Análise Sinótica

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Análise Sinótica
31 October 2009 - 00Z
Análise 250 hPa
Na carta de altitude da 00Z do dia 31/10, persiste o padrão observado
nos dias anteriores: O anticiclone no noroeste americano, centrado
sobre a divisa entre a Bolívia e o Peru, agora mais ao noroeste
(12S/70W) em relação ao dia anterior; A sudeste deste um amplo
cavado com eixo entre o sudeste de MT, norte de SP sul do RJ e o
Atlântico, o qual mantém o canal de umidade entre o Norte, CentroOeste e Sudeste; Este sistema estende-se até outro cavado mais
baroclínico, associado ao Jato Subtropical sobre o Atlântico. A alta,
comentada anteriormente, estende uma crista entre a Bolívia, norte da
Argentina, Uruguai e Sul do Brasil, com o Jato Subtropical contornando
sua borda sul em torno do paralelo 37S. Sobre o Pacífico observa-se
um cavado mais amplificado com suporte no Jato Polar Norte. Este
máximo de vento estende-se entre o sul do continente e o Atlântico
sudoeste de forma zonal, em torno do paralelo 42S. O Jato Polar Sul
esta cortado o extremo sul do continente em torno do paralelo 46S.
Sobre o Atlântico a leste de Pernambuco, bem afastado do continente,
persiste o Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN) centrado em torno
de (10S/24W), de onde estende-se um cavado para noroeste sobre o
Atlântico Norte.
Análise 500 hPa
Na análise da carta de nível médio da 00Z deste sábado 31/10, persiste
a atuação do intenso anticiclone entre o centro-sul da Bolívia, norte da
Argentina e centro-sul do Brasil. Este sistema que se mantém atuando
nesta área gera movimento subsidente causando uma compressão
adiabática da massa de ar sobre a superfície da terra o que causa um
aquecimento e inibe a formação de nuvens. Além disto, causa uma
diminuição da Umidade Relativa, entre outros fatores, devido ao
transporte de ar mais seco de níveis mais altos da troposfera para
níveis mais baixos. Este anticiclone intenso, está configurado no
campo de campo de geopotencial. O cavado sobre o interior do Brasil,
observado em altitude aprofunda-se em 500 hPa com eixo entre norte
de GO, DF, centro-leste de MG e ES, estendendo-se pelo Atlântico.
Este sistema mantém o canal de umidade entre a Amazônia e o
Sudeste do Brasil. Um Vórtice Ciclônico é observado entre o nordeste
da Região Nordeste e o Atlântico, centrado em 3S/35W. A sul do
anticiclone centrado em 27S/62W, já comentado, observam-se fortes
ventos e forte gradiente de temperatura associados ao posicionamento
do Jato Polar norte em Altitude. Um cavado alongado, com eixo
bastante zonal é observado entre o pacífico e o extremo sul do
continente. Outro cavado é verificado sobre o Atlântico, com eixo em
torno do meridiano 41S, associado ao sistema frontal observado em
superfície.
Superficie
Na análise da carta sinótica da 00Z do dia 31/10, observa-se a presença
da Zona de Convergência de Umidade (ZCOU) com convergência
máxima entre o sudeste do AM, sudoeste do PA, nordeste de MT, sul
do TO, norte de GO, MG e ES. Sua atuação ainda causa elevados
acumulados de chuva como os 138 mm em Itamarandiba-MG (entre às
09h do dia 30 e do dia 31) e os 66 mm em Vitória (aeroporto). Uma
baixa termorográfica configura-se no noroeste da Argentina com centro
de 999 hPa em torno de 30S/67W e alonga-se para leste onde observase uma frente fria no sul do Uruguai. A alta pós-frontal associada a este
sistema é bastante fraca com pressão de 1012 hPa entre o leste da
Província de Buenos Aires e o Atlântico. Observa-se um gradiente de
pressão sobre Sul do Brasil, associado ao posicionamento da Alta
Subtropical do Atlântico Sul (ASAS). Este padrão no campo de pressão
nos indica uma intensificação dos ventos do quadrante norte sobre a
parte centro-norte da Argentina e sul do Brasil, transportando ar quente
e pouco úmido de latitudes mais baixas para esta parte do continente.
Este transporte associado ao padrão de ventos em altitude e ao
posicionamento da frente fria causa instabilidade no Uruguai, parte do
leste da Argentina e extremo sul do RS. Observa-se uma família de
ciclones cortando o extremo sul do continente. A Alta Subtropical do
Pacífico Sul (ASPS) está centrada a oeste do meridiano 90W com
pressão de 1036 hPa, com pressão de 1017 hPa. A Zona de
Convergência Intertropical (ZCIT) está posicionada entre 7 e 10N tanto
no Atlântico quanto no Pacífico.
Satélite
31 October 2009 - 00Z
Previsão
Neste sábado (31/10) permanece o padrão de instabilidade associado a presença da ZCOU entre o norte da Região Sudeste e do Centro-Oeste e
no Norte do Brasil, assim como, em parte da BA, extremo sul do MA e do PI. Nesta área, ainda se espera chuva forte e acumulados significativos
que poderão ultrapassar os 90mm em algumas cidades. Em parte do Norte do Brasil, destaca-se o padrão de vento na alta troposfera e o forte
calor como alimentadores da instabilidade sobre esta parte do país.
Ja nas demais áreas do centro-sul do Brasil o tempo estável será garantido pela persistência do intenso anticiclone na média troposfera. Este
sistema continua inibindo a formação de nuvens e garante altas temperaturas sobre esta área. A umidade do ar poderá ficar abaixo dos 30% em
algumas cidades, principalmente no MS, oeste do PR e de SC. O sistema frontal deverá ficar estacionário entre o centro do Uruguai e extremo sul
do RS causando a formação de nuvens e algumas chuvas.
No domingo (01/11) a ZCOU começará a se desintensificar devido ao fortalecimento do Jato de baixos Níveis (JBN) a leste dos Andes, no entanto,
continuaremos com uma banda de nebulosidade que se estenderá desde o Sudeste ao Norte do Brasil, porém, espera-se pancadas de chuva
entre MS e norte e oeste de SP.
Na segunda-feira (02/11) o deslocamento de um cavado pelos andes interagindo com a forte termodinâmica sobre o nordeste da Argentina,
Uruguai e RS deverá começas o processo de frontogênese entre o Uruguai e a Província de Buenos Aires. Observa-se que conforme nos
aproximamos da segunda-feira os modelos numéricos enfraquecem o ciclone associado a esta frontogênese e indicam o sistema mais ao sul. Nas
demais áreas do Sul do Brasil, Sudeste, centro-Oeste e Norte atuarão áreas de instabilidades associadas ao calor e a alta umidade do ar e do solo
(devido as chuvas).
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Elaborado por Mônica Lima
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