Insuficiência Renal Aguda

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INSUFICIÊNCIA RENAL
MSc. Roberpaulo Anacleto
A importância dos rins
 Os rins regulam a pressão arterial, filtram o sangue,
eliminam as toxinas existentes no organismo, controlam
a água e o sal no corpo, produzem hormônios e
eliminam os excessos de medicamentos e outras
substâncias ingeridas.
Manifestação Clínica
1. Uremia
-Náuseas, vômitos, mal estar e alteração da
consciência
2. Hipervolemia
-Edema periférico
-Hipertensão- rara
-Pulmões: Estertores e Derrame pleural
3. Avaliação Cardíaca
-Atrito pericárdico
-Arritmias –Hipercalemia
4. Abdome
-Dor abdominal difusa, não específica
-Íleo paralítico
5. Sangramento
-Disfunção plaquetária
6. Neurológico
-Confusão mental
-Convulsões
7. ASSINTOMÁTICO
INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA
Classificação da IRA
• Pré-renal
• Renal
• Pós-renal
IRA pré-renal
• ↓Volume intravascular:
hemorragias, perdas gastrointestinais, perdas renais, perdas
insensíveis superiores à ingestão de líquidos (idosos, hipertermia,
queimados)
• ↓Débito cardíaco:
IAM, arritmias, hipertensão arterial maligna, tamponamento cardíaco,
miocardiopatias, disfunções valvares, hipertensão pulmonar, TEP,
Ventilação assistida com pressão positiva
• ↓Volume arterial efetivo:
ICC, hipoalbuminemia, perda para terceiro espaço, vasodilatação
sistêmica, secundária a agentes externos
IRA pós-renal
• Ureteral e pélvica:
obstrução intrínseca (coágulo, cálculo, infeções), obstrução
extrínseca (hiperplasia prostática benigna, CA próstata, tumores
ginecológicos ou metastáticos, ligadura iatrogênica)
• Bexiga:
obstrutivas (cálculos, coágulos, hipertrofia ou neoplasia prostática,
CA bexiga, bexiga neurogênica, anticolinérgicos)
• Uretra:
estreitamento, cicatrizes, fimose
IRA Renal
• Necrose tubular aguda (NTA):
Isquemia secundária a hipoperfusão renal, toxinas e medicamentos
(aminoglicosídeos,
antifúngicos,
imunossupressores,
quimioterápicos,
antivirais,
AINH,
contrastes
radiológicos,
endotoxinas bacterianas, solventes orgânicos), toxinas endógenas
(rabdomiólise, hemólise, hiperuricemia, mieloma)
• Nefrites intersticiais:
Medicamentos (penicilina, cefalosporinas, rifampicina, sulfonamindas
diuréticos, AINH), auto-imunes (LES, Sjoegren, doença mista do
tecido conjuntivo, infecções (pielonefrites), infiltrações (linfomas,
leucemias e sarcoidose), rejeição celular aguda pós-transplante
IRA Renal
• Doenças vasculares:
inflamatórias (vasculites), microangiopáticas (síndrome hemolíticourêmica, púrpura trombocitopênica trombótica, síndrome HELLP,
hipertensão arterial maligna), doença arterotrombótica (embolização
de colesterol), macrovasculares (estenose de artérias renais,
aneurisma, displasias).
• Glomerulopatias:
pós-infecciosa (GNDA pós infecciosa, endocardite, abscessos
sistêmicos,
shunts),
membranoproliferativas,
rapidamente
progressivas (idiopática, LES,
Wegener), síndrome hemolíticourêmica, esclerodermia
Laboratorial
•
•
•
•
•
•
•
Uréia, Creatinina, eletrólitos, Urina tipo 1 (densidade,
L/E)
“Reumatograma”
Fórmula Cockcroft-Gault
Relação Uréia:Creatinina
Na urinário (pré renal valor baixo)
Osmolalidade urinária (pré renal >500mosm/kg)
Fe Na = Na urinária/ Na plasm x 100
Cr urinária/ Cr plasm
• Biomarcadores: NGAL, KIM-1, cistatina
Agudo vs Crônico
 Anemia
 Fósforo
 Função
renal prévia (base)
 Urina tipo I
 USG rins
INSUFICIÊNCIA
RENAL CRÔNICA (IRC)
Conceito da insuficiência renal crônica
(IRC)
 Caracteriza-se
por um estado de disfunção renal
persistente e irreversível, devido a um processo
patológico.
 Podendo
ser lentamente progressivo ou acometido
rapidamente após uma agressão renal aguda, capaz de
deteriorar os rins
 Por ser lenta e progressiva, esta perda resulta em
processos adaptativos que, até um certo ponto, mantêm
o paciente sem sintomas da doença.

Até que tenha perdido cerca de 50% de sua função
renal, os pacientes permanecem quase que sem
sintomas.
 Apartir daí começam a aparecer os primeiros sintomas e
sinais que nem sempre incomodam muito o paciente.
 Como anemia leve, pressão alta, edema (inchaço) dos
olhos e pés, mudança nos hábitos de urinar (levantar
diversas vezes à noite para urinar) e do aceito da urina
(urina muito clara, sangue na urina, etc.).
 Até que os rins estejam funcionando somente entre 10-
12% de sua função renal normal, pode-se tentar tratar os
pacientes com medicamentos e dieta.
 Quando a função renal se reduz abaixo destes valores
(10-12%), torna-se necessário o uso de outros métodos
de tratamento da insuficiência renal como a Diálise ou o
Transplante Renal.
Sinais e Sintomas mais frequentes da
IRC
 Alteração na cor da urina (fica parecida com coca-cola









ou sanguinolenta)
Dor ou ardor quando estiver urinando
Passar a urinar toda hora
Levantar mais de uma vez à noite para urinar
Inchaço dos tornozelos ou ao redor dos olhos
Dor lombar
Pressão sangüínea elevada
Anemia (palidez anormal)
Fraqueza e desânimo constante
Náuseas e vômitos freqüentes pela manhã.
Causas e Fatores de Risco da (IRC)
Diversas são as doenças que levam à insuficiência renal
crônica. As três mais comuns são a
 Hipertensão arterial
 Diabetes
 Glomerulonefrite “nefrite crônica”).
Causas e fatores de risco da (IRC)
As outras causas são os
•RINS POLICÍTICOS (grandes e numerosos cistos que crescem nos
rins, destruindo-os)
•PIELONEFRITE (infecções urinárias repetidas devido à presença de
alterações no trato urinário, PEDRAS, obstruções, etc.)
•DOENÇAS CONGÊNITAS /HEREDITÁRIAS (“de nascença”).
•Doença Renal Policística
•Nefrite Intersticial
•Doenças Vasculares do Colágeno
•Neoplasias
•Doenças Metabólicas
•Anemia de Células Falciformes
•AIDS
Tratamento
• Geralmente,
inibidores da enzima conversora de
angiotensina são prescritos para todo os pacientes com
insuficiência renal crônica. No período geralmente
necessário para encontrar rim para transplante, a diálise
é única forma de limpar os resíduos do sangue que
seriam eliminados pela urina (uréia, potássio).
Diagnóstico Clínico
 Neurológicas
Alterações do sono
Convulsões
Irritabilidade
Cefaléia
Coma
 Psicolócicas
Depressão
Ansiedade
Psicose
• Pulmonares
Pulmão urêmico
Pleurite
Derrame Pleural
• Gastrointestinais
Anorexia
Náusea, vômito
Hálito Urêmico
Sangramento GI
Úlcera Péptica
Diagnóstico Clínico
Alterações


•
Hematológicas
• Cardiovasculares
Anemia
Hipertensão arterial
Sangramento
Insuficiência cardíaca
Musculoesqueléticas
Coronariopatia
Fraqueza
Pericardite
Osteodistrofia
Miocardite
Oculares
• Dermatológicas
Retinopatia Hipertensiva
Palidez
Depósitos de cálcio na conjutiva e córnea
Pigmentação
Prurido, escoriações
Equimoses, Púrpura
Alterações ungueais
Diagnóstico Laboratorial
 EAS
 Bioquímica
 Proteinúria de 24 horas
 Clearance da Creatinina
 Gasometria
 Ultra-sonografia
 Radiografia simples
 Tomografia Computadorizada
 Ressonância Magnética
 Eco Doppler de Artérias Renais
Quando Iniciar Diálise?
• Hipertensão arterial grave
• Encefalopatia e/ou neuropatia urêmica avançada
• Diátese hemorrágica
• Anorexia progressiva / náuseas / vômitos
• Prurido persistente e severo
• Alt. atenção / memória / depressão
Hemodiálise
LITÍASE RENAL
Litíase Urinária
• Fisiopatologia
• Tipos de Cálculos
• Composição, morfologia, dimensões
• Localização
• Aparelho urinário superior
• Aparelho urinário inferior
• Abordagem diagnóstica
• Anamnese
• Exames de imagem
• Outros exames
• Opções Terapêuticas
• Terapêutica Médica
• Terapêutica minimamente invasiva
• Terapêutica Cirúrgica
• Endoscópica
• “Aberta”
• Prevenção
Fisiopatologia (geral)
• Supersaturação
• concentração do soluto
• carga iónica
• pH urinário
• Presença de inibidores
• Citrato, Magnésio, Pirofosfato
• Estase, infecção
• Matriz (não cristalina)
Localização
Clínica
• Assintomática
• Relacionada com:
• obstrução
• infecção
• Cólica renal
Cólica renal
• quase sempre a causa é litiásica...
• mas pensar também noutras causas de obstrução:
• necrose papilar
• coágulo
• tumor
Cólica renal
• Pródromos frequentes
• náuseas e vómitos
• hipotensão
• hipersudorese
• sialorreia
• Características típicas
• carácter ondulante
• sem posição de alívio
• localização mal definida, visceral
• piora com a ingesta hídrica
• irradiação inguinal ou genital homolateral
Cólica renal
• Leucocitose ligeira frequente
• Infecção grave requer terapêutica imediata
• leucocitose com neutrofilia
• febre alta com arrepios
• piúria
Avaliação
• diagnóstico de litíase
• caracterização da litíase
• diagnóstico da obstrução
• despiste da infecção associada
• identificação de factores de risco
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