FISIOTERAPIA NEONATAL: UMA REVISÃO ATUAL DA LITERATURA

Propaganda
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS
CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS E FORMAÇÃO
INTEGRADA
ESPECIALIZAÇÃO EM FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA NEONATAL
DA UTI A REABILITAÇÃO NEUROLÓGICA
SARAH ALVES DOS SANTOS
FISIOTERAPIA NEONATAL: UMA REVISÃO ATUAL DA
LITERATURA
GOIÂNIA/GO, 19 DE SETEMBRO DE 2015
SARAH ALVES DOS SANTOS
FISIOTERAPIA NEONATAL: UMA REVISÃO ATUAL DA
LITERATURA
Artigo apresentado ao Curso de Especialização
em Fisioterapia Pediátrica Neonatal da UTI a
Reabilitação Neurológica do Centro de Estudos
Avançados e Formação Integrada - CEAFI,
chancelado pela Pontifícia Universidade
Católica de Goiás.
Orientadora: Prof. Giulliano Gardenghi
GOIÂNIA/GO, 19 DE SETEMBRO DE 2015
1
RESUMO
A
fisioterapia
é
relevante
nos
cuidados
ofertados
aos
pacientes,
especialmente aos recém nascidos que não possuem a capacidade de se
expressarem como um adulto as suas necessidades. Objetiva-se com este estudo
investigar de artigos sobre a fisioterapia pediátrica e neonatal, mostrando aspectos
relacionados à humanização em unidade de terapia infantil. Quanto aos aspectos
metodológicos, trata-se de uma revisão bibliográfica, com levantamento da literatura
científica em fontes secundárias. Pesquisa é do tipo qualitativo, mesmo que
primeiramente seja quantitativa. O resultado leva a conclusão da necessidade de
maiores estudos que possam abranger a temática
Palavras-Chave: Fisioterapia; Unidade de terapia intensiva neonatal e pediátrica;
humanização e equipe multidisciplinar.
ABSTRACT
Physiotherapy is important in the care offered to patients, especially to infants
that do not express as an adult your needs. Objective with this study was to verify the
existence of articles on pediatric and neonatal physiotherapy, showing aspects
humanization, works related to the theme. In the methodological aspects, it is a
literature review, a survey of the scientific literature on secondary sources. Search
this study was qualitative, quantitative and even initially. The result leads to the
conclusion of the need for further studies that may concern the theme.
Keywords: Physical Therapy; Unit neonatal and pediatric intensive therapy;
humanization and multidisciplinary team.
2
INTRODUÇÃO
A criança vivência desde sua vida intra-uterina até a hora do parto
transformações que serão fundamentais para seu desenvolvimento (1).
O útero materno proporciona o ambiente ideal ao feto, uma vez que este
oferece determinadas características como: temperatura aprazível ao feto e
constante; aconchego; maciez e redução dos sons extra-uterinos. A Unidade de
Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e a Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica
(UTIP) que ao contrário do útero materno, não é capaz de proporcionar tais
características (1).
A UTI Neonatal é um local de alta complexidade, verifica-se a existência de
aparelhos sofisticados e a presença de profissionais da área de saúde, tais como:
médicos, enfermeiros e fisioterapeutas(2).
O fisioterapeuta intensivista, deve ter vasto conhecimento sobre UTI para
poder dar assistência aos doentes críticos, abrangendo emergências neurológicas e
técnicas de monitorização neurológica, tal qual devem estar preparados para
atender o paciente, pois este poderá apresentar quadro clínico flutuante, assim será
minimizada sequelas funcionais(3).
O acompanhamento do fisioterapeuta aos recém-nascidos proporciona
estabilidade de variáveis hemodinâmicas(4). A fisioterapia é uma das áreas de maior
atuação nas unidades de tratamento intensivo na prevenção e na terapia das
doenças respiratórias(5).
O respeito às individualidades do cuidado neonatal volta-se para a
humanização, garantindo-se a promoção da segurança e o acolhimento tanto do
recém-nascido tanto quanto dos que o cuidam, buscando facilitar o vínculo mãebebê precocemente. Na prática, os serviços visam a inserir a família no cuidado
neonatal, porém a efetivação da assistência torna-se complicada pela escassez de
recursos(6).
Uma vez internado em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, a criança
poderá se expor a estímulos nociceptivos como dor, estresse, ruídos de
equipamentos e todo um arsenal de barulhos existente neste ambiente, como vozes
e também a procedimentos invasivos dolorosos(7).
Humanização pode ser traduzida como “uma busca do conforto corpóreo,
mental e espiritual do paciente, família e equipe” (8). A rotina da UTI é estressante,
3
por vezes a humanização precisa ser lembrada, tanto com o paciente, quanto com
seus familiares, a rotina pesa, desgasta, o trato com o paciente grave poderá
banalizar a dor(9).
Em estudo realizado por Wallau, entrevistou-se 100 familiares; o que mais
houve de queixa, segundo o estudo foi o incômodo pela internação na UTI (10). Em
outro estudo, sobre o mesmo assunto, sendo realizado por Lopes, foram
entrevistados 44 pacientes e 95,5% destes avaliaram a assistência de fisioterapia
como humanizada, enfatizando sobre tal na unidade de terapia intensiva, sendo esta
vista como um bom atendimento, devido a atenção fornecida ao paciente e pelo
tratamento de qualidade, caracteriza-se uma assistência humanizada(11).
Identificar situações estressantes com o recém-nascido pré-termo ou de baixo
peso é de vital importância para o seu desenvolvimento normal. Assim, previne o
surgimento de possíveis deficiências múltiplas(7).
Humanizar a UTI significa cuidar do paciente como um todo, englobando o
contexto familiar e social. A fisioterapia possui um arsenal abrangente de técnicas
que agregam cuidados a paciente grave, sendo as principais indicações: melhora da
função pulmonar, terapia para alívio da dor e dos sintomas psicofísicos e atuação na
prevenção da reabilitação complicações osteomioarticulares, cardiovasculares e
neurológicas(11). Esta prática deve incorporar os valores, as esperanças, os aspectos
culturais e as preocupações de cada um.
Aspectos importantes no que diz respeito ao ambiente físico de uma UTI
como: a ausência de janelas, o alto índice de ruídos, o número excessivo de
aparelhos
apitando
precisam
ser
revistos
e
carecem
de
cuidados,
pois
comprometem a qualidade do local. Não existe uma sistematização e preocupação
com o modo de como o paciente é cuidado, preocupa-se sim, com o
aperfeiçoamento da técnica valorizando o trabalho(11).
A essência humana deve estar acima dos recursos materiais e tecnológicos,
porém não mais que o ambiente humanizado, menos agressivos e hostis que os
pacientes vivenciam durante uma internação na UTI(7).
A pesada e desgastante rotina de trabalho de lidar com pacientes graves na
rotina de UTI, pode levar os profissionais de saúde a serem indiferentes e a
banalizarem a dor dos familiares e dos pacientes internados nessa unidade, a
presença do fisioterapeuta tem sido cada vez mais frequente(11).
4
O profissional de saúde deve promover a aproximação entre pais e filhos uma
vez que a recuperação não depende somente da assistência médica, mas também
dos cuidados e carinho dos pais. A falta de envolvimento entre os profissionais,
pacientes e familiares dificultam a assistência na UTIN(11). O benefício trazido pelo
fisioterapeuta na UTI é o de preservar a vida, melhorando a qualidade e aliviando os
sintomas físicos, remetendo a oportunidade da independência funcional do
paciente(11).
Quem acompanha diretamente a evolução do paciente e toma as decisões
paralelamente à equipe multidisciplinar são os familiares. Os mesmos levam em
consideração as possíveis ações terapêuticas, a ansiedade e o estresse que podem
causar ao paciente criticamente enfermo.
A fisioterapia respiratória torna-se cada vez mais necessária em Unidade de
Terapia Intensiva (UTI) Neonatal, a técnica de higiene brônquica descrita na
literatura como fisioterapia respiratória convencional (FRC) compreende manobras
de drenagem postural, pressão manual torácica, facilitação da tosse e/ou aspiração
de vias aéreas superiores(12).
Os cuidados paliativos na UTI possuem como objetivo a melhora da qualidade
de vida do paciente, remetendo ao alívio do sofrimento por meio do diagnóstico
precoce, tratamento da dor e diminuição do desconforto(13). A equipe atuante é de
grande relevância ao paciente da UTI pela complexidade do aspecto de saúde no
qual se depara paciente (14).
A fisioterapia na prática engloba a assistência multidisciplinar aos assistidos
por ela, estando todos em cuidados observatórios com mais intensidade que tem
como objetivo ter um cuidado antecipado e preventivo de possíveis complicações
respiratórias decorrentes da prematuridade, minimizando, outrossim, a função
pulmonar, objetivando promover as trocas gasosas, tento como finalidade uma
melhor evolução clínica (15)..
A fisioterapia possui relevância nos cuidados de pacientes internados em UTI,
porém dever-se adotar com maior frequência a utilização de prontuários eletrônicos,
os quais não constituem uma prática rotineira na atuação do fisioterapeuta(16).
Verifica-se escassez de estudos que sejam recente sobre este tema, por este
motivo teve-se o intuito de realizar uma revisão literária sobre artigos que envolvem
a fisioterapia neonatal e pediátrica no aspecto da humanização.
5
O estudo foi desenvolvido no âmbito da PUC/Goiás, no curso de
Especialização em Fisioterapia Pediátrica Neonatal da UTI a Reabilitação
Neurológica do Centro de Estudos Avançados e Formação Integrada - CEAFI,
propõe-se como objetivo geral averiguar a existência de estudos sobre a fisioterapia
pediátrica e neonatal.
Com o intuito de contribuir para a consecução desse intento, os seguintes
objetivos específicos foram definidos: a) pesquisar humanização em UTIN e UTIP,
no âmbito da fisioterapia; b) analisar artigos sobre fisioterapia neonatal e pediátrica;
c) investigar a necessidade de estudo na área de fisioterapia em UTIN e UTIP, com
o intuito de possibilitar a visão de estudos nesta área.
6
MÉTODOS
Trata-se de uma revisão bibliográfica sobre o objeto de estudo, que é definida
como levantamento da literatura científica de produções compatíveis com o tema
proposto(17).
A pesquisa às fontes secundárias, de informação foi realizada através do
acesso às bases de dados eletrônicos da Biblioteca Regional de Medicina
(BIREME), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
(LILACS), Publicações Médicas (Pubmed) e Scientifica Eletronic Librabry Online
(SCIELO). Cujo período de pesquisa foi estabelecido entre 1997 a 2012.
O levantamento dos artigos foi realizado empregando-se as palavras-chave:
Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica,
fisioterapia na UTIN e na UTIP, equipe multidisciplinar e humanização.
Considerou-se como critério de inclusão 16 artigos para a discussão, além
destes foram utilizados mais 2 obras, que tratam dos aspectos metodológicos,
totalizando 18 publicações utilizadas, sendo que todas foram utilizadas no decorrer
da revisão de literatura, porém somente os artigos fazem parte da discussão.
A apresentação dos dados obtidos foram organizados em gráficos, seguindose a normatização preconizada. Na visão de Queiroz(18) a análise dos dados de uma
pesquisa e o cruzamento das informações produzem um resultado qualitativo,
mesmo inicialmente sendo quantitativa.
De acordo com o autor supracitado, a pesquisa é do tipo exploratório, devido
à especificidade dos artigos utilizados, tendo como objetivo conhecer o tipo de
estudo de cada publicação utilizada, quantidade de autores por publicação, tipo de
estudo e local de publicação, chegando-se a variável do estudo que tem como
finalidade o refinamento dos dados da pesquisa e do desenvolvimento do estudo.
7
DISCUSSÃO
Neste item serão mostrados assuntos relacionados ao tema em aspectos
como: humanização, fisioterapia em Unidade de pediatria Neonatal e Unidade de
Terapia Intensiva.
Dentre as obras pesquisadas encontram-se revistas, publicações feitas por
órgãos públicos, livros e artigos.
A tabela 1 a seguir é composta por 16 artigos publicados no período de 1997
a 2012, as obras envolvem fisioterapia, UTI neonatal e humanização, todas
relacionadas à fisioterapia.
A sequência referenciada contempla os seguintes itens: período de
publicação, o número de autores, as profissões desempenhadas por estes autores,
o tipo de estudo focado e as instituições onde as obras foram publicadas. Logo após
tais dados serão sintetizados por meio de tabelas e gráficos mostrando a realidade
da análise que será feita.
Tabela 1: Temas propostos para o estudo
A tabela abaixo é composta por 16 artigos publicados no período de 1997 a 2012, contemplando o período de publicação,
o número de autores, as profissões desempenhadas por estes autores, o tipo de estudo focado e as instituições onde as obras
foram publicadas.
Tema
1. A percepção de pais sobre a internação de seus filhos em UTIN
2. Quando a vida começa diferente
3. Processo de Trabalho em saúde e enfermagem em UTIN
4. Efeito da fisioterapia respiratória convencional versus AFE
5. Unidades de Terapia Intensiva: Considerações da literatura
6. Qualidade e Humanização do Atendimento médico intensivista
7. Aspectos Gerais da Fisioterapia intensiva neurológico no paciente crítico
8. Humanização do Cuidado da UTI Neonatal
9. Avaliação dos parâmetros fisiológicos em recém nascidos pré-termo
10. Fisioterapia respiratória em terapia intensiva pediátrica neonatal
11. O uso de Ventilação Mecânica não-invasiva nos cuidados paliativos
12. Humanização da Assistência de Fisioterapia
13. Formas de atendimento humanizado ao recém nascido pré-termo
14. O papel da enfermagem e da fisioterapia na dor em pacientes
15. Repercussões da fisioterapia na unidade de terapia neonatal
16. PEP: critérios de avaliação fisioterapêutica em UTI
Período de
Publicação
No.
Autores
1997
2003
2004
2006
2006
2006
2007
2007
2007
2007
2008
2009
2009
2010
2011
2012
3
3
2
6
2
9
1
3
6
3
4
2
2
4
3
4
Profissão
Médicos
Médicos
Enfermeira
Fisioterapeuta
Enfermeira
Médico
Fisioterapeuta
Enfermeira
Fisioterapeuta
Fisioterapeuta
Fisioterapeuta
Fisioterapeuta
Fisioterapeuta
Enfermeira
Fisioterapeuta
Fisioterapeuta
Tipo de
estudo
AE
Livro
AO
AO
RC
AO
AR
AR
AO
RE
RCS
AO
AR
AO
AR
AR
Instituição
Jornal de Pediatria
Fiocruz
Rev.Latino Americana de Enferm.
Rev.Bras. de Fisioterapia
Revisão Critica
Revista RBTI
Hospital Santa Cruz
Rev. Eletr. de Enferm.
Rev Bras Cresc. Desenvolv Hum.
Revista Medicine Pediatria SP
Revista RBTI
Revista RBTI
Cad. De Pós-Grad. Em Dist.
Hosp. Do Servidor Público F.M.
Revista Fisioterapia e Movimento
PUCCPR e UFPR
*Legenda: Artigo revisão = AR; Artigo Original = AO; Diretrizes = DZ; Tese = Tes; Simpósio = Simp.; Artigo Especial = AE; Revisão Crítica = RC; Revisão e Ensaios: RE;
Relato de Caso= RCS.
11
Os gráficos a seguir mostram a realidade das obras científicas anteriormente
pesquisadas, apontando na análise dos dados os itens que mais se destacaram ao
mesmo tempo em que são justificados.
Período de Publicação
1997 a 2002
2003 a 2007
2008 a 2012
Total
No.
1
9
6
16
%
6,25
56,25
37,50
100
Tabela 2: Período de publicação
Gráfico 1: Período de publicação
Na tabela 2 e no gráfico 1 foram identificados o ano de publicação das obras
deste estudo. Nota-se que no período de 1997 a 2002 houve apenas 1 (6,25%) de
obra publicada, já no período compreendido entre os anos de 2003 a 2007 foram
publicadas 9 (56,25%) obras e no período de 2008-2012 houve 6 publicações sobre
o assunto, observa-se portanto que o período intermediário é o mais rico em
publicações.
12
Número de autores
1 autor
2 autores
3 autores
4 autores ou mais
Total
No.
%
1
4
5
6
16
6,25
25,00
31,25
37,50
100
Tabela 3: Número de autores
Gráfico 2: Número de autores
Na tabela 3 e no gráfico 2 apresentam-se os números de autores de cada
obra, a maior parte das publicações foram realizadas por mais de um autor,
totalizando 15 obras o que representa 93,75% mais uma obra que foi publicação de
somente 1 autor.
Estes dados podem indicam que os grupos de profissionais que trabalham de
forma integrada são maioria e os que trabalham individualmente são praticamente
nulos (6,25%) em relação à totalidade. Todos os tipos de trabalho seja individual ou
em grupo são de relevância no desenvolvimento de novos conhecimentos científicos
na área de UTI neonatal.
13
Profissão
Quantidad
e
3
Médico
4
Enfermeiro
9
Fisioterapeuta
16
Total
%
18,75
25,00
56,25
100
Tabela 4: Profissão
Gráfico 3: Profissão
Na tabela 4 e no gráfico 3 apresentam-se a categoria profissional dos autores,
a maior parte das obras foram feitas por fisioterapeutas, ou seja, 9 (56,25%), por
enfermeiros 4 (25%) e por médicos 3 (18,75%). Tais dados demonstram que os
fisioterapeutas tem interesse em compor obras que dizem respeito à fisioterapia e a
humanização na UTI neonatal.
14
Tipo de Estudo
Artigo
Revisão
Livro
Relato de caso
Total
No.
%
12
2
1
1
16
75,00
12,50
6,25
6,25
100
Tabela 5:Tipo de estudo
Gráfico 4: Tipo de Estudo
Na tabela 5 e no gráfico 4 verificou-se a abordagem utilizada na realização
dos tipos de estudos, havendo uma grande quantidade no que diz respeito aos
artigos 12 (75%). Os artigos se destacaram, quando comparados com os demais
tipos de estudo. Revisão literária 2 (12,5%) e Publicação de livros e relato de caso,
aparecem cada um com 1 (6,25%) de ocorrência, o que demonstra uma grande
necessidade de outros tipos de estudos, principalmente na publicação de livros que
tratam do assunto abordado.
15
Instituição de
Publicação
Quantidade
%
10
1
2
2
1
62,50
6,25
12,50
12,50
6,25
100
Revistas de Saúde
Jornal
Universidades
Hospitais
Editoras
Total
16
Tabela 6 Instituição de publicação
Gráfico 5: Instituição de publicação
Na tabela 6 e no gráfico 5 encontram-se as instituições onde foram publicados
os trabalhos científicos. A maioria dos estudos foram publicados por meio de
revistas de saúde 10 (62,50%), seguidas por Universidades e Hospitais 2 (12,50%)
cada um e Jornais de Medicina e Publicações Editoriais 1 (6,25%), observou-se que
o meio de publicação mais usual acerca do assunto abordado foram as revistas
voltadas para a área da saúde, que ultrapassou mais do que os outros meios de
publicações juntos, demonstrando assim a preferência dos profissionais qualificados
por esse meio de comunicação.
16
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo contemplou aspectos como humanização, UTI neotatal e UTI
pediátrica no âmbito da fisioterapia. Constatou-se que desde o início da vida há
transformações no desenvolvimento da criança, sendo o útero materno o ambiente
ideal, oferecendo tudo que o bebê necessita, assim deve ser a UTIN e a UTIP, mas
estes locais nem se comparam ao útero materno, devendo este ambiente ser o mais
aconchegante possível, ou seja, os pacientes devem ser tratados de modo
humanizado pelas pessoas que os rodeiam, sendo uma destas pessoas o
fisioterapeuta que irá proporcionar estabilidade de variáveis hemodinâmicas,
promovendo assim, tratamento adequado a situação requerida pelo paciente.
Faz-se necessário respeitar as individualidades dos pacientes devido a cada
caso ser particularmente importante. O acolhimento, a humanização garante a
segurança tanto para família quanto para o recém-nascido, sendo a família parte
essencial na efetivação da assistência fisioterápica. A humanização conforta a todos
os envolvidos com o paciente, e deverá estar além dos recursos materiais e
tecnológicos. Apesar da rotina na UTIN e na UTIP serem desgastantes, não pode
faltar tal aspecto no trato com o recém-nascido. Torna-se necessário a percepção do
que precisa principalmente o paciente, pois se poderão prevenir deficiências
múltiplas.
Por ser a fisioterapia possuidora de técnicas complementares dos cuidados
com o recém-nascidos, as indicações relevantes remetem a melhora do
funcionamento pulmonar, aliviando-se desta forma a dor e dos sintomas psicofísicos
e atuação na prevenção e reabilitação de complicações osteomioarticulares,
cardiovasculares e neurológicas.
Os profissionais da área de saúde devem ter em mente a promoção da
aproximação entre os familiares e as crianças, tendo em vista que a recuperação
está relacionada com o desempenho de todos os envolvidos, desde os profissionais
da saúde até os familiares. O benefício trazido pelo fisioterapeuta na UTI é o de
preservar a vida, melhorando a qualidade desta e aliviando os sintomas físicos,
criando oportunidade da independência do paciente.
Quanto ao aspecto relacionado a discussão deste estudo pode-se verificar
destaque para artigos confeccionadas por mais de quatro autores, indicando assim
que o trabalho em equipe é relevante. No aspecto que trata sobre a publicação,
17
estas destacaram-se o tema em revistas de saúde. Apesar da existência de muitos
artigos a respeito de fisioterapia neonatal e pediátrica, estes não são muito recentes,
os que fizeram parte deste estudo foram em maioria confeccionados por
fisioterapeutas, ficando abaixo os enfermeiros e a minoria por médicos.
Sugere-se que haja mais interesses dos profissionais da área de saúde em
pesquisas que possam abranger a fisioterapia neonatal envolvendo a humanização,
ou seja, a promoção de mais estudos atuais a respeito e que sejam feitos por todos
os profissionais que se envolvam na UTIN e na UTIP, pois se trata de um estudo
voltado principalmente para a área de humanização.
18
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Reichert APS, Lins RNP, Collet N. Humanização do Cuidado da UTI Neonatal.
Rev. Elet. Enf., 2007; 09 (1): 200 – 213.
2. MOREIRA, M L; BRAGA, NA; MORSCH, DS. Quando a vida começa diferente.
Fiocruz. Rio de Janeiro: 2003.
3. Cíntia CP. Rodrigo T. Aspectos gerais da fisioterapia intensiva no paciente
neurológico crítico. Instituição: Hospital Santa Cruz.
4. Cláudia CS; Adriana GO; Celso F; Arnaldo AFS; Luiz CA; Neif M.* Avaliação Dos
Parâmetros Fisiológicos Em Recém Nascidos Pré-Termo Em Ventilação Mecânica
Após Procedimentos De Fisioterapia Neonatal. Rev. Bras. Crescimento Desenvolv
Hum. 2007;17(1):146-155.
5. Carla MN; Ana LL. Fisioterapia respiratória em terapia intensiva pediátrica e
neonatal: uma revisão baseada em evidências. PEDIATRIA (SÃO PAULO)
2007;29(3):216-221.
6. Gaíva, MAM; SCOCHI, Silvan CG Processo de Trabalho em saúde e enfermagem
em UTI neonatal. Rev Latino-am Enfermagem 2004 maio-junho; 12(3): 469-76.
7. Cruvinel FG, Pauletti CM. Formas de atendimento humanizado ao recém nascido
pré-termo ou de baixo peso na unidade de terapia intensiva neonatal: uma revisão.
Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento, São Paulo, v.9, n.1, p.102-125,
2009.
8. Bolela, F.; Jericó, Marli de C.; Unidades de Terapia Intensiva: Considerações da
Literatura acerca das dificuldades e estratégias para sua humanização. Escola Anna
Nery.Revista de Enfermagem. 2006.
9. LAMY, ZC., GOMES, Manoel RC. A percepção de pais sobre a internação de
seus filhos em unidade de terapia intensiva neonatal. Jornal de Pediatria - Vol. 73,
Nº5, 1997.
10. Wallau, RA; Guimarães, HP; Falcão, LFR; Lopes, RD; Leal, Rocha PH; Senna,
APR, Alheira, RGn; Machado, FR; Amaral , JLG. Qualidade E Humanização Do
Atendimento em Medicina Intensiva. Qual a Visão dos Familiares? RBTI - Revista
Brasileira Terapia Intensiva. 2006.
11. Lopes E, Lopes FM. Humanização da assistência de fisioterapia: estudo com
pacientes no período pós-internação em unidade de terapia intensiva. RBTI, 2009;
21 (3): 283-291.
12. Antunes LCO, Silva EG, Bocardo P, Daher DR, Faggiotto RD, Rugolo LMSS
Efeito da FRC Versus AFE em PrematurosRev. bras. Fisioter. Vol.10 No. 1, 2006.
19
13. Mariana AB, Ana BFO, Antônio FON, Renata T.O Uso da Ventilação Mecânica
Não-Invasiva nos Cuidados Paliativos de Paciente com Sarcoma Torácico
Metastático. Relato de Caso. RBTI 2008.
14. Vanessa T; Aline FC; Vanessa VP, Márcia T. O papel da enfermagem e da
fisioterapia na dor em pacientes geriátricos terminais. Geriatria & Gerontologia.
2010;4(3):146-153.
15. Gabriela ARV, Rita CAA], Andrezza LB. Repercussões da fisioterapia na unidade
de terapia intensiva neonatal. Fisioter. Mov., Curitiba, v. 24, n. 1, p. 65-73, jan./mar.
2011.
16. CHY, A, RIELLA, C, CAMILOTTI, BM, ISRAEL, VL. PEP: Critérios de avaliação
fisioterapêutica em UTI. Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR
Universidade Federal do Paraná – UFPR/Litoral. 2012.
17. CARVALHO, MC. de (Org.). Construindo o saber: metodologia científica:
fundamentos e técnicas.7.ed. rev. e aum. Campinas, SP: Papirus, 1998.
18. QUEIRÓZ, M. I.: O pesquisador, o problema da pesquisa, a escolha de técnicas:
algumas reflexões. Reflexões sobre a pesquisa sociológica. Centro de Estudos
Rurais e Urbanos. 3. ed.São Paulo. 1992.
Download