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SAÚDE OCULAR – IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO A CEGUEIRA INFANTIL.
Estima-se que haja no mundo cerca de 1,5 milhão de crianças cegas, e destas
aproximadamente 100 mil estão na América Latina. A magnitude do problema é considerada pelo
número de crianças cegas x expectativa de vida (1,5 milhão de crianças cegas x 50 anos de
expectativa de vida = 75 milhões de anos de cegueira). A cegueira na criança torna-se então uma das
prioridades do Programa Visão 2020, uma iniciativa global da Organização Mundial de Saúde (OMS)
e Agência Internacional de Prevenção à Cegueira que tem como objetivo a erradicação da cegueira
prevenível e tratável do mundo que corresponde a 60% dos casos.
O Brasil está inserido neste programa e em todos os estados há desenvolvimento de ações
para a Prevenção da Cegueira com apoio da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica
(SBOP) e Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e
Sociedades Regionais Filiadas.
A Visão é o mais importante órgão sensorial para o desenvolvimento global da criança, visto
que 80% das informações que chegam ao cérebro é através da visão.
Um atraso no diagnóstico e no encaminhamento precoce ocasiona danos importantes no
desenvolvimento visual e global da criança. Por isso, é fundamental a realização do TESTE DO
REFLEXO VERMELHO em todas as Crianças.
TESTE DO REFLEXO VERMELHO OU TESTE DO OLHINHO
OU TESTE DE BRUCKNER
•
O que é?
É o mais importante teste de triagem visual que tem como objetivo identificar alterações na
transparência das estruturas oculares tais como córnea, cristalino, vítreo além de problemas na
retina. É capaz de identificar as principais causas de cegueira na infância. O exame é realizado
de rotina em todo recém – nascido quando da alta da maternidade e deve ser repetido nas
consultas pediátrica e/ou oftalmológica, visto que algumas doenças podem não estar presentes
nos primeiros 30 dias de vida e vir a se manifestar posteriormente.
•
Onde pode ser realizado?
Berçário, sala de parto, consultório/ambulatório
•
Quando pode ser realizado?
Nos primeiros 30 dias de vida e repetido em toda consulta pediátrica e/ou oftalmológica, pois
existem doenças que não estão presentes logo ao nascimento.
•
Quem pode realizá-lo? Que habilitação técnica é necessária?
O Médico. Em especial, os Pediatras, Neonatologistas, Oftalmologistas, Médicos da Saúde da
Família. É necessário formação – 6 anos de medicina com conhecimento das doenças
oculares.
Há necessidade de outros profissionais fazerem o teste do olhinho?
Não. Há número suficiente de médicos para a necessidade da população no Brasil.
o Total de médicos ativos no Brasil CFM, set/05): 301.172
o População Brasileira (IBGE, ago/04): 181.581.024
o 1 médico para 603 habitantes . A OMS recomenda 1 / 1.000
O Estado do Ceará deu um passo à frente na Prevenção À Cegueira Infantil No Brasil, com a
extensão do treinamento do teste do olhinho a 175 municípios (98%) de 22 microrregiões de
saúde em 25 Hospitais Pólos. Esta ação é parte de um projeto de pesquisa em saúde que tem o
apoio do CNPQ. Projeto este, que envolve parceria com os estudantes do pet medicina/ UFC e
instituição privada CAVIV (Centro de Aperfeiçoamento Visual Islane Verçosa) com início desde julho
de 2007.
•
Qual o material necessário para a realização do exame?
Para o teste é necessário um aparelho de uso exclusivo dos médicos, o oftalmoscópio
direto.
•
Como realizá-lo?
Posicionar o oftalmoscópio direto à aproximadamente 50 cm a 1m dos olhos da criança,
localizar as pupilas simultaneamente, focar entre zero e 3 dioptrias, para a identificação do
Reflexo Vermelho (o reflexo que volta refletido da estrutura interna da retina).
Obs.: focar de acordo com a refração do examinador.
•
Doenças que podem ser identificadas pelo teste do olhinho?
O “teste do olhinho” pode detectar qualquer patologia que cause alterações na transparência
das estruturas oculares tais como córnea, cristalino, vítreo e retina. As doenças que são mais
facilmente identificadas pelo teste do olhinho são Catarata Congênita (causa importante de
cegueira infantil) e o Retinoblastoma (tumor intraocular mais freqüente na infância). Outras
doenças também possíveis de serem identificadas são Retinopatia da Prematuridade,
Glaucoma Congênito, Persistência do Vítreo Primário Hiperplásico, Doença de Coats,
Toxoplasmose, Toxocaríase, Hemorragia Vítrea, Coloboma e até Altas Ametropias.
Abaixo detalhamos as causas mais freqüentes de cegueira na infância.
A Catarata Congênita ocorre em 0.4% dos nascidos vivos e é uma importante causa de
cegueira infantil, especialmente nos países “em desenvolvimento”, devido à alta incidência de
infecções congênitas, como a rubéola. Nos países do “primeiro mundo”, a maior causa de catarata
congênita é genética, geralmente herdada de forma autossômica dominante. Pode ser uni ou bilateral.
Ao incidirmos a luz do oftalmoscópio direto sobre as pupilas de um bebê com catarata congênita, o
reflexo vermelho não será visto de maneira clara ou uniforme.
O Glaucoma Congênito é na maioria das vezes herdado de forma autossômica recessiva e
ocorre em aproximadamente 1 para cada 10:000 nascidos vivos. É geralmente bilateral e assimétrico.
O aumento de pressão intra-ocular provoca rupturas no endotélio corneano, levando a edema de
córnea. O edema de córnea impede a entrada normal de luz para dentro do olho, o que poderá ser
visto ao ser realizado o teste do reflexo vermelho (teste do olhinho). E este aumento de pressão
danifica de forma irreversível o nervo óptico causando cegueira.
Quanto aos Tumores Malignos Intra-Oculares, o Retinoblastoma é o mais freqüente na
infância e é uma doença grave pelo risco de causar morte. Existem dois tipos de retinoblastoma: os
resultantes de uma mutação somática, onde um fotorreceptor da retina sofreu uma mutação e
desenvolveu o tumor, e outra, resultante de uma mutação germinativa (universal), onde todas as células
do indivíduo carregam a mutação responsável pelo tumor. O retinoblastoma resultante de uma
mutação somática é esporádico, sempre unilateral e raramente congênito. O retinoblastoma
decorrente de uma mutação germinativa é transmitido de forma autossômica dominante, é bilateral em
30% dos casos e pode ser congênito. A incidência, em torno de 1 para cada 15 000 nascidos vivos,
varia conforme o nível de desenvolvimento da região, sendo maior nos “países do primeiro mundo”,
devido ao aumento da sobrevida dos bebês com retinoblastoma que podem transmitir os genes para
seus descendentes. No Brasil, 60% dos retinoblastomas são diagnosticados tardiamente,
quando já não é possível salvar o olho, e às vezes nem a vida da criança. A presença de uma
massa intra-ocular pode interferir com o reflexo luminoso que vem da retina, e pode ser detectada
pelo “teste do olhinho” por um médico.
Toxoplasmose congênita é uma doença causada pela infecção do organismo por um
protozoário esporozoário parasita, o toxoplasma gondii. Geralmente é uma doença assintomática
com sintomas muito variados dependendo da imunidade do paciente, contudo em crianças pode
causar lesões oculares graves, ocasionando a perda da visão pela predileção do toxoplasma pela
mácula, causando uma intensa destruição desta região principal da visão.
Entretanto, é importante salientar que este teste é um “screening” para todo bebê normal e não
detecta a retinopatia da prematuridade. Caso o bebê seja prematuro (com menos de 32 semanas de
gestação ou com peso de nascimento inferior a 1500g), o oftalmologista deve ser chamado para
realizar exame de mapeamento de retina entre a quarta e a sexta semana de vida extra-uterina do
prematuro.
Leitura recomendada
1. Muñoz b, west sk. Blindness and visual impairment in the americas and the caribbean. Br j
ophthalmol. 2002; 86:498-504.
2. Sangiovanni jp, chew ey, reed gf, remaley na, bateman jb, sugimoto ta, klebanoff ma. Infantile
cataract in the collaborative perinatal project: prevalence and risk factors. Arch ophthalmol. 2002;
120(11):1559-65.
3. Detry-morel m. Congenital glaucoma. Bull soc belge ophthalmol. 2001;281:49-58.
4. seregard s, lundell g, svedberg h, kivela t. Incidence of retinoblastoma from 1958 to 1998 in
northern europe: advantages of birth cohort analysis. Ophthalmology. 2004; 111(6):1228-32.
5. Ferreira rc. Como diagnosticar a segunda maior causa de cegueira infantil no país: retinopatia
da prematuridade. Rev soc cat oftalmol . 2001;6:6-8.
6. Belfort, r. Jr., orefice, f.. Uveítes. Conselho brasileiro de oftalmologia, 2007.
7. Verçosa, IC, Tartarella,MB. Catarata na Criança. 2008
8. World Health Organization(WHO). Preventing blindness in children.Report of a WHO/IAPB
scientific meeting. Hyderabad, India,13-17 April 1999.
“Em função das considerações acima, ressaltamos que a realização do Teste do Olhinho por nãomédicos, ou seja, por pessoas sem habilitação técnico-científica e profissional (graduação em curso
superior de Medicina) constitui procedimento temerário à Saúde Pública Ocular de toda a
população em especial as crianças.”
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