Anais do IX Seminário de Iniciação Científica, VI Jornada de Pesquisa e Pós-Graduação e Semana Nacional de Ciência e Tecnologia UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS 19 a 21 de outubro de 2011 ESTUDO FITOQUÍMICO E BIOLÓGICO DA RAÍZ DA CAEASALPINIA PULCHERRIMA (FABACEAE) VARIAÇÃO DE COR VERMELHO-AMARELO Marcos Danilo Borges Carvalhedo1, Maísa Borges Costa1, Luciana Machado Ramos1. Universidade Estadual de Goiás – Unidade Universitária de Ciências Exatas e Tecnológicas (UnUCET), 75110-390, Brasil 1 [email protected] Palavras-chave: Caesalpinia pulcherrima, barba-de-barata, Fabaceae. 1 Introdução O uso de produtos naturais em busca de alívio e cura de doenças pela ingestão de folhas, frutos, ervas e chá se dá desde tempos remotos, e talvez possa ser uma das primeiras fontes de fármacos utilizados pelo homem como produtos naturais (BARREIRO, 2006). Esse recurso foi bastante utilizado pela civilização como medicamentos e também para auxílio e controle de pragas com inseticidas e veneno, destacando-se para o uso desses produtos pelo povo oriental como, por exemplo, os chineses que desenvolveram de tal maneira e eficiência sua medicina natural até hoje. Muitos medicamentos preparados pela sua medicina popular são estudados a fim de descobrir suas ações e isolar princípios ativos dessas plantas (BARREIRO, 2006). O Brasil detentor da maior floresta equatorial e tropical úmida do planeta não pode abrir mão deste tipo de pesquisa com plantas para a extração e desenvolvimento de novos produtos farmacêuticos, sendo que a química de produtos naturais é uma das linhas de pesquisas mais antigas da química brasileira (BOLZANI, 2002). Várias pesquisas vêm sendo desenvolvidas aproveitando esse recurso abundante no Brasil, algumas instituições na área de plantas medicinais, vem utilizando plantas da flora brasileira para fins terapêuticos com o auxílio da medicina popular, essas pesquisas tem como objetivo principal a fabricação de fármacos a partir dessas plantas que possuem eventuais compostos com princípios ativos, que futuramente serão usados para síntese de fármacos (FILHO, 1999). Esse crescente interesse por essa área de produtos naturais tem sido pelo fato de projetos serem financiados por órgão públicos e privados. Nos anos 70 nenhuma das grandes empresas farmacêuticas mundiais desenvolvia esse tipo de programa com essa linha de raciocínio. Atualmente, tem sido prioridade para maiorias delas, isso se da ao fato da comprovada eficiência de substâncias de origem vegetal (RODRIGUES, 2006). Uma família que se destaca bastante em relação à atividade biológica ativa é a família das Fabaceae, compreende o terceiro maior grupo da angiospermas com 19.325 espécies e dividida em três subfamílias, Caesalpinioideae, Mimosoideae e Papilionoideae sendo que os três grupos são extremamente diversos em morfologia (JUCHUM, 2007). Economicamente para o homem esse grupo se destaca bastante por contribuir com gêneros, alimentícios, medicinais, madeireiras, ornamentais, produtoras de fibras e óleos. Outra característica também particular dessa família é a contribuição com a agricultura, já que essas plantas são boas fixadoras de nitrogênio no solo. Esse comportamento é devido à simbiose em suas raízes com rizóbios que permite a fixação do nitrogênio atmosférico (JUCHUM, 2007). A C. pulcherrima é uma planta pouco estudada, mesmo sendo bastante utilizada na medicina popular, alguns estudos anteriores sobre esta planta levou a identificação e isolamento de vários metabólitos com atividade biológica acentuada como diterpenóides, flavonóides chalconas entre outros (BISWANATH, 2009). Caesalpinia pulcherrima Swartz (Fabaceae), também conhecida como flamboyazinho ou barba de barata é uma planta ornamental, da família das leguminosas, originária da Índia e 1 Anais do IX Seminário de Iniciação Científica, VI Jornada de Pesquisa e Pós-Graduação e Semana Nacional de Ciência e Tecnologia UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS 19 a 21 de outubro de 2011 América central (VIEGAS, 2006). Na índia, estudos farmacológicos revelaram que a espécie apresenta várias propriedades medicinais, das quais se destacam o uso no tratamento contra úlcera, tumores, dermatites, emenagoga, disenteria, diversas infecções, além da ação abortiva (PINTO, 2002). No Brasil, há poucas pesquisas científicas relacionadas com esta espécie. Este trabalho teve por objetivo promover um estudo fitoquímico (CUNHA, 2005), da flor (variação de cor amarela) da C. pulcherrima, a partir de extratos e frações. Neste trabalho foram feitos diversos testes Fitoquímicos na tentativa em descobrir novos metabólitos secundários diferente dos relatados na literatura. Também foram realizados testes de letalidade com Artemias salinas a fim de estabelecer a toxicidade dos extratos. Os testes de toxicidade com Artemia são ensaios biológicos rápidos de baixo custo e são realizados sem a necessidade de utilizar equipamentos sofisticados (LIEBERMANN, 1999). Estudos que envolvem compostos com alguma potencialidade biológica, são de fundamental importância que se realize ensaios de letalidade o qual permitirá avaliar sua toxicidade preliminar (DUSMANN, 2003). O ensaio com camarão marinho é uma ferramenta muito útil no isolamento de compostos bioativos em extratos de plantas (KRISHNARAJU, 2005). O fato de os testes de toxicidade ser realizados com Artemia salina deve-se a relação feita por outros trabalhos já publicados da toxicidade sobre esta espécie de microcrustáceo com atividades como antifúngica, antiviral, antimicrobiana, parasiticida, antitumoral entre outras (DUSMANN, 2003). Ensaios de letalidade com Artemia salina definem valores da dose letal média (DL50) em µg/mL de compostos ou extratos, sendo que dezenas de substâncias ativas conhecidas apresentam toxicidade ao realizar este teste (MEYER, 1982). A atividade é Considerada significativa quando a estimação do valor da DL50 é menor que 1000 µg/mL (KRISHNARAJU, 2005). A atividade biológica preliminar dos extratos no TAS são classificadas conforme os seguintes critérios baseados nos níveis de DL50 em Artemia salina: DL50 ‹80 μg/ mL, altamente tóxicos; entre 80 μg/ mL e 250 μg/ mL, moderadamente tóxico; e DL50 ›250 μg/ mL, com baixa toxicidade ou não tóxico (KRISHNARAJU, 2005). 2 MATERIAIS E MÉTODOS 2.1 Materiais e reagentes utilizados * Materiais cromatográficos: Cromatofolhas de Alumínio de sílica gel 60 F254 MERCK, Sílica gel 60 (230 – 400 Mesh) MERCK e Solventes P.A. * Equipamentos Evaporador rotativo (Quimis); Bomba à vácuo (Solab); Balança analítica (Gehaka); Estufa (Solotest); Banho-maria (Marconi aparelho para laboratório), Câmara escura UV (CIENLAB). 2.2 Material botânico A raiz da Caesalpinia pulcherrima foi colhida em um terreno residencial em Goiânia. A chave (número 580.12) da planta foi realizada pela Agrônoma Juliana Machado Ramos. 2.2.1 Separação, Secagem e Moagem Após a coleta, as raízes foram secas em temperatura ambiente longe da incidência da luz solar. Com o material seco, o mesmo foi triturado com auxílio de um liquidificador doméstico. A extração foi realizada a frio via maceração evitando a formação de artefatos. 2.2.2 Obtenção dos extratos brutos 2 Anais do IX Seminário de Iniciação Científica, VI Jornada de Pesquisa e Pós-Graduação e Semana Nacional de Ciência e Tecnologia UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS 19 a 21 de outubro de 2011 Após maceração, os extratos foram obtidos a partir de extração não-contínua com solventes de diferentes polaridades, tais como etanol, clorofórmio e butanol, e, em seguida, rotaevaporados em balões previamente tarados. Obtiveram-se os Extratos Brutos Etanólicos (EBE), Extratos Brutos Butanóliocs (EBB) e Extratos Brutos Clorofórmicos (EBCl) da raíz da planta. 2.2.3 Partição dos Extratos Brutos Etanólicos e Butanólicos A partição é uma das metodologias que se baseiam no fracionamento de extratos com solventes de polaridade crescente (LEITE, 2001). Os extratos etanólico e butanólico foram particionados em extração líquido-líquido descontínua com Hexano, Diclorometano e Acetato de Etila, obtendo-se, assim, as Frações Hexânicas (F. Hx), Frações Diclorometânicas (F. DCM) e Frações de Acetato de Etila (F. AcOET) dos Extratos Brutos Etanólicos das folhas e flores de C. pulcherrima. 2.3 Identificações dos Metabólitos Secundários de C. pulcherrima A prospecção fitoquímica foi realizada para a identificação dos metabólitos secundários presentes nos extratos e frações das raízes da C. pulcherrima, baseado no Manual para Análise Fitoquímica de Extratos Vegetais (Barbosa, 2004). Foram realizados os seguintes testes: saponina espumídica; ácidos orgânicos; açúcares redutores; polissacarídeos; proteínas e aminoácidos; fenóis e taninos; flavonoides; alcaloides; catequinas; sesquiterpenoslactonas e outras lactonas; esteróides e triterpenóides. 2.4 Cromatografia em Placa Preparativa Os extratos brutos e frações que apresentaram boa separação dos componentes, ou seja, Fatores de Retenção (Rf) relativamente distantes foram submetidos à Cromatografia Preparativa, com eluente determinado pelos testes em Cromatografia em Camada Delgada. As amostras submetidas à cromatografia preparativa foram: EBCl; Fr. Hexânica, e Clorofórmica (EBB); Fr. Hexânica, Acetato de etila e Clorofórmica (EBE); Fr. Hexânica e Acetato de etila (EBE); Fr. Hexânica e Fr. Acetato de Etila (EBB). As placas foram preparadas com aplicação da suspensão de sílica para placas preparativas MACHEREY- NAGEL e água destilada em placas de vidro de dimensões 20 cm x 20 cm. Após aplicação, as placas foram ativadas em estufa a 100°C por 1 hora. Pesaram-se 200 mg de cada amostra, que, em seguida, foram aplicadas nas Placas Preparativas com ajuda de capilar e eluídas em cuba contida do eluente já definido por CCD. Após eluição, as placas foram reveladas em Câmara UV com comprimento de onda igual a 254 nm, raspada conforme revelação e lavada com o respectivo eluente. As frações obtidas, com Rfs calculados, foram pesadas, submetidas à Cromatografia em Camada Delgada e reunidas conforme a proximidade do fator de retenção. 3. Resultados e discussões 3.1 Classe de metabólitos secundários identificados Após realizado os testes descritos acima foram identificados metabólitos secundários para os extratos brutos e frações. Para o extrato bruto clorofórmico e para as FrH, FrCHCl3 e FrAcOEt do fracionamento do EBE e do EBB. Em todos os testes qualitativos foram encontrados os seguintes metabólitos: Saponina espumídica, ácidos orgânicos, açúcares redutores, fenóis e taninos, flavonóides, flavonóis, flavononas, flavononóis, xantonas, esteróides, triterpenóides, catequinas e derivados de cumarina. 3.2 Cromatografia em Camada Delgada das Frações Obtidas da Cromatografia em Placas Preparativas 3 Anais do IX Seminário de Iniciação Científica, VI Jornada de Pesquisa e Pós-Graduação e Semana Nacional de Ciência e Tecnologia UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS 19 a 21 de outubro de 2011 Através da realização da CCD foi possível observar as frações com eluição semelhante para que fossem reunidas. Logo, todos os produtos obtidos das frações em que se realizou a cromatografia em placas preparativas foram reunidos, pois apresentaram eluição semelhante. Todas as frações foram pesadas para que fosse analisado com quais frações seria feito o bioensaio com Artemia salina e seus Rf’s foram calculados. 3.2 Avaliação citotóxica A análise de toxicidade dos extratos frente à Artemia salina demonstrou, após o tempo de 24 horas de incubação, a sobrevivência de todos os microcrustáceos no branco, e a mortalidade da A. salina em alguns extratos, confirmando o potencial biológico dos mesmos. Os dados de DL50 foram obtidos a partir do cálculo estatístico PROBITO. Os extratos brutos da flor da C. pulcherrima foram preparados via dissolução em solução salina de pH variando entre 8,4 e 8,6. Entretanto, extratos foram pouco solúveis, motivo pelo qual foi adicionado o solvente DMSO, a fim de auxiliar na solubilização destes extratos. Os dados de DL50 evidenciaram que as frações hexânica (Rf 2 – 34,9788ppm; Rf 3 – 33,0301ppm; Rf 4 – 36,8602 ppm )e clorofórmica (Rf 3 – 37,9040 ppm) do EBE, as frações hexânica (Rf 1 - 159,4928ppm; Rf 2 – 77,6113 ppm; Rf 3 – 104,5485 ppm) e clorofórmica (Rf 1,2,3,4 – 65,41217 ppm) do EBB e a fração hexânica do EBCl (Rf 4,5 – 11,2070 ppm) apresentaram atividade frente à Artemia salina. Empregando outro critério de classificação dos extratos com base nos níveis de CL 50, a saber: CL50 < 80 μg/ mL, altamente tóxicos; entre 80 μg/ mL e 250 μg/ mL, moderadamente tóxico; e CL50 > 250 μg/ mL, com baixa toxicidade ou não tóxico (PEREIRA, 2006) São necessários estudos de maior precisão para que seja possível elucidar qual o tipo de atividade biológica, ou as possíveis estruturas químicas dos agentes responsáveis por tais atividades. 4. Conclusões A prospecção fitoquímica realizada com o extrato bruto Hexânico, Clorofórmico e Etanólico da flor da Caesalpinia pulcherrima, revelou a presença apenas de esteróides. Porém, a aplicação de técnicas de identificação pode ser empregada afim de que a estruturas desses compostos sejam elucidadas. Das frações obtidas da raiz da planta estudada, foi observada que algumas possuíam atividade citotóxica referente ao bioensaio de Artemia salina por apresentarem DL50 menor que 1000 μg/mL tendo atividade citotóxica. Diante desses resultados, observa-se a importância e a necessidade de ser realizado um estudo aprofundado da espécie C. pulcherrima, visando avaliar outras atividades, isolar e elucidar os possíveis compostos presentes na planta. 5. Referências ARAÚJO, M. G. F.; et al. Estudo fitoquímico preliminar e bioensaio toxicológico frente a larvas de Artemia salina Leach. de extrato obtido de frutos de Solanum lycocarpum A. St.-Hill (Solanaceae). 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