ESCOLA SECUNDÁRIA COM 2º E 3º CICLOS DO ENSINO BÁSICO

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ESCOLA SECUNDÁRIA COM 2º E 3º CICLOS DO ENSINO BÁSICO LIMA DE FREITAS
Trabalho realizado por:
João Almeida
11º D Nº 7
Ano Letivo 2012/2013
Página
Introdução .......................................................................................................... 3
O Maneirismo ……………………………...................................................................... 4 e 5
Pintura Maneirista …………………………………………................................................... 6
Escultura maneirista…. …………………………………………………………………………………….. 7 e 8
Arquitetura maneirista…………………………………………………………………………………….. 9 e 10
Estatuária Maneirista …………………………………………………………………………………….. 11
Conclusão ........................................................................................................... 12
Bibliografia/Webgrafia ....................................................................................... 13
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Podemos considerar o Maneirismo como um dos marcos iniciais da
Modernidade, ao refletir o conjunto de mudanças vivenciadas pela sociedade urbana
da Europa Ocidental. Com este trabalho pretendemos mostrar as diversas facetas do
Maneirismo.
Depois de uma explicação sobre o que é o maneirismo e como o mesmo surgiu,
pintura, escultura, arquitetura e estatuária maneiristas serão analisadas. As suas
caraterísticas, como se compõem e quais os seus principais artistas. Ficaremos assim a
conhecer melhor esta forma de arte.
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Paralelamente ao renascimento clássico desenvolve-se em Roma, do ano de
1520 até por volta de 1610, um movimento artístico afastado conscientemente do
modelo da antiguidade clássica: o maneirismo (maniera, em italiano, significa
maneira). Todo este período foi marcado por uma série de mudanças na Europa, que
envolveram os movimentos religiosos reformistas e a consolidação do absolutismo em
diversos países. As guerras que envolveram a Itália e posteriormente a força da
Inquisição irão determinar um grande êxodo de artistas e intelectuais em direção à
outros países. Os grandes impérios começam a se formar, e o homem já não é a
principal e única medida do universo.
Neste sentido, percebe-se que o maneirismo tem características variadas, difícil
de reuni-las num único conceito. Uma evidente tendência para a estilização exagerada
e uma preocupação com os detalhes começam por ser a sua marca, extrapolando
assim as rígidas linhas dos cânones clássicos. Alguns historiadores consideram-no uma
transição entre o renascimento e o barroco, enquanto outros preferem vê-lo como um
estilo, propriamente dito. O maneirismo é uma consequência de um renascimento
clássico que entra em decadência. Os artistas veem-se obrigados a partir em busca de
elementos que lhes permitam renovar e desenvolver todas as habilidades e técnicas
adquiridas durante o renascimento.
Foi um estilo artístico que trocou a harmonia alcançada pela arte renascentista,
de artistas como Leonardo da Vinci, Rafael e Michelangelo, pela dissonância, e,
colocou no lugar da razão e do realismo do Renascimento, a emoção e a imaginação.
Constitui-se por artistas excêntricos e obras bizarras, altamente ornamentadas, e
cheias de efeitos, perspetivas irracionais, corpos distorcidos e cores sombrias. O
maneirismo nasceu e predominou em Itália e depois foi adotado por artistas das
regiões central e norte da Europa. É o resultado de um embate constante entre uma
tradição clássica e uma força interna de caráter anti-clássico. É uma arte sofisticada,
acessível apenas a um público muito reduzido. Talvez por isso, o maneirismo tenha
sido menos abrangente e tenha tido menor duração do que o barroco.
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Alcançou além das artes visuais também a literatura. O maneirismo literário
caracterizou-se por textos melancólicos, com visões pessimistas do mundo e ceticismo
em relação ao humanismo. Reação à perfeição e ao naturalismo idealizado do
classicismo, o período maneirista foi visto como decadente pela crítica e a referência à
"arte maneirista" ganhou uma conotação negativa que perdurou por gerações.
Entre os principais artistas do maneirismo estão Pontormo, Fiorentino Rosso,
Benvenuto Cellini, Domenico Beccafumi e Parmigianino, na Itália, e fora dela, El Greco
e Bartholomaeus Spranger.
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É na pintura que o espírito maneirista se manifesta em primeiro lugar. São os
pintores da segunda década do século XV que, afastados dos cânones renascentistas,
criam esse novo estilo, procurando deformar uma realidade que já não os satisfaz e
tentando revalorizar a arte pela própria arte.
A pintura maneirista tem como características:

Composição em que uma multidão de figuras se comprime em espaços
arquitetónicos reduzidos. O resultado é a formação de planos paralelos,
completamente irreais, e uma atmosfera de tensão permanente.

Nos corpos, as formas esguias e alongadas substituem os membros
bem-torneados do renascimento. Os músculos fazem agora contorções
absolutamente impróprias para os seres humanos.

Rostos melancólicos e misteriosos surgem entre as vestes, de um
drapeado minucioso e cores brilhantes.

A luz detém-se sobre objetos e figuras, produzindo sombras
inadmissíveis.

Os verdadeiros protagonistas do quadro já não se posicionam no centro
da perspetiva, mas num outro ponto, onde o olho atento deve, não sem
certa dificuldade, encontrá-lo.
A pintura maneirista tem como principais artistas:
EL GRECO:
(1541-1614) Fundiu as formas iconográficas bizantinas com o desenho e o
colorido da pintura veneziana e a religiosidade espanhola. As pinturas de El Greco
caracterizam-se por cores fortes e figuras alongadas.
TINTORETTO:
Era conhecido pela sua grande imaginação, pela sua composição assimétrica e
por produzir grandes efeitos dramáticos nas suas obras. Para obter os resultados, às
vezes, sacrificava até as bases da pintura desenvolvida pelos seus antecessores.
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Na escultura, o maneirismo segue o caminho traçado por Michelangelo: às
formas clássicas soma-se o novo conceito intelectual da arte pela arte e o
distanciamento da realidade. Não faltam as formas caprichosas, as proporções
estranhas, as superposições de planos, ou ainda o exagero nos detalhes, elementos
que criam essa atmosfera de tensão tão característica do espírito maneirista.
A composição típica desse estilo apresenta um grupo de figuras dispostas, umas
sobre as outras, num equilíbrio aparentemente frágil, as figuras são unidas por
contorções extremadas e exagerado alongamento dos músculos.· O modo de enlaçar
as figuras, atribuindo-lhes uma infinidade de posturas impossíveis, permite que elas
compartilhem a reduzida base que têm como cenário, isso sempre respeitando a
composição geral da peça e a graciosidade de todo o conjunto.
A escultura maneirista caracteriza-se, então, pela perda de rigor clássico,
substituindo o realismo racional pelo virtuosismo técnico e formal. É subjetiva,
sentimentalista, sensível, privilegiando a sensualidade plástica, e contínua a variar em
dimensões e modalidades.
Os escultores começam também, além de criar as estátuas em vulto redondo, a
tirá-las de um conceito de unifacilidade para uma conceção de perspetiva
estereométrica multivisual, para a contemplação omnilateral da obra.
Os escultores mais importantes do maneirismo são:
BARTOLOMEO AMMANATI:
(1511-1592) Realizou trabalhos em várias cidades italianas. Decorou também o
palácio dos Mantova e o túmulo do conde da cidade. Conheceu a poetisa Laura
Battiferi, com quem se casou, e juntos mudaram-se para Roma a pedido do papa Júlio
II, que o incumbiu da construção da sua villa na Porta del Popolo. Começaram assim os
seus primeiros passos como arquiteto. No ano de 1555, com a morte do papa, voltou
para Florença, onde venceu um concurso para a construção da fonte da Piazza della
Signoria. O seu interesse pela arquitetura levou-o a estudar os tratados de Alberti e
Brunelleschi, com base nos quais planeou uma cidade ideal. De acordo com os
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preceitos dos jesuítas, que proibiam o nu nas obras de arte, deixou-lhes todos os seus
bens.
GIAMBOLOGNA:
(1529-1608) De origem flamenga, Giambologna deu os seus primeiros passos
como escultor na oficina do francês Jacques Dubroecq. Poucos anos depois mudou-se
para Roma, onde se supõe que teria colaborado com Michelangelo em muitas das suas
obras. Estabeleceu-se finalmente em Florença, na corte dos Medici. O Rapto das
Sabinas, Mercúrio, Baco e Os Pescadores estão entre as obras mais importantes desse
período. Participou também de um concurso na cidade de Bolonha, para o qual
realizou uma de suas mais célebres esculturas, A Fonte de Neptuno. Trabalhou com
igual maestria a pedra calcária e o mármore e foi grande conhecedor da técnica de
despejar os metais, como demonstram suas esculturas de bronze. Giambologna está
para o maneirismo como Michelangelo está para o renascimento.
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A arquitetura maneirista dá prioridade à construção de igrejas de plano
longitudinal, com espaços mais longos do que largos, com a cúpula principal sobre o
transepto, deixando de lado as de plano centralizado, típicas do renascimento clássico.
No entanto, pode-se dizer que as verdadeiras mudanças que este novo estilo
introduziu refletem-se não somente na construção em si, mas também na distribuição
da luz e na decoração.
Naves escuras, iluminadas apenas de ângulos diferentes, coros com escadas em
espiral, que na maior parte das vezes não levam a lado nenhum, produzem uma
atmosfera de rara singularidade. Guirlandas de frutas e flores, balaustradas povoadas
de figuras caprichosas são a decoração mais característica do maneirismo. Caracóis,
conchas e volutas cobrem muros e altares, lembrando uma exuberante selva de pedra
que confunde a vista.
Na arquitetura profana ocorre exatamente o mesmo fenómeno. Nos ricos
palácios e casas de campo, as formas convexas que permitem o contraste entre luz e
sombra prevalecem sobre o quadrado disciplinado do renascimento. A decoração de
interiores ricamente adornada e os frescos das abóbadas coroam esse caprichoso e
refinado estilo, que, mais do que marcar a transição entre duas épocas, expressa a
necessidade de renovação.
Os seus principais artistas são:
BARTOLOMEO AMMANATI:
(1511-1592) Autor de vários projetos arquitetónicos por toda a Itália, tais
como: a construção do túmulo do conde de Montefeltro, o palácio dos Mantova, a villa
na Porta del Popolo. a fonte da Piazza della Signoria.
GIORGIO VASARI:
(1511-1574) Vasari é conhecido pela sua obra literária Le Vite (As Vidas), na
qual, além de fazer um resumo da arte renascentista, apresenta um relato às vezes
pouco fiel, mas muito interessante sobre os grandes artistas da época, sem deixar de
fazer comentários mal-intencionados e elogios exagerados. Sob a proteção de Aretino,
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conseguiu realizar uma das suas únicas obras significativas: os frescos do palácio
Cornaro.
PALLADIO:
(1508-1580) O interesse que tinha pelas teorias de Vitrúvio refletem-se na
totalidade de sua obra arquitetónica, cujo caráter é rigorosamente clássico e no qual a
clareza de linhas e a harmonia das proporções preponderam sobre o decorativo,
reduzido a uma expressão mínima. Somente dez anos depois se iria dedicar à
arquitetura sacra em Veneza, com a construção das igrejas San Giorgio Maggiore e Il
Redentore.. A obra de Palladio foi uma referência obrigatória para os arquitetos
ingleses e franceses do barroco.
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Na estatuária maneirista de grande dimensão é a mais comum, servindo como
monumentos, representativos e decorativos, especialmente profana, pelo período de
austeridade iconoclasta da Reforma Protestante, que se levantou contra os ídolos
cristãos. Colecionadores fizeram florescer um mercado de estatuária mais pequena.
A figura individual muitas vezes roda sobre si mesma, em ascensão. Grupos
escultóricos tendem a exibir escorços difíceis, expressões faciais e corporais intensas,
em grandes jogos de volumes e contrastes de luz e sombra; estes grupos são
normalmente mitológicos, alegóricos ou comemorativos.
Tem como características:

Perda de rigor da representação clássica

Perda de realismo racional

Pureza técnica e formal

Privilegiam os sentimentos, a subjetividade, a sensualidade e os efeitos
plásticos e decorativos
Os principais artistas da estatuária maneirista são:
BARTOLOMEO AMMANATI:
(1511-1592) Realizou trabalhos em várias cidades italianas. Decorou também o
palácio dos Mantova e o túmulo do conde da cidade e construiu a villa Porta del
Popolo. No ano de 1555, voltou para Florença, onde venceu um concurso para a
construção da fonte da Piazza della Signoria.
GIAMBOLOGNA:
(1529-1608) De origem flamenga, Giambologna deu os seus primeiros passos
como escultor na oficina do francês Jacques Dubroecq. O Rapto das Sabinas, Mercúrio,
Baco e Os Pescadores estão entre as obras mais importantes desse período. Participou
também de um concurso na cidade de Bolonha, para o qual realizou uma de suas mais
célebres esculturas, A Fonte de Neptuno. Trabalhou com igual maestria a pedra
calcária e o mármore e foi grande conhecedor da técnica de despejar os metais, como
demonstram suas esculturas de bronze.
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O Maneirismo desenvolveu-se num período especial, época a Europa passava
por momentos de pessimismo, facto que tornou a arte maneirista diferente dos
clássicos conhecidos na época.
Com este trabalho ficámos a conhecer melhor o maneirismo e as suas diversas
facetas. Explicámos o que é o maneirismo e ficámos a perceber que foi fruto a
instabilidade da época. Essa mesma instabilidade refletiu-se na sua pintura, escultura,
arquitetura e estatuária. As características de cada uma destas formas de outra
comprovam que o maneirismo rompeu com os modelos clássicos.
Com este trabalho aprofundámos o nosso conhecimento sobre o maneirismo e
as suas diversas formas de expressão artística.
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
Moderna Enciclopédia Universal (1987) Lisboa: Círculo de Leitores

PEREIRA, Paulo (1995) História da arte Portuguesa – Volume II. Lisboa:
Círculo de Leitores

COUTO, Célia Pinto do; ROSAS, Mª Antónia Monterroso; ALVES, Tiago
Mendes (1999) O Tempo da História. Lisboa: Porto Editora

http://pt.wikipedia.org/wiki/Maneirismo

http://www.infopedia.pt/$maneirismo

http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm
?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=3189

http://www.histeo.dec.ufms.br/aulas/estetica%20e%20historia%20das
%20artes/09%20maneirismo.pdf
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