22 nº dezEMBRO 2009 Publicação do Conselho Regional de Economia - 2ª Região - CORECON-SP Rumo ao futuro Balanço de experiências é base para planejamento de 2010 Homenagem aos Homenagem aos Remidos Remidos Economistas registrados e com mais de 15 anos de contribuição junto ao CORECON-SP, em dia com as anuidades e com mais de 65 anos de idade (*homens), ou 60 anos (*mulheres), podem requerer a “Inscrição Remida”. Acompanhe a relação completa dos Remidos de dezembro: 3.028 - RONALDO AMARAL DE CARVALHO PINTO; 3.496 - JOSÉ ROBERTO MENDONÇA DE BARROS; 3.835 - LUIZ ESTANISLAU MATURANO MEDICI; 3.897 - CARLOS ANTONIO BARBIERI; 3.943 - ANTONIO VALDIR PEREIRA DA SILVA; 3.947 - PAULO ANTONIO UBACH MONTEIRO; 3.959 - HANANIA HANANIA NETTO; 4.014 - HUMIHIRO NISHIZAWA; 4.073 - JOSÉ CARLOS POLO; 4.318 - WALDOMIRO PIEDADE FILHO; 4.546 - ANTONIO ORLANDO VOLPATO; 5.070 SILVIO ROBERTO DAIDONE; 5.123 - JORACY MAGALHÃES JARDIM; 5.611 - JOSÉ MAURICIO ABDAL; 5.845 - CICELY MOITINHO AMARAL; 5.894 - ADIK MAGALNIK; 6.000 - VANDERLEI ZAGO; 6.034 - LIDER MENEGUETTI; 6.194 - SERGIO LAURINO; 6.517 - LUIZ MARTINS LOPES; 6.790 - JORGE ISMAEL FILHO; 6.813 - OSVALDO DALLA COLETTA; 7.157 SERAFIM ANTONIO NETO; 8.093 - REGINA JUNKO YOSHII; 8.138 - CARMELO BALLETTA; 8.293 - SABURO KIMURA; 8.416 - VALDIR CORNETTI; 9.240 - ANTONIO SERGIO POLETINI; 9.793 - LUIZ DEOCLÉCIO MASSARO GALINA; 9.807 - JOSÉ LONGO FILHO; 10.279 - CARLOS FERNANDO MOREIRA; 11.096 - EVANDRA MARIA ALBUQUERQUE E SILVA; 11.309 - ISAAK PESSO; 11.451 - LUIZ CARLOS MORAES DE MOURA; 11.562 - BRASIL JOÃO NISSEAS DE LUCIA; 11.806 - SILVANO ANTONIO VINCIPROVA MACHADO; 12.251 - JOSÉ NORBERTO DE SANTANA; 14.711 - GUIDO RODRIGUES DE ARAÚJO; 15.245 - LUIZ ANTONIO RODRIGUES; 16.559 - ROMÃO NENEZ SANCHEZ; 17.110 - SERGIO ALEX CONSTANT DE ALMEIDA; 17.267 - SERGIO MAÇÃES; 17.924 - ADEMAR GONÇALVES AGUIAR; 19.299 - MOISÉS BAUM; 22.985 - JOSE ARQUIMEDES DA SILVA; 25.340 - BRASIL MARIA; 25.358 - IVAN NICOLAS DANNIAS Na relação acima constam os nomes dos Remidos do mês de dezembro de 2009. Atenção: o Conselho Federal de Economia, considerando o princípio da anterioridade, já observado pelo Departamento Jurídico do Conselho Regional de Economia de São Paulo (CORECON-SP) em seus pareceres, deliberou por estabelecer que a Resolução que fixa o limite de idade para os homens (70 anos) e para as mulheres (65 anos) - 1807/08-publ. DOU em 09/01/09 - passe a produzir efeitos somente a partir do 1º de janeiro de 2010. O Editor Conselho Regional de Economia 2ª Região - SP Sumário Presidente: Antonio Luiz de Queiroz Silva Vice-Presidente: Manuel Enriquez Garcia Conselheiros Efetivos: Carlos Alberto Safatle, Carlos Eduardo Soares de Oliveira Junior, Celina Martins Ramalho, Gilson de Lima Garófalo; Jin Whan Oh, João Pedro da Silva, Nancy Goreti Gorgulho Chaves Braga, Pedro Afonso Gomes, Rafael Olivieri Neto, Synésio Batista da Costa Conselheiros Suplentes: Cláudio Gonçalves dos Santos, Eduardo Montalban, Francisco da Silva Coelho, José Carlos Medeiros Magliano, Modesto Stama, Orozimbo José de Moraes, Paulo Brasil Corrêa de Mello, Paulo Henrique Coelho Prado, Roberto Luis Troster, Teruo Hida, Vera Martins da Silva Conselheiros por São Paulo do Conselho Federal de Economia - COFECON: Efetivos - Heron Carlos Esvael do Carmo, Synésio Batista da Costa, Wilson Roberto Villas Boas Antunes; Suplentes - Antonio Luiz de Queiroz Silva, Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos, Waldir Pereira Gomes Administração: Rua Líbero Badaró, 425 – 14º andar – Centro São Paulo - SP – Tel.: (11) 3291-8700 – Fax: (11) 3291-8701 E-mail: [email protected] Assessoria de imprensa: Hélio Perazollo DELEGACIAS REGIONAIS ABC – Delegado: Leonel Tinoco Neto (11) 4436-6482 – www.abc.coreconsp.org.br 04 Editorial 05 Educação 06 Reportagem 08 Capa 14 Na mídia 15 Indicadores Araçatuba – Delegado: Alair Orlando Barão (18) 3624-5311 - www.aracatuba.coreconsp.org.br Bauru – Delegado: Reinaldo César Cafeo (14) 3227-1646 – www.bauru.coreconsp.org.br Campinas – Delegado: Paulo César Adani (19) 3236-2664/9742 – www.campinas.coreconsp.org.br Jundiaí – Delegado: Marino Mazzei Júnior (11) 4586-6121 – www.jundiai.coreconsp.org.br Presidente Prudente – Delegado: Álvaro Barboza dos Santos (18) 3223-9015 – www.presidenteprudente.coreconsp.org.br 06 Economistas-chefes dão o tom Ribeirão Preto – Delegado: José Avelino Franco do Amaral (16) 3610-6126 – www.ribeiraopreto.coreconsp.org.br Santos – Delegada: Josefa Barbera Molina Poleti (13) 3284-9890 – www.santos.coreconsp.org.br São José dos Campos – Delegado: Jair Capatti Jr (12) 3941-5201 – www.saojosedoscampos.coreconsp.org.br São José do Rio Preto – Delegado: Hipólito Martins Filho (17) 3233-0154 – www.saojosedoriopreto.coreconsp.org.br Sorocaba – Delegado: Alexander Itria (15) 3233-3552 – www.sorocaba.coreconsp.org.br 08 O CORECON-SP em ação no ano de 2009 Núcleo de Criação e Desenvolvimento Rua Cayowaá, 228 - Perdizes São Paulo - SP - CEP: 05018-000 Fones: (11) 3875-5627 / 3875-6296 Site: www.rspress.com.br Jornalista responsável: Roberto Souza (Mtb 11.408) Editor-chefe: Fábio Berklian Reportagem: Amanda Campos, Rodrigo Moraes e Thiago Bento Projeto gráfico e direção de arte: Leonardo Fial dezembro 2009 Diagramação: Gabriel Rabesco, Leonardo Fial e Luiz Fernando Almeida 3 Editorial 2009: ano de realizações Embora o olhar do economista deva estar sempre direcionado para frente, atento aos desafios e às oportunidades, vez por outra é salutar e necessário voltar a atenção para trás e analisar – e por que não celebrar? - as vitórias ao longo do caminho percorrido. É assim que terminamos 2009, certos de que fizemos o melhor possível. A crise financeira iniciada em 2008 e amenizada no último trimestre de 2009 é prova disso. Nossos colegas economistas-chefes não nos deixam mentir. Se a difícil situação encarada pelo mundo trouxe algo de bom, foi a valorização de nossa atuação. A análise realizada por economistas voltou a ser foco das atenções e segundo o economista-chefe da multinacional alemã Siemens e professor doutor do departamento de Economia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Antonio Corrêa de Lacerda, ela provocou uma demanda crescente por esse especialista. Opinião compartilhada por nosso colega economista-chefe do Banco Bradesco, Octavio de Barros. Mas 2009 não foi apenas o ano de saída da crise; foi o ano do cinquentenário da obra “Formação Econômica do Brasil” de Celso Furtado, da quarta eleição de Antônio Delfim Netto como o Economista do Ano e da realização do XVIII Congresso Brasileiro de Economia (CBE 2009), que debateu “Economia brasileira pós-estabilização e retomada do crescimento: a urgência do resgate da dívida social”. Várias outras ações tiveram espaço na agenda do Conselho Regional de Economia (CORECON-SP), como os Road Shows, os Fóruns Permanentes de Análise da Conjuntura Econômica (FACE), a Força Econômica do Interior Paulista (FEIP), além do projeto “Economistas nas Prefeituras”, o Bolsa CORECON Amigo (BCA), a criação do Conselho de ex-presidentes do CORECON- SP (CEPC) e participação de economistas em encontro na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), Genebra, Suíça, para debater a harmonização das normas contábeis e das demonstrações financeiras e relatórios de administração. É dessa forma que encerramos a gestão, com esperança de alcançar e manter o princípio da harmonia, necessária para o sucesso da instituição. Boa leitura e um ótimo 2010! Antonio Luiz de Queiroz Silva Presidente 4 dezembro 2009 Educação Nova Carteira do Estudante O Conselho Regional de Economia – 2ª Região – SP (CORECON-SP) lançou a nova Carteira do Estudante. O documento de identificação – até então produzido em papel - passou por uma transformação e agora vem no formato e composição de um cartão de crédito. O registro contém informações e dados pessoais do estudante como data de nascimento, naturalidade, RG, CPF e filiação. A carteira apresenta ainda o número de registro do estudante junto ao CORECON-SP, o nome da Instituição de Ensino Superior a qual dezembro 2009 o estudante está vinculado e o nome do curso em exercício. Gratuita, a carteira tem validade de um ano e serve como cadastro para que os estudantes tenham acesso ao portal do CORECON-SP, recebam mensalmente a revista “O Economista” e, ainda, façam parte da lista de benefícios de empresas parceiras do Conselho tendo, por exemplo, descontos e facilidades em planos de saúde, odontológicos e em outros serviços e produtos. A nova Carteira do Estudante leva assinatura do estudante e do Presidente do CORECON-SP. Jogo da Economia no Ensino Médio Um incansável defensor da Economia e do estímulo ao desenvolvimento do pensamento econômico, Paulo Sandroni, professor de economia da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV/SP), autor de diversos livros como “Dicionário de Administração e Finanças” e “Traduzindo o economês” e produtor de vários jogos e simuladores de economia, irá lançar em breve mais um desafio para que jovens e estudantes do Ensino Médio possam trazer para o cotidiano a realidade da Economia. O jogo – que ainda não foi batizado – está sendo desenvolvido desde 2008 em parceria com o CORECON-SP e tem como cenário o Mercado Financeiro Internacional, especialmente em aspectos cambiais e de valorização de moedas. De acordo com Sandroni, os participantes do jogo poderão comprar e vender moedas de 10 diferentes países. “No decorrer da partida, notícias sobre o mercado mundial vão sendo apresentadas ocasionando valorização e desvalorização das moedas. Isso faz com que os alunos interpretem aquela situação e reajam as mudanças”. Assim como acontece com outros jogos já desenvolvidos, a ideia da brincadeira, que deverá ser lançada no primeiro semestre de 2010, é distribuí-la inicialmente em algumas escolas do Estado de São Paulo para em seguida, promover gincanas e torneios entre esses colégios. 5 Reportagem Timoneiros da economia Os últimos desafios enfrentados em 2009 fizeram com que o trabalho dos economistas-chefes voltasse a ser o centro das atenções em debates de especialistas da área Geralmente os economistas são comparados ao marinheiro que do alto do barco dita as direções da maré e avisa se há ou não obstáculos ante a embarcação. A analogia não é por acaso, com a recente crise financeira que atingiu o mundo entre setembro de 2008 e o último trimestre de 2009, o papel desempenhado por esses profissionais e a atuação de economistas-chefes voltou a ser notícia. É o que acredita o economista-chefe da multinacional alemã Siemens e professor doutor do departamento de Economia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Antonio Corrêa de Lacerda. Segundo Lacerda, a crise que abalou o mundo foi determinante para tal valorização, pois os economistas foram designados a avaliar o impacto que o Brasil sofreria com ela. Ele explica que ao contrário do que as pessoas acreditam as oportunidades para esses profissionais não estão rareando. “Como possuímos uma visão sistêmica, o espaço para nós é cada vez maior. Tal conhecimento tem sido muito utilizado por empresas”, afirma Lacerda explicando que o economista-chefe analisa o ambiente externo econômico e político, e com essas informações delineia uma visão e avalia os impactos para a instituição, defi- nindo estratégias e posicionamento frente ao mercado - cada vez mais exigente -, vale lembrar. O economista-chefe do Banco Bradesco, Octávio de Barros, concorda com a valorização profissional apontada por Lacerda. Na opinião de Barros, a crise fortaleceu a imagem dos economistas-chefes que foram capazes de avaliar o seu impacto nas diversas economias assim como o timing de saída dela. “Equipes sólidas para avaliar a economia global e doméstica contribuem para a acurácia das previsões”, explica aproveitando para apresentar a equipe com quem trabalha; composta por 34 Da esquerda para a direita, Antonio Corrêa de Lacerda, Octávio de Barros e Roberto Luis Troster 6 dezembro 2009 profissionais, sendo 27 macroeconomistas e um estatístico. Desafios Com a crescente conscientização político-ecológica da sociedade é cada vez maior o número de consumidores que exigem uma postura consciente das empresas. Palavras como “sustentabilidade” e “responsabilidade social” foram incorporadas ao vocabulário popular. Na opinião de Lacerda, atualmente quem compra está atento para quais são as companhias que atuam de maneira considerada correta. “Entretanto, não adianta querer ser somente ‘politicamente correto’”, avalia o economista; “É preciso aliar aspectos de juros e taxas com conceitos ambientais, de sustentabilidade e da economia de baixo carbono”, ensina. O maior desafio nesses casos, no entanto, é fazer com que todas essas atividades colaborem para o crescimento do País, algo que segundo o economista-chefe da Siemens depende da capacidade do economista em adaptar as necessidades da região onde a empresa está localizada com os objetivos da companhia. “É preciso trazer as características do cenário macro para o micro, além disso, os dois lados devem ser aliados”, sentencia. Para Barros, na medida em que o economista-chefe deva estar habilitado a responder todas as dúvidas que surgirem da organização e de seus clientes sobre todos os temas que afetam a vida econômica do País (inclusive os de natureza política), torna-se necessário ter uma dezembro 2009 boa equipe e discutir intensamente todos os cenários possíveis, valorizando ao máximo o chamado “contraponto”. “Devemos sempre tentar ouvir opiniões divergentes ou até mesmo antagônicas das que acreditamos. Isso permite ver outras dimensões de questões frequentemente complexas”, acredita. A opinião sobre sintonia também é utilizada pelo conselheiro do Conselho Regional de Economia de São Paulo (CORECON-SP), Roberto Luis Troster, porém sobre outro contexto: os interesses do economista-chefe e da empresa para qual trabalha. Algo muitas vezes complicado de se conseguir, segundo ele. Troster é conhecido entre seus pares por sua independência nas análises e comentários; “mas isso nem sempre acontece de maneira fácil”, explica. “Ela não existe de maneira total, mas é preciso conquistá-la para termos uma visão crítica”, afirma. Depois de passar por diversos locais como a Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) e pelo Banco Itamarati, o conselheiro afirma não haver diferença entre os setores público e privado. “O denominador comum para o profissional é pensar de maneira independente e avaliar oportunidades e interesses”, diz. Barros acrescenta que a contribuição do economista-chefe para o desenvolvimento do País não difere da de qualquer profissional que faça bem o trabalho de construção de cenários e que identifiquem riscos e oportunidades. “Olhar para frente é um exercício que poucos profissionais fazem no Brasil”, explica. Boa leitura! Destinado aos interessados em conhecer e selecionar os instrumentos de políticas econômicas para o desenvolvimento sustentável, o livro “Economia Ambiental” trata das ferramentas de política baseados nos mecanismos de mercado ainda pouco utilizadas em países em desenvolvimento como o Brasil. A economia ambiental proporciona as bases para identificar as circunstâncias e determinar as causas da degradação ambiental. A análise econômica proporciona uma série de instrumentos baseados no mercado para a compreensão e a interferência no comportamento humano. Economia Ambiental Instrumentos Econômicos para o Desenvolvimento Sustentável Autores: Orozimbo José de Moraes Preço: R$ 33,00 Editora: Centauro 7 Capa Retrospectiva 8 dezembro 2009 Em ano de aproximação dos Estados Unidos com Cuba, de queda da obrigatoriedade do diploma de jornalismo e crise financeira mundial, CORECON-SP debateu todos esses temas em O Economista A crise financeira ainda assombrava o País e a população estava em polvorosa em janeiro de 2009, quando o economista Antonio Luiz de Queiroz Silva assumiu a presidência do Conselho Regional de Economia de São Paulo (CORECON-SP). Sua expectativa era encerrar o ano com a seguinte notícia: “passamos pelo ano sem os assombros previstos e não sofremos com a recessão, pois priorizamos as atenções para a economia doméstica, ao menos transitoriamente. Também gostaria de dizer que o desemprego se manteve abaixo de 6% e que, no ano de 2010, continuaremos a crescer”. Para discutir soluções para a crise, aproximar o Conselho das escolas de economia e da sociedade, o Conselheiro do CORECON-SP Orozimbo José de Moraes criou o Fórum Permanente de Análise da Conjuntura Econômica (FACE). Diversos profissionais participaram do encontro debatendo os caminhos que a economia mundial tomava naquele momento, quais países poderiam sofrer mais com a crise econômica, além da possibilidade de mudanças, como o Brasil refletir sobre seus fatores de produção e projetar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para os próximos anos. dezembro 2009 Desenvolvimento, aliás, foi um tema muito discutido durante o ano de 2009. Entre os dias 2 e 6 de março, a capital cubana, Havana, recebeu o “XI Encontro Internacional de Economistas sobre Globalização e Problemas de Desenvolvimento”. Além disso, com a crescente migração de empresas antes instaladas na capital do Estado de São Paulo, para cidades do interior, inspirou o CORECON-SP a desenvolver o programa “Força Econômica do Interior Paulista (FEIP)”, que teve como ferramenta duas ações: o mapeamento do Estado pelas 11 Delegacias Regionais do Conselho e o projeto “Economistas nas Prefeituras”. Segundo Queiroz, a ida de empresas para o interior colabora para o crescimento e fortalecimento das regiões que as recebem. Porém, muitas prefeituras ainda não dispõem de uma estrutura adequada para lidar com essa nova realidade. “Muitas vezes falta um profissional capacitado para planejar e definir o uso do orçamento municipal com investimentos sem desequilibrar as finanças”, explica o presidente do CORECON-SP. Para debater sobre a inclusão de economistas no quadro de funcionários, a FEIP incorporou o Road Show - realizado desde março de 2008 e coordenado pelo 9 Os destaques do ano 1- Antonio Luiz de Queiroz Silva; 2- Manuel Enríquez Garcia; 3- Custódio Pereira; 4- Geraldo Alckmin; 5- Luiz Alberto Machado; 6- Aramis Maia; 7- Eduardo Pereira Nunes; 8- Ladislau Dowbor; 9- Gilberto Kassab 10 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Conselheiro Modesto Stama -, que percorreu as cidades de Campinas, Piracicaba e Sorocaba. Outro palco de debate sobre desenvolvimento foi o XVIII Congresso Brasileiro de Economia (CBE 2009), realizado em São Paulo entre os dias 16 e 18 de setembro, com o tema “Economia brasileira pós-estabilização e retomada do crescimento: a urgência do resgate da dívida social”. Entre os assuntos discutidos estavam “Políticas de promoção Social”, “Economia e Movimento Demográfico”, “Economia urbana” e “Economia e Democracia”. Além das palestras apresentadas, durante o encontro foi organizada a VII Gincana Brasileira de Economia onde 100 duplas de alunos de diversas universidades brasileiras concorriam a um prêmio de R$ 3 mil caso vencessem o “Brincando de Ministro: o jogo da economia brasileira”. O primeiro lugar ficou com o estudante de economia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Victor Oliveira, que participou sozinho depois que seu parceiro desistiu de viajar a São Paulo. Também chamaram a atenção dos participantes e organizadores da competição, os alunos estrangeiros Carlos José Oliveira Bentub, de Cabo Verde, e Domenico Luchena e Morena Maci, da Itália. Segundo os italianos, europeus vêem ao Brasil, pois temos um fôlego jovem e vontade de sempre inovar, inclusive na economia. Outros novos economistas também foram laureados durante a 14ª edição do Prêmio CORECON-SP e Excelência em Economia, concurso de monografias das faculdades do dezembro 2009 Estado de São Paulo, realizado durante a cerimônia de “O Economista do Ano”. As três vencedoras foram Daniela de Abreu Carbinato da Faculdade de Administração, Economia e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP), Nathalia Sbarai, da turma de Ciências Econômicas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ) da USP e Maria Isabel Accoroni Theodoro da Faculdade de Administração, Economia e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP/USP). Um dos maiores homenageados desse encontro foi Antônio Delfim Netto, eleito pela quarta vez o “Economista do Ano”. “O professor é um obstinado, assim como o CORECON-SP, por valorizar a nossa profissão”, explicou Queiroz na ocasião. De acordo com o vice-presidente do CORECON-SP, Manuel Enríquez Garcia, Delfim Netto é um incansável defensor da profissão. Ainda na opinião de Garcia, o recente reconhecimento chegou em boa hora, pois coincide com o cinquentenário da Ordem dos Economistas do Brasil (OEB) e da obra de Celso Furtado. Coincidência também lembrada pelo presidente da OEB, Francisco da Silva Coelho, a quem o encontro dos economistas tem o claro objetivo de celebrar os bons resultados de políticas aplicadas na década de 1950, quando o Brasil passava por um momento de reflexão sobre o crescimento econômico social e a curva de desenvolvimento. Opiniões Não foram apenas os encontros que trataram do tema “desenvolvi- dezembro 2009 mento”. Ao longo do ano de 2009, diversos economistas conversaram com “O Economista” sobre o assunto. O diretor-geral das Faculdades Integradas Rio Branco, em São Paulo, Custódio Pereira, comentou sobre o Programa Nacional de Incentivo à Educação (PRONIE), enquanto o presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eduardo Pereira Nunes, comentou que o País melhorou, especialmente quanto à inclusão no mercado de trabalho, mas que a injustiça social ainda é continental. Ainda sobre inclusão no mercado de trabalho, Aramis Maia Patti apresentou projetos concretos e possíveis de se tornarem realidade como a inclusão de portadores de deficiência - uma das bandeiras levantadas pelo economista ao longo de sua vida –, tema intrinsecamente relacionado à qualidade de vida, debatida por Ladislau Dowbor ao explicar sobre possíveis novos indicadores de desenvolvimento além do Produto Interno Bruto (PIB). O Secretário do Desenvolvimento do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, destacou a prática de projetos que, sobretudo, têm como meta promover o crescimento e o desenvolvimento das cidades de maneira sustentável. Chama atenção em sua linha de trabalho, ações em prol do desenvolvimento do interior do Estado, iniciativa que o acompanha desde os tempos de governador, quando investiu na expansão das Fatecs (Faculdades Tecnológicas Centro Paula Souza), e está em sintonia com a FEIP. Mais ações... Recentemente o CORECON-SP iniciou um projeto para lançar seu novo portal institucional. A proposta é tornar a navegação e o acesso mais dinâmico. Segundo a empresa responsável pelo projeto, Área Comunicação, a atuação institucional do Conselho, notícias, TV Economista, ferramentas para profissionais que já estão no mercado de trabalho e área para estudantes terão destaque no site. A educação também é destaque do programa Bolsa CORECON Amigo (BCA), desenvolvido na atual gestão para estimular o ingresso de alunos nos cursos de economia. O Conselho empresta seu nome para a instituição e promove ações de prestígio junto aos estudantes, assim as escolas proporcionam um desconto na mensalidade. Durante a Plenária do Conselho Regional de Economia - 2ª. Região - SP, realizada no dia 7 de outubro de 2009, foi criado o Conselho de ex-presidentes do CORECON- SP (CEPC). A proposta é servir como órgão de consultoria e aconselhamento da Presidência e do Plenário nos temas estratégicos para a melhoria e crescimento do Conselho. Constituído por ex-presidentes em pleno gozo de seus direitos de inscritos no CORECON-SP, o CEPC-SP se reunirá uma vez por semestre, coincidindo sempre com o início e término de cada gestão, por meio de convocação do presidente em exercício do CORECON-SP ou por 2/3 (dois terços) dos membros efetivos do Plenário. No último trimestre de 2009, economistas participaram de encontro na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra, Suíça, para debater a harmonização das normas contábeis e das demonstrações financeiras e relatórios de administração. O grupo foi liderado pelo conselheiro Jin Whan Oh. De acordo com o economista Francisco Dorto, a proposta é a aproximação com a comunidade estrangeira de finanças. 11 12 dezembro 2009 dezembro 2009 13 Na mídia O CORECON-SP foi notícia em grandes meios de comunicação. Veja as principais matérias geradas pela assessoria de imprensa do Conselho em 2009: “O momento exige um sinal significativo de queda nos juros para estimular a Presidente do CORECON-SP economia diante da crise”, diz que economistas não são disse Manuel Enríquez Garcia, responsáveis pela crise. vice-presidente do CORECON-SP. Diário do Comércio 28-01-2009 DCI 12-03-2009 O vice-presidente do CORECON-SP, Manuel Enríquez Garcia, acha que não dá para fugir do ajuste e haverá problemas mesmo com a Selic em 10,25%. Isto É 06/05/2009 Publicada em 18/11/2009 Publicada em 18/11/2009 Cidade Depois da tempestade Economia e negócios Uma das primeiras a se beneficiar com a nova Lei de Falências em Ribeirão, Cory retoma produção RAISSA SCHEFFER Gazeta de Ribeirão [email protected] A história de dificuldades e falta de organização financeira, que para muitas empresas foi contada na Justiça por meio de processos de recuperação, teve um final feliz para a indústria de alimentos Cory, com fábrica em Ribeirão Preto. A empresa, uma das primeiras da cidade a se beneficiar com a chamada nova Lei de Falências, teve sua Recuperação Judicial finalizada no mês passado — após cinco anos nos tribunais inclusive com o fechamento de sua unidade— e agora inicia sua retomada de mercado com a geração de 600 empregos diretos e boas perspectivas para 2010. Em 2003, por erros de gestão, a fabricante de famosas marcas como as balas Ice Kiss e os biscoitos infantis Hipopó, começou a sofrer financeiramente. “Ampliamos nossa atuação com a compra de uma rede de lojas de vestuário, mas não deu certo”, disse o presidente da Cory, Nelson do Nascimento Castro. “Foi uma crise de crédito”. 14 De acordo com o empresário, 85% da dívida era com bancos, o que fez a indústria entrar em concordata. Em 2004, foi decretada a falência e a indústria ficou fechada por quatro meses. “Lutei na Justiça e conseguimos reverter a falência.” A empresa, que possuía 1,2 mil funcionários, voltou a operar com 15 executivos e 200 colaboradores. O empresário conseguiu se beneficiar com a mudança na antiga Lei de Falências e teve seu pedido de Recuperação Judicial aprovado em março de 2006. “Com a mudança na lei em 2005, as empresas não precisavam mais encerrar suas atividades, e sim continuar a funcionar e gerar recursos para pagar a dívida”, disse o economista Pedro Afonso Gomes, especialista em recuperação de empresas do Conselho Regional de Economia de Ssão Paulo (Corecon-SP). Em dois anos e meio de pagamentos aos credores, a Cory conseguiu que o juiz Francisco Câmara Marques Pereira desse por encerrado o processo de recuperação. “A recuperanda cumpriu com todos os compromissos assumidos no decorrer do longo trâmite desses autos”, relatou a sentença assinada no mês passado. “Sem dúvida alguma o Brasil saiu da recessão”, afirma o economista-chefe do Banco Bradesco, Octávio de Barros Diário do Comércio 29/07/2009 “Com a mudança na lei em 2005, as empresas não Antonio Luiz de Queiroz Silva precisavam encerrar as atividades”. Pedro Afonso Gomes Jornal Bom Dia, Bauru, Setembro 2009 Gazeta de Ribeirão, Ribeirão Preto, Novembro 2009 dezembro 2009 Divisão Indicadores e Pesquisa Tabela de Indicadores Selecionados Índices de Preços IPCA - Acumulado Trimestral % 1,24 1,32 1,09 1,07 009 008 008 008 0,63 1,55 9 200 06/2 03/2 12/2 09/2 IGP-M - Acumulado Trimestral % 09 / 1,21 1,05 008 008 09/2 12/2 Fonte: Bacen 0,77 0,97 009 009 009 06/2 -0,32 009 009 009 06/2 03/2 12/2 -0,37 09/2 IPA-M - Acumulado Trimestral % 1,13 03/2 -0,92 008 008 09/2 IPC-Fipe - Acumulado Trimestral % 1,23 1,48 1,12 -1,98 008 09/2 -1,19 008 03/2 09/2 12/2 -0,93 009 009 009 06/2 09/2 Taxas Efetivas de Juros SELIC overnight Acumulado Trimestral% 3,36 3,22 008 2,90 008 009 06/2 03/2 12/2 0,63 0,55 2,19 009 009 008 09/2 2,39 TR - Acumulado Trimestral % CDI overnight Acumulado Trimestral % 3,32 3,21 008 2,89 3,18 3,05 009 06/2 03/2 12/2 009 009 06/2 03/2 12/2 0,10 09/2 TBF Acumulado Trimestral% 2,18 009 009 008 09/2 2,38 0,16 009 008 09/2 09/2 0,32 008 09/2 2,70 009 06/2 03/2 12/2 2,12 009 009 008 09/2 2,34 09/2 Fonte: Bacen Contas Nacionais Trimestrais - Indicadores de Volume e Valores Correntes Períodos PIB Agropec. Indústria Serviços FBCF Consumo Famílias Consumo Governo 3º tri / 2º tri (%) 1,3 -2,5 2,9 1,6 6,5 2,0 0,5 3º tri / 3º tri (%) -1,2 -9,0 -6,9 2,1 -12,5 3,9 1,6 Acumulado ano / mesmo ano anterior (%) -1,7 -5,3 -8,6 1,9 -14,2 2,8 3,3 Acumulado 4 trimestres / 4 tri imed. anteriores (%) -1,0 -4,0 -7,1 1,9 -10,2 3,1 2,5 Valores Correntes (R$ Bilhões) 797,0 40,1 181,9 465,2 140,9 507,3 153,3 Fonte: IBGE Taxa de desemprego - Região metropolitana - São Paulo (na semana) - % 8,2 8,0 7,7 10,5 10 9,4 10,2 10,2 9,0 9,1 8,9 8,7 8,6 7,1 9 00 9 /2 10 9 00 /2 09 9 00 /2 08 9 00 /2 00 07 9 00 /2 06 9 00 /2 05 9 /2 00 04 9 00 /2 03 9 00 /2 02 8 /2 00 01 8 /2 12 8 00 /2 11 00 /2 /2 09 10 00 8 Desemprego RMSP Fonte: IBGE A economia brasileira encerra 2009 em quadro promissor comprovando que o país não apenas foi o último a ser atingido pela crise que abalou o mundo capitalista, mas, também, o primeiro a superá-la. Indicadores econômicos, principiando pelo comportamento do Produto Interno Bruto, superaram as estimativas do início desse ano e prognosticam desempenhos favoráveis quanto a 2010. Medidas tomadas pelas autoridades governamentais a tempo e hora como, por exemplo, antecipação da elevação do salário mínimo, reduções de impostos incidentes sobre setores produtivos que por traduzirem significantes efeitos multiplicadores refletiram-se positivamente no mercado de trabalho, a expansão do crédito tendo como carro chefe os bancos públicos, o incentivo ao setor habitacional privilegiando as classes menos favorecidas e a redução da taxa básica de juros Selic, foram alguns dos fatores responsáveis. Os indicadores de confiança da população, inclusive o Índice de Sentimento dos Especialistas em Economia, disponibilizado pela Ordem dos Economistas do Brasil, foram unânimes em apontar para um quadro de euforia. Resta ao governo controlar de forma efetiva as contas públicas e prosseguir no monitoramento da inflação, impedindo excessos próprios de anos eleitorais e possibilitando que o desenvolvimento sustentável da nação mantenha o seu curso. Espera-se, também, que o entusiasmo da população pela copa do mundo de futebol seja igualmente benéfico à economia do país. PIB Trimestral Gílson de Lima Garófalo PIB Trimestral Conselheiro do CORECON-SP 6,30 5,10 3,10 1,10 8 set/0 /08 dez /09 mar 09 jun/ 1,30 9 set/0 Fonte: Banco Central do Brasil IBGE, Fipe. FGV e DIEESE Organização CORECON-SP [email protected] - (11) 3291-8728 Fonte: IBGE Estes e outros indicadores econômicos podem ser encontrados no site do CORECON-SP (www.coreconsp.org.br) na página da Divisão Indicadores e Pesquisas dezembro 2009 15 ais do que um profissional, o economista reúne todos os conhecimentos e habilidades para promover o desenvolvimento social e econômico. A atuação do Conselho Regional de Economia de São Paulo busca valorizar cada vez mais a profissão e o profissional de economia, unindo a categoria à sociedade. Organiza e mantém o registro profissional, fiscaliza a atuação dos economistas e incentiva os jovens a optarem pela carreira. O registro no CORECON-SP habilita o economista a exercer a profissão e resguarda a sociedade da ação de maus profissionais. Sem o registro, a atividade se torna ilegal e o bacharel pode ser punido. Registre-se no CORECON-SP e tenha acesso aos serviços oferecidos a profissionais e estudantes. www.coreconsp.org.br , a t s i m o n o c E o d n a m r o f s n a tr o mundo.