atuação da fisioterapia nas complicações dos portadores

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ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NAS COMPLICAÇÕES DOS
PORTADORES DE INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA SUBMETIDOS
À HEMODIÁLISE
FILHO, João Paulo Heizmann1; WOZEZENSKI, Cristhiele T1; MACHT, Carlusi1; Vinícius Rafael Siqueira1;
BECKER, Marciele Rotta¹; COSTA, Jéssica Ferigolo¹; OSÓRIO, Ana Paula de Souza¹; HORN, Carla2; BECK,
Derliane Glonvezynski dos Santos2
Palavras-Chaves: Insuficiência Renal Crônica. Hemodiálise. Fisioterapia.
Introdução
O envelhecimento da população e o aumento da expectativa de vida, decorrentes da
transição demográfica nas últimas décadas, contribuíram para mudanças no perfil de
morbidade e mortalidade, aumentando a prevalência das doenças crônicas, entre elas a doença
renal crônica (DRC). Com o crescimento dessa população, há implicações substanciais nas
políticas de saúde pública, na qual cerca de 85% a 95% dos pacientes são submetidos a terapia
renal substitutiva através do Sistema Único de Saúde (CHERCHÍGLIA et. al., 2010).
Considerada como um problema mundial de saúde pública, as doenças do rim e trato
urinário contribuem com aproximadamente 850 mil mortes a cada ano, constituindo-se na 12ª
causa de morte e na 17ª causa de incapacidade (CHERCHIGLIA et.al., 2010; ROMÃO et. al.,
2004).
A DRC é definida como uma síndrome complexa dos rins, caracterizada pela perda
lenta, progressiva e irreversível da função renal, superior a 50% da massa dos néfrons, de tal
forma que nas fases mais avançadas, os rins não conseguem manter a homeostasia corporal.
Esta doença pode ser decorrente de distúrbios vasculares, glomerulares, tubulares, intersticiais
renais e do trato urinário inferior. Nos estágios iniciais o paciente geralmente é assintomático
ou oligoassintomático, o que favorece o diagnóstico tardio, necessitando de terapia dialítica,
como a hemodiálise, que substitui parcialmente a função dos rins comprometidos
(BERGAMINI, 2007; QUEIROZ; NASCIMENTO, 2006).
__________________________
1
Acadêmicos do 8° semestre do Curso de Fisioterapia do Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo
Ângelo (IESA) – RS.
2
Docentes do Curso de Fisioterapia do Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo (IESA) – RS.
A hemodiálise é o processo de filtragem e depuração do sangue de substâncias
indesejáveis como a creatinina e a uréia que necessitam ser eliminadas da corrente sangüínea
humana devido à deficiência no mecanismo de filtragem dos portadores de IRC. Esse
processo pode desencadear inúmeras complicações sistêmicas como, cardiovasculares,
endócrino-metabólicas, osteomioarticulares entre outras. Gerando impactos negativos nas
atividades de vida diárias, sociais e do trabalho, tornando o cotidiano mais monótono e
restrito, favorecendo ao sedentarismo e a deficiência funcional, interferindo diretamente na
qualidade de vida desse portador (NASCIMENTO; MARQUES, 2005).
Um dos objetivos desta revisão de literatura é ressaltar a grande importância do
fisioterapeuta na unidade de diálise, intervindo de forma direta nas complicações desses
portadores. Atuando com suas habilidades e estratégias, levando em consideração o
conhecimento necessário do sistema renal, de suas alterações e do processo de hemodiálise
(MOURA et. al., 2008).
Metodologia
Foi realizada revisão da literatura mediante consulta às principais publicações sobre o
tema. O material foi identificado com auxílio das bases eletrônicas de dados bibliográficos da
Medline, Lilacs, Bireme, Scielo e Pubmed. Foram empregados as seguintes palavras chaves:
Insuficiência Renal Crônica, Hemodiálise e Fisioterapia.
Considerando que levantamentos a partir de bases de dados eletrônicas contendo
pesquisas científicas podem perder estudos relevantes publicados, foi adotada como estratégia
alternativa a observação minuciosa das referências contidas em artigos de revisão e nos
primeiros estudos localizados a fim de identificar possíveis pesquisas que seriam perdidas se
fossem utilizados apenas os meios eletrônicos.
Considerações Finais
De acordo com a revisão de literatura realizada, verificou-se a escassez de trabalhos
relacionados de forma direta com a fisioterapia. Embora a atuação desse profissional não faça
parte tradicionalmente de uma equipe de diálise, ressalta se através deste estudo uma grande
ligação entre a abordagem fisioterapêutica e as complicações dos portadores de IRC
submetidos à hemodiálise.
Destacando-se como um novo recurso proposto de forma complementar no tratamento
desses portadores, resultando em melhoras nos sistemas cardiopulmonar, muscular, articular,
ósseo e respiratório.
Proporcionando efeitos benéficos em múltiplos sistemas através de técnicas
específicas como os alongamentos passivos, ativo-assitidos e ativos quando possível,
exercícios terapêuticos de uma maneira geral, exercícios cardiorrespiratórios, treino de força e
endurance, deambulação precoce, equilíbrio, propriocepção e o treino de atividades de vida
diária e instrumentais. Favorecendo a uma melhora nos aspectos psicosocias, corporais e
funcionais, contribuindo de forma fundamental para a melhora na qualidade de vida desses
portadores.
Referências
BERGAMINI, Bruno Curty. Estudo da modulação autonômica da frequência cardíaca,
capacidade funcional e qualidade de vida em mulheres sobre tratamento hemodialítico
sedentárias e ativas. Minas Gerais, 2007.
CHERCHIGLIA, Mariangela Leal; et.al. Perfial epidemiológico dos pacientes em terapia
renal substitutiva no Brasil, 2000-2004. Rev. Saúde Pública. vol. 44, n.4, São Paulo, p. ago.,
2010.
MOURA, Regina Marcia Faria; et.al. Efeitos do exercício físico durante a hemodiálise em
indivíduos com insuficiência renal crônica: uma revisão. Rev. Fisioterapia e Pesquisa.
vol.15, n.1, São Paulo, 2008.
NASCIMENTO, Cristiano Dias; MARQUES, Isaac R. Intervenções de enfermagem nas
complicações mais freqüentes durante a sessão de hemodiálise: revisão da literatura. Revista
Brasileira de Enfermagem. vol. 58, n.6, nov.-dez., Brasília, 2005.
QUEIROZ, Lilianne de Oliveira; NASCIMENTO, Rodolfo Gomes. Repercussões da
hemodiálise na função respiratória de pacientes portadores de insuficiência renal
crônica. Universidade da Amazônia, 2006.
ROMÃO, J.R.J. Doença renal crônica: definição, epidemiologia e classificação. Jornal
Brasileiro de Nefrologia. vol. 26, n. 3, 2004.
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