Museu Oscar Niemeyer traz a exposição fiPortinari na Coleção

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Agência Estadual de Notícias -
Museu Oscar Niemeyer traz a exposição “Portinari na Coleção Castro Maya”
Cultura
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Postado em:17/03/2009 15:20
Abertura da mostra acontecerá às 11h do próximo sábado (21). Das 10 e 12h a entrada no Museu
será livre
A relação de amizade entre o pintor Cândido Portinari (1903-1962), um dos maiores nomes da arte
brasileira no século 20, e o mecenas e colecionador de obras de arte nacionais Raymundo Ottoni de
Castro Maya (1894-1968) é o foco da exposição que será aberta neste sábado (21) no Museu Oscar
Niemeyer, em Curitiba. Com o patrocínio da Companhia Paranaense de Energia (Copel), serão
exibidas 58 obras, entre pinturas, desenhos e gravuras; além de fotos, livros e documentos. A
abertura da mostra acontecerá às 11h. Das 10 e 12h a entrada no Museu será livre.
Adquiridos
entre as décadas de 1940 e 1960, os trabalhos pertencem à Coleção Castro Maya, que é hoje o
maior acervo público de obras do pintor, reunido no Museu Chácara do Céu, no Rio de Janeiro. A
coleção teve início em 1943, quando o colecionador convidou Portinari para ilustrar o primeiro livro
da Sociedade dos Cem Bibliófilos do Brasil. No Natal daquele ano, o pintou presenteou o
colecionador com a tela Retrato de Castro Maya. “A partir daí, encomendas, doações e aquisições
foram enriquecendo o acervo e o fluxo de obras continuou mesmo após a morte do pintor, em 1962”,
comenta a curadora da mostra Anna Paola P. Batista. Castro Maya continuou a negociar e a
perseguir as pinturas de Portinari até às vésperas da própria morte. Menino com Pião, O Sonho, A
Barca, O Sapateiro de Brodósqui, Grupo de Meninas Brincando, Lavadeiras e Morro nº 11 são
alguns dos trabalhos célebres apresentados no núcleo “Colecionador’, que destaca a relação
profissional entre os dois. Na subdivisão “Mecenas”, é possível encontrar as obras que resultaram
de encomendas, como as gravuras Menino a Chupar Cana, Trabalhadores do Engenho, Retrato de
Menino, Velha Totonha e Homem a Cavalo, entre outras. “Amigos” é título do terceiro núcleo, em
que o enfoque é voltado para todos os registros, fotos, documentos e obras, como o Retrato de
Castro Maya, que testemunham o afeto e as afinidades que uniram Portinari e Castro Maya.
Foi no campo dos livros ilustrados que o mecenas Castro Maya se realizou mais plenamente. “Com
Portinari, deu-se a aliança feliz entre um bibliófilo comprometido seriamente com a edição de livros
de arte e um artista que dedicou uma parcela significativa de sua obra a este tipo de
empreendimento”, diz a curadora. Juntos eles produziram, nas décadas de 1940-1950, os livros
“Memórias Póstumas de Brás Cubas” e “O Alienista”, de Machado de Assis, e “Menino de Engenho”,
de José Lins do Rego. Nascido em uma fazenda de café em Brodowski, no interior de São Paulo,
Portinari cursou apenas o primário. Apesar da origem humilde, desde cedo manifestou talento para
a pintura. O artista começou a desenhar aos seis anos e aos nove participou da restauração da
igreja de Brodowski, auxiliando os pintores italianos. Aos 15 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro,
para frequentar a Escola Nacional de Belas Artes. Ainda jovem, ganhou um prêmio de pintura, que
permitiu a ele se aprimorar em Paris, na França. Portinari voltou ao Brasil para registrar imagens
ligadas ao povo e foi quem melhor retratou a identidade do trabalhador brasileiro. Considerado ícone
máximo do Movimento Modernista, ele foi cultuado por muitos de seus contemporâneos. Além de
desenhos, pinturas e gravuras, ele se dedicou a pintar painéis e murais. Alguns exemplos são o
Conjunto Arquitetônico da Pampulha e os painéis que decoram o edifício da Organização das
Nações Unidas em Nova York. A produção de Portinari é estimada em 5 mil obras. Portinari na
http://www.historico.aen.pr.gov.br
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Coleção Castro Maya Patrocínio: Copel Visitação: de 21 de março a 19 de julho Museu Oscar
Niemeyer Rua Marechal Hermes 999 Aberta de terça a domingo, das 10h às 18h R$ 4 inteira e R$
2, estudantes Gratuito para grupos agendados da rede pública do ensino médio e fundamental, para
estudantes até 12 anos, maiores de 60 anos e no primeiro domingo de cada mês.
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