Resumo Caos Quântico Raúl O. Vallejos Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas Rio de Janeiro www.cbpf.br/~vallejos Caos clássico A velha teoria quântica Caos Clássico Caos quântico UFBA, Salvador, 7-11-2007 1 História 2 Lorenz 3 Dinâmica regular vs. irregular Exemplo de dinâmica regular: o pêndulo simples Henri Poincaré (1895) problema gravitacional de N corpos (Oskar II) [estabilidade do sistema solar] > o problema de três corpos não tem solução analítica Edward Lorenz (1961) usando um computador para simular um modelo de clima “descobre” a sensibilidade às condições iniciais (efeito borboleta). Jacques Hadamard (1898) partícula livre numa superfície de curvatura negativa constante > sensibilidade exponencial às condições iniciais sistema dissipativo, não hamiltoniano 4 5 Galileo 1602 C. Huygens 1656 6 1 O pêndulo ideal O pêndulo ideal Espaco de fases pθ θ Similar à qualquer sistema de um grau de liberdade 7 Dinâmica irregular: o pêndulo duplo 8 O pêndulo duplo ideal 9 Uma trajetória (xy) como é a dinâmica no espaço de fases (quatro dimensões)? 10 11 12 2 Espaço de fases: seção de Poincaré Trajetórias q1-q2 Seção de Poincaré, energia baixa θ1 , θ 2 , p1 , p2 exemplo: θ1 = 0 θ 2 , p2 13 Dinâmica quase-periódica 14 Quase-periodicidade – Espaço de fases 15 Seção de Poincaré II Espaço de fases folheado por toros 16 17 18 3 Trajetória caótica no plano q1-q2 Bilhares Bilhares – seção de Poncaré-Birkhoff Bunimovich (estádio) Sinai hipérbole 19 Uma trajetória 20 21 Dinâmica clássica – Resumo sistemas integráveis Mecânica Quântica sistemas mistos sistemas completamente caóticos 22 23 24 4 A velha mecânica quântica Séries espectrais Hidrogênio Max Planck (1900) > hipótese quântica: a energia é emitida ou absorvida em quantidades discretas Albert Einstein (1905), efeito fotoelétrico (1839), a luz consiste de fótons n1 = 2 25 Balmer 1885 26 Séries 27 O átomo de Bohr Einstein 1917 Niels Bohr 1913 ∫ p dq i i = 2π nh depende das coordenadas de separação 1≤ i ≤ l ∫γ ∑ p dq i ∫ p dq i i = 2π nh regra de quantização Sommerfeld 1915 k i = 2π nk h i integral em um período 28 29 30 5 Pergunta Sistemas caóticos - Fórmula do traço Hˆ , {ε k }, {ψ k } ˆ Uˆ = e − iHt / h operador de evolução estados ligados Como se generalizam as fórmulas de quantização quando a dinâmica clássica não é integrável? ∞ Einstein 1917 [RBEF 2005] i ˆ Gˆ E+ = − ∫ dt e −iHt / h eiEt / h h0 Caos Quântico operador de Green Martin Gutzwiller >1966 ∞ i tr Gˆ E+ = − ∑ ∫ dt e −i ( E −ε k )t / h h k 0 − Im tr Gˆ E+ = π ∑ δ (E − ε k ) 31 Fórmula do traço II ∞ ∞ i ˆ Gˆ E+ = − ∫ dt eiEt / h e −iHt / h h0 tr Gˆ E+ ∝ ∫ dt e iEt / h tr e −iHt / h ˆ 32 Fórmula do traço III ˆ ˆ ν Propagador: soma sobre caminhos fechados (Feynman) q→q Limite semiclássico: 1) caminhos fechados → trajetórias fechadas de tempo t 2) trajetórias fechadas → trajetórias periódicas de período t 3) Fourier: tempo → energia − Im tr Gˆ E+ = π ∑ δ (E − ε k ) ≈ C (E ) + Re ∑ Aν (E ) e i Sν ( E )/ h k ν 34 ρ (E ) ≈ ρ 0 ( E ) + Re ∑ Aν (E ) ei S ( E ) / h ν ν 0 tr e − iHt / h = ∫ dq q e − iHt / h q 33 Dificuldades ρ (E ) = ∑ δ (E − ε k ) ≈ ρ 0 ( E ) + Re ∑ Aν (E ) ei S ( E ) / h k > Convergência (proliferação exponencial de órbitas) trajetórias periódicas de energia E Sν (E ) ação Aν (E ) amplitude, estabilidade densidade de níveis k > Esquemas alternativos (regularização) sistemas caóticos: Gutzwiller bilhares: Balian & Bloch sistemas integráveis: Berry & Tabor 35 Michael Berry Jonathan Keating 36 6 Verificações Densidade de níveis para bilhares 1. Problema de Kepler anisotrópico, Gutzwiller 1982 ρ (E ) ≈ ρ 0 ( E ) + Re ∑ Aν (E ) e Bilhares 2. Bilhar hipérbole, Keating & Sieber 1994 ρ fl (k ) = 1 p (hk ) = 2m 2m 1 Re ∑ 2π p ,m lp µ pπ exp im kl p − mα p 2 sinh 2 d ρ fl (k ) = − Im ln Z (k ) π dk ν 2 2 E= Função Z dinâmica – Determinante espectral i S ( E )/ h André Voros 1988 ν → p, m 37 µπ Z (k ) = ∏ 1 − exp i kl p − p 2 p ,m 1 − m + α p 2 p: órbitas periódicas primitivas m: repetições Ainda exige regularização ! 38 Conclusões Outra pergunta 39 Espectro nuclear Que particularidades exibe a mecânica quântica de sistemas classicamente caóticos? Êxito para alguns sistemas simples, muito difícil em geral Resposta: Domínio de validade? (1) flutuações espectrais universais, para um sistema fechado (2) flutuações universais das seções de choque, para sistemas de espalhamento Outras questões interessantes ... espectroscopia de neutrons lentos (tempo de vôo) Flutuações universais <==> Teoria das matrizes aleatórias 40 Quantidade estatística de interesse: distribuição de espaçamentos entre níveis consecutivos. 41 42 7 Teoria das matrizes aleatórias simetria de reversão temporal? Teste II Wigner 1950’s Descrição de mínima informação: hamiltoniano nuclear Teste I 1730 níveis, diferentes núcleos ensemble de matrizes aleatórias SIM: matrizes reais simétricas NÃO: matrizes complexas hermitianas elementos independentes e gaussianamente distribuídos repulsão linear 43 Hipótese RMT 44 45 Hipótese RMT II Sistemas abertos 740 níveis, diferentes valores de R Oriol Bohigas 46 47 48 8 Flutuações universais da condutância dispositivos submicrométricos + baixas temperaturas (<100mK) Cavidades caóticas vs integráveis Exemplo de flutuações da condutância transporte coerente quântico Marcus et al 1992 49 Teoria vs simulação Flutuações mesoscópicas - Teoria G= 2e 2 h ∑ S ab 2 a∈L b∈R coeficiente de transmissão S 50 Chang et al 1994 média sobre 48 pontos 51 Não universalidade T ∝G Fórmula de Landauer freqüências, temperatura, voltagem baixas, interação e-e desprezível simulação versus RMT (ensembles circulares) matriz de espalhamento (unitária) caos! S ensemble de matrizes unitárias COE, CUE 52 53 54 9 A função z de Riemann O teorema dos números primos (PNT) ∞ 1 , Re ( s) > 1 s n =1 n ζ ( s) = ∑ ζ ( s) = Tópico especial 1 ∏ 1− p −s π ( x) = # {p < x} + extensão analítica π ( x) ~ fórmula de Euler (1737) primos x , x→∞ ln x conjecturas: Gauss, Legendre ~1800 provas: Hadamard, de la Vallée Pousin 1896 existem infinitos primos (Euclides, -300) 1 ∑ p =∞ provas baseadas em propriedades dos zeros da função Z de Riemann p 55 56 Os zeros de z(s) Zeros de z(s). II 0 ≤ Re( s ) ≤ 1 s = −2,−4,−6,K 57 Primos & zeros de z(s) faixa crítica zeros não triviais Se a conjectura de Riemann for verdadeira então: zeros triviais Conjectura de Riemann: os zeros não triviais ficam na linha crítica Re( s ) = 58 x dν ≤ c x ln x lnν 2 π ( x) − ∫ 1 2 59 60 10 Prêmio Conjectura de Hilbert-Pólya Zeta function & RMT Existe um operador hermitiano tal que seus autovalores correspondem às partes imaginárias dos zeros da função zeta de Riemann A. M. Odlyzko 1987 GUE ε k : ζ (12 + i ε k ) = 0 61 Analogia 62 63 Conjectura Bilhares µ pπ Z (k ) = ∏ 1 − exp i kl p − 2 p ,m 1 − m + α p 2 Zeta de Riemann ~ 1 ~ 1 Z + i k = ∏ 1 − exp − i k l p − m + α~p 2 2 p,m p : primo ~ l p = ln p α~ = ln p p Fim −1 Berry 1986 64 65 66 11