16° TÍTULO: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA DA FISIOPATOLOGIA DA LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA E OPÇÕES TERAPÊUTICAS CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: ENFERMAGEM INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS AUTOR(ES): DEISE BENJAMIM NOGUEIRA ORIENTADOR(ES): HELOISA ROSA Revisão bibliográfica da fisiopatologia da leucemia mielóide crônica e opções terapêuticas Introdução Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que se caracterizam pela falha da regulação no crescimento de tecidos resultado de mutações nos genes que regulam a proliferação e a diferenciação celular (Croce, 2008). O câncer é um dos principais problemas de saúde pública no mundo; estima-se que em 2030 serão 21,4 milhões de novos casos de câncer e 13,2 milhões de mortes por câncer, em consequência do crescimento e envelhecimento da população, bem como da redução na mortalidade infantil e nas mortes por doenças infecciosas em países em desenvolvimento (Instituto Nacional de Câncer - INCA, 2014). O câncer é uma doença complexa heterogênea (Eroles et al., 2011) que no Brasil representa a segunda causa de morte por doença, perdendo apenas para as cardiopatias (INCA, 1997); as estimativas nacionais válidas para 2016 apontam para a ocorrência de 596 mil casos novos de câncer (INCA, 2016). O número de novos casos estimados de leucemia para o Brasil em 2016 é de 5.540 casos em homens e de 4.530 em mulheres. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, a leucemia em homens é a sexta mais frequente na região Norte. Nas regiões Nordeste e Sudeste ocupam a nona posição. Nas regiões Sul e Centro-Oeste ocupam a 10ª e a 11ª posição respectivamente. Para as mulheres é a sétima mais frequente na região Norte e a oitava na região Sul. Na região Nordeste ocupa a 10ª posição. É a 11ª mais frequente na região Centro-Oeste e na região Sudeste ocupa a 12ª posição (INCA, 2016). Objetivos - Objetivo Geral: Estudar os fatores desencadeantes do câncer. - Objetivos Específicos: Pesquisar os diferentes tipos de leucemia, enfatizando a leucemia mielóide crônica (LMC); Abordar tratamentos disponíveis para a LMC. Metodologia O trabalho (ainda em fase de desenvolvimento) foi realizado por meio de pesquisa bibliográfica em bases de dados nacionais e internacionais (Scielo, Lilacs, Pubmed). Desenvolvimento A carcinogênese é um processo complexo com múltiplos estágios em que ocorre a conversão de uma célula normal para um estado maligno, ou cancerígeno. Essencialmente, células anormais são geradas dando origem a um número grande de outras células anormais, como resultado de uma série de mutações, divisões celulares e mudanças no padrão de expressão genética (Weinberg, 2008). O câncer é considerado uma doença genética de células autônomas, resultado de alterações em oncogenes, genes supressores de tumor e genes responsáveis pela estabilidade do genoma; tais anormalidades podem conferir a uma célula vantagens de crescimento e desenvolvimento sobre as células normais. Mudanças cumulativas nesses genes são necessárias para a transformação de uma célula normal em uma célula cancerosa (Knudson, 2001). A leucemia pertence a um grupo neoplasias malignas derivadas das células hematopoiéticas. Esta doença é originada na medula óssea, local onde as células sanguíneas são produzidas, e posteriormente invadem o sangue periférico, podendo atingir vários órgãos. De acordo com o INCA (2016), os subtipos de leucemia podem ser: (i) crônico: os sintomas são brandos aumentando gradualmente; no estágio inicial as células leucêmicas ainda executam sua função; (ii) aguda: em um curto período de tempo, as células leucêmicas não exercem sua função. As leucemias também podem ser agrupadas de acordo com os tipos de glóbulos brancos que elas acometem: linfóides ou mielóides (INCA, 2016). Células mielóides originam hemácias, monócitos, neutrófilos, eosinófilos, basófilos e plaquetas, enquanto as células linfóides originam linfócitos. A leucemia mielóide crônica (LMC) é uma doença mieloproliferativa clonal das células pluripotentes da medula óssea e constitui 14% de todas as leucemias, com uma incidência anual de 1,6 casos por 100 mil indivíduos. É mais frequente em adultos entre 40 e 60 anos de idade e afeta ambos os sexos, mas com predominância no sexo masculino (Bergantini et al., 2005). A LMC está associada a uma alteração citogenética específica conhecida como cromossomo "Philadelphia" (Ph) (Bergantini et al., 2005). A progressão da LMC pode apresentar três fases: crônica, acelerada e blástica (Bortolheiro & Chiattone, 2008). O tratamento da LMC pode ser realizado com hidroxiuréia, interferon-α (IFN-α ), mesilato de imatinibe (Glivec®), transplante alogênico de medula óssea (TMO) e infusão de linfócito do doador (donor lymphocyte infusion - DLI) pósrecaída de TMO. A única modalidade terapêutica considerada curativa é o TMO, cujo sucesso depende de múltiplos fatores que incluem a idade, a fase da doença e a histocompatibilidade entre o doador e o receptor (Bergantini et al., 2005). Conclusão Parcial Através de buscas de artigos, leituras e discussões, concluímos que a leucemia é um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Dentre todas as possibilidades, o tratamento mais eficaz para a leucemia mielóide crônica tem sido o transplante alogênico de medula óssea (TMO). Ressaltamos ainda que o diagnóstico precoce da doença é fundamental para o sucesso da terapia e sobrevida do paciente. Referências Bibliográficas Bergantini, A.P.F.; Castro, F.A.; Souza, A.M.; Fett-Conte, A.C. Leucemia mielóide crônica e o sistema Fas-FasL. Rev.Bras.Hematol.Hemoter., 27:120-125, 2005. Bortolheiro, T.C.; Chiattone, C.S. Leucemia Mielóide Crônica: história natural e classificação. Rev.Bras.Hematol.Hemoter., 30:3-7, 2008. Croce, C. M. Oncogenes and cancer. The New England Journal of Medicine, 358:502511, 2008. Eroles, P.; Bosch, A.; Pérez-Fidalgo, J.A.; Lluch, A. Molecular biology in breast cancer: intrinsic subtypes and signaling pathways. Cancer Treatment Reviews, 38(6):698-707, 2012. Instituto Nacional de Câncer (INCA, Brasil). Disponível http://www.inca.gov.br/wcm/dncc/2015/dados-apresentados.pdf, 2016. em: Instituto Nacional de Câncer (INCA, Brasil). Disponível em: http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/agencianoticias/site/home/noticias/2013/inc a_ministerio_saude_apresentam_estimativas_cancer_2014, 2014. Instituto Nacional de Câncer (INCA, Brasil). Coordenação de programas de controle de câncer -pró-onco. O Problema do Câncer no Brasil. 4. ed. Rio de Janeiro, 1997. Knudson, A. G. Two genetic hits (more or less) to cancer. Nature Rev Cancer, 1(2):157162, 2001. Weinberg, R.A. The Biology of Cancer. Garland Science, 844 páginas, 2007.