FITOTERAPIA BARDANA - Arctium lappa L. (Arctium majus Bernh). Aspectos botânicos: Planta bianual ou perene, da família das Compostas, que pode alcançar até 02 metros de altura. Tronco de aproximadamente 05 cm de diâmetro, folhas grandes, pecioladas, ovóides e de bordas onduladas, podendo medir até 50 cm. Flores pequenas, avermelhadas, que aparecem desde o final do verão até meados do outono. Sua raiz, pode medir de 25 até 75 cm. Apresenta ainda infrutescências espinhosas, que podem aderir a pele de animais e roupas, facilitando sua dispersão. Nativa da Europa e América do Norte, cresce em solos argilosos e ricos em matéria orgânica; Nomes comuns: Bardana, lampazo, lampazo mayor, bardana maior, ruibarbo de los gitanos, ruibarbo de caracol, gobou (China), burdock ou great burdock (Inglaterra); Histórico: Planta muito parecida com o ruibarbo, daí alguns de seus nomes populares, era muito apreciada desde a idade média, como depurador sanguíneo. Seu nome vem do grego Arctos= veludo e lappa= agarrar. Entre os séculos XVIII e início do século XX, foi muito utilizada para tratar as manifestações secundárias e terciárias da sífilis; Usos terapêuticos: Uso externo em infecções bacterianas e fúngicas (micoses superficiais, furúnculos, impetigos diversos, seborréia, úlceras varicosas, acnes, infecções de boca e garganta, etc), diurética, colerética e colagoga (estimula o funcionamento do fígado e vesícula biliar), estimulante do apetite, anti-oxidante, hipoglicemiante (auxiliar em tratamentos de diabetes) e antiagregante plaquetário; Princípios ativos: Inulina (40 a 60%), compostos poliacetilênicos (polienos e poliínos), fitohemaglutininas, taninos, sais de potássios, traços de óleos essenciais, ácidos álcoois, etc; Partes utilizadas: Raiz, colhida no outono do primeiro ano ou na primavera do segundo ano; Formas de uso e dosagem: Sua secagem faz com que perca boa parte de suas propriedades terapêuticas, preferindo-se então seu uso fresco, ou de produtos elaborados com a raiz estabilizada. Utilizada em homeopatia, principalmente para afecções dermatológicas. Uso interno: Decocção das raízes a 4%- 3 a 4 xícaras/dias; Extrato fluído: 2 a 8 g/dia, em 3 tomadas; Pó da raiz (500 mg): 4 a 6 cápsulas diárias; Uso externo: Decocção em forma de cataplasma ou banhos; Suco fresco da raiz, triturada e deixada de molho em água por 8 horas, prensada posteriormente e utilizada pura ou misturada com substâncias carreadoras (vaselina, argila, etc.); Tempo de uso: Pelo tempo que se fizer necessário; Efeitos colaterais: É considerada como uma espécie vegetal bastante segura para uso humano, causando apenas eventualmente, dermatite de contato em pessoas sensíveis; Contra-indicações: Gravidez e lactação. Lembramos que as informações aqui contidas terão apenas finalidade informativa, não devendo ser usadas para diagnosticar, tratar ou prevenir qualquer doença, e muito menos substituir os cuidados médicos adequados. Fontes principais de consulta: “Tratado de fitomedicina – bases clínicas e farmacológicas” Dr. Jorge R. Alonso – editora Isis . 1998 – Buenos Aires – Argentina. Imagens: “Fitoterapia – conceitos clínicos” 2008 (livro com cd-rom) – Degmar ferro – Editora Atheneu, São Paulo.