carboplatina - Bristol

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Bristol-Myers Squibb Farmacêutica S.A.
BULA PARA O PROFISSIONAL DA SAÚDE
PARAPLATIN (carboplatina) 50 mg ou 150 mg ou 450 mg solução injetável
BRISTOL-MYERS SQUIBB
PARAPLATIN®
carboplatina
Uso intravenoso somente
APRESENTAÇÃO
PARAPLATIN 50 mg, 150 mg e 450 mg solução injetável é apresentado em cartucho com 1 frascoampola de 5, 15 e 45 mL, respectivamente, contendo 50, 150 e 450 mg de carboplatina.
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada frasco de PARAPLATIN 50, 150 e 450 mg contém, respectivamente, 50, 150 e 450 mg de
carboplatina em solução aquosa.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
PARAPLATIN (carboplatina) é um composto de platina que apresenta propriedades antitumorais.
PARAPLATIN apresenta propriedades bioquímicas semelhantes às da cisplatina, portanto
produzindo predominantemente ligações cruzadas intercadeias no DNA.
Em pacientes com clearance de creatinina de cerca de 60 mL/min ou mais, recebendo
PARAPLATIN em doses de 300 a 500 mg/m2, as concentrações plasmáticas de carboplatina
decaem bi-exponencialmente com as meias-vidas médias alfa e beta de 1,6 hora e 3,0 horas,
respectivamente.
A carboplatina exibe farmacocinética linear em pacientes com clearance de creatinina ≥60 mL/min.
Não são encontradas no plasma quantidades significativas livres e ultrafiltráveis de outras
estruturas contendo platina, além da carboplatina. Entretanto, a platina da carboplatina liga-se às
proteínas plasmáticas e é lentamente eliminada, com uma meia-vida mínima de 5 dias.
A principal via de eliminação da carboplatina é a excreção renal. Pacientes com clearance de
creatinina de cerca de 60 mL/min ou mais excretam 70% da dose de carboplatina através da urina,
sendo a maior parte entre 12 e 16 horas.
Em pacientes com clearance de creatinina inferior a 60 mL/min, os clearance renal e corpóreo
totais de PARAPLATIN decrescem com a diminuição do clearance de creatinina. As doses de
PARAPLATIN devem, portanto, ser reduzidas nos pacientes com clearance de creatinina < 60
mL/min (vide POSOLOGIA).
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RESULTADOS DE EFICÁCIA
Em dois estudos controlados e randomizados, realizados pelo National Cancer Institute of Canada,
Clinical Trials Group (NCIC) e pelo Southwest Oncology Group (SWOG), 789 pacientes virgens de
quimioterapia, com câncer ovariano avançado, foram tratadas com PARAPLATIN ou cisplatina,
ambos em combinação com ciclofosfamida a cada 28 dias por 6 ciclos antes da reavaliação
cirúrgica. Os resultados obtidos são apresentados a seguir:
Aspecto geral dos Estudos
Número de pacientes randomizados
Média das idades (anos)
Dose de cisplatina
Dose de carboplatina
Dose de ciclofosfamida
Tumor residual menor que 2cm (número de
pacientes)
NCIC
447
SWOG
342
60
75 mg/m²
300 mg/m²
600 mg/m²
39% (174/447)
62
100 mg/m²
300 mg/m²
600 mg/m²
14% (49/342)
Resposta Clínica em Pacientes com Doença Mensurável
Carboplatina (número de pacientes)
Cisplatina (número de pacientes)
95% de I.C. de diferença (carboplatina cisplatina)
NCIC
SWOG
60% (48/80)
59% (48/83)
58% (49/85)
43% (33/76)
(-13,9%; 18,6%)
(-2,3%; 31,1%)
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Resposta Patológica Completa*
NCIC
SWOG
Carboplatina (número de pacientes)
11% (24/224)
10% (17/171)
Cisplatina (número de pacientes)
15% (33/223)
10% (17/171)
95% I.C. de diferença (Carboplatina – Cisplatina)
(-10,7%, 2,5%)
(-6,9%, 6,9%)
* 114 pacientes que utilizaram PARAPLATIN e 109 pacientes que utilizaram cisplatina submeteram-se a segunda
cirurgia no estudo NCIC 90 pacientes que utilizaram PARAPLATIN e 106 pacientes que utilizaram cisplatina
submeteram-se a segunda cirurgia no estudo SWOG
Sobrevida Livre de Progressão (PFS)
NCIC
SWOG
Carboplatina
59 semanas
49 semanas
Cisplatina
61 semanas
47 semanas
31%
21%
31%
(-9,3 %, 8,7%)
21%
(-9,0%, 9,4%)
19%
23%
(-11,5%, 4,5%)
8%
14%
(-14,1%, 0,3%)
1.10
(-0,89%, 1,35%)
1.02
(-0,81%, 1,29%)
Média
PFS 2 anos
Carboplatina
Cisplatina
95% I.C.de diferença (Carboplatina –
Cisplatina)
PFS 3 anos
Carboplatina
Cisplatina
95% I.C. de diferença (Carboplatina –
Cisplatina)
Razão de Risco
95% I.C. de diferença (Carboplatina –
Cisplatina)
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Sobrevida
Média
Carboplatina
Cisplatina
PFS 2 anos
Carboplatina
Cisplatina
95% I.C. de diferença (Carboplatina –
Cisplatina)
PFS 3 anos
Carboplatina
Cisplatina
95% I.C. de diferença (Carboplatina –
Cisplatina)
Razão de Risco
95% I.C. de diferença (Carboplatina –
Cisplatina)
NCIC
110 semanas
99 semanas
SWOG
86 semanas
79 semanas
51,90%
48,40%
(-6,2 %, 13,2%)
40,20%
39,00%
(-9,8%, 12,2%)
34,60%
33,10%
(-7,7%, 10,7%)
18,30%
24,90%
(-15,9%, 2,7%)
0,98
(0,78%, 1,23%)
1,01
(0,78%, 1,30%)
INDICAÇÕES
PARAPLATIN está indicado no tratamento do carcinoma avançado de ovário, como:
a) terapia de primeira linha;
b) terapia de segunda linha, após outros tratamentos haverem falhado.
Está também indicado no tratamento do carcinoma de pequenas células de pulmão e no carcinoma
espinocelular de cabeça e pescoço.
Respostas significativas têm sido observadas quando PARAPLATIN é empregado no tratamento do
carcinoma de colo uterino.
Freqüentemente PARAPLATIN é utilizado em combinação com outros agentes quimioterápicos em
várias indicações, como com paclitaxel no tratamento do carcinoma avançado de ovário.
CONTRA-INDICAÇÕES
PARAPLATIN é contra-indicado para pacientes com histórico de reações alérgicas graves à
carboplatina, a outros compostos que contenham platina; pacientes portadores de insuficiência
renal grave, a menos que o médico e o paciente considerem que os possíveis benefícios do
tratamento superem os riscos; pacientes com mielodepressão grave; pacientes com tumores que
apresentem hemorragia.
MODO DE USAR E CUIDADOS DE CONSERVAÇÃO DEPOIS DE ABERTO
Observações
Não se devem utilizar agulhas ou equipos contendo partes de alumínio que possam estar em
contato com PARAPLATIN na sua preparação ou administração. O alumínio reage com
PARAPLATIN, o que leva à formação de precipitado e/ou perda de potência.
Devem ser considerados os procedimentos quanto à manipulação e ao descarte de drogas
anticâncer.
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Para minimizar o risco de exposição dermatológica, sempre utilizar luvas para manipular
PARAPLATIN. Isto inclui todas as atividades em clínicas, farmácias, estoques e outros, incluindo a
abertura da embalagem e inspeção, transporte e preparação da dose e administração.
PARAPLATIN solução injetável pode ser diluído ainda mais com volumes suficientes de soro
glicosado a 5% ou soro fisiológico até a concentração mínima de 0,5 mg/mL.
Quando diluídas como indicado, as soluções de carboplatina são estáveis por 8 horas a
temperatura ambiente (25ºC) ou por 24 horas sob refrigeração (4ºC).
Atenção: Manter o produto em temperatura entre 15ºC e 25 ºC e protegido da luz. O frasco
contendo a solução de carboplatina está envolvido por um cartão protetor que não deverá
ser descartado durante todo o período de sua armazenagem. Caso contrário, o produto
demonstrará leve sensibilidade à ação da luz, provocando perda de potência.
POSOLOGIA
Cada ampola de PARAPLATIN 50, 150 e 450 mg contém, respectivamente, 50, 150 e 450 mg de
carboplatina.
PARAPLATIN DEVE SER USADO UNICAMENTE POR VIA INTRAVENOSA.
A dosagem recomendada para pacientes adultos não tratados previamente e com função renal
normal é de 400 mg/m2 IV em dose única administrada por infusão de 15 a 60 minutos. O
tratamento não deve ser repetido até que se completem 4 semanas após o ciclo prévio de
PARAPLATIN e/ou até que a contagem de neutrófilos seja de, pelo menos, 2.000 células/mm3 e a
de plaquetas de 100.000 células/mm3.
Recomenda-se a redução da dosagem inicial em 20% a 25% nos pacientes que apresentem
fatores de risco, como, tratamento mielodepressor prévio e mal estado geral (ECOG-Zubrod 2-4 ou
Karnofsky < 80).
A determinação do nadir hematológico através de hemogramas semanais durante os ciclos iniciais
de tratamento com PARAPLATIN é recomendada para ajustes de dosagem nos ciclos
subseqüentes.
Função Renal Alterada
Pacientes com valores de clearance de creatinina abaixo de 60 mL/min possuem risco aumentado
para a ocorrência de mielodepressão grave. A freqüência de leucopenia grave, neutropenia ou
trombocitopenia tem se mantido em cerca de 25% com as seguintes doses recomendadas:
- PARAPLATIN 250 mg/m2 IV no primeiro dia em pacientes com valores de clearance de creatinina
basal entre 41 e 59 mL/min;
- PARAPLATIN 200 mg/m2 IV no primeiro dia em pacientes com os valores de clearance de
creatinina basal entre 16 e 40 mL/min.
Não existem dados suficientes sobre o uso de PARAPLATIN em pacientes com clearance de
creatinina menor ou igual a 15 mL/min, que possibilitem a recomendação do tratamento.
Todas as recomendações de dosagem acima aplicam-se ao ciclo inicial de tratamento. As
dosagens subseqüentes devem ser ajustadas de acordo com a tolerância do paciente e com o nível
de mielodepressão aceitável.
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Terapia Associada
O uso ideal de PARAPLATIN em combinação com outros agentes mielodepressores necessita de
ajustes de dosagem de acordo com o esquema a ser adotado.
Fórmula de Dosagem
Outra maneira de determinar a dose inicial de PARAPLATIN é pelo uso de uma fórmula
matemática, que é baseada na função renal preexistente do paciente e no nadir de plaquetas
desejado.
O uso da fórmula de dosagem, quando comparada ao cálculo empírico baseado na área da
superfície corporal, possibilita ajuste nos pacientes com variabilidade da função renal antes do
tratamento, que, por outro lado, pode resultar em dose insuficiente em pacientes com função renal
média elevada ou dose excessiva em pacientes com função renal prejudicada.
Uma fórmula simples para o cálculo de dosagem, baseada na taxa de filtração glomerular (GFR em
mL/min) e na área sob concentração pelo tempo (AUC em mg/mL/min), pretendida para
PARAPLATIN, foi proposta por Calvert da seguinte forma:
Dose (mg) = (AUC desejado) x (taxa de filtração glomerular + 25)
Nota: na fórmula de Calvert, a dose total de PARAPLATIN é calculada em mg e não em mg/m2.
AUC desejado
5-7 mg/mL/min
4-6 mg/mL/min
4-6 mg/mL/min
Quimioterapia Desejada
PARAPLATIN como agente único
PARAPLATIN como agente único
PARAPLATIN com ciclofosfamida
Status do Paciente
previamente não tratado
previamente tratado
previamente não tratado
Dosagem geriátrica
Devido ao fato de que a função renal é freqüentemente diminuída em pacientes idosos, a fórmula
de dosagem de PARAPLATIN baseada na estimativa de GFR deve ser usada nesses pacientes
para determinar a AUCs plasmática de PARAPLATIN pretendida e, através disso, minimizar o
risco de toxicidade.
ADVERTÊNCIAS
PARAPLATIN (carboplatina) deve ser empregado somente por profissionais experientes no uso de
agentes quimioterápicos antineoplásicos. Devem ser feitas, regularmente, contagens sangüíneas,
bem como testes da função hepática e renal, e o uso da droga deverá ser descontinuado caso
ocorra depressão anormal da medula óssea ou funcionamento renal ou hepático anormais.
Reações Alérgicas
Como ocorrem com outros compostos de platina, reações alérgicas com PARAPLATIN têm sido
relatadas. Estas podem ocorrer após minutos da administração e devem ser controladas com uma
terapia de suporte adequada. Há um risco aumentado de reações alérgicas, incluindo anafilaxia,
em pacientes previamente expostos à terapia com platina (vide CONTRA-INDICAÇÕES e
REAÇÕES ADVERSAS/Reações Alérgicas).
Toxicidade Hematológica
A leucopenia, neutropenia e trombocitopenia são dependentes e limitantes da dose. Contagens do
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sangue periférico devem ser monitoradas freqüentemente durante o tratamento com PARAPLATIN
e, em caso de toxicidade, até que ocorra a recuperação. A data média do nadir é o 21º dia em
pacientes recebendo PARAPLATIN como agente único e o 15º dia em pacientes recebendo
PARAPLATIN em combinação com outros agentes quimioterápicos. De modo geral, ciclos únicos
intermitentes de PARAPLATIN não devem ser repetidos até que as contagens de leucócitos,
neutrófilos e plaquetas tenham retornado ao normal.
A anemia é freqüente e cumulativa. A transfusão sangüínea é freqüentemente necessária durante o
tratamento com PARAPLATIN, particularmente em pacientes recebendo terapia prolongada.
A gravidade da mielodepressão é maior em pacientes que sofreram tratamento anterior (em
particular com a cisplatina) e/ou em pacientes com função renal alterada. As dosagens iniciais de
PARAPLATIN nestes grupos de pacientes devem ser reduzidas apropriadamente (vide
POSOLOGIA) e os efeitos cuidadosamente monitorados através de contagens sangüíneas
freqüentes entre os ciclos. A terapia combinada de PARAPLATIN com outras formas de tratamento
mielodepressivo deve ser planejada muito cuidadosamente com relação às dosagens e ao tempo,
de modo a minimizar os efeitos aditivos.
Toxicidade Neurológica
Muito embora a toxicidade neurológica periférica seja geralmente rara e branda, a sua freqüência é
maior em pacientes com mais de 65 anos de idade e/ou em pacientes previamente tratados com a
cisplatina. A estabilização e a melhora da neurotoxicidade pré-existente induzida pela cisplatina
ocorreram em cerca de metade dos pacientes que receberam PARAPLATIN como tratamento
secundário.
Distúrbios visuais, incluindo perda de visão, têm sido raramente relatados após o uso de
PARAPLATIN quando pacientes com insuficiência renal recebem doses maiores que as
recomendadas. A visão parece recuperar-se totalmente ou a um grau significativo dentro de
semanas após a interrupção dessas altas doses.
Carcinogênese, Mutagênese e Comprometimento da Fertilidade.
O potencial carcinogênico da carboplatina não foi estudado, porém compostos com mecanismos de
ação e mutagenicidade similares têm sido relatados como carcinogênicos. A carboplatina
demonstrou ser mutagênica tanto in vitro quanto in vivo.
Gravidez
PARAPLATIN poderá causar danos fetais quando administrado em mulheres grávidas.
PARAPLATIN demonstrou ser embriotóxico e teratogênico em ratos que receberam a droga
durante a organogênese. Estudos controlados em mulheres grávidas não foram realizados. Se este
medicamento for usado durante a gravidez ou se a paciente engravidar quando do uso deste
medicamento, ela deverá ser informada do dano potencial ao feto. Mulheres com potencial para
engravidar devem ser aconselhadas a evitar a gravidez.
Categoria de risco na gravidez: D
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Uso Durante a Amamentação
Não se sabe se esta droga é excretada no leite materno. Como muitas drogas são excretadas no
leite materno, e devido ao potencial da carboplatina em produzir reações adversas graves em
lactentes, deve-se decidir por interromper a amamentação ou descontinuar o uso da droga,
levando-se em consideração a importância da droga para a mãe.
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Outros
Embora PARAPLATIN apresente potencial nefrotóxico limitado, o tratamento concomitante com
aminoglicosídeos tem resultado em episódios de toxicidades renal e auditiva aumentadas. A perda
clinicamente significativa da audição tem sido relatada em pacientes pediátricos quando
PARAPLATIN foi administrado em doses maiores que as recomendadas em combinação com
outros agentes ototóxicos. Doses muito elevadas de PARAPLATIN (até cinco vezes ou mais que a
dose recomendada como agente único) têm resultado em graves anormalidades nas funções
hepática e renal.
PARAPLATIN pode induzir a náuseas e vômitos, que podem ser mais graves em pacientes
previamente tratados com a cisplatina. A pré-medicação com antieméticos e o prolongamento do
período de administração de PARAPLATIN através de infusão contínua ou por mais de 5 dias
consecutivos foram relatados como úteis na redução da incidência e intensidade deste evento
adverso.
USO EM IDOSOS, CRIANÇAS E OUTROS GRUPOS DE RISCO
Uso pediátrico
A segurança e a eficácia em pacientes pediátricos não foi sistematicamente estudada.
Uso geriátrico
Nos estudos envolvendo a terapia combinada com carboplatina e ciclofosfamida, os pacientes
idosos tratados com a carboplatina foram mais suscetíveis ao desenvolvimento de trombocitopenia
grave do que os pacientes mais jovens; nos estudos envolvendo o tratamento com a carboplatina
como agente único em diferentes tipos de tumores, a incidência de eventos adversos foi similar
entre jovens e idosos; contudo, a maior sensibilidade de alguns pacientes idosos não pode ser
excluída. Por ser a função renal freqüentemente diminuída em pacientes idosos, deve-se
considerar a função renal quando da determinação da dose (vide POSOLOGIA/Função Renal
Alterada).
A incidência de neurotoxicidade periférica é maior e a mielotoxicidade pode ser mais grave em
pacientes com mais de 65 anos. Além disso, pacientes idosos são mais suscetíveis de apresentar
insuficiência renal relacionada à idade, podendo ser necessários a redução da dose e o
monitoramento cuidadoso da contagem hematológica em pacientes recebendo carboplatina.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Não é recomendável o uso de PARAPLATIN com outros compostos nefrotóxicos (vide
ADVERTÊNCIAS).
REAÇÕES ADVERSAS
A freqüência das reações adversas, abaixo relatadas, está baseada em dados cumulativos de
1.893 pacientes recebendo PARAPLATIN como agente único e na experiência de póscomercialização.
Hematológicos
A mielodepressão é a toxicidade dose-limitante de PARAPLATIN. Em pacientes com valores basais
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normais, trombocitopenia com contagem de plaquetas abaixo de 50.000/mm3 ocorreu em 25% dos
pacientes, neutropenia com contagem de granulócitos abaixo de 1.000/mm3, em 18% dos pacientes
e leucopenia com contagem de leucócitos abaixo de 2.000/mm3, em 14% dos pacientes. O nadir
geralmente ocorre no 21º dia (e no 15º dia em pacientes recebendo PARAPLATIN em
combinação). No 28º dia, o restabelecimento da contagem de plaquetas acima de 100.000/mm3
ocorre em 90% dos pacientes, o restabelecimento de neutrófilos acima de 2.000/mm3 ocorre em
74% e o restabelecimento dos leucócitos acima de 4.000/mm3 ocorre em 67% dos pacientes.
Neutropenia febril também tem sido relatada em experiência de pós-comercialização.
A mielotoxicidade é mais grave em pacientes previamente tratados, em particular com a cisplatina,
e em pacientes com a função renal prejudicada. Pacientes em mal estado geral também
apresentaram maior leucopenia e trombocitopenia. Estes efeitos, embora geralmente reversíveis,
têm resultado em infecções e complicações hemorrágicas em 4% e 5%, respectivamente, dos
pacientes que receberam PARAPLATIN. Estas complicações levaram à morte menos de 1% dos
pacientes.
Anemia com taxa de hemoglobina abaixo de 11 g/dL tem sido observada em 71% dos pacientes
com valores basais normais. A incidência de anemia aumenta com o aumento da exposição a
PARAPLATIN. Transfusão de apoio tem sido administrada em 26% dos pacientes recebendo
PARAPLATIN. A mielodepressão pode ser agravada pela combinação de PARAPLATIN com outros
agentes ou formas de tratamento mielodepressivos.
Gastrintestinais
Vômitos ocorrem em 65% dos pacientes, um terço dos quais de forma grave. Náuseas ocorrem em
mais de 15% dos pacientes. Pacientes previamente tratados (em particular, com a cisplatina) estão
aparentemente mais propensos a vômitos. Estes efeitos normalmente desaparecem dentro de 24
horas após o tratamento e geralmente respondem aos medicamentos antieméticos, ou podem ser
prevenidos por tais medicamentos. A administração por um período prolongado de PARAPLATIN
através de infusão contínua ou durante 5 dias consecutivos pode diminuir a probabilidade de
vômitos. O vômito é mais freqüente quando PARAPLATIN é dado em combinação com outros
compostos emetogênicos. Outros efeitos colaterais gastrintestinais consistem em dor (17%),
diarréia (6%) e constipação (6%). Casos de anorexia têm sido relatados na experiência póscomercialização. A relação de PARAPLATIN com estes eventos não está esclarecida.
Neurológicos
Neuropatias periféricas (principalmente parestesia) ocorreram em 4% dos pacientes que receberam
PARAPLATIN. Pacientes com mais de 65 anos de idade e previamente tratados com a cisplatina,
bem como pacientes que receberam tratamento prolongado com PARAPLATIN, parecem ter maior
risco de desenvolver neuropatias periféricas. Em 50% dos pacientes que têm neurotoxicidade
periférica preexistente induzida pela cisplatina não houve nenhum agravamento posterior dos
sintomas durante a terapia com PARAPLATIN.
A ototoxicidade clinicamente significativa e outros distúrbios sensoriais, como, por exemplo,
distúrbios visuais e alterações do paladar, têm ocorrido em 1% dos pacientes. Sintomas do sistema
nervoso central foram relatados em 5% dos pacientes e freqüentemente parecem estar
relacionados ao uso de antieméticos.
A freqüência total dos efeitos colaterais neurológicos parece ser maior em pacientes recebendo
PARAPLATIN em combinação, o que deve estar relacionado com a longa exposição cumulativa.
Renais
Quando administradas nas doses habituais, a redução da função renal tem sido pouco comum,
apesar de a administração de PARAPLATIN não exigir a hidratação de grandes volumes de fluido
nem medidas de diurese forçada. Ocorreu elevação da creatinina sérica em 6% dos pacientes, da
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uréia no sangue em 14% e do ácido úrico em 5%. Estes efeitos são, geralmente moderados, e
reversíveis em cerca de 50% dos pacientes. O clearence de creatinina mostrou ser a mais sensível
medida da função renal em pacientes em tratamento com PARAPLATIN.
Vinte e sete por cento dos pacientes com valor basal de 60 mL/min, ou mais, tiveram redução do
clearance de creatinina durante a terapia com PARAPLATIN.
Eletrólitos
Diminuição dos níveis séricos de sódio, potássio, cálcio e magnésio ocorre em 29%, 20%, 22% e
29% dos pacientes, respectivamente. Suplementação eletrolítica não foi administrada juntamente
com PARAPLATIN. A quimioterapia combinada não aumentou a incidência destas alterações
eletrolíticas.
Relataram-se de forma espontânea vários casos de hiponatremia precoce. Enquanto a relação de
PARAPLATIN não é clara face a outros fatores contribuintes (diurese, disfunção respiratória,
malignidade, etc.), a possibilidade de hiponatremia deve ser considerada, especialmente para
pacientes com outros fatores de risco como terapia diurética concomitante. A reposição de sódio ou
a restrição voluntária de água geralmente reverteu a hiponatremia.
Hepáticas
Observaram-se alterações da função hepática em pacientes com valores basais normais, que
incluem elevação da bilirrubina total em 5%, da TGO sérica em 15% e da fosfatase alcalina em
24% dos pacientes. Estas modificações geralmente são moderadas e reversíveis em cerca de 50%
dos pacientes. Têm ocorrido alterações significativas nos testes de função hepática em um número
limitado de pacientes recebendo doses elevadas de PARAPLATIN para transplante autólogo de
medula óssea.
Reações Alérgicas
Hipersensibilidade a PARAPLATIN foi relatada em 2% dos pacientes. Reações alérgicas desse tipo
são comparadas em características e conseqüências às reações relatadas com outros compostos
contendo platina, como, por exemplo, erupções cutâneas, urticária, eritema, prurido,
broncoespasmos (raramente) e hipotensão. Reações do tipo anafiláticas têm ocorrido após minutos
da administração da droga. As reações de hipersensibilidade têm sido tratadas com sucesso com
epinefrina-padrão, corticosteróide e terapia anti-histamínica (vide ADVERTÊNCIAS/Reações
Alérgicas).
Reações no Local da Injeção
Durante a farmacovigilância foram relatadas reações no local da injeção, incluindo vermelhidão,
inchaço e dor. Foi relatado também necrose associada com o extravasamento.
Outros
Malignidades secundárias foram descritas em associação com terapia multidroga, entretanto a
relação com PARAPLATIN não está esclarecida. Efeitos adversos sobre os sistemas respiratório,
cardiovascular e geniturinário, da mucosa, cutâneos e músculo -esqueléticos ocorreram em 5%, ou
menos, dos pacientes. Óbitos ocorreram por complicações cardiovasculares (insuficiência
cardíaca, embolia, acidente vascular cerebral) em menos de 1% dos pacientes. Não está claro se
estas mortes estavam relacionadas à quimioterapia ou a doenças concomitantes. A hipertensão
tem sido relatada no período após comercialização do produto.
Astenia (8%) e alopecia (3%) também têm sido relatadas. Suas freqüências aumentaram bastante
em pacientes recebendo PARAPLATIN associado. Relatam-se casos raros de síndrome hemolíticourêmica. Também foi relatado mal-estar, desidratação e estomatite como parte da
farmacovigilância.
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SUPERDOSE
Não há antídoto conhecido para a superdose de PARAPLATIN. As complicações precoces de
superdose podem estar relacionadas à mielodepressão bem como a danos às funções hepática e
renal. O uso de PARAPLATIN em doses maiores que as recomendadas tem sido relacionado com
perda de visão (vide ADVERTÊNCIAS).
ARMAZENAGEM
O produto deve ser guardado ao abrigo da luz e em temperatura entre 15ºC e 25 ºC.
Todo o medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
REFERÊNCIAS
Guias para a correta manipulação e o descarte de medicamentos anticâncer.
1. Recommendations for the safe handling of cytotoxic drugs. Washington, DC: Division of Safety,
National Institutes of Health; 1992. US Dept of Health and Human Services, Public Health Service
publication NIH 92-2621
2. AMA Council on Scientific Affairs. Guidelines for Handling Parenteral Antineoplastics. JAMA,
252 : 1590-1592, 1985.
3. National Study Commission on Cytotoxic Exposure: Recommendations for Handling Cytotoxic
Agents, 1987. Available from Louis P. Jeffrey, Sc.D., Chairman National Study Commission on
Cytotoxic Exposure, Massachusetts College of Pharmacy and Allied Health Sciences, 179
Longwood Avenue, Boston, Massachusetts 02115.
4. Clinical Oncological Society of Australia: Guidelines and Recommendations for Safe Handling of
Antineoplastic Agents. Med. J. Aust., 1 : 426-428, 1983.
5. JONES R. B. et al. Safe Handling of Chemotherapeutic Agents: A Report from the Mount Sinai
Medical Center. CA-A Cancer Journal for Clinicians, 33 : 258-263, 1983.
6. ASHP Technical Assistance Bulletin on Handling Cytotoxic and Hazardous Drugs. Am. J. Hosp.
Pharm., 47: 1033-1049, 1990.
7. OSHA Work-Practice Guidelines for Personnel Dealing with Cytotoxic (Antineoplastic) Drugs.
Am. J. Hosp. Pharm., 43: 1193-1204, 1986.
***no de lote, data de fabricação e data de validade: VIDE CARTUCHO.
***VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
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***USO RESTRITO A HOSPITAIS
Reg. MS – 1.0180.0115
Farm. Bioq. Resp.:
Dra. Tathiane Aoqui de Souza
CRF-SP n° 26.655
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