Curso: Introdução ao Ensino Religioso Ênfase aos 1.º e 2.º anos Apostila 4 Cada qual sabe amar a seu modo; o modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar. CONTEÚDOS Machado de Assis O que é sagrado para você...................................................................02 O conhecimento religioso......................................................................03 Para refletir............................................................................................04 Identidade do Ensino Religioso.............................................................05 Objetivos gerais.....................................................................................05 Metodologia...........................................................................................05 Avaliação...............................................................................................06 Objetivos, conteúdos/temas e critérios de avaliação – 1.º ano..............08 Objetivos, conteúdos/temas e critérios de avaliação – 2.º ano..............10 Planejamento de tema para o ER......................................................... 12 Referências........................................................................................... 13 ASSINTEC/SME Curitiba – 2010 2 O QUE É SAGRADO PARA VOCÊ? Borres Guilouski Sagrado é algo digno de grande respeito e veneração Está relacionado aos sentimentos e ao coração O sagrado está dentro e fora de você Está na vida de cada pessoa Não importa a cultura, a etnia ou a religião Sagrado é seu corpo, sua casa, seu alimento, sua crença Sagrada é a voz da consciência que lhe indica o caminho do bem Sagrada é a Mãe-Terra, nossa casa planetária que nos acolhe generosamente Sagrado é todo o Universo, santuário da vida Sagrada é a natureza, porque dela depende nossa vida Sagrada é a beleza e o perfume de toda flor Sagradas são as árvores, transmissoras de paz e purificadoras do ar Sagrada é a água que lava o nosso corpo e sacia a nossa sede Sagrado é todo gesto de respeito e compaixão a qualquer criatura Sagrado é o conhecimento que liberta as pessoas, que humaniza e amplia a visão de mundo Sagrado é o gesto de quem ensina e de quem quer aprender Sagrada é a ciência, a arte, a filosofia e a religião Que enobrece a alma humana, que eleva a consciência e inspira o coração Agora pense e responda O que é sagrado para você? 3 O CONHECIMENTO RELIGIOSO As tradições religiosas e místicas, enquanto fenômeno cultural e social, oferecem um vasto campo de investigação, permitindo ampliar a visão de mundo, compreender as manifestações do sagrado, geralmente, vinculadas ao 1 transcendente/imanente , à valorização do conhecimento religioso como patrimônio da humanidade, construído ao longo da história, de maneira bastante peculiar, em diferentes contextos geográficos e culturais. Conforme os PCNs do Ensino Religioso (1997, p. 18 e 19), desde os primórdios da história da humanidade, o ser humano defronta-se com grandes desafios e situações-limites: a enfermidade, a morte, a separação, o heroísmo entre tantas outras. Diante desses acontecimentos da vida, muitas vezes se questiona: Quem sou? Por que estou aqui? Para onde vou? O que acontece depois da morte? Qual é o sentido da vida? Na tentativa de dar respostas a essas questões, surge o conhecimento religioso. As respostas a essas perguntas são a razão da busca empreendida pelos seres humanos, através dos tempos, na tentativa de desvendar “o mistério”, superar a fragilidade e finitude. Como consequência dessas buscas, surgiram diferentes manifestações religiosas e místico-filosóficas no transcurso da história. Assim, o conhecimento religioso é o conjunto das respostas sistematizadas às questões fundamentais da vida humana. A construção e socialização do conhecimento religioso na escola deve promover uma abertura ao diálogo inter-religioso, na perspectiva dos valores comuns a todas as tradições, tendo por base a alteridade2 e o direito à liberdade de consciência e opção religiosa. Deve ser entendido como um processo interativo entre professor(a) e alunos, na busca da realização destes como seres humanos, reconhecidos e respeitados como cidadãos inseridos numa realidade plural, em que as diferenças configuram a realidade maior. 1 Segundo Eliade (1995), o sagrado implica nas manifestações de uma ordem diferente da ordem material, segue uma lógica que não pertence a este mundo. O autor diferencia o sagrado do profano, consistindo em palavras de significados opostos. Transcendente, nesta relação, segundo o Diccionário del Cristianismo (1974), significa aquilo que está além e imanente, em oposição ao transcendente significa dentro, aquilo que é interior ao ser. 2 Conforme o Dicionário de Filosofia (1970), alteridade significa “o ser outro, o colocar-se ou constituirse como outro” (p. 32). 4 PARA REFLETIR CONHECIMENTO RELIGIOSO: UMA FORMA DE OLHAR Emerli Schlögl A luz é a metáfora do conhecimento O conhecimento é uma maneira de ver E de compreender o mundo Dizem que há quatro tipos de conhecimento: O filosófico, o científico, o religioso e o do senso comum O primeiro é pura liberdade, na busca da origem de todas as coisas O segundo é a possibilidade de brincar, de experimentar e teorizar O terceiro é o puramente poético e sensível que busca conhecer o divino O quarto é o resultado da vivência das pessoas Conhecer filosoficamente exige um olhar indagativo Conhecer cientificamente exige um olhar penetrante Conhecer religiosamente exige um olhar de encantamento Conhecer pelo senso comum exige um olhar de partilha e repetição O conhecimento religioso está nos segredos sagrados contados nos mitos No ritual que expressa os desejos humanos Nos símbolos que comunicam o incomunicável Nas espiritualidades de todas as religiões O conhecimento religioso está impresso em todos os lugares sagrados Em todas as culturas e tradições religiosas, bem como em toda mística O conhecimento religioso está escrito no Avesta e no Alcorão Na Bíblia cristã e nos Sutras budistas E também na Tora, no Kitáb-i-Aqdas, no Avesta, nos Vedas Nos livros de Allan Kardec, no Livro dos Mórmons e outros mais O conhecimento que não está escrito ainda assim é conhecimento E ele é dançado, cantado e contado por muitos povos, diariamente Também está expresso nas regras morais, tais como: Defender a vida, ter compaixão por todos os seres, ser fiel e falar a verdade O conhecimento religioso, em todas as expressões de fé Aponta sempre um caminho O jeito que cada povo, cada religião ou igreja tem de viver a sua fé. 5 IDENTIDADE DO ENSINO RELIGIOSO O Ensino Religioso como parte integrante da vida escolar é: • Um processo de observação, reflexão e informação sobre as diversas manifestações do sagrado, a partir do contexto social e cultural do educando. • Uma abertura ao diálogo inter-religioso, na perspectiva dos valores universais, comuns a todas as tradições religiosas, espirituais e místicas, tendo por base a alteridade e o direito à liberdade de consciência, expressão do pensamento e opção religiosa. OBJETIVOS GERAIS • Proporcionar o conhecimento e a compreensão das diferentes manifestações do sagrado, a partir da realidade sociocultural dos educandos. • Contribuir com a construção da cidadania mediante o conhecimento do fenômeno religioso, do exercício do diálogo inter-religioso, do respeito às diferenças, da superação de preconceitos e estabelecimento de relações democráticas e humanizadoras. • Refletir sobre o sentido da vida e sobre os questionamentos existenciais. • Analisar o papel das tradições religiosas, espirituais e místicas na estruturação e manutenção das diferentes culturas. • Educar para a cultura da paz, da fraternidade e da solidariedade para com todos os seres, incluindo a natureza e a humanidade. METODOLOGIA Os conteúdos específicos do Ensino Religioso são trabalhados de forma contextualizada com outros saberes e conhecimentos, abarcando as manifestações do sagrado nas diferentes matrizes indígena, africana, ocidental e oriental, de forma isenta de julgamento ou proselitismo. Cabe, portanto, ao professor, limitar-se a decodificar, ou seja, descrever e interpretar os elementos básicos que compõem o fenômeno religioso. A metodologia do Ensino Religioso deve ser dinâmica e inovadora, permitindo a interação e o diálogo no processo de construção e socialização do conhecimento, de maneira que professor e alunos juntos possam (re)significar o conhecimento. Não se trata de oferecer uma receita pronta e definitiva, mas uma sugestão a partir da qual o professor possa desenvolver os conteúdos desta disciplina, usando de sua criatividade. Para tanto, sugerem-se três momentos metodológicos: • sensibilização; • observação-reflexão-informação; • síntese e proposição ética. 6 O primeiro momento configura-se com atividades de sensibilização, permitindo integrar os diferentes aspectos do educando: biofísico, afetivo, cognitivo, cultural, social, religioso, ético e estético. Essas atividades de integração (holopráxis) são orientadas com a intencionalidade de propiciar ao aluno uma abertura ao outro e à humanização, bem como o estabelecimento de relações que favoreçam o aprendizado por meio do diálogo. No momento seguinte, sugere-se a realização de atividades de observação-reflexãoinformação, de forma simultânea, numa dinâmica circular, em que,ao mesmo tempo, observase, reflete-se e se informa. Busca-se, desse modo, decodificar e analisar os elementos básicos que compõem o fenômeno religioso, enfocando os conteúdos em uma rede de relações. Assim, de forma progressiva, propicia-se ao aluno a construção do conhecimento do exercício do diálogo, valorizando as diferentes expressões culturais religiosas. (FONAPER–Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso, 2000, p. 34 e 35). O terceiro e último momento constitui uma síntese e proposição ética. Nesse momento, busca-se coletivamente estabelecer com os alunos um referencial de comportamento ético, de forma articulada com o conteúdo trabalhado. A construção e socialização do conhecimento religioso é subsidiada por meio de esclarecimentos do professor, trocas de experiências entre os alunos, pesquisa em diversas fontes, leitura e interpretação de textos, análise de fotos, ilustrações e objetos simbólicos, confecção de cartazes, maquetes, móbiles, álbuns do conhecimento, acesso a filmes, entre outros. Mediante o método fenomenológico, o trabalho com os conteúdos do Ensino Religioso permite a releitura do fenômeno religioso, favorecendo ao aluno uma análise e compreensão das manifestações do sagrado a partir de sua realidade sociocultural. Moacir Gadotti (2003) afirma que o “... fenômeno é o que se mostra, o que se manifesta. A fenomenologia preocupa-se com o que aparece e o que está escondido nas aparências, uma vez que aquilo que aparece, nem sempre é. Contudo, a aparência também faz parte do ser. O método fenomenológico procura descrever e interpretar os fenômenos, os processos e as coisas pelo que elas são, sem preconceitos. Mais do que um método, é uma atitude (GADOTTI, 2003, p. 160). AVALIAÇÃO A avaliação faz parte do processo metodológico e seus critérios estão vinculados à organização curricular no processo ensino-aprendizagem. Sua função é diagnosticar e orientar a prática pedagógica. Ao aluno, a avaliação permite que se autoavalie e seja avaliado para tomar consciência sobre o que já aprendeu, ou seja, sobre os avanços atingidos, e saber onde deve investir mais esforços para melhorar e superar as dificuldades. Ao professor, a avaliação favorece acompanhar o progresso de aprendizado do aluno, rever e reelaborar a sua prática pedagógica, quando necessário. 7 Podemos nos concentrar no caráter investigativo que a avaliação tem quando o que o professor deseja é traçar um diagnóstico acerca dos conhecimentos anteriores dos educandos. Esse tipo de avaliação é norteador para o planejamento posterior das aulas. Já a avaliação de caráter contínuo configura-se no acompanhando de todos os momentos do processo ensino/aprendizagem, ela atualiza a percepção do professor e dos próprios alunos sobre o andamento educativo do processo de aprender e ensinar. A autoavaliação é ponto fundamental em todo esse processo. Em conjunto com a avaliação realizada pelo professor, a autoavaliação sugere uma tomada de consciência pelo estudante, de seu próprio processo. Nela, o aluno se conscientiza daquilo que sabe e daquilo que não sabe. Com essa tomada de consciência, pode exercitar a autocorreção, tornando-se dessa maneira agente ativo de seu próprio processo de aprendizagem. O seu registro poderá ser efetivado por meio de pareceres, análise das produções, atividades da autoavaliação escrita ou oral, no qual o aluno verifica o seu progresso na aprendizagem. Esse mapeamento de resultados informa se o aluno atingiu os objetivos e em que deve investir mais esforços para superar as dificuldades na aprendizagem. Como sugestão para a efetivação do processo avaliativo e autoavaliativo, sugerimos o portfólio, que é um álbum que contém toda a sequência de trabalhos realizados pelo estudante em seu percurso na área do Ensino Religioso. A finalidade do portfólio é ter um material que pode ser utilizado para conhecer melhor o estudante, constatar o que está sendo apreendido ou não por ele, adequar o processo de ensino conforme o que se pode constatar e julgar globalmente no processo de ensino-aprendizagem. Esse material serve para o professor avaliar e também para o estudante se autoavaliar. No portfólio, quase todos os trabalhos, ao menos aqueles com registro em papel, são documentados e observados constantemente, a fim de verificar o desenvolvimento de cada um. Inclusive, testes, pesquisas, entrevistas, entre outras modalidades, podem ser anexados ao portfólio. 8 OBJETIVOS, CONTEÚDOS/TEMAS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO – 1.º ANO OBJETIVOS CONTEÚDO/TEMAS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ETHOS 1. Reconhecer-se como parte integrante da comunidade próxima, local e global. - Eu e os outros somos nós. 1. Reconhece-se como parte integrante da comunidade familiar, escolar, religiosa, outra. 2. Reconhecer o direito à diferença, desenvolvendo respeito por si mesmo, pelas outras pessoas e pela natureza. - O respeito às diferenças e ao diferente. 2. Identifica as diferenças pessoais, culturais e religiosas, respeitando as pessoas e demais seres da natureza. 3. Compreender que as pessoas seguem ou não uma religião, igreja ou filosofia de vida. - A religião na vida das pessoas. 3. Compreende que as pessoas têm diferentes opções religiosas. 4. Valorizar a vida em si mesmo e em todos os seres da natureza. - A vida em mim e em você é sagrada. 4. Demonstra atitudes de valorização para com a vida de todos os seres. HISTÓRIA E ESTRUTURA DAS TRADIÇÕES RELIGIOSAS - A religião na família, na escola e na comunidade local. 1. Reconhece o direito de opção religiosa dos outros. 2. Identificar a existência de diferentes religiões no seu convívio social. - Aprendendo nomes de algumas religiões. 2. Conhece nomes de algumas religiões do mundo. 3. Conhecer elementos característicos da religiosidade de algumas culturas e tradições religiosas de matriz indígena, africana, oriental e ocidental. - A religiosidade do povo brasileiro. 3. Conhece alguns elementos característicos da religiosidade das tradições religiosas presentes no contexto sociocultural. 1. Desenvolver o respeito para com a opção religiosa dos outros. SÍMBOLOS 1. Identificar alguns símbolos religiosos e não religiosos. - Os símbolos na vida das pessoas. 1. Identifica símbolos religiosos e não religiosos. 2. Reconhecer alguns símbolos específicos das tradições religiosas de matriz indígena, africana, oriental e ocidental. - Os símbolos nas tradições religiosas. 2. Reconhece símbolos das religiões de matriz indígena, africana, oriental e ocidental. 9 OBJETIVOS CONTEÚDO/TEMAS ESPIRITUALIDADES CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 1. Identificar práticas devocionais da religião ou igreja da qual a família participa ou que o aluno conhece. - As práticas religiosas que eu conheço. 1. Identifica algumas práticas religiosas presentes no contexto de sua família. 2. Identificar diferentes práticas religiosas. - As práticas religiosas na vida das pessoas. 2. Identifica práticas religiosas das diferentes religiões de matriz indígena, africana, oriental e ocidental. ESPAÇOS SAGRADOS 1. Identificar espaços sagrados e não sagrados, reconhecendo a sua função. 2. Representar alguns espaços sagrados conhecidos, descrevendo as atividades ou práticas religiosas que neles são realizadas. - Os espaços construídos pelo homem. 1. Identifica os diferentes espaços existentes na comunidade e suas funções. - Espaços sagrados da nossa comunidade. 2. Representa, através de desenho, alguns espaços sagrados conhecidos, descrevendo a sua função. O SAGRADO FEMININO 1. Reconhecer o papel da mulher na vida familiar e em outras instâncias da sociedade. - O papel da mulher no cotidiano da família e da sociedade. 1. Reconhece o valor e a importância da mulher na família e na sociedade. 2. Conhecer histórias de vida de mulheres em algumas religiões. - A mulher nas diferentes religiões e igrejas. 2. Valoriza a mulher como promotora do bem na família, na sociedade e especialmente nas religiões e igrejas. 10 OBJETIVOS, CONTEÚDOS/TEMAS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO – 2.º ANO OBJETIVOS CONTEÚDOS/TEMAS ETHOS 1. Reconhecer-se partícipe da - Eu vivo em comunidade. comunidade próxima, local e global, como a família, a escola, a instituição religiosa e a humanidade. 2. Reconhecer o direito à diferença religiosa, aceitando a si mesmo e ao outro com respeito e naturalidade. - A riqueza das diferenças pessoais, culturais e religiosas. 3. Refletir sobre o valor da vida em si mesmo e em todos os outros seres da natureza, pessoas, animais e vegetais. - A valorização da vida. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 1. Reconhece-se como membro da comunidade familiar, escolar, religiosa ou outra de que participa. 2. Reconhece o direito à diferença religiosa do outro, demonstrando atitudes de respeito. 3. Cita e vivencia algumas atitudes de valorização para com a vida como expressão do sagrado. ESTRUTURA E HISTÓRIA DAS TRADIÇÕES RELIGIOSAS 1. Reconhecer que a religião é um importante valor para muitas pessoas. - A religião no cotidiano. 1. Reconhece que a opção religiosa é importante na vida de muitas pessoas. 2. Reconhecer a diversidade religiosa, presente na realidade próxima, construindo um referencial de entendimento das diferenças. - Religiões e igrejas da nossa comunidade. 2. Reconhece a diversidade religiosa no contexto em que vive. 3. Conhecer o nome e algumas características específicas das tradições religiosas de matriz indígena, africana, oriental e ocidental. - Conhecendo as diferentes religiões do mundo. 3. Distingue pelo nome algumas religiões, bem como alguns elementos característicos das religiões de matriz indígena, africana, oriental e ocidental. SÍMBOLOS 1. Identificar símbolos das tradições religiosas presentes na comunidade, estabelecendo a relação dos seus significados. - Os símbolos das religiões e igrejas da comunidade. 1. Identifica símbolos de algumas tradições religiosas da comunidade, relacionando seus significados. 2. Identificar alguns símbolos específicos das tradições de matriz indígena, africana, oriental e ocidental. - Os símbolos nas diferentes religiões presentes no Brasil. 2. Identifica alguns símbolos das diferentes tradições religiosas presentes no Brasil. 11 OBJETIVOS CONTEÚDO/TEMAS ESPIRITUALIDADES CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 1. Identificar as diferentes práticas religiosas presentes no cotidiano. - As práticas religiosas na vida das pessoas. 1. Identifica as diferentes práticas religiosas, reconhecendo a importância das mesmas na vida das pessoas. 2. Conhecer algumas práticas específicas das tradições de matriz indígena, africana, oriental e ocidental. - As práticas religiosas nas diferentes religiões. 2. Reconhece algumas práticas específicas das tradições indígena, africana, oriental e ocidental. ESPAÇOS SAGRADOS 1. Identificar alguns espaços sagrados existentes na comunidade. - O que são espaços sagrados? 1. Identifica espaços sagrados existentes na comunidade. 2. Reconhecer alguns elementos presentes na organização dos espaços sagrados existentes na comunidade. - Como são os espaços sagrados da nossa comunidade. 2. Descreve oralmente alguns elementos presentes na organização de alguns dos espaços sagrados. O SAGRADO FEMININO 1. Refletir sobre a importância da mulher na família, na religião e na sociedade em geral. - A mulher no contexto familiar, social e religioso. 1. Reconhece a importância da mulher no contexto familiar, religioso e social. 2. Identificar a função da mulher em algumas tradições religiosas. - A função da mulher nas diferentes religiões. 2. Identifica a função da mulher em algumas religiões. 12 PLANEJAMENTO DE TEMA PARA O ENSINO RELIGIOSO – 1.º e 2.º ANOS Tema: Os diferentes espaços construídos pelo homem. Objetivo: Identificar espaços sagrados e não sagrados, reconhecendo a sua função. Atividade de sensibilização 1.º passo: Escreva, professor(a), no quadro a frase: “SE TOCO, TRANSFORMO. TRANSFORMO, SE TOCO”, oriente leitura coletiva da frase, depois explique aos alunos que, quando tocamos com carinho e respeito uma pessoa ou qualquer outro ser vivo, podemos comunicar coisas boas e positivas e assim transformar para melhor quem tocamos. Nosso corpo é um templo vivo que abriga o que existe de mais sagrado no Universo, a vida. 2.º passo: Proponha que os alunos andem pela sala cantando a canção e ao mesmo tempo se cumprimentem com as duas mãos. 3.º passo: Finalize a vivência com os alunos cantando a canção e se movimentando, primeiro em roda de mãos dadas, depois em formação de abraço grupal. Atividades de observação-reflexão-informação 1) Apresente, professor(a), uma série de imagens de diversos espaços construídos pelos seres humanos e explique a sua utilidade. Exemplo: escola, farol do saber (biblioteca), catedral, universidade, mesquita, supermercado, igreja evangélica, loja de roupas, hospital, ginásio de desportos, sinagoga, posto de saúde, casa de reza indígena, museu, etc. • Oriente uma atividade de classificação desses espaços, separando os espaços sagrados dos não sagrados. • Depois, explique que os espaços sagrados são locais destinados às práticas religiosas, às reuniões de culto, onde as pessoas podem vivenciar de forma individual e coletiva a sua fé. Cite exemplos dessas práticas nesses espaços: missa, culto, novena, reunião de prece ou meditação, estudo da doutrina, pajelança, etc. • Explique também que cada religião possui seu próprio espaço sagrado, que é construído e organizado de acordo com as suas crenças. • As igrejas, capelas, catedrais e santuários católicos são geralmente decorados com vitrais, imagens, estátuas, entre outros símbolos. • Nos templos evangélicos não há imagens religiosas. • Terreiro é o nome do espaço sagrado das religiões afro-brasileiras. • Os povos indígenas realizam as suas práticas religiosas em contato com a natureza e, em algumas aldeias, há também “a casa de reza”, chamada opy na língua dos guarani. • Sinagoga é o espaço sagrado do judaísmo, onde, aos sábados, seguidores se reúnem para o culto semanal. • A mesquita é o local de oração dos muçulmanos. Eles se reúnem nas sextas-feiras, ao meio-dia, para as orações. • O centro espírita é o local de reuniões e estudo da doutrina dos seguidores do espiritismo. 13 3) Oriente os alunos a desenharem e escreverem o nome dos espaços sagrados existentes na comunidade onde moram. 4) Você pode também propor que os alunos criem cartazes com recortes de gravuras ou com desenhos feitos por eles sobre espaços sagrados da comunidade e de outros lugares do Brasil. Ajude-os a escreverem as legendas explicativas de cada gravura ou desenho. Façam uma exposição dos cartazes na escola. Síntese e proposição ética 1) Explique, professor(a), aos alunos sobre a importância de preservarmos os espaços sagrados de nossa comunidade ou cidade, não só os espaços destinados às práticas religiosas, mas todos os edifícios, praças e locais públicos, porque são patrimônio de todos os cidadãos. Comente que é um grande erro destruir e pichar esses espaços, pois foram construídos com o dinheiro do povo arrecadado pelos impostos. 2) A partir dessa explicação, oriente, professor(a), a produção coletiva de um texto sobre os espaços sagrados da comunidade e como devemos usá-los e preservá-los. Depois, proponha que os alunos copiem o texto e o ilustrem com desenhos. REFERÊNCIAS ALVES, R. Entre a ciência e a sapiência: o dilema da educação. 4 ed. São Paulo: Loyola, 2000. ELIADE, M. Imagens e símbolos: ensaio sobre o simbolismo mágico religioso. São Paulo: Martins Fontes, 1991. ___________. O sagrado e o profano. São Paulo: Martins Fontes, 1992. ___________ . O conhecimento sagrado de todas as eras. São Paulo: Mercúryo, 2004. FONAPER(Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso). Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Religioso. 2 ed. São Paulo: Ave Maria, 1997. GADOTTI, M. História das idéias pedagógicas. São Paulo: Ática, 2003. LALANDE, A. Vocabulário técnico científico e crítico da filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 1996. Equipe Pedagógica da ASSINTEC/SME de Curitiba Elaboração: Borres Guilouski e Emerli Schlögl Revisão: Diná Raquel D. da Costa