INFORMATIVO DO AGRONEGOCIO SINDICATO RURAL DE SORRISO www.sindicatoruraldesorriso.com.br E-mail: [email protected] Fone/Fax (66) 3544-4205 AV. Marginal Esquerda, 1.415, Cx. Postal 192 - Bom Jesus Sorriso-MT CEP: 78890-000 ANO 2014. N.º 084 04/06/2014 Quarta-Feira quarto do PIB nacional", afirmou. O agronegócio é responsável por 41% das exportações e por 37% dos empregos com carteira assinada no país”. CNA Mudanças climáticas já causam queda da produtividade agrícola no mundo Presidente da CNA brasileiro é sustentável diz que agronegócio A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, destacou nesta segunda-feira, que o Brasil já cumpriu 88% da meta de redução do desmatamento para 2020, estabelecida na Conferência do Clima de Copenhague em 2009, o que, segundo ela, comprova a sustentabilidade do agronegócio brasileiro. Em palestra sobre “Código Florestal: preservação e progresso”, no Fórum de Sustentabilidade promovido pelo jornal Folha de S. Paulo, a senadora disse que o país está em situação confortável em termos ambientais, pois restam apenas 12% a cumprir do compromisso internacional, nos próximos seis anos. "Preservamos 61% de todos os biomas de forma original. Mesmo sem saber, criamos a poupança verde”, afirmou a presidente da CNA, referindo-se às exigências do novo Código Florestal, considerado o mais rigoroso do mundo. “Enquanto, entre 1976 a 2013, a área plantada aumentou quase 43%, a produtividade avançou mais de 178%", completou, ao lembrar que, no mesmo período, a produção agrícola cresceu 298,72%, sustentada pela tecnologia agropecuária. Para se ter uma ideia do esforço do agricultor brasileiro para produzir mais, usando menos terra, a senadora calculou que, mantidos os índices de produtividade das lavouras registrados em 1976, seria necessário cultivar uma área de 148,6 milhões de hectares para produzir a atual safra de grãos e fibras. "Se estivéssemos produzindo da mesma maneira, precisaríamos de três vezes mais área plantada”, afirmou. E o compromisso dos agricultores com a produção sustentável não para aí, uma vez que a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) estabeleceu papel de destaque para o Brasil na segurança alimentar mundial. O país precisará aumentar em 40% sua produtividade para ajudar a alimentar uma população de 9,1 bilhões de habitantes até 2050. Segundo a presidente da CNA, é possível produzir mais, preservando o meio ambiente e sem abrir novas áreas de produção. O segredo é repassar tecnologia ao pequeno produtor rural, das classes D e E, que respondem por apenas 7,6% da produção nacional, embora detenham 70% das áreas agrícolas. A senadora também enfatizou a importância do setor agropecuário para a economia nacional. “Se não fosse o agronegócio, teríamos uma balança comercial com bastante dificuldade. Produzimos um As mudanças climáticas têm causado alterações nas fases de reprodução e de desenvolvimento de diferentes culturas agrícolas, entre elas milho, trigo e café. E os impactos dessas alterações já se refletem na queda da produtividade no setor agrícola em países como Brasil e Estados Unidos. A avaliação foi feita por pesquisadores participantes do Workshop on Impacts of Global Climate Change on Agriculture and Livestock , realizado no dia 27 de maio, no auditório da FAPESP. Promovido pelo Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais, o objetivo do evento foi reunir pesquisadores do Brasil e dos Estados Unidos para compartilhar conhecimentos e experiências em pesquisas sobre o impactos das mudanças climáticas globais na agricultura e na pecuária.“Sabemos há muito tempo que as mudanças climáticas terão impactos nas culturas agrícolas de forma direta e indireta”, disse Jerry Hatfield, diretor do Laboratório Nacional de Agricultura e Meio Ambiente do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês). “A questão é saber quais serão o impacto e a magnitude dessas mudanças nos diferentes países produtores agrícolas”, disse o pesquisador em sua palestra no evento.De acordo com Hatfield, um dos principais impactos observados nos Estados Unidos é a queda na produtividade de culturas como o milho e o trigo. O país é o primeiro e o terceiro maior produtor mundial desses grãos, respectivamente. “A produção de trigo [nos Estados Unidos] não atinge mais grandes aumentos de safra como os obtidos entre as décadas de 1960 e 1980”, afirmou. Uma das razões para a queda de produtividade dessa e de outras culturas agrícolas no mundo, na avaliação do pesquisador, é o aumento da temperatura durante a fase de crescimento e de polinização. As plantas de trigo, soja, milho, arroz, algodão e tomate têm diferentes faixas de temperatura ideal para os períodos vegetativo – de germinação da semente até o crescimento da planta – e reprodutivo – iniciado a partir da floração e formação de sementes. O milho, por exemplo, não tolera altas temperaturas na fase reprodutiva. Já a soja é mais tolerante a temperaturas elevadas nesse estágio, comparou Hatfield. O que se observa em diferentes países, contudo, é um aumento da frequência de dias mais quentes, com temperatura até 5 ºC mais altas do que a média registrada em anos anteriores, justamente na fase de crescimento e de polinização. “Observamos diversos casos de fracasso na polinização de arroz, trigo e milho em razão do aumento da temperatura -1- nessa fase. E, se o aumento de temperatura ocorrer com déficit hídrico, o impacto pode ser exacerbado”, avaliou. Segundo Hatfield, a temperatura noturna mínima tem aumentado mais do que a temperatura máxima à noite. A mudança causa impacto na respiração de plantas à noite e reduz sua capacidade de fotossíntese durante o dia, apontou. Pesquisas com milho; Em um estudo realizado no laboratório de Hatfield no USDA em um rizontron – equipamento para a análise de raízes de plantas no meio de cultivo –, pesquisadores mantiveram três diferentes variedades de milho em uma câmara 4 ºC mais quente do que outra com temperatura normal, para avaliar o impacto do aumento da temperatura nas fases vegetativa e reprodutiva da planta.“Constatamos que a fisiologia da planta é muito afetada por aumento de temperatura principalmente na fase reprodutiva”, contou o pesquisador.Em outro experimento, os pesquisadores mantiveram uma variedade de milho cultivada nos Estados Unidos em uma câmara com temperatura 3 ºC acima da que a planta tolera na fase de crescimento, em que é determinado o tamanho da espiga. O aumento causou uma redução de 15 dias no período de preenchimento dos grãos de milho e interrupção na capacidade da planta de completar esse processo, o que se refletiu em queda de produtividade. “Observamos que, se as plantas forem expostas a uma temperatura noturna relativamente alta no período de preenchimento dos grãos, essa fase de desenvolvimento é interrompida”, afirmou Hatfield. “O problema não é a temperatura média a que a planta pode ficar exposta na fase reprodutiva, mas a temperatura mínima. Precisamos entender melhor essa interação das culturas agrícolas com o ambiente e o clima para aumentar a resiliência delas à elevação da temperatura e à frequência de eventos climáticos extremos”, avaliou. Impactos no Brasil; No Brasil, as mudanças climáticas já modificam a geografia da produção agrícola, afirmou Hilton Silveira Pinto, diretor do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).O ano passado foi o mais seco desde 1988 – quando o Cepagri iniciou suas medições climáticas. Registrouse uma média de 1.186 milímetros de chuva contra 1.425 milímetros observados nos anos anteriores. O mês mais crítico do ano foi dezembro, quando choveu 83 milímetros. A média para o mês é 207 milímetros, comparou Silveira Pinto.“O final de ano muito seco atrapalhou bastante a agricultura em São Paulo, porque a época de plantio dos agricultores daqui é justamente no período entre outubro e novembro”, disse Silveira Pinto durante sua palestra.“O plantio de algumas culturas deverá ser atrasado, porque há uma variabilidade bastante sensível no regime pluviométrico das áreas em que determinadas culturas podem ser plantadas”, afirmou.Segundo o pesquisador, a partir dos anos 2000 não foi registrada mais geada em praticamente nenhuma região de São Paulo, evidenciando um aumento da temperatura no estado.Um reflexo dessa mudança é a migração da produção do café em São Paulo e Minas Gerais para regiões mais elevadas, com temperaturas mais propícias para o florescimento da planta. A cada 100 metros de altitude, a temperatura diminui cerca de 0,6 ºC, segundo Silveira Pinto.Durante o período de florescimento do café, quando os botões florais tornam-se grãos de café, a planta não pode ser submetida a temperaturas acima de 32 ºC. Apenas uma tarde com essa temperatura nesse período é suficiente para que a flor seja abortada e não forme o grão.“O registro de temperaturas acima de 32 ºC tem ocorrido com mais frequência na região cafeeira de São Paulo. Com o aquecimento global, deverá aumentar entre 5 e 10 vezes a incidência de tardes quentes no florescimento da planta”, disse Silveira Pinto. “Isso pode fazer com que não seja mais viável produzir café nas partes mais baixas de São Paulo nas próximas décadas.”“A produção do café no Brasil deve migrar para a Região Sul”, afirmou. “O café brasileiro deverá ser produzido nos próximos anos em estados como Paraná e Santa Catarina.”Agência Fapesp CBOT/BUSHEL/SOJA CONTRATO Julho/14 Agosto/14 Setembro/14 Novembro/14 Janeiro/15 Março/15 ATUAL 1482 ¼ 1416 ¾ 1269 ½ 1217 ¼ 1223 ¼ 1227 ½ DIF. 1¼ 2¼ -3 ¾ -4 ½ -4 ½ -4 ¼ DÓLAR COMERCIAL VENDA ÚLTIMO 2,283 VARIAÇÃO (%) -0,998 COTAÇÃO DE GRÃOS EM SORRISO SOJA Máximo Mínimo R$ 60,00 R$ 55,00 DISP. TRANSG R$ 58,00 R$ 53,00 BALCÃO MILHO Máximo Mínimo R$ 13,00 ----DISPONÍVEL --------BALCÃO --------FUTURO/Julho ARROZ – BALCÃO SACA 60 Kg R$ 30,00 SUINO – CONFINADO / Kg R$ 2,80 ALGODÃO R$ 60,00 EM PLUMA @ R$ 490,00 CAROÇO TON. -2-