NOVAS EXIGÊNCIAS DA NR18 PODEM PROVOCAR MAIS DE 100 MIL DESEMPREGOS DIRETOS E INDIRETOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL O transporte vertical nos canteiros de obras é indispensável no planejamento operacional das construtoras. Sem ele, a obra simplesmente para. É o que pode acontecer com todas as obras a partir de 09 de maio em todo o Brasil, quando passa a vigorar a nova portaria número 644 que altera itens da Norma Regulamentadora 18, referente a elevadores de obras. No Brasil há cerca de 10 fabricantes de elevadores de cremalheira e todos os que tivemos contato alega problemas para atender e interpretar às novas exigências da Norma. Todos os locadores são unânimes em dizer que não é factível atender às exigências, seja por falta de segurança que a solução técnica adotada vá atender aos anseios dos fiscais, ou por questões de tempo e financeiras. Alertam ainda que há um alto risco de uma “quebradeira” no setor, que pode gerar 100 mil desempregos diretos e indiretos. Para agravar mais ainda a situação, os auditores fiscais não são necessariamente técnicos, tendo formação nas mais diversas disciplinas. Isso pode agravar ainda mais a dificuldade de interpretação da norma. O custo para adequação dos equipamentos também é um fator que precisa ser levado em consideração. Hoje existem no mercado, instalado em obras por todo o Brasil, 20 mil elevadores. Para adaptá-los à categoria 3 da NR18, o valor é aproximadamente US$ 15 mil, e para a categoria 4, US$ 30 mil. Segundo o Diretor da ALEC, Associação Brasileira de Locadoras de Equipamentos e Bens Móveis, Paulo Carvalho, “a norma não é clara, é subjetiva, dá margem a dupla interpretação, o fiscal pode entender de uma forma e nós de outra. Para cada região do país a Norma tem critérios diferentes, o que é levado em consideração em São Paulo, não é o mesmo que no Rio de Janeiro ou em Porto Alegre”. O investimento para adequar os equipamentos em operação gira em torno de US$ 300 milhões a US$ 600 milhões, o que é inviável, principalmente neste momento da fraca economia e na queda no setor de construção civil. Sem falar no mais grave de todos os pontos, o desemprego já foco de grande preocupação no segmento, que ocupa o segundo lugar no país. “A ALEC é sempre a favor da segurança e poderá atender à Norma, desde que ela seja clara e viável. O Brasil já está a passos lentos e agora pode parar de vez.” Contato: Marot Gandolfi (11) 3758-8138 (11) 9931-1430 [email protected] www.alec.org.br