Aula 11 - Revolução Francesa

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PRÉ VESTIBULAR SOCIAL
PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA GLÓRIA
Professor: Leandro B. dos Santos
Disciplina: História Geral
Aula 11: Revolução Francesa
1 – Antecedentes
→ Situação francesa: No final do século XVIII, a frança contava com 25 milhões de
habitantes
→ Sociedade divida em três estamentos, conhecidos como estados ou ordens
→ Pirâmide social:
2 – Caos e revolta
→ Crise econômica ocasionada por constantes gastos com conflitos externos
→ 1785: forte seca quase acabou com o rebanho bovino
→ 1788: elevação do preço de alimentos devido aos péssimos resultados da safra
agrícola
→ Fome, morte e miséria
→ Destruição de castelos e assassinatos de seus proprietários
→ Greves de artesãos e operários.
3 – Os Estados Gerais
→ Tentando solucionar e déficit das contas públicas, em 1789 o ministro das Finanças
propôs que o primeiro e o segundo estados começassem a pagar impostos, mas a proposta foi
rejeitada pelo clero e pela nobreza.
→ Para discutir a questão, o rei Luís XVI convocou os Estados Gerais, órgão
consultivo formado por representantes dos três estados e que não se reunia desde 1614. Ali,
nobreza e clero eram maioria, pois cada ordem tinha direito a um voto.
→ Em 5 de maio de 1789, dia da abertura dos trabalhos dos Estados Gerais no Palácio
de Versalhes, o terceiro estado, que representava a maioria da população, pediu que a contagem
de votos passasse a ser feita por cabeça, e não por estamento.
→ Seguiu-se um mês de discussões sem resultados concretos. Diante do impasse, o
terceiro estado reuniu-se em uma sala separada e se autoproclamou Assembléia Nacional
destinada a elaborar uma Constituição. Incapaz de dissolver a reunião do terceiro estado, no
final de junho o rei ordenou que os representantes da nobreza e do clero se juntassem a ela. Com
isso, no dia 9 de julho de 1789, os Estados Gerais proclamaram a formação da Assembléia
Nacional Constituinte.
4 – A queda da Bastilha
→ Publicamente, Luiz XVI afirmava apoiar a Assembléia. Nos bastidores, porém,
convocou o exército para dissolvê-la. Quando a notícia da traição do rei circulou por Paris,
grande parte da população se revoltou. Na madrugada de 14 de julho, uma multidão, formada
principalmente por artesãos, operários e pequenos lojistas – conhecidos como sans-cullotes por
utilizarem calças compridas ao em vez dos culotes presos no joelho que os nobres usavam –
i8nvadiu os arsenais do governo e se apoderou de 30 mil mosquetes. Em seguida, partiu em
direção à Bastilha, fortaleza na qual o governo encarcerava e torturava seus opositores.
→ Embora estivesse praticamente desativada – abrigava apenas sete detentos na ocasião
–, a Bastilha constituía um dos maiores símbolos do absolutismo. Tomada pela multidão após
horas de combate, sua queda transformou-se em um marco, e até hoje o 14 de julho é
comemorado como data nacional na França.
5 – O fim do Antigo Regime
→ Levantes e revoltas de camponeses e trabalhadores urbanos tomam a França após a
queda da Bastilha
→ A sublevação levou a Assembléia Constituinte a abolir as leia feudais que ainda
vigoravam e a suprimir privilégios da nobreza e do clero.
→ No dia 26 de agosto a Assembléia proclamou a Declaração dos Direitos do Homem
e do Cidadão. Composto inicialmente por dezessete artigos, o documento estabelece a liberdade
e a igualdade de todos perante a lei.
6 – O período da monarquia constitucional
→ Nos dois anos que seguiram à Queda da Bastilha, Luís XVI e sua família
permaneceram confinados no palácio das Tulherias, em Paris. Nesse período, os constituintes
elaboraram e promulgaram a primeira constituição da França (1791)
→ Seguindo os princípios iluministas e o exemplo norte-americano, a Carta francesa
estabelecia a divisão entre os três poderes do Estado e definia a monarquia constitucional como
forma de governo. O rei seria o chefe Executivo, mas seu poder não poderia se sobrepor às
normas constitucionais. Suas ações seriam reguladas pelo Legislativo, composto de 745
deputados eleitos pelos cidadãos que dispunham de algum patrimônio (voto censitário).
7 – A Convenção e o fim da monarquia
→ Em junho de 1791 Luís XVI tentou fugir com sua família para a Áustria.
→ Revoltados, os sans-culottes invadiram o palácio das Tulheiras em 10 de agosto de
1792 e prenderam o rei e a rainha Maria Antonieta sob a acusação de conspirarem contra o
Estado.
→ Com a prisão do rei, o governo passou para as mãos de um Conselho Executivo
Provisório, liderado pelo advogado George-Jacques Danton.
→ A Assembléia Nacional Constituinte foi dissolvida e em seu lugar foi eleita a
Convenção Nacional
→ Nesse momento, diversas facções políticas disputavam o poder. Entre elas,
destacavam-se os jacobinos e os girondinos. Nas eleições para a Convenção os jacobinos
obtiveram maioria dos votos
→ Em 22 de setembro de 1792 a Convenção proclamou a República.
→ Acusado de traição, Luís XVI foi levado a julgamento e executado na guilhotina em
21 de janeiro de 1793.
→ Em 1793 uma Constituição republicana foi elaborada, concedendo o sufrágio
universal masculino.
→ Foi criado um novo calendário. Os meses ganharam novos nomes e o dia 22 de
setembro ficou sendo o primeiro dia do ano I da Republica.
8 – O período do terror
→ França atravessa uma de suas mais graves crises: tropas da Inglaterra, Áustria,
Prússia, Holanda, Espanha, Rússia e da Sardenha passaram a atacá-la por todos os lados
tentando impedir a consolidação da república e a disseminação dos ideais revolucionários.
→ Em diversos pontos do país, nobres inconformados com a perda dos antigos
privilégios organizavam movimentos contra-revolucionários.
→ Para enfrentar essas dificuldades, em abril de 1793 a Convenção criou o Comitê de
Salvação Pública, cujo comando foi entregue a Danton e, logo depois a Robespierre.
→ O órgão convocou 300 mil homens para lutar contra os estrangeiros, criou violentas
reações em provinciais que ainda defendia a monarquia, e criou o Tribunal Revolucionário para
julgar os suspeitos de atitudes contra-revolucionárias.
→ O governo jacobino inicialmente conta com grande apoio popular
→ Em junho de 1794, tropas francesas obtiveram uma vitória decisiva sobre os
exércitos invasores.
→ Robspierre e o Comitê da Salvação ao mesmo tempo em que reprimiam a “direita”
(girondinos e a nobreza), também iam contra os grupos mais radicais situados a “esquerda” dos
jacobinos. Essa repressão gerou a perda de apoio pela população e no dia 27 de julho de 1794
foram facilmente derrubados pelos girondinos. Como o golpe ocorreu em 9 Termitor do
calendário republicano, os representantes desse grupo, defensor dos interesses da média e da
alta burguesia, ficaram conhecidos como termidorianos.
→ Eles assumiram o controle da Convenção e instalaram a chamada Reação
Termidoriana. Robespierre, Saint-Just e outros jacobinos foram mortos na guilhotina
9 – O Diretório
→ Em 1795 foi aprovada uma nova Constituição – a terceira, desde 1791. De caráter
liberal, ela acabou com o voto universal masculino estabelecido pela Constituição anterior, de
1793, e reintroduziu o voto censitário. O poder Executivo ficou nas mãos do Diretório, órgão
comporto por cinco pessoas eleitas entre os deputados.
→ Durante o período do Diretório, a França enfrentou graves dificuldades financeiras.
Além disso, tanto os jacobinos como os defensores da monarquia tentaram por diversas vezes
derrubar o governo. Para conter essas manifestações, o Diretório pediu a ajuda do exército. Em
1795 o jovem general Napoleão Bonaparte foi escolhido para organizar a defesa interna do país.
→ Graças ao sucesso com que reprimiu as revoltas e ao seu êxito em campanhas no
exterior, Napoleão acabou se tornando o mais importante general da França. Seu prestígio
cresceu tanto que, em outubro de 1799, ele foi convidado a fazer parte do Diretório.
→ Em 9 de novembro de 1799 – ou 18 Brumário, de acordo com o novo calendário -,
Napoleão Bonaparte dissolveu o parlamento e substituiu o Diretório por três cônsules
provisórios – entre os quais ele era o mais influente.
AZEVEDO, Gislane Campos. História: volume único / Gislane Campos Azevedo Seriacopi,
Reinaldo Seriacopi. – 1. ed. – São Paulo: Ática, 2005. Pp 252 – 257.
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