Á EM D GIONAL DE M RE AT UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA XVI OLIMPÍADA REGIONAL DE MATEMÁTICA PET MATEMÁTICA TICA OLIM PÍA A SA NT A CATARINA - U FS C Gabarito 10 3a fase de 2014 Nível 3 √ 1. Vamos provar que existe um triângulo Pj Pj+1 Pj+2 com área maior ou igual a α = 5−10 5 . Suponha, por absurdo, que as áreas de todos os triângulos Pj Pj+1 Pj+2 são todas menores de que α. Seja Q a interseção entre P1 P4 e P3 P5 . Note que área P1 P2 Q ≤ max (área P1 P2 P5 , área P1 P2 P3 ) < α e que a área P1 P2 P4 = 1 - área P1 P4 P5 - área P2 P3 P4 > 1 - 2α. Assim, P1 Q P1 P4 areaP1 P2 Q α = areaP < 1−2α 1 P2 P4 Mas também é verdade que PP14 Q = areaP1 P3 P5 . Como área P3 P4 P5 < α e (analogamente a Q areaP3 P4 P5 P1 P2 P4 ) área P1 P3 P5 > 1 − 2α, então, P1 Q P4 Q > 1−2α ⇔ α P1 Q P1 P4 > 1−2α . 1−α Logo 1−2α 1−α < P1 Q P1 P4 < α 1−2α ⇒ 5α2 − 5α + 1 < 0 ⇔ √ 5− 5 10 <α< √ 5+ 5 10 , absurdo. Analogamente o outro lado da desigualdade pode ser provado, bastando inverter as desigualdades. 2. Note que o círculo circunscrito ao △ADE também passa por 180◦ o que torna o quadrilátero AEHD inscritível. H porque AEH + ADH = Note que { FB̂ A ≡ FĈ A porque ambos "olham"para o arco FA no círculo C1 (ângulos inscritos) FÊ A ≡ FD̂A porque ambos "olham"para o arco FA no círculo C2 (ângulos inscritos) Com isso, △FEB ∼ △FDC (dois ângulos comuns: α e (180 - β )) e FB FC = BE DC Veja também que △BEH ∼ △CDH pois BE DC = { BÊ H ≡ CD̂H = 90◦ EHB ≡ DHC (O.P.V) , então BH HC Sendo HP a bissetriz interna do ângulo BHC , o teorema da bissetriz interna garante que BH = BP HC PC , e isso nos diz que FP é a bissetriz interna Essas três igualdades mostram que FF BC = BP PC do ângulo BFC , conforme a recíproca do teorema da bissetriz interna no △BFC. Desse modo ca provado que as duas bissetrizes se encontram em um ponto comum P sobre BC. 3. Temos que f : R → R e f (a + b) = f (a · b)(1) , ∀a, b irracionais. Logo, temos: f (a + b) = f (a · b) = f ((−a) · (−b)) = f (−a − b) ⇒ f (a + b) = f (−a − b). Lema: Todo número real pode ser representado como a soma de dois números irracionais. 1◦ Caso: Número racional. Seja x um racional e α um irracional. Logo, sendo β = x − α, β é um irracional, pois se β for racional, α = x − β e α seria racional. Absurdo! Logo, como x = α + (x − α) = α + β todo racional pode ser escrito como a soma de dois irracionais. 2◦ Caso: Número irracional. Seja x esse irracional. Então x2 é irracional e x = x2 + x2 . Logo, todo irracional pode ser escrito como a soma de dois irracionais. Com o lema provado, temos que f (x) = f (−x), ∀x ∈ R(2) Em (1), fazendo a = −b temos: f (0) = f (−b2 ) = f (b2 ). Seja f (0) = k ⇒ f (b2 ) = k, ∀ b irracional. Portanto, para √ todo x irracional f (x) = k . Logo, provamos que ∀x ∈ R+ tal√que x ∈ R − Q, f (x) = k . Basta provarmos agora que os números y ∈ R+ tais que√ y ∈ Q também satisfazem f (y) = k . Porém, isso não é difícil de provar: seja y tal que y ∈ Q. Temos um 0 < θ < 1 irracional tal que y = (y − θ) + θ ⇒ f (y) = f ((y − θ) · θ) ou y = (y + θ) − θ ⇒ f (y) = f ((y +θ)·(−θ)). Como, para todo x irracional,f (x) = k vamos provar que um dos números (y − θ) · θ e (y + θ) · (−θ) é irracional, fazendo assim com que todo número tenha imagem k . Vamos supor o contrário, ou seja, que os dois são racionais: p (y − θ) · θ = q (y + θ) · (−θ) = r s p r − , onde p, q, r, s ∈ R q s 2t ps − rq psu − rqu t √ ⇒θ= ⇒ Como y ∈ Q ⇒ y ∈ Q ⇒ y = , onde t, u ∈ Z. ⇒ · θ = u u qs 2qst θ é racional. Absurdo! Com isso, provamos que f (x) = k , ∀x ∈ R , onde k é uma constante qualquer. Para qualquer k , essa função serve, de acordo com a questão, pois f (a + b) = f (a · b) ⇔ k = k . OK! 2yθ = 4. Sejam ABCD e EF GH duas faces opostas, AE , BF , CG e DH sendo arestas do cubo. Denotaremos por X ′ a projeção ortogonal do ponto X no plano. Note que {A, G}, {B, H}, {C, E} e {D, F } são pares de vértices opostos. Suponha, sem perda de generalidade, que A′ pertence à fronteira da projeção do cubo. Então, considerando a simetria do cubo em relação ao seu centro, o simétrico G′ de A′ também pertence à fronteira. Dois dos três vértices vizinhos de A serão projetados em vértices vizinhos na fronteira (a menos que, digamos, a face AEHD seja projetada em um segmento, mas nesse caso podemos considerar um vértice degenerado nesse segmento). Suponha, sem perda de generalidade que esses vizinhos são B ′ e D′ . Então E ′ é interior à projeção. Novamente pela simetria, H ′ e A′ pertencem à fronteira da projeção e C ′ pertence ao interior da projeção. Finalmente, como AE, BF, CG e DH são arestas paralelas, a projeção do cubo é A′ D′ H ′ G′ F ′ B ′ . As faces ABCD, BCGF e CDHG são projetadas sobre paralelogramos (ou segmentos)A′ B ′ C ′ D′ , B ′ C ′ G′ F ′ e C ′ D′ H ′ G′ . Trace diagonais B ′ D′ , B ′ G′ e D′ G′ . A área da projeção é portanto o dobro da área do triângulo BDG. Esse triângulo tem todos os lados medindo no máximo √ 2 (comprimento √ diagonal da face) e portanto, será equilátero. Logo o máximo √ de uma ( 2)2 · 3 desejado é 2 · = 4 BDG realiza a igualdade. √ 3. Uma projeção ortogonal num plano paralelo ao plano