10 | TERÇA-FEIRA, 26 de Junho de 2007 Business Coaching (*) Paulo Mendes Como tornar-se num génio do marketing? P or regra, precisamos de mudar a forma de pensar, antes de mudar a forma de fazer as coisas. Uma ideia, que muitos considerarão provocadora: O MARKETING é o ingrediente mais importante para o sucesso de um negócio! Muitos empresários concentram-se apenas na redução de custos, por isso, para poupar salários e outros custos, trabalham inúmeras horas. Claro que ter o nível de custos controlado é uma das áreas mais importantes da viabilidade de um negócio, mas o seu potencial de melhorar os resultados, é limitado. Quem quer criar riqueza, continuamente, tem de dedicar mais tempo ao aumento das receitas do que á redução de custos. Quem não está focado na criação de riqueza não tem mentalidade de empresário, em vez de um negócio provavelmente criou um auto-emprego, ou as circunstâncias o desfocaram do que realmente é importante: prepararse a si próprio e ao negócio para crescer. O marketing tem de ser desmistificado. No caso das PME’s, não tem a ver com criatividade, é uma questão de investimento. Comparar os euros que saem, com os que entram no negócio. Feito de forma adequada, é o melhor investimento que existe. Se um empresário investe 1000,00€ numa iniciativa comercial ou de marketing que gera receitas de x euros e um lucro de 5000,00€, foi um investimento que gerou um retorno de 500%. Quantos investimentos conhecem que tenham um potencial de retorno desta grandeza? Claro que tem riscos, pois nem tudo que é tentado, funciona. Então, como transformar-se em Génio de Marketing? 2 Palavras: TESTAR e MEDIR. Sempre que for aplicada (testada) uma estratégia de marketing (gerar novos clientes), mede-se os resultados. Como? Há inúmeras formas, mas pode começar uma simples pergunta ao telefone ou presencialmente: Onde é que ouviu falar de nós? Podemos gerir aquilo que não medimos? Podemos transformar uma despesa em investimento, pela medição? Claro que sim! Neste caso podemos inverter a forma de fazer orçamento de marketing. Gostaria de ter um orçamento de marketing ilimitado? Medindo e conhecendo os números, podemos saber quanto custa adquirir/comprar novos clientes. Do ponto de vista do marketing, a única coisa que temos de fazer é comprar clientes. Mas que preço estão a pagar por cada cliente para as diferentes estratégias aplicadas? Suponhamos que investe 1000,00€ em publicidade. Este investimento gera 100 contactos. Então cada contacto custou 10,00€. Dos contactos realizados pelos 100 potenciais clientes, apenas 1 em cada 5 comprou. Ou seja, para uma taxa de conversão de 20%, cada cliente custou 50,00€. Para uma determinada venda média por cliente, obtemos 100,00€ de lucro por cliente. Então para um custo por cliente de 50,00€, temos um lucro de 100,00€! Bom investimento? Sem dúvida. Mas para um lucro de 25€ por transacção por cliente, temos um mau investimento? Depende do nº de transacções que em média os clientes compram. Precisam de comprar 2 vezes para cobrir os custos de aquisição do cliente e 3 para gerar lucro. Marketing é, antes de tudo, Matemática. E com simples contas de aritmética podemos transformar empresários de PME's em Génios de Marketing. Leitura recomendada: Instant Cashflow de Brad Sugars, da editora MacGraw Hill (Em Inglês) [email protected] | www.actioncoaching.com/paulomendes http://academiadenegocios. blogspot.com EMPREENDER - DA TEORIA À PRÁTICA LIDERAR Liderar, v. tr. dirigir na função de líder; capacidade de liderar; chefia; orientar; governar; ter o primeiro lugar entre competidores ou concorrentes. PASSOS IMPORTANTES NO ACTO DE DELEGAR: - Dar confiança à equipa de modo a que esta actue com autonomia; - Responsabilizar, mas não deixar de se sentir responsável pelas tarefas delegadas; - Traçar objectivos exequíveis, alocando as competências necessárias à sua realização; - Avaliar o desempenho, premiando o sucesso. Os líderes nascem assim ou podem ser «criados»? F oram já vários os artigos apresentados neste espaço, que fizeram referência às características do Empreendedor. Nestes foi salientado o seu espírito de iniciativa e a sua capacidade de realização. No entanto, quando o empreendedor realiza o seu sonho de criar uma nova empresa, torna-se «O Líder» da sua empresa, isto porque, com o crescimento e desenvolvimento da empresa, a equipa começa a crescer, com a necessidade de acoplar outras áreas de competências. Neste caso, o empreendedor tem, não só a tarefa de criar valor para a empresa, mas também de liderar pessoas e faze- las acreditar na missão e visão que este definiu. Jack Welch, um dos grandes gurus da gestão, defende que “antes de ser líder, o sucesso tem a ver com o seu crescimento pessoal; quando se torna um líder, o sucesso tem a ver com o crescimento de outros”. Por norma, essa transformação nem sempre é fácil e óbvia. Afinal, os líderes nascem assim ou podem ser «criados»? A melhor resposta é: ambas as situações. Por um lado, algumas características, como a energia e a inteligência, podem ser inatas. Outras, como a capacidade de delegar e de motivar, podem ser aprendidas e desenvolvidas. Um estudo levado a cabo pela Universidade de Harvard revelou que o desempenho positivo de um líder, quer seja um gerente ou director, está relacionado com o seu carácter. O carácter, neste sentido, relaciona-se com a ética, a honestidade, a franqueza, a firmeza de posições e atitudes, a coragem, o bom-senso, a capacidade de julgamento e tomada de decisão. Ou seja, muita coisa pode ser aprendida, mas aquilo que realmente pode fazer a diferença tem a ver com os valores da pessoa que é líder e na sua capacidade para os projectar naquilo que faz. O líder é o exemplo, sendo muitas das suas atitudes espelhadas pelos colaboradores. Para além das características já descritas, a capacidade de delegar é essencial. Ou seja, aquele que foi o empreendedor deixa de ter “as mãos na massa”, preparando os outros para desenvolver tarefas de forma responsável e com confiança. E, depois, medir e actuar em função dos resultados, de modo a alcançar os objectivos traçados. Um exemplo interessante, é o caso do maestro de uma orquestra, que apesar de não saber tocar todos os instrumentos, cabe-lhe organizar, incutir vontade, motivar e, finalmente, extrair de cada músico o seu melhor, tudo isto em prol do grupo. Página da responsabilidade da Incubadora de Empresas da Universidade de Aveiro | Ana Daniel, Fernando Santos, Sandra Oliveira | Email: [email protected] | Web: http:/www.ua.pt.incubadora/