CARACTERIZAÇÃO MINERAL POR MEIO DE DIFRAÇÃO DE

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CARACTERIZAÇÃO MINERAL POR MEIO DE DIFRAÇÃO DE RAIOS X DE MINERAIS
DE ROCHAS DO GRUPO SERRA DO ITABERABA.
Silles, Jacqueline Silva (1,2*), Pérez-Aguilar, Annabel (2)
(1) Faculdade de Tecnologia de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil, [email protected]
(2) Instituto Geológico, Secretaria do Meio Ambiente (IG/SMA-SP), São Paulo, SP, Brasil,
[email protected], *Bolsista PIBIC-CNPq
No segmento central da faixa Ribeira, aflora o Grupo Serra do Itaberaba que corresponde a uma
seqüência meta-vulcano-sedimentar do Mesoproterozóico (JULIANI et al., 2000). Rochas ricas em
alumina fazem parte deste grupo. O objetivo deste trabalho é caracterizar, por difração de Raios X
(DRX) (FORMOSO, 1984), minerais dessas rochas e de litotipos associados, visando contribuir no
entendimento da sua gênese.
Para a obtenção de fases minerais de amostras poliminerálicas as amostras foram primeiro
prensadas até a obtenção de fragmentos menores ou iguais à 0,5 cm. Posteriormente os fragmentos foram
reduzidos com o uso do morteiro, sendo, na seqüência, peneiradas para estabelecimento da
granulometria ideal de separação dessas fases. Em amostras monominerálicas, os minerais foram
extraídos com instrumentos próprios para escarificação e corte. Finalmente foram retiradas as impurezas
das fases minerais com a ajuda da lupa.
Dos dez minerais separados, os difratogramas relativos àqueles das amostras AMA45c,
AMA12a, AMA12g (1), AMA10d2, GMA14c, PBMA5a, GMA14b e GMA14a os caracterizaram como
micas; o da amostra AMA46d como topázio e o da amostra AMA46w como coríndon. O método
utilizado não permitiu identificar se tratava de margarita ou muscovita. Ambas as micas correspondem
a filossilicatos formados por seqüências de folhas de tetraedros de silício e oxigênio (SiO4)-4 e octaedros
de oxigênio, preenchidos ou não por alumínio, as quais podem estar unidas seja por íons de potássio
(muscovita) ou de cálcio (margarita). Possuem sistema cristalino monoclínico. O topázio é um
sorossilicato, com estrutura cristalina conformada por octaedros de Al2SiO4F2 e tetraedros isolados de
(SiO4)4- e possui sistema cristalino ortorrômbico. O coríndon é um óxido, com estrutura cristalina
conformada por octaedros de oxigênio, sendo que para cada octaedro vazio, existem dois octaedros que
possuem em seu interior átomos de alumínio, possuindo sistema cristalino trigonal.
Podemos concluir que os minerais das rochas ricas em alumina e litotipos associados
correspondem a mica-xistos, topázio-xisto e coríndon-xisto, não permitindo a DRX a diferenciação entre
muscovita e margarita. Isto se deve ao método utilizado não diferenciar entre a presença de cálcio ou
potássio na cela unitária das mesmas.
Este trabalho teve apoio financeiro do Instituto Geológico e do CNPq, Brasil.
Palavras-chave – Difração de Raios X, Estrutura cristalina de minerais, Grupo Serra do Itaberaba
Keywords – X Ray Difraction, Crystals Structure of Minerals, Serra do Itaberaba Group
REFERÊNCIAS
FORMOSO, M. L. L. 1984. Difratometria de raios X. In: Gomes, CB (coord). Técnicas analíticas
instrumentais aplicadas à geologia. São Paulo: Edgard Blücher, 218 p.
JULIANI, C.; HACKSPACHER, P. C.; DANTAS, E. L.; FETTER, A. H. 2000. The mesoproterozoic
volcano-sedimentary Serra do Itaberaba Group of the Central Ribeira Belt, São Paulo, Brazil:
implications for the age of overlying São Roque Group. Revista Brasileira de Geociências 30(1): 82–
86.
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