Poder político e movimentos sociais: qual a relação? Por Lucas Monteiro Pereira, aluno bolsista PET - SESu/MEC O seminário teve como proposta discutir as categorias dos principais movimentos sociais atuais, demonstrando seu embasamento teórico. Para tanto, o seminário foi aberto com uma explicação sobre o fundamento político da discussão sobre tais movimentos. A seguir, foram categorizados alguns destes de acordo com suas reivindicações e suas pautas principais explicadas. No término da apresentação, foram mostradas fotos da cronologia das manifestações de Junho no Brasil para discussão sobre o futuro. Primeiramente, para entender os movimentos sociais, foram exploradas reflexões filosóficas sobre a política e sobre o poder. Aquela vive um paradoxo na nossa percepção, pois é abandonada e descreditada, apesar de seu envolvimento com toda nossa vida em sociedade. O funcionamento do sistema político do Brasil também foi explicado. Já o poder foi apresentado com explicações das relações de poder, pelo ponto de vista marxista e foucaultiano. Um outro embasamento teórico que foi dado para o tema do seminário foi o da distinção entre Esquerda e Direita políticas e outros tipos de espectros políticos. Foi apresentado um vídeo com algumas definições e reivindicações usadas por cada lado do espectro. O conceito de movimento social foi explicado como uma “... ação coletiva de um grupo organizado com o fim de alcançar mudanças sociais em uma realidade injusta à este grupo.” Estas injustiças são percebidas gradativamente, formando-se uma inquietação crescente que toma forma como grupo, como coletivo. A práxis, que é a prática social transformadora, sustentada em uma reflexão teórica, foi explicada como base para o funcionamento de um movimento social. Em seguida, foram explicadas as categorias dos movimentos mostrados. Estas eram agrupamentos feitos de acordo com a comunhão das pautas e reivindicações. A primeira categoria era a de Direitos básicos, incluindo movimentos sociais que buscam reforma agrária (como MST e MPA), direitos trabalhistas (como os movimentos sindicais) e moradia (como o MTST). A segunda era de Feminismo e LGBTTI, incluindo muitos coletivos localizados e não estruturados, que reivindicam a igualdade de gênero e o fim da discriminação contra homossexuais e transgêneros; por ser uma luta contra uma opressão mais cultural do que estatal, a práxis destes grupos é bastante diferenciada. A terceira categoria era a de Etnia e estrato social, incluindo movimentos da periferia, que se organizam principalmente contra o racismo e a discriminação e marginalização institucional da população pobre. Já a quarta e última é a de Estudantes, que reúne as organizações dos movimentos estudantis do país, que lutam por melhorias e por democratização do sistema de educação. Outros movimentos foram citados também, como a Anistia Internacional, que faz reivindicações pelos direitos humanos. No final do seminário, foi proposta uma discussão a partir de perguntas sobre como será o futuro do Brasil, considerando os movimentos sociais e as jornadas de manifestações ocorridas em junho, por pontos de vista otimistas ou pessimistas.