fazer quase qualquer coisa. 3 Estou cansado demais para fazer qualquer coisa. 18. 0 Meu apetite não está pior do que de hábito. 1 Meu apetite não é tão bom quanto costumava ser. 2 Meu apetite está muito pior agora. 3 Não tenho mais nenhum apetite. 19. 0 Não perdi muito peso, se é que perdi algum ultimamente. 1 Perdi mais de 2,5 Kg. 2 Perdi mais de 5,0 Kg. 3 Perdi mais de 7,5 Kg. Estou deliberadamente tentando perder peso, comendo menos: SIM ( ) NÃO ( ) Escala de ansiedade de Beck 0 1 2 3 Ausente Suave, não me incomoda muito Moderado, é desagradável mas consigo suportar Grave, quase não consigo suportar Dormência ou formigamento Sensações de calor Tremor nas pernas Incapaz de relaxar Medo de acontecimentos ruins Confuso ou delirante Coração batendo forte e rápido Inseguro Apavorado Nervoso Sensação de sufocamento Tremor nas mãos Trêmulo Medo de perder o controle Dificuldade de respirar Medo de morrer Assustado Indigestão ou desconforto abdominal Desmaios Rubor facial Sudorese (não devido ao calor) Seguimento Farmacoterapêutico De acordo com as diretrizes para o tratamento da depressão, as estratégias de intervenção que devem ser utilizadas quando um paciente não responde ao tratamento com antidepressivo consistem em: a) aumento de dose; b) potencialização; c) associação de antidepressivos; d) troca de antidepressivo; e) Eletroconvulsoterapia; f) associação com psicoterapia Seguimento Farmacoterapêutico • Avaliação da segurança • RNM: • Resultado clínico negativo decorrente de insegurança quantitativa • Resultado clínico negativo decorrente de insegurança qualitativa 5 Efeito indesejável Xerostomia Manejo Referências Hipertensão venlafaxina por Realizar um acompanhamento da pressão arterial e Morente & sugerir ao médico a redução da dose. Gastelurrutia, 2003 Taquicardia tricíclicos por Deve-se sugerir ao médico a redução da dose ou Morente & substituição do medicamento Gastelurrutia, 2003 Uso de gomas de mascar sem açúcar, saliva artificial, exagues bucais com flúor ou bochechos com algumas gotas de Pilocarpina (colírio). uso de pastilhas com vitamina C. Feio & Sapeta, 2005 Orientar o paciente a responder imediatamente ao reflexo defecatório, manter regularidade de horário, relaxar, fazer exercícios, ingerir fibras e muito líquido. Tess, 2001 Sedação Caso o paciente apresente sedação excessiva, podese orienta-lo a utilizar o medicamento a noite. Morente & Gastelurrutia, 2003 Enjôos Ingerir alimentos gelados ou em temperatura ambiente. Evitar comidas doces, salgadas ou gordurosas. Dormir ou divertir-se durante os períodos de náusea, praticar exercícios físicos. Tomar a medicação após alimentação e fracionar a alimentação ao longo do dia. Bisson, 2006 Tess, 2001 Pode-se orientar o paciente a utilizar a medicação pela manhã ou substituir o AD. Tess, 2001 Mari et al., 2002 Tess, 2001 Demétrio et al., 2006 Sadock, 2002 Elevação colesterol Constipação intestinal Inquietude insônia ou Alterações na Pode-se sugerir ao médico a redução da dose ou função sexual substituição do medicamento ou ainda, adicionar a bupropiona que parece amenizar este efeito indesejável. O fármaco Neostigmina na dose de 7,5 mg a 15 mg meia hora antes do ato sexual pode aumentar a libido; e a ciproeptadina 4 mg\dia pode diminuir a anorgasmia. Seguimento Farmacoterapêutico Informações importantes • Informar ao paciente sobre a existência do período de latência prévio ao efeito terapêutico. • Iniciar com doses baixas para minimizar o aparecimento de efeitos indesejáveis. • Monitorar o paciente em relação à tentativa de suicídio. • Um antidepressivo que tenha sido usado anteriormente com sucesso deve ser considerado em caso de recorrência do episódio depressivo. • A terapia deve ter duração não inferior a 6 meses para evitar o aparecimento de recorrência e esta informação deve ser dada ao paciente 5. Nieto, J.V.G.; Manrique, I.M. (2005) Atención Farmacéutica y Comunicación para pacientes con patologías psiquiátricas. Bexal Farmacéutica, S.A. Federación Empresarial Farmacéuticos Españoles. 6. Hernández, D.S.; Castro, M.M.S.; Dáder, M.J.F. (2007) Método Dáder: Guía de Seguimiento Farmacoterapéutico. Tercera edición. Grupo de Investigación en Atención Farmacéutica de la Universidad de Granada. Disponível em: <URL:http://www.atencionfarmaceutica-ugr.es>, Acesso em [nov. 2008]. 7. Sthal, S. Psicofarmacologia: Bases neurocientíficas e aplicações clínicas. Rio de Janeiro: Medsi, 2002. 8. Tess, V.L.C. (2001) Manejo clinico dos efeitos colaterais dos antidepressivos no transtorno de pânico. Rev. psiquiatr. clín.; 28(1):29-34. 9. Torres, E.V. (2010) Seguridad de medicamentos frente al sol. Disponível em: http://www.encarnavillanueva.com/zpdfs/articulo%20de%20fotoprot eccion.pdf, acesso em 22 mar 2010. 10. Fleck, M.P.A.; Lafer, B.; Sougey, E.B.; Del Porto, J.A.; Brasil, M.A.; Juruena, M.F. (2003) Diretrizes da Associação Médica brasileira para o tratamento da depressão. Rev Bras Psiquiatr 25(2), 114122. Ganho de peso Sugerir ao médico a redução de dose ou substituir o Demétrio antidepressivo 2006 Hipotensão ortostática Deve-se aconselhar o paciente a evitar mudanças bruscas na postura e reduzir o consumo de cafeína. Ingerir de 2 a 2,5 litros de líquido e fazer uma dieta mais rica em sal, praticar exercícios para fortalecer pernas e músculos abdominais como a natação também podem auxiliar. Uso de meia elástica de alta compressão. Caicedo, 2010 Morente & Gastelurrutia, 2003 Demétrio et al., 2006 Retenção urinária Uso de betanecol Demétrio 2006 et al., Cefaléia Reduzir a dose ou interromper o tratamento e inserir Demétrio outro antidepressivo 2006 et al., do Deve-se sugerir ao médico a redução da dose ou Demétrio substituição do antidepressivo 2006 et al., Fotossensibilização et al., protetor solar a cada 2 horas, evitar se expor ao sol Torres, 2010. entre 10-16 h e utilizar óculos de sol. Referências Bibliográficas 1. Fridman, G. (2001) Farmacia Psiquiátrica. Centro de Información de medicamentos. Faculdad de Farmacia y Bioquímica, Universidad de Buenos Aires. Boletin nº 5. Disponível em: <http://www.ffyb.uba.ar/cenimeN/pagina_nueva_14.htm>. Acesso em [jan. 2006]. 2. Fridman, G.A.; Filinger, E.J. (2002) Atención farmacêutica en pacientes psiquiátricos ambulatorios. Interacción médico-farmacéutico. Pharm Care Esp, n. 4, p. 242-244. 3. Morente, A.G.D.; Gastelurrutia, M.A. (2003) Guía de seguimiento farmacoterapéutico sobre depressión. Disponível em: <URL:http://www.bayvit.com/cursophcare/2003/ampliar_informacion.h tm> Acesso em [mar 2003]. 4. Gorenstein, C.; & Andrade, L. Inventário de Depressão de Beck – propriedades psicométricas da versão em português. In: Gorenstein, C.; Andrade, L.H.S.G.; Zuardi, A.W. Escalas de Avaliação Clínica em Psiquiatria e Psicofarmacologia. São Paulo: Lemos Editorial, 2000. 11. Feio, M.; Sapeta, P. (2005) Xerostomia em cuidados paliativos. Acta Med Port; 18: 459-466. 12. Demétrio, F.N., Minatogawa, T.M., Rocco, P.T.P. Psicofarmacologia dos transtornos depressivos. In: Teng, C.T., Demétrio, F.N. Psicofarmacologia aplicada. Manejo prático dos transtornos mentais. São Paulo: Atheneu, 2006. 13. Bisson, M.P. Farmácia Clínica & Atenção Farmacêutica. 2 ed., São Paulo: Editora Manole, 2006. 14. Caicedo, V.M.V (2010). Tratamiento de la hipotensión ortostática. Disponível em: http://www.scc.org.co/libros/SINCOPE/paginas%2079-81.pdf, Acesso mar. 2010. 15. Sadock, B.J. Manual de farmacologia psiquiátrica de Kaplan & Sadock. 3 ed., Porto Alegre: Artmed, 2002. 16. Mari, J.J; Razzouk, D.; Peres, M.F.T.; Del Porto, J.A. Guias de medicina ambulatorial e hospitalar. Psiquiatria. Barueri: São Paulo, Manole, 2005. 6