associação juinense de ensino superior do vale do juruena

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ASSOCIAÇÃO JUINENSE DE ENSINO SUPERIOR DO VALE DO JURUENAAJES
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA-ISE
ESPECIALIZAÇÃO EM “GESTÃO ESCOLAR E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS”
DISCUTINDO AS ATRIBUIÇÕES E A PRÁTICA DO COORDENADOR
PEDAGÓGICO
EDEMILSON BOTELHO RODRIGUES
ORIENTADOR: ILSO FERNANDES DO CARMO
ARIPUANÃ/2010
ASSOCIAÇÃO JUINENSE DE ENSINO SUPERIOR DO VALE DO JURUENAAJES
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA-ISE
ESPECIALIZAÇÃO EM “GESTÃO ESCOLAR E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS”
DISCUTINDO AS ATRIBUIÇÕES E A PRÁTICA DO COORDENADOR
PEDAGÓGICO
EDEMILSON BOTELHO RODRIGUES
ORIENTADOR: ILSO FERNANDES DO CARMO
“Trabalho apresentado como exigência
parcial para a obtenção do título de
Especialização em Gestão Escolar e
Práticas Pedagógicas”.
ARIPUANÃ/2010
ASSOCIAÇÃO JUINENSE DE ENSINO SUPERIOR DO VALE DO JURUENAAJES
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA-ISE
ESPECIALIZAÇÃO EM “GESTÃO ESCOLAR E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
BANCA EXAMINADORA
____________________________________
____________________________________
____________________________________
ORIENTADOR
Prof. Ilso Fernandes do Carmo
"Não é possível refazer este país, democratizá-lo,
humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando
de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o sonho,
inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não
transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade
muda." (Paulo Freire)
"A principal meta da educação é criar homens que sejam
capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir
o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam
criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da
educação é formar mentes que estejam em condições de
criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe."
(Jean Piaget)
RESUMO
Na escola atual o Coordenador Pedagógico é levado a assumir várias
funções, muitas vezes relegando em segundo plano aquela atividade que
poderíamos considerar como essencial. Este trabalho visa discutir a função central
do Coordenador Pedagógico no espaço escolar, refletindo sobre o papel do
coordenador pedagógico no cotidiano escolar frente à formação continuada de
professores. A importância e atualidade desta discussão no seio da escola de
educação básica, local do exercício de liderança deste profissional, certamente se
mostram pontual na organização e desdobramento das atribuições do coordenador
em relação ao seu papel, em relação ao seu compromisso teórico-metodológico, ao
estabelecimento de um clima organizacional propício ao desenvolvimento de um
trabalho pedagógico que respeite as distintas vozes que se apresentam no âmbito
escolar. Por meio de uma revisão de literatura, de discussões e análise de vivências
no cotidiano da escola, perfazemos alguns pontos recorrentes para a discussão do
objeto de estudo, o que possibilita constatar que a prática pedagógica se constrói
pela contribuição de todos os atores sociais, cujo sujeito facilitador, pode ser
materializado, dentre outros, na figura do coordenador pedagógico.
SUMÁRIO
Introdução...................................................................................................................06
1. A história da coordenação ou supervisão..............................................................10
2. O trabalho da supervisão escolar..........................................................................15
2.1 O trabalho de gestão escolar..............................................................................15
2.2 O trabalho do supervisor escolar.........................................................................18
2.3 O trabalho do professor........................................................................................19
3. O papel e atribuições do coordenador pedagógico dentro da escola...................21
4. Desafios do coordenador pedagógico no trabalho coletivo da escola..................26
5. coordenador sim! “o faz tudo”... Não!....................................................................30
6.
O
saber fazer
e
aprender
do
coordenador
pedagógico
no
universo
escolar........................................................................................................................32
7.
O
coordenador
pedagógico
e
a
formação
continuada
dos
professores.................................................................................................................35
8. Competências e atribuições do coordenador pedagógico....................................39
9. A formação do coordenador pedagógico...............................................................42
10. Objetivos da coordenação pedagógica................................................................45
11. Supervisão escolar: um exercício de democracia ou autoritarismo.....................47
11.1 Escola ou empresa?...........................................................................................49
Conclusão...................................................................................................................52
Referências Bibliográficas..........................................................................................54
INTRODUÇÃO
O presente trabalho pretende fazer uma reflexão sobre o legítimo papel
do coordenador pedagógico. Fazer uma análise do processo histórico da
coordenação pedagógica, tendo como finalidade, mostrar e discutir o verdadeiro
papel do coordenador pedagógico, buscando, assim, respostas as várias
interrogações apresentadas dentro do universo escolar, buscando melhorias para o
processo ensino-aprendizagem. Buscando também, refletir o papel do coordenador
frente à relação professor/aluno e vice-versa, fazendo a mediação do trabalho
pedagógico da escola frente à coordenação, visando encontrar caminhos para sanar
as perguntas que muito se tem feito e até hoje não temos uma resposta concreta e
objetiva.
Muito se tem falado, discutido, estudado sobre o verdadeiro papel do
coordenador pedagógico, mas afinal, qual é o seu verdadeiro papel, sobretudo,
visando à possibilidade de compreender as práticas da supervisão pedagógica no
dia-a-dia da escola, associando- se aos seus fundamentos, buscando discutir o
papel do supervisor educacional.
A sociedade e as escolas passaram por momentos importantes de
transição, o que implica um trabalho de desafios da coordenação pedagógica e,
principalmente vencer obstáculos rotineiros nas escolas tem sido alvo de alguns
estudiosos da educação.
07
Refletir e revisar sobre as práticas pedagógicas leva o educador e,
conseqüentemente a escola, a assumirem um papel diferenciado frente ao
educando, descobrindo um espaço no processo de ensinar-aprender que valorize a
importância da coordenação, conseqüentemente do aspecto afetivo, fazendo do
educador um ser transformador. Seria impossível realizar bem o papel da educação
sem compreender a realidade do entorno escolar, a história da sociedade com as
suas mudanças sistemáticas, as diferentes visões de educação. Mas do que nunca
vivemos numa sociedade que avança em descobertas cientificam tecnológicas que
favorecem a melhor compreensão do espaço em que vivemos e do ser humano.
Dentro do universo escolar, o coordenador pedagógico é o responsável
pela mediação o PPP (Projeto Político Pedagógico), mas também aquele que faz
“tudo”, desviando-se da principal competência no âmbito educativo.
Essa discussão visa apresentar uma visão ampla da atuação desse
profissional e sua verdadeira missão enquanto mediador de todas as práticas
educativas em sintonia com o PPP, com a visão de “transformador” assumido pela
escola oferecendo cidadãos críticos, éticos e competentes para o mercado de
trabalho.
A Coordenação Pedagógica deve ser uma ação dinamizadora que
possibilite a integração das dimensões política, pedagógica e administrativofinanceira da gestão escolar, a fim de estimular a renovação e a melhoria do
processo de ensino- aprendizagem, visando à garantia do sucesso de todos os
alunos.
Diante dessa realidade, e do imenso e diversificado universo escolar,
dentre os muitos atores que nele atuam, temos a figura do Professor Coordenador
Pedagógico que é o profissional que atua na gestão da escola e que tem como uma
de suas funções construírem um ambiente democrático e participativo. O que não é
uma tarefa fácil. Pois administrar, assim como educar, não é uma ação individual,
feita de um só sujeito, mas sim uma atividade coletiva que infere em discussões, em
administrar conflitos, ceder a idéias dos outros, fazer com que as pessoas participem
com suas idéias, façam e recebam críticas e aceitem os consensos.
Por isto, penso que o Professor Coordenador Pedagógico seja o
profissional que atuando democraticamente, leve o professor à reflexão da sua
08
prática, gerando assim, questões para o debate constante a que podemos chamar
de formação continuada docente. Pois efetivamente, não existe educação sem a
reflexão da própria prática. Segundo NÓVOA (1999: p. 45), “o paradigma do
professor reflexivo, ou seja, do professor que pensa e elabora em cima da prática”.
Assim, o Coordenador Pedagógico deve manter-se atualizado,
realizando leituras especificas da sua área de atuação bem como a respeito de
assuntos da contemporaneidade social, ou seja, o Coordenador Pedagógico
também está inserido no processo de formação continuada, formando e sendo
formado numa relação dialética.
Entende-se que o coordenador pedagógico, ao mesmo tempo em que
atua no coletivo, de forma a alcançar objetivos estabelecidos com a participação de
todos, também está em processo de desenvolvimento profissional, pois reconstrói
seus saberes e seus fazeres permanentemente.
A importância e a atualidade desse assunto e a constatação que a
figura do Coordenador Pedagógico é indispensável na escola, mantendo-se uma
postura democrática, para efetivamente contribuir no campo da formação docente.
Este trabalho poder ser caracterizado como uma reflexão sobre o papel
e intervenções do coordenador pedagógico, que partiu preliminarmente de vivências
na escola de educação básica e contribuições de literatura especializada.
Propusemo-nos a uma abertura de discussão recorrente, portanto, num itinerário
dialético, em que o coordenador pedagógico pode e necessita desenvolver
continuamente uma leitura proximal de sua realidade e dos atores sociais que
compõem. Neste caso, como agente responsável pela formação continuada de
professores, o coordenador pedagógico deve sensibilizar seu saber-fazer de
maneira a não unilateralizar as tomadas de decisões, como se tivesse todas as
respostas para os encaminhamentos pedagógicos e resoluções de conflitos que
inquietam a equipe docente. LIMA (2005), observa que:
“Quando o saber-fazer parte de uma concepção sensível da
realidade, onde figura como o mais importante, a possibilidade de se
trabalhar a intervenção pedagógica pela necessidade do grupo, pela
identificação das manifestações que impactam mais e de forma
significativa estudantes e professores, não necessariamente somente
causa prazer no clima organizacional da escola, mas promove à
reflexão, o desafio, a significação da trajetória histórica em que
vivem”. (p. 14).
09
O mesmo está organizado em onze seções, a saber: a) a história da
coordenação ou supervisão, b) o trabalho da supervisão escolar, c) o papel e
atribuições do coordenador pedagógico dentro da escola, d) desafios do
coordenador pedagógico no trabalho coletivo da escola, e) coordenador sim! “o faz
tudo”... não!, f) o saber fazer e aprender do coordenador pedagógico no universo
escolar , g) o coordenador pedagógico e a formação continuada dos professores, h)
competências e atribuições
do coordenador pedagógico, i) a formação do
coordenador pedagógico, j) objetivos da coordenação pedagógica, e k) supervisão
escolar: um exercício de democracia ou autoritarismo.
1. A HISTÓRIA DA COORDENAÇÃO OU SUPERVISÃO
A idéia de supervisão nasceu com o processo de industrialização, com
o objetivo de servir como adestramento de técnicas para indústria e comércio,
visando uma melhoria quantitativa e qualitativa da produção. Posteriormente se
migrou para o campo dos esportes, da logística militar e da política educacional. Só
depois se estendeu para outras instâncias sociais, porém o objetivo sempre foi
lançar mão do supervisor enquanto responsável pelo cumprimento dos objetivos
visando à obtenção de resultados satisfatórios.
Quando migrou para o sistema educacional, foi em busca de um
melhor desempenho das unidades escolares em suas tarefas educativas, ou seja,
sempre tendo como objetivo básico a melhoria do processo ensino-aprendizagem.
Durante o século XVIII e o início do século XIX, a supervisão ocupou o
espaço da inspeção, cujo trabalho focava-se na repressão, checagem o
monitoramento de ações (LIMA, apud RANGEL, 2001). Somente em 1841, em
Cincinnatti, surgiu a idéia de supervisão relacionada ao processo educacional,
porém, ainda, até 1875 a visão principal estava voltada para a verificação das
atividades docentes (LIMA, apud RANGEL, 2001).
No
início
do
século
XX,
a
supervisão
buscou
padrões
de
comportamento definidos e critérios de rendimento escolar, com vistas à eficiência
do ensino, utilizando-se para isso, de modelos de aferição de rendimento escolar.
Em 1925, já se percebia a influência das ciências do comportamento na supervisão,
11
ressaltando-se adoção de princípios democráticos nas instituições de ensino,
tomando-se a figura do supervisor enquanto um líder democrático. Em 1930, a
supervisão adquire o caráter de liderança e valorização de grupos na tomada de
decisões, e, em 1960, volta-se para o currículo, com destaque para a pesquisa na
busca de soluções de melhoria de ensino. (LIMA, apud ALVES, 2006).
A partir de 1925, começou-se a perceber uma maior influência, na
supervisão, das ciências comportamentais. Além disso, verificava-se uma grande
tendência de se introduzir paradigmas democráticos nas organizações educacionais,
entendendo-se o papel do supervisor como um líder democrático.
Já em 1930, a supervisão passa a assumir um papel de liderança,
onde se valorizava o alcance dos objetivos através de um esforço cooperativo.
Começou-se também, a valorizar os processos grupais na tomada de decisões.
Por fim, a partir de 1960, a ação supervisora voltou-se para o currículo,
levando-se em consideração a pesquisa como um lugar proeminente na busca de
novas soluções para a melhoria da qualidade de ensino. (ALVES, 2006).
A partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), Lei 9.394 de
20/12/1996, houve a renovação no campo da inspeção voltada para o Ensino
Primário, onde se lê, no artigo 52, referências à formação de inspetores para este
nível. O texto enfatiza o papel do curso normal na formação de professores,
orientadores,
supervisores
e
administradores
escolares,
bem
como
o
desenvolvimento de técnicas relacionadas à educação de crianças. (Lei 4.024/1961)
A partir de então, neste período de nossa história, houve um processo
de descentralização administrativa corroborado pela LDB de então, onde os Estados
passaram a ter a incumbência de organizar os serviços referentes ao Ensino
Fundamental e Médio daquela época. Em seu estudo ROMANELLI observa que:
“... o Brasil, nos documentos oficiais, era tratado como País em
Desenvolvimento e a Educação nesse período se caracterizou pela
integração do planejamento educacional no Plano Nacional de
Desenvolvimento, tratada a educação como área prioritária e parte de
estratégia de desenvolvimento global.” (1984, p.197).
A supervisão, no Brasil, surgiu com a Reforma Francisco Campos, não
mais sendo considerada por seu caráter de fiscalização, mas adotando a nova face
de supervisão, sob o Decreto-Lei 18.890 de 18/04/1931.
12
O trabalho de supervisão continuou, a partir da criação da Campanha
de Aperfeiçoamento e Difusão do Ensino Secundário (Cades), por meio do DecretoLei 34.638 de 14/11/1953, transformando-se numa moderna aliança entre Brasil e
EUA, cuja finalidade era a melhoria da qualidade do ensino, utilizando-se para tanto
o treinamento de recursos humanos, bem como fazendo a oferta aos inspetores de
subsídios para “... a formação e a fundamentação de seu trabalho nas escolas,
enfatizando-se sempre o caráter pedagógico de sua área.” (LIMA, apud ALVES,
2006, p.71).
Com isso, o Brasil do fim da década de 60 era visto como um País em
desenvolvimento, portanto, neste momento, foi estabelecida a integração do
planejamento educacional ao Plano Nacional de Desenvolvimento, por ser a
educação tomada como prioridade para se atingir o desenvolvimento como um todo.
Logo,visando à melhoria da qualidade do ensino se exigia do Supervisor uma
formação em nível superior. Sendo assim, a presença dos especialistas no interior
do sistema educacional, contribuiria cada vez mais para a divisão do trabalho no
interior da escola. Para ALVES:
“... como as demais habilitações educacionais criadas e oficialmente
institucionalizadas na educação brasileira, a partir da regulamentação
da lei 5540/68, a de graduação, sendo promovidos pelo Pabaee e
Pamp. Istoé,fundamentada nos pressupostos da pedagogia tecnicista
–que se apóia na neutralidade científica e se inspira nos princípios da
racionalidade, eficácia e produtividade do sistema.” (2006, p.15).
Sendo assim, em virtude das inúmeras mudanças ocorridas no país,
depois de 1964, a supervisão escolar, agora função que exigia formação de nível
superior, passou a ter o papel de controlar a qualidade do ensino ministrado. Seu
perfil, sob este ângulo,promoveu, acentuou e reforçou, no interior da instituição de
ensino, a divisão do trabalho. (LIMA, apud ALVES, 2006).
A partir daí, a supervisão foi tomada como a busca da eficiência em
educar, a certeza da produtividade do trabalho docente e a garantia de uma
assistência técnica que as segurasse a sua função de reprodutora de sociedade
capitalista. Desenvolvendo-se, então, a visão funcionalista da supervisão, com
ênfase em três etapas: o de como fazer sem se observar o fim, o de como se
imaginou o controle da ação pedagógica docente como garantia da qualidade do
ensino e a imposição da ideologia dominante, por meio de livros didáticos, métodos
e técnicas de ensino. (LIMA, apud ALVES, 2006).
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Apesar disso, a supervisão desenvolveu a função de encaminhar o
trabalho pedagógico sob uma nova concepção, a de que a mesma pode usar a
técnica, sem correr no tecnicismo. Por isso, a supervisão entra na década de 90,
auxiliando na promoção e coordenação de trabalhos, nos quais, toda a comunidade
esteja envolvida. (LIMA, apud ALVES, 2006).
A partir da implantação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e
do desenvolvimento do Projeto Político Pedagógico construído por todas as escolas,
que conta, também, com a participação da comunidade, o supervisor poderá tecer
um olhar avaliativo sobre os PCNs, auxiliando melhor seus professores, e, por fim,
participando,cooperando, integrando e flexibilizando seu trabalho, a fim de tornar-se
um interlocutor de todas as faces da escola. (LIMA, apud ALVES, 2006).
Na nova visão, onde a educação assume um caráter permanente, o
objetivo de se atingir todos os homens, apenas poderia ser atingido por uma escola
viva, na qual todos os setores da comunidade deveriam interagir, ressaltando o
papel do supervisor enquanto mediador.
Dessa forma, a supervisão escolar desenvolveu uma prática voltada
para os aspectos técnicos e burocráticos do ensino, onde a coordenação e o
controle seria uma estratégia essencial para assegurar o papel reprodutor da
sociedade capitalista brasileira.
“Confirmando essa tese, a formação do supervisor se dá voltada para
o desenvolvimento de uma concepção de supervisão escolar
funcionalista, concepção que percebe a escola de modo passivo, na
qual qualquer mudança é vista como um desequilíbrio no estado
homeostático, negando-se, portanto, o caráter dinâmico e evolutivo
da instiuição-escola e da sociedade.” (MEDEIROS,1985, p.24).
Atualmente o supervisor escolar precisa compreender e interagir com
os princípios que a escola elege para nortear a prática educativa, ou seja, sua
cultura, no sentido de organizar toda a sua prática levando estas questões em
consideração e procurando trabalhar no âmbito da legislação a fim de organizar sua
prática pedagógica.
Mediante isso, muitas modificações têm acontecido no nível da
legislação, levadas por uma perspectiva política que modificou os parâmetros da
intelectualização para a socialização da educação, resultando em falácias sobre a
qualidade ruim do ensino. Além disso, essas concepções políticas começaram,
14
também, a mudar paradigmas, pois acreditavam que os especialistas, ou seja,
técnicos atrapalhavam o desenvolvimentos da educação.
Porém, o agir não muda simplesmente, é a visão sobre o trabalho que
modifica algumas práticas.
2 – O TRABALHO DA SUPERVISÃO ESCOLAR
“Os trabalhos escolares com atenção e olhar para o resgate de autoestima visam proporcionar a compreensão e a valorização de alguns
sentimentos como: amizade, amor, respeito, solidariedade, etc, que
lhes facilite e auxilie o educando em sua caminhada.” (LIMA apud
FREIRE, 1975, 118).
2.1 - O TRABALHO DE GESTÃO ESCOLAR
O mundo atual exige que pensemos, mas priva-nos freqüentemente
das condições para pensar. E, muitas vezes, nas escolas a direção tem
responsabilidade sobre esta situação, pois, devido à grande gama de trabalhos
burocráticos exerce uma grande pressão sobre os funcionários em prol de
determinadas
atividades
não
levando, muitas
vezes,
em
consideração
a
possibilidades de reflexões dos mesmos.
A escola é o espaço do pensar, porém, estranhamente, num espaço
em que tanto se fala da sociedade da informação e do conhecimento, a qual conota
o triunfo do esforço mental sobre o físico, num tempo que se considera autorefletivo, em que os educandos assumem cada vez mais uma postura autônoma,
senhores de suas escolhas, capazes de usar as reflexões para alterarem questões
da vida e processos de trabalho, não se estimula o pensamento ativo, tanto dos
educadores como dos educandos. Os atores escolares precisam entender que nem
tudo está pensado. O possível, por representar um universo maior de opções, é
mais rico que o real. Dessa forma, é o pensar que permite avaliar. É a clareza das
ações que pressupõe que elas sejam pensadas, mas se forem só pensadas nunca
serão ações. É preciso agir e sentir porque o pensamento só é útil para quem não
permanece exclusivamente no pensar e para aqueles que também conseguem
pensar em equipe.
16
“De fato, como toda instituição, as escolas buscam resultados, o que
implica uma ação racional, estruturada e coordenada. Ao mesmo
tempo, sendo uma atividade coletiva, não depende apenas das
capacidades a responsabilidades individuais, mas de objetivos
comuns e compartilhados, de meios e ações coordenadas dos
agentes do processo.” (LIBÂNEO, 2003, p.132)
Refletir em como seria o perfil do diretor de uma escola que objetiva
desenvolver-se não só no processo educacional, como na gestão de pessoas seria,
por exemplo, necessário atentar para o seu trabalho em relação à área
administrativa, de relacionamento interpessoal e pedagógico. Em relação ao
processo administrativo pode-se verificar a necessidade em se desenvolver uma
visão holística de mundo voltada para o futuro, que busque executar o trabalho
educacional e o papel da escola na comunidade.
Visando o desenvolvimento do relacionamento interpessoal este gestor
precisa compreender a dinâmica de interação e comunicação entre as pessoas,
buscando alcançar uma habilidade de se comunicar eficazmente, a fim de mobilizar
a equipe escolar e a comunidade local para realizar processos de atuação
colaborativa.
O diretor, igualmente precisa aprender a desenvolver o trabalho em
equipe, valorizando a negociação e a resolução de conflitos, buscando sempre, dar
um feedback construtivo ao trabalho dos outros, durante os processos de avaliação.
Já, em relação à área pedagógica, este profissional precisa compreender os
fundamentos e as bases da ação educacional, da relação entre as atividades
instrucionais e seus resultados na aprendizagem e formação dos alunos. Necessita
também, ter conhecimento sobre a organização do currículo e articulação entre seus
componentes, mobilizando a equipe para a realização e promoção dos objetivos
educacionais da escola. Visando alcançar seus objetivos com mais eficiência e
eficácia o diretor precisa deixar de ser chefe e se tornar um líder capaz de inspirar
os professores e mudar a escola.
Um diretor capaz de exercer liderança educacional pode determinar a
diferença entre uma escola estagnada e uma escola em movimento. Porém, esses
gestores que atuam como professores de professores e agentes dinâmicos de
mudança são difíceis de encontrar. Contudo, vale reforçar a idéia de que a liderança
não é um dom, é uma habilidade que pode ser desenvolvida e exercitada
diariamente. O diretor que almeja desenvolver a liderança precisa ir além do
17
gerenciamento e colocar as pessoas em primeiro lugar, deve estar em contato
constante com os docentes, construir um sonho juntamente com sua equipe, de
modo que todos se sintam comprometidos com a visão. O diretor enquanto gestor,
também precisa fazer com que sua equipe sinta que possui poder para realizar e
transformar objetivos e vivências institucionais, saindo da falácia, inconformismo e
comodismo. Um diretor que exerce a função de líder transforma a escola em oficina
de trabalho, onde profissionais aprendem uns com os outros, cooperando para
solucionar problemas pedagógicos.
Se o diretor é um líder, ele estimula os professores a debater, em
grupo, problemas pedagógicos como dificuldade em motivar a classe ou em
estabelecer relações entre os conteúdos e a vida dos alunos. Dessa forma, podem
descobrir, por
Exemplo, por que os alunos de alguma turma estão encontrando
dificuldade na divisão com dois algarismos e que procedimento usar para facilitar
esta aprendizagem. Em um clima descontraído, não ameaçador, de cooperação, os
educadores vão sentir-se à vontade até para falar sobre seus próprios erros, discutilos e aprender com eles.
O diretor-líder, enfim, é capaz de trazer à tona o potencial de cada
pessoa ou instituição e criar um clima de cooperação que faz brotar uma realidade
mais incentivadora, onde ninguém pára de aprender. E, sempre que o seu trabalho é
coroado de êxito, todos dizem: “Nós fizemos isso!”. Consegue fazer com que a
equipe sinta que está embarcando em um projeto vital, até mesmo sagrado, que
exigirá sacrifícios, mas também realizará algo muito importante, digno do melhor que
existe em cada um.
Construir um ambiente democrático não é uma tarefa fácil, se fazendo
necessário o uso da gestão participativa. Nesse sentido, a preocupação com a
melhoria da qualidade da educação levantou a necessidade de descentralização e
democratização da gestão escolar e, conseqüentemente, a participação tornou-se
um conceito nuclear.
Como aponta LÜCK et al. (1998),
"O entendimento do conceito de gestão já pressupõe, em si, a idéia
de participação, isto é, do trabalho associado de pessoas analisando
18
situações, decidindo sobre seu encaminhamento e agindo sobre elas
em conjunto" (p.15).
2.2 O TRABALHO DO SUPERVISOR ESCOLAR
Atualmente,
independente
da
formação
o
supervisor
precisa
desenvolver uma visão crítica e construtiva do trabalho pedagógico, de modo a
vitalizar as ações educativas, transformando reflexivamente a ação individual e
coletiva dos atores escolares.
Dentro desse contexto cabe ao supervisor planejar, avaliar e
aperfeiçoar o curso das ações pedagógicas, visando garantir a eficiência do
processo educacional e a eficácia de seus resultados. Igualmente, este profissional
deve sempre ter o objetivo de levar os participantes do ato educativo a estarem
integralmente envolvidos.
A fim de alcançar esses objetivos o supervisor deve voltar o foco do
seu trabalho para o aprimoramento do desempenho dos professores, valorizando o
nível de produção acadêmica dos docentes, assim como a riqueza de suas
contribuições para os fazeres pedagógicos. O supervisor, também precisa respeitar
a personalidade dos profissionais da educação, valorizando-os individualmente e
profissionalmente.
A prática da supervisão igualmente exige uma constante avaliação
crítica de seu próprio desempenho, levando-o a um esforço continuado de
aperfeiçoamento como técnico, mas, especialmente, como pessoa. Este precisa
analisar
desde
o
acompanhamento
planejamento
de
sua
do
currículo,
execução,
precedido
orientando,
de
controlando
diagnose
e
ao
avaliando
criticamente junto com os atores escolares.
Em outras palavras,
“O papel do supervisor escolar se constitui, em última análise, na
somatória de esforços e ações desencadeados com o sentido de
promover a melhoria do processo ensino-aprendizagem. Esse esforço
voltou-se constantemente ao professor, num processo de assistência
aos mesmos e coordenação de sua ação.” (LÜCK et al, 1998, p. 20).
Dessa
forma,
diariamente
o
supervisor
precisa
desenvolver
flexibilidade, atualização e renovação, buscando integrar o coletivo, analisar casos e
estudos de temas através da observação, entrevistas e reuniões.
19
Baseado numa nova visão do trabalho do supervisor escolar cabe a
este profissional conhecer a natureza, a organização e o funcionamento da
educação escolar, suas relações com o contexto histórico-social e com o
desenvolvimento humano, além de perceber as conseqüências intrínsecas ao agir
da gestão/administração do sistema escolar, seus níveis e modalidades de ensino.
O mesmo precisa, também, conhecer os fundamentos e as teorias do processo de
ensinar e aprender, relacionar princípios, teorias e normas legais a situações reais,
identificar os impactos de diretrizes e medidas educacionais, objetivando a melhoria
do padrão de qualidade do ensino e aprendizagem, comunicar-se com clareza com
diferentes interlocutores e em diferentes situações, socializar informações e
conhecimentos, conduzir democraticamente suas práticas, identificar criticamente a
interferência das estruturas institucionais no cotidiano escolar, promover o
desenvolvimento da autonomia da escola e o envolvimento da comunidade escolar,
buscar e produzir conhecimentos relativas à formação permanente de pessoal,
compreender e valorizar o trabalho coletivo no exercício profissional, além de ter
disponibilidade de trabalhar em grupo, reconhecendo e respeitando as diferenças
pessoais e as contribuições dos participantes.
2.3 O TRABALHO DO PROFESSOR
Conforme FREIRE (1975), a atividade docente vem se modificando em
decorrência de transformações nas concepções de escola e nas formas de
construção do saber, resultando na necessidade de se repensar a intervenção
pedagógico-didática na prática escolar. Um dos aspectos cruciais dessas
transformações é o investimento na qualidade da formação dos docentes e no
aperfeiçoamento das condições de trabalho nas escolas, para que estas favoreçam
a construção coletiva de projetos pedagógicos capazes de alterar os quadros de
reprovação, retenção e da qualidade social e humana dos resultados da
escolarização.
Dessa forma ALVES (2006), não se ignora que esse desafio precisa
ser prioritariamente enfrentado no campo das políticas públicas. Todavia, não é
menos certo que os professores são profissionais essenciais na construção dessa
20
nova escola. Entendendo que a democratização do ensino passa pela sua formação,
sua valorização profissional, suas condições de trabalho, pesquisas e experiências
inovadoras,
apontando
assim,
para
a
importância
do
investimento
no
desenvolvimento profissional dos professores.
Assim, o desenvolvimento profissional envolve formação inicial e
contínua articulada a um processo de valorização individual e profissional dos
professores. E o trabalho do supervisor pode muito contribuir como mediador desse
processo, além de trabalhar juntamente com o educador o desenvolvimento de uma
visão progressista de crescimento profissional baseada na racionalidade técnica, e,
levando-os a assumir a perspectiva de decidir e de rever suas práticas e as teorias
que as informam, pelo confronto de suas ações cotidianas com as produções
teóricas, pela pesquisa da prática e a produção de novos conhecimentos para a
teoria e a prática de ensinar.
Para ALVES (2006), uma escola que inclua, ou seja, que eduque todas
as crianças e jovens, com qualidade, superando os efeitos perversos das retenções
e evasões, propiciando-lhes um desenvolvimento cultural que lhes assegure
condições para fazerem frente às exigências do mundo contemporâneo, precisa de
condições para que, com base na análise e na valorização das práticas existentes
que já apontam para formas de inclusão, se criem novas práticas: de aula, de
gestão, de trabalho dos professores e dos alunos, formas coletivas, currículos
interdisciplinares, uma escola rica de material e de experiências, como espaço de
formação contínua.
Na área de gestão e relacionamento interpessoal que valoriza a
compreensão da dinâmica, do comportamento, da individualidade e da habilidade
dos alunos, de modo a criar um ambiente construtivo de aprendizagem significativa
que motive os alunos a mobilizar sua atenção, diagnosticar necessidades de
aprendizagem e propor alternativas interessantes para promovê-las, além de
identificar conflitos e vencer obstáculos. Por fim, na área escolar, onde será
desenvolvida a habilidade de se trabalhar em equipe, a percepção da relação com a
turma e contexto da escola e a compreensão do ponto de vista de colegas, pais e
alunos.
3- O PAPEL E ATRIBUIÇÕES DO COORDENADOR PEDAGÓGICO DENTRO DA
ESCOLA
A profissão de coordenador pedagógico surgiu para substituir o
"supervisor" escolar, pois até a década de 80/90, o supervisor era visto como um
fiscalizador, um inspetor das rotinas escolas às normas oficiais e não alguém que
contribuía com o processo educativo. Assim, mudou o nome, mas, segundo LÜCK
(1998), as atribuições continuam as mesmas:
a)
Desenvolver
um
trabalho
harmônico
dentro
da
escola;
b) Conversar diretamente com os professores sobre o desempenho discente;
c) Acompanhar e avaliar o professor em relação ao que faz e como faz o seu próprio
trabalho;
d)Assessorar o trabalho do professor (transmitindo sugestões de atividades);
e)Descentralizar
as
decisões
a
respeito
da
ação
docente;
f)Criar situações para a solução dos problemas que surjam no grupo de professores;
g)Procurar
h)Discutir
i)Elogiar
j)Incentivar
subsídios
diferentes
o
que
os
que
maneiras
positivo
e
professores
facilitem
de
a
trabalho
e
esclarecendo
o
a
avançar
ação
comunicando
que
em
docente;
experiências;
considera
seus
negativo;
estudos;
k) Organizar as condições de trabalho do professor como material de ensino;
Por esse prisma, o coordenador não é mais aquele sujeito que possui
um “superpoder” de assessorar, acompanhar, controlar e avaliar o trabalho docente
realizado nas instituições de ensino, mas aquele que constrói com os professores o
22
seu trabalho diário. Seu papel envolve uma atuação grupal, pois atende tantos
professores, alunos como todos os setores de uma escola. Por ser grupal, seu
trabalho exige o exercício constante do pensar, do descobrir e do saber o modo de
avançar nas ações.
Dentro das inúmeras mudanças que ocorrem na sociedade atual, de
ordem econômica, política, social, ideológica, a escola, como instituição de ensino e
de práticas pedagógicas, enfrenta muitos desafios que comprometem a sua ação
frente às exigências que surgem. Assim, os profissionais, que nela trabalham,
precisam estar conscientes de que os alunos devem ter uma formação cada vez
mais ampla, promovendo o desenvolvimento das capacidades desses sujeitos.
Para tanto, torna-se necessária a presença de um coordenador
pedagógico consciente de seu papel, da importância de sua formação continuada e
da equipe docente, além de manter a parceria entre pais, alunos, professores e
direção.
A função de coordenação pedagógica é o suporte que gerencia,
coordena e supervisiona todas as atividades relacionadas com o processo de ensino
e aprendizagem, visando sempre à permanência do aluno com sucesso.
Já segundo CLEMENTI, apud ALMEIDA (2001), cabe ao coordenador
"acompanhar o projeto pedagógico, formar professores, partilhar suas ações,
também é importante que compreenda as reais relações dessa posição."
Partindo
desse
pressuposto,
podem-se
identificar
as
funções
formadora, articuladora e transformadora do papel desse profissional no ambiente
escolar.
Considerando a função formadora, o coordenador precisa programar
as ações que viabilizem a formação do grupo para qualificação continuada desses
sujeitos. Conseqüentemente, conduzindo mudanças dentro da sala de aula e na
dinâmica da escola, produzindo impacto bastante produtivo e atingindo as
necessidades presentes.
Assim, muitos formadores encontram na reflexão da ação, momentos
riquíssimos para a formação. Isso acontece à medida que professores e
coordenadores agem conjuntamente observando, discutindo e planejando, vencendo
23
as dificuldades, expectativas e necessidades, requerendo momentos individuais e
coletivos entre os membros do grupo, atingindo aos objetivos desejados.
As relações interpessoais permeiam a prática do coordenador que
precisa articular as instâncias escola e família sabendo ouvir, olhar e falar a todos
que buscam a sua atenção.
Conforme ALMEIDA (2001, p. 34), na formação docente, "é muito
importante prestar atenção no outro, em seus saberes, dificuldades", sabendo
reconhecer e conhecer essas necessidades propiciando subsídios necessários à
atuação. Assim, a relação entre professor e coordenação (práxis), concebe a
confiança, o respeito entre a equipe e favorecem a constituição como pessoas.
Na parceria escola verso família, esse profissional é requerido para
estreitar esses laços e mantê-los em prol da formação efetiva dos educandos à
medida que cada instância assuma seu papel social diante desse ato indispensável
e intransponível.
Como ressalta ALVES, apud REIS (2008):
"Homens que através de sua ação transformadora se transformam. É
neste processo que os homens produzem conhecimentos, sejam os
mais singelos, sejam os mais sofisticados, sejam aqueles que
resolvem um problema cotidiano, sejam os que criam teorias
explicativas."
Assim, é papel do coordenador favorecer a construção de um ambiente
democrático e participativo, onde se incentive a produção do conhecimento por parte
da comunidade escolar, promovendo mudanças atitudinais, procedimentais e
conceituais nos indivíduos.
Cabe ao coordenador atuar coletivamente e visualizar espaços como
oportunidades para o desempenho das suas funções.
Apesar das inúmeras responsabilidades desse profissional já descrito e
analisadas, o coordenador pedagógico enfrenta outros conflitos no espaço escolar,
tais como tarefas de ordem burocrática, disciplinar, organizacional.
Assumir esse cargo é sinônimo de enfrentamentos e atendimentos
diários a pais, funcionários, professores, além da responsabilidade de incentivo a
promoção do projeto pedagógico, necessidade de manter a própria formação,
independente da instituição e de cursos específicos, correndo o perigo de cair no
24
desânimo e comodismo e fatores de ordem pessoal que podem interferir em sua
prática.
Muitas vezes, a escola e o coordenador se questionam quanto à
necessidade desse profissional e chegam à conclusão que esse sujeito pode
promover significativas mudanças, pois esse trabalha com formação e informação
dos docentes, principalmente. O espaço escolar é dinâmico e a reflexão é
fundamental
a
superação
de
obstáculos,
socialização
de
experiências
e
fortalecimento das relações interpessoais.
O coordenador pedagógico é peça fundamental no espaço escolar,
pois busca integrar os envolvidos no processo ensino-aprendizagem mantendo as
relações interpessoais de maneira saudável, valorizando a formação do professor e
a sua, desenvolvendo habilidades para lidar com as diferenças com o objetivo de
ajudar efetivamente na construção de uma educação de qualidade.
Então tentamos definir o papel positivo e negativo em relação ao
coordenador pedagógico. (VASCONCELOS, 2002, p.85-90):
“Comecemos pela definição negativa, qual seja, por aquilo que a
supervisão não é (ou não deveria ser): não é fiscal de professor, não
é dedo-duro, (que entrega professores para a direção), não é pombo
correio ( que leva recado da direção para os professores e viceversa), não é coringa/ tarefeiro/quebra galho/ salva vidas (ajudante de
direção, auxiliar de secretaria, enfermeiro, assistente social, etc.), não
é tapa buraco ( que fica “toureando” os alunos em sala de aula no
caso de falta de professores), não é burocrata (que fica á volta com
relatórios e mais relatórios , gráficos, estatísticas sem sentido), não é
gabinete (que está longe da prática e dos desafios efetivos dos
educadores), não é dicário (que tem dicas e soluções pra todos os
problemas, uma espécie de fonte inesgotável de técnicas, receitas),
não é generalista (que entende quase nada de quase tudo)...”
Seguindo dessa forma de maneira positiva, a coordenação pedagógica
é a articuladora do PPP da instituição no campo pedagógico, organizando a
reflexão, a participação e os meios para a concretização do mesmo, de tal forma que
a escola possa cumprir sua tarefa de propiciar que todos os alunos aprendam e
desenvolvam como seres humanos plenos, partindo do pressuposto que todos os
alunos têm direito e são capazes de aprender. Nesse sentido, a própria concepção
de supervisão se transforma, na medida em que não se centra na figura do
supervisor, mas na função supervisora, que inclusive, pode e deve, circular entre os
elementos do grupo, cabendo a coordenação a sistematização e integração do
trabalho no conjunto, caminhando na linha da interdisciplinaridade(...).
25
É importante lembrar que, antes de tudo, a coordenação é exercida por
um educador, e como tal deve estar no controle de tudo aquilo que desumaniza a
escola: a reprodução da ideologia dominante, o autoritarismo, o conhecimento
desvinculado da realidade, a evasão, a lógica classificatória e excludente (repetência
ou aprovação sem apropriação do saber), a discriminação social na e através da
escola, etc.
Entendemos também que o coordenador é o colaborador e explicitador
do PPP, bem como na integração da própria coordenação com os demais setores da
escola.
O interlocutor, onde sua práxis comporta as dimensões reflexiva,
organizativa, conectiva, interventiva, mediativa e avaliativa.
Diante desse novo paradigma, podemos nos propor a passar de
“super” – visão para “outra- visão”.
4- DESAFIOS DO COORDENADOR PEDAGÓGICO NO TRABALHO COLETIVO
DA ESCOLA
Para LIMA (2005), a educação que outrora era objeto de interesse
apenas das comunidades familiares e educacionais, atualmente, passa a ser vista
como condição essencial para a melhoria da qualidade de vida e como fator que
denota cidadania.
Para muitos estudiosos do assunto, a escola antes vista como uma
organização racional e planificada (cumpridora apenas de objetivos burocráticos),
passa a ser considerada como uma organização social, cultural e humana, na qual
podem ser tomadas importantes decisões educativas, curriculares e pedagógicas.
Cada personagem presente no seu interior — comunidade familiar, professores,
alunos, gestores, dentre outros — tem importância fundamental, pois todos fazem o
cotidiano escolar acontecer.
Para romper as relações de poder autoritárias, rígidas e burocratizastes
existentes durante anos na escola o trabalho coletivo torna-se condição “sine qua
non” para a construção e reconstrução do dia a dia escolar (NOVOA, 1999).
Entende-se trabalho coletivo como um articulador dos diversos
segmentos da comunidade escolar e que é fundamental para sustentar a ação da
escola em torno de um projeto. Ele é condição indispensável para que as atividades
da sala de aula sejam planejadas e avaliadas, tendo em vista a direção comum que
se pretende imprimir ao processo ensino-aprendizagem.
27
O trabalho coletivo é o melhor meio de atualização e reflexão sobre a
ação educativa de seus profissionais. Trabalhar coletivamente não significa,
necessariamente, todos trabalharem junto o tempo todo. Dependendo dos objetivos
comuns, é possível dividir responsabilidades e executar atividades com subgrupos
ou mesmo individualmente, desde que se garanta a troca constante de informações
e a continuidade do trabalho na direção dos objetivos estabelecidos de comum
acordo. É através do trabalho coletivo, segundo OLIVEIRA, 2005), que a escola
pode se transformar num espaço privilegiado de formação, não apenas para os
alunos, mas para todos os educadores nela envolvidos.
A base desse trabalho deverá estar na participação consciente e na
liberdade responsável. Só se garante a eficácia coletiva se a participação for
centrada na responsabilidade. E para que haja essa participação, há que se ter
consciência e responsabilidade, o que exigirá de toda a presença, reflexão e crítica
constantes.
É preciso estar consciente de que conflitos e desafios não faltarão.
Entretanto, o resultado passará a ser responsabilidade de todos e não apenas de
um que poderá perder seu tempo e não encontrar soluções.
4.1 - CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA UM AGIR COLETIVAMENTE
O coordenador da escola, como um líder que é, é peça fundamental no
processo de trabalho coletivo, pois caberá a ele promover o clima de fraternidade,
de respeito, de diálogo e de responsabilidade entre os professores. Esse mesmo
clima deverá ser extensivo aos alunos. O clima relacional de uma escola tem seu
eixo nos professores que nela atuam. A liderança de um diretor conduz esses
relacionamentos à condição desejada e necessária para o trabalho eficaz.
Estabelecer o permanente diálogo entre a direção e todos os
segmentos da escola é fundamental, principalmente com os professores, pois neles
repousa a possibilidade de viabilizar um ensino de qualidade. Haverá aqueles que
se lançarão com entusiasmo ao trabalho coletivo; existirão os céticos, incrédulos nas
mudanças propostas face aos problemas que enfrentam no cotidiano da sala de
aula; e haverá ainda os omissos, que se omitirão, deliberadamente, para não
assumir compromissos quanto à sua conduta pedagógica. A perseverança e a
28
tolerância deverão ser a tônica nas discussões dos problemas enfrentados por todos
os docentes em suas ações junto aos alunos.
A equipe pedagógica terá a função de proporcionar a busca de
propostas de soluções conjuntas; possibilitará a identificação do trabalho coletivo
como elemento propulsor, que traz benefícios ao processo pedagógico; possibilitará
também a percepção de que talvez a conquista do “mar” traga alguns receios, mas
que o “barco” não poderá ser abandonado ao primeiro sinal de “tempestade”.
É sempre muito importante a oferta de recursos pedagógicos que atualizem e
estimulem o trabalho do professor. Tanto a direção como a coordenação pedagógica
podem contribuir para uma melhoria geral no desempenho do trabalho,
principalmente de professores que demonstrem muitas dificuldades em sua ação
pedagógica.
Seu principal objetivo é agregar um maior número de professores, das
mais variadas áreas, na seleção de conteúdos significativos, dando a eles a idéia de
que o conhecimento é um todo composto por partes que se relacionam.
A coordenação pedagógica detém a visão de conjunto do processo
pedagógico e oferecê-la à compreensão dos envolvidos é uma contribuição
inestimável. Uma direção interessada haverá de ter presente sua capacidade de
observação e avaliação. A primeira tarefa do corpo diretivo, em discussão com todos
(professores, comunidade, alunos e equipe de apoio etc.) será encontrar
mecanismos que garantam o cumprimento de tudo aquilo que todos se
comprometeram em realizar coletivamente.
O coordenador pedagógico mesmo mantendo estreitos laços de
amizade com todos, irá desempenhar um novo papel, voltado para a orientação,
gerenciamento e cobrança de resultados. O primeiro desafio do coordenador
pedagógico é o de aglutinar os antigos colegas num trabalho de equipe, condição
essencial para a melhoria do fazer pedagógico em sala de aula.
Partindo do diagnóstico das séries, deverá reestimular o docente
envolvido com maus resultados, para o compromisso de tentar novas formas de
trabalho, capazes de alterar os rumos do processo. Ele deverá, também,
acompanhar essas ações para que tudo o que se replanejou não se perca nas boas
intenções. Ele deverá, ainda, organizar previamente a pauta das reuniões e
29
aproveitar esses momentos para refletir a respeito das metas selecionadas pelo
grupo. Todos os membros das escolas são co-responsáveis pelo trabalho coletivo,
mas esses dois elementos podem ser considerados os articuladores do processo.
A consolidação do trabalho coletivo na escola resulta de um processo
intencional e árduo na busca do rompimento das relações de poder autoritário para
um processo mais democrático. As linhas de qualquer projeto político pedagógico
devem refletir o desejo de um trabalho coletivo.
O trabalho coletivo não é meta fácil de atingir. Todavia, para uma
escola que deseja ser democrática, é o caminho para um processo pedagógico
eficiente e para a qualidade de ensino desejada por todos.
O coordenador pedagógico não pode adentrar no universo educacional
com a ingênua intenção de apenas reproduzir pressupostos teóricos. Na labuta com
pessoas não há manual de instruções ou receitas infalíveis. Acreditamos que é
justamente nessa ingenuidade, nesse sonho de se considerar o “Mister M” da
educação que muitos pedagogos ao se verem frustrados diante da complexidade
“psicosocioculturalespiritual” que envolve os atores do cenário da educação acabam
por se corromperem, desiludindo-se e caindo na mediocridade da mesmice.
Desejamos uma coordenação pedagógica que contemple a gestão
participativa, que permita ao coordenador os instrumentos necessários para delegar
afazeres envolvendo assim todo o corpo docente, funcionários, diretores, pais e
alunos. No entanto, delegar afazeres nem sempre pode está relacionado ao
autoritarismo, alias autoritarismo em coordenação contradiz muitos dos princípios
relativos de flexibilidade.
Um coordenador pedagógico tem a difícil missão de compreender os
lados favoráveis e opostos ao seu plano de ação. Aos que resistem às tentativas de
“ajustes” por serem reféns de um modelo epistemológico que não permite a quebra
da rotina é preciso paciência, dialogo e boa fundamentação teórica. Aos que
recebem de braços abertos os “gestores do amanhã” desejamos o aprendizado
mútuo através do sócio-interacionismo que indiscutivelmente contribui para uma
escola de qualidade.
5- COORDENADOR SIM! “O FAZ TUDO”... NÃO!
As funções do coordenador pedagógico, segundo OLIVEIRA (2005),
são várias, entre elas a de exercer um papel mediador entre os professores e
alunos, dando todo o apoio possível para que o trabalho dos mestres seja
condecorado com sucesso e acima de tudo com resultados satisfatórios. Além do
mais, o coordenador traça metas e projetos a curto, médio e longo prazos
juntamente com a direção, no sentido de promover um dinamismo à escola,
transformando-a em um espaço transformador, estabelecendo ao aluno a tão
necessária inclusão e conseqüentemente a sua auto-estima elevada, servindo isso
de suporte bem estabelecido para toda a sua vida.
Independente da posição que ocupamos na Educação precisou
acreditar na mudança e estarmos sempre aberto para ela, se não de nada adianta!
Quando
todos
envolvidos
conceberem isso…
teremos
o
que
sonhamos.
Ainda acredito que o Coordenador Pedagógico tenha espaço, conhecimento e amor
suficiente pela Educação para fazer tudo o que aparece em seu redor. Acredito que
mais cedo ou mais tarde ele possa ser chamado na prática: COORDENADOR
PEDAGÓGICO! Sabemos como é a realidade na Escola. Ainda eles conseguirão o
espaço tão esperado. Quem irá lucrar com isso? Com certeza os professores e
conseqüentemente os alunos (RANGEL, 2001).
Precisamos com urgência desmistificar a concepção de que o
coordenador pedagógico é para “apagar incêndio” em escola. Ou seja, este
31
profissional não pode está subordinado aos caprichos de alguns diretores de escola
que inacreditavelmente não sabem qual é a real função deste profissional.
Consideramos importante que um bom coordenador tenha o mínimo de
conhecimento em alguns aspectos. Ou seja, que tenha a palavra amiga, mas
coordenador não é psicólogo, que mantenha na escola kits de primeiros socorros,
mas coordenador não é enfermeiro, que entenda de crianças, mas que não seja
babá, que seja um bom apaziguador, mas coordenador não é para separar briga na
escola, que tenha conhecimento da infra-estrutura da escola, mas coordenador não
é pedreiro nem encanador e que apesar de receber alguns “choques” também não é
eletricista.
Queremos esclarecer para aqueles que acham que o coordenador
pedagógico é o “faz tudo” que é melhor rever seus conceitos, afinal de contas essa é
uma profissão que assim como todas as outras merece respeito. Respeitar uma
profissão é a forma mais sublime de respeitar o outro e ainda mais quando esse
outro é o profissional que tem como função viabilizar a interação e contribuir para o
bom funcionamento de uma instituição desvelando o papel de cada agente
envolvido.
"Misturar-se” aos sujeitos do universo educacional, conforme ZABALA
(1998), é um ato crucial para o coordenador, no entanto é preciso que esta ação
seja fruto de um diagnostico prévio no intuito de estabelecer um plano de ação
sistematizado e em conjunto com o todo, desde o funcionário da limpeza ao
secretário de educação.
6- O SABER FAZER E APRENDER DO COORDENADOR PEDAGÓGICO NO
UNIVERSO ESCOLAR
O trabalho do Coordenador Pedagógico tem sido alvo de inúmeros
debates no âmbito educacional. A simultaneidade e o grande acúmulo de tarefas
confundem de certa forma o profissional no seu cotidiano.
Em PLACCO (2003, p. 47) encontramos:
“O cotidiano do coordenador pedagógico ou pedagógico-educacional
é marcado por experiências e eventos que o levam, com freqüência,
a uma atuação desordenada, ansiosa, imediata e racional, às vezes
até frenética”.
Mas afinal o que é coordenar? Coordenar, do latim, segundo ZABALA
(1998), Coordinar significa 'ligar', 'ajuntar', 'organizar', 'arranjar'. Coordenação, do
latim. Tardio coordenatione nos passa a idéia de: 'mediar', 'ligar', articular um
trabalho em andamento. Procurar unir, dar sentido, uma articulação ao que está
sendo feito individualmente. Portanto, o Coordenador Pedagógico atua ou deve
atuar como elemento integrador, dinamizador de toda a equipe escolar, como
veremos no estudo realizado neste subitem.
No cotidiano escolar, o Coordenador Pedagógico desempenha uma
função que poderíamos afirmar que hoje é quase insubstituível. A sua importância
no universo escolar dá-se pelo fato de ser ele o articulador, o mediador das relações
pais/professores/alunos/diretoria, evitando o desgaste que possa vir a acontecer
entre esses pólos que fazem parte da escola. Vejamos:
33
Esse trabalho é por si só complexo e essencial, uma vez que busca
compreender a realidade escolar e seus desafios, construir alternativas que se
mostrem adequadas e satisfatórias para os participantes, “propor um mínimo de
consciência entre as ações pedagógicas, tornando-as solidárias e não isoladas ou
em conflito uma com as outras”. (GARRIDO, 2002, p. 74).
Na sua função integradora e articuladora, o Coordenador Pedagógico
está presente nas ações pedagógicas e didáticas desenvolvidas na escola,
mantendo uma relação constante com professores, alunos e pais, constituindo-se
num agente articulador no processo de construção do coletivo escolar. O
coordenador pedagógico, um dos atores da escola, conseguirá desencadear um
trabalho transformador à medida que realizar uma “ação intencional, em conexão
com a organização e gestão escolar e um trabalho coletivo, integrado com os atores
da comunidade escolar” (ORLOSON, 2002, p.19).
E mais, cumpre um papel de orientar esses agentes. Tal orientação,
como nos mostra RANGEL (1997, p. 45), consiste em
“Criar e estimular oportunidades de estudo coletivas, para análise da
prática em suas questões e em seus fundamentos teóricos, em seus
problemas e possíveis soluções, que se ‘trocam’ e se aproximam nos
relatos de experiências”.
Dessa forma, espera-se que o Coordenador Pedagógico favoreça a
organização dos atores e dos processos da escola, com atitude crítica e reflexiva,
fazendo uso dos saberes adquiridos na sua formação acadêmica e na experiência
profissional, com o intuito de nortear as relações existentes no ato de aprender e
ensinar, transformando a escola num espaço onde se coordena o saber fazer e o
saber aprender. Para tal é importante que o coordenador pedagógico compreenda
que:
“Lidar com planejamento, com desenvolvimento profissional e a
formação do educador, com as relações sociais e interpessoais
existentes na escola é lidar com a complexidade do humano, com a
formação de um ser humano que pode ser sujeito transformação de si
e da realidade, realizando, ele mesmo, resultado de sua
intencionalidade”. (PLACCO, 2003, p.59).
A Coordenação Pedagógica de uma escola deve diferenciar-se do
modelo organizacional cuja autoridade e poder se estabelecem nas relações
verticais de dominação, indicando quem deve mandar e quem deve obedecer; ao
34
contrário, na escola a Coordenação Pedagógica deve ser um ambiente favorável ao
diálogo, nas relações com os professores, alunos, pais e com a gestão.
7- O COORDENADOR PEDAGÓGICO E A FORMAÇÃO CONTINUADA DOS
PROFESSORES
Percebe-se, pois, que a continuidade da formação é indispensável para
a profissionalização no atual contexto educacional e que esse processo se constrói
durante toda a carreira profissional RANGEL (1997, p. 15). A formação permanente
se faz necessária pela própria natureza dos saberes e dos fazeres humanos como
práticas que se transformam constantemente. Nesse sentido, os coordenadores
pedagógicos, anteriormente chamados de supervisores escolares, possuíam um
papel associado, principalmente, ao controle das práticas docentes. A partir das
mudanças no processo de organização da escola, o coordenador pedagógico
passou a ser considerado, também, um professor e seu foco passou a ser,
prioritariamente, o processo de ensino e aprendizagem. Desse modo, os saberes
teóricos e práticos oriundos da trajetória docente passaram a compor, juntamente
com os saberes para o desenvolvimento das atividades administrativas, os
conhecimentos necessários para o trabalho na coordenação.
Outro objetivo, conforme PLACO (2004, p. 14), e foco do coordenador
é a formação continuada, momento único e imprescindível onde o coletivo da escola
se reúne para estudar e aprimorar o estudo em grupo e o conhecimento. É um
instante fundamental para o sucesso da escola, e os coordenadores possuem a
missão de organizar, preparar, pesquisar, enfim, deliberar esse momento de estudo,
de leitura e de discussões dentro do colégio. Essa formação continuada dinamiza as
ações da escola, proporciona um ambiente transformador e também dá subsídios
36
para que aconteçam momentos de puro conhecimento, para que os alunos, os
profissionais
da
educação
e
também
as
famílias
possam
se
entrelaçar
cotidianamente para o bem de toda a comunidade.
O coordenador é isso e muito mais, ele trabalha, media, projeta, prevê
resultados, cobra, pesquisa, enfim, auxilia bastante a direção escolar para que as
coisas andem corretamente dentro da unidade.
Trabalha muitas vezes acima de sua carga horária semanal, e muito
se preocupa quando as coisas não caminham da forma como deveriam caminhar
dentro da escola. Por ser assim, esse coordenador merece ser mais valorizado pelo
poder público, tanto na questão profissional como salarial. A função do coordenador
é especial e tanto as escolas públicas como as particulares necessitam desse
articulador educacional, pois como disse, sua função é preponderante para o
funcionamento da instituição escolar (ROMANELLI, 1984, p. 48).
O Professor Coordenador Pedagógico precisa se despir de sua
imagem de "chefe" para tornar-se igual, para criar um clima em que todos participem
coletivamente.
Temos o desafio de ajudá-lo a redimensionar sua função na escola
para que compreenda seu papel na coordenação de um projeto de formação com
conteúdos claros e consistentes, visando a formação de seus professores. Para
muitos municípios participantes da rede, essa proposta de formação permanente é
nova. Ela vai exigir uma reorganização da Secretaria de Educação quanto aos
papéis destinados aos formadores locais. Não é uma tarefa fácil e temos clareza que
exigirá, em muitos casos, um tempo de reflexão da equipe e negociações internas
para efetivar mudanças necessárias.
Sabemos que em alguns lugares existe uma cultura escolar em que o
coordenador assume muitas atribuições administrativas, pois recebe uma demanda
enorme de tarefas. Não sobra tempo para se dedicar à formação dos professores e,
muitas vezes, o coordenador não é reconhecido como um formador.
Por este e por outros motivos, há muitas situações em que, para
cumprir minimamente sua responsabilidade junto aos professores, os coordenadores
adotam uma linha mais prescritiva, dizendo aos professores o que eles precisam
fazer, entregando o planejamento pronto, explicando demandas, mas sem incorporar
37
na sua ação os saberes dos professores. Sem dúvida, esta situação torna o
professor muito dependente, sem autoria. Isto evidentemente não o ajuda a se
tornar um profissional pesquisador, reflexivo e autônomo, qualidades exigidas de um
educador contemporâneo.
Dentro da escola, a função de coordenador pedagógico nem sempre é
bem ilimitada SILVA (2006) . Muitos acham que o profissional que exerce o cargo é
um auxiliar do diretor para as questões burocráticas. Outros acreditam que cabe a
ele resolver os problemas disciplinares dos alunos. E o pedagógico que está na
denominação do cargo quase sempre é esquecido. Porém é essa palavra que define
a tarefa do coordenador: fazer com que os professores se aprimorem na prática de
sala de aula para que os alunos aprendam sempre. Para isso, ele só tem um
caminho: realizar a formação continuada dos docentes da escola.
Coordenador pedagógico – está relacionada a concepções diferentes
sobre a maneira como ele se torna um bom profissional. Há quem acredite que
ensinar é uma vocação e, por isso, o “dom” nasceria com a pessoa. Outros afirmam
que ele aprende por tentativa e erro, acumulando experiências de sala de aula. E
ainda existem os que defendem que o domínio do “como ensinar” vem da mera
reprodução de roteiros prontos de aulas e de atividades. A necessidade de haver
formação continuada só surge quando o professor é visto como um profissional que
deve sempre aperfeiçoar sua prática ao fazer um trabalho de reflexão sobre ela e
tem contato com o conhecimento didático. É aí que surge o papel de formador do
coordenador pedagógico, que se torna imprescindível para orientar esse processo.
Para bem cumprir a função, ele deve estar sempre atualizado (o que
significa estudar muito) com as didáticas específicas – compostas dos saberes sobre
os conteúdos, da forma de ensinar cada um deles e da maneira como as crianças
aprendem. É com esse conhecimento que o coordenador pedagógico planeja os
encontros de formação. Nele, ele tem dois principais caminhos a percorrer: o da
dupla conceitualização e o da tematização da prática.
A formação continuada deve ocorrer durante toda a vida do
profissional.
No
mundo
contemporâneo,
faz-se
necessário
uma
constante
atualização de métodos, conceitos, teorias concernentes à área profissional na qual
atue. Para GLEGLIO (2003), a formação continuada é uma das etapas de
preparação do profissional da educação e, de acordo com a própria nomenclatura,
38
ela é continuada. Quer dizer, não tem fim, é constante. A formação continuada do
professor dá-se basicamente na escola, pois este é o espaço da sua atuação diária,
como também em eventuais congressos, palestras, cursos. Pensamos o
Coordenador pedagógico como contributo essencial para a formação continuada do
professor, pois como agente articulador do processo educacional na escola, deverá
estimular o professor a refletir sobre a sua prática. É importante reforçar que:
Pensar a prática não é somente pensar a ação pedagógica na sala de
aula, nem mesmo a colaboração didática com os colegas.
“É pensar a profissão, a carreira, as relações de trabalho e de poder
nas organizações escolares, a parte de autonomia e de
responsabilidade conferida aos professores, individual ou
coletivamente”. (PERRENOUD, 1993, p.200).
Portanto, o Coordenador Pedagógico é aquele que proporciona a
reflexão da prática. Segundo RANGEL (1997, p.76), o coordenador propicia:
“A reflexão teórica sobre a prática e as trocas de experiências, a
observação e análise de problemas e soluções comuns,
acompanhamento, leitura e debate de estudos e pesquisas sobre a
prática pedagógica; a orientação é procedimento natural,
conseqüente ao ‘olhar sobre’, com atenção a perceber e estimular o
aproveitamento dos elos articuladores das atividades pedagógicas. O
Coordenador Pedagógico deve incumbir-se de garantir, auxiliar e
orientar esta formação, a fim de que o professor possa aperfeiçoar
suas habilidades, aliando a Teoria à Prática.”
A formação contínua de educadores que atuam na escola básica será
mais bem-sucedida se a equipe escolar, liderada pelos diretores e coordenadores,
encará-la como valor e condição básicos para o desenvolvimento profissional dos
trabalhadores em educação. A estrutura e a gestão democrática são elementos
essenciais por enaltecerem a participação e o envolvimento dos professores e
técnicos.
Autor como PERRENOUD (2001), analisa a formação docente
embasados nas teorias cognitivistas e nas teorias psicanalistas. Chama-nos atenção
o fato de que as teorias que na escola eram voltadas para o processo de
aprendizagem do aluno, são redimensionadas. A aprendizagem do professor
(inclusive do seu ofício) é foco privilegiado para a atual pesquisa educacional.
8- COMPETÊNCIAS E ATRIBUIÇÕES DO COORDENADOR PEDAGÓGICO
Quanto
colaboradoras
às
atribuições
apontaram
que
seu
como
trabalho
coordenador
reside,
pedagógico,
as
prioritariamente,
no
desenvolvimento das questões burocráticas, postas pela legislação vigente, e no seu
trabalho com a equipe docente. Ou seja, o coordenador é o mediador das práticas
do professor, uma vez que sua ação está diretamente ligada à educação, aos
aspectos pedagógicos do ambiente escolar. Corroborando com o exposto,
OLIVEIRA (2005, p. 373) destaca que,
“[...] a coordenação pedagógica [...] responde pela viabilização do
trabalho pedagógico-didático e por sua integração e articulação com
os professores, em função da qualidade do ensino.”
Dessa forma, o trabalho desenvolvido pelo coordenador pedagógico
constitui-se em uma prática mediadora no sentido de visar o comprometimento com
o corpo docente e o processo de ensino-aprendizagem dos alunos. A partir disso,
percebe-se que o coordenador pedagógico é o gestor responsável por:
“[...] coordenar, acompanhar, acessorar, apoiar e avaliar as atividades
pedagógico-curriculares. Sua atribuição prioritária é prestar
assistência pedagógico-didática aos professores em suas respectivas
disciplinas, no que diz respeito ao trabalho interativo com os alunos.”
(OLIVEIRA, 2005, p. 373).
Dentro das escolas, existe a figura do Professor Coordenador, um
personagem peculiar. Este profissional exerce, em seu cotidiano, uma série de
funções. Penso que uma das principais atribuições do Professor Coordenador
Pedagógico é ser o Elo entre o corpo docente e a direção escolar.
40
É este profissional quem ajuda na gestão escolar e na elaboração da proposta
pedagógica da escola. Orienta alunos, pais e professores, além de responder pela
formação crítica dos professores. Deve ainda auxiliar a resolver problemas de
disciplina dos estudantes. Por tudo isso, o coordenador pedagógico só vai
desempenhar bem seu ofício se for um líder e tiver apoio da direção em suas ações
e reivindicações, como infra-estrutura de trabalho e tempo de estudo para ele e para
todos os professores.
Neste complexo emaranhado de atribuições e burocracias, fica difícil
estabelecer um perfil para os coordenadores. O que pode-se afirmar é que devem
estar sempre se atualizando, e buscando melhorias coletivas dentro da escola.
O que me pergunto sobre a função de coordenador pedagógico é o porque este
profissional muitas vezes é visto com desconfiança? As chamadas minorias, por
exemplo, precisam reconhecer que, no fundo, elas são a maioria.
“O caminho para assumir-se como maioria está em trabalhar as
semelhanças entre si e não só as diferenças e assim criar a unidade
na diversidade, fora da qual não vejo como aperfeiçoar-se e até como
construir-se uma democracia substantiva, radical.” (FREIRE, 1975,
página 43).
Ele faz a transposição da teoria para a prática escolar e é o maior
responsável pela formação dos docentes, ajudar a elaborar e aplicar o projeto da
escola, dar orientação em questões pedagógicas e, principalmente, atuar na
formação contínua dos professores. Essas são as funções do coordenador
pedagógico (também conhecido em algumas regiões do país como supervisor ou
orientador).
Assim, é necessário que ele antecipe conhecimentos para o grupo.
Para isso é preciso ler muito, não só sobre conteúdos específicos, mas também
livros de literatura, jornais e revistas. Um bom coordenador é também um apreciador
das diferentes manifestações culturais. Visita regularmente museus e exposições e
vai ao cinema e ao teatro.
Em muitas escolas, cabe a esse profissional fazer ainda o atendimento
aos pais e ajudar a resolver problemas de disciplina dos estudantes. Por tudo isso, o
coordenador pedagógico só vai desempenhar bem seu ofício se for um líder e tiver
apoio da direção em suas ações e reivindicações, como infra-estrutura de trabalho e
tempo de estudo para todos os professores.
41
O que ele faz ajuda a elaborar a proposta pedagógica da escola e
garante que ela seja posta em prática. Orientam pedagogicamente pais e
responsáveis, alunos, educadores e demais funcionários da instituição. Responde
pela formação dos docentes.
9- A FORMAÇÃO DO COORDENADOR PEDAGÓGICO
Educação de qualidade é uma busca constante das instituições de
ensino, para que isso se torne realidades são necessárias ações que sustentem um
trabalho em equipe e uma gestão que priorize a formação docente contribuído para
um processo administrativo de qualidade conforme CHIAVENATO (1997, p.101),
“não se trata mais de administrar pessoas, mas de administrar com as pessoas.”
“As organizações cada vez mais precisam de pessoas proativas,
responsáveis, dinâmicas, inteligentes, com habilidades para resolver problemas,
tomar decisões”. (CHIAVENATO,1997,p.104). Nessa perspectiva devemos identificar
as necessidades dos professores e com eles encontrar soluções que priorizem um
trabalho educacional de qualidade esse trabalho é desenvolvido pelo coordenador
pedagógico. Esse profissional tem que ir além do conhecimento teórico, pois para
acompanhar o trabalho pedagógico e estimular os professores é preciso percepção
e sensibilidade para identificar as necessidades dos alunos e professores, tendo que
se manter sempre atualizado, buscando fontes de informação e refletindo sobre sua
prática como nos fala NOVOA (1999), que a experiência não é nem formadora nem
produtora. “É a reflexão sobre a experiência que pode provocar a produção do saber
e a formação” (p.19), com esse pensamento ainda é necessário destacar que o
trabalho deve acontecer com a colaboração de todos, assim o coordenador deve
estar preparado para mudanças e sempre pronto a motivar sua equipe.
43
Dentro das diversas atribuições está o ato de acompanhar o trabalho
docente, sendo responsável pelo elo entre os envolvidos na comunidade
educacional. A questão do relacionamento entre o coordenador e o professor é um
fator crucial para uma gestão democrática, para que isso aconteça com estratégias
bem formuladas o coordenador não pode perder seu foco.
O coordenador precisa estar sempre atento ao cenário que se
apresenta a sua volta valorizando os profissionais da sua equipe e acompanhando
os resultados, essa caminhada nem sempre é feita com segurança, pois as diversas
informações e responsabilidades o medo e a insegurança também fazem parte
dessa trajetória, cabe ao coordenador refletir sobre sua própria prática para superar
os obstáculos e aperfeiçoar o processo de ensino – aprendizagem. O trabalho em
equipe é fonte inesgotável de superação e valorização do profissional.
Imaginemos uma instituição de ensino sem a figura de um
Coordenador Pedagógico? Afinal de contas, qual o papel do coordenador? Diversas
são as reclamações que emergem em seu cotidiano: sentem-se sozinhos, lutando
em muitas frentes, tendo que desempenhar várias funções. Qual seria sua efetiva
identidade profissional? A sensação que têm, com freqüência, é de que “são
bombeiros” a apagar alguns focos de “incêndio” na escola, e no final do dia vem o
sabor amargo sabor de que não se fez nada de muito relevante… Sentem ainda o
distanciamento em relação aos professores, a desconfiança, a competição, a disputa
de influencia e de poder, etc.
A função de coordenação pedagógica é o suporte que gerencia,
coordena e supervisiona todas as atividades relacionadas com o processo de ensino
e aprendizagem, visando sempre a permanência do aluno com sucesso
Poderíamos dizer que a coordenação pedagógica é a articuladora do
Projeto Político Pedagógico da instituição no campo pedagógico, organizando a
reflexão, a participação e os meios de concretização do mesmo, de tal forma que a
escola possa cumprir sua tarefa de propiciar que todos os alunos aprendam e se
desenvolvam (desde a alfabetização), como seres humanos plenos, partindo do
pressuposto de que todos têm direitos e são capazes de aprender.
É oportuno que a coordenação pedagógica, oriente e acompanhe o
professor, acreditando na possibilidade de que tudo pode mudar sua visão e postura
44
em relação a prática pedagógica. Precisamos trabalhar nesta direção, desarmar
preconceitos, buscar sinceramente esta crença. Assim como o professor não pode
desistir do aluno, o coordenador não pode desistir do professor. Parte-se sempre do
pressuposto de que todo ser humano pode aprender, todo ser humano “tem jeito”.
Em suma, quando se fala em séries iniciais, nos remetemos idéias de
que nesta fase o acompanhamento sistemático e a contento se torna imprescindível,
por se tratar de uma fase que representa a base, o alicerce de todo processo
educativo. Interessante que haja comprometimento, envolvimento, compromisso dos
envolvidos, em prol de melhores resultados tanto no fazer pedagógico, quanto na
aprendizagem de nossas crianças e adolescentes deste nosso país.
A Formação do Coordenador Pedagógico dá-se basicamente na
graduação em Pedagogia, nos cursos de pós-graduação destinados à especialidade
da Coordenação Pedagógica. Como afirma LIBANEO (2003, p. 99):
“O curso de pedagogia tem como objetivo a formação de
especialistas em educação, abrangendo várias áreas de educação
profissional: coordenação pedagógica de escolas, direção de escolas,
planejamento e avaliação educacional.”
No entanto, é necessário que o Coordenador Pedagógico esteja atento
para a sua formação continuada, pois este, como vimos, é responsável pela
formação dos seus professores. Mas, como ocorre a formação continuada do
Coordenador? Para respondermos a essa questão, recorremos a GLEGLIO (2003,
p.118):
“Essa formação continuada acontece de forma marcante no próprio
movimento de constituição de seu papel na formação continuada do
professor. Ou seja, à medida que ele contribui para a formação do
professor em serviço, ele também reflete sobre sua atuação e,
conseqüentemente a sua autoformação continuada.”
O Coordenador Pedagógico precisa buscar formas sempre novas para
a sua própria formação continuada, pois como articulador do processo educativo
deve fornecer instrumentos teóricos que fundamentem o saber fazer educativo, onde
Teoria e Prática no seu cotidiano andem sempre em harmonia. Pois, como entende
ALONSO (2000), a sua ação implica numa ação planejada e organizada a partir de
objetivos muito claros, assumido por todo o pessoal escolar, com vistas ao
fortalecimento do grupo e ao seu posicionamento responsável frente ao trabalho
educativo.
10- OBJETIVOS DA COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
A Coordenação Pedagógica visa, segundo GLEGLIO (2003, p.119), entre
outras questões:
• Ser o co-responsável pela construção de uma equipe escolar coesa, empenhada,
engajada, para viabilizar as metas preconizadas no Plano de Desenvolvimento da
educação – PDE
• •Elaborar, em sintonia com os coordenadores de curso, o horário de aulas no
início do ano letivo.
• •Planejar, orientar e coordenar as atividades da área zelando pelo fiel
cumprimento do regime acadêmico interno.
• •Convocar e presidir reuniões pedagógicas entre os coordenadores do curso da
Unidade.
• •Promover a execução das atividades pedagógicas programadas.
• •Resolver questões pedagógicas que surjam na Unidade.
• •Apreciar, em conjunto com os coordenadores de curso, os planos de curso, o
Projeto Pedagógico e o desenvolvimento das aulas em cada curso ministrado.
• •Auxiliar o coordenador do curso na contratação ou afastamento de professor
temporário.
46
• •Adotar medidas em conjunto com o coordenador de curso que visem a
excelência acadêmica.
• •Apoiar pedagogicamente os professores.
• •Coordenar as atividades pedagógicas do corpo docente visando à articulação
entre ensino, pesquisa e extensão.
• •Propor e coordenar plano de formação docente para o quadro de professores da
Unidade.
•Acompanhar a elaboração e o desenvolvimento das atividades acadêmicas dos
docentes.
• •Pronunciar sobre aproveitamento de estudos de alunos transferidos e
diplomados em conjunto com o coordenador de curso.
• •Acompanhar a planilha de carga horária dos docentes, de acordo as matrizes
curriculares e outras atividades atribuídas a cada professor.
• •Atender aos alunos. (Ouvidoria)
• •Examinar as ementas, os programas e as cargas horárias das disciplinas dos
cursos, analisando sua adequação e cuidando da sua constante atualização, bem
como da sua obediência às disposições legais e regulamentares e emitir parecer.
• •Participar do processo de matrícula emitindo parecer, quando necessário.
• •Trabalhar em sintonia com o coordenador do curso. Além destas atividades
cabe, também, ao coordenador pedagógico exercer as funções:
• Preventiva: que consiste em acompanhar o processo pedagógico para contribuir
na melhoria do processo ensino-aprendizagem;
• Construtiva: visando auxiliar o docente a superar as possíveis dificuldades de
maneira positiva e cooperativa.
• Criativa: objetiva estimular e motivar o docente a buscar novos caminhos,
elaborar projetos de pesquisas e criar novos recursos didáticos do ensino.
11- SUPERVISÃO ESCOLAR: UM EXERCÍCIO DE DEMOCRACIA OU
AUTORITARISMO
A escola, pelo que observamos, nem sempre, ou diria, raramente, é
pautada pelo princípio de que deva ser governada por interesses dos que estão
envolvidos. Será que existe, na verdade, interesse em uma gestão democrática?
Qual seria então o papel da democracia na escola?
Dentro de um contexto da rede pública, observa-se pelo que tenho
notado que o gestor ou diretor escolar assume uma nova centralidade
organizacional, sendo o que deve prestar contas pelos resultados educacionais
conseguidos, transformando-se no principal responsável pela efetiva concretização
de metas e objetivos, quase sempre centrais e hierarquicamente definidos. Neste
sentido, esta concepção de gestão introduz uma nova nuance na configuração das
relações de poder e autoridade nos sistemas educativos.
“Uma grande escola exigirá docentes competentes, abertos para o
mundo e para o saber, sempre de novo redefinidos. Docentes e
estudantes conscientemente comprometidos. Uma grande escola
exigirá espaços físicos, culturais, sociais e artísticos, equipados que
abriguem toda a sabedoria acumulada da humanidade e toda a
esperança de futuro – que não seja continuidade do presente, porque
este está em ritmo de barbárie – mas seja sua ultrapassagem. Uma
grande escola exigirá tempo. Tempo de encontro, de encanto, de
canto, de poesia, de arte, de cultura, de lazer, de discussão, de
gratuidade, de ética e de estética, de bem-estar e de bem-querer e de
beleza. Porque escola grande se faz com grandes cabeças (é certo!),
mas também com grandes corações, com muitos braços, que se
estendem em abraços que animam caminhadas para grandes
horizontes.” (REDIN, 1999:07).
48
Trata-se de uma autoridade cuja legitimidade advém agora da
revalorização neoliberal do “direito a gerir” — direito este por sua vez, apresentado
como altamente convergente com a idéia neoconservadora que vê a gestão ao
serviço de uma nova ordem social, política e econômica, com formas de avaliação
que facilitam a comparação e o controle de resultados, embora no primeiro modelo
se exija sempre a sua divulgação pública e no outro essa prestação de contas se
faça diretamente às hierarquias de topo da administração.
Democracia refere-se à “forma de governo” ou a “governo da maioria”;
então, torna-se claro, que as relações cotidianas no âmbito escolar, deveriam
explicitar esta linha de ação, porém sabendo-se que toda gestão, pressupõe uma
AÇÃO e a palavra ação é justamente o oposto da inércia, do comodismo, espera-se
do gestor educacional atitudes compromissadas de construir, de fazer e o que se
observa são atitudes autoritárias, seguindo diria, uma linha horizontal, onde os
princípios democráticos não se inserem; visto que a escola deve ser vista como um
lugar privilegiado para a construção do conhecimento e como eixo base das
relações humanas, viabilizando não só a produção de conhecimentos como também
de atitudes necessárias à inserção neste novo mundo com exigências cada vez
maiores de cidadãos participativos e criativos. Seria para muitos, um exagero em
considerar a gestão escolar na esfera pública, autoritária.
Porém, partindo-se que o autoritarismo está ligado a práticas
antidemocráticas e anti-sociais e estas, permeiam sutilmente a gestão das escolas
públicas, creio sim, que este termo não estaria sendo utilizado aqui, neste artigo, de
forma errada, a afrontar a administração pública.
A questão do controle, do poder aprisionado nas mãos de diretores e
superiores ainda é prática constante.
Administrar escolas é tarefa árdua, porém, dentro dos moldes do
autoritarismo, legitima-se então, traumas antigos em que a sociedade se mostra
ainda fragilizada, com medo, sem liberdade de se expressar e covardemente
cedendo lugar às ideologias. Percebe-se na gestão educacional, uma administração
voltada com ações na verdade, reprodutoras de uma sociedade infelizmente
alienada e passiva, ditando regras e não estabelecendo uma relação dialógica ideal
com os envolvidos, estabelecendo meramente uma transmissão de ordens,
49
alegando na maioria das vezes cumprirem determinações que lhes vem de cima não
proporcionando assim, momentos para discussão....
Todas as iniciativas de política educacional, apesar de sua aparente
autonomia, têm um ponto em comum: o empenho em reduzir custos, encargos e
investimentos públicos, buscando senão transferi-los e/ou dividi-los, com a iniciativa
privada e organizações não governamentais. (ROSSI, 2001).
A participação é
muitas vezes, limitada, controlada e puramente formal. A estrutura técnica se
sobrepõe aos indivíduos envolvidos e o poder e a autoridade (leia-se: autoridade:
como não prática social- sem visão crítica) se instalam de forma sutil , com
obediência, dentro de uma perspectiva clássica de administração que repudia a
participação, o compartilhar idéias, a liberdade para expressar-se , a deliberação de
decisões e o respeito às iniciativas.
A questão do controle ainda é muito forte e mesmo sabendo que o
poder e a autoridade são necessários em muitos momentos dentro de várias
organizações, intermediando e viabilizando ações criativas para melhora, observa-se
ainda um controle rígido, um descompromisso e muito pouca participação da
comunidade escolar como um todo (professores, pais, funcionários, lideranças de
bairro) no processo da gestão escolar, causando assim automaticamente uma
acomodação, em que as pessoas não se mobilizam para nada e ficam alheias,
esperando sempre serem orientadas ou então aceitando passivamente tudo que
venha das “autoridades competentes”, sem quer que seja nenhum questionamento
crítico construtivo.
As atuais discussões sobre gestão escolar têm como dimensão e
enfoque de atuação: a mobilização, a organização e a articulação das condições
materiais e humanas para garantir o avanço dos processos socioeducacionais,
priorizando o conhecimento e as relações internas e externas da escola.
”Sou um homem de causas. Vivi sempre pregando, lutando, como um
cruzado, pelas causas que comovem. Elas são muitas, demais: a salvação
dos índios, a escolarização das crianças, a reforma agrária, o socialismo em
liberdade, a universidade necessária. Na verdade, somei mais fracassos
que vitórias em minhas lutas, mas isso não importa. Horrível seria Ter ficado
ao lado dos que venceram nessas batalhas.” (PIMENTA, 1997, pág. 45).
11.1 - ESCOLA OU EMPRESA?
50
A tendência gerencialista adquire certas especificidades quando
adotada em instituições e serviços do Estado tem sido designada de nova gestão
pública. Gestão esta com requintes de modelo empresarial, onde a escola se coloca
a serviço da empresa, com metas a cumprir, atendendo “clientela”, sendo o aluno na
verdade, um mero número.
O uso da autoridade dentro de uma gestão educacional, deve ter o
cuidado de não se estender a um modelo vertical, devendo essencialmente
privilegiar as relações horizontais entre seus integrantes, mediando as discussões,
as trocas de idéias, legitimando assim, verdadeiras ações democráticas.
Sabe-se o quanto somos facilmente manipulados, por vivermos em
uma sociedade de consumo, porém não devemos esquecer que as organizações
educacionais são melhores situadas que outras, para iniciar mudanças, começando
no âmbito de suas relações internas, no trabalho educativo e logicamente na
qualidade da gestão que viabiliza este trabalho.
Eliminar as desconfianças, incentivar a criatividade, a ousadia, a
solidariedade e a boa convivência, são elementos básicos fundamentais, que com
certeza estruturam uma gestão democrática. É claro que estes princípios não se
desvinculam da análise de um contexto político, social, ideológico e cultural num
sentido amplo, mas mesmo assim, os principais atores deste espetáculo, são os
educadores, peças chave na construção de uma gestão educacional digna e
humanitária, com potencial de ação, motivadora e inovadora.
É necessário que o gestor garanta a participação das comunidades
interna e externa, a fim de que assumam o papel de co-responsáveis na construção
de um projeto pedagógico que vise ensino de qualidade para a atual clientela da
escola pública e para que isso aconteça é preciso preparar um novo diretor,
libertando-o de suas marcas de autoritarismo redefinindo seu perfil, desenvolvendo
características de coordenador, colaborador e de educador, para que consigamos
programar um processo de planejamento participativo de representantes dos
segmentos da comunidade interna (diretor, vice-diretor, especialistas, professores,
alunos e funcionários) e externa (pais, órgãos/instituições, sociedade civil
organizada, etc.), com um conselho não só consultivo como também deliberativo
(que não se vê há tempos).
51
“A esses que sempre se beneficiaram do autoritarismo que gerou a
exclusão,do centralismo que gerou a alienação, da falta de
transparência que gerou a corrupção e da irresponsabilidade que
produziu a ignorância; temos que dar um recado: [...] Não abriremos
mão de construirmos o que já conquistamos e não nos
acomodaremos ante o sonho de sermos os próprios obreiros e
gestores do nosso mundo.” (PIMENTA, 1997, pág. 23).
CONCLUSÃO
Como conclusão observou-se que existe na sociedade brasileira um
conflito entre aquilo que se atribui oficialmente enquanto função específica do
supervisor/coordenador pedagógico e aquilo que realmente acontece no interior de
nossas escolas municipais.
A legislação atual, bem como a formação oferecida nos cursos de
Pedagogia destoa enormemente das práticas pedagógicas exercida historicamente
pelos supervisores/coordenadores. O contexto de desmonte da escola pública é
outro empecilho que dificulta ainda mais o desenvolvimento do trabalho pedagógico
destes profissionais.
O supervisor/coordenador vive em meio de constantes contradições,
entre aquilo que ele pensa e aquilo que lhe é possível realizar, entre a sua prática e
a sua teoria, entre a necessidade de articular os diferentes atores do processo
educativo e a rejeição que este sofre por parte destes, e outra contradição
vivenciada pelo supervisor/coordenador é o dilema entre o que o sistema lhe impõe
e aquilo que a realidade escolar requer.
A relação entre os supervisores e professores é ambígua marcada
oficialmente por um discurso de confiança, compromisso, participação, diálogo,
democracia, aconselhamento, orientação entre outros, no entanto, o que
observamos, é que na prática há um clima de desconfiança, insegurança,
53
descontentamento e omissão, que perpassam todas as relações estabelecidas
dentro e fora do universo escolar.
Podemos afirmar, com convicção, que nem os coordenadores e nem
os professores tem clareza sobre a função oficial que deve ser exercida pelo
coordenador, neste sentido constatamos uma incoerência entre aquilo que a
legislação estabelece enquanto função do supervisor/coordenador, aquilo que
abertamente este profissional assume enquanto sua função mesmo desconhecendo
a referida Resolução e aquilo que realmente no cotidiano escolar este executa.
Após todo o caminho percorrido na busca de enfocar a Relação Teoria
e Prática no Cotidiano do Coordenador Pedagógico, pensamos ser relevante para
concluir tecer algumas considerações.
O Coordenador Pedagógico precisa estar atento a algumas dimensões
que são importantes para a sua coerência no cotidiano escolar. Primeiro, deve
preocupar-se com a sua formação, manter-se constantemente atualizado,
procurando realizar leituras específicas no que tange a sua área de ação, bem como
aos avanços e desafios da contemporaneidade social. Segundo, deve procurar
centrar o seu trabalho na ação humana, voltar a sua Prática à Teoria para o outro
acreditar sempre nas mudanças, possuindo assim a capacidade de aceitar e
conviver com as diferenças. Terceiro, estar atento ao saber fazer, ao saber pôr em
ação por meio de métodos, técnicas e recursos didáticos, o seu saber, de tal forma
que possa realmente garantir, auxiliar de forma organizada e coerente a formação
continuada do professor.
Para finalizar, entendemos que é necessário que o Coordenador
Pedagógico tenha embasamento teórico que oriente a sua prática; este deve ser
antes de tudo, um profissional reflexivo, conhecedor de estratégias que lhe permitam
auxiliar seus professores.
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