Anexo #4

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Curso: Introdução ao Ensino Religioso Ênfase aos 1.º e 2.º anos
Apostila 4
Cada qual
sabe amar
a
seu
modo;
o
modo,
pouco
importa; o
essencial é
que saiba
amar.
CONTEÚDOS
Machado de Assis
O que é sagrado para você...................................................................02
O conhecimento religioso......................................................................03
Para refletir............................................................................................04
Identidade do Ensino Religioso.............................................................05
Objetivos gerais.....................................................................................05
Metodologia...........................................................................................05
Avaliação...............................................................................................06
Objetivos, conteúdos/temas e critérios de avaliação – 1.º ano..............08
Objetivos, conteúdos/temas e critérios de avaliação – 2.º ano..............10
Planejamento de tema para o ER......................................................... 12
Referências........................................................................................... 13
ASSINTEC/SME
Curitiba – 2010
2
O QUE É SAGRADO PARA VOCÊ?
Borres Guilouski
Sagrado é algo digno de grande respeito e veneração
Está relacionado aos sentimentos e ao coração
O sagrado está dentro e fora
de você
Está na vida de cada pessoa
Não importa a cultura, a etnia
ou a religião
Sagrado é seu corpo, sua casa,
seu alimento, sua crença
Sagrada é a voz da consciência que lhe indica o
caminho do bem
Sagrada é a Mãe-Terra, nossa casa planetária que
nos acolhe generosamente
Sagrado é todo o Universo, santuário da vida
Sagrada é a natureza, porque dela depende nossa
vida
Sagrada é a beleza e o perfume de toda flor
Sagradas são as árvores, transmissoras de paz e
purificadoras do ar
Sagrada é a água que lava o nosso corpo e sacia a
nossa sede
Sagrado é todo gesto de respeito e compaixão a qualquer criatura
Sagrado é o conhecimento que liberta as pessoas, que humaniza e amplia a
visão de mundo
Sagrado é o gesto de quem ensina e de quem quer aprender
Sagrada é a ciência, a arte, a filosofia e a religião
Que enobrece a alma humana, que
eleva a consciência e inspira o
coração
Agora pense e responda
O que é sagrado para você?
3
O CONHECIMENTO RELIGIOSO
As tradições religiosas e místicas, enquanto fenômeno cultural e social,
oferecem um vasto campo de investigação, permitindo ampliar a visão de mundo,
compreender
as
manifestações
do
sagrado,
geralmente,
vinculadas
ao
1
transcendente/imanente , à valorização do conhecimento religioso como patrimônio da
humanidade, construído ao longo da história, de maneira bastante peculiar, em
diferentes contextos geográficos e culturais.
Conforme os PCNs do Ensino Religioso (1997, p. 18 e 19), desde os
primórdios da história da humanidade, o ser humano defronta-se com grandes
desafios e situações-limites: a enfermidade, a morte, a separação, o heroísmo entre
tantas outras. Diante desses acontecimentos da vida, muitas vezes se questiona:
Quem sou? Por que estou aqui? Para onde vou? O que acontece depois da morte?
Qual é o sentido da vida? Na tentativa de dar respostas a essas questões, surge o
conhecimento religioso.
As respostas a essas perguntas são a razão da busca empreendida pelos
seres humanos, através dos tempos, na tentativa de desvendar “o mistério”, superar a
fragilidade e finitude. Como consequência dessas buscas, surgiram diferentes
manifestações religiosas e místico-filosóficas no transcurso da história. Assim, o
conhecimento religioso é o conjunto das respostas sistematizadas às questões
fundamentais da vida humana.
A construção e socialização do conhecimento religioso na escola deve
promover uma abertura ao diálogo inter-religioso, na perspectiva dos valores comuns
a todas as tradições, tendo por base a alteridade2 e o direito à liberdade de
consciência e opção religiosa.
Deve ser entendido como um processo interativo entre professor(a) e alunos,
na busca da realização destes como seres humanos, reconhecidos e respeitados
como cidadãos inseridos numa realidade plural, em que as diferenças configuram a
realidade maior.
1
Segundo Eliade (1995), o sagrado implica nas manifestações de uma ordem diferente da ordem material,
segue uma lógica que não pertence a este mundo. O autor diferencia o sagrado do profano, consistindo em
palavras de significados opostos. Transcendente, nesta relação, segundo o Diccionário del Cristianismo
(1974), significa aquilo que está além e imanente, em oposição ao transcendente significa dentro, aquilo
que é interior ao ser.
2
Conforme o Dicionário de Filosofia (1970), alteridade significa “o ser outro, o colocar-se ou constituirse como outro” (p. 32).
4
PARA REFLETIR
CONHECIMENTO RELIGIOSO: UMA FORMA DE OLHAR
Emerli Schlögl
A luz é a metáfora do conhecimento
O conhecimento é uma maneira de ver
E de compreender o mundo
Dizem que há quatro tipos de conhecimento:
O filosófico, o científico, o religioso e o do senso comum
O primeiro é pura liberdade, na busca da origem de todas
as coisas
O segundo é a possibilidade de brincar, de experimentar e
teorizar
O terceiro é o puramente poético e sensível que busca
conhecer o divino
O quarto é o resultado da vivência das pessoas
Conhecer filosoficamente exige um olhar indagativo
Conhecer cientificamente exige um olhar penetrante
Conhecer religiosamente exige um olhar de encantamento
Conhecer pelo senso comum exige um olhar de partilha e repetição
O conhecimento religioso está nos segredos sagrados contados nos mitos
No ritual que expressa os desejos humanos
Nos símbolos que comunicam o incomunicável
Nas espiritualidades de todas as religiões
O conhecimento religioso está impresso em todos os lugares sagrados
Em todas as culturas e tradições religiosas, bem como em toda mística
O conhecimento religioso está escrito no Avesta e no Alcorão
Na Bíblia cristã e nos Sutras budistas
E também na Tora, no Kitáb-i-Aqdas, no Avesta, nos Vedas
Nos livros de Allan Kardec, no Livro dos Mórmons e outros mais
O conhecimento que não está escrito ainda assim é conhecimento
E ele é dançado, cantado e contado por muitos povos, diariamente
Também está expresso nas regras morais, tais como:
Defender a vida, ter compaixão por todos os seres, ser fiel e falar a verdade
O conhecimento religioso, em todas as expressões de fé
Aponta sempre um caminho
O jeito que cada povo, cada religião ou igreja tem de viver a sua fé.
5
IDENTIDADE DO ENSINO RELIGIOSO
O Ensino Religioso como parte integrante da vida escolar é:
•
Um processo de observação, reflexão e informação sobre as diversas manifestações do
sagrado, a partir do contexto social e cultural do educando.
•
Uma abertura ao diálogo inter-religioso, na perspectiva dos valores universais, comuns a
todas as tradições religiosas, espirituais e místicas, tendo por base a alteridade e o direito
à liberdade de consciência, expressão do pensamento e opção religiosa.
OBJETIVOS GERAIS
•
Proporcionar o conhecimento e a compreensão das diferentes manifestações do sagrado,
a partir da realidade sociocultural dos educandos.
•
Contribuir com a construção da cidadania mediante o conhecimento do fenômeno religioso,
do exercício do diálogo inter-religioso, do respeito às diferenças, da superação de
preconceitos e estabelecimento de relações democráticas e humanizadoras.
•
Refletir sobre o sentido da vida e sobre os questionamentos existenciais.
•
Analisar o papel das tradições religiosas, espirituais e místicas na estruturação e
manutenção das diferentes culturas.
•
Educar para a cultura da paz, da fraternidade e da solidariedade para com todos os seres,
incluindo a natureza e a humanidade.
METODOLOGIA
Os
conteúdos
específicos
do
Ensino
Religioso
são
trabalhados
de
forma
contextualizada com outros saberes e conhecimentos, abarcando as manifestações do sagrado
nas diferentes matrizes indígena, africana, ocidental e oriental, de forma isenta de julgamento
ou proselitismo. Cabe, portanto, ao professor, limitar-se a decodificar, ou seja, descrever e
interpretar os elementos básicos que compõem o fenômeno religioso.
A metodologia do Ensino Religioso deve ser dinâmica e inovadora, permitindo a interação e
o diálogo no processo de construção e socialização do conhecimento, de maneira que
professor e alunos juntos possam (re)significar o conhecimento. Não se trata de oferecer uma
receita pronta e definitiva, mas uma sugestão a partir da qual o professor possa desenvolver os
conteúdos desta disciplina, usando de sua criatividade.
Para tanto, sugerem-se três momentos metodológicos:
•
sensibilização;
•
observação-reflexão-informação;
•
síntese e proposição ética.
6
O primeiro momento configura-se com atividades de sensibilização, permitindo integrar
os diferentes aspectos do educando: biofísico, afetivo, cognitivo, cultural, social, religioso, ético
e estético. Essas atividades de integração (holopráxis) são orientadas com a intencionalidade
de propiciar ao aluno uma abertura ao outro e à humanização, bem como o estabelecimento de
relações que favoreçam o aprendizado por meio do diálogo.
No momento seguinte, sugere-se a realização de atividades de observação-reflexãoinformação, de forma simultânea, numa dinâmica circular, em que,ao mesmo tempo, observase, reflete-se e se informa. Busca-se, desse modo, decodificar e analisar os elementos básicos
que compõem o fenômeno religioso, enfocando os conteúdos em uma rede de relações.
Assim, de forma progressiva, propicia-se ao aluno a construção do conhecimento do exercício
do diálogo, valorizando as diferentes expressões culturais religiosas. (FONAPER–Fórum
Nacional Permanente do Ensino Religioso, 2000, p. 34 e 35).
O terceiro e último momento constitui uma síntese e proposição ética. Nesse momento,
busca-se coletivamente estabelecer com os alunos um referencial de comportamento ético, de
forma articulada com o conteúdo trabalhado.
A construção e socialização do conhecimento religioso é subsidiada por meio de
esclarecimentos do professor, trocas de experiências entre os alunos, pesquisa em diversas
fontes, leitura e interpretação de textos, análise de fotos, ilustrações e objetos simbólicos,
confecção de cartazes, maquetes, móbiles, álbuns do conhecimento, acesso a filmes, entre
outros. Mediante o método fenomenológico, o trabalho com os conteúdos do Ensino Religioso
permite a releitura do fenômeno religioso, favorecendo ao aluno uma análise e compreensão
das manifestações do sagrado a partir de sua realidade sociocultural.
Moacir Gadotti (2003) afirma que o “... fenômeno é o que se mostra, o que
se manifesta. A fenomenologia preocupa-se com o que aparece e o que está
escondido nas aparências, uma vez que aquilo que aparece, nem sempre é.
Contudo, a aparência também faz parte do ser. O método fenomenológico procura
descrever e interpretar os fenômenos, os processos e as coisas pelo que elas são,
sem preconceitos. Mais do que um método, é uma atitude (GADOTTI, 2003, p. 160).
AVALIAÇÃO
A avaliação faz parte do processo metodológico e seus critérios estão vinculados à
organização curricular no processo ensino-aprendizagem.
Sua função é diagnosticar e orientar a prática pedagógica.
Ao aluno, a avaliação permite que se autoavalie e seja avaliado para tomar consciência
sobre o que já aprendeu, ou seja, sobre os avanços atingidos, e saber onde deve investir mais
esforços para melhorar e superar as dificuldades.
Ao professor, a avaliação favorece acompanhar o progresso de aprendizado do aluno,
rever e reelaborar a sua prática pedagógica, quando necessário.
7
Podemos nos concentrar no caráter investigativo que a avaliação tem quando o que o
professor deseja é traçar um diagnóstico acerca dos conhecimentos anteriores dos educandos.
Esse tipo de avaliação é norteador para o planejamento posterior das aulas. Já a avaliação de
caráter contínuo configura-se no acompanhando de todos os momentos do processo
ensino/aprendizagem, ela atualiza a percepção do professor e dos próprios alunos sobre o
andamento educativo do processo de aprender e ensinar.
A autoavaliação é ponto fundamental em todo esse processo. Em conjunto com a
avaliação realizada pelo professor, a autoavaliação sugere uma tomada de consciência pelo
estudante, de seu próprio processo. Nela, o aluno se conscientiza daquilo que sabe e daquilo
que não sabe. Com essa tomada de consciência, pode exercitar a autocorreção, tornando-se
dessa maneira agente ativo de seu próprio processo de aprendizagem.
O seu registro poderá ser efetivado por meio de pareceres, análise das produções,
atividades da autoavaliação escrita ou oral, no qual o aluno verifica o seu progresso na
aprendizagem. Esse mapeamento de resultados informa se o aluno atingiu os objetivos e em
que deve investir mais esforços para superar as dificuldades na aprendizagem.
Como sugestão para a efetivação do processo avaliativo e autoavaliativo, sugerimos o
portfólio, que é um álbum que contém toda a sequência de trabalhos realizados pelo estudante
em seu percurso na área do Ensino Religioso. A finalidade do portfólio é ter um material que
pode ser utilizado para conhecer melhor o estudante, constatar o que está sendo apreendido
ou não por ele, adequar o processo de ensino conforme o que se pode constatar e julgar
globalmente no processo de ensino-aprendizagem. Esse material serve para o professor
avaliar e também para o estudante se autoavaliar.
No portfólio, quase todos os trabalhos, ao menos aqueles com registro em papel, são
documentados e observados constantemente, a fim de verificar o desenvolvimento de cada
um. Inclusive, testes, pesquisas, entrevistas, entre outras modalidades, podem ser anexados
ao portfólio.
8
OBJETIVOS, CONTEÚDOS/TEMAS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO –
1.º ANO
OBJETIVOS
CONTEÚDO/TEMAS
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
ETHOS
1. Reconhecer-se como
parte integrante da
comunidade próxima, local e
global.
- Eu e os outros somos nós.
1. Reconhece-se como parte
integrante da comunidade
familiar, escolar, religiosa,
outra.
2. Reconhecer o direito à
diferença, desenvolvendo
respeito por si mesmo, pelas
outras pessoas e pela
natureza.
- O respeito às diferenças e
ao diferente.
2. Identifica as diferenças
pessoais, culturais e religiosas,
respeitando as pessoas e
demais seres da natureza.
3. Compreender que as
pessoas seguem ou não
uma religião, igreja ou
filosofia de vida.
- A religião na vida das
pessoas.
3. Compreende que as
pessoas têm diferentes opções
religiosas.
4. Valorizar a vida em si
mesmo e em todos os seres
da natureza.
- A vida em mim e em você é
sagrada.
4. Demonstra atitudes de
valorização para com a vida de
todos os seres.
HISTÓRIA E ESTRUTURA
DAS TRADIÇÕES
RELIGIOSAS
- A religião na família, na
escola e na comunidade local.
1. Reconhece o direito de
opção religiosa dos outros.
2. Identificar a existência de
diferentes religiões no seu
convívio social.
- Aprendendo nomes de
algumas religiões.
2. Conhece nomes de algumas
religiões do mundo.
3. Conhecer elementos
característicos da
religiosidade de algumas
culturas e tradições religiosas
de matriz indígena, africana,
oriental e ocidental.
- A religiosidade do povo
brasileiro.
3. Conhece alguns elementos
característicos da religiosidade
das tradições religiosas
presentes no contexto
sociocultural.
1. Desenvolver o respeito para
com a opção religiosa dos
outros.
SÍMBOLOS
1. Identificar alguns símbolos
religiosos e não religiosos.
- Os símbolos na vida das
pessoas.
1. Identifica símbolos religiosos
e não religiosos.
2. Reconhecer alguns
símbolos específicos das
tradições religiosas de matriz
indígena, africana, oriental e
ocidental.
- Os símbolos nas tradições
religiosas.
2. Reconhece símbolos das
religiões de matriz indígena,
africana, oriental e ocidental.
9
OBJETIVOS
CONTEÚDO/TEMAS
ESPIRITUALIDADES
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
1. Identificar práticas
devocionais da religião ou
igreja da qual a família
participa ou que o aluno
conhece.
- As práticas religiosas que
eu conheço.
1. Identifica algumas práticas
religiosas presentes no
contexto de sua família.
2. Identificar diferentes
práticas religiosas.
- As práticas religiosas na
vida das pessoas.
2. Identifica práticas religiosas
das diferentes religiões de
matriz indígena, africana,
oriental e ocidental.
ESPAÇOS SAGRADOS
1. Identificar espaços
sagrados e não sagrados,
reconhecendo a sua função.
2. Representar alguns
espaços sagrados
conhecidos, descrevendo as
atividades ou práticas
religiosas que neles são
realizadas.
- Os espaços construídos
pelo homem.
1. Identifica os diferentes
espaços existentes na
comunidade e suas funções.
- Espaços sagrados da nossa
comunidade.
2. Representa, através de
desenho, alguns espaços
sagrados conhecidos,
descrevendo a sua função.
O SAGRADO FEMININO
1. Reconhecer o papel da
mulher na vida familiar e em
outras instâncias da
sociedade.
- O papel da mulher no
cotidiano da família e da
sociedade.
1. Reconhece o valor e a
importância da mulher na
família e na sociedade.
2. Conhecer histórias de vida
de mulheres em algumas
religiões.
- A mulher nas diferentes
religiões e igrejas.
2. Valoriza a mulher como
promotora do bem na família,
na sociedade e especialmente
nas religiões e igrejas.
10
OBJETIVOS, CONTEÚDOS/TEMAS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO –
2.º ANO
OBJETIVOS
CONTEÚDOS/TEMAS
ETHOS
1. Reconhecer-se partícipe da - Eu vivo em comunidade.
comunidade próxima, local e
global, como a família, a
escola, a instituição religiosa e
a humanidade.
2. Reconhecer o direito à
diferença religiosa, aceitando
a si mesmo e ao outro com
respeito e naturalidade.
- A riqueza das diferenças
pessoais, culturais e
religiosas.
3. Refletir sobre o valor da
vida em si mesmo e em todos
os outros seres da natureza,
pessoas, animais e vegetais.
- A valorização da vida.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
1. Reconhece-se como membro
da comunidade familiar, escolar,
religiosa ou outra de que
participa.
2. Reconhece o direito à
diferença religiosa do outro,
demonstrando atitudes de
respeito.
3. Cita e vivencia algumas
atitudes de valorização para
com a vida como expressão do
sagrado.
ESTRUTURA E HISTÓRIA
DAS TRADIÇÕES
RELIGIOSAS
1. Reconhecer que a religião
é um importante valor para
muitas pessoas.
- A religião no cotidiano.
1. Reconhece que a opção
religiosa é importante na vida
de muitas pessoas.
2. Reconhecer a diversidade
religiosa, presente na
realidade próxima,
construindo um referencial de
entendimento das diferenças.
- Religiões e igrejas da nossa
comunidade.
2. Reconhece a diversidade
religiosa no contexto em que
vive.
3. Conhecer o nome e
algumas características
específicas das tradições
religiosas de matriz indígena,
africana, oriental e ocidental.
- Conhecendo as diferentes
religiões do mundo.
3. Distingue pelo nome
algumas religiões, bem como
alguns elementos
característicos das religiões de
matriz indígena, africana,
oriental e ocidental.
SÍMBOLOS
1. Identificar símbolos das
tradições religiosas presentes
na comunidade,
estabelecendo a relação dos
seus significados.
- Os símbolos das religiões e
igrejas da comunidade.
1. Identifica símbolos de
algumas tradições religiosas da
comunidade, relacionando seus
significados.
2. Identificar alguns símbolos
específicos das tradições de
matriz indígena, africana,
oriental e ocidental.
- Os símbolos nas diferentes
religiões presentes no Brasil.
2. Identifica alguns símbolos
das diferentes tradições
religiosas presentes no Brasil.
11
OBJETIVOS
CONTEÚDO/TEMAS
ESPIRITUALIDADES
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
1. Identificar as diferentes
práticas religiosas presentes
no cotidiano.
- As práticas religiosas na
vida das pessoas.
1. Identifica as diferentes
práticas religiosas,
reconhecendo a importância
das mesmas na vida das
pessoas.
2. Conhecer algumas práticas
específicas das tradições de
matriz indígena, africana,
oriental e ocidental.
- As práticas religiosas nas
diferentes religiões.
2. Reconhece algumas práticas
específicas das tradições
indígena, africana, oriental e
ocidental.
ESPAÇOS SAGRADOS
1. Identificar alguns espaços
sagrados existentes na
comunidade.
- O que são espaços
sagrados?
1. Identifica espaços sagrados
existentes na comunidade.
2. Reconhecer alguns
elementos presentes na
organização dos espaços
sagrados existentes na
comunidade.
- Como são os espaços
sagrados da nossa
comunidade.
2. Descreve oralmente alguns
elementos presentes na
organização de alguns dos
espaços sagrados.
O SAGRADO FEMININO
1. Refletir sobre a importância
da mulher na família, na
religião e na sociedade em
geral.
- A mulher no contexto
familiar, social e religioso.
1. Reconhece a importância da
mulher no contexto familiar,
religioso e social.
2. Identificar a função da
mulher em algumas tradições
religiosas.
- A função da mulher nas
diferentes religiões.
2. Identifica a função da mulher
em algumas religiões.
12
PLANEJAMENTO DE TEMA PARA O ENSINO RELIGIOSO –
1.º e 2.º ANOS
Tema: Os diferentes espaços construídos pelo homem.
Objetivo: Identificar espaços sagrados e não sagrados, reconhecendo a sua função.
Atividade de sensibilização
1.º passo: Escreva, professor(a), no quadro a frase: “SE TOCO, TRANSFORMO.
TRANSFORMO, SE TOCO”, oriente leitura coletiva da frase, depois explique aos alunos que,
quando tocamos com carinho e respeito uma pessoa ou qualquer outro ser vivo, podemos
comunicar coisas boas e positivas e assim transformar para melhor quem tocamos. Nosso
corpo é um templo vivo que abriga o que existe de mais sagrado no Universo, a vida.
2.º passo: Proponha que os alunos andem pela sala cantando a canção e ao mesmo tempo se
cumprimentem com as duas mãos.
3.º passo: Finalize a vivência com os alunos cantando a canção e se movimentando, primeiro
em roda de mãos dadas, depois em formação de abraço grupal.
Atividades de observação-reflexão-informação
1) Apresente, professor(a), uma série de imagens de diversos espaços construídos pelos
seres humanos e explique a sua utilidade. Exemplo: escola, farol do saber (biblioteca),
catedral, universidade, mesquita, supermercado, igreja evangélica, loja de roupas,
hospital, ginásio de desportos, sinagoga, posto de saúde, casa de reza indígena,
museu, etc.
•
Oriente uma atividade de classificação desses espaços, separando os espaços
sagrados dos não sagrados.
•
Depois, explique que os espaços sagrados são locais destinados às práticas religiosas,
às reuniões de culto, onde as pessoas podem vivenciar de forma individual e coletiva a
sua fé. Cite exemplos dessas práticas nesses espaços: missa, culto, novena, reunião
de prece ou meditação, estudo da doutrina, pajelança, etc.
•
Explique também que cada religião possui seu próprio espaço sagrado, que é
construído e organizado de acordo com as suas crenças.
•
As igrejas, capelas, catedrais e santuários católicos são geralmente decorados com
vitrais, imagens, estátuas, entre outros símbolos.
•
Nos templos evangélicos não há imagens religiosas.
•
Terreiro é o nome do espaço sagrado das religiões afro-brasileiras.
•
Os povos indígenas realizam as suas práticas religiosas em contato com a natureza e,
em algumas aldeias, há também “a casa de reza”, chamada opy na língua dos guarani.
•
Sinagoga é o espaço sagrado do judaísmo, onde, aos sábados, seguidores se reúnem
para o culto semanal.
•
A mesquita é o local de oração dos muçulmanos. Eles se reúnem nas sextas-feiras, ao
meio-dia, para as orações.
•
O centro espírita é o local de reuniões e estudo da doutrina dos seguidores do
espiritismo.
13
3) Oriente os alunos a desenharem e escreverem o nome dos espaços sagrados existentes na
comunidade onde moram.
4) Você pode também propor que os alunos criem cartazes com recortes de gravuras ou com
desenhos feitos por eles sobre espaços sagrados da comunidade e de outros lugares do Brasil.
Ajude-os a escreverem as legendas explicativas de cada gravura ou desenho. Façam uma
exposição dos cartazes na escola.
Síntese e proposição ética
1) Explique, professor(a), aos alunos sobre a importância de preservarmos os espaços
sagrados de nossa comunidade ou cidade, não só os espaços destinados às práticas
religiosas, mas todos os edifícios, praças e locais públicos, porque são patrimônio de todos os
cidadãos. Comente que é um grande erro destruir e pichar esses espaços, pois foram
construídos com o dinheiro do povo arrecadado pelos impostos.
2) A partir dessa explicação, oriente, professor(a), a produção coletiva de um texto sobre os
espaços sagrados da comunidade e como devemos usá-los e preservá-los. Depois, proponha
que os alunos copiem o texto e o ilustrem com desenhos.
REFERÊNCIAS
ALVES, R. Entre a ciência e a sapiência: o dilema da educação. 4 ed. São Paulo: Loyola,
2000.
ELIADE, M. Imagens e símbolos: ensaio sobre o simbolismo mágico religioso. São Paulo:
Martins Fontes, 1991.
___________. O sagrado e o profano. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
___________ . O conhecimento sagrado de todas as eras. São Paulo: Mercúryo, 2004.
FONAPER(Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso). Parâmetros Curriculares
Nacionais do Ensino Religioso. 2 ed. São Paulo: Ave Maria, 1997.
GADOTTI, M. História das idéias pedagógicas. São Paulo: Ática, 2003.
LALANDE, A. Vocabulário técnico científico e crítico da filosofia. São Paulo: Martins
Fontes, 1996.
Equipe Pedagógica da ASSINTEC/SME de Curitiba
Elaboração: Borres Guilouski e Emerli Schlögl
Revisão: Diná Raquel D. da Costa
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