Universidade Federal de Sergipe Programa de Pós-Graduação em Ciências da Computação Mestrado em Ciência da Computação Por Edvan dos Santos Sousa Filosofia da ciência e da tecnologia São Cristóvão 2012 2 Edvan dos Santos Sousa Filosofia da Ciência e da Tecnologia Trabalho apresentado como exigência parcial da disciplina Métodos e Técnicas de Pesquisa, sob orientação do professor Henrique Nou Schneider, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Computação (PROCC) da Universidade Federal de Sergipe. São Cristóvão 2012 3 SUMARIO 1. Premissas e Objetivos ........................................................................................................... 4 1.1 Sobre o autor Régis de Morais ............................................................................ 4 1.2 Sobre o livro Filosofia da Ciência e da tecnologia ............................................. 5 2. A Ciência, a tecnologia e a atual sociedade...................................................................6 2.1 A ciência e seus métodos......................................................................................7 2.2 A linguagem e a comunicação Científica.............................................................8 2.3 Tecnologia Geral..................................................................................................9 2.4 O aspecto humano da automação......................................................................10 3.Conclusão.....................................................................................................................11 4. Referências..................................................................................................................13 4 1. Premissas e Objetivos A filosofia da ciência e da tecnologia tratada aqui é um tema atual e de grande importância face a irreversível influência da ciência e seus métodos em nosso dia-a-dia. Apesar de fundamental, suscita acaloradas discussões, polarizando-a em boa ou má ciência, surgindo assim defensores e críticos de sua validade, ética e importância social. desde as suas primeiras realizações com os pré-socráticos até pensadores como: Bacon, Descartes, Oppenheimer, Hume, Kant, Pascal, Newton, Galileu, Bachelard, C. Popper, Einstein, N. Bohr, C. Penrose, K. Seagan, S. Hawking, R. Dawkins, etc. cujos posicionamentos pessoais sobre “ciência” variam segundo a sua especialização e mais claramente apartir de suas inclinações pessoais, concordam na grande importância da ciência e da técnica para o atual estágio de desenvolvimento técnológico e científico do qual gozamos e define a modernidade. A discusão sobre a ciência boa ou ruim, e os limites éticos da moderna prática científica são de importância inegável sejam para a destinação de recursos públicos para a pesquisa, seja nas diretrizes dos atuais currículos do ensino básico e superior1. Discussões atuais sobre o ensino de ciência (Biologia) em detrimento da visão criacionista do mundo (design inteligente) norteam novas políticas públicas educacionais em países precursores da pesquisa e ensino como o Reino Unido e EUA2. Neste conturbado contexto, filosofos e estudiosos da ciência contemporânea colocam a nossa disposição textos atuais, como a Filosofia da Ciência e da tecnologia do professor Regis de Morais3, que enriquecem nossa visão e possuem o calor de nos inserir na discursão da ciência e da tecnologia, revelando muitas das visões históricas e comteporâneas acerca do tema. 1.1 Sobre o autor Régis de Morais O professor Regis de Moraes é licenciado em Filosofia e Ciências Sociais, mestre em Filosofia Social, doutor em Educação e livre docente em Filosofia da Educação. É professor titular aposentado da UNICAMP. Foi professor convidado da PUC do Chile e 1 Newsweek, ed. 34, 2010 Richard DAWKINS, Desvendando o arco-iris, Ed CIA das letras, 2009 3 Regis de Morais, “Filosofia da Ciência e da Tecnologia”, Ed. Papirus. 2 5 prestou serviços à Universidade técnica de Lisbos. É autor de 44 livros publicados nas áreas de Filosofia, Sociologia e Literatura, com destaque para a literatura religiosa. 1.2 Sobre o livro Filosofia da Ciência e da tecnologia É dividido em seis capítulos, agrupados em 3 grupos da seguinte forma: Primeiramente é discutido no capítulo 1, A ciência e seus caminhos, no capítulo 2, A realidade tecnológica e no 3 Perspectivas Antropológicas. No capítulo 1, são abordadas as várias visões acerca da ciência, desde os filosófos pré-socráticos até o nascimento da ciência moderna com Galileu no sec XVII. São discutidas as visões históricas como as causas do não florescimento da ciência experimental ainda na Grécia antiga. Adiante no texto, o autor situa a ciência durante o período da Idade Média, abordando os fatores pelos quais, contraditoriamente, foi um período de modesto desenvolvimento técnico e científico, mas data deste período a criação das modernas universidades. A Idade Moderna é o próximo porto do autor. Marcado pelo nascimento do moderno experimentalismo científico somado ao desenvolvimento da técnica e do reposicionamento do homem como o centro de todo o desenvolvimento e conquistas sobre a natureza é tido como um período frutífero para a ciência, marcado pelas conquistas e comércio além mar. No capítulo 2 são discutidas as distinções entre ciência e técnica, e sua divisão moderna. São discutidas as fases da pesquisa: observação, hipóteses, experimentação e generalização. É feita a distinção entre deducionismo e inducismo em pesquisa, estudado o papel da subjetividade e do sujeito frente ao objeto a ser pesquisado. É abordado o papel da cibernética e da automação na sociedade moderna. O capítulo 3, Perspectivas antropológicas, é discutido importante papel do homem frente aos grandes desafios desse século, observando suas responsabilidades e possibilidades de mudança. Aqui nos deparamos com uma filosofia do otimismo, a construção de uma Utopia, baseada na esperança de revertermos muitas das mazelas que assolam nossa civilização. 6 2. A Ciência, a tecnologia e a atual sociedade. Richard Dawkins, em seu livro desvendando o arco íris4 cita o livro de Peter ATKINS, The Second Law (1984), nestes termos: Somos os filhos do caos, e a estrutura profunda da mudança é a deterioração. No fundo, há apenas corrupção e a maré invencível de caos. Foi-se o designío, só resta a direção. Essa é a desolação que temos de aceitar, ao examinar profunda e desapaixonadamente o coração do universo.(ATKINS, 1984) Para Peter ATKINS5 a natureza é caótica e cheia de incertezas, desde o nascimento da vida em nosso planeta, cuja lei mais presente é a mudança, cujo fim inevitável temos de aceitar, a da inevitável deteriorização, a da perda da informação, o estado de máxima entropia, a máxima desordem dos sistemas físicos. Ele conclue afirmando que esse é o nosso fardo, a lei imutável que temos de aceitar. Comumente, a ciência é vista como algo extremamente difícil, produto de mentes brilhantes destinada a ser investigada por mentes igualmente brilhantes, sem chances para que pessoas normais a compreendam ou sequer tirem proveito dela. Por muitos tem sido vista como algo desanimador , niilista até, na maior parte das vezes insensível, fria e imoral, podendo ser alvo das mais diversas críticas: deturpadora da fé, arrogante...claro que a ciência se apresenta através de seus praticantes, os cientistas, que são os verdadeiros alvos de todas as críticas dirigidas primeiramente a “entidade” ciência. Se faz mister observar que todas as críticas realizadas contra a ciência não tem como alvo denegrir ou evitar o uso dos recentes avanços técnicos que a ciência possibilitou em campos como a Farmacologia, Química, Engenharia, Medicina, telecomunicações, etc, pois comumente a ciência e a técnica são, para a maioria, dois ramos aparentemente distintos, duas vertentes misteriosas que inexplicavelmente produzem informações de difícil compreensão e por outro lado técnicas que impulsionam o modo de vida moderno. Ao nosso ver, essa “ignorância” popular, produzida no seio de nossa sociedade de consumo, cada vez menos instrumentalizada em ciência básica, impossibilita a compreensão do que venha a ser a prática da ciência e 4 5 Ed. Companhia da Letras, 2009, São Paulo Ibdem 7 uma possível popularização na compreensão de seus métodos de investigação e pesquisa. Essa mistificação da prática científica tem efeitos curiosos: por um lado, eleva a ciência e seus praticantes a um patamar quase divino, inexplicável, por outro, sugere a muitos que a postura científica queira ocupar o lugar de religiões já estabelecidas como norma para a prática e conduta humanas, fato por vezes presente na atitude de alguns cientistas. 2.1 A ciência e seus métodos A importância do método cientifíco é assim descrito por Carl SAGAN6 ...O método da ciência, por mais ranzinza e enfadonho que pareça, é mais importante que as descobertas dela. (SAGAN, 2008) Regis de MORAIS, pontua como duas as atitudes perante a realidade: A indução e a dedução, sendo ambas instrumentos para auxiliar o sujeito (pesquisador na busca pelo conhecimento). Por método indutivo, defini-se o extrair de informações generalistas a partir de fatos isolados, particulares, atômicos. Tal metodologia difere do método dedutivo, pois este parte da generalidade rumo a particularidade, o que segundo Régis de MORAIS, ao citar Karl POPPER7, tal método é o mais indicado para a investigação científica . ...Antes de tudo, POPPER não admite que a indução tenha qualquer papel de importância na obtenção de conhecimento cinetífico. Ao contrário, pensa POPPER, que a tarefa específica da ciência é a de submeter as hipóteses empíricas a testes dedutivos...(POPPER, 1990) Percebemos que a insvestigação cientifica se dá através da procura por padrões ao se observar o todo, a natureza. Sendo assim, é imprescindível o uso da metodologia dedutiva para a investigação dos fenômenos. Particularmente, penso que ambas as modalidades de raciocínio são válidas, mas exclusivamente em seus limites de atuação que são as Ciências Naturais. Não seria válido aplicar, por exemplo, somente o método indutivo para conhecer aprofundadamente o comportamento de certa comunidade 6 7 O mundo assolado pelos demônios, Ed. CIA das Letras, São Paulo, 2008 Regis de MORAIS, p. 82 8 humana a partir do estudo de alguns de seus membros isoladamente. Certamente perderíamos os nunces do contato social e as mudanças do comportamento de seus membros que daí surgem, podendo invalidar as conclusões daí retiradas. Desta forma, métodos distintos de investigação nascem e tomam forma nos ramos da ciência cujas metodologias indutiva e dedutiva de investigação, consagradas nas ciências naturais, não podem abarcar todos os matizes a serem pesquisados. As ciências Sociais, Educação e a Saúde são algumas das áreas que se beneficiam destas novas abordagens metodológicas. Ao citar Carl SAGAN, tento enfatizar a importância do método para a ciência, cuja procura pela “verdade” deve ser fundamentada em métodos científicos, validados por pares. Tal carater, difere dos “conhecimentos do senso comum” e do carater inatacável das verdades religiosas. Ainda segundo Karl SAGAN8: Algumas pessoas consideram a ciência arrogante – especialmente quando pretende rebater opiniões arraigadas ou introduz conceitos bizarros que parecem contraditórios ao senso comum. Como um terremoto que estremece o solo que estamos pisando, pode ser profudamente pertubador desafiar nossas crenças habituais, fazer estremecer as doutrinas em que aprendemos a confiar. Ainda assim, sustento que a ciência é, em essência, humildade. (SAGAN, 2008) A metodologia cientifica não apenas norteia a prática cientifica, mas a valida, uma vez que tais práticas sejam métodos consagrados. 2.2 A linguagem e a comunicação Científica Quanto a linguagem, a discussão sobre o seu uso na comunicação científica assume um papel importante, que extrapola a simples discussão sobre o tipo de linguagem para comunicar ideias, que linguagem utilizar para comunicar ideias cientificas a platéias cada vez maiores, prática que define o próprio rumo da pesquisa científica quanto a orçamentos que serão destinados as pesquisas, sua aceitação e defesa da utilidade da pesquisa para a sociedade e posterior análise desses projetos por comissões de cientistas 8 ibdem, p. 52 9 e não cientistas. A não popularização da ciência prejudica e até milita contra seu avanço. John HORGAN9, jornalista cientifico da Cientific American, entrevistas grandes filosofos, físicos e matemáticos vivos naquele momento acerca dos grandes problemas cientificos que ainda estavam em aberto e quais eram os maiores entraves para a prática científica. Para ele a não popularização, disseminação, da ciência para a população, aliado ao fato de não ter havido grandes descobertas impactantes na vida social nos anos pós guerra, tanto nos campos teórico como experimental tem prejudicado a destinação de verbas para a pesquisa em países como EUA e no continente Europeu10. A formação de novas audiências se tornou o foco das políticas educacionais em alguns desses países. Desta forma a ação dos modernos divulgadores da ciência desse século prestam um grande trabalho a defesa e ao ensino das pesquisas realizadas em ramos variados da atividade cientifica. Para citar alguns dos grandes divulgadores da ciência do século XX/XXI: Karl SAGAN, Stephen HAWKINS, Miguel NICOLELIS, Richard DAWKINS, Albert EINSTEIN, etc. estes não somente fizeram e fazem ciência de qualidade, mas comunicam as massas não especializadas informações sobre o andamento das pesquisas cientificas em suas áreas. Apesar de tantos esforços, há um nítido recrudescimento na escolha dos jovens por carreiras científicas11. 2.3 Tecnologia Geral Ao abordar a questão técnica, Regis de MORAIS12 coloca: É muito importante para um país em via de desenvolvimento que os estudantes e profissionais saibam posicionar-se perante sua própria opção. Optar conscientemente por algo é deixar de cometer muitos crimes contra o futuro humano, pois a inconsciência é o motivo constante das desolaçõesindividuais e coletivas.(MORAIS, 1988) Em nosso entendimento o carater humano da visão do professor Regis de MORAIS vai tomando forma, imputando a nós atores passivos da industrialização e desenvolvimentos implacáveis a responsabilidade pela delapidação do patrimônio 9 O fim da Ciência, Ed. CIA das Letras, 2009 Ibdem, p.45 11 Ibdem, p. 134 12 Ibdem, p.106 10 10 humano. Neste momento do texto, concordo com o professor Regis ao perceber que sem uma sistemática formação humanística, tanto quanto técnica, a industrialização em todas as suas formas aliada a lógica de produção e consumo capitalistas não legará herança as próximas gerações. A fim de fugir da responsabilidade deste caos, é atribuído a acidentes ou causalidades os impactos que a poluição e a destruição de áreas verdes sobre as populações. O aumento gradativo da temperatura global, derretimento das calotas polares, acidentes climáticos como furacões, tufões, tempestades de neve, granizo, etc. são realidades cada vez mais presentes no dia a dia. Tais consequências são fruto de décadas de crescimento desordenado da população, aliado ao consumo irrestrito. 2.4 O aspecto humano da automação No papel principal de nossa dramaturgia se encontra o consumismo impensado, a produção em massa, a performance econômica. O cenário, reflete o professor Régis, é dos mais desanimadores e caóticos, sem soluções lógicas ou sequer exequíveis no horizonte. Completa ele, uma vez que a marcha do desenvolvimento tecnológico não retorna no tempo e hábitos tão arraigados não cedem facilmente resta-nos sermos otimistas. Não será possível voltarmos aos tempos de outrora, pois se por um lado a industrialização e o desenvolvimento científico tem, por seu uso irresponsável, provocado grandes problemas, por outro gozamos de condições de vida melhores que as de nossos antepassados, pelo menos uma parcela da população mundial. Neste momento da discussão, fica clara a dicotomia entre desenvolvimento tecnológico e desenvolvimento social, possuir tecnologia não implica em desenvolvimento social e virce-versa, uma vez que existam grandes distâncias entre ricos e pobres no seio da nação. O professor Régis se posiciona aqui e somos inclinados a concordar com sua tese, que o único meio para melhorarmos a qualidade de vida no planeta é utilizarmos a automação a nosso serviço, esta mudança se encontra no ensino, que passaria a ser continuado por toda a vida, abrangendo maior quantidade de pessoas e visando o continuo aprimorar no conhecimento das novas tecnologias. Do mesmo modo, teríamos que repensar hábitos de consumo, principalmente das nações mais ricas, modos de produção seriam modificados, não para produzir mais em menos tempo, mas para beneficiar povos inteiros com melhores empregos e condições de vida. 11 Percebe-se que muito do que é colocado como solução beiraria a ingenuidade se exposto sem a veia humanística e bem documentada do professor Régis de MORAIS. Este conclui que a única saída para o atual impasse da humanidade reside em cultivarmos a esperança, mesmo sem as condições lógicas para tanto. É lembrada a força das ideias nos mais variados processos historicos decisivos da humanidade, onde pessoas bem motivadas venceram situações por vezes desesperadoras. Aqui, de fato, teríamos que acreditar em uma Utopia, que mesmo diante de cenário tão adverso, nos impulsionaria a acreditar numa profunda mudança social e estrutural para o nossa civilização. 3. Conclusão Acreditamos que a atual crise vivida, ocasionada pelos processos de desenvolvimento não sustentável de muitas nações, vai implodir numa crise muito maior e sem precedentes nos anos que se aproximam. Para Carl MAX13, o maior inimigo do capitalismo residia no próprio capitalismo, onde o modo de produção baseado em performance e lucro atingiria sua massa crítica, uma vez que os recursos naturais são finitos e que o lixo produzido não desaparece, fato que mais se confirma, tal conflito de interesses O cenário fatalista tratado em prosa, em tantas ocasiões, por escritores como Émile ZOLA em Germinal14; Aldous HUXLEY em Admirável mundo novo15; Ryutaro NAKAMURA em Serial Experiments Lain16; retrataram o impacto social da industrialização sec XIX em Germinal, as mudanças sociais na sociedade da técnica em Admirável Mundo Novo e o gradual fenecer da individualidade em prol de uma inteligencia coletiva na sociedade em rede em LAIN. Sempre percebi em muitas dessas vozes o semear de certo pessimismo, tristeza e fatalismo, o semear da ideia da inevitabilidade do desastre diante das consequências funestas dos avanços da ciência e da tecnologia... em meio a tanto tristeza encontramos o professor Régis de MORAIS a defender sua tese não de inevitabilidade do caos, nem do pessismo racional, mas de esperança diante das adversidades cuja base está na conscientização pessoal, nas ações pontuais, atômicas, individuais que visam construir uma Utopia, uma rede de ideias, de colaboração, 13 O capital, livro 1, 1867 Germinal, França, séc XIX 15 Admirável Mundo novo, 16 LAIN, studio GainMax, 1998 14 nem ingênua, nem presa a 12 convenções, mas consciente do poder de se semear esperança, positividade e amor, por assim dizer. Enquanto educador sou inclinador a acreditar em tamanha audacia, tentar mudar tanto sofrimento com esperança, formação e militância... por outro desespera-me não ver saídas efetivas, imediatas, menos difíceis. Penso que não reside na ciência ou na tecnologia as raízes das dificuldades humanas atuais. Residem nos homens a responsabilidade por suas escolhas, quanto o uso que se faz da tecnologia a disposição ou quanto ao que se pesquisar com os métodos científicos existentes. Semearemos pães ou construiremos canhões? São as sociedades que escolhem caminhos, não há vontade na ciência, apenas o uso que fazemos dela. 13 Referências DAWKINS, Richard. Desvendando o arco-íris. 2ª.ed. São Paulo: Cia das Letras, 2000 HUXLEY, Aldous. Admirável mundo novo. 5ª. ed.São Paulo:Globo, 1932 MORAIS, Régis de. Filosofia da ciência e da tecnologia. 10ª.ed.São Paulo:Papirus, 2009. SEGAN, Karl. O mundo assolado pelos demônios.2ª. ed.São Paulo:Cia das letras, 2008 RYUTARO, Nakamura, ABE, Yoshitoshi. Lain Serial Experiments. Exibição original Julho 1998. Studio Triangle Staff. ZOLA, Émile. Germinal. 1ª. Ed. São Paulo: Cia das Letras, 2000