CURSO CEFARMA TOXICOLOGIA CANNABIS Profa.: Verônica Rodrigues 14/04 • Farmacêutica Industrial – UFRJ • Mestre em Ciências Farmacêuticas - UFRJ • Ex-Perita Legista Toxicologista – PCERJ • Pesquisadora em Propriedade Industrial - INPI DROGAS NO MUNDO 2006 CANNABIS CANNABIS Breve Histórico • 6000 a.C.: primeiro contato entre homem e Cannabis • 5000 a.C.: primeiro uso medicinal da maconha • Registros de uso terapêutico na China em 2723 a.C. • Chegada na Europa no século XVIII. • Estimativa pela ONU de 150 milhões de usuários no mundo • No século XIX passou a ser usada por artistas e escritores • Droga ilícita mais usada nos EUA CANNABIS Características Botânicas • Família: Cannabinaceae • Gênero: Cannabis • Espécies: C. sativa, C. indica e C. ruderallis • O gênero Cannabis foi descrito pela primeira vez por Lineu, em 1753. • Anual, dióica com flores • A maior quantidade de resina é encontrada na parte de floração. CANNABIS Características Botânicas Até a época da floração, plantas masculina e feminina produzem resina de forma quase igual, mas depois que o pólen é derramado, as plantas masculinas morrem. Plantas femininas são selecionadas para a produção ilegal de Cannabis. Ramo masculino Ramo feminino A quantidade máxima de resina ocorre nas espécimes fêmeas, especialmente nas flores não fertilizadas. CANNABIS Características Botânicas CANNABIS Características Botânicas Flor masculina Flor feminina CANNABIS Características Botânicas As propriedades alucinógenas estão concentradas nas resinas, ao qual é produzida pelos tricomas glandulares. CANNABIS Fontes de Canabinóides Nab CANNABIS Nomenclatura dos Fitocanabinóides: • Dibenzopirano • Monoterpenóide CANNABIS Canabinóides de Origem Vegetal • In natura, 95% dos canabinóides estão sob a forma de ácidos carboxílicos (posição 2 e 4) • São farmacologicamente inativos • Sofrem descarboxilação para formar o ∆-9-THC o Ressecamento / Estocagem / Pirólise (principalmente) CANNABIS Teor de ∆ -9-THC Fatores genéticos Parte da planta Inflorescência Folhas Caule Ramos Não encontrados em Raizes e Sementes CANNABIS Produto Composição Teor de ∆ -9-THC Maconha Planta inteira com folhas, inflorescências, caules e frutos Produto extraído da planta com solventes orgânicos Exsudato resinoso seco coletado das inflorescências Sumidades floridas das plantas femininas que não foram polinizadas Resina composta de folhas e inflorescência Folhas e inflorescências 1 – 3% Hash Oil Haxixe Sinsemilla Ganja Bhang Até 60% 10 – 20 % 5% 3% 1 - 3% CANNABIS Vias de absorção: • Pulmonar: Rápida Absorção do ∆-9-THC Dependente da dinâmica do ato de fumar Início dos efeitos em poucos minutos • Via Oral: Lenta e irregular Parte do ∆-9-THC é degradada no estômago Início dos efeitos 30-60 minutos Distribuição: • Afinidade pelo tecido adiposo • Quase 100% está ligado às proteínas plasmáticas CANNABIS Biotransformação: Metabólito ativo Metabólito Inativo CANNABIS Sítios Farmacológicos • Os receptores CB1 - essencialmente presentes no SNC: o Núcleos da base/ Cerebelo → Controle motor o Hipocampo → Aprendizagem e memória o Núcleo accumbens → prazer. • Os receptores CB2 - principalmente em células do sistema imunológico (linfócitos B e T, monócitos, neutrófilos). CANNABIS • Ação no receptor: A ativação de CB1 inibe a adenilato ciclase e os canais de Ca+2, e ativa canais de K+, inibindo a transmissão sináptica. Contudo... os mecanismos dos efeitos eufóricos e produtores de dependência são pouco conhecidos. CANNABIS • Síntese de Canabinóides Endógenos A etanolamina araquidonoil foi o primeiro endocanabinoide caracterizado e apelidado de anandamida, do sânscrito ananda, que significa “felicidade”. CANNABIS Toxicodinâmica Há vários fatores que influenciam seus efeitos, tais como a concentração de THC na planta, a sensibilidade aos efeitos, experiências prévias do usuário e o ambiente do consumo. Euforia é seguida de: • Sonolência ou sedação • Percepção alterada do tempo • Distorções de visão e audição • Tempo de reação alterado coordenação motora • Memória prejudicada CANNABIS Em altas doses: • Reação de pânico aguda • Paranóia suave Efeitos psicopatológicos com o uso continuado: • Sindrome amotivacional / Agressão? - alterações comportamentais: isolamento social, retardo psicomotor, autonegligência e passividade; - alterações cognitivas: déficits de atenção; diminuição da capacidade para concentrar-se; prejuízo da memória; diminuição da capacidade para resolver problemas; dificuldades para tomar decisões; - alterações evolutivas: diminuição de interesse pela aparência pessoal; apatia; inércia; falta de objetivos na vida; redução da produtividade; falta de motivação; diminuição dos impulsos; perda do interesse pelas atividades direcionadas a um objetivo. CANNABIS Efeitos Tóxicos: Agudos • Maior significância do comum • Tagarelice • Excitabilidade • Sonolência • Lentificação • Distorções percepção • Aumento apetite • Olhos vermelhos • Prejuízo atenção e memória • Boca seca • Taquicardia Crônicos • Lentificação do pensamento • Prejuízo na tomada de decisões • Prejuízo coordenação motora • Redução motivação • Prejuízo atenção e memória • Dificuldades de aprendizado • Sistema Pulmonar/ Cardiovascular/ Imunológico CANNABIS Dependência Fraca Tolerância Aparecem e desaparecem de forma rápida Síndrome de abstinência: • • • • • Distúrbios do sono Irritabilidade Apetite diminuído Náuseas Agitação CANNABIS Usos Clínicos Potenciais dos Agonistas • Perda de peso associados à QT e HIV • Nauseas/vômitos associados à QT • Glaucoma Produtos comercializados fora do Brasil: • Nabilone® (Canadá) • Marinol® (Estados Unidos) CANNABIS Metodologia de Análise: • Métodos Cromatográficos • Imunoensaios •Reagentes colorimétricos: Fast Blue B – Vermelho Sal de diazônio Duquenois –Levine – Violeta/Azul Vanilina/Acetaldeido p-dimetil aminobenzaldeido (Van Urk)- Vermelho Identificação de Canabinóides I – Identificação Botânica da Cannabis sativa Tricoma glandular séssil com cabeça globular, em corte transversal de caule (objetiva de 20 x) Tricoma glandular séssil com cabeça globular, em corte transversal de caule montado em solução alcalina de Fast Blue B Salt (objetiva de 20 x) Identificação de Canabinóides II – Cromatografia em Camada Delgada – CCD Identificação de Canabinóides II – Cromatografia em Camada Delgada – CCD Fast Blue B Salt: Reagente diazônio Reagente I: solução recém-preparada a 0,5% em solução aquosa Reagente II: solução de NaOH ou KOH 0,1N Cl- Identificação de Canabinóides III – Reações Colorimétricas -Reagente Duquenois-Levine – Teste presuntivo desenvolvido para identificar a presença do THC na maconha, haxixe ou óleo de haxixe. Fórmula: Solução A: 2,5 mL de acetaldeído e 2,0 g de vanilina são dissolvidos em 100 mL de etanol 95% Solução B: HCl concentrado. Solução C: Clorofórmio. Procedimento: adicionar 1 volume da solução A à droga e agitar durante 1 minuto. Depois de adicionar a solução B, agitar suavemente e determinar a cor obtida. Adicionar 3 volumes da solução C e agitar. O teste é positivo se a cor designada puder ser extraída na solução C (púrpura). Identificação de Canabinóides II – Reações Colorimétricas – Duquenois-Levine CANNABIS Narcoteste vendidos na internet: MACONHA TOXI COL OGI A FOR ENS E Identificação de Canabinóides Identificação de Canabinóides Identificação de Canabinóides MACONHA – “FORMAS DE APRESENTAÇÃO” MACONHA – “FORMAS DE APRESENTAÇÃO” SITES SOBRE DROGAS