PAGANINI E OS SONS DO SABER: uma linguagem universal e interdisciplinar BALESTIERI, Francele Nunes1; LOPES, Dalvane2; .SANTOS, Maria de Nazaré dos3; CAMARGO, Maria Aparecida Santana.4 A proposta desta pesquisa de cunho bibliográfico foi construída a partir dos estudos realizados na Disciplina de Educação e Música do Curso de Pedagogia da Universidade de Cruz Alta, tendo por objetivo principal aprofundar conhecimento a respeito do processo de criação sonoro-musical e suas implicações na aprendizagem. O professor, segundo consta na história de sua origem, é aquele que tem a sensibilidade de acompanhar todo o processo de criação e de estar atento, dispondo-se a ser servo e mestre ao mesmo tempo. Recordando o grande violinista italiano Paganini, este lembra que, ter a possibilidade de tirar som e melodia da vida sem perder a esperança, é dom, é graça! Mas sabe-se que o dom deste grande artista da arte musical foi constantemente perseguido e buscado por ele durante toda sua trajetória profissional, com muita dedicação, disciplina e força de vontade, lapidando assim o seu dom, sempre com o incentivo de seus mestres. O aprendizado musical é fundamental na vida de qualquer ser humano, pois através dele há inúmeras possibilidades que favorecem o desenvolvimento das habilidades e competências e o professor, por sua vez, pode instrumentalizar seus alunos com atividades que os desafiem e os incentivem a encontrar dentro de si a sonoridade capaz de transformar os sons do saber em conhecimento de vida. Para que este processo aconteça com eficácia juntamente aos aprendizes, é fundamental que, como mediador, o professor esclareça que não basta querer, é preciso constantemente autodisciplinar-se para que possam criar os mais diversos sons vindos de suas próprias realidades e condições socioculturais. Isso porque a sonoridade que está no interior de cada um só pode ser percebida e sentida por quem a vive e ninguém mais. Não existem palavras que possam expressar, mas quando o ser humano está disposto a crescer e a ser, tira sons do impossível e quanto mais inusitado for, mais bela se torna a melodia aos ouvidos de quem a faz, pois realiza coisas que sua própria capacidade de raciocínio e compreensão desconhece! E o mais belo e admirável é que nada e ninguém podem deter a força de vontade de quem deseja realmente aprender, produzir e tirar sons dos mais diversos momentos de sua vida, tendo a liberdade de criar e recriar quantas vezes for necessário. O professor e o aluno, assim como Paganini, precisam estar abertos e preparados a todas as possibilidades que possam surgir, inclusive nos momentos em que menos se espera. Isso é construir a capacidade para fazer de um obstáculo a melodia capaz de harmonizar-se com a orquestra da educação, sem causar dano algum, mas sim admiração, equilíbrio e integração. Nesse sentido, a importância da presença dos sons na vida dos seres humanos é incontestável. Ele tem acompanhado a história da humanidade e de todos os seres ao longo dos tempos, exercendo as mais diferentes funções. Está presente em todas as regiões do globo, em todas as culturas, em todas as épocas, ou seja, o som é uma linguagem universal, que ultrapassa as barreiras do tempo e do espaço, despertando em todos os seres a sensibilidade para criar. 1 Acadêmica do 8º semestre do Curso de Pedagogia da UNICRUZ. E-mail: [email protected]; Acadêmica do 8º semestre do Curso de Pedagogia da UNICRUZ. E-mail: [email protected]; 3 Acadêmica do 8º semestre do Curso de Pedagogia da UNICRUZ. E-mail: [email protected]; 4 Professora da UNICRUZ, membro integrante do Grupo de Pesquisa em Estudos Humanos e Pedagógicos/GPEHP. E-mail: [email protected] 2