AVALIAÇÃO DOS MODELOS DE AUDITORIAS AMBIENTAIS PÚBLICA: UMA COMPARAÇÃO DA NBR ISO 14001:2015 E DA DIRETRIZ CONEMA/RJ N 56. Área temática: Gestão Ambiental e Sustentabilidade Beatriz Cunha [email protected] Sérgio Barros [email protected] Resumo: A auditoria ambiental é um instrumento usado pelas empresas para o conhecimento do seu desempenho ambiental e para aplicabilidade da legislação pertinente e, no caso, das auditorias públicas passou a ser mais um instrumento para renovação do licenciamento ambiental. Assim, além de ser uma ferramenta de gerenciamento ambiental, avalia a adequação da empresa em relação ao cumprimento dos requisitos legais existentes. Este texto visa a análise e a comparação das normas ambientais NBR ISO 14001:2015 e da DIRETRIZ CONEMA/ RJ n 56 que tratam de auditorias ambientais, a fim de identificar os fatores críticos encontrados para seu atendimento. Palavras-chaves: Auditoria Ambiental, Gestão Ambiental, Legislação Ambiental. 1 INTRODUÇÃO 1.1- FORMULAÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA O histórico de acidentes ambientais já vivenciados pela humanidade demonstra a necessidade da prevenção para situações súbitas e imprevistas de cenários que possam provocar perdas de forma rotineira e gradual, de pequena ou grande magnitude (CHAVES e MAINIER, 2005). A auditoria ambiental é um instrumento usado pelas empresas para o conhecimento do seu desempenho ambiental e para aplicabilidade da legislação pertinente e, no caso, das auditorias públicas passou a ser mais um instrumento para renovação do licenciamento ambiental. Assim, além de ser uma ferramenta de gerenciamento ambiental, avalia a adequação da empresa em relação ao cumprimento dos requisitos legais existentes. De acordo com Maimon (1994, p.122): A auditoria ambiental é um instrumento de gestão que compreende uma avaliação sistemática, documentada, periódica e objetiva sobre a organização, a gestão e o equipamento ambientais, visando auxiliar a resguardar o meio ambiente facilitando a gestão do controle das práticas ambientais e avaliando a compatibilidade com as demais políticas da empresa. A auditoria ambiental é um importante instrumento de gerenciamento das condições ambientais dos espaços costeiros e da avaliação das medidas de redução e controle dos impactos ao meio ambiente dos processos da atividade portuária (LEITE at all, 2011). Sendo uma ferramenta do sistema de gestão ambiental que, por definição, consiste em um conjunto de medidas e procedimentos bem-definidos que, se adequadamente aplicados, permitem reduzir e controlar os impactos introduzidos por um empreendimento sobre o meio ambiente (VALLE, 2002) No Brasil, a auditoria legal teve início no Estado do Rio de Janeiro, pela Lei Estadual n° 1898, de 26/11/1991, que dispõe sobre a realização de auditorias ambientais, regulamentada pelo Decreto n° 21470-A, de 5/06/1995. Depois do Rio de Janeiro, outros estados como Espírito Santo (Lei 4802/93), Rio Grande do Sul (Lei 11520/00) e Paraná (Lei 13448/02) também criaram leis para realização de auditoria ambiental compulsória. (DE MARTINI, 2013) A Diretriz DZ 56 – DIRETRIZ PARA REALIZAÇÃO DE AUDITORIA AMBIENTAL foi balizada em consonância com a CONAMA 306 de 2002 que estabeleceu os requisitos mínimos para a realização de Auditorias Ambientais. 1.2 - AS NORMAS 1.2.1 - DZ 56-R.3 – DIRETRIZ PARA REALIZAÇÃO DE AUDITORIA AMBIENTAL A DZ 56-R.3 – DIRETRIZ PARA REALIZAÇÃO DE AUDITORIA AMBIENTAL, foi aprovada pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente – CONEMA no dia 7 de maio de 2010 sendo publicada no Diário Oficial de 14/05/2010, na página 20. “Seu objetivo é estabelecer as responsabilidades, os procedimentos e os critérios técnicos para a realização de auditorias ambientais, como instrumento do sistema de licenciamento ambiental”. Segundo o item 4.1, deverão, obrigatoriamente, realizar auditorias ambientais periódicas anuais as organizações de Classes 4, 5, 6, de acordo com a tabela de classificação dos empreendimentos/atividades do Decreto Estadual nº 42.159/2009, das seguintes tipologias, entre outras: I refinarias, dutos e terminais de petróleo e seus derivados; II instalações portuárias; III instalações aeroviárias (aeroportos, aeródromos, aeroclubes); IV instalações destinadas à estocagem de substâncias tóxicas e perigosas; V instalações de processamento e disposição final de resíduos tóxicos e perigosos; VI unidades de geração de energia elétrica a partir de fontes térmicas; VII instalações de tratamento e os sistemas de disposição final de esgotos domésticos; VIII indústrias petroquímicas e siderúrgicas; IX indústrias químicas e metalúrgicas; X instalações de processamento, recuperação e sistemas de destinação final de resíduos urbanos radioativas; XI atividades de extração mineral, exceto dos bens minerais de aplicação direta na construção civil; XII atividades de beneficiamento de bem mineral; XIII instalações de tratamento de efluentes líquidos de terceiros; XIV instalações hoteleiras de grande porte; XV indústrias farmacêuticas e de produtos veterinários; XVI indústrias têxteis com tingimento; XVII produção de álcool e açúcar; XVIII estaleiros; XIX demais atividades com potencial poluidor alto, a critério do órgão ambiental. Cabe destacar que as organizações deverão realizar Auditorias Ambientais de Controle como parte dos processos de requerimento, renovação e prorrogação da Licença de Operação (LO) e da Licença de Operação e Recuperação (LOR). Um aspecto que chama atenção na DZ 56 é o item 5.10 dos objetivos que exige que a organização verifique a capacitação dos responsáveis pela operação e manutenção dos sistemas, rotinas, instalações e equipamentos com interação e risco ambiental, de forma a prevenir, proteger e recuperar o meio ambiente. 1.2.2 – NBR ISO 14001/2015 A NBR ISO 14001 está na sua terceira edição, válida desde 06 de novembro de 2015, é uma norma brasileira de Sistema de gestão ambiental que cancela e substitui a versão anterior (ABNT NBR 14001:2004). Elaborada pelo Comitê Brasileiro de Gestão Ambiental (ABNT/CB-038), pela Comissão de Estudo de Sistema de Gestão Ambiental (CE-038.001.001) o objetivo desta Norma é prover às organizações uma estrutura para proteção do meio ambiente e possibilitar uma resposta às mudanças das condições ambientais em equilíbrio com as necessidades socioeconômicas, além de especificar os requisitos que permitem que a organização alcance os resultados esperados para seu sistema de gestão ambiental. A Norma ISO em sua versão 2015 traz como grande novidade no item 5 o conceito de Liderança em seu escopo, bem como no Planejamento a inserção da avaliação de “riscos e oportunidades” antes da abordagem dos “aspectos ambientais da organização” . Segundo a FIESP (2015) a certificação da ISO 14001 é uma demanda de mercado, pois demonstra seu comprometimento com práticas sustentáveis e padrões internacionais de gestão ambiental. 1.3– OBJETIVO Estre trabalho tem como objetivo analisar as normas ambientais DZ-56.R-3 – DIRETRIZ PARA REALIZAÇÃO DE AUDITORIA AMBIENTAL e a ABNT NBR-ISO 14004/2015 e compará-las para identificação dos fatores críticos encontradas para seu atendimento. 2 - METODOLOGIA A metodologia utilizada para a realização deste estudo foi baseada na comparação dos requisitos, na revisão bibliográfica e na interpretação das normas DZ 56.R-3 – DIRETRIZ PARA REALIZAÇÃO DE AUDITORIA AMBIENTAL. Foi estabelecido um quadro comparativo do requisito legal, no caso a DZ 56 e a inserção dos novos requisitos da ISO revisão 2015. Através do Quadro 1 foi montado um check list do requisito legal (DZ 56) a direita e, no lado esquerdo, foram sendo alocados os novos itens da Norma de modo a se avaliar o quanto de pertinência a norma possui com o requisito legal. 3- DISCUSSÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS 3.1 Estudo da interface entre a DZ 56 e ABNT NBR ISO 14001/2015 Na revisão bibliográfica foi observado que há uma grande pertinência entre a Diretriz e a Norma. No quadro a seguir serão apresentados os itens da DZ – 56 e seu item correspondente na NBR ISO 14001/2015. Assim, pode se notar a inter-relação entre os itens dos dois sistemas, de forma que, cumprindo com os requisitos básicos da DZ-56. R 3 – DIRETRIZ PARA REALIZAÇÃO DE AUDITORIA AMBIENTAL as organizações auditadas também estarão cumprindo com os requisitos da NBR ISO 14001/2015 (Quadro 1). Quadro 1: Quadro comparativo entre a DZ 56.R.3 e NBR ISO 14001/2015. DZ 56 NBR ISO 14001/2015 8.1.1 Quanto à política ambiental e ao 5. Liderança e Comprometimento sistema de gestão ambiental 5.2 Política Ambiental a) a existência de política ambiental 7.5 Informação documentada documentada, implementada, mantida e difundida a todas as pessoas que estejam trabalhando incluindo nas unidades funcionários auditadas, de empresas terceirizadas. b) a adequação da política ambiental e 5.2 Política Ambiental seus objetivos - se abrange todas as áreas 6 Planejamento e operações das unidades auditadas e seus 6.1 Ações para abordar riscos aspectos ambientais significativos; se oportunidades orienta para a total conformidade legal; se 6.1.2 Aspectos ambientais, incentiva a adoção de práticas de 6.1.3 Requisitos legais e outros requisitos produção mais limpa e tecnologias limpas 6.1.4 Planejamento de ações para a redução de impactos ambientais adversos, o uso racional de recursos naturais e eficiência energética. c) o status da implantação e certificação de sistema de gestão ambiental - a existência de metas de desempenho ambiental compatíveis com a política e ambiental e com o conceito de melhoria contínua; critérios de acompanhamento e 5.2 Política Ambiental avaliação; definição de responsabilidades 6.2 Objetivos ambientais e planejamento e divulgação dos resultados. para alcança-los d) os programas e procedimentos de controle dos aspectos ambientais da cadeia produtiva, incluindo critérios de seleção e avaliação de fornecedores e prestadores de serviços. 5.2 Política Ambiental 6.1.2 Aspectos Ambientais 7 Apoio 8.1.2 Quanto à estrutura gerencial e ao 7.1 Recursos treinamento 7.2 Competência 7.3 Conscientização a) as responsabilidades pelo gerenciamento ambiental, incluindo o Termo de Responsabilidade Técnica pela 5.3 Papéis, responsabilidades e Gestão Ambiental, em conformidade com autoridades organizacionais. o Decreto Estadual nº 42.159/2009; o compromisso explícito da alta direção da empresa; a verificação da compatibilidade da estrutura gerencial com a melhoria de desempenho; existência de sistema de comunicação interna e externa e sua adequação ao sistema de gestão ambiental. b) a conscientização dos trabalhadores e partes interessadas em relação aos potenciais impactos ambientais gerados 7.3 Conscientização pela organização. c) a adequação dos programas de treinamento e capacitação técnica dos responsáveis pela operação e manutenção 7.2 Competência dos sistemas, equipamentos rotinas, de instalações proteção ao e 7.3 Conscientização meio ambiente ou que possuem o potencial de causar danos ambientais. 8.1.3 Quanto à conformidade legal 10 Melhorias a) o atendimento ao que dispõe a 6.1.3 Requisitos Legais e outros requisitos legislação federal, estadual e municipal 9.1.2 Avaliação do atendimento aos aplicável aos aspectos ambientais. b) a conformidade requisitos legais e outros requisitos quanto ao licenciamento ambiental (tipo e validade 10.2 Não conformidade e ação corretiva das licenças), Outorgas, Alvarás, Registros, Ajustamento de Autorizações, 9.1.2 Avaliação do atendimento aos Termos Conduta e de requisitos legais e outros requisitos outros documentos relacionados às questões ambientais, verificando as datas de emissão e a sua validade. O cumprimento das restrições e exigências deverá ser avaliado. c) o cumprimento das medidas 10.3 Melhoria contínua preventivas e corretivas estabelecidas no 9.1.2 Avaliação do atendimento aos Plano de Ação da auditoria ambiental requisitos legais e outros requisitos anterior, indicando as ações concluídas, em andamento e as não concluídas, atendendo ou não aos prazos previstos. 8.1.4 Quanto aos processos de produção e 9 Avaliação de desempenho operação 8.1 Planejamento e controle operacionais a) os procedimentos para identificar os 6.1.2 Aspectos Ambientais aspectos ambientais significativos e 8.1 Planejamento e controle operacional respectivos impactos ambientais. b) a identificação das rotinas de trabalho 6.1.4 Planejamento de ações associadas a riscos potenciais ao ambiente; a existência de procedimentos documentados medidas para e a a incorporação de minimização ou eliminação dos seus impactos. c) os fluxogramas de processo e balanços 8.1 Planejamento e controle operacional de massa e energia de entradas e saídas. d) os processos de produção - se são 8.1 Planejamento e controle operacional projetados e operados para minimizar os impactos ambientais; se a organização utiliza a melhor tecnologia disponível para prevenir danos ao ambiente; se avalia as possibilidades de modernização com o uso de tecnologias limpas. e) a adequação das normas, procedimentos 8.1 Planejamento e controle operacional documentados e registros de operação e 7.5 Informação documentada manutenção e sua eficácia para tomada de 7.5.3 Controle de informação decisão em situações emergenciais. documentada 8.2 Preparação e resposta a emergências f) as condições de operação e de manutenção das unidades e equipamentos 8.2 Preparação e respostas a emergências. de controle da poluição, de prevenção de acidentes e relacionados com os aspectos ambientais. 8.1.5 Quanto à gestão de energia e água 4.4 Sistema de Gestão Ambiental 8.1 Planejamento e controle operacional a) a existência de inventário das fontes de energia e das energético e procedimentos perdas; a o consumo existência para sua de 8.1 Planejamento e controle operacional redução; avaliação da eficiência energética dos equipamentos utilizados e procedimentos para garantir sua adequada manutenção. b) as fontes de abastecimento de água (abastecimento público, poço, corpo d'água, chuva e/ou reúso) e as respectivas 8.1 Planejamento e controle operacional outorgas de uso dos recursos hídricos, 4.4 Sistema de Gestão Ambiental quando exigidas por lei, bem como a quantificação para os diversos usos; existência de programa de redução do consumo; existência de pesquisa para reúso; e programas de controle de perdas e vazamentos. ) 8.1.6 Quanto à gestão de materiais 4.4 Sistema de Gestão Ambiental (matérias-primas, insumos, embalagens e 8.1 Planejamento e controle operacional produtos) a) os procedimentos e operações de cada unidade auditada; as características dos materiais em termos de periculosidade e requisitos específicos de manuseio e disposição; os pontos onde esses materiais 8.2 Preparação e respostas a emergências. são usados, incluindo as áreas de 8.1 Planejamento e controle operacional utilidades e manutenção, as atividades fora de rotina, manutenção e limpeza de emergência ou vazamento. b) os procedimentos de recepção, manuseio e estocagem; layout dos locais de estocagem e das áreas de recebimento 8.1 Planejamento e controle operacional (matérias-primas, insumos e produtos); Planejamento de ações análise dos riscos associados ao transporte 6.1 Ações para abordar riscos e interno desses materiais. oportunidades c) os procedimentos que incentivem a utilização de materiais ambientalmente menos danosos, ao reaproveitamento e a reciclagem. 8.1 Planejamento e controle operacional 8.1.7 Quanto à gestão de efluentes 4.4 Sistema de Gestão Ambiental líquidos 8.1 Planejamento e controle operacional a) a existência de layout da organização, incluindo diagramas e projetos da rede de esgotamento, do sistema de drenagem de 8.1 Planejamento e controle operacional águas pluviais, tanques de contenção, caixas de óleo e bacias de acumulação, dentre outros. b) o inventário das descargas, qualitativo e quantitativo, desde a fonte até o destino final. 8.1 Planejamento e controle operacional c) a adequação dos efluentes líquidos aos padrões legais e às restrições da licença ambiental. d) o inventário equipamentos de monitoramento de lançamento em dos sistemas tratamento efluentes corpos e e 8.1 Planejamento e controle operacional e o receptores superficiais ou subterrâneos; a eficiência dos sistemas de tratamento. e) as responsabilidades, a adequação dos 5.3 Papéis, responsabilidades e procedimentos de operação e manutenção autoridades organizacionais. dos sistemas de tratamento instalados. f) o atendimento ao programa 8.1 Planejamento e controle operacional de autocontrole como estabelecido na licença 8.1 Planejamento e controle operacional ambiental; observação da periodicidade de análises; do uso de laboratórios credenciados; e da comprovação do envio de resultados. g) os registros de monitoramento e os 8.1 Planejamento e controle operacional procedimentos analíticos usados para coleta e análise. 9.1 Monitoramento, medição, análise e avaliação h) a implementação dos planos e programas de melhoria de desempenho relativos às descargas de efluentes, de não 8.1 Planejamento e controle operacional geração e minimização da geração. 10 Melhorias 8.1.8 Quanto à gestão de emissões 8.1 Planejamento e controle operacional atmosféricas 4.4 Sistema de Gestão Ambiental a) o inventário das fontes de emissão de poluentes do ar, considerando o layout da 8.1 Planejamento e controle operacional organização e o sistema de ventilação e exaustão. b) a caracterização dos poluentes emitidos ou potenciais. 8.1 Planejamento e controle operacional c) os sistemas de controle para cada ponto de descarga; a avaliação da eficiência dos 8.1 Planejamento e controle operacional controles existentes e as condições de operação e manutenção. d) a adequação das emissões aos padrões 8.1 Planejamento e controle operacional legais e às restrições da licença ambiental. 9.1.2 Avaliação do atendimento aos requisitos legais e outros requisitos e) as responsabilidades, a adequação dos 8.1 Planejamento e controle operacional procedimentos de operação e manutenção dos sistemas de tratamento instalados. f) o atendimento ao programa de 5.3 Papéis, responsabilidades e autocontrole como estabelecido na licença autoridades organizacionais. ambiental; observação da periodicidade de 8.1 Planejamento e controle operacional análises; do uso de laboratórios credenciados; e da comprovação do envio de resultados. g) a existência de programa para redução 8.1 Planejamento e controle operacional de emissões fugitivas e os procedimentos 7.5.3 de seu monitoramento. Controle de informação documentada 4.4 Sistema de Gestão Ambiental h) os resultados de monitoramento e os 8.1 Planejamento e controle operacional procedimentos laboratoriais usados. 4.4 Sistema de Gestão Ambiental 9.1 Monitoramento, medição, análise e avaliação i) a existência de planos e programas de melhoria de desempenho relativos às 8.1 Planejamento e controle operacional emissões atmosféricas, de não geração e 4.4 Sistema de Gestão Ambiental minimização da geração. 8.1.9 Quanto à gestão de ruídos 4.4 Sistema de Gestão Ambiental a) conformidade legal e a ocorrência de 7.4.3 Comunicação externa reclamação do público externo. 6.1.3 Requisitos Legais e outros requisitos b) procedimentos gerenciais existentes. 8.1 Planejamento e controle operacional c) operação e manutenção dos sistemas de 8.1 Planejamento e controle operacional controle. d) programas de monitoramento externo. 8.1 Planejamento e controle operacional 8.1.10 Quanto à gestão de resíduos 4.4 Sistema de Gestão Ambiental a) a existência de layout da empresa em termos de geração, segregação, transporte 8.1 Planejamento e controle operacional interno e estocagem de resíduos perigosos, inertes e não-inertes; estocagem, as áreas equipamentos de de processamento e áreas de disposição. b) o inventário de resíduos, identificando 8.1 Planejamento e controle operacional os pontos de geração, inclusive áreas de utilidades. c) o fluxo de resíduos, desde o ponto de 8.1 Planejamento e controle operacional geração até a destinação final, considerando: a adequação e segurança dos sistemas de contenção, estocagem intermediária e destinação final; a adequação dos procedimentos existentes para a escolha dos contratos de tratamento e destinação; a existência de licença ambiental válida e compatível com o tipo de resíduo para transportadores e local de destinação; utilização de Manifesto de Resíduos. d) as responsabilidades e a adequação dos 5.3 procedimentos de gerenciamento Papéis, responsabilidades de autoridades organizacionais. resíduos. e) a existência de planos e programas para 8.1 Planejamento e controle operacional redução de resíduos, práticas de reaproveitamento e de reciclagem. 8.1.11 Quanto à gestão do uso de 4.4 Sistema de Gestão Ambiental agrotóxicos para o controle de vetores e pragas urbanas a) a existência de ações de controle de 8.1 Planejamento e controle operacional vetores e pragas urbanas ou tratamentos fitossanitários com demonstrativos da minimização da incidência e da realização de medidas preventivas ou corretivas que visem a redução dos impactos gerados pela aplicação de inseticidas ou raticidas. b) a capacitação técnica dos responsáveis 7.2 Competência pela execução desses serviços, assim como o número e a validade da licença do órgão ambiental para funcionamento da empresa prestadora do serviço. 8.1.12 Quanto à limpeza e higienização de 4.4 Sistema de Gestão Ambiental reservatórios de água e a) conformidade legal. 6.1.3 Requisitos Legais e outros requisitos Avaliação b) a existência de documentos comprobatórios relativos à prestação do 7.5 Informação documentada serviço. 8.1.13 Quanto à gestão de riscos 6.1 Ações para abordar riscos e ambientais oportunidades 4.4 Sistema de Gestão Ambiental a) o potencial de risco ambiental baseado nas características dos efluentes líquidos, emissões, resíduos e manuseio de 4.4 Sistema de Gestão Ambiental substâncias perigosas. b) a existência de análises de risco atualizadas das instalações da organização. 4.4 Sistema de Gestão Ambiental c) a existência e adequação de planos de gerenciamento de riscos. 8.2 Preparação e respostas a emergências. d) os registros de ocorrência de acidentes com danos reais ou potenciais à saúde, à segurança ou ao meio ambiente. 8.2 Preparação e respostas a emergências. e) existência e adequação de plano de emergência e registro dos treinamentos e simulações por ele previstos. 8.1.14 Quanto à gestão de passivo Obs: A norma não se refere a gestão de ambiental passivos ambientais. a) a existência de estudo sobre passivo ambiental, tais como contaminação do solo e das águas subterrâneas. b) a localização das áreas potenciais, identificando equipamentos inclusive unidades desativados, e matérias- primas e produtos perigosos fora de uso. Um aspecto que se destaca é o detalhamento dos procedimentos legais exigidos na DZ 56, principalmente, no que tange a gestão e análise de risco e da gestão de passivos ambientais. A ISO em sua revisão trouxe a tona algo que ficava subtendido que era a valorização da Alta Administração agora em contexto mais destacado de “Liderança e Comprometimento”. Segundo a o Manual da FIESP (2015) “significa que a alta direção tem a responsabilidade pela eficácia do SGA, garantindo que a política ambiental e os objetivos estabelecidos sejam compatíveis com o contexto e a estratégia da organização, que os requisitos ambientais estejam integrados aos processos e que os recursos necessários estejam disponíveis”. Outro requisito que se destaca é a avaliação de riscos e oportunidade, no qual engloba Generalidades, Aspectos ambientais, Requisitos legais e outros requisitos e Planejamento de ações para assegurar que o sistema alcance os resultados esperados, previna ou reduza os efeitos indesejáveis e alcance melhoria contínua. CONCLUSÃO Um ponto a ser destacado na conclusão é que seja avaliado nas futuras revisões da ISO 14001 a inserção da Gestão de Passivos Ambientais, caberia dar um destaque maior a está questão, tendo em vista a grande quantidade de descomissionamentos que os países emergentes terão que enfrentar no futuro em suas plantas químicas e petroquímicas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CHAVES, L. A. O.; MAINIER, F. B. Análise dos estudos de riscos ambientais nas atividades petrolíferas offshore no âmbito da gestão ambiental. In: XXIII SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 2005, São Paulo. Anais...São Paulo, 2005. DE MARTINI, Curso Auditoria Ambiental DZ 56 Revisão 3. Rio de Janeiro, 2013, 61 p. FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. Manual ISO 14001:2015: saiba o que muda na nova versão da norma: São Paulo. FIESP/ Departamento de Meio Ambiente, 2015. KITZMANN, D.; ASMUS, M. L. Gestão ambiental portuária: Desafios e possibilidades. Revista de Administração Pública – RAP. Rio de Janeiro, RJ, 40(6): 1041-1080, nov./dez. 2006. LEITE at all, 2011, Auditorias Ambientais Obrigatórias na atividade portuária: analisando o cumprimento da Resolução CONAMA nº 306, de 05/07/2002. In: VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO, 2011, Rio de Janeiro. Anais...Rio de Janeiro, 2011. KOEHLER, P. H. W.; ASMUS, M. L. Gestão ambiental integrada em Portos Organizados: uma análise baseada no caso do porto de Rio Grande, RS – Brasil. Revista da Gestão Costeira Integrada, Itajaí, SC, 10(2):201-215, fev.2010. MAIMON, Dália. Eco-estratégia nas empresas brasileiras: realidade ou Discurso? Revista de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas, São Paulo, v.34, n.4, p.119-130, jul./ago. 1994. VALLE, Cyro Eyer do Qualidade ambiental: ISO 14000/Cyro Eyer do Valle - São Paulo: Editora SENAC.São Paulo, 2002.